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Anatomia Básica - SISTEMAS

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1 
 
APOSTILA ANATOMIA HUMANA – OS SISTEMAS 
PROFA. NAIANNE KELLY CLEBIS. PhD 
 
 
 
SISTEMA CIRCULATÓRIO 
 
1. FUNÇÕES 
Através da circulação do sangue, o organismo recebe elementos nutritivos (glicose, lipídios, 
aminoácidos, sais minerais, etc.) necessários para a vida celular. Recebe também o oxigênio 
necessário para a respiração e demais reações celulares. Além disso, é por meio da corrente 
sangüínea que o produto do metabolismo celular e o dióxido de carbono, entre outros produtos, são 
coletados e encaminhados para posterior eliminação. 
O aparelho circulatório também atua na defesa do organismo, contribui para a manutenção da 
temperatura corpórea, é a via para distribuição dos hormônios produzidos pelo sistema endócrino, 
participa do mecanismo da homeostase, além de servir como via para distribuição de medicamentos. 
 
2 CONSTITUIÇÃO 
É constituído por um órgão central, contrátil e oco - CORAÇÃO - que impulsiona o sangue 
para um conjunto de vasos sangüíneos. 
 
 SANGUE - GENERALIDADES 
O sangue é um líquido de coloração vermelha, constituído por plasma e células sangüíneas. 
1. PLASMA: é o líquido incolor no qual encontram-se suspensas as células sangüíneas. O plasma é 
composto por água, sais minerais, lipídios, glicose, proteínas (albumina, protrombina, fibrinogênio e 
globulinas, entre outras), íons, etc. 
 
2.CÉLULAS DO SANGUE 
2.a. Eritrócitos ou hemácias ou glóbulos vermelhos: são células anucleadas que possuem no 
seu interior um pigmento denominado HEMOGLOBINA. Este pigmento confere a cor vermelha ao 
sangue. As hemácias são células importantes para as trocas gasosas entre o sangue e os tecidos, e 
entre o sangue e o ar presente nos pulmões. O oxigênio liga-se à hemoglobina e é transportado, pelas 
hemácias, para todas as células do corpo. As hemácias captam parte do CO2 e o libera em nível de 
alvéolo pulmonar. 
2.b. Leucócitos ou glóbulos brancos: são células do sangue que participam da defesa do 
organismo. Podem ser neutrófilos, eosinófilos, linfócitos, monócitos e basófilos. Exercem o papel de 
defensores do organismo devido a sua capacidade de fagocitose e de produção de anticorpos. 
2.c. Plaquetas: são células do sangue importantes para o processo de coagulação sangüínea. 
 
 
CORAÇÃO 
 
O coração é um órgão oco e muscular, portanto contrátil, que possui quatro cavidades: átrio 
direito, átrio esquerdo, ventrículo direito e ventrículo esquerdo. 
1. FUNÇÃO: com a contração do coração o sangue é impulsionado para o interior da rede vascular 
(vasos), distribuído ao corpo e coletado de volta ao coração. O coração impulsiona o sangue para os 
pulmões para a oxigenação e recebe o sangue oxigenado proveniente dos pulmões. 
 
 2 
2. LOCALIZAÇÃO: está localizado na cavidade torácica, entre os dois pulmões, em um espaço 
denominado mediastino. No mediastino o coração ocupa uma posição oblíqua, com a base voltada 
para cima e ápice voltado para baixo. 1/4 do volume do coração está localizado à direita da linha 
mediana do corpo e 3/4 de seu volume situa-se à esquerda da linha mediana. No mediastino, o 
coração situa-se posteriormente ao osso esterno e cartilagens costais; anteriormente à coluna 
vertebral torácica; e superiormente ao músculo diafragma. 
 
3. FORMA: o coração possui a forma de um cone, com base superior e ápice inferior. 
 
4. FACES: 
a. face esternocostal: é a face anterior do coração. É convexa e relaciona-se com o osso 
esterno e cartilagens costais; 
b. face diafragmática: é a face inferior, plana, relacionada com o músculo diafragma; 
c. face pulmonar: é a face esquerda do coração relacionada com o pulmão. 
 
5. REGIÕES: no coração pode-se distinguir 2 regiões: 
a. base do coração: região superior do coração, volumosa, onde encontramos grandes vasos 
sangüíneos conhecidos como vasos da base; 
b. ápice do coração: região inferior e afilada do coração. 
 
6. CAVIDADES DO CORAÇÃO 
Existem 4 cavidades a saber: átrios direito e esquerdo; ventrículos direito e esquerdo. Os átrios 
não se comunicam entre si, pois estão separados por uma parede músculo-membranosa denominada 
SEPTO INTERATRIAL. O mesmo ocorre com os ventrículos, que estão separados por uma parede 
muscular denominada SEPTO INTERVENTRICULAR. Deste modo, as únicas comunicações 
possíveis entre as câmaras cardíacas são: entre o átrio direito e ventrículo direito, através do óstio 
atrioventricular direito; e entre o átrio esquerdo e ventrículo esquerdo, através do óstio 
atrioventricular esquerdo. 
 
6.1. ÁTRIO DIREITO 
 A parede medial é representada pelo septo interatrial. Neste local é possível observar uma 
depressão ovalada denominada FOSSA OVAL que nada mais é do que o vestígio do FORAME OVAL 
que no feto estabelece a comunicação entre os átrios direito e esquerdo. Ao nascimento este forame 
está fechado, restando apenas uma depressão. 
O átrio direito recebe o sangue venoso de todo o corpo, incluindo o do próprio coração, através 
de vasos que desembocam neste átrio. São eles: veias cavas superior e inferior, e seio coronário. O 
sangue venoso sai do átrio direito para o ventrículo direito pelo óstio atrioventricular direito.Portanto, 
no átrio direito temos os seguintes orifícios: 
6.1.a. Orifícios de entrada para o sangue: 
 óstio da veia cava superior: orifício de abertura da veia de mesmo nome. Esta veia lança no átrio 
direito o sangue venoso proveniente da cabeça, pescoço, membro superior e parte do tórax; 
 óstio da veia cava inferior: orifício de abertura da veia de mesmo nome. Esta veia lança no átrio 
direito o sangue venoso proveniente do tórax, abdome, pelve e membro inferior; 
 óstio do seio coronário: orifício de abertura da veia de mesmo nome. Esta veia lança no átrio 
direito o sangue venoso do próprio coração. 
6.1.b. Orifício de saída para o sangue: 
 óstio atrioventricular direito: orifício que comunica o átrio direito com o ventrículo direito. O 
sangue venoso lançado no átrio direito passa, a seguir, para o ventrículo direito através deste óstio. 
 3 
Este representa, ao mesmo tempo, o orifício de saída do átrio direito e o orifício de entrada do 
ventrículo direito. 
 OBS: o átrio direito possui uma pequena expansão em sua cavidade, visível na superfície do 
coração, denominada de aurícula atrial direita. 
 
6.2.VENTRÍCULO DIREITO 
Possui paredes mais delgadas, quando comparadas com as paredes do ventrículo esquerdo. 
Recebe o sangue venoso do átrio direito, e envia este sangue, por meio do tronco pulmonar, para ser 
oxigenado nos pulmões. Para tanto possui os seguintes orifícios: 
6.2.a. Orifício de entrada para o sangue: 
 óstio atrioventricular direito: permite a passagem de sangue do átrio direito para o ventrículo. 
Este óstio já foi mencionado no item sobre orifício de saída do átrio direito. 
 6.2.b. Orifício de saída para o sangue: 
 óstio do tronco pulmonar: orifício de abertura de um calibroso vaso sangüíneo de mesmo nome. 
O sangue venoso do ventrículo direito passa para o tronco pulmonar que o leva em direção aos 
pulmões. 
 
6.3. ÁTRIO ESQUERDO 
Apresenta uma expansão, visível na superfície do coração, denominada de aurícula atrial 
esquerda. Este átrio recebe o sangue oxigenado proveniente dos pulmões, por meio das quatro veias 
pulmonares, e impulsiona este sangue para o ventrículo esquerdo. Portanto, possui os seguintes 
orifícios: 
6.3.a. Orifícios de entrada para o sangue: 
 óstio das veias pulmonares: são 04 orifícios de abertura das veias pulmonares, sendo que 2 veias 
são direitas e 2 esquerdas, e lançam no átrio esquerdo o sangue oxigenado que vem dos pulmões. 
6.3.b. Orifícios de saída para o sangue: 
 óstio atrioventricular esquerdo: o orifício que comunica o átrio esquerdo como ventrículo 
esquerdo. Representa o orifício de saída do átrio e o orifício de entrada para o ventrículo. É através 
deste óstio que o sangue do átrio esquerdo alcança o ventrículo esquerdo. 
6.4. VENTRÍCULO ESQUERDO 
Possui paredes bem espessas. Recebe o sangue oxigenado do átrio esquerdo, e impulsiona este 
sangue para a aorta para que seja distribuído para todo o corpo. Possui os seguintes orifícios: 
6.4.a. Orifício de entrada para o sangue: 
 óstio atrioventricular esquerdo: é o mesmo orifício de saída do átrio esquerdo, como comentado 
anteriormente. 
6.4.b. Orifício de saída para o sangue: 
 óstio da aorta: é o orifício de abertura da artéria (vaso) de mesmo nome. O sangue do ventrículo 
esquerdo é impulsionado para o interior da aorta, que o distribui, através de suas inúmeras 
ramificações, para todo o corpo. 
 
OBS: as paredes dos átrios são mais delgadas e mais membranosas, enquanto que, as paredes dos 
ventrículos são mais espessas e mais musculares. As aurículas atriais direita e esquerda servem 
para amortecer o impacto do sangue que chega até aos átrios. 
 
