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1 Sumário 05/02/2013 ..................................................................................................................................3 Três grandes temas do Direito Processual: ..............................................................................3 07/02/2013 ..................................................................................................................................4 Processo # Procedimento .........................................................................................................4 Quem poderia legislar sobre normas processuais? ..................................................................4 Ação .........................................................................................................................................4 Jurisdição..................................................................................................................................4 19/02/2013 ..................................................................................................................................5 Mediação .................................................................................................................................5 21/02/2013 ..................................................................................................................................5 Arbitragem ...............................................................................................................................5 26/02/2013 ..................................................................................................................................6 Normas Processuais .................................................................................................................6 Normas Processuais .............................................................................................................6 Fontes ...................................................................................................................................6 Interpretação das normas processuais .................................................................................7 Eficácia das normas processuais...........................................................................................7 28/02/2013 ..................................................................................................................................7 Interpretação das normas processuais.....................................................................................7 Métodos que auxiliam nessa tarefa .....................................................................................7 Método de interpretação extensiva e restritiva ...................................................................7 Interpretação da integração da norma.................................................................................8 Métodos de integração ........................................................................................................8 05/03/2013 ..................................................................................................................................8 Princípios gerais do direito processual .....................................................................................8 Princípio da imparcialidade do juiz .......................................................................................8 07/03/2013 ..................................................................................................................................9 Princípio do contraditório e da ampla defesa ..........................................................................9 Comunicação dos atos no processo .........................................................................................9 Princípio da isonomia processual (igualdade de tratamento processual) ..............................10 12/03/2013 ................................................................................................................................10 Princípio da publicidade e dos atos processuais ....................................................................10 2 Princípio da motivação das decisões judiciais ........................................................................10 Princípio da proibida produção de prova ilícita ......................................................................11 19/03/2013 ................................................................................................................................11 Devido Processo Legal ............................................................................................................11 Outros princípios gerais do direito processual .......................................................................11 Princípio da lealdade processual ........................................................................................11 Princípios relacionados à ação ...........................................................................................12 04/04/2013 ................................................................................................................................12 Conceito de jurisdição ............................................................................................................12 Características da jurisdição contenciosa ...........................................................................12 09/04/2013 ................................................................................................................................13 Outras características .........................................................................................................13 Espécies de jurisdição .........................................................................................................13 11/04/2013 ................................................................................................................................14 Relacionamento entre jurisdição penal e civil ........................................................................14 2º Prova emprestada ..........................................................................................................14 3º Processo crime falimentar .............................................................................................14 4º Suspensão prejudicial heterogênea ...............................................................................14 Jurisdição inferior e jurisdição superior..............................................................................14 Jurisdição especial e jurisdição comum ..............................................................................14 Limites da jurisdição ...........................................................................................................14 16/04/2013 ................................................................................................................................15 Limites da jurisdição ...............................................................................................................15 Princípios da jurisdição ...........................................................................................................16 25/04/2013 ................................................................................................................................16 Jurisdição voluntária ou graciosa ...........................................................................................16 Características da jurisdição voluntária ..............................................................................16 Exemplos ............................................................................................................................1607/05/2013 ................................................................................................................................17 Ação .......................................................................................................................................17 Conceito .............................................................................................................................17 Teorias ................................................................................................................................17 Natureza jurídica ................................................................................................................17 Elementos da ação .............................................................................................................17 3 Institutos processuais importantes ....................................................................................18 05/02/2013 Livro indicado: Fundamentos de Direito Processual Civil - Teoria e prática. Editora Malheiros. Autor: Ailton Cocurutto Humberto Teodoro Júnior Três grandes temas do Direito Processual: 1. Processo Relação entre juiz e partes. 2. Jurisdição Poder do Estado de restabelecer a ordem social 3. Ação Direito Processual provocar a atividade do juiz a fim de pacificar uma situação conflitante Direito Material - ou direito substancial é um conjunto de normas que disciplinam as relações jurídicas entre pessoas na sociedade, na qual cada um desses sujeitos terá simultaneamente direitos e deveres materiais. Compõe o direito material: código civil, código penal. . . Direito Processual - ou direito instrumental, pois é a ferramenta de efetivação do Direito material ameaçado. Seria um conjunto de normas e princípios que disciplinam o vínculo entre o juiz e as partes (autor e réu), ou seja, uma relação jurídica processual, no qual cada um desses sujeitos terá simultaneamente direitos e deveres de natureza processuais, portanto o direito processual disciplina o exercício da jurisdição pelos juízes, bem como disciplina direito de ação e o direito de defesa, lembrando que nessa relação haverá direitos e deveres processuais. Próxima aula: Modos de resolução de conflitos 4 07/02/2013 Processo # Procedimento Processo é a relação jurídica que envolve os três sujeitos principais (juiz, autor e réu) atribuindo a eles direitos e deveres processuais. Procedimento em matéria processual é a sucessão dos atos praticados pelos três sujeitos principais e pelos auxiliares da justiça, de forma lógica (a prática de um ato já indica o ato subsequente) e cronológica (haverá prazos para a prática dos atos processuais), direcionados a uma finalidade que é a prestação jurisdicional do Estado, ou seja, é a aplicação da lei material por ato do juiz no momento