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Artrópodes: Características e Classificação

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ARTRÓPODES – Aula-rede - 2014
Artropodos = pés articulados (arthron= articulação, pous= pé). 
Há inúmeras espécies de artrópodes, mais de ¾ das espécies de animais são representadas pelos artrópodes. 
Há mais de 1 milhão de espécies de insetos, e mais de ¼ destes são besouros. Há mais do que 50.000 espécies de aracnídeos e 30.000 de crustáceos. 
Os artrópodes tem muitas características semelhantes aos anelídeos. Não se sabe se os artrópodes surgiram dos anelídeos ou ambos surgiram de um ancestral comum. 
Devido ao seu tamanho e a presença do exoesqueleto de quitina tem a capacidade de viver em vários tipos de habitats. 
Grande população e capacidade de se multiplicar rapidamente resistência genética aos pesticidas. 
São cinco as principais classes representantes do filo
Insecta: formigas, moscas , baratas, etc.
Arachnida: aranhas, escorpiões, carrapatos, ácaros, etc.
Crustacea: siris, camarões, caranguejos, lagostas, etc.
Chilopoda: lacraias ou centopéias.
Diplopoda: piolho-de-cobra
São 2 as classes principais: Insecta e Arachnida.
Insecta: tem 3 pares de patas, cabeça, tórax e abdômen distintos e um único par de antenas.
Arachnida: adultos têm 4 pares de patas, o corpo é dividido em gnatossoma (partes bucais) e idiossoma (cefalotórax e abdômen fundidos); sem antenas.
Características principais:
Simetria bilateral.
Corpo segmentado (metâmeros).
Pares de apêndices nos segmentos (metâmeros).
Exoesqueleto de quitina. 
Celoma
Sistema muscular: músculo estriado.
Sistema respiratório com brânquias, traquéia ou espiráculos. 
Sistema digestório: canal alimentar tubular com boca e ânus. 
Sistema circulatório aberto, vaso sanguíneo tubular dorsal. 
Sistema nervoso: um cérebro anterior dorsal, cordão nervoso ventral que contém formações ganglionares em cada segmento. 
Durante a evolução, os artrópodos tiveram uma diminuição no metamerismo alguns segmentos foram perdidos, outros foram fundidos. 
A fusão dos grupos dos segmentos é denominada de tagmatização. 
Com a tagmatização, vários apêndices ou segmentos se especializaram para ter outras funções além da locomoção, como captura da presa, filtragem do alimento, sensibilidade à vários tipos de estímulos, troca de gás, copulação etc.… 
Metâmeros bem distintos na fase larvária. 
 Nos adultos se encontram fundidos. 
Os metâmeros podem se apresentar agrupados em três regiões distintas (insetos) ou em duas (aracnídeos). 
- Três: cabeça, tórax e abdômen (insetos) 
- Dois: cefalotórax e abdômen (aracnídeos) 
Os metâmeros são revestidos por um exoesqueleto 
Cada metâmero pode ter um par de apêndice articulado 
Exoesqueleto: constituído por um polissacarídeo nitrogenado denominado quitina. 
Em alguns artrópodes há uma camada de cera na superfície que atua como repelente hídrico. Crustáceos: deposição de sais de cálcio.
Secretado pela epiderme, pode ser fino e flexível, mas geralmente é espesso e rígido. 
Como o esqueleto impede o crescimento do artrópode, para crescerem sofrem perda desse esqueleto de tempos em tempos: ecdise ou muda.
Vantagens do exoesqueleto: 
Base para inserção da musculatura bem como asas. 
Pode auxiliar na movimentação e força: alavancas para os músculos 
Oferece proteção 
Evita a desidratação 
Serve como barreira para prevenir infecção 
Repelente hídrico 
O exoesqueleto é dividido em placas e cilindros 
Na junção entre as placas e os cilindros o exoesqueleto torna-se fino e flexível, como se fossem articulações onde inserem-se os apêndices. 
Apêndices articulados permitem que os artrópodes se movam rapidamente 
Os músculos são integrados aos movimentos dos artrópodes, sua inserção se dá no exoesqueleto que funciona como um sistema de alavanca.
Apêndices: O número, forma e localização variam muito entre as classes e ordens. 
Cefálicos: peças bucais e as antenas 
Antenas: órgãos sensoriais 
Crustáceos: 4 antenas 
Insetos e miriápodes: 2 antenas 
Aracnídeos: substituídas por quelíceras 
Peças bucais: Destinados à preensão e ingestão dos alimentos. Variam de acordo com os hábitos alimentares dos artrópodes. 
Torácicos: pernas e asas. Função locomotora 
Insetos: hexápodes
Aracnídeos: octópodes 
Miriápodos: vários pares de pernas 
Sistema Respiratório:
Apresentam estruturas que permitem um metabolismo mais eficiente e rápida movimentação. 
 índices metabólicos rápido transporte de oxigênio. Artrópodes tem órgãos que tem grande área de superfície para rapidamente adquirir oxigênio. 
Artrópodes terrestres traquéia (formada por invaginação do tegumento). 
 Insetos apresentam aberturas denominadas de espiráculos do qual se segue um sistema de traquéias que se subdividem em traquéolas. 
 A respiração é feita através deste sistema de canais ramificados que mantém contato direto com os tecidos o sangue dos insetos não transporta gases. 
As traquéias se alargam em determinados pontos formando os sacos aéreos (principalmente observado em insetos de vôo rápido). 
 Os sacos aéreos possibilitam tanto armazenamento de oxigênio como ventilação.
Em muitos insetos o espiráculo é geralmente provido de um mecanismo de fechamento que reduz a perda hídrica. 
 Em alguns insetos há estruturas filtradoras que impedem a entrada de pó e de parasitas, além de reduzirem a perda de água. 
Aracnídeos possuem pulmões laminares, câmaras contendo placas para a troca gasosa. 
Sistema Circulatório
Relativamente simples, a circulação é aberta. 
O sangue não está envolvido com troca gasosa. 