7. VALVAS DO CORAÇÃO 
As valvas representam o conjunto de membranas de tecido conjuntivo denominadas válvulas, 
isto é, cada valva é formada por 2 ou mais válvulas. As valvas estão presentes em quase todos os 
óstios de entrada e saída das câmaras cardíacas, fechando ou abrindo estes orifícios, no intuito de 
controlar o fluxo sangüíneo no coração. Entre elas destacam-se: 
 4 
7.1. Valva atrioventricular direita ou valva tricúspide: conjunto de três válvulas triangulares. Esta 
valva localiza-se no óstio atrioventricular direito, e controla o fluxo do sangue do átrio direito para o 
ventrículo direito. Durante o período de enchimento do átrio direito esta valva se fecha obliterando o 
respectivo óstio. 
7.2. Valva do tronco pulmonar (valva semilunar): é uma valva constituída por 3 lâminas em forma 
de concha ou meia lua. Localiza-se no óstio do tronco pulmonar controlando o fluxo de sangue do 
ventrículo direito para o tronco pulmonar. Está fechada durante o período de enchimento do 
ventrículo. 
7.3. Valva atrioventricular esquerda ou valva bicúspide ou mitral: é uma valva constituída por 
duas válvulas triangulares. Está localizada no óstio atrioventricular esquerdo, controlando o fluxo 
sangüíneo do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo. Encontra-se fechada durante o período de 
enchimento do átrio esquerdo, e aberta durante o enchimento do ventrículo. 
7.4. Valva da aorta (valva semilunar): é uma valva constituída por 3 lâminas em forma de concha 
ou de 1/2 lua. Está localizada no óstio da aorta. Controla o fluxo do sangue do ventrículo esquerdo 
para a aorta. Encontra-se fechada no período de enchimento do ventrículo. 
 OBS: cada válvula das valvas atrioventriculares direita e esquerda possui o ápice fixado à 
parede ventricular através de filamentos membranosos denominados CORDAS TENDÍNEAS. A base 
de cada válvula é fixada nos anéis fibrosos do coração. 
 
Insuficiência valvar: Em algumas situações, uma ou mais valvas cardíacas podem apresentar 
alterações morfológicas que comprometem o fechamento adequado dos óstios. Esta condição, 
popularmente, é conhecida como “sopro cardíaco”. 
 
8. PAREDES OU TÚNICAS DO CORAÇÃO: O coração é constituído por 3 estratos de diferentes 
tecidos e que representam as paredes externa, média e interna do coração. 
8.1.Parede ou túnica externa: recebe o nome de PERICÁRDIO. 
O pericárdio é uma estrutura em forma de "saco" que envolve o coração e o início dos vasos da base, 
e ainda auxilia na fixação do coração na cavidade torácica. É constituído por 3 lâminas ou folhetos (1 
fibroso e 2 serosos. 
8.1.a. lâmina fibrosa: é denominada pericárdio fibroso. É formado por tecido conjuntivo 
fibroso, rico em fibras colágenas. É esbranquiçado e muito resistente. Das três lâminas é a mais 
externa. Está fixado ao músculo diafragma, osso esterno, traquéia e brônquios principais. 
8.1.b. lâminas serosas ou pericárdio seroso: constituídas por tecido seroso. A primeira lâmina 
serosa é delgada e se adere à superfície interna do pericárdio fibroso. Esta lâmina pode ser chamada 
pericárdio parietal ou lâmina parietal do pericárdio seroso. Das três lâminas esta é a média. 
A segunda lâmina está em contato com a superfície do coração e recebe o nome de lâmina 
visceral do pericárdio seroso ou epicárdio. Das três lâminas é a mais interna. 
Entre as lâminas parietal e visceral do pericárdio seroso existe um espaço estreito (cavidade 
pericárdica) preenchido por uma película de líquido. Este líquido - líquido pericárdico - facilita o 
deslizamento entre as lâminas do pericárido durante as contrações do coração. Acúmulo de líquido 
decorrente de inflamações, infecções ou hemorragias na cavidade pericárdica leva ao 
tamponamento cardíaco. Nesta condição o acúmulo de líquido passa a comprimir o coração 
impedindo seu funcionamento. 
 
8.2. Parede ou túnica média: é chamada de MIOCÁRDIO e é formado por fibras musculares 
estriadas cardíacas. É a parede mais espessa do coração. Representa o principal componente das 
paredes atriais, ventriculares e septais. O miocárdio forma, no interior das cavidades cardíacas, 
saliências irregulares denominadas de trabéculas cárneas. Dentre as quais destacam-se os músculos 
 5 
papilares e pectinados. Nos músculos papilares – abundantes nos ventrículos – prendem-se as 
cordas tendíneas. Os músculos pectinados são mais visíveis nos átrios. 
 
8.3. Parede ou túnica interna: 
 É denominada ENDOCÁRDIO. Representa uma delgada lâmina brilhante de tecido 
conjuntivo e endotélio que forra todas as cavidades do coração, estando bem aderida à superfície de 
suas paredes e saliências. Participa da formação das válvulas e cordas tendíneas. O endocárdio é 
impermeável ao sangue e é contínuo com o endotélio dos vasos sangüíneos da base. 
 
9. IRRIGAÇÃO DO CORAÇÃO 
O suprimento sangüíneo para o coração é fornecido pelas artérias coronárias direita e esquerda 
que se originam da aorta ascendente, penetram nos tecidos cardíacos, ramificando-se intensamente 
nas paredes do coração. 
 
10. DRENAGEM VENOSA DO CORAÇÃO 
O sangue venoso do coração é coletado por uma série de veias que, após uniões sucessivas, 
formam o seio coronário que desemboca no átrio direito, lançando aí o sangue venoso do coração. 
 
11. INERVAÇÃO DO CORAÇÃO 
O controle nervoso do coração é dividido em dois grupos de estruturas diferentes que 
representam as inervações extrínseca e intrínseca do coração. 
 
11.1. Inervação EXTRÍNSECA do coração: 
É realizada pelo sistema nervoso autônomo, com seus componentes simpático e 
parassimpático. O componente simpático é proveniente da medula espinhal e envia fibras nervosas 
para o coração, constituindo os nervos cardíacos simpáticos. O parassimpático envia fibras 
nervosas para o coração através do nervo vago proveniente do tronco encefálico. As fibras nervosas 
simpáticas e parassimpáticas, no coração, formam os plexos cardíacos superficial e profundo.. 
O simpático atua no coração aumentando a freqüência de contrações (taquicardia - aumento 
dos batimentos). O parassimpático atua no coração diminuindo a freqüência de contrações 
(bradicardia - diminuição dos batimentos). 
 
11. 2. Inervação INTRÍNSECA do coração: 
Esta inervação não é constituída por elementos nervosos. É formada por fibras musculares 
estriadas cardíacas especiais, com estriações transversais pouco acentuadas, com pouco miofibrilas, e 
de diâmetro menor do que as demais fibras musculares cardíacas. Estas fibras constituem o tecido 
nodal que, por si só, é capaz de gerar impulsos elétricos que se propagam pelo coração, 
determinando a contração do miocárdio. Desta maneira, os elementos simpáticos e parassimpáticosda inervação extrínseca atuam no coração controlando a quantidade de impulsos que é gerada pelas 
fibras do tecido nodal. 
Macroscopicamente, não é possível distinguir no coração os locais onde encontramos estas 
fibras especializadas em geração de impulsos. Este estudo é microscópico. Sabe-se, no entanto, que 
elas agrupam-se formando: 
11.2.a. Nó sinoatrial: conjunto de fibras localizado na parede do átrio direito, próximo ao óstio da 
veia cava superior. É o "marca-passo" do coração, pois determina a "cadência" do ritmo cardíaco. 
Seu comprometimento leva à necessidade do uso de marca-passo artificial. 
11. 2.b. Nó atrioventricular: localiza-se na parede do átrio direito, próximo ao óstio do seio 
coronário, no septo interatrial. 
11.2.c. Fascículo atrioventricular: conjunto de fibras que se inicia próximo ao nó atrioventricular e 
estende-se ao septo interventricular, onde bifurca-se, originando os ramos direito e esquerdo. 
 6 
11.2.d. Ramos ou plexo subendocárdico: conjunto de fibras que representa as ramificações dos 
ramos direito e esquerdo do fascículo atrioventricular. Estas ramificações estão distribuídas pelas 
paredes ventriculares, abaixo do endocárdio, e suas fibras são também denominadas de fibras de 
Purkinje. 
 
 OBS: a inervação intrínseca também é conhecida com o nome de sistema excito-condutor 
do coração. 
 
CIRCUITOS SANGUÍNEOS 
 
1. PEQUENA CIRCULAÇÃO OU CIRCULAÇÃO PULMONAR 
Compreende o trajeto do sangue rico CO2 ("venoso") a partir do átrio direito até alcançar, de 
volta, o átrio esquerdo já oxigenado. 
O sangue venoso de todo o corpo é lançado no átrio direito, por meio das veias cavas superior, 
inferior e seio coronário. Do átrio direito, este sangue passa para o ventrículo direito pelo óstio 
atrioventricular direito. Deste ventrículo, o sangue sai pelo tronco pulmonar e é levado aos pulmões 
para que ocorra a oxigenação. O tronco pulmonar é um vaso curto que se bifurca originando as 
artérias pulmonares direita e esquerda (uma para cada pulmão). Uma vez nos pulmões, as artérias 
pulmonares se ramificam intensamente originando capilares. É em nível de capilares e alvéolos 
pulmonares que ocorre a oxigenação do sangue venoso. Este processo denomina-se HEMATOSE (sai 
CO2 do sangue e entra O2). Os capilares formam vênulas, estas por sua vez formam, gradativamente, 
por união, quatro veias pulmonares (2 direitas e 2 esquerdas). As veias pulmonares que saem dos 
pulmões dirigem-se ao coração levando de volta o sangue oxigenado ao átrio esquerdo. 
Termina assim o circuito da pequena circulação, cuja principal função é a oxigenação do 
sangue e eliminação do dióxido de carbono. 
 
2. CIRCULAÇÃO SISTÊMICA OU GRANDE CIRCULAÇÃO 
Tem início com o sangue oxigenado trazido ao átrio esquerdo pelas quatro veias pulmonares. O 
sangue oxigenado do átrio esquerdo passa para o ventrículo esquerdo, por meio do óstio 
atrioventricular esquerdo. Uma vez no ventrículo esquerdo, o sangue oxigenado sai do mesmo para a 
aorta. Esta artéria ramifica-se gradativa e intensamente pelo corpo distribuindo sangue oxigenado ao 
mesmo. A divisão sucessiva da aorta origina capilares que permitem as trocas entre o sangue e os 
tecidos. Após as trocas sangue-tecido em nível de capilares, o sangue torna-se gradativamente 
venoso, pois deixa 02 para os tecidos e capta, entre outros compostos, o CO2. Os capilares unem-se, 
gradativamente, formando vênulas, e estas as veias. As veias, por união, vão originar as veias cavas 
superior, inferior e o seio coronário que transportam o sangue venoso de todo o corpo para o átrio 
direito. 
Assim, entre as funções da circulação sistêmica está a distribuição do sangue rico em oxigênio 
para todas as estruturas do corpo, a coleta do dióxido de carbono dos tecidos e o retorno do sangue 
de todo o corpo para o coração. 
 
