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Parênquima,,Colênquima e Esclerênquima Bianca Ortiz Funções da Parede Celular Limita o tamanho e forma do protoplasto Define a textura e a forma final do órgão Metabolicamente ativa Contém uma variedade de enzimas Desempenham atividades de absorção, no transporte e na secreção de substâncias nas plantas Função de defesa contra patógenos- Fitoalexinas e liginas, suberinas e calose Estrutura exterior à membrana citoplasmática que confere em parte à célula a sua forma e funcionalidade e, aos tecidos, confere-lhes uma estrutura que permite às plantas atingir estatura e resistências diversas, a parede. PAREDE CELULAR • A parede é constituída por 90% de polissacarídeos e cerca de 10% de proteínas. •Entre os polissacarídeos destaca-se a celulose que se constitui de fibras em diposição ordenada e que podem ser definida como uma estrutura cristalina, uma fração frequentemente designada de polioses (hemiceluloses) e uma fração péctica (estas duas últimas formam uma matriz onde estão embebidas as fibras de celulose); •As proteínas são de vários tipos, estando normalmente associados aos polissacarídeos; • Ocorre também a presença de compostos aromáticos, que serão de primodial importância para a construção da estrutura primaria e, especialmente, da estrutura secundaria. Parede celular: composição • Polissacarídeo mais abundante nas plantas, representando 15 a 30% (p/p) nas paredes primárias, sendo esse valor ainda superior nas paredes secundárias. • Existe sob a forma de microfibrilas que são conjuntos paracristalinos de várias dezenas de (14)b-D-glucanas, sendo essas cadeias unidas entre si por pontes de hidrogênio em toda a sua extensão; nas plantas estas fibras possuem uma espessura equivalente à de 36 polissacarídeos (entre 5 e 12 nm). Cada polissacarídeo pode conter milhares de unidades com cerca de 2 a 3 mm de comprimento (terminações redutores todas no mesmo lado), e as fibras podem atingir as centenas de micras de comprimento. Celulose (E) (D) a = 8,35 Å b = 10.3 Å c = 7,9 Å (A) Em células em crescimento as microfibrilas dispõe-se à volta desta numa ligeira espiral, (C) esquema de uma fibra; (D) secção transversal da fibra; (E) as cadeias de glucanas apresentam um espaçamento único entre si. Componentes Parede Primária Parede Secundária Água Alto teor Baixo teor Celulose 30% 80% Hemicelulose 30% 5-30% Pectina 30% - Proteínas 10% - Lignina traços 15-35% A parede celular modifica a sua estrutura e composição ao longo do ciclo de vida da célula: a parede primária forma-se quando ocorre a divisão celular e aumenta de área durante a expansão celular (em alguns casos mais de 1000X); a lamela média forma a interface entre as paredes celulares primárias de células vizinhas; durante a diferenciação muitas células formam a parede celular secundária,que se caracteriza pela presença de lignina que confere rigidez, impedindo assim o crescimento celular. Parede primária Lamela média Intussuscepção Aposição Lamela médiaParede primária 117 Parênquima * Origina-se a partir de diferentes meristemas (apicais, marginais, câmbio etc.) *É o tecido de preenchimento * Varia sua função de acordo com o órgão. Parênquima -É o tecido fundamental encontrado em todos os órgãos da planta formando um conjunto contínuo de células. -Tecido vivo na maturidade, freqüentemente caracterizado como sendo potencialmente meristemático. Responsável pela função de cicatrização e regeneração de lesões , formação de raízes e caules adventícios e união de enxertos Células • Forma Variável • Células Isodiamétricas • Vacúolo bem desenvolvido • Parede delgada Classificação dos espaços -Esquizógenos: são formados pela dissolução completa da lamela média e ocorre em lugares