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Administração de Recursos Humanos aula (7)

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Aula 01
Curso: Noções de Adm. de Recursos Humanos p/ TRT-BA - Analista Jud. (Área Adm)
Professor: Alyson Barros
 Noções de ARH TRT-5ª Região 
Professor Alyson Barros 
Aula 1 
 
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Noções de Administração de Recursos 
Humanos para o TRT 5ª Região 
 
 
Sumário 
Considerações Iniciais ................................................................................................................... 2 
Gestão Estratégica de Pessoas ...................................................................................................... 3 
Funções da Gestão Estratégica de Pessoas ............................................................................... 4 
Tópico Extra: Gestão de Pessoas como Responsabilidade de Linha e Função de Staff .............. 14 
Planejamento de RH. ................................................................................................................... 17 
Possibilidades e limites da gestão de pessoas como diferencial competitivo para o negócio. .. 27 
Possibilidades e limites da gestão de pessoas no setor público. ................................................ 29 
Programas de Treinamento & Desenvolvimento, Recursos Humanos, Estilos de Liderança. ... 35 
Definição de Desenvolvimento de Pessoas ............................................................................. 35 
Métodos de Desenvolvimento de Pessoas ............................................................................. 39 
Treinamento ............................................................................................................................ 43 
Liderança nas Organizações .................................................................................................... 53 
Teoria X e Teoria Y ................................................................................................................... 55 
Estilos de liderança .................................................................................................................. 56 
Teoria de traços de personalidade .......................................................................................... 59 
Teorias sobre estilos de liderança ........................................................................................... 59 
Teorias situacionais ou contingenciais da liderança ............................................................... 61 
O Grid Gerencial (Blake e Mouton) ......................................................................................... 64 
O Sistema de liderança de Likert ............................................................................................. 67 
Modelo de Fiedler ................................................................................................................... 71 
O modelo de Hersey e Blanchard ............................................................................................ 72 
Questões ..................................................................................................................................... 75 
Questões com Comentários e Gabarito: ..................................................................................... 89 
 
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Considerações Iniciais 
 
 Começamos com essa aula, oficialmente, o nosso curso de Noções de 
Administração de Recursos Humanos para o TRT BA! Minha animação é grande, 
pois ao longo desse curso veremos vários assuntos vitais para a qualidade de vida 
do trabalhador e do desempenho humano nas organizações. Espero que você não 
esqueça as ideias aqui trabalhadas após passar nesse concurso! Como veremos, os 
conceitos de gestão de pessoas aplicados ao setor público ainda é uma falácia 
muito distante da administração pública brasileira. Mas isso é um problema que só 
será resolvido daqui a algumas décadas... Vamos focar no aqui e agora. A aula tá Dzquentedz, pegue o seu marcador de textos e me acompanhe! 
 Um forte abraço e boa aula! 
 
 
Alyson Barros 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Gestão Estratégica de Pessoas 
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gestão de pessoas um enquadre estratégico. Desse modo, torna-se uma área de atenção 
fundamental para o desenvolvimento da organização. Neste sentido, deve estar, 
obviamente, alinhada ao planejamento estratégico e este deve contê-la. Há uma interação 
recíproca entre pessoas e estratégia da organização. Isso ocorre atualmente, pois a área de 
Gestão de Pessoas passou a participar do desenvolvimento e implementação das 
estratégias empresariais, alinhando os processos de Gestão de Pessoas às estratégias 
corporativas da empresa. Destaco que o presente tópico é mais a continuação o tópico 
anterior que a apresentação de conceitos novos. 
O papel da nova Gestão de Pessoas ganhou um espaço empresarial que agrega 
valor ao negócio e compartilha o conhecimento para o planejamento estratégico da 
organização através de atuações estratégicas como: Ȉ�‡•…‡–”ƒŽ‹œƒ­ ‘�”—‘�ƒ‘•�‰‡”‡–es e suas equipes; Ȉ	‘…ƒŽ‹œƒ­ ‘�‰Ž‘„ƒŽ�‡�‡•–”ƒ–±‰‹…ƒ�‘�‡‰×…‹‘Ǣ� Ȉ�‡…‹•Ù‡•�‡�ƒ­Ù‡•�†‘�‰‡”‡–‡�‡�•—ƒ�‡“—‹’‡�†‡�–”ƒ„ƒŽŠ‘Ǣ� Ȉ�‘•—Ž–‘”‹ƒ�‹–‡”ƒǢ� Ȉ�‡•…‡–”ƒŽ‹œƒ­ ‘�‡�…‘’ƒ”–‹ŽŠƒ‡–‘Ǣ� Ȉ�‘‘�‘•�‰‡”‡–‡•�‡�•—ƒ•�‡“—‹’‡•�’‘†‡�‡•…‘ŽŠ‡”ǡ�–”‡‹ƒ”ǡ�Ž‹†‡”ƒ”ǡ�‘–‹var, 
avaliar e recompensar os seus participantes; Ȉ�”‹ƒ”�ƒ�‡ŽŠ‘”�‡’”‡•ƒ�‡�ƒ�‡ŽŠ‘”�“—ƒŽ‹†ƒ†‡�†‡�–”ƒ„ƒŽŠ‘Ǥ� 
Vamos para um ponto básico: 
 
Definiçãoǣ� �� 
‡•– ‘� �•–”ƒ–±‰‹…ƒ� †‡� �‡••‘ƒ•� ’‘†‡� •‡”� †‡ˆ‹‹†ƒ� …‘‘� Dzƒ� —‹ ‘� †ƒ�
Administração de Recursos Humanos com metas e objetivos estratégicos para melhorar o 
desempenho da empresa e desenvolver culturas organizacionais que encorajam a ‹‘˜ƒ­ ‘� ‡� ƒ� ˆŽ‡š‹„‹Ž‹†ƒ†‡dzǡ� ‘—� …‘‘� Dz‘� ‘†‡Ž‘� †‡� ƒ–‹˜‹†ƒ†‡•� †‡� ”‡…—”•‘•� Š—ƒ‘•��
desenvolvidas com a intenção de permitir que a ‘”‰ƒ‹œƒ­ ‘�ƒŽ…ƒ…‡�•—ƒ•�‡–ƒ•dzǤ 
 
No contexto atual, sabemos que empresas bem-sucedidas serão aquelas capazes 
de transformar estratégia em ação rapidamente, de gerenciar processos de maneira 
inteligente e eficiente, de maximizar o compromisso e a colaboração do funcionário e de 
criar condições para uma mudança consistente. 
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Essas necessidades requerem uma nova postura da área de administração de 
recursos humanos. Em função disso, a área de Gestão de Pessoas passou a assumir o 
papel de gerar vantagem competitiva às empresas, na perspectiva das pessoas enquanto 
inovadoras e criativas, capazes de se tornarem agentes de competitividade. 
Desse modo: 
 
Objetivo da Gestão Estratégica de Pessoas Æ Gerar Vantagem competitiva. 
 
E como se dá esse posicionamento estratégico? A área de Gestão de Pessoas, 
segundo Dessler (2003) deve trabalhar junto com a alta administração da empresa na 
formulação das estratégias e negócios da empresa. Assim, a estratégia da empresa deve 
fornecer a estrutura adequada para o desenvolvimento integrado das atividades da área 
de
Gestão de Pessoas, como recrutamento, treinamento, etc. 
 
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A gestão estratégica de pessoas tem as seguintes funções principais: 
 
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Fonte: Gestão de Pessoas - MBA Ȃ UNA (2009) 
 
 
 Um dos expoentes dessa área de estudo é Garry Dessler. Recomendo seu livro: 
Administração de Recursos Humanos. Segundo esse autor, a área de Gestão de Pessoas 
deve participar ativamente da formulação do plano estratégico organizacional, processo 
que requer identificar, analisar e pesar as oportunidades e ameaças externas à empresa e 
suas forças e fraquezas internas. O autor ressalta que a área de Gestão de Pessoas ocupa 
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uma posição incomparável para oferecer informação competitiva que irá auxiliar no 
processo de formulação do plano estratégico, na medida em que ela possui acesso aos 
planos de incentivo dos concorrentes, aos dados de pesquisa de opinião dos clientes, etc. 
Ele ainda afirma que a área de Gestão de Pessoas também deve participar da formulação 
de estratégias empresariais, fornecendo informações ligadas às forças e fraquezas da 
empresa e de seus funcionários. Além disso, é também sua função participar da execução 
do plano estratégico da empresa, efetuando, por exemplo, ações de downsizing e 
reestruturação das empresas, por meio de recolocação de funcionários, retreinamento, etc. 
Mas, temos evidências de que a gestão de pessoas provê melhora efetiva no 
desempenho? Sim. E fique atento a uma mudança histórica nas pesquisas que avaliam a 
relação entre desempenho e gestão de pessoas. Há dez anos acreditava-se que não era 
possível estabelecer relações diretas de causa e efeito entre competitividade 
organizacional e excelência em gestão de recursos humanos, pois se acreditava que nem 
sempre o fator humano era realmente a principal vantagem competitiva de uma empresa. 
Continuamos com essa visão, o fator humano é apenas um dos fatores dos sucessos 
organizacional, porém, vários estudos, adotando metodologias mais sistemáticas, 
comprovam a significativa relação entre as duas variáveis: gestão de pessoas e 
desempenho organizacional. Para fins de concurso você deve assimilar que a Gestão de 
Pessoas é fundamental, mas não é fator isolado de sucesso. Sobre isso, é importante 
destacar: 
Para fazer frente a alguns argumentos de que a área de RH pouco contribui com as 
organizações, houve, em meados de 1990, uma profusão de afirmações universais sobre a 
correlação positiva entre GRH e desempenho das organizações (LENGNICK-HALL et al., 
2009). Entretanto, pesquisas recentes (DEWETTINCK; REMUE, 2011) revelam que essa 
relação tende a ser influenciada por fatores culturais, econômicos, políticos e sociais dos 
países em que as organizações atuam. Assim, a simples existência de práticas de GRH não 
garante sua contribuição para a eficácia organizacional, sendo essa contingencial 
(BOSELIE; DIETZ; BOON, 2005). 
Fonte: Jabbour, 2002. 
 