 
VI. IRRIGAÇÃO 
É o transporte de sangue rico em oxigênio e nutrientes para um determinado órgão, tecido ou 
célula, com posteriores trocas entre este sangue e a célula. Via de regra a irrigação é feita pelas 
artérias e seus ramos. As trocas ocorrem em nível de capilares sangüíneos. 
 
VII. DRENAGEM VENOSA 
 7 
Representa a coleta (retirada) de sangue rico em CO2 dos tecidos e o retorno do sangue ao 
coração. Via de regra é feito por veias e seus ramos. A drenagem ocorre após as trocas entre 
capilares e tecidos. 
 
 
VASOS SANGUÍNEOS 
 
São ductos que transportam sangue do coração para o corpo e deste para o coração. Os vasos 
sangüíneos possuem paredes formadas, basicamente, por três camadas sobrepostas: túnica íntima, 
túnica média ou muscular, e túnica externa ou adventícia. A constituição destas túnicas é 
diferente nos diversos tipos de vasos. De maneira geral, as túnicas são constituídas por endotélio, 
tecido conjuntivo com fibras elásticas, reticulares e colágenas e fibras musculares lisas. O diâmetro 
dos vasos pode ser aumentado (vasodilatação) ou diminuído (vasoconstrição) pela ação do sistema 
nervoso autônomo. 
 
 
1. TIPOS DE VASOS 
- artérias de grande, médio e pequeno calibre. 
- arteríolas - capilares - vênulas 
- veias de pequeno, médio e grande calibre. 
 
 ARTÉRIAS 
Por definição, são vasos que saem do coração ou que se originam, direta ou indiretamente, do 
coração. São, portanto, vasos eferentes. O sangue nas artérias é conduzido no sentido centrífugo, isto 
é, distanciando-se do coração. Via de regra, o sangue que circula pelas artérias é rico em oxigênio 
(sangue arterial). Exceção a esta regra são as artérias pulmonares que transportam sangue venoso. As 
artérias realizam a irrigação do corpo. 
l. Características gerais das artérias: 
- a parede das artérias é bastante elástica para adequar-se à pressão da corrente sangüínea. Além de 
elástica, a parede arterial é mais espessa do que a parede de veias de mesmo diâmetro. 
- À medida que a artéria distancia-se do coração, ela emite, sucessivamente, ramos de diâmetros 
sempre menores. As menores ramificações de uma artéria são as arteríolas. 
- As artérias pulsam. Isto ocorre devido à força do sangue que circula em seu interior. 
- As artérias, de modo geral, localizam-se em planos profundos do nosso corpo, e são menos 
numerosas do que as veias. 
- quando seccionadas, a hemorragia ocorre por jatos intermitentes de sangue. 
- Toda as artérias do corpo originam-se, direta ou indiretamente, da aorta e do tronco pulmonar. 
 
 ARTERÍOLAS 
 
Representam as menores ramificações das artérias, isto é, são vasos de diâmetro diminuto. As 
arteríolas ramificam-se, originando CAPILARES. Próximo à origem do capilar, a arteríola apresenta 
um espessamento muscular em sua parede denominado esfíncter pré-capilar, que controla o fluxo 
de sangue para o capilar. 
 
CAPILARES 
São vasos de diâmetro microscópico e muito numerosos no nosso corpo. Sua parede é bem 
delgada, sendo constituída, na maioria das vezes, por uma única camada de células endoteliais e por 
uma membrana basal de tecido conjuntivo. Via de regra, os capilares são oriundos da ramificação 
de arteríolas. Contudo, existem capilares originados a partir da ramificação de vênulas. 
 8 
Em nível de capilares, é possível a realização de trocas de substâncias entre o sangue e os 
tecidos, e vice-versa. Deste modo, o oxigênio e outros compostos presentes no sangue passam para o 
tecido, e o CO2 e demais produtos do metabolismo celular do tecido incorporam-se ao sangue. 
l. Tipos de capilares 
1.a. capilar contínuo: é o capilar que não apresenta interrupções em sua parede. Exemplo: 
capilares dos músculos. 
1.b. capilar fenestrado: é o capilar que possui "poros" na parede a semelhança de diafragmas. 
Exemplo: capilares renais. 
1.c. capilar sinusóide: é o capilarque apresenta interrupções na parede de espaço em espaço. 
Exemplo: capilares do fígado. 
 
2. Outras características dos capilares: 
 Quanto mais ativo for um tecido mais capilares atuantes ele terá. A medida que o sangue 
arterial vai passando pelos capilares, as trocas vão ocorrendo, e o sangue vai tornando-se 
gradativamente venoso. 
A união de vários capilares constitui vasos denominados VÊNULAS. 
Quanto mais próximo da constituição das vênulas mais venoso será o capilar. Quanto mais 
próximo de sua origem arteriolar mais arterial será o capilar. 
 
VÊNULAS 
São vasos sangüíneos de diâmetro muito pequeno e resultantes da união ou confluência de 
vários capilares. As vênulas transportam o sangue no sentido centrípeto, isto é, em direção ao 
coração. A união de duas ou mais vênulas originam as VEIAS. 
 
VEIAS 
Por definição, as veias são vasos sangüíneos que chegam ao coração. São, portanto, aferentes. 
Conduzem o sangue de volta ao coração (retorno venoso), portanto, no sentido centrípeto. Via de 
regra, as veias transportam sangue rico em dióxido de carbono (sangue venoso). Exceção a esta regra 
são as veias pulmonares que transportam sangue oxigenado para o átrio esquerdo do coração. 
 
l. Características gerais das veias: 
- as veias não pulsam, pois o sangue em seu interior circula com pouca pressão; 
- as paredes das veias são mais ricas em fibras colágenas do que em fibras elásticas, sendo, portanto, 
vasos menos elásticos do que as artérias; 
- a parede das veias é mais delgada do que a das artérias de mesmo calibre; 
- as veias são mais numerosas do que as artérias, e têm localização superficial (veias superficiais) ou 
profunda (veias profundas). Quando profundas, acompanham as artérias em seus trajetos, recebendo 
o mesmo nome da artéria. Na maioria dos casos, acompanhando uma artéria existem duas veias 
satélites; 
- Um grande número de veias possui, internamente, um sistema de valva, formado por duas válvulas 
localizadas de espaço em espaço, que auxilia no retorno venoso, impedindo o refluxo do sangue no 
interior das veias; 
- Quando seccionada, a hemorragia ocorre por jatos contínuos de sangue. 
- Todas as veias do corpo unem-se, sucessivamente, até formarem as veias cavas superior e inferior e 
o seio coronário que desembocam no átrio direito do coração. 
As veias que drenam a cabeça e o pescoço, logo, favoravelmente em relação à gravidade, 
possuem paredes muito delgadas, sendo as fibras musculares raras ou até mesmo ausentes. As 
valvas, na maioria das vezes, não são encontradas. 
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 As veias dos membros inferiores drenam o sangue desfavoravelmente em relação à gravidade, 
por isso suas paredes são espessas, ricas em fibras musculares lisas e em fibras colágenas. Possuem 
também numerosas valvas, que ajudam no direcionamento do sangue. 
 
 
RETORNO VENOSO 
 
O retorno do sangue ao coração, por meio das veias, é auxiliado pela presença de valvas no 
interior das veias, pela contração da musculatura estriada esquelética que "massageia" a veia, 
pela pulsação das artérias, transmitindo o pulso para a parede da veia satélite, pelos gradientes de 
pressão das cavidades torácica e abdominal e pela "força aspiradora" do átrio direito e, também, 
pela esponja venosa do pé. 
*** Vis a tergo 
*** Vis a front 
 O sangue no interior das veias do membro inferior possui pouca energia cinética, e para 
drenar conta com vários mecanismos, dentre os quais se destaca a atuação da “esponja venosa” das 
plantas dos pés e a ação massageadora dos músculos dos membros inferiores sobre os vasos. 
 Na planta dos pés existe uma grande quantidade de veias, formando uma verdadeira 
“esponja”, que se enche de sangue. Durante o ato de andar estas veias são comprimidas pelo peso 
corporal, que pressiona o sangue, aumentando sua energia cinética e promovendo a circulação em 
direção ao coração. A contração muscular, durante o exercício físico, comprime principalmente as 
veias profundas, forçando o sangue a circular. Esta força atua em conjunto com as valvas, que não 
deixam o sangue refluir, forçando-o em direção à circulação central. 
 Ao atingir grandes vasos, o sangue beneficia-se da força aspirativa do coração, completando 
seu trajeto. 
 Pessoas que permanecem de pé por períodos prolongados sofrem acúmulo de sangue no 
interior das veias dos membros inferiores, resultando em elevações de pressão, dilatação das veias, 
podendo provocar insuficiência vascular e surgimento de varizes. Este mecanismo é acentuado em 
pessoas que, por predisposição genética, tenham veias com paredes frágeis; em idosos, devido à 
redução na síntese de colágeno; em mulheres, durante e após a menopausa; e em pessoas com dietas 
deficientes em proteínas e vitamina C. As proteínas são necessárias para fornecerem aminoácidos, 
que são utilizados para a síntese do colágeno, elemento que confere resistência à parede vascular e a 
outras estruturas corporais. A vitamina C é essencial para estimular a síntese de colágeno. Para 
evitar as varizes aconselham-se as pessoas que devem permanecer de pé por períodos prolongados a 
movimentarem-se, beneficiando-se do mecanismo de compressão da “esponja venosa” da planta dos 
pés e da ação bombeadora dos músculos. Nos casos de deficiência de proteínas, estas poderão ser 
ingeridas com carnes, leite, ovos, queijo, etc. 
 No verão a elevação da temperatura ambiental desencadeia no organismo um mecanismo de 
vasodilatação e intensificação da sudorese, para facilitar a eliminação de calor. Nesta estação, 
devido à vasodilatação, é comum ocorrer queda da pressão arterial, pois nesta situação as artérias 
(contingentes) dilatam-se, aumentando seu calibre, sem ocorrer aumento no volume do sangue 
(conteúdo), resultado na hipotensão arterial. Nestes casos, o sangue tem dificuldades para circular, 
principalmente para os segmentos corporais em que deve fluir contra a gravidade, como é o caso da 
cabeça. A oxigenação do encéfalo fica deficiente, ocorre mal-estar geral e às vezes desmaio. 
 O mecanismo de vasodilatação agrava os problemas da circulação de retorno (venosa) de 
pessoas com varizes, gerando sobrecarga sangüínea nos vasos dos membros inferiores, com 
extravasamento de líquido para o espaço intercelular e surgimento de edema (inchaço), 
principalmente nas pernas e nos pés. 
 No inverno, para evitar a perda de calor, os vasos sangüíneos periféricos sofrem 
vasoconstrição, por isto ficamos com a pele descorada e muitas vezes com lábios e unhas arroxeadas 
(cianose), provocando o deslocamento de grande quantidade de sangue para a circulação central, 
fenômeno normal em pessoas sadias, mas em pessoas doentes pode gerar hipertensão arterial, 
 10 
sobrecargas cardíaca e pulmonar, o que contribui para que o inverno seja a estação do ano em que se 
verifica um maior número de mortes por problemas cardíacos. 
 
