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EQO088 2016/1 Alexandre Leiras 1 Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 1 Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 2 1. INTRODUÇÃO PETRÓLEO - do latim Petra (pedra) e Oleum (óleo) ⇒ O petróleo é uma substância oleosa, inflamável, menos densa que a água, com cheiro característico e de cor variando entre o negro e o castanho escuro ⇒Admite-se que sua origem esteja ligada à decomposição dos seres que compõem o plâncton - organismos em suspensão nas águas doces ou salgadas tais como protozoários, celenterados e outros - causada pela pouca oxigenação e pela ação de bactérias Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 3 ⇒ O petróleo é uma mistura de hidrocarbonetos parafínicos, naftênicos e aromáticos, além de hidrocarbonetos com heteroátomos ⇒Apresenta-se nas fases: Gasosa: Gás Natural Líquida: Óleo Cru Sólida: Xisto Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 4 2. A INDÚSTRIA DO PETRÓLEO ⇒A localização, produção, transporte, processamento e distribuição dos hidrocarbonetos existentes nos poros e canais de uma rocha reservatório, estabelecem os cinco segmentos básicos da indústria do petróleo ♦ Exploração: A reconstrução da história geológica de uma área, através da observação de rochas e formações rochosas ♦ Explotação: A fase explotatória do campo petrolífero engloba as técnicas envolvidas no desenvolvimento e na produção da reserva comprovada de hidrocarbonetos de um campo petrolífero Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 5 ♦ Transporte: Pelo fato dos campos petrolíferos não serem localizados, necessariamente, próximos dos terminais e refinarias de óleo e gás, é necessário o transporte da produção através de embarcações, caminhões, vagões, ou tubulações (oleodutos e gasodutos) ♦ Refino: Processamento da mistura de hidrocarbonetos proveniente da rocha reservatório, para a obtenção dos componentes que serão utilizados nas mais diversas aplicações (derivados) ♦ Distribuição: Comercialização dos produtos finais com as distribuidoras, que se incumbirão de oferecê-los, na sua forma original ou aditivada, ao consumidor final Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 6 O esquema a seguir resume estes segmentos Campos de Petróleo e GN Separador UPGN Refinaria GN úmido Petróleo Gás Canalizado Consumidor Final GN seco Bases Distribuição Consumidor Final Derivados U P S T R E A M D O W N S T R E A M Petróleo GN associado GN ñ associado Distribuição e Comercialização Explotação Exploração Refino importação Transporte DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! EQO088 2016/1 Alexandre Leiras 2 Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 7 ⇒ O petróleo extraído no campo de produção é chamado Óleo Cru 3. NATUREZA DO PETRÓLEO ⇒ Por isso, existem petróleos marrons, amarelados, verdes e pretos ⇒ Dependendo da Rocha- reservatório de onde foi extraído, variam o aspecto visual e a constituição do óleo cru Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 8 ⇒ Um outro ponto a ser esclarecido é o de que . . . . . . O ÓLEO NÃO ESTÁ SOZINHO NO SEU RESERVATÓRIO ! ♦ Normalmente, ele é encontrado junto com Gás, Água e outros Compostos Inorgânicos ♦ Essas substâncias, incluindo o óleo, estão distribuídas no reservatório de acordo com suas Densidades Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 9 * Na zona superior do reservatório, geralmente há uma “capa” de gás rico em metano (CH4), conhecido como Gás Associado. Esse gás é composto também por outros hidrocarbonetos (no estado gasoso) e por gases corrosivos, como o gás sulfídrico (H2S) e o dióxido de carbono (CO2) * Na zona intermediária, está o Óleo propriamente dito, contendo Água Emulsionada e também os mesmos componentes presentes no gás associado * Na zona inferior, encontramos Água Livre (não misturada com óleo), com Sais Inorgânicos dissolvidos e Sedimentos Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 10 Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 11 4. PROCESSAMENTO PRIMÁRIO ⇒Acima de determinados níveis, a presença no óleo do gás associado e da salmoura (como é chamada a mistura de água, sais e sedimentos) causaria problemas . . . ⇒ O gás associado, contendo substâncias corrosivas e sendo altamente inflamável, deve ser removido por problemas de segurança (corrosão ou explosão) ⇒ Água, sais e sedimentos também devem ser retirados, para reduzirem-se os gastos com bombeamento e transporte, bem como para evitar-se corrosão ou acumulação de sólidos nas tubulações e equipamentos por onde o óleo passa Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 12 ♦ Por isso, antes de ser enviado à refinaria, o petróleo passa pelo chamado Processamento Primário, realizado em equipamentos de superfície, nos próprios campos de produção ♦ Ao final desse processamento, teremos fluxos separados de óleo e gás, além de salmoura descartável ♦ O óleo final conterá teores menores daqueles hidrocarbonetos mais facilmente vaporizáveis; ficando, então, menos inflamável que o óleo cru. Por isso, esse óleo “processado” é também chamado Óleo EstabilizadoDI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! EQO088 2016/1 Alexandre Leiras 3 Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 13 ⇒A primeira etapa do Processamento Primário é a separação gás-óleo-água livre * A separação gás-óleo- água livre é realizada em equipamentos chamados separadores, onde essas substâncias, são separadas por ação da gravidade Isto é chamado Decantação Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 14 ⇒A segunda etapa do Processamento Primário é a Desidratação do óleo que sai da separação ♦ Durante o processo de produção, parte da água do reservatório se mistura com o óleo na forma de gotículas dispersas, gerando uma Emulsão água-óleo ♦ A desidratação é realizada para remover ao máximo essa Água Emulsionada do óleo ♦ Para romper a emulsão água-óleo, são injetadas substâncias químicas chamadas Desemulsificantes ♦ As gotículas de água se juntam (ou se “coalescem”) e agora, em gotas com diâmetros maiores, boa parte dessa água emulsionada se separa do óleo Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 15 ⇒ O Processamento Primário permite então que o óleo atenda as especificações exigidas pelo refino: ♦ Um mínimo de componentes mais leves (os gases) ♦ Quantidade de sais abaixo de 300 miligramas por litro (300 mg/L) de óleo ♦ Quantidade de água e sedimentos abaixo de 1% (do volume do óleo). Essa quantidade é conhecida como BS&W (Basic Sediments and Water - Água e Sedimentos Básicos) Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 16 5. GÁS NATURAL ⇒ Gás Natural é a porção do petróleo que existe na fase gasosa ou em solução no óleo, nas condições de reservatório, e que permanece no estado gasoso nas condições atmosféricas de pressão e temperatura (Definição estabelecida na Lei nº 9.478/97). ⇒ Os hidrocarbonetos que participam da sua composição são o metano, o etano, o propano e outros componentes de maior peso molecular. A composição depende da origem, sua maior ou menor associação ao óleo e ao grau de tratamento submetido.Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 17 5. GÁS NATURAL (continuação) Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 18 5. GÁS NATURAL (continuação) ⇒A fase de não hidrocarbonetos (contaminantes) pode ser classificada segundo três tipos básicos: - Inertes: Possuem como características principais o fato de não apresentarem reatividade química com os compostos e materiais da unidade, como o N2; - Vapor d’água: A sua presença deve ser limitada no gás exportado, uma vez que teores elevados contribuem para a ocorrência de formação de hidratos e corrosão; - Gases ácidos: Assim são chamados, por formarem uma solução de características ácidas quando na presença de água, como o CO2, H2S e demais compostos de enxofre. DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! EQO088 2016/1 Alexandre Leiras 4 Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 19 5. GÁS NATURAL (continuação) ⇒ Características gerais do gás natural: · Gás natural possui energia, apresentando poder calorífico superior a 9.400 kcal/m3; · Gás natural apresenta estabilidade de chama, tornando- se inflamável entre os limites de 5 a 15 % de gás numa mistura de ar; · Possui temperatura de ignição entre 593 e 704 ºC, portanto bem acima da temperatura ambiente; · Gás natural é mais leve que o ar, por isso se dispersa rapidamente quando liberado; Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 20 5. GÁS NATURAL (continuação) ⇒ Características gerais do gás natural: · Maior relação hidrogênio/carbono (4:1), implicando numa queima limpa e com baixo índice de emissões de poluentes; · Excepcional característica anti-detonante (aceita elevadas taxas de compressão, da ordem de 16:1); · Menor formação de depósitos, maior duração do lubrificante, troca de filtros com menor frequência e menor desgaste dos componentes do motor; · Odorizado com produtos do tipo mercaptans para fins de comercialização. Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 21 6. IMPORTÂNCIA DO GN ⇒ Na Matriz Energética Brasileira: Petróleo 32% Hídrica 34% Lenha 13% GN 3%Carvão 6% Cana 11% outros 1% Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 22 ⇒ Na Matriz Energética Mundial: Petróleo 40% Hídrica 7% Carvão 28% Nuclear 2% GN 23% 6. IMPORTÂNCIA DO GN (continuação) Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 23 Reinjeção 17,6 % Perdas 18,5 % Liquefeito 3,9 % PETROBRAS 38,8 % Companhias Gás 61,2 % Consumo Nacional 60 % Produção Total 30.000.000 m3/d ⇒ Na Indústria de GN no Brasil 6. IMPORTÂNCIA DO GN (continuação) Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 24 Reinjeção 11,5 % Perdas 4,2 % Liquefeito 5,0 % Comb. Ind. 28,7 % MP Ind. 4,8 % Geração Energia 25,9 % Dom., Transp. e Ag. 26,1 Comb. Ind. HC 14,5 % Consumo 79,3 % Produção Total 8.000.000.000 m3/d ⇒ Na Indústria deGN Mundial 6. IMPORTÂNCIA DO GN (continuação) DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! EQO088 2016/1 Alexandre Leiras 5 Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 25 7. CLASSIFICAÇÃO ⇒ Uma classificação muito importante refere-se aos conceitos de Gás Natural Associado e Gás Natural Não Associado: A. Gás Natural Associado: ⇒ Caracterizado como todo aquele proveniente de um reservatório produtor de óleo, podendo ele estar em solução na massa de óleo ou em estado livre, formando a denominada capa de gás. Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 26 7. CLASSIFICAÇÃO (continuação) Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 27 7. CLASSIFICAÇÃO (continuação) A. Gás Natural Associado: • Produzido juntamente com o petróleo (poços produtores de óleo); • Produção em baixa pressão, como processo final de separação de óleo; • Apresenta alto teor de pesados (riqueza); • Interrupção da produção impacta a produção de petróleo. Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 28 7. CLASSIFICAÇÃO (continuação) B. Gás Natural Não Associado: ⇒ Caracterizado como todo aquele proveniente de um reservatório produtor de gás, predominando a quantidade de energia do gás e, do ponto de vista da produção, é ele que define o programa da produção. Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 29 7. CLASSIFICAÇÃO (continuação) Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 30 7. CLASSIFICAÇÃO (continuação) B. Gás Natural Não Associado: • Produzido sem a presença de petróleo (poços produtores de gás); • Produção em alta pressão; • Apresenta baixo teor de pesados; • Praticamente metano puro; • Interrupção da produção não impacta a produção de petróleo (funciona como regulação entre produção e consumo). DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! EQO088 2016/1 Alexandre Leiras 6 Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 31 7. CLASSIFICAÇÃO (continuação) ⇒ Geralmente o Gás Natural Não Associado é produzido com elevadas pressões de superfície, objetivando melhor aproveitamento da energia dos reservatórios. ⇒ O Gás Natural Não Associado traz, portanto, toda a energia necessária a sua produção, condicionamento e transporte, o que não ocorre com o gás associado, o qual requer energia complementar em função da energia despendida na produção do óleo. Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 32 7. CLASSIFICAÇÃO (continuação) ⇒ Podemos, ainda, caracterizar a participação energética do gás associado num reservatório produtor de óleo através do conceito de RGO. Ou seja, a razão gás-óleo, RGO é a razão entre os volumes produzidos de gás associado e óleo. VolÓleo GNVolRGO= Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 33 7. CLASSIFICAÇÃO (continuação) ⇒ Na prática, adota-se a relação entre a vazão instantânea de gás pela vazão instantânea de líquido, ambas medidas a 20 oC e 1 atm, chamada de Razão Gás- Líquido – RGL. VolLíquido GásVolRGL = Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 34 7. CLASSIFICAÇÃO (continuação) ⇒ O conceito de RGL é adotado para a classificação de reservatórios: • Reservatório de Óleo RGL ≤ 900 • Reservatório de Gás Condensado 900 < RGL < 18.000 • Reservatório de Gás RGL ≥ 18.000 Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 35 As principais características do GN são: ∗ Composição: Peso Molecular, Densidade, Fator de Compressibilidade, Massa Específica. ∗ Poder Calorífico: Capacidade de uma substância fornecer uma determinada quantidade de calor, necessária para produzir um determinado aumento de temperatura. 8. CARACTERÍSTICAS ∗ A água no combustível como umidade, e o hidrogênio queimado, formando água, incorporam-se aos produtos da combustão na forma de vapor. Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 36 ∗ No calorímetro, durante a determinação do poder calorífico, esse vapor se condensa, incorporando seu conteúdo térmico ao poder calorífico.∗ Por isso, chama-se Poder Calorífico Superior (PCS) a quantidade de calor liberado pelo combustível na determinação do calorímetro, inclusive a da condensação do vapor de água. ∗ Ao se descontar o calor de condensação do vapor d’água temos o Poder Calorífico Inferior (PCI). 8. CARACTERÍSTICAS (continuação) DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! EQO088 2016/1 Alexandre Leiras 7 Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 37 ∗ Poderes caloríficos dos principais combustíveis: 8. CARACTERÍSTICAS (continuação) Superior Inferior Óleo Combustível 10.700 10.150 Óleo Diesel 10.900 10.300 Gasolina 11.100 10.500 GLP 11.900 11.000 Petróleo Médio 10.800 10.200 GN 9.400 8.550 (gases a 1 atm e 20oC) PODER CALORÍFICO Kcal/Kg (Kcal/m3)COMBUSTÍVEL Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 38 ∗ Equivalência Energética (com base no PCI médio do GN): 8. CARACTERÍSTICAS (continuação) Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 39 ∗ GLP: Basicamente C3/C4, oriundos da refinaria, com usos doméstico e industrial; ∗ Gás de Refinaria: Basicamente C2, parcela mais leve gerada na destilação com uso na própria refinaria; ∗ Gás Manufaturado: GN reformado, composto por H2, CH4 e N2, com baixo PCI (3.900 kcal/m3). 8.1 COMPARAÇÃO DOS GASES COMERCIALIZADOS Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 40 ⇒ Entende-se por Processamento Primário do gás natural a seqüência de operações que têm por objetivo separar as frações mais pesadas do gás, de maior valor econômico, originando um outro gás, de menor valor energético, denominado residual; ⇒As frações pesadas, obtidas no estado liquido, são constituídas por hidrocarbonetos de maior peso molecular, enquanto o gás residual é composto basicamente por metano e etano que, juntos, somam cerca de 75% em peso do gás natural; 9. PROCESSAMENTO/CONDICIONAMENTO DO GÁS NATURAL Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 41 ⇒ Um conceito muito utilizado no processamento de gás é o Índice de Riqueza do Gás (IRG) definido como sendo a quantidade de liquido, previamente estabelecida como C2+ ou C3+, que poderá ser obtida através do processamento primário; ⇒ Dada a composição de um gás, a riqueza, segundo esta definição, é obtida pelo somatório da porcentagem molar de todos os componentes a partir do propano; 9. PROCESSAMENTO/CONDICIONAMENTO DO GÁS NATURAL (continuação) Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 42 ⇒ Definiremos a RIQUEZA como o conjunto dos componentes do gás natural mais pesados do que o etano (fração C3+): • Gás considerado rico: riqueza alta (> 8,0%); • Gás considerado pobre: riqueza baixa (< 6,0%); • Riqueza mediana: (entre 6,0% e 8,0%). 