Ainda neste sentido é interessante destacar uma boa meta-análise realizada por De 
Oliveira e De Oliveira (2011): 
As práticas de GRH isoladas que mais se correlacionaram com desempenho 
organizacional em geral foram: as práticas de sistema de trabalhos em equipe; 
segurança de emprego; mudança e desenvolvimento organizacional; pagamento 
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por desempenho; e, treinamento e desenvolvimento. Estes resultados mostram 
semelhanças e divergências com as duas metanálises realizadas anteriormente 
(Combs et al., 2006; Oliveira, 2006). Especificamente, as práticas de segurança de 
emprego e treinamento e desenvolvimento também reportaram os melhores 
resultados, em ambas. Por outro lado, as práticas de sistema de trabalhos em 
equipe e de mudança e desenvolvimento organizacional, que envolve a prática de 
informação compartilhada, também em ambas, apresentaram os piores índices. 
Podemos justificar estas divergências pelas teorias de dependência de 
recursos e institucional. Estas teorias baseiam-se no argumento de que a variância 
apresentada em práticas de GRH não explicada pelo processo de tomada de 
decisão estratégica pode dever-se a forças políticas e institucionais (Wright & 
McMahan, 1992). Isto significa que uma mesma prática pode ser experimentada e 
avaliada diferentemente, a depender das forças políticas e institucionais que 
permeiam uma organização. 
No entanto os resultados também indicam que um sistema de GRH se 
correlaciona mais com desempenho organizacional em geral do que com práticas 
de GRH isoladas. Estes resultados apoiam a descoberta, a síntese e a descrição dos 
resultados de pesquisa já existentes (Combs et al., 2006; Oliveira, 2006). Além 
disso, reforçam os argumentos da teoria, baseada em recursos e capacidades, de 
que os efeitos das práticas de GRH, quando em combinação com outros recursos e 
capacidades, são maiores do que a soma de suas partes (Barney, 1995). 
Depois, realizamos a identificação e desenvolvimento de modelos com 
variáveis moderadoras de tipo substantivo. Os resultados apresentados 
corroboram a suposição de que o tamanho do efeito estimado para a relação entre 
práticas e sistemas de GRH será maior, quando dois ou mais resultados de 
desempenho organizacional foram avaliados em conjunto, do que quando foram 
avaliados em separado. 
... 
Com base nestes resultados, podemos inferir que há relação positiva entre 
GRH e desempenho organizacional. A estimação da magnitude desta relação 
aumenta, quando as práticas de GRH são combinadas em um sistema, ou dois os 
mais resultados de desempenho organizacional são levados em consideração; 
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portanto o ponto de vista configuracional parece ser o mais adequado para 
analisar o impacto da gestão de recursos humanos sobre o desempenho 
organizacional (Delery & Doty, 1996). 
Fonte: De Oliveira e De Oliveira, 2011. 
 
Agora que você entende a relação entre desempenho e gestão de pessoas, destaco 
uma figura que ilustra a interação entre o planejamento estratégico organizacional e as 
estratégias da área de Gestão de Pessoas. 
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Fonte: Gestão de Pessoas - MBA Ȃ UNA (2009) 
 
 
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Para Ulrich (1998) lidar com a Gestão de Pessoas não é mais uma responsabilidade 
exclusiva da área do departamento de Recursos Humanos, mas envolve uma parceria com 
todos os profissionais da organização, em especial os gerentes de linha, os quais possuem 
autoridade, poder e patrocínio para atuar. É preciso lembrar que todo gestor é, antes de 
tudo, um gestor de pessoas. Assim, as práticas de Gestão de Pessoas devem se ajustar à 
estratégia empresarial e ter o patrocínio e atuação de todos os gestores. 
O autor descreve alguns desafios que o gestor de pessoas enfrentará rumo ao 
futuro do RH: 
 
1. Desenvolver um aporte teórico para dar suporte à atuação da 
área de Gestão de Pessoas: Ulrich (1998) afirma que o RH carece 
de desenvolver uma teoria consistente e coesa que explique 
conceitualmente como e porque as práticas de RH produzem seus 
resultados. Esta teoria deve ser o
fundamento para a atuação dos 
profissionais de RH rumo à eficácia organizacional. 
2. Desenvolver novas ferramentas de RH: Ulrich (1998) afirma 
que o RH do futuro deverá desenvolver novas ferramentas, além 
das tradicionais funções de recrutamento e seleção, treinamento 
e desenvolvimento, gestão do desempenho, relações de emprego, 
relações trabalhistas, etc. Como novas ferramentas, o autor 
destaca: 
a. as atividades de RH devem estar articuladas a uma estratégia 
empresarial global, embora precisem considerar as condições 
peculiares de cada país de atuação das empresas; 
b. os profissionais de RH devem definir e criar o líder do futuro, que 
é muito diferente do líder atual; 
c. os profissionais de RH precisam criar uma infraestrutura nas 
organizações que favoreça a transferência de conhecimento e 
valorize a inovação; 
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d. os profissionais de RH precisam aprender a gerenciar os 
processos de mudança de cultura organizacional; 
e. os profissionais de RH devem desenvolver suas políticas e 
práticas voltados para os clientes externos. 
3. Desenvolver novas capacidades para a área de RH: Ulrich 
(1998) afirma que o RH precisa desenvolver novas capacidades, 
como desenvolver seu trabalho com maior rapidez, sem sacrificar 
a qualidade; implementar ideias que deem resultados palpáveis; 
inovar; integrar seu trabalho aos planos estratégicos da empresa e 
às necessidades dos funcionários. 
4. Desenvolver práticas de RH que agreguem valor à empresa: 
Ulrich (1998) afirma que os profissionais de RH precisam 
explicitar como as práticas de RH agregam valor aos funcionários, 
clientes e investidores. 
5. Desenvolver uma atuação em rede: Ulrich (1998) afirma que o 
RH deve romper as fronteiras da organização e trabalhar em rede, 
aprendendo a se reunir com outras áreas ou unidades da empresa 
de acordo com suas necessidades. 
6. Desenvolver múltiplas trajetórias de carreira para os 
profissionais de RH: Ulrich (1998) afirma que a área de RH tende 
a assumir múltiplas trajetórias de carreira que compõem um 
mosaico de atuações para o profissional de RH, que abrange 
posições de especialista ou de generalista, de contribuidor 
(trabalhando sozinho) ou integrador (coordenando o trabalho 
dos outros) ou estrategista (orientando políticas e 
procedimentos). 
7. Desenvolver competências de RH: Ulrich (1998) afirma que o 
profissional de RH precisa desenvolver as seguintes competências 
de RH: 
a. conhecimento do ramo: conhecer as capacidades financeiras, 
estratégicas, tecnológicas e organizacionais de uma empresa; 
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b. conhecimento de práticas de RH: conhecer e aplicar de forma 
inovadora contratação, desenvolvimento, avaliação, 
recompensas, plano organizacional e comunicação; 
c. administração de mudança/processos: conhecer os processos de 
mudança, ser um agente de mudança, e ser capaz de promover a 
mudança; 
d. desenvolver credibilidade pessoal: através de comportamentos 
como: precisão, consistência, cumprimento de compromissos, 
bom relacionamento interpessoal, capacidade de negociação, 
persuasão e inovação e ética. 
 