que as células precisam guardar gases ou outras substâncias. -Lisígenos: São oriundos da dissolução de uma célula inteira ou por um grupo por meio da autólise. Ocorre para o armazenamento de substâncias de reserva ou no caso de infecção para evitar propagação de patogenia. Exemplo: parênquima aerífero Localização do Parênquima – Medula e córtex da Raiz e Caule – Pecíolo – Mesofilo das folhas – Peças florais e Frutos Micropropagação ou Propagação in vitro Desinfestação Meios de Cultura Multiplicação Enraizamento Aclimatação Seleção de Explantes Gemas axilares Gemas Apicais Microestacas Meristema Nayak et al., 2002 Isolamento Desenvolvimento Multiplicação Enraizamento Aclimatação Micropropagação Microenxertia O processo de soldadura dos microenxertos é condicionado fundamentalmente pela congenialidade dos indivíduos. 1°estágio: união- ocorre em poucos dias, caracterizado pela morte de camadas celulares da interface do enxerto e pela formação de células parenquimáticas. Estas células preenchem a fenda no ponto de enxertia, constituindo o calo em associação com a região vascular da copa e do porta-enxerto (Dickison, 2000). 2°estágio: diferenciação de algumas células do calo, a partir de novas células cambiais, forma uma união entre os tecidos afins da copa e do porta-enxerto, resultando no estabelecimento de uma conexão cambial contínua Tipos de Parênquima 1- Parênquima Fundamental ou parênquima de preenchimento * Presente na região cortical e medular do caule, da raiz e do pecíolo e nas nervuras da folha Apresentam células poliédricas, cilíndricas ou esféricas. -Freqüentemente possui células poliédricas com 14-17 lados. Parênquima Clorofiliano Parênquima Paliçádico Parênquima Esponjoso Parênquima Plicado Parênquima Braciforme Tipos de Parênquima 2- Parênquima Clorofiliano ou clorênquima: (P. assimilador ou P. fotossintético) -Freqüentemente possui muitos cloroplastos. - Apresentam formas variadas. Localização: Caule e folha Tipos:Paliçádico, esponjoso, regular, plicado e braciforme Tipos de Parênquima Clorofiliano A- Parênquima paliçádico -Constituído de 1 ou mais estratos celulares -Células são mais altas que largas - Freqüentemente possui muitos cloroplastos. -Principal tecido fotossintético da folha. - Um ou mais estratos de células pode faltar Localização: folha Tipos de Parênquima Clorofiliano B- Parênquima lacunoso ou esponjoso -Células possuem contorno irregular, isodiamétricas ou alongadas -Grandes espaços intercelulares, facilitando as trocas gasosas com o exterior. - Um ou mais extratos de células -Freqüentemente possui cloroplastos. -Conectado ao parênquima paliçádico pelas células coletoras Tipos de Parênquima Clorofiliano C- Parênquima braciforme -Freqüentemente possui cloroplastos. -Células possuem contorno irregular, providas de projeções laterais de diferentes dimensões - Grandes espaços intercelulares, facilitando as trocas gasosas com o exterior. - Um ou mais extratos de células pode faltar -Comum nos diagramas das lacunas aeríferas das plantas aquáticas D - Parênquima plicado - Possui reentrâncias -Aumentam a área da célula Tipos de Parênquima Clorofiliano Parênquima de reserva -Células armazenam substâncias -Distribuídos em órgãos da planta utilizadas como alimento -Elaioplastos - cloroplasto modificado - depósito de óleo. Amiloplastos - cloroplasto, modificado - depósito de amido. Aleurona - grânulos de reserva de proteína Parênquima de reserva Parênquima amilífero Parênquima aeríferoParênquima aquífero Parênquima de reserva - Vacúolo (idioblastos) -Sacarose, óleos, cristais, etc Parênquima de reserva Local da reserva: Parede celular As paredes de algumas sementes possuem hemicelulose que é utilizada pelo embrião durante a germinação Diospyrus sp Parênquima