que aprecia, analisa ou julga o pedido. Quem poderia legislar sobre normas processuais? A CF confere competência legislativa exclusiva a União (só lei federal) para criação de normas processuais em sentido estrito (são aquelas que disciplinam a relação jurídica processual entre juiz e as partes). Entretanto, a CF atribui competência legislativa concorrente tanto para a União como para os estados membros federação para criação de normas procedimentais em matéria processual. Vale observar que a União (lei federal) pode criar normas processuais em sentido amplo. Ação É direito de natureza processual conferido a toda e qualquer pessoa, de provocar a atividade jurisdicional do Estado, pelos meios e formas legais, com a finalidade de obtermos uma prestação jurisdicional, ou seja, uma sentença do juiz que declare o direito material cabível naquele caso concreto, portanto o que se busca em juízo através da ação é a tutela jurisdicional, que consiste na apreciação do pedido e pacificação do conflito no ato do juiz que exerce o poder jurisdicional em nome do Estado. Jurisdição Poder do Estado de pacificação social de conflitos de interesses, isso porque em regra não se permite o fazer justiça pelas próprias mãos. O Estado atribui o exercício desse poder jurisdicional aos juízes de direito. Em última análise é possível afirmar que jurisdição é a atividade típica exercida pelos juízes de direito na função pacificadora estatal. Fichamento: Modos alternativos para solução de conflitos 5 19/02/2013 Mediação Juizados especiais cíveis - lei nº 9.099/95 Competência - conciliação, processo, julgamento e execução - questões simples (matéria (que envolvam direito material disponível); valor - até 40 vezes o salário mínimo Até 20 salários mínimos não precisa de advogado Princípios a. Informalidade b. Simplicidade c. Moralidade d. Economia processual e. Celeridade 21/02/2013 Arbitragem Natureza jurídica da arbitragem: constitui uma verdadeira justiça privada (por que envolve atuação de uma pessoa comum o árbitro), admitida pelo ordenamento jurídico, sendo que a atuação do árbitro tem um perfil público na medida em que colabora com a atividade estatal panificadora de conflitos. Arbitragem está à disposição de pessoas físicas capazes e pessoa jurídica (empresas) para questões de direito material disponível. É fundamental para utilização desse mecanismo a existência de uma prévia convenção Prévia convenção: Cláusula compromissória - acrescentada no próprio contrato originário de uma relação jurídica material, na qual os contratantes elegem a arbitragem como mecanismo para solução de eventuais conflitos decorrentes daquele contrato originário; Compromisso arbitral é um documento firmado pelas pessoas que queiram usar a arbitragem como, instituindo-a posteriormente ao contrato originário; A convenção estará completa no momento em que se escolhe o árbitro. A escolha do árbitro pode ser feita pelas próprias que estão convencionando este mecanismo ou por um terceiro indicado e que terá essa tarefa (o árbitro não pode ter vínculo subjetivo com as pessoas que estão envolvidas nos conflitos) A atividade do árbitro é remunerada. 6 O árbitro não é funcionário público, porém para efeitos penais estará equipado a funcionário público, quando atuar, responderá por crimes de funcionário público. Procedimento arbitral tem início mediante provocação do árbitro; A figura do advogado fica a critério da parte, facultativo; Essencial ao procedimento: contraditório e ampla defesa, o árbitro precisa dar oportunidade a ambas as partes manifestarem suas razões e provaram o que alegam; imparcialidade; O procedimento se encerra com a sentença do árbitro (sentença arbitral) A decisão do árbitro não se submete a apreciação do juiz direito Contra sentença arbitral não cabe qualquer recurso Vantagens e desvantagens da arbitragem - pesquisa Fichamento - normas processuais - fonte, eficácia e interpretação. 26/02/2013 Normas Processuais Normas Processuais a. Em sentido estrito (propriamente ditas) - Relação jurídica processual = processo Disciplina direitos e deveres dos sujeitos principais b. Procedimentais - em matéria processual - sequência organizada dos atos processuais (rito - comum (ritos sumários (rápidos) - ordinário (amplamente divididos), especial) = procedimento Quem pode criar Normas processuais propriamente ditas? a. Normas processuais propriamente ditas - competência legislativa da União b. Normas procedimentais em matéria processual - concorrente estados e União Processo # Procedimento Normas processuais propriamente ditas + normas procedimentais = normas processuais em sentido estritoFontes a. Abstrata das normas processuais - são aquelas que servem para provocar o legislador a dar início ao procedimento legislativo de criação da norma. EX.: CF e leis em geral, usos e costumes, jurisprudência. 