E, por fim: 
Um dos modelos mais conhecidos sobre papéis de RH foi desenvolvido por Ulrich 
(1998). Este modelo é um dos que mais influenciam a percepção dos profissionais de RH 
sobre as expectativas dirigidas à área de RH, bem como os de Bratton & Gold (2000), 
Kamoche (1999), Bain (1999), Barney & Wright (1998), Wintermantel & Maltimore 
(1997), Yeung & Berman (1997), Alvares (1997), Beatty & Schneier (1997), Becker & 
Huselid & Pickus & Pratt 91997), Brockbank (1997), Ehrlich (1997),.Mohrman & Lawler 
III (1997), Gratton (1997), Lombardo & Eichinger(1997), Hathcock (1996), Pfeffer (1995) 
e Storey (1992). 
O modelo de Ulrich (1998) foi concebido a partir de dois eixos: foco estratégico 
(longo prazo) Ȃ operacional (dia-a-dia) e atividades de processo Ȃ pessoa. O cruzamento 
destes eixos delineia quatro papéis principais de RH: a administração de estratégias de 
RH, administração da infraestrutura da empresa, administração da contribuição dos 
funcionários e a administração da transformação e mudança, gerando a metáfora de 
quatro papéis desempenhados por esses profissionais: parceiro estratégico, especialista 
administrativo, defensor dos empregados e agentes de mudança. 
A administração estratégica de RH apresenta diferentes níveis de integração: os 
planos de RH podem ser uma reflexão posterior, estar integrados ou estar isolado em 
relação aos planos estratégicos (Ulrich, 1998). No primeiro caso, o foco do planejamento 
está centrado no planejamento empresarial, sendo as práticas de RH consideradas uma 
atividade de reflexão a ser desenvolvida após estes planos. Neste sentido, as discussões 
cabem centralmente aos gerentes de linha, com envolvimento não substancial dos 
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profissionais de RH. Os planos de RH acabam sendo uma síntese das práticas de RH 
necessárias para a realização dos negócios. 
No ajuste integrado o foco concentra-se em uma fusão entre os planos 
empresariais e de RH, onde gerentes de linha e profissionais de RH trabalham como 
parceiros para garantir a coerência entre os planos. Assim, as práticas de RH enfatizam 
prioridades de negócio. 
Finalmente, na terceira abordagem, o foco se concentra nas práticas de RH em si, 
visando mais estruturar RH que as prioridades empresariais. A participação dos gerentes 
de linha na elaboração dos planos de RH é reduzida, ficando basicamente centrada nos 
profissionais de RH. Por isso, não conseguem agregar valor aos negócios. 
Na função administração da infra-estrutura da empresa os profissionais de RH 
criam e desenvolvem processos para contratação, avaliação e treinamento dos 
empregados. Atuam melhorando processos da área de RH, bem como em outras áreas, 
com vistas a reduzir custos e a melhorar a eficiência nas atividades rotineiras da empresa. 
Ajudam gerentes de linha a tornar sua empresa mais competitiva por meio de melhorias 
contínuas nos processos organizacionais. Os profissionais de RH tornam-se defensores dos 
empregados ajudando-os a descobrir novos recursos que os habilitem a realizar seu 
trabalho. Quando os empregados se tornam competentes e dedicados, o know-how se 
torna um importante ativo mensurável refletido nos resultados financeiros e os 
profissionais de RH tornam defensores dos empregados quando vinculam as 
contribuições destes ao sucesso da empresa (Ulrich, 1998). 
Na administração da transformação e da mudança os profissionais de RH tornam-
se agentes quando realizam sistematicamente mudanças em forma de iniciativa (foco na 
implementação de novos programas, projetos ou procedimentos), de processos 
empresariais (foco nas maneiras como o trabalho é executado) e culturais (mudança da 
mentalidade comum). 
Fonte: Antunes, Piccinini e (s. d.). 
 
 
 
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Tópico Extra: Gestão de Pessoas 
como Responsabilidade de Linha 
e Função de Staff 
 
Para Chiavenato (2008) há um princípio básico em Gestão de Pessoas: gerir 
pessoas é uma responsabilidade de linha e uma função de staff. O que significa isso? 
Simples. Quem deve gerir as pessoas é o próprio gerente Ȃ ou supervisor
ou líder de 
equipe Ȃ ao qual elas estão subordinadas. Ele tem a responsabilidade linear e direta pela 
condução de seus subordinados. Por essa razão, existe o princípio da unidade de 
comando: cada pessoas deve ter um e apenas um gerente. A contrapartida desse princípio 
é que cada gerente é o único e exclusivo chefe dos seus subordinados. Para que o gerente 
possa assumir com plena autonomia a responsabilidade de gerir seu pessoal, ele precisa 
receber assessoria e consultoria do órgão de Administração de Recursos Humanos, que lhe 
proporciona os meios e serviço de apoio. Assim, gerir pessoas é uma responsabilidade de 
cada gerente que deve receber orientações do staff a respeito das políticas e 
procedimentos adotados pela organização. 
 
Centralização/Descentralização das atividades de Gestão de Pessoas 
 O conceito básico de que administrar pessoas é uma responsabilidade de linha e 
uma função de staff é fundamental. Acontece que as empresas sempre se defrontam com o 
problema do relativo grão de centralização/descentralização de suas áreas de atividades. 
E na área de Administração de Recursos Humanos sempre predominou uma forte 
tendência para a centralização e concentração na prestação de serviços para as demais 
áreas empresariais. A tal ponto que, em muitas empresas, o recrutamento e seleção, a 
admissão, integração, treinamento e desenvolvimento, administração de benefícios, 
higiene e segurança do trabalho, avaliação do desempenho, eram estreitamente 
concentrados na área de Administração de Recursos Humanos, com pouca participação 
gerencial das demais áreas. E nisso a área de Administração de Recursos Humanos era 
essencialmente exclusivamente e, até certo ponto, hermética, mantendo a sete chaves os 
segredos das suas decisões e atividades. A atividade prestadora de serviços do staff 
prevalecia fortemente sobre a responsabilidade de linha dos gerentes da empresa. A tal 
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ponto que o staff é quem tomava as decisões peculiares da linha. A centralização 
preponderava sobre a descentralização. 
 Quando os dois lados, gerentes de linha e especialistas de GP, tomam decisões 
sobre as mesmas pessoas, geralmente ocorrem conflitos. O conflito ocorre porque os 
gerentes de linha e os especialistas de GP discordam sobre quem tem autoridade para 
tomar as decisões sobre pessoas ou porque têm diferentes orientações a respeito. Os 
conflitos entre linha e staff já são tradicionais e bem conhecidos. O especialista de staff 
está preocupado com suas funções básicas de proporcionar consultoria, aconselhamento 
e informação sobre a sua especialidade. Ele não tem autoridade direta sobre o gerente de 
linha. O gerente de linha tem autoridade para tomar as decisões relacionadas com suas 
operações e seus subordinados. 
Existem três maneiras para reduzir o conflito entre linha e staff: 
a) Demonstrar aos gerentes de linha os benefícios de usar programas de 
GP. 
b) Atribuir responsabilidades por certas decisões de GP exclusivamente aos 
gerentes de linha, e outras exclusivamente aos especialistas de GP. 
c) Treinar ambos os lados, gerentes de linha e especialistas de GP, em como 
trabalhar juntos e tomar decisões conjuntas, esta alternativa é a mais eficaz 
se a organização tem um padrão de carreiras que proporciona o rodízio 
entre posições de linha e de staff. A rotação de cargos entre linha e staff 
ajuda cada grupo a compreender melhor os problemas do outro. 
 
As responsabilidades de GP e dos Gerentes de linha 
Ainda prosseguindo com a linha de pensamento de Chiavenato, lidar com pessoas 
sempre foi parte integral da responsabilidade de linha de cada executivo, desde o 
presidente até o mais baixo nível de supervisão. Assim organizações bem sucedidas 
definem as seguintes responsabilidades de linha para os gerentes: 
a) Colocar a pessoa certa no lugar certo, isto é, recrutar e selecionar. 
b) Integrar e orientar os novos colaboradores na equipe. 
c) Treinar e preparar as pessoas para o trabalho. 
d) Avaliar e melhorar o desempenho de cada pessoa no cargo ocupado. 
e) Ganhar cooperação criativa e desenvolver relações agradáveis de 
trabalho. 
f) Interpretar e aplicar as políticas e procedimentos da organização. 
g) Controlar os custos trabalhistas. 
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h) Desenvolver habilidades e competências de cada pessoa. 
i) Criar e manter elevado moral na equipe 
j) Proteger a saúde e proporcionar condições adequadas de trabalho. 
Representação da Função de Staff e responsabilidade de Linha: 
 
 
 
 
Função de Staff Responsabilidade de Linha 
 
Órgão de ARH 
(Especialista em RH) 
 Gestor de Pessoas 
(Gerente de Linha) 
 
Cuidar das políticas de RH 
Prestar assessoria e suporte 
Dar consultoria interna de RH 
Proporcionar serviços de RH 
Dar orientações de RH 
Cuidar da estratégia de RH 
 Cuidar de sua equipe de pessoas 
Tomar decisões sobre 
subordinados 
Executar as ações de RH 
Cumprir metas de RH 
Cuidar da tática e operações 
 
Em organizações de pequeno porte, os gerentes de linha assumem todas essas 
responsabilidades sem qualquer assistência interna ou externa. À medida que a 
organização cresce, o trabalho dos gerentes de linha se divide e se especializa e eles 
passam a necessitar de assistência através da consultoria de um staff de Gestão de 
Pessoas. A partir daí a Gestão de Pessoas torna-se então uma função especializada de staff. 
Com o princípio da responsabilidade de linha e função de staff em vista, deve-se 
descentralizar a gestão das pessoas no nível das gerências de linha de um lado, enquanto, 
de outro, mantém-se a função de assessoria e consultoria interna através do órgão de GP. 
Cada qual no seu papel para proporcionar o melhor em termos de condução das pessoas 
em direção aos objetivos da organização, permitindo também o alcance dos objetivos 
individuais. 
No modelo descentralizado, a área de GP oferece produtos e serviços aos gerentes, 
e a unidade de GP passa a ser uma unidade de negócios dentro da organização. Como tal 
deve gerar lucro para a empresa e atender aos clientes internos dentro do conceito de 
consultoria interna. 
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17 
 
 
Planejamento de RH. 
 