 
ANASTOMOSE 
Anastomose, em sistema circulatório, representa a conexão entre os vasos, estabelecendo uma 
circulação colateral. 
 
 
PRINCIPAIS ARTÉRIAS DO CORPO 
Como mencionado anteriormente, as artérias originam-se direta ou indiretamente da aorta e do 
tronco pulmonar. A aorta, por sua vez, é a artéria mais calibrosa do corpo e recebe denominações 
diferentes ao longo de seu trajeto: aorta ascendente, arco da aorta, aorta descendente (parte 
torácica e parte abdominal). Portanto, a aorta estende-se do ventrículo esquerdo até a cavidade 
abdominal onde termina, em nível de 4ª VL, originando as artérias ilíacas comuns direita e esquerda. 
Ao longo de seu trajeto, emite inúmeros ramos, como veremos a seguir. 
 
1 - AORTA ASCENDENTE E SEUS RAMOS : é o segmento inicial da aorta logo após sua saída do 
ventrículo esquerdo. Tem trajeto curto e ascendentena cavidade torácica. Fornece apenas 2 ramos: 
artérias coronárias direita e esquerda, que irrigam o coração. 
 
2 - ARCO DA AORTA E SEUS RAMOS: Após o trajeto ascendente, a aorta descreve uma curvatura 
para assumir, então, um trajeto descendente. Esta curvatura é denominada de arco da aorta. Os 
ramos do arco da aorta – artéria subclávia e artéria carótida comum – se ramificam intensamente. A 
primeira destina-se à irrigação de estruturas presentes no pescoço e membro superior. A segunda 
destina-se a irrigação do pescoço e cabeça. 
 
3 - PARTE DESCENDENTE TORÁCICA DA AORTA: após descrever o arco, a aorta assume um 
trajeto descendente na cavidade torácica, em direção ao abdome. A região da aorta que se estende a 
partir do arco até ao hiato aórtico no músculo diafragma é denominada parte descendente torácica 
da aorta. No seu trajeto, pela cavidade torácica, ela emite uma série de ramos para o esôfago, 
pericárdio, brônquios e pulmões (artérias brônquicas), diafragma, parede torácica, etc. 
 
4 - PARTE DESCENDENTE ABDOMINAL DA AORTA: Compreende o segmento da aorta 
descendente que se estende do hiato aórtico do músculo diafragma até a 4ª vértebra lombar, portanto, 
compreende o trajeto abdominal. Em nível da 4ª VL, a aorta bifurca-se, originando seus ramos 
terminais: artérias ilíacas comuns direita e esquerda. 
No abdome, a aorta fornece ramos para o músculo diafragma, para a parede abdominal e para 
as vísceras abdominais. 
4.1. Artérias ilíacas comuns direita e esquerda 
 Cada uma delas bifurca-se e origina uma artéria ilíaca interna e uma artéria ilíaca externa. 
A artéria ilíaca interna, de cada antímero do corpo, envia, entre outros, ramos para a parede e 
vísceras pélvicas. A artéria ilíaca externa de cada antímero segue para o membro inferior onde 
origina ramos que irrigam todas as estruturas do membro inferior. 
 
 
PRINCIPAIS VEIAS DA CIRCULAÇÃO SISTÊMICA 
No membro inferior, as veias que acompanham as artérias se unem sucessivamente até 
formarem as veias ilíacas comuns direita e esquerda. Estas, por sua vez, originam a veia cava inferior 
que sobre ao lado da aorta abdominal, atravessa o músculo diafragma e se abre no átrio direito. Em 
 11 
seu trajeto abdominal a veia cava inferior recebe as veias que drenam o sangue da parede abdominal, 
vísceras pélvicas, rins, glândulas e fígado. 
Além destas citadas, existem as seguintes veias superficiais: veias safena magna e safena 
parva que desembocam nas veias profundas. 
Nos membros superiores, as veias acompanham as artérias e unem-se, sucessivamente, para 
constituir em cada antímero a veia subclávia. Além destas existem as seguintes veias superficiais: 
veia cefálica, veia basílica e veia mediana que desembocam nas veias profundas. 
A veia subclávia recebe afluentes do pescoço, tórax e ombro. 
Na cabeça e pescoço, a drenagem venosa é feita por veias que acompanham as artérias e 
desembocam nas veias jugulares. 
Em cada antímero, a união entre a veia jugular e veia subclávia forma a veia braquiocefálica. 
A união das veias braquiocefálicas direita e esquerda forma a VEIA CAVA SUPERIOR que se abre 
no átrio direito. 
 
 
SISTEMA PORTA-HEPÁTICO 
O sangue venoso do baço, pâncreas, estômago e intestinos não é drenado diretamente para a 
veia cava inferior. O sangue venoso destes órgãos é drenado primeiramente para o fígado, pela veia 
porta No fígado, a veia porta ramifica-se intensamente até originar capilares sinusóides, ocorrendo 
neste nível, novas trocas entre o sangue venoso e os hepatócitos. Os sinusóides unem-se, 
sucessivamente, para formar as veias hepáticas que desembocam na veia cava inferior, drenando, 
agora, aquele sangue venoso da veia porta para a circulação sistêmica. 
 
 
 CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS SOBRE O SISTEMA CIRCULATÓRIO 
 
AÇÃO CARDÍACA 
 Os ventrículos impulsionam o sangue para a aorta e para o tronco pulmonar. Seu trabalho é 
sincronizado. A ação cardíaca se processa por toda a vida como um ciclo cardíaco bifásico, 
repetitivo: ao esvaziamento do ventrículo por meio de uma contração muscular, sístole ventricular, 
segue-se o enchimento do ventrículo vazio por relaxamento da parede cardíaca, diástole ventricular. 
 SÍSTOLE: para iniciar a sístole, a tensão do miocárdio leva à uma elevação da pressão no 
ventrículo. As valvas atrioventriculares e semilunares estão fechadas, o volume do ventrículo 
permanece inalterado. Quando a pressão do ventrículo atingir o nível da pressão arterial, abrem-se as 
valvas semilunares, o miocárdio se encurta, o volume do ventrículo diminui, cerca de 70 ml de 
sangue são lançados em cada artéria (volume sistólico). Com isso a pressão ventricular cai 
novamente abaixo da pressão arterial e as valvas semilunares se fecham. 
 DIÁSTOLE: segue-se um relaxamento do miocárdio com as valvas atrioventriculares ainda 
fechadas. Quando a pressão ventricular cai abaixo da pressão arterial, abrem-se as valvas 
atrioventriculares. O sangue passa do átrio para o ventrículo (período de enchimento). As forças 
atuantes nessa fase são as de sucção provocada pelo desdobramento elástico da parede ventricular e a 
sístole atrial que se inicia próximo ao término do período de preenchimento e termina com início da 
sístole ventricular. 
 