Composto por um coração (vaso dorsal), vasos e hemocele (espaço preenchido pela hemolinfa) 
O coração varia em posição e comprimentos nos diferentes artrópodes. 
O coração é um tubo muscular perfurado por pares de aberturas laterais denominadas de óstios (permitem que a hemolinfa flua para o interior do coração durante a diástole). 
Após deixar o coração (sístole) a hemolinfa é bombeada para os tecidos corporais através das artérias interior dos seios que formam a hemocele. Estes seios colocam o sangue em contato com os tecidos. 
O sangue então retorna por várias rotas até o seio pericárdio.
O sangue dos artrópodes tem vários tipos de células e em alguns há o pigmento respiratório: hemiocianina. 
O sangue do artrópode também coagula. A coagulação é iniciada pelos hemócitos (células sanguíneas) liberam uma enzima que converte o fibrinogênio proteíco sanguíneo em fibrina. 
Sistema Digestório:
Dividido em três principais regiões: intestino anterior, intestino médio e intestino posterior. 
Os Intestinos anterior e posterior são revestidos por quitina (são invaginações do exoesqueleto do artrópode) 
Intestino anterior: ingestão, trituração mecânica e o armazenamento do alimento 
Cavidade bucal, apêndices bucais 
Faringe
Esôfago 
Papo
Glândulas salivares
Entre intestino anterior e médio há o proventrículo 
A forma e a função do proventrículo varia de acordo com o tipo de alimento. 
Insetos que se alimentam de sólidos: proventrículo = moela 
Insetos sugadores: proventrículo = válvula que controla a passagem do alimento 
Intestino médio: produção de enzimas, digestão e absorção do alimento. Comumente há invaginações formando bolsas ou grandes glândulas digestivas que aumentam a área para digestão e absorção do alimento. 
- Cecos gástricos principal local para absorção 
 Intestino posterior : Absorção da água e formação das fezes. 
- Reto 
Sistema Excretor:
Para muitos artrópodos o principal excreta é o ácido úrico, que é recolhido por um conjunto de túbulos renais (Túbulos de Malpighi) que desembocam na junção entre os intestino médio e posterior. 
Tubos de Malpighi excretam os metabólitos nitrogenados da hemolinfa 
Sistema Reprodutor:
Os sexos são separados. 
Artrópodes aquáticos: fertilização exterma 
Artrópodes terrestres: fertilização interna 
Sistema Nervoso:
Artrópodes tem um sistema nervoso bem desenvolvido, semelhante ao dos analídeos. Tem um cérebro anterior e um duplo cordão nervoso. 
É do tipo ganglionar, isto é, vários gânglios da cabeça fundem-se, originandoum cérebro primitivo, o gânglio cerebróide 
Órgãos dos sentidos:
Os órgãos sensoriais geralmente são associados à modificações do exoesqueleto. 
Na cabeça há vários órgãos sensorias que são muito sensíveis (ex. antenas) 
Muitos artrópodes tem olhos compostos capazes de ver cor e movimento da presa ou predador. 
Alguns tem olhos simples com poucos fotoreceptores (sensíveis à luz), são capazes de formar uma imagem rudimentar. 
 Classificação:
 
Insetos:
O corpo é dividido em três partes: cabeça, tórax e abdome. 
A cabeça tem um par de antenas, um par de olhos compostos e vários olhos simples (ocelos)
Olhos simples (ocelos) percebem o grau de intensidade luminosa.
Olhos compostos: formados por estruturas chamadas omatídeos captação de imagens.
Peças bucais: um par de mandíbulas e dois pares de maxilas. 
Peças bucais bem adaptadas segundo a função, o tipo de alimentação. 
O torax é composto por 3 segmentos e cada um tem um par de pernas, os últimos dois segmentos também tem um par de asas.
As asas nos insetos são modificações do exoesqueleto. 
Alguns insetos, como as pulgas, não possuem asas, outros somente adquirem asas na época da reprodução (formigas e cupins)
Abdômen não tem apêndices, a porção terminal alberga órgãos reprodutivos. 
Muitos insetos sofrem metamorfose que pode ser incompleta (desenvolvimento hemimetábolo) ou completa (desenvolvimento holometábolo). 
Incompleta: estágios iniciais do desenvolvimento são muito semelhantes aos adultos, somente as asas e as estruturas reprodutoras desenvolvem gradualmente 
Os estágios imaturos são denominados de ninfa 
Ovo ninfa adulto 
Desenvolvimento completo, holometábolo: 
Cada estágio do desenvolvimento é estruturalmente e funcionalmente distinto. 
Os ovos desenvolvem em larva imatura que apresenta grande voracidade. 
Em seguida há a formação da pupa que origina o adulto. 
Aracnídeos:
Compostos por escorpiões, aranhas, carrapatos e ácaros. 
Peças bucais são denominadas de quelíceras, não possuem antenas. 
Muitas espécies apresentam associado às quelíceras glândulas que contém veneno. Apresentam 4 pares de patas 
Respiração: pulmão laminado, traquéia ou ambos. 
Entre as aranhas, o cefalotórax e o abdômen não apresentam segmentação externa. O abdômen está conectado ao cefalotórax por um estreito pedicelo. 
Geralmente apresentam 8 olhos simples, que detectam movimento, são capazes de formar uma imagem rudimentar. 
Relação Artrópodes-Hospedeiros:
Os artrópodes existem há mais de 500 milhões de anos, 300 milhões de anos antes do surgimento dos animais de sangue quente. 
Não se sabe exatamente quando os artrópodes começaram a parasitar, mas pensa-se que com o aparecimento dos animais vertebrados terrestres os artrópodes começaram a explorar novos ambientes, oportunidades. 
Um dos fatores que podem ter favorecido a parasitismo foi a possibilidade de se alimentar no hospedeiro vertebrado. 
Os artrópodes inicialmente deveriam ter se alimentado de matéria orgânica e no hospedeiro passaram a se alimentar de debris de pele ou pêlos, penas. Já deviam ter peças bucais adaptadas para picar, mastigar, sugar, etc... 