7 b. Concretas - a norma processual já existe e está em vigor, onde eu a encontro concretamente. Ex.: CF, Tratados e Convenções Internacionais, CPC leis ordinárias, CLT. Aquilo que a CLT não disciplinar sobre normas processuais trabalhistas, aplicaremos subsidiariamente ao procedimento. Interpretação das normas processuais Eficácia das normas processuais a. No espaço - em que âmbito territorial as leis processuais são aplicadas. Aplicando o princípio da territorialidade b. No tempo - em que momento uma lei processual nova passa a ter aplicação Lei processual nova, ao entrar em vigor, terá aplicação imediata e geral em todo território nacional. Lei processual não retroage Próximo: Princípios gerais constitucionais do Direito processual 28/02/2013 Interpretação das normas processuais Consistem na tarefa de buscarmos o significado e alcance do texto legal. Métodos que auxiliam nessa tarefa 1. Interpretação gramatical. Análise do significado das palavras que compõe o texto da norma a ser interpretada (aplica-se sempre); 2. Método histórico: consiste na análise sobre as razões sociais históricas que serviram para a elaboração da norma que estamos interpretando; 3. Método teleológico: busca a análise da finalidade da norma jurídica, o que ela busca tutelar proteger; 4. Método comparativo: considera outros textos legais, existentes em outros países; Principal método das interpretações, determinado como lógico e sistemático (art. 134 CPC): Esse método observa que os dispositivos legais em regra não existem isoladamente, estarão inseridos (agrupados) em um conjunto organizado. Nesse conjunto de dispositivos legais uns são esclarecedores dos outros, daí porque o intérprete deverá sempre observar o texto legal e o conjunto onde ele está geograficamente localizado. Na prática devemos dar atenção aos rótulos que o legislador apresenta na organização do texto legal, através de títulos, capítulos e seções. Ex.: art. 134 do CPC está situado em um capítulo que é do juiz, em uma seção denominada impedimentos e suspeição do juiz. Método de interpretação extensiva e restritiva Extensiva: é usada para o caso em que o legislador expressou menos do que gostaria Restritiva: é o método restritivo que se usa quando o legislador diz mais do que gostaria 8 Lei Processual em regra deve ser interpretada restritivamente, nos termos do texto, não se pode ampliar. Interpretação da integração da norma Interpreta a norma diante de uma lacuna, omissão. Métodos de integração São métodos de integração, analogia, usos e costumes, jurisprudência e princípios gerais do direito. 05/03/2013 Princípios gerais do direito processual Princípio da imparcialidade do juiz Garante a justiça das decisões judiciais. Uma decisão não será justa e nos termos da lei se não houver a imparcialidade do julgador. Juiz imparcial é aquele que na relação processual posiciona-se entre as partes e equidistante a elas, sem possuir qualquer vínculo subjetivo com as partes e eu seus procuradores sem possuir qualquer interesse próprio ou pessoal na questão conflitante a ser dirimida, solucionada por ele. A CF prevê garantias àqueles que exerçam o cargo de juiz de direito processual (art. 95, CF). As garantias são: 1. Vitaliciedade no cargo - os juízes ao ingressaram na carreira da magistratura, mediante a aprovação em concurso público iniciaram como juiz substituto não vitalício. Haverá um período de estágio probatório de dois anos, no qual ele poderá ser demitido administrativamente mediante procedimento administrativo junto a corregedoria da justiça. Após esse período, se confirmado na carreira, o juiz adquire a garantia constitucional da vitaliciedade, em razão qual não mais poderá perder o cargo, que garante a imparcialidade na sua atuação, uma vez que ninguém poderá demitir o juiz. O juiz vitalício só poderá perder o cargo se processado e condenado definitivamente pela prática de crime com pena superior a quatro anos de reclusão 2. Inamovibilidade - ninguém pode retirar o juiz da localidade onde ele exerça o cargo, ele apenas sairá por vontade própria, por promoção na carreira ou remoção. 3. Irredutibilidade dos vencimentos - o poder judiciário tem autonomia administrativa e financeira, de modo que uma parte da arrecadação tributária é destinada ao judiciário que irá administrar a folha de pagamento de todos os integrantes. Essas garantias constitucionais destacadas servem para assegurar a imparcialidade dos juízes no exercício da sua função jurisdicional de pacificação de conflitos, estabelecendo a ordem jurídica e ordem social mediante aplicação da lei material aos casos concretos, sem receber qualquer influência pessoas ou instituições. Existem vedações na lei para aqueles que exerçam o cargo de juiz, e servem para assegurar a imparcialidade. Os juízes não podem 9 a. Exercer advocacia b. Exercer qualquer outra atividade, salvo uma de magistério. c. Integrar sociedade comercial e muito menos função de gerência De forma objetiva juiz imparcial é aquele que não é impedido de exercem suas funções no processo (ver art. 134, CPC, que apresenta uma relação de situações em que o juiz será considerado impedido de atuar no processo); e não apresente qualquer fator de suspeita de parcialidade (ver art. 135, CPC, que apresenta situações de suspeição do juiz), entendam-se situações em que haverá suspeita de que o juiz poderá ser parcial, o que não se admite no processo. Fichamento outros princípios constitucionais - capítulo do juiz - 22 princípios 07/03/2013 Princípio do contraditório e da ampla defesa Esse princípio está relacionado ao próprio conceito de processo, isso porque não haverá relação jurídica processual válida e eficaz a efetiva observância (não haverá processo) a esse princípio está. Esse princípio é necessário para validade do processo e eficácia das decisões judiciais. O contraditório estabelece um dever