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ANTI-HISTAMÍNICOS: ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES H1 e H2 agentes anti-alérgicos e agentes anti-úlcera ANTI-HISTAMÍNICOS: ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES H1 e H2 agentes anti-alérgicos e agentes anti-úlceraagentes anti-úlceraagentes anti-úlcera Profa. Mônica T. Pupo Química Farmacêutica l Profa. Mônica T. Pupo Química Farmacêutica l C. R. GANELLIN, S. M. ROBBERS (eds) – Medicinal Chemistry – The role of organic chemistry in drug research, 2nd. ed., Academic Press, 1993, p. 227-255. (Cap. 12: Discovery of Cimetidine, Ranitidinine and other H2-Receptor Histamine Antagonists). Antagonistas H2 G. L. PATRICK – An Introduction to Medicinal Chemistry, 4th ed., Oxford University Press, 2009, p.653-682 (Cap. 25: Antiulcer agents). Antagonistas H2 G. L. PATRICK – An Introduction to Medicinal Chemistry, 5th ed., Oxford University Press, 2013, p.659-688 (Cap. 25: Antiulcer agents). Antagonistas H2 T. N. RILEY, J. DeRUITER Histamine and Antihistaminic Agents. In: J. N. DELGADO e W. A. REMERS (eds.) - Wilson and Gisvold's Textbook of Organic Medicinal and Pharmaceutical BibliografiaBibliografia REMERS (eds.) - Wilson and Gisvold's Textbook of Organic Medicinal and Pharmaceutical Chemistry, 10ª. ed., J. B. Lippincott, New York, 1998, p. 657-685. A. GRINGAUZ – Introduction to Medicinal Chemistry. Drugs: How drugs act and why. VCH Pub, 1997, p. 621-653 (Cap. 13: Histamine Antagonists and Local Anesthetics). D. A. WILLIAMS, T. L. LEMKE, Eds. Foye´s Principles of Medicinal Chemistry, 7th Ed., Lippincott Williams & Wilkins, 2013, p. 1045-1072 (Cap. 32: NELSON, W.L., Antihistamines and Related Antiallergic and Antiulcer Agents). Antagonistas H1 e H2 D. A. WILLIAMS, T. L. LEMKE, Eds. Foye´s Principles of Medicinal Chemistry, 6th Ed., Lippincott Williams & Wilkins, 2008, p. 1004-1027 (Cap. 37: NELSON, W.L., Antihistamines and Related Antiallergic and Antiulcer Agents). H1 Mediação da contração da musculatura lisa, aumento da permeabilidade vascular, prurido, geração de prostaglandinas, diminuição da condução atrioventricular acompanhada de taquicardia, ativação dos reflexos vagais. Alvo para anti-alérgicos. H2 Mediação das ações da histamina na secreção de ácido gástrico. Alvo para fármacos anti-úlcera. H Autorreceptor pré-sináptico. Modula a síntese e liberação de histamina no SNC e tecidos periféricos RECEPTORES H3 Modula a síntese e liberação de histamina no SNC e tecidos periféricos Potencial alvo para fármacos contra rinite alérgica Expresso nos mastócitos, eosinófilos e outras linhagens de células hematopoiéticas (basófilos, células T). Descoberto mais recentemente – função fisiológica ainda desconhecida. Potencial alvo para anti-inflamatórios e anti-alérgicos em desordens autoimunes (artrite reumatóide, asma, rinite alérgica) H4 Biossíntese de histamina Aparelho de golgi de mastócitos e basófilos pela descarboxilação de histidina Mecanismo molecular descarboxilação de histidina realizada pela enzima L-histidina- descarboxilase e piridoxal fosfato como cofator NHN NH2 COOH Aminoacido aromático descarboxilase Histidina descarboxilase NHN NH2 S-histidina Metabolismo de histamina: metilação e oxidação