9. PROCESSAMENTO/CONDICIONAMENTO DO GÁS NATURAL (continuação) DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! EQO088 2016/1 Alexandre Leiras 8 Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 43 9. PROCESSAMENTO/CONDICIONAMENTO DO GÁS NATURAL (continuação) Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 44 ⇒ Condicionamento, ou tratamento, é o conjunto de processos aos quais o gás será submetido de modo a remover ou reduzir os teores de contaminantes para atender especificações de mercado, segurança, transporte ou processamento posterior; 9. PROCESSAMENTO/CONDICIONAMENTO DO GÁS NATURAL (continuação) Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 45 ⇒ Condicionamento 9. PROCESSAMENTO/CONDICIONAMENTO DO GÁS NATURAL (continuação) Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 46 ⇒As especificações mais freqüentes são relacionadas com: Teor máximo de água ou ponto de orvalho em relação à água; Ponto de orvalho em relação aos hidrocarbonetos; Teor de sólidos; Teor de inertes (CO2 + N2 - O2); Teor de H2S; Teor de enxofre total. 9. PROCESSAMENTO/CONDICIONAMENTO DO GÁS NATURAL (continuação) Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 47 9.1. Depuração: ⇒ Depuração é a remoção de óleo, proveniente de arraste em fase líquida ou sob forma de névoa, da corrente de gás; ⇒A névoa é toda e qualquer partícula líquida de diâmetro menor ou igual a 10 µm, imersas em uma corrente de gás; ⇒A presença de líquidos causa danos aos compressores, equipamentos térmicos e diminui a eficiência na unidade de desidratação de gás; Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 48 ⇒O Vaso Depurador é o equipamento utilizado para depurar o GN: 9.1. Depuração: DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! EQO088 2016/1 Alexandre Leiras 9 Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 49 • Seção de entrada → Usada para separar a porção principal do líquido livre da corrente de entrada; • Seção de precipitação → Decantação das partículas devida à brusca redução de velocidade e de mudança de direção do fluxo; • Seção de crescimento (coalescência) → Remove as partículas pequenas de líquidos (névoas) através de placas corrugadas, ciclones, demister ou filtro coalescedor; • Seção de drenagem → Fundo do vaso, responsável pela drenagem do líquido retido; 9.1. Depuração: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 50 ⇒ Os métodos de dimensionamento dos depuradores estabelecem a velocidade máxima admissível da corrente gasosa, de forma a evitar o carregamento das gotículas de líquidos pelo fluxo de gás; ⇒ Os principais problemas operacionais são o descontrole de nível do vaso e a baixa eficiência de retenção de névoa. 9.1. Depuração: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 51 ⇒A remoção dos gases ácidos visa atender a especificação do gás natural para transferência, segurança operacional e redução da corrosividade do sistema; ⇒ Os processos disponíveis são: 9.2. Remoção de Compostos Sulfurados: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 52 A - Dessulfurização com MEA: ⇒ É o processo de absorção química que utiliza a monoetanolamina (MEA) como solvente; ⇒ É o processo mais utilizado para tratamento de gás natural, principalmente se o mesmo tiver altos teores de gases ácidos; ⇒ Tem como características principais: • a necessidade de baixas taxas de circulação de solvente; • fácil remoção de H2S, devido a sua grande afinidade com o mesmo e boa eficiência do processo, mesmo quando submetido a baixas pressões (até o limite de 5 kgf/cm2). 9.2. Remoção de Compostos Sulfurados: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 53 A - Dessulfurização com MEA: ⇒ Reações de neutralização dos compostos ácidos do gás natural: Neutralização do H2S: 2 (HOC2H4NH2) + H2S ↔ (HOC2H4NH3)2S Neutralização do CO2 2 (HOC2H4NH2) + CO2 ↔ (HOC2H4NH3)2CO3 9.2. Remoção de Compostos Sulfurados: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 54 A - Dessulfurização com MEA: A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicieo computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente. 9.2. Remoção de Compostos Sulfurados: DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! EQO088 2016/1 Alexandre Leiras 10 Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 55 A - Dessulfurização com MEA: ⇒ Problemas operacionais: • formação de espuma na solução de MEA; • alto teor de H2S/CO2 no gás tratado; • corrosão na unidade; • perda de MEA. 9.2. Remoção de Compostos Sulfurados: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 56 A - Dessulfurização com MEA: ⇒ Variáveis operacionais: • pressão de operação da torre absorvedora; • relação H2S/CO2 da carga; • vazão de água de reposição (teor de MEA da solução); • ≠ TMEA pobre e gás doce; • T topo da regeneradora; • Teor de H2S no gás doce. 9.2. Remoção de Compostos Sulfurados: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 57 A - Dessulfurização com MEA: Torre Absorvedora Gás Ácido Gás Doce Amina PobreAmina Pobre Regeneração (alta temp. ebaixa pressão) retirada CO2 e H2S Amina Rica CO2, H2S Regeneração (alta temp. ebaixa pressão) retirada CO2 e H2S Amina Rica Regeneração (alta temp. ebaixa pressão) retirada CO2 e H2S Regeneração (alta temp. ebaixa pressão) retirada CO2 e H2S Amina RicaAmina Rica CO2, H2SCO2, H2S 9.2. Remoção de Compostos Sulfurados: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 58 CH4 CO2 GÁS DE ENTRADA NÃO PERMEADO PERMEADO MEMBRANA NÃO PERMEADO - GÁS NATURAL APÓS REMOÇÃO DE PARTE DO CO2 PERMEADO – CO2 CONTAMINADO COM METANO Permeação por Membranas: 9.2. Remoção de Compostos Sulfurados: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 59 ⇒ Nos sistemas de produção e condicionamento de gás, os compressores são empregados para efetuar a ligação entre a produção e a aplicação do gás; ⇒ Diferentemente do que ocorre no processo de bombeamento de um líquido, a compressão de gases é acompanhada por dois efeitos colaterais importantes: • a redução do volume especifico; • a elevação da temperatura. ⇒A eficiência do sistema de compressão é definida pela razão de compressão: sucção adesc P P arg 9.3. Compressão de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 60 Depurador VASO DE DRENAGEM BOOSTER BOOSTER SEP ATM DESAERADORA Resfriador Depurador Compressor Unidade Compressão LCLC 9.3. Compressão de Gás Natural: DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! EQO088 2016/1 Alexandre Leiras 11 Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 61 ⇒ Tipos de compressores: • Compressores volumétricos: de deslocamento positivo, onde a elevação da pressão é obtida mediante redução do volume ocupado pelo gás no interior da câmara de compressão. O Compressor alternativo é um exemplo; • Compressores dinâmicos: turbocompressores, realizam a compressão em 2 etapas: aspira o gás pelo impelidor e escoa pelo difusor, de forma contínua. São os compressores centrífugos. 9.3. Compressão de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 62 ⇒ Dependendo da faixa de pressão necessária para a aplicação do GN (10.000 – 20.000 kPa), não se consegue atingi-la com apenas um compressor, necessitando utilizar um sistema multiestágios de compressão; ⇒ O sistema de compressão em multiestágios tem a finalidade de realizar a compressão em estágios sucessivos, de forma a obter a razão de compressão requerida pelo processo; ⇒ Para isso, é necessário resfriar e depurar o gás após cada estágio de compressão; 9.3. Compressão de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 63 LCLCLC estágio DEPURADOR RESFRIADOR COMPRESSOR 9.3. Compressão de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 64 ⇒ O envelope de fases representa a curva de equilíbrio ao longo do processo real de compressão; 9.3. Compressão de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 65 ⇒ O gás proveniente da separação primária está na condição de vapor saturado, ou seja, no seu ponto de orvalho; ⇒ Porém, a separação entre o óleo e o gás no separador primário não é totalmente eficiente e o gás carrega consigo gotículas de líquidos, chamadas também de névoa, que necessitam ser removida da corrente gasosa de modo a evitar danos aos compressores 9.3. Compressão de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 66 9.3. Compressão de Gás Natural: DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! EQO088 2016/1 Alexandre Leiras 12 Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 67 9.3. Compressão de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 68 ⇒ O gás na condição de vapor saturado e devidamente depurado, é comprimido no primeiro estágio de compressão para elevar a pressão ao limite estabelecido pelas condições operacionais, propriedades do fluido e pelas características mecânicas do compressor; 9.3. Compressão de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 69 ⇒ Em compressores centrífugos, o processo de