ao juiz, qual seja dever de dar oportunidades para as partes manifestarem e contrariarem aquilo que foi produzido nos autos (no processo) pelo adversário. Ampla defesa consiste no dever que o juiz tem de dar ampla oportunidade para as partes demonstrarem nos autos a verdade das suas alegações. Comunicação dos atos no processo A necessidade de comunicar atos processuais é consequência natural desse princípio. Citação - art. 213 do CPC É ato processual de chamamento o réu ou interessado, para que venha a juízo oferecer defesa. Modalidades de citação: a. Pessoal ou real É aquela concretizada diretamente na pessoa do réu. Formas: correio ou por mandado (ordem a ser cumprida por oficial de justiça) b. Ficta ou presumida Não se concretizada diretamente na pessoa do réu, porém a lei processual presume que ele foi chamado. Formas: hora certa (por mandado) e edital (quando o réu estiver em local incerto e não sabido) 10 Intimação - art. 234 do CPC É ato processual de dar ciência a alguém (partes, advogados, etc.) sobre atos e termos processuais (atos já praticados, ex. sentença proferida pelo juiz, e atos a serem praticados, ex. audiência de produção de prova oral e julgamento), para que faça ou deixe de fazer algo no processo. Formas de intimação: correio, mandado e edital. Princípio da isonomia processual (igualdade de tratamento processual) Esse princípio atribui o dever do juiz de dar tratamento processual igualitárioas partes e seus procuradores. O juiz deve dar iguais oportunidades para as partes manifestarem suas razões nos autos e iguais oportunidades para que possam amplamente provar a verdade de suas alegações. Pesquisa: o art. 188 do CPC prevê ampliação de prazo processual para ministério público e fazendas públicas. Esse dispositivo legal afronta o princípio da igualdade processual? Explique. O que é devido processo legal? 12/03/2013 Princípio da publicidade dos atos processuais Esse princípio serve para assegurar a transparência da atividade jurisdicional do Estado, ou seja, da atividade exercida pelos juízes. Ele estabelece a possibilidade de que as pessoas em geral possam consultar autos de processo e também presenciar audiências, daí porque em regra as audiências são realizadas com portas abertas. A própria constituição federal apresenta duas exceções a regra publicidade, portanto duas situações de restrição a publicidade. Não haverá quando: a. Quando o interesse público recomendar a não publicidade dos atos processuais b. Nos casos em que se deva preservar a intimidade de pessoas, por exemplo, nas ações que tramitam nas varas de família e sucessões, essas correm em segredo de justiça. Princípio da motivação das decisões judiciais Esse princípio garante a justiça e legalidade das decisões judiciais, apresentando um dever ao juiz de apresentar as razões que serviram de apoio a decisão proferida. Toda e qualquer decisão judicial precisa ser fundamentada pelo juiz. Decisão sem fundamentação apresenta um vício, afronta ao princípio da motivação. Esse vício que consiste no desrespeito ao princípio resultará na consequência nulidade do ato praticado pelo juiz, para que seja refeito. 11 Fundamentação consiste na exposição das razões (de fato e de direito) que dão suporte ao convencimento apresentado pelo juiz naquela decisão. É pela fundamentação apresentada na decisão que poderemos aferir a justiça e a legalidade daquela decisão. Princípio da proibida produção de prova ilícita Prova produzida com afronta as normas material. A prova será ilícita quando mediante afronta as normas materiais O que e devido processo legal 19/03/2013 Devido Processo Legal O art. 5*, inciso 54 da CF prevê o princípio do devido processo legal estabelecendo que ninguém será privado dos seus bens ou da sua liberdade sem o devido processo legal. Devido processo legal é aquele que efetivamente observa todos os princípios constitucionais do direito processual. Assim, o devido processo legal se caracteriza por um processo conduzido por um juiz imparcial; que aplique o contraditório e a ampla defesa; dê iguais oportunidades para as partes manifestarem e provaram suas razões, com ampla publicidade dos atos processuais e proíba produção de provas ilícitas, e apresente motivação às decisões proferidas. O devido processo legal é essencial para a validade do processo e eficácia das decisões judiciais. Em outras palavras, o processo será nulo se não houver observância ao devido processo legal. Observação importante: Muitos doutrinadores classificam o devido processo legal em duas vertentes, quais sejam: devido processo legal formal (ver o conceito supra-apresentado); devido processo legal substancial, está relacionado ao bem da vida, ou seja, a matéria protegida juridicamente, tanto que o art. 5*, inciso 54 da CF ao referir-se sobre o princípio em destaque faz expressa menção ao direito material liberdade e bens da vida, conseguindo que "ninguém será despojado do direito liberdade ou e seus bens sem o devido processo legal". Outros princípios gerais do direito processual Princípio da lealdade processual Esse princípio estabelece o dever processual de atuar no processo sempre conforme a verdade. É um dever processual de todos que participam do processo, mas principalmente das partes, chamamos um dever de probidade. Esse princípio busca afastar a denominada litigância de má fé na relação