Durante o processo evolutivo, provavelmente uma refeição ocasional de sangue tenha se tornado obrigatória para a existência de alguns artrópodes. 
A associação hospedeiro-parasita pode ser contínua (ocorre durante toda a vida do parasita) ou intermitente (algumas fases evolutivas no hospedeiro)
Podem variar quanto a especificidade: 
Hospedeiro específico, acometendo somente uma espécie e, muitas vezes somente uma região do hospedeiro vertebrado. 
Parasitar hospedeiros de espécies distintas. 
A relação entre o hospedeiro e o artrópode várias formas:
Parasitismo obrigatório 
Parasitismo facultativo 
Hospedeiro pode fornecer: 
Fonte de alimento (sangue, linfa, lágrimas ou suor, debris da pele, pêlos ou penas 
Proteção do meio ambiente 
Transporte de um local a outro (transmissão de um hospedeiro a outro) 
 Como resultado da sua atividade os artrópodes podem ter ação indireta ou direta sobre o hospedeiro. 
Ação Indireta queda nos índices de produtividade, de reprodução 
Perturbação 
Irritação 
Ferimentos: na tentativa de escapar do incômodo gerado pelos insetos, os animais sofrem colisões com objetos podendo se ferir. 
	Ação Direta: 
Perda de sangue: Alta carga parasitária anemia (Dermanyssus gallinae). 
Miíase: Infestação por larva danos à pele ou carcaça
Inflamação da pele ou prurido: Prurido, irritação, alopecia e dermatose. 
Hipersensibilidade, alergia: saliva (picada) 
Reações tóxicas 
Em adição aos efeitos diretos: 
Atuar como vetor de patógenos: vírus, bactérias, protozoários, cestóides, nematóides e mesmo outros artrópodos.
Vetor mecânico: bactérias, vírus, protozoários etc. Este patógenos podem ser carreados pelas patas, peças bucais, pelo corpo e serem transmitidos a outro hospedeiro quando se alimentam. Dentre outros fatores, a eficiência da transmissão está relacionada à resistência do patógeno no meio ambiente. 
Vetor biológico: Atua como hospedeiro intermediário para muitos protozoários, nematóides e cestóides. O patógeno se desenvolve no hospedeiro intermediário, tornando-se infectante para o hospedeiro vertebrado. Requer um período de tempo entre a aquisição e a produção de parasitas infectantes. Dentro do vetor o patógeno pode ou não se multiplicar, além disso, pode ou não causar doença ao vetor. 
De um modo geral, o prejuízo causado pelos artrópodes é diretamente proporcional à sua abundância. 
Em relação à transmissão de doenças, mesmo baixa carga parasitária é suficiente para gerar grande impacto econômico. 
Criação de animais domésticos tem favorecido o parasitismo:
Superlotação de animais maior oferecimento de alimento para o parasita. 
Seleção genética: maiores índices de produtividade menor resistência às doenças.
Transporte de animais: 
Transporte de hospedeiros susceptíveis para áreas endêmicas. Ex. Introdução do Bos taurus em áreas onde só existiam Bos indicus , últimos resistentes à vários parasitas. 
Introdução de parasitas que não existiam na região. Ex. Piolho de ovelha introduzido na Austrália. 
ORDEM HEMIPTERA: inclui piolhos, besouros e percevejos. Importante em Veterinária os do gênero Triatoma, Rhodnius e Panstrongylus, que são sugadores de sangue em animais e seres humanos (família Reduvidae). São vetores do protozoário Trypanosoma cruzi, que causa a doença de Chagas na América do Sul.
 ORDEM DIPTERA: são as moscas verdadeiras. Tem + de 120.000 espécies descritas.Têm 1 par de asas. O outro par foi reduzido p/ se tornar “halteres”, que auxiliam na estabilidade do vôo. Todos tem ciclo de vida c/ metamorfose completa. Assim, podem ser parasitas em estágio de larva ou adultos, mas raramente são parasitas nos 2 estágios. Os adultos desta ordem também são importantes como vetores de doenças. Essa ordem é comumente dividida em 3 sub-ordens: Cyclorrapha, Brachycera e Nematocera. 
 Sub-ordem Nematocera: 4 famílias: Psycodidae, Simulidae, Culicidae e Ceratopogonidae.
Sub-ordem Brachycera: família Tabanidae
Sub-ordem Cyclorrapha: 2 séries, 2 seções e 3 superfamílias: Oestroidae, Hippoboscoidea e Muscoidea.
Sub-ordem Cyclorrapha – superfamília Oestroidae: 3 Famílias: Oestridae, Sarcophagidae e Calliphoridae.
Sub-ordem Cyclorrapha – superfamília Hippoboscoidea: 2 famílias: Glossinidae e Hippoboscidae
Sub-ordem Cyclorrapha – superfamília Muscoidea: 2 famílias: Muscidae e Fannidae
Dipteros – larvas parasitas = Miíases
-Cochliomya homnivorax – Mosca do berne - Classe Insecta – família Calliphoridae. Hospedeiros: bov, suínos, eqüinos + frequentemente. Podem parasitar qualquer mamífero, inclusive o homem.
-Chrysomya megacephala – mesma família anterior.