O sangue chega ao átrio direito através das veias cavas inferior e superior e seio coronário, e ao átrio 
esquerdo através das veias pulmonares. No momento da diástole ventricular, atravessa os orifícios 
que comunicam os átrios com os ventrículos (óstios atrioventriculares direito e esquerdo), 
preenchendo-os. No momento da sístole atrial, a contração do átrio complementa o preenchimento 
das cavidades ventriculares. A seguir, o átrio entra em diástole e inicia-se a sístole ventricular. 
 Durante o período de sístole, os ventrículos contraem-se sobre o sangue, que, sendo líquido, 
possui a propriedade física de ser isométrico (não diminui o volume quando é comprimido), com 
isto, a pressão no ventrículo torna-se maior que no átrio, e o sangue tende a refluir do ventrículo para 
 12 
o átrio, local em que a pressão está reduzida. O sangue turbilhona-se e choca-se contra as valvas 
atrioventriculares direita e esquerda, as quais se fecham para impedir o refluxo, porém a pressão 
continua elevando-se, e em condições normais estas valvas não se dobram em direção ao átrio 
porque em seus folhetos estão presas as cordas tendíneas, que são os tendões de músculos existentes 
na parede ventricular, denominados de músculos papilares. Com a mesma intensidade que o sangue 
força as valvas em direção ao átrio, os músculos papilares tracionam-nas em direção aos ventrículos, 
verificando-se, portanto, a aplicação de duas forças iguais e em sentidos opostos. Desta forma, uma 
anula a outra e a valva permanece fechada. 
 O turbilhonamento do sangue, estiramento das valvas e das cordas tendíneas, e a tensão da 
parede ventricular provocam uma vibração. A vibração é convertida pelo tórax em som, e ouve-se 
então a primeira bulha cardíaca, que marca o momento do fechamento das valvas 
atrioventriculares. 
 Os ventrículos continuam contraindo-se até que a pressão no seu interior seja superior à 
pressão no interior das artérias pulmonares e aorta, promovendo, então, a abertura das valvas 
semilunares pulmonar e aórtica, permitindo a ejeção (saída) do sangue. Durante a ejeção o tecido 
elástico das artérias distende-se para acomodar o maior volume de sangue. A pressão no interior da 
aorta eleva-se para aproximadamente 120 mmHg, ao mesmo tempo, devido ao relaxamento ocorrido 
na diástole ventricular. A pressão no ventrículo torna-se muito reduzida e o sangue tende a refluir, o 
que não ocorre porque as valvas semilunares fecham-se, impedindo o refluxo. O sangue choca-secontra as valvas e contra a parede arterial, promovendo uma vibração que é convertida em som pela 
caixa torácica. Ouve-se, então, a 2ª bulha cardíaca. 
 Defeitos nas valvas causam sintomas que são genericamente denominados de sopro. No 
sopro por insuficiência de fechamento das valvas atrioventriculares, no início da sístole ventricular, 
as valvas fecham-se, ouvindo-se o ruído da 1ª bulha cardíaca (“tum”), a seguir um jato de sangue 
atravessa a valva mal fechada em direção ao átrio, ouvindo-se um ruído que causa a impressão de o 
coração estar soprando (“fuu”). Ouve-se após o fechamento da valva semilunar (“tá”) 
caracterizando-se assim o sopro sistólico. 
 Nas insuficiências de fechamento das valvas semilunares ouve-se inicialmente o fechamento 
das valvas atrioventriculares (“tum”), a seguir ouve-se o fechamento das valvas semilunares (“tá”). 
Quando o ventrículo entra em diástole, um jato de sangue jorra retrogradamente para seu interior 
(“fuu”); neste caso é denominado de sopro diastólico. 
 Em alguns casos o sopro não afeta o desempenho cardíaco. São sistólicos e de baixa 
intensidade. Muitas vezes só aparecem após exercícios físico intenso e em quadros de hipertermia 
(febre). As causas mais freqüentes são de natureza congênita (quando o indivíduo nasce com defeito 
nas valvas) ou este é adquirido em função de fibrose e/ou do estreitamento das valvas, ruptura, 
encurtamento ou alongamento das cordas tendíneas. 
 Com maior freqüência o sopro é secundário à febre reumática, popularmente conhecida 
como reumatismo no sangue. A febre reumática é secundária à faringite, à amigdalite por 
estreptococos do tipo A, sendo favorecida por cáries dentárias. 
 O estreptococo do grupo A, alojado no locais citados, desenvolve a infecção e, ao mesmo 
tempo, produz toxinas que são lançadas na corrente sangüínea e vão exercer seus efeitos deletérios 
preferencialmente nas articulações, no coração e na pele. O estreptococo reproduz a estreptolisina-
O, toxina que se liga aos tecidos (cardíaco, articular e pele), provocando reação inflamatória nos 
locais mencionados. Simultaneamente, o sistema imune (sistema que defende o organismo) 
reconhece o agente etiológico (causador da doença) como estranho ao organismo e produz anticorpos 
antiestreptolisina. 
 Quando ocorrem novos surtos de infecções, o organismo responde prontamente produzindo 
níveis elevados de anticorpos antiestreptolisina, os quais se envolvem em reações cruzadas, 
reconhecendo como estranho o próprio tecido cardíaco e causando lesões irreversíveis. Uma vez 
instalado o quadro de febre reumática, o tratamento baseia-se em antibioticoterapia, com rigoroso 
acompanhamento médico, laboratorial e por vezes tratamento cirúrgico. A prevenção desta doença 
consiste no tratamento adequado na infecção primária, com acompanhamento médico. 
 13 
 Para executar seu trabalho de bombeamento o coração necessita de grandes quantidades de 
energia, liberadas no processo de respiração celular, através da reação entre a glicose e o oxigênio. 
 A elasticidade da parede arterial, permitindo a acomodação do sangue ejetado pelos 
ventrículos, evita elevações excessivas de pressão, pois, ao injetar-se o conteúdo (sangue) no interior 
do contingente (artérias), o segundo distende-se, atuando como um dos fatores que determinam a 
pressão arterial. A interação entre fatores genéticos, nutricionais e psicossociais predispõe o 
indivíduo a quadros crônicos de hipertensão arterial. 
 Nos quadros de aterosclerose ocorre redução do calibre por deposição de placas de gordura 
(placas de ateroma) e perda da elasticidade arterial (arteriosclerose), mais distensão da parede do 
átrio, o que leva a quadros de hipertensão arterial (pressão alta). 
 A aterosclerose relaciona-se à predisposição genética, hábitos alimentares, diabetes, agressões 
aos tecidos da parede vascular, tabagismo, uso de anticonceptivos orais, obesidade, estilo de vida 
competitivo, atividade física regular insuficiente. 
 Alimentação contendo quantidades exageradas de carboidratos e de gorduras saturadas 
aumentam os níveis sangüíneos de lipídeos (triglicerídeos e colesterol), facilitando a sua deposição 
na parede arterial. 
 Nos diabéticos, a dificuldade em utilizar a glicose como fonte de energia leva à mobilização e 
utilização de lipídeos como fonte de energia, aumentando os níveis de lipídeos circulantes, o que 
predispõe sua deposição na parede arterial. 
 Pessoas com hábitos competitivos de vida são, freqüentemente, submetidas a condições de 
tensão emocional e liberam grande quantidade de adrenalina, o que promove a contração da parede 
dos vasos sangüíneos e conseqüente elevação da pressão arterial, fato que contribui para danificar os 
vasos. 
 O tabaco é uma das principais causas de doenças degenerativas da parede arterial, somando-
se aos demais fatores. A nicotina induz à hipertensão arterial por atuação direta e pela liberação de 
adrenalina. O monóxido de carbono funciona como um agressor químico para o endotélio vascular 
(camada interna do vaso), facilitando as lesões das células da túnica íntima e sobre estas se 
depositam lipídeos, o que forma tecido fibroso e por vezes ocorre calcificação. 
 O monóxido de carbono exerce também efeito tóxico direto, através de sua ligação a 
citocromos celulares. 
 As conseqüências finais da arteriosclerose e da aterosclerose são a redução ou a interrupção 
do fluxo sangüíneo para o tecido ou órgão irrigado pelo vaso obstruído (isquemia). A isquemia 
causa deficiência ou ausência de oxigenação (hipóxia e anóxia), provocando a morte do tecido. 
Quando a isquemia ocorre em uma das artérias coronárias levando a morte de células do miocárdio, o 
indivíduo tem um infarto do miocárdio. Nos casos das artérias cerebrais desenvolvem-se os 
acidentes vasculares cerebrais isquêmicos (AVCI), que, juntamente com os acidentes vasculares 
cerebrais hemorrágicos (AVCH), são popularmente denominados de derrames. 
 A prevenção destas doenças baseia-se na suspensão do uso do tabaco, na realização de 
exercícios físicos regulares, em evitar as causas de tensão emocional, no tratamento correto de 
diabetes e no uso de dieta balanceada. 
 Para reduzir a absorção de colesterol e triglicerídeos, aconselha-se reduzir a ingesta de carnes 
e acrescentar no cardápio alimentos ricos em fibras. As fibras (celulose), ao entrarem em contato 
com os lipídeos, absorvem-nos e, como estes não são digeridos, ao serem eliminados levam consigo 
parte da gordura ingerida. Para as fibras desempenharem este papel, o bolo alimentar deve ser misto, 
ou seja, deve-se comer vegetais, como a couve, o mamão, melancia, abacaxi, laranja, etc., antes, 
durante e após as refeições. 
 A taquicardia pode ter como causas situações de esforço físico, emoção, febre, 
hipertiroidismo, anemia e insuficiência cardíaca. A bradicardia relaciona-se com o sono, treinamento 
físico intenso, hipotiroidismo e ação de algumas drogas. 
 As arritmias caracterizam-se pela variação da freqüência cardíaca, ora acelerando-se, ora 
reduzindo-se. As causas mais freqüentes são o tabagismo, o excesso de uso de café, alcoolismo, 
doença de Chagas, distúrbios eletrolíticos (do potássio, cálcio e magnésio) e intoxicações. 
 
 14 
 
SISTEMA LINFÁTICO 
 
Compreende os órgãos linfóides e os vasos que coletam e drenam a linfa para a circulação 
sanguínea. 
 
1.CONSTITUIÇÃO: 1.a) linfa; 1.b) vasos linfáticos dos tipos capilares linfáticos, vasos linfáticos 
aferentes e eferentes, ducto linfático direito e ducto torácico; 1.c) órgãos linfáticos como linfonodos 
linfáticos, baço, timo e tonsilas; 1.d) nódulos linfáticos presentes nos tecidos de alguns sistemas do 
corpo 
 
2.LINFA: é um líquido incolor presentenos espaços intersticiais, resultante das trocas entre o sangue 
dos capilares e os tecidos. Sua composição química é parecida com a do plasma, sendo mais rica em 
água, com pouca proteína e sem células sangüíneas, exceto linfócitos. 
A linfa do trato digestório, após as refeições, é rica em gordura e apresenta aspecto leitoso, 
sendo denominada QUILO. 
 
3.FUNÇÃO DOS VASOS LINFÁTICOS: estes formam uma rede paralela à rede vascular sangüínea, 
coletam e circulam a linfa, devolvendo-a à circulação sangüínea. 
 
4.CAPILARES LINFÁTICOS: são vasos de calibre microscópico que iniciam-se em fundo cego 
("dedo de luva"). Apresentam, em suas paredes, espaços por onde penetra a linfa. Os capilares 
confluem para formar vasos linfáticos de calibre maior. 
 
5.VASOS LINFÁTICOS: resultantes da união de capilares, possuem paredes semelhantes às das 
veias, e possuem um sistema de valvas mais numeroso que confere aos vasos um aspecto de "colar 
de contas". Ao longo do trajeto dos vasos, existem, de espaço em espaço, grupos de estruturas 
linfóides ovaladas denominadas linfonodos. Os vasos linfáticos penetram os linfonodos, lançando a 
linfa nestes órgãos. Os vasos que chegam ao linfonodo são denominados vasos linfáticos aferentes, 
e os que saem - vasos linfáticos eferentes. 
 
6. LINFONODOS LINFÁTICOS (gânglios linfáticos): são estruturas encapsuladas com formato 
ovalado e formadas por tecido linfóide. Estão reunidos, formando os grupos superficiais e profundos, 
ao longo do trajeto dos vasos linfáticos. Atuam como órgãos filtradores da linfa, na produção e 
maturação de linfócitos e anticorpos. 
 
7.DUCTO LINFÁTICO DIREITO: grande vaso linfático no qual desembocam vasos menores que 
drenam a linfa da metade direita da cabeça, metade direita do pescoço, membros superior direito e 
metade direita do tórax. Este ducto desemboca na junção das veias subclávia direita e jugular interna 
direita, lançando nessas veias a linfa por ele drenada. 
 
8.DUCTO TORÁCICO: grande vaso linfático no qual desembocam outros vasos que drenam até ele a 
linfa dos membros inferiores, pelve, abdome e metades esquerdas do tórax, da cabeça e do pescoço e, 
também do membro superior esquerdo. Este ducto desemboca na junção das veias subclávias 
esquerda e jugular interna esquerda. 
9. NÓDULOS LINFÁTICOS: são pequenas concentrações de tecido linfóide distribuídas pelo tecido 
conjuntivo frouxo que sustenta as membranas epiteliais úmidas (mucosas). São freqüentes no trato 
digestório, respiratório e urogenital. Têm funções semelhantes às dos linfonodos. 
 