processual (ver arts. 14 ao 18 no CPC). Consequências pela litigância de má fé: Interna, nos próprios autos onde ocorreu o ato desleal (ver art. 18 CPC), multa de 1%, de ofício ou requerimento; Muitas vezes o ato desleal praticado nos autos caracteriza uma infração penal, então a consequência será instauração de uma ação penal contra a pessoa, ou seja, ela 12 responderá criminalmente por aquela conduta (ex.: supressão de documento, fraude processual, falsificação de documento, falso testemunho, etc.); Externa aos autos e aplicável somente aos advogados. Representação contra o advogado junta a OAB, para imposição de uma sanção administrativa diante da conduta desleal praticado. Princípios relacionados à ação Princípio da ação - estabelece o direito processual a toda e qualquer pessoa de ir a juízo e provocar a atividade jurisdicional do Estado (que é inerte está a disposição todos), pelos meios e formas legais (na área cível, através de uma petição inicial que preenche requisitos formais previstos no art. 282 do CPC; na esfera penal a ação penal terá início: a. Por uma peça chamada denúncia, elaborada pelo promotor de justiça nas ações penais públicas; ou por uma peça chamada queixa crime elaborada pelo advogado constituído pelo ofendido, essas peças, denúncia ou queixa crime, devem atender aos requisitos previstos no art. 41 do CPC), a fim de obter uma tutela jurisdicional a algum direito material, ou seja, provocação do juiz para obter uma prestação jurisdicional. As ações podem se classificadas conforme o pedido formulado na peça inicial, ou seja, conforme a tutela pretendida pelo autor, na seguinte maneira: ação de conhecimento; ação cautelar e ação de execução. Juridicamente, quando a pessoa vai a delegacia, a irá apresentar notícia de ato infracional e não queixa ou denúncia 04/04/2013 Conceito de jurisdição Jurisdição é poder do Estado na ação de restabelecer a ordem social e ordem jurídica com autoridade, estabelecendo a paz social e solucionado os conflitos de interesse, mediante aplicação do direito material aos casos concretamente apresentados em juízo. Em última análise jurisdição é atividade típica exercida pelos juízes de direito. Características da jurisdição contenciosa 1. Lide - é conflito intersubjetivo (entre pessoas) de interesses, qualificado por uma pretensão resistida. Surge no momento da propositura da ação, ou seja, com o início do processo. Lide é característica da jurisdição porque na essência é a existência de um conflito que faz com que um dos sujeitos conflitantes vá à justiça buscar uma tutela jurisdicional 2. Inércia - o juiz somente exercera sua função típica jurisdicional (aplicação da lei material aos casos concretos, solucionado lides) se houver provocação inicial por interessados em alguma tutela jurisdicional. Essa provocação inicial da atividade do juiz acontece mediante propositura da ação, pelos meios e formas previstos na lei processual. A inércia por ser característica comum da jurisdição contenciosa e também da jurisdição voluntária eleva-se a categoria de princípio. 13 09/04/2013 Terceira característica da jurisdição 3. Definitividade - essa característica indica que apenas atos jurisdicionais praticados pelo juiz poderá, em um determinado momento procedimental adquirir perfil de definitividade, ou seja q impossibilidade de qualquer modificação do ato decisório apresentado pelo juiz. Essa característica não existe nos atos praticados pelo legislativo nem pelos atos praticados pelo poder executivo. Essa definitividade está relacionada aos pronunciamentos de mérito (sentença ou acórdão de mérito) apresentados pelo judiciário.Trata-se do instituto processual denominado coisa julgada. A coisa julgada consiste em instituto processual de segurança jurídica das decisões judiciais de mérito, e surge no momento procedimental em que não couber mais qualquer recurso contra a decisão judicial de mérito (aquela que julga o pedido). Esse momento procedimental em que não se admite mais recurso denomina-se trânsito em julgado. Coisa julgada material é a definitividade interna e externa (dentro e fora dos autos), da decisão judicial de mérito, de modo que a coisa julgada impede a mesma ação seja novamente promovida em juízo. Coisa julgada forma é definitividade apenas interna (nos próprios atos)de um ato judicial, no momento em que não couber mais recurso. Ex.: sentença terminativa, é definitividade ato do juiz que põe fim, encerra a relação processual, encerra o processo sem julgar o pedido. No momento em que não couber mais recurso haverá o trânsito em julgado e nesta situação surge apenas a definitividade interna daquele ato judicial, o que se denomina coisa julgada formal. Nesta situação o autor poderá novamente promover essa mesma ação em juízo, o que não acontece nos casos de coisa julgada material. Outras características Substitutividade - essa característica indica que a vontade estatal pacificadora substituirá a vontade dos conflitantes que vieram a juízo, de modo que o juiz ao solucionar a lide estará impondo essa vontade estatal pacificadora mediante aplicação da lei material ao caso concreto, e caberá às partes respeitar tal decisão e cumpri-la. Indelegabilidade (veremos logo mais no capítulo princípios, e vale salientar que todos os princípios, sete, são também características da jurisdição) Espécies de jurisdição 