compressão é essencialmente adiabático, em que um aumento de pressão eleva a temperatura do gás. O gás passa da condição de vapor saturado (1) para vapor superaquecido (2); 9.3. Compressão de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 70 ⇒ O grau de superaquecimento é dependente das condições operacionais, das propriedades do fluido e das características mecânicas do compressor, onde a temperatura do gás na descarga do compressor é extremamente alta, em geral, em tomo de 160 °C, sendo o principal motivo da limitação da razão de compressão; ⇒ Como o nível de pressão ainda é inferior ao desejado, faz necessária uma nova etapa de compressão; 9.3. Compressão de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 71 ⇒ Porém, na descarga do primeiro estágio do compressor, o gás está demasiadamente quente, necessitando, portanto, de um resfriador para reduzir a temperatura para um valor entre 35 °C e 40 °C. (ponto 3), viabilizando uma nova etapa de compressão; 9.3. Compressão de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 72 ⇒ O gás deixa o primeiro estágio de compressão na condição de vapor superaquecido (2) e no resfriador, o gás perde calor, ao longo do segmento 2-3, atingindo uma temperatura inferior ao ponto de orvalho (3); 9.3. Compressão de Gás Natural: DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A!EQO088 2016/1 Alexandre Leiras 13 Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 73 ⇒A fração de liquido formado é proporcional à quantidade de calor removida do gás; ⇒A corrente que sai do resfriador é uma mistura de liquido e vapor, sendo necessária à depuração do gás para evitar a presença de líquido no interior do compressor de segundo estágio e o líquido separado retoma ao processo; 9.3. Compressão de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 74 9.3. Compressão de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 75 ⇒A curva de equilíbrio líquido-vapor do gás natural é alterada, pois a composição foi alterada nos depuradores de gás, nos quais componentes líquidos são separados da corrente gasosa; 9.3. Compressão de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 76 ⇒A curva escura é a do fluido na entrada do depurador de gás, observa-se que o ponto 3 está na região líquido e vapor, sendo, portanto, uma mistura de liquido e de vapor; ⇒A curva clara é a do liquido na saída do depurador, observa-se que se trata de um liquido saturado, na condição de ponto de bolha; ⇒ O gás na condição de vapor saturado, e devidamente depurado, é comprimido no segundo estágio de compressão para que se possa atingir a pressão requerida; 9.3. Compressão de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 77 ⇒ O envelope de fases representa a curva de equilíbrio ao longo do processo real de compressão; 9.3. Compressão de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 78 ⇒ O compressor de segundo estágio apresenta o mesmo comportamento do compressor de primeiro estágio, ou seja, o gás no ponto 4 (descarga do compressor) está na condição de vapor superaquecido; 9.3. Compressão de Gás Natural: DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! EQO088 2016/1 Alexandre Leiras 14 Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 79 ⇒ Novamente é reduzida a temperatura para 35 °C e 40 °C (ponto 5); 9.3. Compressão de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 80 ⇒ No resfriador, à medida que o gás é resfriado, sua condição termodinâmica migra do ponto 4 para o 5 e a fração de liquido formado é proporcional à quantidade de calor removido; 9.3. Compressão de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 81 ⇒A corrente que sai do resfriador é uma mistura de liquido e vapor, sendo necessária à instalação de um terceiro vaso depurador para remover o liquido do gás; 9.3. Compressão de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 82 ⇒ Da mesma forma do processo de depuração citado anteriormente, a curva de equilíbrio liquido e vapor do gás natural é alterada; 9.3. Compressão de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 83 ⇒A curva pontilhada é a do fluido na entrada do depurador de gás, observa-se que o ponto 5 está na região líquido e vapor, sendo, portanto, uma mistura de liquido e de vapor; ⇒A curva clara é a do liquido na saída do depurador, observa que se trata de um líquido saturado na condição de ponto de bolha; ⇒A curva escura é a do gás depurado, encontrado na condição de ponto de orvalho; 9.3. Compressão de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 84 ⇒ O gás sai do sistema de compressão, geralmente, na condição de vapor saturado; ⇒A partir do desenvolvimento de campos petrolíferos em águas profundas, tem sido comum a compressão em três estágios, em que os níveis de pressão requeridos se situam próximos a 20.000 kPa. 9.3. Compressão de Gás Natural: DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! EQO088 2016/1 Alexandre Leiras 15 Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 85 ⇒ O gás natural oriundo de qualquer formação encontra-se saturado com vapor d’água; ⇒ O teor de água de saturação é função da pressão, temperatura e composição do GN; > T e < P → > saturação de água H2S e CO2 → > teor de água no gás 9.4. Desidratação de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 86 ⇒A função da desidratação do gás natural é especificar o teor de umidade do gás tratado, para evitar corrosão e a redução da capacidade dos gasodutos pela formação de “hidratos”; ⇒ Hidrato é uma solução sólida, visualmente similar ao gelo, de composição mal definida entre moléculas de HC’s de baixo PM e água; ⇒ Os hidratos de GN são classificados quimicamente como uma forma de clarato; 9.4. Desidratação de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 87 9.4. Desidratação de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 88 ⇒ São compostos sólidos formados pela combinação física entre moléculas de água e certas moléculas do gás, na presença de água livre; ⇒ Estes compostos, de estrutura cristalina, crescem bloqueando linhas, válvulas e equipamentos, parcial ou totalmente; 9.4. Desidratação de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 89 9.4. Desidratação de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 90 9.4. Desidratação de Gás Natural: DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! EQO088 2016/1 Alexandre Leiras 16 Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 91 ⇒A composição do gás tem efeito fundamental na formação de hidratos; ⇒ C1, C2 e H2S são, por excelência, os componentes formadores de hidratos; ⇒ C3 e C4 formam hidratos instáveis e C5+, tendem a inibir sua formação; ⇒Além disso, HC’s condensados ajudam a evitar acúmulo de hidratos pelo efeito de lavagem; 9.4. Desidratação de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 92 ⇒Assim, pode-se dizer que gases de alta densidade, isto é, contendo muitos HC’s pesados tem menor tendência a formar hidratos enquanto gases contendo altos teores de H2S e CO2 apresentam maior tendência pois estes contaminantes são mais solúveis em água que a maioria dos HC’s; ⇒A temperatura de formação de hidrato a uma certa pressão é função da composição do gás e existem métodos relativamente precisos de determinação desta temperatura; 9.4. Desidratação de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 93 ⇒A formação do hidrato pode ser prevista usando o gráfico de Katz; ⇒ Correlaciona-se pressão e temperatura para um gás natural com densidade conhecida; 9.4. Desidratação de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 94 ⇒ O mecanismo de formação dos hidratos pode ser descrito como: • Processo de solidificação (congelamento); • Moléculas de água dão rigidez à estrutura; • Moléculas de metano, etano e propano ficam presas nas “armadilhas” (traps) formadas pela estrutura rígida de água na fase sólida. 9.4. Desidratação de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre LeirasGomes 95 ⇒ Fatores que favorecem a formação de hidratos: a) Baixa temperatura; b) Alta pressão; c) Presença de água (separada ou em equilíbrio); d) Baixo teor de pesados; e) Presença de sólidos particulados. 