 
Segundo Chiavenato (2004), a área de gestão de pessoas é responsável pelos 
seguintes processos: 
1. Processos de Agregar Pessoas: englobam recrutamento e seleção de 
pessoas. Esses processos são responsáveis por agregar novos 
funcionários à organização (recrutamento externo) ou alocar 
funcionários que já trabalhem na empresa em outros cargos 
(recrutamento interno). Baseiam-se nos perfis tanto dos cargos quanto dos 
candidatos. 
2. Processos de Aplicar Pessoas: envolvem orientação das pessoas, 
desenho de cargos e avaliação de desempenho. Esses processos são 
responsáveis por integrar as pessoas selecionadas na organização, 
alocá-las em seus cargos e avaliá-las quanto ao seu desempenho. 
3. Processos de Recompensar Pessoas: envolvem remuneração, 
incentivos, benefícios e serviços. Esses processos, se bem administrados, 
tem o papel de atrair, reter e motivar funcionários. 
4. Processos de Desenvolver Pessoas: envolvem treinamento e 
desenvolvimento de colaboradores, além de programas de mudanças e 
desenvolvimento de carreiras e programas de comunicação. Esses
processos corroboram a importância do conhecimento na Era da 
Informação. 
5. Processos de Manter Pessoas: incluem higiene, segurança e qualidade de 
vida, além de administração da cultura, clima, disciplina e relações com 
sindicatos. Todos esses processos objetivam proporcionar um ambiente 
de trabalho mais seguro e mais agradável, assim como garantir 
relações amigáveis com os sindicatos. 
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6. Processos de Monitorar Pessoas: englobam banco de dados e sistemas 
de informações gerenciais. Esses processos constituem a monitoração dos 
colaboradores através de sistemas, com o intuito de garantir que o 
planejamento seja bem executado e que os objetivos sejam alcançados 
adequadamente. 
 
Apesar de termos papéis razoavelmente definidos na área de Gestão de 
Pessoas, é de sua inserção e operacionalização junto aos objetivos estratégicos da 
organização e da criação de vantagem competitiva que surgem os novos papéis da 
gestão de pessoas. Para Chiavenato (2004), os novos papéis da área de Gestão 
de Pessoas são: 
1. Administração de estratégias de recursos humanos; 
2. Administração da infra-estrutura da empresa; 
3. Administração da contribuição dos funcionários; 
4. Administração da transformação e da mudança; 
A figura abaixo explica, resumidamente, cada um dos papéis: 
 
Papel de RH Resultado Característica 
principal 
Atividade 
 
Administração de 
estratégias de 
recursos humanos 
Execução da 
estratégia 
 
Parceiro 
estratégico para 
ajudar a alcançar 
objetivos 
organizacionais 
Diagnóstico 
organizacional 
para detectar 
forças e fraquezas 
da organização 
Administração da 
infra-estrutura da 
empresa 
Construção de 
uma 
infraestrutura 
eficiente 
Especialista 
administrativo 
para reduzir 
custos e aumentar 
valor 
Serviços em 
comum para a 
melhoria contínua 
Administração da 
contribuição dos 
funcionários 
Maior 
envolvimento da 
capacidade dos 
Defensor dos 
funcionários para 
treinar e 
Prover recursos 
aos funcionários 
para incentivar 
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funcionários incentivar as 
pessoas 
contribuições 
Administração da 
transformação e 
da mudança 
Elaboração de 
uma organização 
renovada 
Agente de 
mudança e 
inovação para 
melhorar a 
capacidade de 
mudar 
Assegurar 
capacidade para 
mudança e 
identificação e 
solução de 
problemas 
Fonte: Adaptado de Chiavenato (2004) 
 
Dentre os novos papéis da área de Gestão de Pessoas, encontramos a Dz�†‹‹•–”ƒ­ ‘�†‡� �‡•–”ƒ–±‰‹ƒ•�†‡� � ”‡…—”•‘•� �Š—ƒ‘•dzǡ� “—‡�•‡”ž�‘�‘••‘� ˆ‘…‘�†‡�
interesse. Essa área será, como a palavra estratégia sugere, uma peça fundamental 
da operacionalização dos planos da organização. 
O planejamento do RH é essencial para aproveitar os recursos humanos e o 
capital intelectual existentes na organização. Mas, além disso, uma séria e de 
vantagens também podem ser atribuídas ao planejamento bem executado: 
correção de políticas inadequadas, identificação de sinais de mudança e de 
oportunidades e cria condições para ações proativas e criativas. As políticas de RH 
devem avançar integradas com as diretrizes da organização. Assim, o RH será uma 
área reconhecida pela sua atuação e será parte integrante e necessária para o 
desenvolvimento da organização. Do planejamento dos recursos humanos a partir 
da estratégia da organização, temos o Planejamento Estratégico de Recursos 
Humanos Ȃ PERH. 
O planejamento estratégico de RH compreende o processo de identificação 
e análise das necessidades organizacionais de Recursos Humanos e o consequente 
desenvolvimento de políticas, programas, sistemas e atividades que satisfaçam 
essas necessidades, a curto, médio e longo prazos, tendo em vista assegurar a 
realização das estratégias do negócio, dos objetivos da Empresa e de sua 
continuidade sob condições de mudanças. (Lucena, 1999) 
Para Chiavenato, 1999, o planejamento estratégico de RH refere-se à 
maneira como a função de RH pode contribuir para o alcance dos objetivos 
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organizacionais e, simultaneamente, favorecer e incentivar o alcance dos objetivos 
individuais dos funcionários. 
De acordo com Carvalho e Serafim (2002) o PERH visa conjugar dois 
propósitos, que são: 
1. Adaptar-se ao planejamento estratégico global da organização; 
2. Elevar a produtividade do trabalho por meio da soma de esforços, 
interesses e objetivos. 
A integração com os negócios e os objetivos da empresa refere-se ao 
dimensionamento da quantidade e qualidade dos Recursos Humanos 
estabelecidos, como e quando isto pode ser obtido, a fim de que os futuros 
colaboradores da organização possam perpetuar o negócio da empresa e 
alcançar os objetivos planejados. O elemento participação gerencial refere-se ao 
envolvimento de todos os gestores da organização no processo, e não 
somente a área de Recursos Humanos. O fator dimensão do tempo menciona a 
importância do planejamento para a área de Recursos Humanos, antecedendo 
os eventos futuros. E a integração dos processos, programas e atividades de 
Recursos Humanos diz respeito à relação da área de Recursos Humanos com toda 
a organização, inclusive com a sua Missão (Pinto, 2009). 
O PERH é um processo gerencial de identificação e análise das necessidades 
organizacionais de capital humano para o próximo período. Nesse sentido, é uma 
atividade prospectiva. A partir da análise, a organização é capaz de desenvolver 
planos de políticas e programas que satisfaçam essa futura demanda. Desse modo, 
o PERH busca assegurar a continuidade e o funcionamento da organização para 
ambientes de mudança e crescimento. A vantagem de se elaborar um PERH é que 
através dessa ação a organização poderá garantir o alinhamento das ações 
voltadas para a gestão de talentos com a estratégia e o negócio da 
organização. Para atingir estes objetivos, a área de Recursos Humanos 
preocupa-se com a previsão acerca dos aspectos quantitativos e qualitativos 
dos talentos humanos. 
Chiavenato (2004) cita que existem vários modelos de planejamento de 
Recursos Humanos, mas enfatiza cinco deles, que são: 
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1. Modelo baseado na procura estimada do produto ou 
serviço: este modelo utiliza o conceito de que as necessidades 
de pessoal são baseadas na dependência da procura pelos 
produtos ou serviços da organização. Está voltado 
especificamente para o nível operacional. É limitado porque 
engloba somente aspectos quantitativos; 
2. Modelo baseado em segmentos de cargos: também está 
voltado, principalmente, para o nível operacional da organização. 
Este modelo consiste em: escolher um fator estratégico cujas 
variações afetam na mesma proporção as necessidades de 
pessoal; mensurar os níveis históricos e futuros para cada fator 
estratégico definido anteriormente; determinar os níveis 
históricos do número de funcionários para cada departamento; e 
projetar os níveis
futuros de força de trabalho para cada 
departamento; 
3. Modelo de substituição de postos-chave: baseia-se na 
representação visual das possíveis substituições caso surja alguma 
vaga, ou seja, criado um novo cargo. São montados organogramas 
que mostram quem substituirá quem nestes casos. Cada 
funcionário é classificado em três alternativas de chances de 
promoções: funcionário pronto para promoção imediata; 
funcionário que requer maior experiência no cargo atual; e 
funcionário com substituto já preparado; 
4. Modelo baseado no fluxo de pessoal: mapeia as admissões, 
demissões, transferências e promoções dos funcionários da 
organização. Esse modelo é conservador, sendo apropriado 
somente para empresas que atuam em ambientes estáveis. Ele é útil 
na análise das consequências do plano de carreiras, quando a 
organização investe nesta política. Todavia, suas limitações são 
claras por ser apenas um modelo quantitativo; 
5. Modelo de planejamento integrado: do ponto de vista da 
provisão de Recursos Humanos, considera quatro fatores: volume 
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de produção planejado pela empresa; mudanças tecnológicas 
dentro da organização que aumentem ou diminuam a produtividade 
do pessoal; condições de oferta e procura no mercado e 
comportamento do mercado consumidor; e planejamento de 
carreiras dentro da organização. 
O PERH tem íntima relação com o planejamento estratégico e com a sua 
filosofia de planejamento. De acordo com Ackoff (apud CHIAVENATO, 2004), 
existem três tipos de filosofias de planejamento: 
1. Planejamento conservador: é o planejamento focalizado na manutenção 
do status quo. Tomam-se decisões com o intuito de alcançar bons resultados, 
que nem sempre são os melhores. Baseiase em experiências passadas e as projeta 
para o futuro. 
2. Planejamento otimizante: é o planejamento que enfoca a adaptabilidade e 
inovação da organização. As decisões são baseadas no melhoramento das 
operações da empresa, a fim de obter os melhores resultados possíveis. 
3. Planejamento prospectivo: é o planejamento que se preocupa com as 
contingências e com o futuro da organização. As decisões são tomadas no 
sentido de eliminar seus pontos fracos eprepará-la para enfrentar as 
contingências que surjam ao longo do seu caminho. 
 Didaticamente, podemos dizer que: 
 