 15 
10.BAÇO: é um órgão relativamente volumoso localizado na região hipocôndrica esquerda da 
cavidade abdominal, abaixo do diafragma, em nível de 10ª costela esquerda. 
10.1 forma: elíptica 
10.2. cor: fosca, vermelho-escura 
10.3. faces: possui duas faces 
 a. face visceral - é côncava, voltada medialmente, e contém o hilo do baço. Esta face 
relaciona-se com o estômago, rim esquerdo, pâncreas e intestino grosso; 
 b. face diafragmática: é convexa, lisa e voltada lateralmente, relacionando-se com o 
músculo diafragma; 
10.4. funções: reservatório para células sangüíneas e para o sangue; destruição de células 
sangüíneas velhas; local de maturação de linfócitos (linfócitos-B) e, conseqüentemente, produção de 
anticorpos; destruição da hemoglobina, com produção de ferro e de bilirrubina que serão utilizados 
pelo fígado para produção de nova hemoglobina; produção de células sangüíneas no feto. 
10.5. envoltórios: é envolvido pelo peritônio (tecido que reveste a parede interna da cavidade 
abdominal e parte das vísceras nela localizadas) e, sob este, por uma cápsula de tecido conjuntivo 
(cápsula fibrosa) que envia septos para o interior do baço, constituindo as trabéculas do baço. Estas 
trabéculas formam um retículo de sustentação para os elementos do parênquima do baço. 
10.6. parênquima: é denominado de polpa branca e polpa vermelha. 
A polpa branca é representada por corpúsculos denominados de folículos linfáticos 
esplênicos os quais produzem linfócitos, e estão disseminados pela polpa vermelha. A polpa 
vermelha é formada por seios venosos e funículos esponjosos que prestam ao armazenamento de 
sangue. 
 
11.TONSILAS: são estruturas de tecido linfóide localizadas na nasofaringe (tonsilas faríngeas), no 
óstio faríngeo da tuba auditiva (tonsilas tubária), no dorso da região posterior da língua (tonsilas 
linguais) e na fossa tonsilar (tonsilas palatinas ou amígdalas). As tonsilas estão relacionadas com 
produção de linfócitos e com a defesa orgânica por meio da atividade fagocítica. 
 
12. TIMO: é um órgão do sistema linfático e também pode ser considerado como fazendo parte do 
sistema endócrino por produzir o hormônio timosina. Localiza-se na cavidade torácica, 
posteriormente ao osso esterno e cartilagens costais, se colocando sobre o coração e pulmões. Ao 
nascimento e na infância o timo é um órgão volumoso. Conforme ocorre o crescimento do individuo, 
o timo inicia um processo involutivo, se atrofiando gradativamente. Com isso seu volume (tamanho) 
vai gradativamente diminuindo. Função do timo: produção do hormônio timosina que atua na 
maturação dos linfócitos T (linfócitos timo-dependentes); participa da formação e maturação do 
sistema imunológico. 
Trajeto da linfa drenada para o ducto torácico 
Espaço intersticial  linfa capilar linfático  vaso linfático aferente  linfonodo  filtração da 
linfa  vaso linfático eferente  ducto torácico  junção das veias jugular interna e subclávia 
esquerda  corrente sangüínea. 
Trajeto da linfa drenada para o ducto linfático direito 
Espaço intersticial  linfa capilar linfático  vaso linfático aferente  linfonodo  filtração da 
linfa  vaso linfático eferente  ducto linfático direito  junção das veias jugular interna e 
subclávia esquerda  corrente sangüínea. 
 
EDEMA: acúmulo de linfa no espaço intersticial (inchaço) 
 
 
 
 16 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 
Representa o conjunto de órgãos tubulares e alveolares localizados na cabeça, pescoço e 
cavidade torácica responsáveis pela respiração. 
 
RESPIRAÇÃO 
 
É o processo de trocas gasosas entre o organismo e o meio ambiente. Consiste em duas fases: 
l - Inspiração: fase em que o ar, com o oxigênio do meio ambiente, penetra no sistema 
respiratório; 
2 - Expiração: é a fase em que o ar do sistema respiratório, com dióxido de carbono, é 
eliminado para o meio ambiente. 
Quando analisamos as trocas ocorridas de O2 e CO2, podemos falar em: 
Respiração externa: trocas gasosas em nível pulmonar, através de capilares sangüíneos e 
alvéolos pulmonares (hematose), ou seja, é a troca gasosa entre o sangue e o ar ocorrendo entre 
capilares e alvéolos pulmonares; 
Respiração interna: trocas gasosas entre o sangue dos capilares e os diversos tecidos do 
corpo. 
 
I. CONSTITUIÇÃO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO 
O sistema respiratório, em seqüência, é constituído pelo nariz e cavidade nasal, faringe, 
laringe, traquéia, brônquios e pulmões. 
 
II - NARIZ EXTERNO 
O nariz externo é a saliência localizada na face, superiormente à cavidade bucal. 
l. FORMA: é uma saliência pirâmido-triangular. 
2. REGIÕES: apresenta as seguintes regiões: 
2.a. ápice: região inferior e livre do nariz ("ponta") 
2.b. raiz: região superior e fixa do nariz localizada entre os olhos. 
2.c. dorso: região que se estende da raiz ao ápice. 
2.d. asas: regiões laterais do nariz 
2.e. narinas: orifícios direito e esquerdo, que comunicam o nariz com o meio ambiente. 
 
3. ESQUELETO DO NARIZ EXTERNO 
 O esqueleto do nariz externo é ósteo-cartilaginoso. A parte óssea é representada pelos ossos 
nasais e maxilares. A parte cartilaginosa,pelas cartilagens hialinas: 2 cartilagens laterais; 2 
cartilagens alares maiores; cartilagens alares menores; cartilagens nasais acessórias. A parte 
óssea mencionada ocupa a região superior e superficial do nariz. 
 
III - CAVIDADE NASAL 
É a escavação que encontramos no interior do nariz. Está dividida em dois compartimentos, 
pela presença de uma parede medial denominada SEPTO DO NARIZ ou SEPTO NASAL. 
 
1. COMUNICAÇÕES DA CAVIDADE NASAL 
Cada compartimento da cavidade nasal apresenta as seguintes comunicações: 
1.a. meio externo: através das narinas (aberturas anteriores); 
1.b. faringe: através de aberturas posteriores denominadas COANAS 
1.c.seios paranasais: através de orifícios localizados nos meatos do nariz. 
 
 17 
2. PAREDES DA CAVIDADE NASAL 
2.a. teto: o teto é formado pelo corpo do osso esfenóide, pela lâmina crivosa do osso etmóide, 
pelos ossos nasais e maxilares. 
2.b. soalho: é formado pelo processo palatino do osso maxila e pela lâmina horizontal do osso 
palatino. Estas partes ósseas representam o PALATO DURO que serve de soalho para a cavidade 
nasal e teto para a cavidade bucal. 
2.c. parede medial: é denominada SEPTO DO NARIZ. É constituída pelo osso vômer, 
lâmina perpendicular do osso etmóide e pela cartilagem do septo do nariz. 
2.d. parede lateral (direita e esquerda): formada pela lâmina perpendicular do osso palatino, 
pelo osso maxilar, pelo osso concha nasal inferior e pelo osso etmóide. Na parede lateral, 
encontramos 3 projeções ósseas enrodilhadas que são as conchas nasais superior, média e inferior. 
As duas primeiras são saliências ósseas delgadas do osso etmóide e a última representa um osso do 
esqueleto. 
 
3. MEATOS DO NARIZ 
 são os espaços localizados entre as conchas nasais. São eles: 
3.a.meato superior do nariz: espaço localizado entre as conchas nasais superior e média. 
Neste meato, existem orifícios de abertura das células etmoidais posteriores; 
3.b.meato médio do nariz: espaço localizado entre as conchas nasais média e inferior. Neste 
meato, abrem-se os seios frontal, maxilar, e o grupo anterior de células etmoidais; 
3.c.meato inferior do nariz: espaço localizado sob a concha nasal inferior. Neste, abre-se o 
ducto nasolacrimal, que comunica o saco lacrimal com o nariz. 
 
4. RECESSO ESFENOETMOIDAL 
 É o espaço localizado superiormente à concha nasal superior. Neste espaço abre-se o seio 
esfenoidal. 
 
5. REVESTIMENTOS DA CAVIDADE NASAL 
A cavidade nasal apresenta revestimentos diferentes que permitem a divisão da mesma em 3 
regiões a saber: 
5.a.vestíbulo do nariz: região da cavidade nasal adjacente às narinas. É revestido por pele e 
possui pêlos denominados vibrissas. 
5.b.região olfatória: região localizada no teto da cavidade nasal, revestida por neuroepitélio, 
cujos filamentos constituem o nervo olfatório. Este revestimento tem coloração menos avermelhada. 
5.c.região respiratória: região compreendida entre o vestíbulo e a região olfatória. É 
revestida por uma mucosa muito vascularizada, de cor vermelha, rica em glândulas, com células 
ciliadas. Esta mucosa é contínua com a mucosa que reveste o interior dos seios paranasais. 
 
6. FUNÇÕES DA CAVIDADE NASAL 
Olfação. Filtrar, aquecer e umidificar o ar inspirado. 
 
 
IV - FARINGE 
É um órgão tubular, músculo-mucoso, que pertence ao sistema respiratório, servindo para 
passagem de ar. Pertence, também, ao sistema digestório, fornecendo passagem ao alimento. 
 
l. LOCALIZAÇÃO 
 18 
Localiza-se no pescoço, anteriormente à região cervical da coluna vertebral, posteriormente à 
cavidade nasal, cavidade bucal e laringe. Inferiormente, continua-se com o esôfago, em nível de 6ª 
VC 
 
2. COMUNICAÇÕES 
2.a. cavidade nasal: através das coanas 
2.b. cavidade bucal: através do istmo da fauce 
2.c. orelha média: através do óstio faríngeo da tuba auditiva 
2.d. laringe: através do ádito da laringe 
2.e. esôfago: inferiormente, através da continuidade existente entre eles. 
 