-Calliphora vicina (ou erythrocephala) :mosca azul de berne – família idem
-Lucilia spp – mosca de berne de ovinos – fam. Idem
Família Oestridae: Dermatobia hominis – mosca do berne humano
Família Sarcophagidae: Sarcophaga spp – mosca dacarne – localização: feridas cutâneas
MOSCAS PICADORAS E NOCIVAS
-Haematobia irritans – mosca dos chifres - fam.Muscidae
-Musca domestica - fam.Muscidae
-Stomoxys calcitrans – mosca dos estábulos - fam.Muscidae
-Fannia canicularis – mosca doméstica pequena – fam. Faniidae
-Hippobosca eqüina – mosca da floresta, mosca-piolho – fam. Hippoboscidae
TABANÍDEOS: MOSCAS DE EQUINOS – fam Tabanidae
-Tabanus spp
CULICIDEOS: MOSQUITOS
-Aedes spp – fam Culicidae
-Anopheles spp – idem
-Culex spp – idem
CULICÓIDES: MOSQUITO PÓLVORA
-FAM. CERATOPOGONIDAE
MOSCAS PRETAS, MOSQUITOS-PÓLVORA DE BÚFALOS
-Simulium spp – fam. Simuliidae
FLEBÓTOMOS
- Phlebotomus spp – fam Psychodidae
 Classe Insecta: ciclo de vida geral:
Na maior parte dos insetos a fase juvenil é muito parecida com a adulta, exceto a genitália e as asas. Os jovens, geralmente chamados “ninfas”, preparam nova cutícula e liberam a antiga em intervalos durante o desenvolvimento, tipicamente 4 ou 5 vezes, aumentando de tamanho antes da emergência do adulto. Este é o ciclo simples com metamorfose incompleta ou parcial (metamorfose hemimetabólica). Em outras, mais avançadas, os jovens são diferentes dos adultos. O instar jovem, que pode ser referido como “larva”, “lagarta” ou “berne”, preocupou-se primariamente com a alimentação e o crescimento. O adulto ou “imago” tornou-se o instar especializado na reprodução e dispersão. P/ atingir a forma adulta, a larva deve sofrer metamorfose completa, durante a qual o corpo é reorganizado e reconstruído dentro das “pupa”, que é imóvel, não se alimenta mas é metabolicamente ativa, pois os órgãos são perdidos ou remodelados e substituídos por órgãos adultos. É a metamorfose completa ou holometabólica.
Ordem: Diptera
 Sub-ordem: - Brachycera Infra-ordens: Muscomorpha e Tabanomorpha 
 - Nematocera família
 Tabanidae
 super- famílias: Muscoidea - Hippoboscoidea – Oestroidea
Aparelho bucal: 
Lambedor se alimentar de líquidos
mosca doméstica, mosca varejeira 
Picador perfurar a pele e sugar sangue
mosca dos estábulos, mosca dos chifres. 
Super- família: Muscoidea 
 Família Faniidae 
 Família: Muscidae
 Espécies: Musca domestica 
 Stomoxys calcitrans 
 Haematobia irritans 
Super- família: Oestroidea
 Famílias: Calliphoridae (varejeiras), Oestridae , Cuterebridae 
 Cochliomyia spp. 
 Chrysomya spp 
 Lucilia spp. 
 Calliphora spp. 
Super-família: Hippoboscoidea
 Melophagus ovinus
 Pseudolynchia canariensis 
Muscomorpha: Interação:
 - Sinantrópicos (Syn = ação conjunta; Antropos = homem): “Aqueles que, em função do seu desenvolvimento, aproveitam-se das condições criadas pelo homem, ou seja, dos produtos resultantes do processo de urbanização e/ou do baixo nível de higiene ambiental (excretas humanos e dos animais domésticos, detritos urbanos e industriais, lixões, aterros sanitários e fossas abertas, feiras livres, etc.)” 
Musca domestica 
Chrysomya spp.
Lucillia spp. 
 - Simbovinos “Ligados ao homem através dos excretas dos animais domésticos, principalmente herbívoros”
Stomoxys calcitrans (mosca-dos-estábulos)
Haematobia irritans (mosca-dos chifres)
 - Produtores de miíases
Criação animal (bovinos, aves) densidade populacional, excretas favorecimento do desenvolvimento de larvas moscas sinantrópicas ou simbovinas. 
Expansão desordenada das cidades acúmulo de lixo condições para a proliferação de moscas sinantrópicas.
Incômodo pela presença
Vetor mecânico ou biológico de patógenos 
Miíases. 
Musca domestica
Tórax de coloração cinza-amarelado a cinza-escuro; 4a veia longitudinal alar ( M1+2 ) curvada, formando cotovelo; abdômen amarelado.
Local: interior de residências, estábulos, granjas, mercados, matadouros, feiras-livres, etc. 
Distribuição cosmopolita, alto índice de sinantropia, grande interesse médico-sanitário. 
Relacionada à transmissão de inúmeros patógenos para o homem, animais domésticos e silvestres.
Capaz de se desenvolver em vários tipos de matéria orgânica: 
Zonas rurais 
Fezes de eqüinos, bovinos e suínos 
Produtos das granjas de aves poedeiras
Zonas urbanas: fezes humanas, fossas abertas, aterros sanitários, lixo
Biologia
Fêmea de M. domestica pode depositar cerca de 150 ovos sobre o substrato. 
Há produção de aproximadamente 600 ovos/fêmea. 
Eclosão larval ( L1 ) entre 8-12 horas. A duração desta fase dependente da temperatura e da umidade. 
Desenvolvimento da larva (3 a 9 dias): dependente dos fatores físicos ambientais, influenciado pela disponibilidade de alimento: disponibilidade tempo de desenvolvimento. 
Nos dois últimos dias, a larva ( L3 ) deixa de se alimentar, seu tegumento se contrai, endurece e escurece pupário, dentro do qual se encontra a pupa. 
Sob temperatura favorável 3-10 dias emergência dos adultos.
Em 18 horas maturidade sexual. 
Alimento: água e carboidratos. 
Fêmeas, requerem também proteínas e aminoácidos para a maturação dos folículos ovarianos.
Alimentos sólidos, antes de serem ingeridos através do aparelho bucal lambedor, primeiramente são liquefeitos através da saliva e/ou regurgitação. 
Fêmeas: receptivas aos machos em cerca de 36 horas após a emergência, geralmente aceita-os uma única vez. 
Deposição dos primeiros ovos ocorre em 5-8 dias após a fecundação. 
Período de desenvolvimento do ciclo total 10-14 dias. 
Regiões tropicais 30 gerações por ano. 
Tempo médio de vida de uma fêmea adulta varia de 25-52 dias.