9.4. Desidratação de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 96 ⇒ Uma forma segura de evitar a formação de hidratos é a injeção de inibidores (MeOH, EtOH e glicóis – MEG, DEG e TEG), que irá promover um abaixamento da temperatura de congelamento e de formação do hidrato; 9.4. Desidratação de Gás Natural: DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! EQO088 2016/1 Alexandre Leiras 17 Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 97 ⇒A desidratação pode ser feita através dos processos de: • Absorção: realizada numa torre absorvedora, onde o gás flui em contra-corrente a uma solução de glicol de grande poder higroscópico, que é posteriormente regenerada através de aquecimento, retornando ao processo; • Adsorção: feita com materiais que apresentam, dentre outras características, grande área superficial e afinidade pela água, tais como a alumina, a sílica-gel e as peneiras moleculares. O adsorvente saturado é regenerado por ação do calor. 9.4. Desidratação de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 98 ⇒A desidratação por absorção requer que haja contato entre o gás e a solução de absorvente, sendo esse contato em linha, como é o caso da injeção de inibidores, ou em uma torre recheada ou de pratos; ⇒ O poder higroscópio das soluções de glicol é diretamente afetado pela concentração, sendo tanto maior quanto maior a percentagem de glicol na solução; ⇒Assim, a depressão no ponto de orvalho de uma corrente gasosa aumenta à medida que a concentração de glicol aumenta, e a partir de um certo valor de concentração o efeito é marcadamente acentuado; 9.4. Desidratação de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 99 ⇒ Em plataformas de produção, a desidratação por absorção usando o TEG como agente desidratante é o mais usado, pois a TEG apresenta as seguintes características: • Alta solubilidade com a água; • Baixa volatilidade; • Baixa viscosidade; • Alta estabilidade química; • Não inflamável; • Grande capacidade higroscópica. 9.4. Desidratação de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 100 ⇒ Em plataformas de produção, a desidratação por absorção usando o TEG como agente desidratante é o mais usado, pois a TEG apresenta as seguintes características: • Alta solubilidade com a água; • Baixa volatilidade; • Baixa viscosidade; • Alta estabilidade química; • Não inflamável; • Grande capacidade higroscópica. 9.4. Desidratação de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 101 9.4. Desidratação de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 102 ⇒ O processo se constitui, basicamente, de dois sistemas: • O primeiro consistindo dos equipamentos à alta pressão, de contato entre o gás e o glicol; • O segundo compondo-se do sistema de regeneração da solução de glicol (remoção de água) à pressão atmosférica. 9.4. Desidratação de Gás Natural: DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! EQO088 2016/1 Alexandre Leiras 18 Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 103 9.4. Desidratação de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 104 ⇒As principais variáveis operacionais do sistema são: i) Teor de TEG na solução pobre; > teor TEG → < Pto de orvalho ii) Vazão solução de TEG circulante; limite mínimo → molhabilidade completa bandeja limite máximo → > demanda térmica de regeneração iii) Temperatura do gás de entrada na torre de absorção; > T → > teor de umidade e < poder higroscópico do TEG 9.4. Desidratação de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 105 ⇒As principais variáveis operacionais do sistema são: iv) Temperatura (200-204°C) do refervedor da torre regeneradora; > 204°C → degradação do TEG v) ≠ temperatura TEG pobre e gás tratado; faixa de 6-8°C → evitar condensação de HC’s pesados → espuma vi) Temperatura de topo da torre regeneradora; faixa de 100-102°C → evitar perda de TEG (vapor) 9.4. Desidratação de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 106 Entrada Pré-água LCLC T=40°C P=200kgf/cm2a Torre Absorvedora Depurador TEG Pobre TEG Rico Gás AP Gás p/ Exportação recheio estruturado 9.4. Desidratação de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 10710 7 gás natural saturado gás natural desidratado H2OCH4 TEG água removida Torres absorvedoras Torres regeneradoras 9.4. Desidratação de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 108 ⇒ Entende-se por adsorção qualquer processo em que moléculas de um gás são condensadas e retidas na superfície de um sólido por meio de forças de atração superficiais; ⇒ Cabe mencionar, que o processo de adsorção também se aplica a correntes liquidas e que além da adsorção física o processo pode ser químico envolvendo uma reação entre o adsorvente e os compostos adsorvidos; ⇒A adsorção física encontra aplicação na desidratação do gás natural, podendo-se atingir com este processo teores de água na corrente efluente menores que 1 ppm; 9.4. Desidratação de Gás Natural: DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! EQO088 2016/1 Alexandre Leiras 19 Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 109 ⇒ Um material para ser bom adsorvente deve apresentar uma série de características sendo as mais importantes as seguintes: • Grande área superficial, entre 500 e 800 m2/g; • Afinidade pela água; • Seletividade; • Elevada resistência mecânica e pequena resistência ao fluxo de gás; • Facilidade de reativação ou regeneração; • Preservação das características com o tempo. 9.4. Desidratação de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 110 ⇒A elevada razão entre área superficial e peso dos materiais adsorventes é devida à estrutura cristalina dos mesmos na qual os poros do reticulo conferem ao material uma enorme superfície interna, sendo a superfície externa praticamente insignificante; ⇒ De um modo geral, os adsorventes comerciais adsorvem tanto HC’s quanto água apresentando no entanto uma preferência, ou seletividade, pela água; ⇒ O adsorvente saturado deve ser reativado ou regenerado, o que é feito normalmente pela ação do calor que causa a liberação dos líquidos adsorvidos; 9.4. Desidratação de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 111 ⇒ Os materiais que satisfazem os requisitos listados e de uso freqüente no tratamento do GN são: A. Sílica Gel: É um composto essencialmente inerte não sendo afetada pelos gases ácidos porventura presentes no GN. Contudo,tem tendência a adsorver HC’s com conseqüente redução de sua capacidade de adsorver água; Após atingir a saturação, a sílica gel pode ser regenerada tanto com a corrente de gás úmido quanto com o gás desidratado, a temperaturas que variam entre 220 e 260 °C. 9.4. Desidratação de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 112 B. Alumina: A alumina ativada, tem tendência a adsorver HC’s pesados do GN; Estes HC’s dificultam a regeneração da alumina; Esta característica faz com que a alumina seja usada preferencialmente para componentes puros, tais como etileno, propileno, C3, não contaminados com HC’s pesados; Ainda comparativamente à sílica, a alumina apresenta < custo e > resistência mecânica, menos suscetível a quebras durante o processamento, regenerada com gás úmido ou desidratado a temperaturas da ordem de 176 a 204 °C. 9.4. Desidratação de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 113 C. Peneira Molecular: São alumínio-silicatos cristalinos, com poros de 3-10Å de diâmetro, sendo esta dimensão determinada pelo metal que, para a maioria das aplicações em processamento de GN, é o sódio; Devido ao tamanho tão controlado dos poros, as peneiras moleculares não têm tendência a adsorver HC’s; É o adsorvente que requer maiores temperaturas de regeneração, entre 260-316 °C. Obtém-se, com peneira molecular, teores de água no gás desidratado inferiores a 1 ppm e por isto, a aplicação típica deste adsorvente é para gases que serão submetidos a processos criogênicos. 9.4. Desidratação de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 114 9.4. Desidratação de Gás Natural: DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! EQO088 2016/1 Alexandre Leiras 20 Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 115 9.4. Desidratação de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 116 9.4. Desidratação de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 117 ⇒ VANTAGENS E DESVANTAGENS: Os sistemas de adsorção, comparados com o principal processo alternativo de desidratação que é a absorção com glicol, apresentam as seguintes vantagens: - o gás tratado pode atingir pontos de orvalho muito mais baixos; - o gás tratado não conterá líquidos, o que contribui para aumentar ou manter a eficiência dos gasodutos; - adequado às unidades criogênicas que requerem que o gás a ser processado esteja completamente isento de água de modo a evitar a formação de hidratos. 