amilífero Presente em: Caule de Batata Inglesa Raiz de Batata doce, mandioca AERÊNQUIMA -Grandes espaços intercelulares -Espaços lisígenos -Espaços esquisógenos Plantas aquáticas ou de ambientes alagados Normalmente as células são volumosas, com grande vacúolo e paredes finas e geralmente desprovidas de cloroplastos. Contém barras de espessamento de celulose lignificadas ou não Folha , caules e raízes Parênquima aquífero Parênquima Aquífero Colênquima • Origem meristema fundamental • Parede celular : celulose, grande quantidade de substâncias pécticas e água • Possui paredes espessas flexíveis • Células com protoplastos vivos e morfologia variável • Associado a sustentação de folhas e caules em crescimento primário ou sujeitos a movimentos constantes • Apresenta disposição periférica, abaixo da epiderme Colênquima Classificação do Colênquima • Colênquima Angular: Espessamento da parede celular na seção longitudinal e nos ângulos. Caules e Pecíolos de Cucurbitaceae, Asteraceae. Colênquima lamelar, Tangencial ou em placa: Espessamento em todas as paredes tangenciais externas e internas. Caules jovens e pecíolos de Sabugueiro e de “Dente de Leão” (Taraxacum) Colênquima lacunar: Espessamento nas paredes celulares que delimitam os espaços intercelulares. Pecíolo de Asteracecae Colênquima anelar: Espessamento nas paredes celulares uniformes. Presente nas nervuras das folhas de dicotiledôneas Relações entre os tecidos • Parênquima X Colênquima • Colênquima Esclerênquima Esclerênquima • Apresenta paredes secundárias Rígidas • Paredes secundárias espessadas, lignificadas ou não • Protoplastos geralmente inativos • Tecido relacionado à sustentação • Distribuídos na periferia ou nas camadas mais internas • Presentes no corpo primário e secundário da planta • Camada protetora ao redor da raiz, caule, pecíolos, sementes Esclerênquima Fibras Esclereídes Composição Celular • Fibras: - Células longas, com extremidades afiladas - Lume reduzido, pontuações - Podem apresentar protoplasto vivo - Distribuição randômica, sob a forma de cordões ou feixes -Função de sustentação tecidos que não se alongam - Presente nos feixes vasculares- Origem do procâmbio e câmbio - Bainha do feixe:origem meristema Fundamental ou periciclo Fibras Gelatinosas: ricas em α-Celulose e pobres em ligninas Presente em lenho de tensão Composição Celular • Esclereídes : - Células com formato variável, paredes secundárias muito lignificas com numerosas pontuações - Células isoladas ou em grupos distribuídas em todo o corpo da planta - Presentes na Epiderme, sistema fundamental e sistema vascular -Compõem o tegumento das sementes, cascas das nozes e caroço das drupas Classificação dos esclereídes • Fibriformes ou fibras isoladas: Forma de fibra podendo ser ramificada • Colunares: Assemelham-se a colunas, com pequenas ramificações nas extremidades • Osteoesclereídes: Constitui um tipo de esclereíde colunar. São dilatadas ou ramificadas nas extremidades, assemelhando a um osso • Astroesclereídes: São ramificadas e freqüentemente possuem formato estrelado • Tricoesclereídes: Assemelham-se a tricomas e pêlos ramificados • Macroesclereídes: Podem ser colunares e formam uma camada em paliçada • Braquiesclereides ou células pétreas: Formato isodiamétrico e freqüentemente estão agrupados. Apresentam paredes moderadamente espessadas e numerosas pontuações. Presentes principalmente na medula, córtex e casca do caule e em parte de frutos Macroesclereídes ou Células de Malpighi: Presente no tegumento da semente das leguminosas Esclereídes colunares : Mesofilo de plantas da caatinga e do cerrado Braquiesclereides ou células Pétreas: Formato isodiamétrico e freqüentemente agrupadas
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