Chrysomya spp. 
Introduzidas em 1975 e 1976 por embarcações que transportavam refugiados de Angola e de Moçambique, animais domésticos e diferentes tipos de alimentos. 
A partir daí, disseminaram-se em diversas regiões do país.
Há três espécies de califorídeos do gênero Chrysomya: Chrysomya putoria, Chrysomya megacephala e Chrysomya albiceps. 
Moscas sinantrópicas. 
Algumas espécies ovopositam em carcaças. 
Larvas: saprófagas, desenvolvem-se em detritos orgânicos. 
Algumas espécies são produtoras de miíases primárias ou secundárias. 
Morfologia e Importância
Coloração metálica, típica dos califorídeos, verde a negro-azulado. Presença de faixas ou bandas transversais opacas e enegrecidas no ápice dos segmentos abdominais. 
Chrysomya spp.: Transmitem organismos enteropatogênicos (enterobactérias). Vetores de poliovírus
Chrysomya putoria 
Importância 
C. putoria freqüentes em granjas de galinhas poedeiras. Ovos quebrados e carcaças das aves atrativos para a oviposição das fêmeas.
População de insetos que se desenvolvem no esterco de galinhas: 90% representados por C. putoria e M. domestica.
Importância 
Sua presença em granjas avícolas é atribuída ao manejo inadequado de: 
carcaças de aves
ovos quebrados 
esterco, principalmente o acumulado embaixo das gaiolas de galinhas poedeiras. 
Esporadicamente: larvas de C. putoria invadem tecidos necrosados de animais vivos miíases cutâneas secundárias em ovinos, bovinos e no homem. 
Chrysomya megacephala
Importância 
Maior freqüência nas áreas urbanas e suburbanas feiras livres, lixões. 
Desenvolvem-se na primeira fase de decomposição do lixo. 
Há outras espécies de dípteros que preferem as fases mais adiantadas da decomposição do lixo. 
Chrysomya albiceps 
Larvas preferem substratos de origem animal em decomposição (carcaças, vísceras). 
Larvas: predadoras de larvas de outras espécies de muscóides, podem causar miíases necrobiontófagas, mas não necessariamente miíases secundárias. 
Lucilia spp. 
Espécies: L. sericata,L. eximia, L. cuprina
L. sericata: espécie de distribuição quase cosmopolita. Presente no Brasil. 
Após a introdução de Chrysomya spp. no Brasil densidade populacional (pressão da competição) 
Coloração geral verde-brilhante ou amarelado até o azul ou verde-cuprino, com reflexos metálicos; cabeça escurecida e palpos amarelados.
Lucilia sericata 
Importância 
Comum nas áreas urbanas e suburbanas, encontrada principalmente em matéria orgânica de origem animal em decomposição. 
Presente em aviários com manejo inadequado. 
Ciclo evolutivo completo: 12 dias.
Fêmeas produzem 2000 e 3000 ovos, distribuídos por 9-10 posturas. 
Baixo valor epidemiológico. 
Pode causar miíases em ovelhas em climas temperados e frios. 
Controle de moscas sinantrópicas em aviários 
Objetivo do controle não é a erradicação das moscas e sim a diminuição das populações em níveis toleráveis.
Importante conhecer a biologia e a ecologia das moscas, como também características do sistema de criação, manejo, etc.. 
Êxito do controle depende do tipo das instalações, do manejo das aves e do esterco, além das condições climáticas.
Controle químico – considerações 
Desenvolvimento de resistência
Custo elevado 
Número limitado de inseticidas e métodos de aplicação eficientes.
Preocupação com possíveis intoxicações ou com resíduos de inseticidas no ovo e na carne.
Populações de moscas não devem ser erradicadas e sim suprimidas. 
Ideal: conciliar manejo das condições ambientais com métodos químicos (uso adequado de inseticidas seletivos) e métodos biológicos (manejo das populações de inimigos naturais). 
Controle das condições ambientais: 
 umidade do esterco a oviposição dos dípteros adultos e desenvolvimento das larvas: 
evitar vazamento no sistema de abastecimento de água
ventilação e temperatura adequadas
escoamento adequado das águas pluviais
retirada de esterco 
 oferta de matéria prima onde há o desenvolvimento das larvas:
Remoção do esterco adubo orgânico: acúmulo de esterco cobertos com plásticos pretos em pátios, o processo de fermentação e temperatura (cerca de 60oC). 
Remoção de aves mortas e dos ovos quebrados
Controle Químico
Importante correta aplicação dos inseticidas 
Emprego de inseticidas seletivos, preservando inimigos naturais 
Inseticidas adulticidas: inseticidas associados à iscas (ferormônio): é mais prático. 
Inibidores de crescimento de larvas 
Podem ser incorporados na ração, ingeridos pelas aves e eliminados nas fezes 
Pode ser aplicados diretamente no esterco sob a forma de pulverização. 
Ação seletiva contra larvas de muscóides, não afetando o desenvolvimento dos inimigos naturais que ocorrem no esterco.
Controle Biológico ou biocontrole: 
Introdução de inimigos naturais (fauna exótica)
Aumento da população de inimigos naturais (fauna nativa e/ou exótica)
Conservação, favorecimento da proliferação dos inimigos naturais
Inimigos naturais: 
Ácaros famílias Macrochelidae, Uropodidae e Parasitidae predação dos ovos e as larvas de primeiro ínstar das moscas. 
Coleópteros: Famílias mais importantes: Histeridae e Staphylinidae. Adultos e larvas predadores de larvas de moscas.
Parasitóides, importante grupo no controle biológico, incluem pequenas vespas perfuram o pupário da mosca com o auxílio do ovipositor, depositam um ovo sobre a pupa em desenvolvimento. Após a eclosão, as larvas se alimentam do conteúdo da pupa. Há formação do estádio pupal dentro do pupário da mosca e em seguida emergência dos adultos. 