Liberação da secreção ácida estomacal Liberação da secreção ácida estomacalestomacal Receptores H2 estomacal Receptores H2 NH2 α α β pKa = 9,8 (grupo amino terminal) NNH πτ prostele pKa = 5,74 (anel imidazólico) NHN NH2 NHN NH2 Nτ - tautômero Nπ - tautômero HN NH3 + N NH3 + 80% 20% Importante para atividade biológica Monocátions 99,6% das formas no Forma dominante em pH 13,0 NHN NHN80% 20% NH+HN NH3 + NH +HN NH3 + 99,6% das formas no plasma (pH 7,4) Dicátions Forma dominante em pH 2,0 H N H N N S HN N Me Me CN N N NH3 + histamina Dexclorfeniramina (polaramine) N Me Me N Cl Cimetidina Antagonistas H1Antagonistas H1 Antagonistas H2Antagonistas H2 N S Me N Me Me S H N H N Me O N Me Me NO2 (polaramine) Prometazina (fenergan) Ranitidina (antak) Cimetidina (tagamet) Antagonistas de histamina liberada no processo alérgico Primeira geração de anti-histamínicos H1 � etilenodiaminas � etanolaminas � alquilaminas � piperazinas� piperazinas � tricíclicos Segunda geração de anti-histamínicos H1 Antagonistas de histamina liberada no processo alérgico Afetam receptores colinérgicos, adrenérgicos, dopaminérgicos e serotoninérgicos Relação estrutura-atividade:Relação estrutura-atividade: Etilenodiaminas Etanolamina Alquilamina Primeira geração de anti-histamínicos H-1 Etilenodiaminas Primeira geração de anti-histamínicos H-1 Éteres de etanolamina Usada no tratamento de Parkinson devido à sua ação central anti-colinérgica Maior Maior seletividade para receptores H1 em relação a receptores muscarínicos Atividade anti-histamínica x anticolinérgica Substituintes alquílicos em R2 (Me, Et, iPr, tBu): diminuem ação anti-histamínica e aumentam anticolinérgica Substituintes alquílicos em R4 (Me, Et, iPr, tBu): diminuem ação anti-colinérgica e aumentam levemente anti- histamínica Enantiômeros com configuração S são geralmente mais potentes Maior ação anticolinérgica Maior ação anti-histamínica Semelhança estrutural de difenidramina com outros agentes ativos Anti-histamínicoAnti-histamínico fluoxetina Alquilaminas * Enantiômeros S mais ativos Primeira geração de anti-histamínicos H-1 Menor efeito sedativo central comparado aos derivados de etilenodiamina e etanolamina Maior seletividade para os receptores H1 x muscarínicos Isômeros E mais ativos que Z Derivados de Piperazinas Relacionados à série de etilenodiaminas e éteres etanolaminas Alguns usados como anti-eméticos, mas possuem significante atividade anti-colinérgica metabolismo 2ª geração Anti-histamínico tricíclico Efeito sedativo pronunciado Também usados no tratamento da náusea e vômito Desenvolvimento dos fármacos Fenotiazínicos Desenvolvimento dos fármacos Fenotiazínicos Apresenta ação anti-histamínica, mas com forte efeito sedativo Usado como anti-Parkinson, devido à ação anti-muscarínica Segunda geração de anti-histamínicos H-1 Não causam sedação e apresentam menor efeito anticolinérgico � estruturas mais hidrofílicas (caráter anfotérico); � podem ser substratos para sistemas proteicos de efluxo de drogas; � maior seletividade H1 Anti-histamínicos tópicos Usos: � alívio de coceira nos olhos, congestão da conjuntiva e eritema Como introduzir na estrutura características que levariam ao antagonismo H2 seletivo, sem o conhecimento da estrutura