3. DIVISÕES 
Ao longo de seu trajeto, a faringe recebe nomes diferentes, constituindo 3 regiões contínuas: 
3.a.parte nasal da faringe ou nasofaringe: é o segmento inicial e superior da faringe que se 
comunica com a cavidade nasal. Nesta região, observa-se nas paredes laterais da faringe orifícios que 
dão acesso à tuba auditiva (pequeno canal que coloca em comunicação a nasofaringe com a orelha 
média, servindo para igualar as pressões). 
Circundando o óstio faríngeo da tuba auditiva (orifício acima mencionado) existe uma 
saliência denominada toro tubário. Em nível de toro, existe tecido linfóide que constitui a tonsila 
tubária. 
3.b. parte oral da faringe ou orofaringe: segmento médio da faringe e que se segue à 
nasofaringe e comunica-se com a cavidade bucal. 
3.c. parte laríngea da faringe ou laringofaringe: segmento terminal e inferior da faringe 
que se comunica com a laringe e continua-se com o esôfago. 
 
4. ESTRUTURA 
A parede da faringe é constituída pelos seguintes estratos: 
4.a.túnica externa: representada por tecido conjuntivo. 
4.b.túnica muscular: formada por músculos estriados esqueléticos que agrupados constituem 
os músculos extrínsecos e intrínsecos da faringe. São eles: 
músculos elevadores da faringe: m. salpingofaríngeo, m. estilofaríngeo; 
músculos constritores da faringe: mm. constritores superior, médio e inferior. 
A musculatura atua no mecanismo de deglutição e está fixada no osso hióide, na própria 
faringe e em cartilagens da laringe. 
4.c.túnica mucosa: é a mucosa que reveste a cavidade da faringe. Apresenta acúmulos de 
tecido linfático que constituem as tonsilas faríngea (início da faringe), tonsilas tubárias (em nível 
de óstio faríngeo da tuba auditiva). 
 
V - LARINGE 
 
É o terceiro segmento do sistema respiratório, é um tubo músculo-cartilaginoso. 
 
l. COMUNICAÇÕES 
1.a.superiormente: comunica-se com a laringofaringe através do ádito da laringe. 
1.b.inferiormente: comunica-se com a traquéia por continuidade com a mesma. 
 
2. LOCALIZAÇÃO 
 19 
Localiza-se no pescoço, anteriormente à faringe, em nível de vértebras cervicais inferiores. A 
glândula tireóide se encontra sobre a superfície anterior da laringe. 
 
3. CONSTITUIÇÃO 
Além de tecido conjuntivo, o arcabouço da laringe é constituído por músculos e cartilagens 
revestidas por mucosa. 
 
4.CARTILAGENS DA LARINGE 
4.1. cartilagens pares: aritenóidea, cuneiforme e corniculada. Todas se localizam na região 
posterior da laringe; 
4.2. cartilagens ímpares: 
- tireóidea: tem a forma de um escudo e apresenta, anteriormente, uma saliência longitudinal 
denominada PROEMINÊNCIA LARÍNGICA que é palpável na superfície anterior do pescoço; 
- cricóidea: tem a forma de um anel e situa-se inferiormente à cartilagem tireóidea.; 
- epiglote: tem a forma de uma folha e é bem visível na região posterior da laringe.. 
 
5. LIGAMENTOS 
As cartilagens da laringe estão unidas entre si pela presença de membranas. Estas membranas 
são denominadas, de modo geral, de ligamentos. Os principais são: 
5.a.ligamento cricotraqueal: une as cartilagens cricóidea e traqueal. 
5.b.ligamento cricotireóideo: une as cartilagens cricóidea e tireóidea. 
5.c.ligamento ou membrana tíreo-hióidea: une a cartilagem tireóidea ao osso hióide. 
5.d.ligamento hioepiglótico: une a cartilagem epiglote ao osso hióide. 
5.e.ligamento tireoepiglótico: une a cartilagem tireóidea à epiglote. 
5.f.prega ariepiglótica: une as cartilagens aritenóideas e epiglote. 
 
6. MUSCULATURA DA LARINGE 
A musculatura da laringe é de natureza estriada esquelética. 
Os músculos extrínsecos movimentam a laringe como um bloco, principalmente durante a 
deglutição. Os músculosintrínsecos atuam, direta ou indiretamente, sobre as pregas vocais, 
modificando o estado de tensão das mesmas, aproximando-as ou afastando-as, atuando, portanto, na 
fonação. 
 
7. CAVIDADE DA LARINGE 
A cavidade da laringe é revestida por mucosa. É possível observar, nas paredes laterais da 
laringe, dois pares de saliências na cavidade denominadas pregas. Estas pregas são de constituição 
músculo-mucosa. São elas: 
7.a. pregas vestibulares: é o par de prega superior; 
7.b. pregas vocais: é o par de prega inferior, também denominado, erroneamente, corda 
vocal. 
A presença destas pregas na cavidade da laringe divide a mesma em 3 regiões: 
- vestíbulo da laringe: região superior da cavidade e que se estende do ádito da laringe até a 
prega vestibular. 
- ventrículo da laringe: região média da cavidade localizada entre as pregas vocais e 
vestibulares. A fenda que se forma entre a prega vocal direita e a prega vocal esquerda denomina-se 
glote. 
- região infraglótica: região localizada inferiormente às pregas vocais. Estende-se destas até 
a traquéia. 
 20 
 
8. FUNÇÕES DA LARINGE 
A laringe é um órgão que serve para a passagem de ar, para a fonação e participa do 
mecanismo de deglutição. 
 
VI - TRAQUÉIA 
 
Tubo cartilaginoso e membranoso que faz continuidade à laringe. 
 
l. COMUNICAÇÕES 
superior: por continuidade, comunica-se com a laringe; 
inferior: por continuidade, comunica-se com os brônquios pulmonares principais direito e 
esquerdo que representam, portanto, o final da traquéia. 
 
2. LOCALIZAÇÃO 
Localiza-se no pescoço e na cavidade torácica, estendendo-se da 6ª VC até a 4ª ou 5ª VT. 
Situa-se anteriormente ao esôfago e posteriormente ao osso esterno. 
 
3. ESTRUTURA 
A traquéia é constituída por tecido conjuntivo, anéis ou arcos cartilaginosos, por membranas 
conjuntivas que unem os anéis, por fibras musculares lisas e por mucosa. 
3.a.cartilagens traqueais (anéis traqueais): são cerca de 20 anéis de cartilagem, incompletos 
posteriormente (arcos) e sobrepostos no sentido longitudinal. 
3.b.ligamentos anulares: são membranas de tecido conjuntivo rico em fibras elásticas 
interpostas entre uma cartilagem traqueal e outra, unindo as mesmas. 
3.c.parede membranácea: membrana de tecido conjuntivo rico em fibras elásticas que forma 
a parede posterior da traquéia, no local onde não existe cartilagem (parte incompleta do anel). Nesta 
parede estão inseridas fibras musculares lisas que no conjunto formam o músculo traqueal que é 
músculo liso. 
 
4. CAVIDADE DA TRAQUÉIA E SEU REVESTIMENTO 
A cavidade traqueal é revestida por mucosa rica em glândulas e com epitélio ciliado. 
Na região terminal da traquéia, onde ela bifurca-se originando os brônquios pulmonares 
principais direito e esquerdo, observa-se uma crista sagital (ântero-posterior) denominada carina da 
traquéia. 
 
5. FUNÇÃO 
Serve como conduto para passagem de ar. 
 
VII - BRÔNQUIOS 
São dois curtos tubos músculo-cartilaginosos que se originam a partir da traquéia e que 
apresentam constituição estrutural semelhante à traquéia. Possuem, portanto, arcos de cartilagem 
superpostos, membranas unindo os mesmos, parede membranácea e fibras musculares lisas. 
 
1. DENOMINAÇÃO 
Brônquio pulmonar principal direito e brônquio pulmonar principal esquerdo. 
DIFERENÇAS: o brônquio pulmonar principal direito é mais calibroso, mais curto e menos 
oblíquo. Já, o brônquio pulmonar principal esquerdo é menos calibroso, mais longo e mais oblíquo. 
 21 
 
2. LOCALIZAÇÃO 
Os brônquios pulmonares principais localizam-se na cavidade torácica e cada um penetra no 
respectivo pulmão. No interior do pulmão, cada brônquio ramifica-se, originando outros. 
 
3. SEGMENTAÇÃO BRÔNQUICA 
Cada brônquio pulmonar principal, ao penetrar no pulmão, ramifica-se, originando brônquios 
pulmonares lobares. Estes, por sua vez, dividem-se, originando brônquios de calibre menor 
denominados brônquios pulmonares segmentares. Os segmentares subdividem-se, originando os 
bronquíolos. Cada bronquíolo pulmonar origina vários bronquíolos terminais que se ramificam, 
originando unidades canaliculares no interior das quais já começam ocorrer trocas gasosas. Estas 
estruturas são denominadas de bronquíolos respiratórios. Estes formam dúctulos alveolares que 
possuem regiões alargadas cheias de pequenas dilatações. Estas regiões são os sáculos alveolares, e 
cada dilatação do sáculo é um alvéolo pulmonar. 
A medida que os brônquios vão se dividindo (se ramificando), originam tubos cada vez mais 
numerosos, com calibre cada vez menor. As cartilagens vão desaparecendo e a quantidade de fibras 
musculares lisas vai aumentando. 
A segmentação dos brônquios pulmonares principais direito e esquerdo é diferente como 
veremos: 
 
3.a. BRÔNQUIO PULMONAR PRINCIPAL DIREITO 
 
brônquio lobar superior 
 
brônquio lobar médio 
 
brônquio lobar inferior 
 
3.b. BRÔNQUIO PULMONAR PRINCIPAL ESQUERDO 
brônquio lobar superior 
 
brônquio lobar inferior 
 
A região do pulmão que contém um brônquio segmentar contém também um ramo da artéria 
pulmonar e é denominada SEGMENTO BRONCOPULMONAR. 
 No pulmão direito, como temos 10 brônquios segmentares, há 10 segmentos 
broncopulmonares. No pulmão esquerdo, como temos 9 brônquios segmentares, há 9 segmentos 
broncopulmonares. 
 