1. Jurisdição civil e penal O que as distingue é a matéria, o critério será a exclusão, ou seja, o que não for matéria penal por exclusão será civil. Toda ação contém um objeto (pedido), e o objeto nas ações penais será sempre uma pretensão punitiva. Relacionamento entre jurisdição civil e penal 1. Hipótese - sentença penal condenatória definitiva torna certa a obrigação de reparação do dano na esfera cível 14 11/04/2013 Relacionamento entre jurisdição penal e civil 2º Prova emprestada É a situação em que uma determinada prova produzida em autos de um processo (ex. Natureza penal) possa ser utilizada em outro processo (ex. Processo civil) 3º Processo crime falimentar Somente poderá ser promovida pelo promotor de justiça se anteriormente houver sentença na esfera civil que tenha decretado a falência do devedor comerciante 4º Suspensão prejudicial heterogênea É a hipótese em que um processo de determinado natureza (penal) deva ficar sobrestado para aguardar em 1* a solução a um outro processo (ex. Civil), porque dependendo da solução conferida pelo juiz a esse último poderá resultar prejudicado o mérito da ação suspensa (ex. Crime de sonegação fiscal, e ação cível na qual se pede declaração judicial da não incidência do tributo) Jurisdição inferior e jurisdição superior Inferior: 1º grau de jurisdição 1º instância Juízo "a quo" Superior: 2º grau de juízo 2º instância Juízo "ad quem" Acórdão - decisão proferida em 2º grau Na jurisdição inferior atua um juiz singular, o juiz individualmente nas causas; na superior atuará o colegiado de juízes denominados desembargadores, recusar decisões de 1º grau Jurisdição especial e jurisdição comum Juízo especial - justiça do trabalho, militar e eleitoral. Comum - comum federal e estadual É competente nas ações federais cíveis, união, autarquia, empresas federais. Limites da jurisdição Situações que não podem ser apresentadas em juízo: 15 1. O judiciária não pode apreciar na esfera civil questões relacionadas a dívida de jogos ilícitos 2. O judiciário não pode apreciar questões relacionadas ao mérito de ato administrativo pretendido pelo poder público executivo. Mérito de ato administrativo consiste na análise sobre conveniência e oportunidades para realização ou não de um ato administrativo consiste. Essa análise é discricionária de quem exerça uma função administrativa, e o judiciário não pode interferir. Poder discricionário consiste na análise subjetiva para a realização de um ato ou não, é a liberdade que a pessoa tem em realizar algo segundo critério próprio de conveniência e oportunidade para praticar algo. 16/04/2013 Limites da jurisdição Jurisdição internacional - para questões cíveis 1. Jurisdição concorrente - art. 88, CC a. réu domiciliado no Brasil b. Fato ocorrido no Brasil c. Obrigação ser cumprida no Brasil 2. Jurisdição exclusiva - art. 89, CPC a. Bens imóveis situados no Brasil b. Partilha de bens situados Brasil Obs.: art. 90 CPC - não há litispendência entre jurisdições Litispendência - significa lide pendente de um julgamento, uma lide apresentada em juízo e que depende de apreciação do juiz Significado do instituto processual litispendência - é instituto processual que impede, no âmbito interno (no Brasil), que a mesma ação em tramitação seja novamente proposta em juízo. Uma mesma ação em curso no Brasil poderá também tramitar no exterior. Uma sentença estrangeira, sobre matéria cível, pode ser objeto de execução no Brasil, ou seja, pode surtir efeito no Brasil? Nos casos de jurisdição concorrente sim, exclusiva não. Nas situações genéricas previstas no art. 88 do CPC, denominadas pela doutrina como jurisdição concorrente, admite-se a eficácia de uma sentença estrangeira no Brasil, desde que essa sentença estrangeira seja previamente homologada pelo STJ. Todavia nos casos de jurisdição exclusiva, previstos no art. 89 do CPC, a sentença estrangeira jamais poderá ser homologada pelo STJ. 16 Princípios da jurisdição 1. Princípio da investidura Estabelece que o poder jurisdicional do Estado (poder de pacificar conflitos) somente poderá ser exercido por aqueles que tenham sido legalmente investidos no cargo de juiz de direito e então integram a carreira da magistratura. No Brasil a investidura ao cargo de juiz ocorre mediante aprovação em concurso público e posse para a carreira da magistratura 25/04/2013 Jurisdição voluntária ou graciosa É atividade do juiz que apenas administra determinados interesses particulares, para que possam surtir efeitos no mundo jurídico. Características da jurisdição voluntária Não há lide - não há conflito de interesses a ser dirimido pelo juiz, haverá apenas interesse a ser administrado. Se não há lide, não se fala propriamente em processo, haverá apenas um procedimento. Em procedimento de jurisdição voluntária não existe partes (autor e réu), apenas interessados. Inércia - mesmo em procedimentos de jurisdição voluntária, o juiz somente atuará se houver provocação inicial por interessados, pelos meios e formas legais, portanto para que o juiz administre interesses haverá necessidade da propositura da ação Em jurisdição voluntária não haverá coisa julgada material. O ato judicial prestado não adquire a definitividade externa; coisa julgada material é atividade algo próprio e exclusivo para sentenças de mérito em jurisdição contenciosa, e corresponde a definitividade