do receptor ??? S HN N NH2 NH H N HN N NH2 NH N N NH3 + histamina Fraca ação antagonista, mas com ação agonista parcial Mais ativoMais ativo (SK&F) Após o fracasso de mais de 200 compostos... H i p ó t e s e s p a r a a s i n t e r a ç õ e s N H H O H i p ó t e s e s p a r a a s i n t e r a ç õ e s c o m o r e c e p t o r H 2 X C NR H H O Y R1 amidinas poderiam atuar como antagonistas através de ligação adicional com o receptor (Asp) H N HN N NH2 NH S HN N NH2 NH H N NH2 NH HN N S NH2 NH HN N +++ +- H N SCH3 HN H N CH3 HN + ++ Atividade+- : detectável + : ID50>500µmol/kg ++ : ID50~200µmol/kg +++ : ID50=50-100µmol/kg H N SCH3 NH HN N H N CH3 NH HN N NH HN N NH HN N+- +- +++ +++ Nas isotiouréias e carboxamidinas reversas a ligação de H com o receptor deveria incluir um NH dentro da cadeia lateral e 3C entre os grupos farmacofóricos Problema: atuam como agonistas parciaisProblema: atuam como agonistas parciais Alternativa: substituição do grupo guanidina fortemente básico por grupos polares não básicos H N NH2 S HN N Não atua como agonista parcial Fraca ação antagonista Neutra em água Aumento da cadeia lateralAumento da cadeia lateral H N H N S HN N CH3 burimamida Antagonista competitivo puro Altamente seletivo Não ativo por via oral HN NH R HN N R N NH R A B H N H N S HN N CH3 BURIMAMIDA HN N pKa = 7,25 pKa = 5,90 HN N NH2 pKa = 6,80 HISTAMINA Estabilização do Estabilização do tautômero mais ativo e diminuição do pKa H N H N S S HN N CH3 TIABURIMAMIDA Mais ativo N HN NH2 N HN NH2 H3C Agonistas Histamínicos Atividade H1 relativa a histamina Atividade H2 relativa a histamina Atividade H3 relativa a histamina 100,0 0,23 100,0 39,0 100,0 <0,008 N HN NH2 CH3 N S NH2 N NH2 0,49 26,0 5,6 1,0 0,3 2,5 1.550,0 <0,008 <0,06 Tiouréia Diminuição do número de leucócitos H N H N S S HN N CH3 H3C metiamida Estabilização do tautômero Antagonista mais potente H N H N O S HN N CH3 isóstero com uréia H3C H N H N NH S HN N CH3 isóstero com guanidina H3C Menos ativos que metiamida Reduzir a basicidade do grupo guanidina cimetidina H N H N N S HN N CH3 H3C H N H N N S HN N CH3 H3C NO2 CN Nitroguanidina - pKa = 0,4 Cianoguanidina - pKa = 0,9 Tiouréia - pKa = -1,2 Desenvolvimento da ranitidina (Merck)Desenvolvimento da ranitidina (Merck) NN N N H N H N CH3 NH2 S A Potência = burimamida S H N H N CH3 SBO Ativo, mas pouco hidrossolúvel S H N H N CH3 S C O N H3C H3C Potência = metiamida mais hidrossolúvel S H N H N CH3 NCN D O N H3C H3C Potência = cimetidina PF e baixa cristalinidade dificultaram desenvolvimento farmacêutico S H N H N CH3 E O N H3C H3C NO2 Ranitidina (Antak) 4 a 5 vezes mais potente que cimetidina Antagonistas do receptor H2 S H N H N CH3 ranitidina O N H3C H3C NO2 H N H N N S HN N CH3 H3C CN cimetidina NH2SN N SO2NH2 S H N H N CH3S N NO2 1981 - Glaxo (Antak) 1977 - SK&F (Tagamet) N S N H2N NH2 famotidina N H3C H3C NO2 nizatidina 1987 - Eli Lilly (Tazac, Axid) 1985 - Merck (Pepsid) 30X mais ativo que cimetidina O N H N NN N H3C R R=NH2 lamitidina R=CH2OH loxtidina � Agentes de ação prolongada (5- 10X mais potentes que ranitidina, e com duração 3X maior) � Foram retirados dos estudos clinicos por apresentarem toxicidade com uso prolongado
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