Planejamento 
conservador e 
defensivo 
Planejamento 
otimizante e analítico 
Planejamento 
prospectivo e ofensivo 
Planejamento para a 
estabilidade 
Manutenção 
Planejamento para a 
melhoria Inovação 
Planejamento para a 
contingência Futuro 
Ambiente previsível e 
estável 
Ambiente dinâmico e 
incerto 
Ambiente mais dinâmico e 
incerto 
Assegurar 
continuidade do 
Assegurar reação 
adequada às frequentes 
Antecipar eventos que 
possam ocorrer e 
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23 
 
Sobre o planejamento estratégico, Chiavenato nos fala do modo como ele 
pode se relacionar com a função de gerir pessoas: 
 
Simplificadamente podemos dizer que é da comparação dessas etapas que 
temos o PERH. 
Além disso, o planejamento inclui o levantamento de bases para a previsão 
de pessoal. Esse levantamento pode ser didaticamente organizado da seguinte 
maneira: 
 
 
 
sucesso mudanças identificar ações 
apropriadas 
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 É preciso aprofundarmos um pouco nas duas dimensões de análise e 
diagnóstico interno e externo de recursos humanos da organização. 
 
Análise e Diagnóstico 
Ambiente Externo Ambiente Interno 
Identificação das oportunidades que 
devem ser aproveitas e as ameaças que 
devem ser neutralizadas ou evitadas em 
relação aos recursos humanos 
Identificação de pontos fortes e fracos 
da organização em relação aos seus 
recursos humanos 
- Contexto Econômico; 
- Tendências competitivas (inovações e 
concorrência); 
- Mudanças tecnológicas; 
- Legislação e política 
- Preocupações sociais e ecológicas; 
- Características demográficas da mão 
de obra 
- Características do mercado de 
recursos humanos 
- Características do quadro profissional 
- Taxas de mobilidade e rotatividade de 
pessoal; 
- Nível de competência dos 
trabalhadores; 
- Necessidades de desenvolvimento de 
pessoal; 
- Custos internos; 
- Nível de satisfação e 
comprometimento organizacional. 
 
 Aqui é válido, por fim, citar a digressão que Pinto (2009) faz em sua 
monografia de especialização: 
A previsão de necessidades de Recursos Humanos solicitadas pelo 
negócio evidencia o primeiro passo para a formulação do planejamento de 
Recursos Humanos integrado ao negócio da organização. Esta etapa visa 
atender aos seguintes objetivos: identificar os impactos das decisões 
estratégicas da empresa nos Recursos Humanos; analisar as necessidades 
básicas dos diversos setores da organização; e auxiliar no planejamento das ações 
estratégicas a serem praticadas. Durante a elaboração das decisões 
estratégicas da empresa, os colaboradores da área de Recursos Humanos 
devem participar ativamente, a fim de identificar fatores que possam impactar no 
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andamento de suas funções. Devem ser analisadas, também, as necessidades 
de Recursos Humanos nos diversos departamentos da empresa. 
A análise do ambiente e do mercado de trabalho tem como principais 
objetivos: mensurar aspectos políticos, econômicos e sociais e as relações 
trabalhistas que possam atrapalhar as ações estratégicas defendidas pela 
empresa; levantar alternativas para gerenciar situações sensíveis a mudanças; e 
identificar necessidades de desenvolvimento de programas ou atividades que 
possam atender às carências existentes no mercado de trabalho. Ao analisar as 
necessidades de Recursos Humanos da organização e conhecer os fatores internos 
e externos que a influenciam, sabe-se quais destes fatores podem auxiliar ou 
dificultar o atendimento destas necessidades. 
... 
A análise dos Recursos Humanos tem como objetivos: mensurar, tanto 
quantitativa quanto qualitativamente, se a organização tem pessoas 
disponíveis para suprir suas necessidades presentes e futuras; identificar 
deficiências de treinamento e desenvolvimento de pessoal; e recomendar 
revisões ou criações de políticas, procedimentos, normas e programas para a 
Gestão de Pessoas. O produto final desta etapa será um relatório contendo 
informações que permitam uma análise do quadro de pessoal existente na 
organização, com intuito de auxiliar nas decisões estratégicas globais. 
Fischmann e Almeida (apud BARDUCHI e MIGLINSKI, 2006) propõem nove 
etapas do planejamento estratégico para a área de Recursos Humanos, que 
seguem: 
1. Avaliação da estratégia vigente: identificação e análise da eficácia da 
estratégia de Recursos Humanos que vem sendo utilizada pela empresa; 
2. Avaliação do ambiente: identificação do perfil necessário aos funcionários 
futuros, análise da disponibilidade de mão-de-obra futura
para o negócio da 
empresa e verificação das expectativas dos colaboradores quanto ao auxílio 
da empresa para o alcance de seus objetivos; 
3. Estabelecimento do Perfil Estratégico: delineamento dos objetivos e 
estratégias, aonde a área de Recursos Humanos deve considerar não somente 
seus próprios interesses, como também inseri-los no contexto organizacional; 
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4. Qualificação dos objetivos: estimativa de valores que são gastos com 
remunerações, benefícios, treinamentos, desenvolvimentos, e avaliação da 
viabilidade da implementação dos objetivos traçados inicialmente; 
5. Finalização: criação de um relatório pela alta administração contendo os 
planos estratégicos defendidos, e discussão com os demais departamentos da 
empresa, principalmente com o de Recursos Humanos; 
6. Divulgação: transmissão dos planos estratégicos aos gerentes de linha e aos 
demais que possuam um nível decisório na empresa e divulgação mais ampla para 
todos os colaboradores através da área de Recursos Humanos, que deverá 
explicar sua importância e seu impacto nas avaliações de desempenho futuras; 
7. Preparação da Organização: são feitas as modificações necessárias à 
implementação dos planos estratégicos definidos, quer sejam materiais, quer 
sejam na estrutura pessoal; 
8. Integração como Plano Tático: inserção das estratégias no nível tático da 
organização; 
9. Acompanhamento: exercício do controle por todas as áreas, 
principalmente pela área de Recursos Humanos, que deverá avaliar a 
realização de tudo o que foi planejado. 
Fonte: Pinto, 2009. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Possibilidades e limites da gestão 
de pessoas como diferencial 
competitivo para o negócio. 
 
Tópico simples e curto (uma página apenas), já trabalhamos muito desse 
tópico nos tópicos precedentes. A área de recursos humanos apresenta uma 
evolução que pode ser apresentada em fases, da seguinte maneira: 
Evolução do RH (adaptação de Tose, 1997) 
Fase Período Características 
Antes de 1930 Contábil - Custos 
- Compra da mão de obra 
1930 a 1950 Legal - Legislação Trabalhista 
- Poder para o chefe de pessoal 
1950 a 1965 Tecnicista - Posicionamento hierárquico tático 
- Subsistemas técnicos 
- Modelo americano de Gestão de 
Pessoal 
1965 a 1985 Administrativo - Desenvolvimento do Sindicalismo 
- De gestão de recursos institucionais 
para gestão de recursos humanos 
1985 até os dias 
atuais 
Estratégico - Posicionamento hierárquico 
estratégico 
- Planejamento estratégico 
 Autores mais recentes consideram que desde os anos 2000 temos vivido 
uma nova fase. Onde assumimos o pensamento estratégico e começamos a 
perceber os recursos humanos como um diferencial competitivo. 
A realidade organizacional está submetida a constantes processos de 
mudanças nos diversos níveis. E, atualmente, a área de recursos humanos tem 
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apresentado uma importância maior devido à percepção de que é com as pessoas 
que se alcançam resultados nos âmbitos de qualidade, produtividade e 
atendimento, ou seja, os objetivos buscados pela empresa. 
 Frente às mudanças atuais e futuras do mercado de trabalho e de produção, 
como evoluções tecnológicas, competição e dissabores econômicos, as inovações 
na área de gestão de pessoas se apresentam como um agregador de valor aos 
processos organizacionais para adaptar-se a essas mudanças. As possibilidades são 
inúmeras, especialmente na área privada (veremos a Gestão de Pessoas no 
próximo tópico). 
 As limitações, por sua vez, dizem respeito ao bom conviver humano, e ai 
entram as regras éticas e culturais de convívio social, e a questão legal. Inovações 
em gestão de pessoas são bem vindas, desde que não piorem as condições de 
trabalho (ambientais e psicológicas). Abusos nesse sentido podem gerar desde ƒ••±†‹‘�‘”ƒŽǡ�‡� ˆ—­ ‘�†ƒ“—‡Ž‡�…Š‡ˆ‡�“—‡�–‡�ƒ�Dz„‘ƒdz� ‹–‡­ ‘�†‡�ƒ—‡–ƒ”�ƒ�
produtividade, até processos severos de adoecimento. Em função disso, a área de 
Gestão de Pessoas deve avaliar não só as possibilidades incorporação de novas 
tecnologias em recursos humanos, mas na viabilidade e necessidade de tais 
instrumentos técnicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Possibilidades e limites da gestão 
de pessoas no setor público. 
 