interna e externa da decisão de mérito, no momento do trânsito em julgado, ou seja, quando não couber mais recurso algum. Em jurisdição voluntária haverá apenas coisa julgada formal, a definitividade do ato judicial apresentado nos autos, no momento em que não couber mais recurso, porém é uma definitividade apenas interna, vale dizer, nos próprios autos onde foi proferido o ato judicial. Exemplos1. Ação de retificação do nome no assento existente no cartório de registro civil 2. Ação de modificação do nome 3. Ação de separação consensual, amigável 4. Ação de interdição 17 07/05/2013 Ação Conceito Ação é direito processual atribuído a toda e qualquer pessoa, de provocar a atuação do Estado-juiz, objetivando uma tutela jurisdicional, ou seja, a fim de ver apreciado em juízo uma pretensão para que o juiz então aplique a lei material ao caso concreto. Ação é direito subjetivo público, autônomo e abstrato objetivando um pronunciamento jurisdicional. Direito subjetivo porque é atribuído a toda e qualquer pessoa Direito público porque é exercida contra o Estado, para provoca-lo Direito autônomo podemos provocar o Estado-juiz para que ele atue, mesmo sem qualquer violação de direito material. Direito abstrato porque existe a ação ainda que o resultado final seja desfavorável ao autor. A ação é direito abstrato porque consiste no direito que a pessoa tem de ver apreciado em juízo uma pretensão Teorias Teoria concreta - os processualistas desta teoria concreta da ação afirmavam: a. Ação é direitista contra o adversário (se fosse assim não haveria a natureza pública) b. Ainda, essa teoria afirmava que só existira ação se o resultado final for concretamente favorável ao autor. Teoria abstrata da ação - utilizada: a. Para essa teoria a ação é contra o Estado, pois consiste na provocação do juiz para aplicação da lei material (natureza pública) b. Para essa teoria o resultado da ação é indiferente para o conceito, isto porque ação é direito abstrato de ver apreciado em juízo uma pretensão. Natureza jurídica Ação tem natureza jurídica abstrata, isto porque é o direito de ver apreciado em juízo uma pretensão. Elementos da ação Os elementos da ação servem para identificar uma ação é diferencia-la da demais. Três são os elementos e estarão em toda e qualquer ação, já indicados na peça inicial, portanto são requisitos formais da peça. i. Partes 18 ii. Causa de pedir iii. Pedido Afirma-se que uma ação é idêntica a outra quando elas apresentarem exatamente iguais os três eventos identificadores. Alterando-se qualquer um deles ainda que parcialmente, não estaremos diante da mesma ação. Institutos processuais importantes 1. Litispendência - é instituto processual que no âmbito interno impede que a ação em tramitação seja novamente promovida 2. Coisa julgada - é instituto processual que impede nova proposta da ação já definida em seu mérito com o trânsito em julgado. Observa.: apenas haverá possibilidade de ingressar em juízo novamente com a mesma ação quando ela tenha sido anteriormente extinta pelo juiz sem a apreciação do mérito (nesta situação não há coisa julgada material, apenas formal) Partes são os sujeitos parciais da relação processual, ou seja, aqueles que apresentam interesses a serem apreciados em juízo. Partes são aqueles que ocupam os polos dirigentes na relação processual, portanto sempre serão duas, ainda que ocorra cumulação de pessoas nesses polos. Sujeitos principais da relação processual sempre três: juiz, sujeito imparcial que ocupa o polo poder e as partes, sujeitos parciais, autor e réu, que ocupam o polo ativo e passivo, respectivamente. Autor é instituto aquele que fórmula em juízo uma pretensão Réu é aquele em face de quem a pretensão é apresentada Importância das partes: aquele que não estiver indicado para ocupar estes polos litigantes no processo não será atingido pela autoridade do pronunciamento estatal, ou seja, a coisa julgada surte efeitos que atingem apenas as partes. Assim as partes servem para fixar os limites subjetivos da coisa julgada (aqueles sujeitos que serão atingidos diretamente pela autoridade do julgamento) quem não for parte da ação em regra não sofre consequências da prestação jurisdicional Causa de pedir são os fatos mais os fundamentos jurídicos que apoiam o pedido Fato é causa de pedir remota, é o acontecimento. Fundamento jurídico - não é apenas a mera referência sofre o texto da norma material (fundamento legal) é mais do que isso, ou seja, é a expressa menção na peça inicial sobre aquilo que a norma jurídica material busca proteger, entenda- se, é a indicação sobre a objetividade jurídica da norma (aquilo que a norma protege). É causa de pedir próxima Importância dos fatos Narramos os fatos para que o juiz aplique o direito 19 É o objeto de prova no processo, os fatos alegados e impugnados pelo adversário Fundamento legal é apenas indicação do texto da norma legal Pedido é o objeto da ação, o núcleo, ou seja, aquilo que o juiz deverá apreciar. Pedido é a pretensão deduzida pelo autor na peça inicial, e às vezes também pretensão formulada pelo réu na defesa O pedido serve para fixar os limites objetivos da coisa julgada. O juiz não pode julgar fora do pedido. Princípio da congruência, o juiz deve julgar apenas o que está no pedido Fichamento: Condições genéricas da ação
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