Moscas Simbovinas:
Stomoxys calcitrans 
Haematobia irritans 
Gênero Stomoxys: Há cerca de 18 espécies, 17 estão restritas principalmente às Regiões Afrotropical e Oriental
Stomoxys calcitrans, mosca-dos-estábulos, mais importante, distribuição cosmopolita, adaptada às varias condições ecológicas, ocorre em zonas de clima temperado, subtropical e tropical. 
É hemissinantrópica, simbovina 
Semelhante à M. domestica. 
Diferenciação: 
Probóscida rígida, projetada horizontalmente para a frente da cabeça 
A 4a veia longitudinal alar ( M1+2 ) é curvada, não forma o cotovelo observado em M. domestica. 
Adultos medem de 4 a 7 mm de comprimento 
Corpo de coloração cinza, com 4 faixas longitudinais no tórax
O abdômen é mais curto e largo que a M. domestica. Apresenta três manchas escuras no segundo e terceiro segmentos abdominais 
Palpos finos e curtos.
Formas adultas (macho e fêmea) hábitos hematófagos. 
Observada na comunidade e/ou instalações rurais próximas do homem e animais domésticos, raramente em residências.
Desenvolvimento das larvas: 
Matéria orgânica vegetal em decomposição: cama de animais, palha, feno, restos de lavouras, alfafa, grãos ou farinhas umedecidas etc.. (Nestes há intensa atividade metabólica de bactérias e de fungos). 
Esterco das aves, principalmente se estiver misturado com esterco velho e ressequido. 
Cama de animais de estábulos fermentada e misturada com fezes e urina 
Fase final da decomposição do lixo em aterros sanitários, ou seja, quando há formação do húmus.
Os ovos (1 mm de comprimento) são depositados sobre o substrato em pequenos aglomerados de no mínimo 20 ovos. 
A fêmea pode apresentar mais de 7 ciclos ovarianos (~ 560-1000 ovos/fêmea ).
Sob determinadas condições de temperatura após 20 a 80 horas há a eclosão larval. 
Larvas recém-eclodidas (L1) penetram no substrato onde se alimentam de matéria orgânica. No interior do substrato a umidade e altas temperaturas (23 - 300 C ou superior) propiciam seu desenvolvimento ( 8 a 10 dias). 
Próximo do período pupal, as larvas L3 áreas mais secas do substrato. Fatores físicos ambientais favoráveis em 2-8 dias adultos. 
Ciclo completo: 3-4 semanas (climas quentes), pode durar mais do que 2 meses. 
Período médio de vida das formas adultas: 17-29 dias.
Adultos: após seis horas da sua emergência do pupário, são capazes de realizar o hematofagismo.
Machos e fêmeas ficam ingurgitados em 3-4 minutos num único repasto sanguíneo. 
Procuram picar regiões anatômicas não atingidas por reações de auto-defesa (movimentos de cauda, lambedura, coçadura ou fricção) 
Eqüinos e bovinos patas e abdômen. 
Perfuram a pele diversas vezes antes de sugar (picada extremamente dolorosa). 
Após o repasto sanguíneo, as moscas pousam em locais como celeiros, cercas ou árvores. 
Eqüinos e bovinos mais afetados. 
As aves, dificilmente são atacadas, provavelmente em função da cobertura plumosa e da rapidez de seus movimentos
Homem: hospedeiro alternativo, é picado mesmo através da vestimenta.
Sob condições favoráveis nuvens de moscas atacam os bovinos e outras espécies de animais domésticos. 
Ação sobre os hospedeiros
Considerada uma das pragas mais irritantes para bovinos, eqüinos, ovinos e caprinos. 
Picada muito dolorosa. 
Moscas muito ativas, seguem seu hospedeiro por longas distâncias. 
infestação perda de sangue e estresse. 
Espoliação, irritação, decréscimo do peso corporal (15 a 20%) e da produtividade de leite (40 a 60%), eventualmente pode ocorrer mortalidade. 
Hospedeiro intermediário: nematódeo Habronema microstoma (causa habronemose gástrica e/ou cutânea dos eqüinos).
Também pode transmitir o vírus da anemia infecciosa eqüina. 
Vetor mecânico: Trypanosoma evansi 
Haematobia irritans 
Popularmente denominada de “mosca-dos-chifres” é um díptero pequeno (3 a 5 mm) hematófago. 
Ataca quase exclusivamente o gado bovino, considerada uma das maiores pragas da bovinocultura. Ocorre praticamente em todos os Estados do Brasil
Semelhante à S calcitrans, mas são bem menores (metade do tamanho), os palpos são espatulados e quase tão longos quanto a probóscida rígida. 
Ocorre em regiões tropicais e sub-tropicais até 20.000 moscas/animal 
Mosca dos chifres: se agrupam ao redor do chifre (comportamento observado somente em regiões de clima temperado) 
Ataca mais comumente bovinos, eventualmente pode parasitar outras espécies, como, eqüinos. Este último é bastante sensível à picada da mosca. 
Zebuínos são menos infestadosdo que taurinos. 
Há preferência por animais machos (especialmente touros) relacionada com a atividade das glândulas sebáceas. 
Bezerros antes da desmama: são os menos infestados. 
Permanece no animal hospedeiro dia e noite, de preferência no dorso, lado do tórax, abdômen, ao redor da cabeça e cupim (zebuínos). Só abandonam o animal para se acasalar e depositar os ovos. 
No animal, sempre dirige sua cabeça em direção ao solo, mantendo as asas semi-abertas. 
Geralmente as moscas se acumulam em hospedeiros com pelagem escura ou nas manchas escuras dos animais. 
Horas mais quentes regiões ventrais do hospedeiro, retornando às partes altas em condições climáticas favoráveis. 
Hábitos hematófagos intermitentes, repasto sanguíneo pode ocorrer de 20 a 40 vezes/dia.
Número de moscas sobre um hospedeiro: varia de uns poucos até 5000 ou mais. 
Raramente andam. 
Quando perturbadas, fazem um vôo vertical, simultâneo, retornando imediatamente ao hospedeiro.