 
Esse tópico é bem enxuto, apesar de bem polêmico. As possibilidades são 
inúmeras e geralmente advindas da iniciativa privada, e os limites são a lei e a boa 
vontade da administração pública. Em tese, quase toda prática privada é aplicável à 
gestão de pessoas pública, mas são as limitações que impedirão isso. Como 
possibilidade temos a gestão de pessoas por competências, a seleção por 
competências, a implementação do qualidade no trabalho, a gestão de talentos, a 
gestão do conhecimento, etc. A lista de possibilidades é, realmente, infindável. 
 Nós já sabemos, há décadas, da importância do desenvolvimento de pessoas no 
setor público no sentido pleno como condição de transformação de um modelo de 
gestão organizacional tradicional e burocrático. As pessoas dentro desse processo são 
consideradas agentes de mudança e, portanto, precisam desenvolver suas capacidades 
intelectuais, sociais, pessoais e profissionais e consequentemente, manifestar um melhor 
desempenho. 
 Apesar das mudanças em escala mundial no contexto do trabalho e das 
condições de mercado, o serviço público brasileiro não é capaz de incorporar as 
tecnologias e os conceitos fundamentais de gestão de pessoas. Com raríssimas exceções, 
quando isso ocorre atende mais à moda que à necessidade real. As revoluções melhoras 
na Gestão de Pessoas têm conferido não só vantagem competitiva, mas a maior 
preocupação com os trabalhadores e com o ambiente de trabalho. Como implementar 
tais mudanças se os motores propulsores da gestão de pessoas (qualidade de vida no 
trabalho e melhora na produção) não são preocupações reais da administração pública? 
 Talvez seja por isso que a literatura na área é tão escassa. Das poucas 
publicações, entre livros e artigos destinados ao tema, poucos conseguem estabelecer 
como a área de gestão de pessoas pode impulsionar efetivamente a qualidade do serviço 
público e a satisfação do trabalhador. A maioria dos autores, no entanto, é enfática em 
propagar os princípios básicos, e de bom senso, em suas obras: a organização deve se 
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preocupar com a gestão de pessoas, o planejamento de recursos humanos deve ser 
alinhado ao planejamento estratégico, é necessária maior flexibilidade das rotinas de 
trabalho para a real ergonomia da atividade, o trabalho deve ter sentido para o 
trabalhador... 
 Novamente repiso a tese de que sem os motores de propulsão que levem a 
própria administração pública a buscar a excelência e a racionalidade na estruturação de 
suas tarefas, não há de se falar em melhora de Gestão de Pessoas. Estaremos ainda 
diante de práticas de recursos humanos de quase um século atrás: seleção, concessão de 
benefícios, demissão/exoneração, etc. 
 E quais os elementos que impedem, por exemplo, a utilização de conceitos
de competências em uma seleção ou de gestão por desempenho? Aqui vai a parte 
REAL da gestão de pessoas no serviço público, defendida pela maioria dos autores 
e por mi, e que pode subsidiar o seu posicionamento no concurso. A própria lei e a 
vontade dos dirigentes limitam mudanças na estrutura da gestão de pessoas no 
serviço público. Para o bem e para o mal, a Lei 8.112, e tantas leis estaduais, 
conferem, por exemplo, a estabilidade no cargo. Essa estabilidade permite certas 
regalias ao servidor que, apesar de proteger contra arbítrios partidários, por 
exemplo, limitam a capacidade criativa e a pró-atividade do mesmo. O servidor 
público progride em função do decurso do tempo, o processo de exoneração ou 
demissão no serviço público é árduo e apenas os casos mais extremos, via de regra, 
são levados adiante. Não há controle de resultados (produção), de efetividade ou 
alinhamento estratégico das práticas de recursos humanos e a missão dos órgãos. 
A avaliação de estágio probatório é mais um embuste burocrático, uma testagem 
única e sem sentido, que o resultado de um monitoramento contínuo e significativo 
para o trabalhador e para a organização. As metodologias de treinamento e 
capacitação, chamadas impropriamente de estratégias de desenvolvimento de 
pessoas, não são avaliadas quanto aos seus impactos na melhora do trabalho. As 
políticas de Gestão do Conhecimento estão atreladas à área de Tecnologia da 
Informação. Regimentos internos e o planejamentos estratégicos são mais peças 
guardadas em pastas que guias orientadores do trabalho. As propostas de 
empoderamento e de proposição de melhorias são, em essência, fictícias ou 
maliciosas. Raros são os locais com políticas de boas práticas. Os processos de 
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seleção de pessoas para ingressarem no serviço público escolhem os melhores 
concurseiros e não as melhores pessoas que ocuparão as vagas adequadas. Seleção 
de pessoas por competências para o preenchimento de cargos de direção, chefia e 
assessoramento é mais uma tarefa de indicação, confiança, que talento. A 
meritocracia é substituída pela rede de contatos ou indicação de grupos políticos. 
Recrutamento de pessoas no serviço público ocorre, apenas, com publicação de 
edital. 
A necessidade de melhora é patente e urgente. No Serviço Público Federal já 
da década de 90, com as profundas mudanças nos cenários nacional e 
internacional, o Estado teve a necessidade de buscar novos paradigmas para a 
Administração Pública Federal. Percebemos que ainda não existe uma política 
efetiva de gestão de pessoas que atenda às necessidades do Estado. A discussão de 
efetividade e eficiência ainda pertence ao campo teórico e é de árdua implantação 
diante dos dilemas expostos. 
Os servidores públicos estão mais profissionalizados, mas, mesmo assim, o 
objetivo público do estado ainda está aquém do preconizado. O Neoliberalismo 
fracassou e, antes dele, seu Dz‡‹‘ ‹” ‘dz (o gerencialismo) também. Ao tentar dar 
maior dinamicidade para o Estado, Bresser Pereira serviu como fundamento 
ideológico para o sucateamento do mesmo. Privatizamos, aumentamos a carga 
tributária, engessamos o serviço público enquanto nenhum dos resultados 
esperados foi alcançado. 
Aqui é interessante citar as palavras de Rafael Jardim: 
Hoje, a gestão pública brasileira continua sendo essencialmente 
burocrática, com resquícios de patrimonialismo e algumas pitadas de 
gerencialismo. 
[...] 
O gerencialismo não gerou o efeito que seus idealizadores previram. As 
mudanças na gestão pública foram incrementais. Bresser-Pereira, por exemplo, 
quando fala de sua reforma, cita as próprias mudanças na estrutura da 
administração pública como se isso fosse o próprio êxito. Até hoje, nem ele nem 
ninguém foi capaz de argumentar favoravelmente à reforma mostrando ‹†‹…ƒ†‘”‡•�‘—�”‡•—Ž–ƒ†‘•�…‘…”‡–‘•�‡�Dzˆ‹ƒŽÀ•–‹…‘•dzǡ�‘—�•‡Œƒǡ�ƒ“—‡Ž‡•�“—‡�ƒˆ‡–ƒ�ƒ�
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vida do cidadão. O Brasil melhorou, e muito, é claro. Mas nada indica que a reforma 
gerencial contribuiu efetivamente para esse processo. 
Fonte: http://www.jornalopcao.com.br/colunas/contradicao/o-fracasso-do-
gerencialismo 
 