9.4. Desidratação de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 118 ⇒ VANTAGENS E DESVANTAGENS: Por outro lado, os sistemas de adsorção têm seu uso limitado pelas grandes desvantagens que apresentam em comparação com o sistema de glicol convencional: - para especificar o gás destinado a transporte (64-112 kg/106m3) o custo dos equipamentos é 2-4 vezes maior que o de um sistema de absorção. Isto se deve ao fato de todos os equipamentos serem projetados para a pressão de projeto do gasoduto, por vezes muito elevado. Num sistema de glicol só a absorvedora é projetada para esta pressão; 9.4. Desidratação de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 119 ⇒ VANTAGENS E DESVANTAGENS: - o custo operacional do sistema de adsorção, também para especificar o gás para transporte, é muito maior pois requer temperaturas de regeneração mais elevadas que o sistema de absorção; - a perda de carga varia de 103-517 kPa (15-75 psig) enquanto nos sistemas de absorção a queda de pressão é de 35 kPa (5 psig) no máximo; - as condições cíclicas de temperatura, inerentes ao processo de adsorção, exigem mais cuidado no projeto da tubulação. 9.4. Desidratação de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 120 ⇒ VANTAGENS E DESVANTAGENS: Do exposto, pode-se concluir que uma alternativa adequada para desidratação do gás a níveis bem baixos seria a combinação Unidade de Glicol + Peneira Molecular; Uma vez que o TEG é um processo energicamente mais eficiente de remoção de água a níveis de transporte de gás do que a peneira molecular, o uso do glicol antes da adsorção é normalmente uma opção energeticamente interessante, além de promover uma perda de carga total bem menor. 9.4. Desidratação de Gás Natural: DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! EQO088 2016/1 Alexandre Leiras 21 Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 121 ⇒ Umas vez que o gás natural foi condicionado, são duas as destinações: • Transferência: é a etapa de deslocamento do gás para unidades de processamento de gás (UPGN); • Elevação Artificial (gás lift): é a circulação de gás pela coluna de produção para ajudar na produção de óleo. 9.5. Exportação de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 122 ⇒A transferência, a depender da distância, pode ser por meio de: • Gasoduto; • Geração de Eletricidade e Transmissão por Cabo (GTW); • Transporte em navios: • Liquefação (GNL); • Compressão (GNC); • Conversão em Petróleo Sintético (GTL); 9.5. Exportação de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 123 V o lu m e d e g á s ( m il l. M T / y ) 1 2 3 4 5 Pipeline LNG CNG 1 2 3 4 5 Stranded GTL Distância para o mercado (KNM) Gasoduto GNL GNC 1 2 3 4 5 Inviável economicamente GTL V o lu m e d e g á s ( m il l. M T / y ) 1 2 3 4 5 Pipeline LNG CNG 1 2 3 4 5 Stranded GTL Distância para o mercado (KNM) Gasoduto GNL GNC 1 2 3 4 5 Inviável economicamente GTL 9.5. Exportação de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 124 ⇒ O processamento de uma corrente de gás natural pode ter um dos três seguintes objetivos principais: • Produzir uma corrente de gás para venda que satisfaça as especificações típicas, visando principalmente atender aos requisitos dos gasodutos e as necessidades dos consumidores industriais e domésticos; • Maximizar a produção de líquidos de gás natural liquefeito (LGN), produzindo um gás pobre livre da maioria dos hidrocarbonetos, exceto metano; 10. PROCESSAMENTO DE GÁS NATURAL: 10.1. Objetivos do Processamento de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 125 ⇒ O processamento de uma corrente de gás natural pode ter um dos três seguintes objetivos principais: • Entregar um gás comercial, que deve ser distinguido por um determinado intervalo de valor de poder calorífico (na verdade, os clientes na rede de transmissão esperam que os valores de poder calorífico estejam em uma escala compatível com os equipamentos de combustão). 10. PROCESSAMENTO DE GÁS NATURAL: 10.1. Objetivos do Processamento de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 126 ⇒ O objetivo básico do processamento de gás natural é separar seus componentes em produtos com especificação definida e controlada, para que possam ser utilizados com alto desempenho em aplicações específicas, permitindo a incorporação de maior valor agregado aos produtos gerados; ⇒ Basicamente, o processamentodo gás natural gera gás especificado e pronto para consumo em qualquer equipamento térmico industrial, motor a combustão a gás ou uso domiciliar; 10. PROCESSAMENTO DE GÁS NATURAL: 10.1. Objetivos do Processamento de Gás Natural: DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! EQO088 2016/1 Alexandre Leiras 22 Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 127 ⇒ Normalmente este gás fornecido é chamado no âmbito industrial de gás combustível, gás seco, gás processado, gás residual ou simplesmente de gás especificado; 10. PROCESSAMENTO DE GÁS NATURAL: 10.1. Objetivos do Processamento de Gás Natural: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 128 ⇒ Conforme definido anteriormente, o processamento do gás resulta na recuperação de hidrocarbonetos líquidos e na produção de um gás residual; ⇒ Vários são os produtos líquidos que podem ser obtidos em uma UPGN; ⇒A alternativa mais simples consiste em produzir apenas um Liquido de Gás Natural (LGN) que é composto de propano e hidrocarbonetos mais pesados: 10. PROCESSAMENTO DE GÁS NATURAL: 10.2. Produtos Gerados: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 129 C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7+ U P G N LGN GÁS NATURAL C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7+ FR A C IO N A D O R A C3 C4 GÁS PROCESSADO GLP C5 C6 C7+ GASOLINA NATURAL C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7+ U P G N LGN GÁS NATURAL C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7+ FR A C IO N A D O R A C3 C4 GÁS PROCESSADO GLP C5 C6 C7+ GASOLINA NATURAL 10. PROCESSAMENTO DE GÁS NATURAL: 10.2. Produtos Gerados: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 130 UPGN N2 CO2 C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7+ N2 CO2 C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7+ GÁS RESIDUAL GÁS NATURAL UPGN N2 CO2 C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7+ N2 CO2 C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7+ LGN 10. PROCESSAMENTO DE GÁS NATURAL: 10.2. Produtos Gerados: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 131 ⇒ Uma outra alternativa inclui, além do LGN, a produção de etano liquido: UPGN N2 CO2 C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7+ N2 CO2 C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7+ GÁS RESIDUAL ETANO LGN GÁS NATURAL UPGN N2 CO2 C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7+ N2 CO2 C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7+ GÁS RESIDUAL ETANO LGN GÁS NATURAL 10. PROCESSAMENTO DE GÁS NATURAL: 10.2. Produtos Gerados: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 132 ⇒ Em algumas unidades o processamento inclui a separação do LGN em GLP e C5+: UPGN N2 CO2 C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7+ GÁS RESIDUAL ETANO GÁS NATURAL N2 CO2 C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7+ GLP C5 + UPGN N2 CO2 C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7+ GÁS RESIDUAL ETANO GÁS NATURAL N2 CO2 C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7+ GLP C5 + 10. PROCESSAMENTO DE GÁS NATURAL: 10.2. Produtos Gerados: DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! EQO088 2016/1 Alexandre Leiras 23 Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 133 ⇒ É possível ainda incorporar parte do etano ao GLP em teores que não alterem a especificação de Pressão de Vapor fixada: UPGN N2 CO2 C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7+ C5 C6 C7+ GÁS RESIDUAL GÁS NATURAL N2 CO2 C1 C2 C3 C4 GLP C5 + UPGN N2 CO2 C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7+ C5 C6 C7+ GÁS RESIDUAL GÁS NATURAL N2 CO2 C1 C2 C3 C4 GLP C5 + 10. PROCESSAMENTO DE GÁS NATURAL: 10.2. Produtos Gerados: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 134 ⇒ Uma unidade de processamento de gás natural é composta por duas áreas distintas, além de sistemas auxiliares e de tratamentos de derivados: 10. PROCESSAMENTO DE GÁS NATURAL: 10.3. Configuração Básica de uma UPGN: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 135 • Área fria: Área responsável pela obtenção do líquido de gás natural, que é a fração constituída pelos