Cerca de 25% das fêmeas presentes no hospedeiro estão em fase de produção de ovos.
Fecundação fêmeas partes mais baixas (face ventral, patas), para esperar o hospedeiro (ou um vizinho próximo) defecar.
Bovino defeca fêmeas voam rapidamente e depositam ovos em embaixo da borda da massa fecal. 
Oviposição: durante o dia e/ou noite, mais freqüente durante o dia (temperatura e umidade mais elevadas). 
Noites quentes e úmidas também são favoráveis rapidez do ciclo biológico. 
Eclosão depende das condições climáticas e existência de predadores naturais. 
A mortalidade natural dos ovos no bolo fecal pode atingir 90-93% dos ovos depositados.
Fêmea, receptiva ao macho uma única vez, pode apresentar 15 ciclos ovarianos ou mais, há oviposição de ~ 225-375 ovos/fêmea. 
Os ovos (1,3-1,5 mm de comprimento) são de coloração castanho-amarelada até a castanho-avermelhada. 
Sob temperatura favorável: eclosão larval ocorre em 24 horas. 
Larvas (L1) penetram no bolo fecal 2 mudas L3 (período total: 3-12 dias) fase pupal (partes baixas da massa fecal ou no solo) 
Sob condições ambientais favoráveis em 2-8 dias emergência dos adultos que dentro de algumas horas (2-3 horas) já são capazes de iniciar o hematofagismo.
Período do ciclo biológico: 8-12 dias (épocas mais quentes e úmidas), 30-45 dias (épocas mais frias). 
Após 1-2 dias da emergência dos adultos acasalamento: observado nas partes mais altas do corpo do hospedeiro. 
parasitismo migração das moscas para outros locais. 
Geralmente, fêmeas recém-emergidas: > capacidade de dispersão que fêmeas mais velhas. 
Pode voar até 15 km de um local para outro, podendo permanecer viva de 18 a 26 horas sem se alimentar. 
Ação sobre o hospedeiro: 
Perda de sangue 
Picada dolorosa 
Intensa irritação 
Queda nos índices de produtividade 
Machos: diminuição da libido e baixo desempenho reprodutivo. 
Vetor: Stenofilaria stilesi (parasita pele de bovinos), Habronema (equinos).
Considerada como uma das mais importantes pragas do rebanho bovino nas Américas. 
Nos E.U.A: prejuízos atribuídos à H. irritans ao redor de US$ 700 milhões/ano. 
 Controle:
Objetivo: redução da infestação em níveis toleráveis, minimizando os prejuízos econômicos. 
Inicialmente: determinar o nível populacional máximo aceitável de moscas/animal. 
Calcular a relação custo/benefício: infestação x tratamento (varia para cada tipo de criação, região, manejo, alimentação, etc..). 
Definir a estratégia de controle: 
Não fazer o tratamento
Tratar somente aqueles animais portadores de 70% da população de moscas (“distribuição agregada”). 
Realizar o tratamento quando há prejuízo decorrente da parasitose. 
Como conseqüência: evita o uso indiscriminado de inseticidas retarda resistência da mosca aos inseticidas
Inseticidas
Aspersão, imersão, uso de brincos com inseticidas (cuidados com o uso indiscriminado), oral (bolus intra-ruminal ou aditivo em alimento). 
Empregar substâncias que interrompem o crescimento e o desenvolvimento das larvas nas fezes: inibidores específicos não atuando sobre demais artrópodos que são úteis para a desintegração do bolo fecal.
Controle biológico: Competidores, predadores ou parasitóides, que usualmente vivem ou se utilizam do bolo fecal. 
Besouro coprófago africano: Onthophagus gazella (mais eficiente que o brasileiro). 
Onthophagus gazella remove massa fecal, de modo mais eficiente que o besouro brasileiro (Dichotomius anaglypticus). O. gazella enterra 68,7g de fezes e o D. anaglypticus somente 9,2 g do esterco.
O ciclo de O. gazella é 12 vezes mais rápido (1 mês), a fêmea deixa 90 descendentes o D. anaglypticus deixa somente 20. 
Besouro cava túneis, apanha pequenas porções do esterco que são roladas (daí o nome “rola-bosta”) e enterradas, formando as “peras de incubação” ricas em matéria orgânica, onde evoluem suas larvas e pupas. 
Matéria seca não utilizada seca-se rapidamente (está presente na superfície). Há decréscimo da “qualidade” da massa fecal menor desenvolvimento de larvas e pupas da H. irritans 
Além de interferir com o desenvolvimento das larvas de H.irritans, o fato das fezes serem enterradas também interrompe o ciclo de helmintos. 
Nos E.U.A., mesmo em áreas onde a criação de O. gazella foi perfeitamente implantada, as populações de H. irritans muitas vezes somente são controladas empregando-se inseticidas. 
Muscomorpha – Hippoboscidae 
Moscas hematófagas de aves e de certos mamíferos. 
Corpo largo, achatado dorso-ventralmente, cabeça pequena e intimamente justaposta ao prótorax. 
Antenas com 3 segmentos. 
Olhos vestigiais às vezes ausentes. 
Pernas bem desenvolvidas, com fortes garras recurvadas, adaptadas para a fixação em pêlos ou penas dos hospedeiros.
 Coxas muito separadas umas das outras, com as pernas estendidas para os lados. 
Asas desenvolvidas, vestigiais ou ausentes. 
Parasitas permanentes ou permanecem nos hospedeiros a maior parte de seu ciclo biológico. 
Hippoboscidae: 
Fêmeas vivíparas, retém a larva no oviduto até o terceiro estádio depositando-a quando a larva está apta para pupar. 
Há cerca de 200 espécies nesta família. 
Mais importantes: Melophagus ovinus e Pseudolynchia canariensis 
Melophagus ovinus 
Morfologia: Moscas picadoras semelhante a carrapatos. As garras são fortes. O corpo é castanho medindo de 5 a 8 mm. Abdômen indistintamente segmentado e de consistência mole. 