Apenas retomando as críticas anteriores, destaco que hoje em dia temos a 
seleção de pessoas realizada por meio de concursos, que nem sempre são 
isonômicos ou orientados para o cargo a ser preenchido. Outra forma de acesso a 
cargos públicos é a patronagem Ȃ ou seja, o patrimonialismo não foi extinto. Falar 
em gestão de competências no serviço público atual é versar sobre os motivos que 
não deixam com que essa prática funcione. Em poucas instituições públicas 
encontramos um planejamento estratégico desenhado e cumprido. De modo geral, 
podemos afirmar que a gestão de pessoas têm se caracterizado mais pela 
administração de tarefas burocráticas (diárias, passagens, controle de ponto, 
aplicação de legislação trabalhista, etc.) do que pela atuação real em gestão de 
pessoas (qualidade de vida no trabalho, melhora do suporte e do clima 
organizacional, ampliação do comprometimento no trabalho, etc.). 
 É importante destacar o seguinte trecho de artigo a seguir. 
OS LIMITES DA GESTÃO DE PESSOAS NO SETOR PÚBLICO 
A atuação estratégica da gestão de pessoas está intimamente conectada à 
gestão de competências. Essa moderna abordagem volta-se para o 
desenvolvimento e manutenção das competências individuais dos colaboradores, 
visando ao alcance dos objetivos estratégicos organizacionais. 
Do individual parte-se para o coletivo, sem deixar de lado, contudo, a 
essência e a cultura de cada organização. É como reger uma orquestra, em que o 
talento e o trabalho individual de cada músico são incentivados e valorizados, mas 
cujo desempenho deve se ater à proposta melódica a ser executada e à gestão do 
regente. Na regência da orquestra pública, o interesse público deve ser o resultado 
alcançado por qualquer estratégia organizacional. 
O modelo de gestão de competências, apesar de reunir muitas qualidades, é 
de complexa implementação prática, em sua totalidade, no setor público. 
Diferentemente do setor privado, o gestor público se atém a um cabedal de 
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limitações legais que devem ser respeitadas, como a exigência de concurso público 
para contratação de novos talentos. 
Dentre as dificuldades para a implantação de um modelo de gestão de 
competências estão também limitações tecnológicas e estruturais, bem como 
aspectos comportamentais dos servidores que, ao serem avaliados para seu 
ingresso em determinadas funções, mostraram-se capacitados em termos de 
conteúdo para exercê-las, mas não foram, por vezes, avaliados em suas 
idiossincrasias psicológicas. 
A falta de motivação enraizada na cultura organizacional pública, causada, 
por exemplo, pela dificuldade em implantar políticas de recompensa a servidores 
exemplares, é conhecida de longa data, e constitui um dos entraves para levar a 
termo um complexo processo de gestão de pessoas baseado nas suas 
competências. A implementação desse modelo ainda é um grande desafio, uma vez 
que a cultura de gestão pública permanece, na maioria dos casos, voltada para 
cargos, e não para entregas. 
As instituições públicas têm a captação de novos talentos limitada 
legalmente por concurso público; a exceção são os cargos de confiança 
comissionados, em número bem menor que o dos servidores concursados. 
Enquanto as organizações privadas possuem inúmeros
instrumentos para a 
melhor escolha, como entrevistas e dinâmicas de grupo, as públicas ficam restritas 
a esse instrumento legal, sob pena de serem questionadas judicialmente. No 
entanto, poderão valer-se de outros meios para melhor alocação do candidato 
aprovado. 
Por exemplo, apesar de muitas mudanças dependerem de legislação 
própria, isso não constitui entrave para que se atue, no setor público, por meio de 
outras fontes legais, como concursos com áreas específicas de atuação, avaliação 
do perfil comportamental dos aprovados para sua melhor alocação, ou ainda, ações 
de desenvolvimento profissional, promovendo educação contínua e não apenas 
treinamentos pontuais - a educação ampla das pessoas é fundamental nesse 
contexto, englobando o desenvolvimento das mesmas com foco em sua carreira 
profissional, e não apenas no treinamento para as funções do cargo atual. 
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No que tange ao desligamento de colaboradores, restrições legais também 
devem ser obedecidas. Apesar de o ordenamento jurídico prever que os servidores 
podem ser demitidos por avaliação de desempenho insuficiente, essa ainda não é 
uma prática comum no setor público. Sendo assim, o ideal é motivá-los, de tal 
forma que se sintam parte importante no processo e desejem atingir um melhor 
desempenho no trabalho. Afinal de contas, prever prazos, controles, orçamentos e 
indicar responsáveis para as atividades faz parte de um planejamento 
indispensável tanto na gestão privada como na pública. 
A fim de obter resultados positivos, a área de gestão de pessoas deve 
procurar manter um clima positivo e profissional na organização, através de 
práticas de planejamento, gerenciamento, avaliação e recompensas, que conciliem 
os interesses individuais com os objetivos estratégicos do negócio público. Deve-se 
buscar um direcionamento para resultados nos níveis individual e organizacional, 
além de preservar a correta e eficaz gestão do bem público. 
No setor público, portanto, o papel da área de gestão de pessoas, no 
contexto da gestão de competências, deve ser o de facilitar o desenvolvimento das 
competências individuais e consequentes entregas, para a implementação da 
estratégia escolhida, sempre de acordo com o bem maior, que é o interesse público. 
Fonte: Diego Berro, Os Limites da Gestão de Pessoas no Setor Público, 2013. 
Disponível em 
http://www.catho.com.br/cursos/os_limites_da_gestao_de_pessoas_no_setor_publico 
 
Para finalizarmos esse tópico, falemos um pouco da gestão de 
competências no setor público: 
A Gestão por competências é um tema que vem sendo discutido de forma 
intensa nos dias atuais. Entretanto, no serviço público, ela ainda aparece de modo 
incipiente em virtude de aspectos distintos daqueles apresentados na iniciativa 
privada como, por exemplo, a cultura do funcionalismo público (que em 
decorrência de avaliações passadas, desconfiguradas, muitas vezes, dificultam a 
introdução e aceitação de um novo modelo de gestão) e a proteção gerada pela 
estabilidade que, de certa forma, garante a continuidade no cargo para aqueles 
servidores que apresentam um desempenho insatisfatório. (LEME, 2011). 
Apesar do modelo, na maioria das vezes, estar relacionado com a 
entrega de produtos e/ou serviços pelos servidores/colaboradores de acordo com 
os objetivos da organização (DUTRA, 2002), no setor público isso ainda não 
ocorre, na prática, graças à falta de efetividade na legislação que normatiza o 
processo de desempenho e cobrança de resultado na Administração Pública. [...] 
Fonte: Gestão de Pessoas por Competências na Administração Pública Brasileira Ȃ 
Rodrigo Giudice (2012) 
 
 
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Programas de Treinamento & 
Desenvolvimento, Recursos 
Humanos, Estilos de Liderança. 
 
 Ótimo tópico para questões. Esse é um daqueles tópicos que possuem vários 
conceitos vizinhos que você deve saber quem são, mas não precisa conhecer de 
modo aprofundado (como o treinamento e as Universidade Corporativas). Nosso 
foco é o desenvolvimento de pessoas e a educação corporativa. Vamos começar 
com a parte de Desenvolvimento de Pessoas 
 
�Ž“š“À³œ� ��Ž£Žš¨œ—¨“˜Žš¤œ� ��Ž££œŠ£ 
 
 Cumpre ressaltar, de início, que o desenvolvimento de pessoas é uma das 
dimensões de atuação da área de Recursos Humanos/Gestão de Pessoas e que está 
dentro da área de Treinamento e Desenvolvimento de Pessoal Ȃ T&D. 
Objetivamente, o desenvolvimento pessoal está voltado para o crescimento do 
empregado no cargo atual, mas com foco no crescimento pessoal ou até cargos 
futuros. 
Apesar das diferenciações possíveis em relação à área de treinamento, os 
limites ainda carecem de precisão em diversos momentos. Assim, para a prova, 
sugiro que adotemos um referencial mais consensual. Quem melhor para fazer isso 
que Chiavenato? 
 Chiavenato faz a diferenciação entre Desenvolvimento de RH, 
Desenvolvimento Pessoal, Treinamento e Educação. Veja: 
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Atençãoǣ���“—‡��Š‹ƒ˜‡ƒ–‘�…Šƒƒ�†‡�Dz�‡•‡˜‘Ž˜‹‡–‘�†‡���dz�±�ƒ�ž”‡ƒ�†‡��Ƭ�Ǥ� 
A política de treinamento e desenvolvimento de pessoal tem como 
objetivo o aprimoramento de pessoal para o desempenho das atividades e o 
melhoramento profissional. Destaco que desenvolvimento e treinamento de 
pessoal são conceitos que se complementam, porém é necessário diferenciá-los. 
 
Desenvolvimento Treinamento 
representa um conjunto de atividades 
que objetiva explorar o potencial de 
aprendizagem e a capacidade produtiva 
das pessoas, visando mudanças de 
comportamentos e atitudes bem como a 
aquisição de novas habilidades e 
conhecimentos. Tem como meta 
maximizar o desempenho profissional e 
motivacional do ser humano, 
melhorando os resultados 
é um dos recursos do desenvolvimento 
de pessoal. Visa o aperfeiçoamento de 
desempenhos, aumento da 
produtividade e das 
relações interpessoais. Para isso, 
prepara o potencial humano frente às 
inovações tecnológicas e as constantes 
mudanças do mercado de trabalho, 
sendo o treinamento indispensável 
para a buscada qualidade total. O 
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e consequentemente gerando um bom 
clima organizacional. É um processo de 
longo prazo para aperfeiçoaras 
capacidades e motivações dos 
empregados a fim de torná-los futuros 
membros valiosos da organização. 
treinamento começa como uma 
resposta a uma necessidade ou a uma 
oportunidade em um ambiente 
organizacional. É um processo 
sistemático para promover a 
aquisição de habilidades, regras, 
conceitos ou atitudes que resultem em 
uma melhoria da adequação entre as 
características dos empregados e as 
exigências dos papéis funcionais. 
 