VIII - PULMÕES 
 
Temos dois pulmões: pulmão direito e pulmão esquerdo. 
 
l. LOCALIZAÇÃO 
Estão localizados na cavidade torácica, de cada lado do coração, superiormente ao músculo 
diafragma. 
2. FORMA 
Cada pulmão possui a forma de um cone, com ápice superior e base inferior. O pulmão direito 
é mais volumoso do que o esquerdo. 
3. FACES 
Cada pulmão apresenta as seguintes faces: 
 22 
3.a.face costal: é a face ântero-lateral, convexa, relacionada com as costelas; 
3.b.face diafragmática: é inferior e côncava. Relaciona-se com o músculo diafragma; 
3.c.face medial: é a face que "olha" para o pulmão adjacente. Está subdividida em face 
vertebral (região posterior da face medial) e face mediastínica (região anterior da face medial). Na 
face mediastínica está o hilo pulmonar; 
A face medial apresenta depressões resultantes da compressão da mesma por órgãos vizinhos 
como a veia ázigos, aorta, coração, esôfago, etc; 
4. HILO 
É a região de um órgão por onde penetram ou saem elementos do pedículo deste órgão. 
5. PEDÍCULO 
É o conjunto de vasos, ductos e nervos que se destinam (que entram) a uma víscera e que 
saem de uma víscera. 
6. PEDÍCULO PULMONAR 
É formado por: 
- brônquio pulmonar principal e início de suas ramificações; 
- artéria pulmonar e início de suas ramificações; 
- veias pulmonares, artérias e veias brônquias; 
- vasos linfáticos, fibras nervosas do plexo pulmonar (simpáticas e parassimpáticas). 
7. DIVISÃO DOS PULMÕES 
Cada pulmão é dividido em regiões denominadas lobos pulmonares pela presença de 
fissuras. 
O pulmão direito é dividido em 3 lobos pela presença das fissuras oblíqua e horizontal: lobo 
superior (acima da fissura oblíqua), lobo médio (entre a fissura oblíqua e a horizontal) e lobo 
inferior (abaixo da fissura oblíqua). 
O pulmão esquerdo é dividido em 2 lobos pela presença da fissura oblíqua: lobo superior 
(acima da fissura oblíqua) e lobo inferior, abaixo da fissura oblíqua. O lobo superior, no pulmão 
esquerdo, apresenta ínfero-anteriormente uma expansão denominada língula do pulmão esquerdo 
que corresponde ao lobo médio que está ausente no pulmão esquerdo. 
Cada lobo pulmonar recebe um brônquio lobar e está subdividido em regiões menores 
denominadas de segmentos broncopulmonares. Cada segmento broncopulmonarrepresenta uma 
unidade pulmonar anátomo-funcional independente por conter seu próprio brônquio segmentar e um 
ramo da artéria pulmonar. 
Como vimos anteriormente, no assunto sobre brônquios, no pulmão direito existem 10 
segmentos broncopulmonares, que recebem o nome dos brônquios segmentares respectivos. No 
pulmão esquerdo existem 9 segmentos broncopulmonares que também recebem denominações iguais 
aos respectivos brônquios segmentares.. 
 
8. LÓBULOS PULMONARES 
São as subdivisões dos segmentos broncopulmonares. Cada lóbulo é formado por um 
bronquíolo terminal e respiratório com seus ductos alveolares, sáculos alveolares e alvéolos 
pulmonares. Além destas estruturas, os lóbulos possuem finas ramificações das artérias pulmonares, 
veias pulmonares, artéria e veia brônquicas, bem como vasos linfáticos e fibras nervosas. 
 
 IX . PLEURA 
É uma membrana serosa, dupla, que reveste as paredes internas da cavidade torácica e se 
reflete para revestir cada pulmão. O folheto da pleura em contato com a parede torácica recebe o 
nome de PLEURA PARIETAL. O folheto em contato com o pulmão é a PLEURA PULMONAR 
ou VISCERAL. 
 23 
Entre os dois folhetos da pleura existe um espaço (Cavidade pleural) preenchido por uma 
quantidade pequena de líquido pleural. Este líquido facilita o deslizamento entre as pleuras durante 
a expansão e o retraimento do pulmão na respiração 
 
X - VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO DO PULMÃO 
 Irrigação: artérias brônquicas direita e esquerda que são ramos da parte torácica da aorta 
descendente. 
 Drenagem Venosa: Veias brônquicas que desembocam indiretamente no sistema ázigos e 
nas veias pulmonares 
 Inervação: Nervo vago e fibras nervosas dos troncos simpáticos que formam os plexos 
pulmonares anterior e posterior. 
XI - CONSIDERAÇÕES GERAIS 
 
 A respiração é controlada por centros localizados no tronco encefálico do sistema nervoso. 
Estes são muito sensíveis às concentrações sangüíneas de CO2. 
 Por meio da ação da musculatura do tórax (principalmente o músculo diafragma e músculos 
intercostais), todos os diâmetros da caixa torácica estão aumentados. Com este aumento, as pressões 
no interior da cavidade pleural e no interior dos espaços pulmonares tornam-se menores que a da 
atmosfera; assim, o pulmão se expande e o ar é inspirado. A expiração calma é relativamente passiva 
e ocorre com relaxamento dos músculos torácicos, retração pulmonar e aumento nas pressões. A 
expiração forçada exige contração muscular, principalmente da parede abdominal. 
 Na inspiração ocorre contração muscular, elevação das costelas, projeção anterior do osso 
esterno. Com isso os diâmetros ântero-posterior, transversal e vertical da cavidade torácica 
aumentam. 
TRAJETO DO AR 
Narina  vestíbulo do nariz  região respiratória da cavidade nasal  coana  parte nasal da 
faringe  parte oral da faringe  parte laríngea da faringe  adito da laringe  vestíbulo da 
laringe  ventrículo da laringe  região infra-glótica da laringe  traquéia  brônquio pulmonar 
principal direito (ou esquerdo)  brônquio lobar  brônquio segmentar  bronquíolo  
bronquíolo terminal  bronquíolo respiratório  ducto alveolar  sáculo alveolar  alvéolo 
pulmonar. 
 
 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
 
I - CONSIDERAÇÕES GERAIS 
O SISTEMA DIGESTÓRIO é formado por um longo tubo de diâmetro variado representado 
por vários segmentos contínuos responsáveis pelos processos de ingestão, mastigação, deglutição, 
digestão e absorção de alimentos e eliminação de resíduos. 
Tem início na cabeça, através do orifício bucal (rima bucal), percorre o pescoço, tórax, abdome 
e pelve, para terminar no orifício anal. 
 
II - CONSTITUIÇÃO: em seqüência, é formado pela boca, faringe, esôfago, estômago, 
intestino delgado e intestino grosso. Ao longo dos segmentos existem as glândulas anexas cujos 
ductos se abrem no tubo para lançar no interior suas secreções. São elas: glândulas salivares, o 
pâncreas e o fígado. 
 
BOCA 
É o primeiro segmento do tubo digestório. 
1. LOCALIZAÇÃO: na cabeça, inferiormente à cavidade nasal. 
 24 
2.COMUNICAÇÕES: anteriormente comunica-se com o meio externo através da rima bucal, que é 
o nome dado à fenda limitada pelos lábios. Posteriormente, comunica-se com a parte bucal da faringe 
(orofaringe) através de um amplo orifício denominado istmo da fauce 
3. PAREDES: laterais são as bochechas; anterior são os lábios; teto é o palato duro e o palato 
mole; soalho é o músculo milohióide. Os lábios e as bochechas são estruturas musculares revestidas 
externamente por pele e internamente por mucosa. 
4. DIVISÃO DA BOCA - está dividida em dois compartimentos: 
4.a. vestíbulo da boca parte anterior da cavidade bucal, localizada anteriormente aos dentes 
e gengivas e, posteriormente, aos lábios superior e inferior. 
4. b. cavidade bucal propriamente dita: região posterior aos dentes e gengivas e anterior 
ao istmo da fauce. É ampla. 
5. LÁBIOS: representam a parede anterior da boca. São pregas músculo-mucosas revestidas por 
pele e por mucosa. Cada lábio apresenta uma face cutânea voltada para o meio externo e uma face 
mucosa voltada para o meio interno. Tanto no lábio superior, como no inferior, existe uma prega 
sagital mediana de mucosa que une cada lábio à gengiva. Estas pregas são os frênulos dos lábios. A 
mucosa labial é rica em glândulas salivares labiais. 
6. BOCHECHAS: são as paredes laterais da boca. Apresentam uma superfície externa cutânea na 
face e uma superfície interna revestida por mucosa. Possui glândulas salivares genianas. O 
principal músculo da bochecha é o músculo bucinador. 
7. PALATO: é o teto da cavidade bucal. Nele identificam-se duas regiões (2/3 anteriores e 1/3 
posterior). 
7.a. palato duro: nome dado aos 2/3 anteriores do palato. É formado pelo processo palatino 
do osso maxila e pela lâmina horizontal do osso palatino. É revestido por uma mucosa que forma 
pregas transversais variáveis e que são denominadas cristas palatinas. 
7.b. palato mole: nome dado ao 1/3 posterior do palato. Sua margem anterior está inserida no 
palato duro, enquanto que sua margem posterior é livre e apresenta uma saliência mediana 
denominada úvula palatina. De cada lado da úvula, o palato mole forma duas pregas ou arcos 
verticais denominados arco palatoglosso (anterior) e arco palatofaríngeo (posterior). Entre os dois 
arcos aloja-se a tonsila palatina ou amígdala. 
O arco palatofaríngeo e a úvula formam o contorno de um orifício denominado de istmo da 
fauce que comunica a cavidade bucal com a parte bucal da faringe (orofaringe). 
 
8. LÍNGUA É um órgão muscular alojado no soalho da cavidade bucal. 
8.a. regiões: a língua apresenta as seguintes regiões: 
 ápice (anterior e afilado), margens laterais direita e esquerda, raiz (parte posterior e 
fixada à cartilagem epiglote e ao osso hióide), face superior ou dorso da língua e face inferior. A 
raiz da língua une-se à epiglote através das pregas glossoepiglóticas laterais (direita e esquerda) e 
mediana. O espaço entre estas pregas é denominado válecula epiglótica. 
No dorso da língua observa-se um sulco em forma de letra "V" denominado sulco terminal. 
A região da língua localizada anteriormente ao sulco terminal é o corpo ou parte bucal da língua, 
correspondendo aos 2/3 anteriores da língua. A região da língua posterior ao sulco terminal é a raiz 
da língua e corresponde ao l/3 posterior da língua. 
8.b. revestimento da língua: é feito por uma mucosa que na face inferior da língua forma 
uma prega sagital mediana que fixa parcialmente a língua ao soalho da cavidade bucal e à gengiva. 
Esta prega é o frênulo da língua. 
A mucosa do dorso da língua, na região da raiz, possui tecido linfóide que constitui a tonsila

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