componentes mais pesados do gás natural e separação do gás processado disponibilizado para venda. Opera normalmente com baixas temperaturas e altas pressões; • Área quente: Área responsável pelo fracionamento do líquido de gás natural gerado na área fria em produtos finais e tratamento destes. Opera normalmente com temperaturas mais altas e pressões mais baixas; 10. PROCESSAMENTO DE GÁS NATURAL: 10.3. Configuração Básica de uma UPGN: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 136 • Sistemas de tratamento de carga e produtos: Responsáveis pela garantia de qualidade dos produtos e da especificação da carga; • Sistemas auxiliares: Geração de facilidades, tais como aquecimento de óleo térmico, compressão de propano e desidratação de GN. 10. PROCESSAMENTO DE GÁS NATURAL: 10.3. Configuração Básica de uma UPGN: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 137 ⇒ O ponto vital deste tipo de unidade é o sistema de geração de frio, responsável pela liquefação dos componentes pesados do gás; ⇒ O processo termodinâmico escolhido define o tipo de unidade utilizada; ⇒ Os processos termodinâmicos atualmente utilizados nos projetos para esta finalidade são os seguintes: • Efeito Joule-Thomson; • Refrigeração Simples; • Absorção Refrigerada; • Turbo-expansão; • Processos combinados. 10. PROCESSAMENTO DE GÁS NATURAL: 10.4. Principais Tipos de Unidades de Processamento: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 138 ⇒ Como processo combinado, podemos entender a utilização em conjunto de mais de um dos processos acima citados; ⇒ Dessa forma, o processo turbo-expansão pode ser combinado com a refrigeração, quando for utilizado para processar gás com alto teor de frações pesadas; ⇒ O processo absorção refrigerada, embora envolva duas operações unitárias distintas (absorção e refrigeração), não é considerado propriamente um processo combinado, pois não existe unidade que opere apenas com a etapa de absorção. 10. PROCESSAMENTO DE GÁS NATURAL: 10.4. Principais Tipos de Unidades de Processamento: DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! EQO088 2016/1 Alexandre Leiras 24 Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 139 ⇒A escolha do processo a ser utilizado no projeto de uma nova unidade depende, dentre outros, dos fatores abaixo relacionados: • Qualidade requerida do Gás Residual; • Curva de produção do reservatório; • Vazão de gás natural disponível; • Produtos requeridos; • Proximidade de centros consumidores; • Porte e tipo de consumidores; • Condições de mercado; • Tempo de retorno do capital investido. 10. PROCESSAMENTO DE GÁS NATURAL: 10.5. Escolha do Processo Termodinâmico: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 140 ⇒Muitas vezes, apenas um dos fatores acima define o único processo que deve ser utilizado em determinada aplicação; ⇒ Como exemplo, se objetivamos produzir etano petroquímico, o processo já está escolhido,pois só a turbo-expansão tem capacidade de gerar o produto; ⇒ De uma forma geral, quanto maior rigor nas especificações dos produtos for requerido, maior deverá ser o investimento necessário, pois nos abriga a utilizar processos de tecnologia mais refinada, com sistemas de controle mais complexos e equipamentos mais eficientes. 10. PROCESSAMENTO DE GÁS NATURAL: 10.5. Escolha do Processo Termodinâmico: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 141 ⇒ Em termos econômicos, a escolha do melhor processo a ser utilizado em uma UPGN depende basicamente de 3 fatores, a saber: composição do gás, pressão disponível e recuperações desejadas; ⇒ No entanto, como não existem critérios rígidos que orientem a seleção, é recomendável que se faça um estudo técnico e uma análise econômica para cada tipo de processo; ⇒A Figura a seguir dá, em função da riqueza do gás e da recuperação desejada, as faixas de aplicação para três dos processos acima; 10. PROCESSAMENTO DE GÁS NATURAL: 10.5. Escolha do Processo Termodinâmico: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 142 10. PROCESSAMENTO DE GÁS NATURAL: 10.5. Escolha do Processo Termodinâmico: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 143 ⇒ Todos os processos têm em comum o princípio básico de promover a condensação dos HC’s mais pesados por meio de redução de temperatura; ⇒ O processo de Absorção Refrigerada, no entanto, utiliza a refrigeração apenas como auxiliar para obter maiores recuperações; ⇒ Quanto aos dois processos de expansão, ambos causam resfriamento do gás devido à redução de pressão, a diferença básica, é que o primeiro é isentálpico e o segundo isentrópico. 10. PROCESSAMENTO DE GÁS NATURAL: 10.5. Escolha do Processo Termodinâmico: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 144 ⇒ É o mais simples e barato dos processos, porém é também o de uso mais restrito, devido às suas limitações técnicas; ⇒ Este processo não garante a especificação para venda do gás processado, por isso não é considerado um processo completo, não sendo utilizado isoladamente no projeto de uma unidade de processamento de gás natural; ⇒ É um processo utilizado para acerto de ponto de orvalho de gás natural objetivando sua adequação para transporte; 11. PROCESSO JOULE-THOMSON: 11.1. Características Básicas: DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! EQO088 2016/1 Alexandre Leiras 25 Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 145 ⇒ Dessa forma, o processo pode ser utilizado para separar frações pesadas do gás natural e permitir seu transporte em escoamento monofásico de maior eficiência; ⇒ Este processo apresenta as seguintes características mais relevantes: • Expansão isentálpica (∆∆∆∆h = 0); • Baixa eficiência de performance; • Baixo nível de recuperação de propano; • Baixo investimento; • Processo utilizado para acerto de ponto de orvalho de gás natural. 11. PROCESSO JOULE-THOMSON: 11.1. Características Básicas: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 146 ⇒ O fundamento termodinâmico associado a este processo é a liquefação dos componentes mais pesados do gás natural devido ao abaixamento de temperatura proporcionado pela expansão isentálpica (∆∆∆∆h = 0) em uma válvula de controle de pressão; ⇒ O processo não chega a atingir o equilíbrio termodinâmico, gerando uma baixa eficiência na performance do sistema, ou seja, nem todas as partículas pesadas do gás são liquefeitas; 11. PROCESSO JOULE-THOMSON: 11.2. Fundamento Termodinâmico: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 147 ⇒ Isto ocorre devido ao processo não atender à cinética reacional necessária ao atingimento do equilíbrio termodinâmico do sistema, uma vez que a expansão é extremamente rápida, não permitindo o tempo necessário para que a cinética do processo seja atendida. 11. PROCESSO JOULE-THOMSON: 11.2. Fundamento Termodinâmico: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 148 11. PROCESSO JOULE-THOMSON: 11.3. Descrição do processo: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 149 ⇒ O gás natural é adimitido na unidade por uma válvula de controle de pressão (PV), que quebra a pressão da linha e garante a estabilidade da pressão de fornecimento de gás tratado; ⇒A variável temperatura, monitorada no vaso de separação de fases, estabelece o ponto de orvalho do gás, ou seja, define a qualidade atingida pelo gás processado; ⇒ O gás gerado possui um menor teor de frações pesadas do que o gás na entrada da unidade, porém não é garantida a separação total das frações mais pesadas; 11. PROCESSO JOULE-THOMSON: 11.3. Descrição do Processo: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 150 ⇒ O ponto de corte é definido em função da temperatura mínima que o gás atingirá durante o escoamento até a entrega ao consumidor final; ⇒ O projeto deve acertar o ponto de orvalho do gás, de forma que essa temperatura mínima durante o escoamento não gere mais condensação no interior dos gasodutos; 11. PROCESSO JOULE-THOMSON: 11.3. Descrição do Processo: DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! EQO088 2016/1 Alexandre Leiras 26 Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 151 ⇒ Observações: • Obs1: A utilização da compressão prévia dependerá do nível de pressão disponível e também do nível de ajuste de ponto de orvalho ao qual o gás deve ser submetido; • Obs2: O líquido gerado possui uma alta pressão de vapor (~30 kgf/cm2) e não pode ser descartado sem maiores cuidados, necessitando de um sistema de estabilização do condensado (vasos separadores com um ou dois estágios de equiíbrio dependendo das pressões envolvidas). 