Vale a pena aprofundarmos um pouco nossos estudos na parte de 
treinamento para evitarmos confusões. 
 DzTreinar é desenvolver habilidades para executar tarefas por determinado 
trabalho, aumentando o conhecimento e a perícia no que tange a função a um 
determinado cargo seja ele qual for, desde o mais simples, até a função mais 
complexa dentro das organizações.dz 
 
O treinamento é um processo de assimilação cultural a curto prazo, que 
objetiva repassar ou reciclar conhecimento, habilidades ou atitudes relacionadas 
diretamente à execução de tarefas ou à sua otimização no trabalho. Para Robbins: 
"A maioria dos treinamentos visa à atualização e ao aperfeiçoamento
das 
habilidades técnicas dos funcionários". E onde fica o desenvolvimento de pessoal? 
O desenvolvimento de pessoal é a política utilizada para a melhora do funcionário 
junto à organização. Assim, observe, o treinamento faz parte da política de 
desenvolvimento de pessoal. 
De acordo com Chiavenato, 
no passado, alguns especialistas em RH 
consideravam o treinamento como um meio para adequar 
cada pessoa a seu cargo e desenvolver a força de trabalho da 
organização a partir dos cargos ocupados. Mais 
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recentemente, o conceito foi ampliado, considerando-se o 
treinamento como um meio para alavancar o desempenho 
no cargo. Quase sempre o treinamento tem sido entendido 
como o processo pelo qual a pessoa é preparada para 
desempenhar de maneira excelente as tarefas específicas do 
cargo que deve ocupar. Modernamente, o treinamento é 
considerado um meio de desenvolver competências nas 
pessoas para que se tornem mais produtivas, criativas e 
inovadoras, a fim de contribuir melhor para os objetivos 
organizacionais e se tornarem cada vez mais valiosas. 
Uma distinção útil é feita para diferenciarmos Treinamento de 
Desenvolvimento de Pessoal é feita por Araújo (2008): 
 
 
 
Ele prossegue com as seguintes definições acerca das diferenças entre 
Treinamento e Desenvolvimento: 
o primeiro está voltado para o condicionamento da 
pessoa no sentido da execução de tarefas, as quais devem ser 
muito bem definidas. Já o outro está dirigido ao crescimento 
da pessoa no nível do conhecimento, da habilidade, atitudes 
e valores éticos, de modo que possa desempenhar seu papel 
da melhor forma e com níveis crescentes de complexidade. 
 
Por fim, caso qualquer banca afirme que o treinamento e o desenvolvimento 
de pessoas aumenta a motivação dos funcionários, o que você irá marcar? Errado, 
Treinamento 
ͻProcesso de aprendizagem 
ͻVoltado para o condicionamento 
da pessoa para a execução de 
tarefas 
Desenvolvimento 
ͻProcesso de Aprendizagem 
ͻVoltado ao crescimento da pessoa 
em nível de conhecimento, 
habilidade e atitude. 
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claro. Lembre-se da máxima: qualquer melhora de variável organizacional não 
representa, necessariamente, uma melhora da motivação do funcionário. O –”‡‹ƒ‡–‘� ‡� ‘� †‡•‡˜‘Ž˜‹‡–‘� Dz’‘†‡� ƒŒ—†ƒ”dz� ƒ� ‰‡”ƒ”� —� „‘� …Ž‹ƒ�
organizacional e funcionários mais motivados. 
 
 
�Ĥœœ£� ��Ž£Žš¨œ—¨“˜Žš¤œ� ��Ž££œŠ£ 
 
 Aqui não tem como não citar uma excelente lista que conheço sobre os 
métodos de desenvolvimento de pessoas no cargo atual e fora do cargo. Destacarei 
as passagens mais importantes. Confira: 
Métodos de desenvolvimento de pessoas no cargo atual 
 
1. Rotação de cargosǤ� �‹‰‹Ƥ…ƒ� ƒ� ‘˜‹‡–ƒ­ ‘� †ƒ•� ’‡••‘ƒ•� � ‡� ˜ž”‹ƒ•�
posições na organização no esforço de expandir suas habilidades, 
conhecimentos e capacidades. A rotação de cargos pode ser vertical ou Š‘”‹œ‘–ƒŽǤ���”‘–ƒ­ ‘�˜‡”–‹…ƒŽ��•‹‰‹Ƥ…ƒ�—ƒ�’”‘‘­ ‘�’”‘˜‹•×”‹ƒ�†ƒ�’‡••‘ƒ�
para uma nova posição mais complexa. A rotação horizontal funciona como 
uma transferência lateral de curto prazo para absorção de conhecimentos e 
experiências da mesma complexidade. A rotação de cargos representa um 
excelente método para ampliar a exposição da pessoa às operações da 
organização e transformar especialistas em generalistas. Permite o 
aumento das experiências individuais e estimula o desenvolvimento de 
novas ideias, ao mesmo tempo em que proporciona oportunidades para —ƒ�ƒ˜ƒŽ‹ƒ­ ‘�†‡�†‡•‡’‡Š‘�ƒ‹•��ƒ’Žƒ�‡�…‘Ƥž˜‡Ž�†‘�ˆ—…‹‘ž”‹‘Ǥ� 
2. Posições de assessoriaǤ��‹‰‹Ƥ…ƒ�†ƒ”�ƒ�‘’‘”–—‹†ƒ†‡�’ƒ”ƒ�“—‡��ƒ�’‡••‘ƒ�
com elevado potencial trabalhe provisoriamente sob a supervisão de um 
gerente bem-sucedido em diferentes áreas da organização. Trabalhando 
como assistente de staff ou em equipes de assessorias direta, a pessoa pode 
desempenhar diferentes tarefas sob a condução apoiadora de um gerente. 
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3. Aprendizagem prática. É uma técnica de treinamento através da qual o 
treinando se dedica a um trabalho de tempo integral para analisar e 
resolver problemas em certos projetos ou em outros departamentos. Em 
geral, é aplicada em conjunto com outras técnicas. Muitos treinandos 
trabalham juntos para desenvolver projetos que requeiram cooperação. 
4. Atribuição de comissõesǤ� �‹‰‹Ƥ…ƒ� —ƒ� ‘’‘”–—‹†ƒ†‡� ’ƒ”ƒ� ƒ� � ’‡••‘ƒ�
participar de comissões de trabalho compartilhando da tomada de 
decisões, apreender pela observação dos outros e pesquisar problemas ‡•’‡…ÀƤ…‘•� †ƒ� ‘”‰ƒ‹œƒ­ ‘Ǥ� � 
‡”ƒŽ‡–‡ǡ� ‡••ƒ•� …‘‹••Ù‡•� • ‘� †‡� ƒ–—”‡œƒ�
temporária e efêmera, atuando como forças-tarefas desenhadas para ”‡•‘Ž˜‡”� —� � ’”‘„Ž‡ƒ� ‡•’‡…ÀƤ…‘ǡ� ’”‘’‘”� •‘Ž—­Ù‡•� � ƒŽ–‡”ƒ–‹˜ƒ•� ‡�
recomendações sobre sua implementação. Atribuições temporárias são ‹–‡”‡••ƒ–‡•� ‡� †‡•ƒƤƒ†‘”ƒ•ǡ� � ’‘‹•� ƒ—‡–ƒ� ƒ� ‡š’‘•‹­ ‘� †ƒ� ’‡ssoa aos 
outros membros da organização, ampliam sua compreensão e 
proporcionam oportunidades de crescimento. 
5. Participação em cursos e seminários externos. É uma forma 
tradicional de desenvolvimento através de cursos formais de leitura e 
seminários. Oferece a oportunidade de adquirir novos conhecimentos e 
desenvolver habilidades conceituais e analíticas. Pode ser feita através de 
cursos ou seminários in-house, com a ajuda de consultores, fornecedores 
etc.. 
6. Exercícios de simulação. A simulação extrapolou a seleção de pessoal e 
tornou-se também uma técnica de treinamento e desenvolvimento. Os 
exercícios de simulação incluem estudos de casos, jogos de empresas, 
simulação de papeis (role playing) etc. Nas análises de estudo de caso, 
utiliza-se a experiência de outras organizações para que a pessoa descreva 
e diagnostique os problemas reais, analise as causas, desenvolva soluções 
alternativas, selecione aquela que julgue a mais adequada e a implemente. 
O estudo de casos proporciona discussões estimulantes entre os 
participantes, bem como excelentes oportunidades para que a pessoa 
defenda as suas habilidades analíticas e julgamentais. Os jogos de empresas 
e os exercícios de dramatização colocam a pessoa no papel de ator ou 
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participando de problemas gerenciais. Os exercícios de simulação 
apresentam a vantagem de criar um ambiente similar em relação às 
situações reais em que a pessoa trabalha sem os altos custos envolvidos em 
ações reais indesejáveis. Contudo, é difícil simular todas as situações reais 
da vida cotidiana. 
7. Treinamento (outdoor) fora da empresa. Uma recente tendência é a 
utilização de treinamento externo, muitas vezes relacionado com a busca 
de novos conhecimentos, atitudes e comportamentos que não existem 
dentro da organização e que precisam ser obtidos fora dela. O treinamento 
fora da empresa é geralmente oferecido por organizações especializadas 
em T&D e que oferecem esquemas integrados, cujo foco primário é ensinar 
aos treinandos a importância de trabalhar em conjunto, como uma equipe. 
8. Estudo de casos. É um método de desenvolvimento no qual a pessoa se 
defronta com uma descrição escrita de um problema organizacional para 
ser analisado e resolvido. Trata-se de uma técnica que permite diagnosticar 
um problema real e apresentar alternativas de solução, desenvolvendo 
habilidades de

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