11. PROCESSO JOULE-THOMSON: 11.3. Descrição do Processo: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 152 ⇒A variável operacional mais importante do processo é a temperatura obtida no vaso separador de fases após a expansão; ⇒ O valor de projeto dessa variável é função direta do ponto de orvalho pretendido para o gás tratado, sendo controlada indiretamente por meio do controle da pressão do vaso separador; ⇒A pressão do vaso separador é definida em função da pressão necessária para se escoar o gás processado até o seu ponto de destino; 11. PROCESSO JOULE-THOMSON: 11.4. Principais Problemas Operacionais: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 153 ⇒ Uma vez que essa pressão está definida pela necessidade de escoamento do gás, o grau da expansão conseguido na válvula de controle de pressão a montante do vaso separador é função da pressão de chegada do gás; ⇒ Se essa pressão diminui por problemas na produção ou presença de liquido no duto, o grau de expansão também diminui, impactando negativamente a qualidade do gás tratado; 11. PROCESSO JOULE-THOMSON: 11.4. Principais Problemas Operacionais: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 154 ⇒ Sistemas em que essa condição de oscilação de pressão da carga é incompatível com a garantia da qualidade do gás tratado obrigam a instalação de um compressor na entrada da unidade (para controlar a pressão de entrada e o grau de expansão do gás); ⇒ Outra variável controlada da unidade é o nível de fundo do vaso separador, responsável pela retirada do liquido condensadona etapa da expansão (deve ser constante para evitar o arraste de partículas liquidas pelo gás). 11. PROCESSO JOULE-THOMSON: 11.4. Principais Problemas Operacionais: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 155 ⇒ Sistemas em que essa condição de oscilação de pressão da carga é incompatível com a garantia da qualidade do gás tratado obrigam a instalação de um compressor na entrada da unidade (para controlar a pressão de entrada e o grau de expansão do gás); ⇒ Outra variável controlada da unidade é o nível de fundo do vaso separador, responsável pela retirada do liquido condensado na etapa da expansão (deve ser constante para evitar o arraste de partículas liquidas pelo gás). 11. PROCESSO JOULE-THOMSON: 11.4. Principais Problemas Operacionais: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 156 ⇒ Normalmente, unidades que utilizam este processo termodinâmico são do tipo DPP (“dew point plant”) ou unidade de acerto de ponto de orvalho (UAPO); ⇒ Principais características: • Exige desidratação do gás natural; • Atinge baixas temperaturas; • Utilização de um ciclo de refrigeração a propano; • Bom nível de recuperação de propano; • Médio investimento. 12. PROCESSO REFRIGERAÇÃO SIMPLES: 12.1. Características Básicas: DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! EQO088 2016/1 Alexandre Leiras 27 Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 157 ⇒ É considerado um processo simples e de médio investimento, podendo gerar gás especificado para venda (sem especificar o líquido gerado); ⇒ Possue algumas limitações técnicas, principalmente no que diz respeito ao teor residual de propano (C3) no gás processado; ⇒ O sistema mais delicado de uma unidade que utiliza este processo é o ciclo de refrigeração, o qual utiliza compressores de propano como fonte de frio para liquefação das frações mais pesadas do gás natural; 12. PROCESSO REFRIGERAÇÃO SIMPLES: 12.1. Características Básicas: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 158 ⇒ Neste processo temos a liquefação das frações mais pesadas do gás natural através do abaixamento de temperatura provocado pela troca térmica do gás com um fluido refrigerante; ⇒ Normalmente é utilizado o propano como fluido refrigerante, em um ciclo de refrigeração convencional (que permite atingir temperaturas de até -40 °C); ⇒ Este propano utilizado no ciclo é produzido a partir do próprio gás natural, através de fracionamento de uma porção do LGN gerado na unidade; 12. PROCESSO REFRIGERAÇÃO SIMPLES: 12.2. Fundamento Termodinâmico: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 159 ⇒A unidade utiliza um ciclo de refrigeração a propano para atingir as temperaturas negativas necessárias ao processo; ⇒ O ciclo possui compressores de propano de dois estágios de compressão, para atuar no processo de compressão dos vapores de propano gerado nos permutadores; 12. PROCESSO REFRIGERAÇÃO SIMPLES: 12.3. Ciclo de Refrigeração a Propano: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 160 3. CONDENSAÇÃO Sub-resfriamento C3 Líq . C3 vapor 1º. EST 2º. EST 1º. EST 2º. EST GN GN vapor 2. COMPRESSÃO 4. EXPANSÃO 1. EVAPORAÇÃO 12. PROCESSO REFRIGERAÇÃO SIMPLES: 12.3. Ciclo de Refrigeração a Propano: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 161 ⇒ O vapor de propano, após compressão, é resfriado e liquefeito e segue para o sistema de expansão, onde ocorre um flash gerando um vapor que entra no 2º estágio do compressor de propano e um líquido que segue então para o refrigerador; ⇒A energia requerida (calor latente) pela mudança de fase do propano, que passa da fase líquida para a fase vapor, é retirada das correntes gasosas do GN no refrigerador de gás. 12. PROCESSO REFRIGERAÇÃO SIMPLES: 12.3. Ciclo de Refrigeração a Propano: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 162 12. PROCESSO REFRIGERAÇÃO SIMPLES: 12.3. Ciclo de Refrigeração a Propano: DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! EQO088 2016/1 Alexandre Leiras 28 Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 163 12. PROCESSO REFRIGERAÇÃO SIMPLES: 12.3. Ciclo de Refrigeração a Propano: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 164 12. PROCESSO REFRIGERAÇÃO SIMPLES: 12.4. Descrição do Processo: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 165 ⇒ Devido ao atingimento de baixas temperaturas, o gás natural precisa ser desidratado antes de ser submetido às trocas térmicas nos permutadores de aproveitamento de frio e nos permutadores a propano; ⇒ Basicamente, usa-se a injeção de monoetilenolicol, que funciona como agente desidratante em um ciclo fechado; ⇒ O glicol é regenerado em um sistema auxiliar composto por uma torre retificadora com refervedor que elimina o vapor de água absorvido pelo glicol do gás natural; 12. PROCESSO REFRIGERAÇÃO SIMPLES: 12.4. Descrição do Processo: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 166 ⇒ O gás seco é então resfriado no sistema de refrigeração da unidade, através da utilização de um ciclo de refrigeração a propano, causando a condensação das frações mais pesadas do gás; ⇒ Em uma torre de desetanização, o excesso de etano incorporado ao líquido gerado na etapa de refrigeração é vaporizado e separado do líquido restante; ⇒ Esta retirada de excesso de etano permite a alcançar a especificação da PVR (pressão de vapor Reid) do líquido gerado; 12. PROCESSO REFRIGERAÇÃO SIMPLES: 12.4. Descrição do Processo: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 167 ⇒ O etano vaporizado gera um gás residual que sai pelo topo dessa torre; ⇒ Pelo fundo, o líquido de gás natural (chamado simplesmente de LGN) deixa a torre para ser submetido à próxima etapa; ⇒ O gás frio remanescente troca calor com a carga de gás natural da unidade, para recuperar frio; 12. PROCESSO REFRIGERAÇÃO SIMPLES: 12.4. Descrição do Processo: Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 168 ⇒ O LGN pode ser destilado em uma torre desbutanizadora para produção de GLP e C5+ ou simplesmente ser misturado com a carga de outra unidade para processamento posterior; ⇒ Variações no esquema de recuperação do frio podem ser utilizadas, no sentido de se otimizar o aproveitamento energético da unidade; 12. PROCESSO REFRIGERAÇÃO SIMPLES: 12.4. Descrição do Processo: DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! DI ST RI BU IÇ ÃO PR OI BID A! EQO088 2016/1 Alexandre Leiras 29 Refino de Petróleo Prof. Alexandre Leiras Gomes 169 ⇒ De uma forma geral, deve-se fazer as correntes frias trocarem calor com o gás natural de entrada da unidade, dessa forma, a potência requerida e logicamente o tamanho e custo dos compressores de propano serão significativamente menores; ⇒A troca térmica com o líquido frio separado deve ser a última, devido à maior capacidade de troca do líquido em relação ao gás; ⇒ Esta disposição das etapas de troca
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