Biologia: Adultos são ectoparasitas permanentes alimentam-se do sangue de ovelhas e cabras. Os ovos eclodem dentro do corpo da fêmea que deposita a larva L3 próxima de pupar nos pêlos ou lã do animal. O adulto emerge da pupa em 22 dias. Moscas não sobrevivem mais do que 4 dias sem se alimentar. 
Danos ao hospedeiro: Anemia, animais ficam inquietos, apresentam emaciação, inapetência. A picada induz um intenso prurido, os animais se mordem ou se esfregam com perda de lã. As fezes do parasita mancham a lã diminuindo seu valor comercial. A tosquia da lã pode remover um grande número destes parasitas. 
Pseudolynchia canariensis 
Morfologia: Mosca picadora. Machos medem 10mm e fêmeas 13mm. Cabeça mais ou menos esférica. Olhos relativamente pequenos, ocelos ausentes. Pernas anteriores e médias mais curtas que as posteriores. 
Biologia: Largamente distribuída, capaz de atacar mais de 30 espécies de aves. Comumente observada no pombo doméstico. Fêmeas são larvíparas. O período pupal dura de 25 a 31 dias. Estas moscas são rápidas e freqüentemente esconde-se embaixo das penas das aves. 
Danos ao hospedeiro: Anemia, aves ficam irritadas. Pode ocorrer mortalidade de pombos jovens. Transmite o Haemoporoteus columbae, hematozoário comum em pombos. 
Tratamento: O uso de repelentes têm pouca eficácia contra estes insetos. Remoção manual das moscas e inspeção periódica para averiguação de reinfestação. 
Controle: Não permitir acesso a aves de vida livre 
Tabanidae (mutucas)
Morfologia: 
Moscas robustas de tamanho médio a grande (6 a 33 mm de comprimento), corpo sem cerdas. 
Coloração: castanho-cinza até preto-escuro,algumas são amarelas. 
Cabeça grande, levemente côncava posteriormente, olhos bem desenvolvidos. Machos: olhos holópticos. Algumas espécies os olhos são iridescentes. 
Palpos com 2 segmentos. Probóscida robusta e rígida
Mandíbulas e maxilas geralmente em forma de estiletes adaptados à perfuração, às vezes ausente em espécies não hematófagas. 
Tórax grande, pernas robustas, tarso terminando em três almofadas. 
Abdômen largo com sete segmentos visíveis, frequentemente apresentando padrão cromático distinto. 
Biologia: 
Considerada praga dos animais domésticos e do homem. 
Somente fêmeas são hematófagas. Os machos vivem de néctar. 
Algumas espécies não se alimentam na fase adulta.
Mais ativos nos dias quentes, ensolarados e sem ventos.
Gado de coloração preta é mais atacado. 
Ovos depositados em ambientes aquáticos ou semi-aquáticos (vegetação aquática) larvas nove estádios. 
A maioria das larvas é predadora de larvas de pequenos artrópodes, moluscos ou anelídeos. Outras se alimentam de detritos orgânicos. 
Período larval geralmente é longo (1 ano ou mais em regiões de clima temperado).
O ciclo de vida pode levar de 2 meses até 2 anos, dependendo da espécie e da região geográfica. 
Aparelho bucal: composto por um par de mandíbulas achatadas, denteadas em forma de serra e um par de estreitas maxilas. Entre estas estruturas há o canal alimentar formada por um forte labro e uma estreita hipofaringe. 
Quando a fêmea Tabanidae suga a labela fica retraída e o labro, mandíbula e maxilas penetram na pele. Durante este processo, as mandíbulas se movem como se fossem uma tesoura. A saliva, tem anticoagulante e é bombeada para o local da picada, antes do sangue ser conduzido para o canal alimentar. 
Quando cessa a alimentação o aparelho bucal é retirado, as labelas se fecham, formando uma película de sangue entre elas (o patógeno fica aí protegido). 
Tabanidae – transmissão de patógenos 
Características dos Tabanídeos que acabam por auxiliar a transmissão de patógenos. 
Anautogenia: fêmeas necessitam de um repasto sanguíneo para a maturação dos ovos. 
Telmofagia: Os tabanídeos cortam a pele e se alimentam de sangue Microorganismos dos tecidos superficiais da pele podem ser ingeridos pelas moscas. 
Grande ingestão de sangue: quantidade de sangue ingerido de ingestão de agentes patogênicos. 
Tempo longo de ingurgitamento: Demoram de 20 minutos a 1h 30 minutos para ingurgitarem de sangue. 
Interrupção da alimentação: transmissão de hospedeiro a outro para terminar seu repasto (picada dolorosa). 
Tabanidae – ação sobre o hospedeiro 
Picada: infecção secundária, miíase. 
Redução da produção de leite, dos índices de produtividade. 
Vetores mecânicos: 
Vírus da anemia infecciosa equina, estomatite vesicular, encefalite e peste suína, leucose bovina. 
Anaplasma marginale, Trypanosoma evansi, T. vivax 
Carbúnculo, brucelose.
Dípteros: classificação e importância: Nematocera
Insetos – características do grupo: 
Corpo dividido em 3 segmentos: cabeça tórax e abdômen
 Cabeça larga e móvel
 Dois olhos grandes e compostos
 Um par de antenas contendo 3 componentes: escapo, pedicelo e flagelo
 Em muitos dípteros os olhos se encontram na fronte (condição holóptica)
 Especialmente em fêmeas os olhos são divididos pela fronte (condição dicóptica)
Dípteros – classificação 
Três subordens: Nematocera, Brachycera e Cyclorrapha 
 Proposição de incluir Cyclorrapha dentro da subordem Brachycera 
Dípteros – patologia 
Moscas adultas se alimentam de sangue, suor, secreções da pele, lágrimas, saliva, urina, e fezes
 Punctura – insetos picadores – perfuram a pele
 Mastigação na pele – não picadores, perturbadores
 Perdas muito grandes de sangue
 Vetores mecânicos de doenças
 Reações de hipersensibilidade – coceira
 Receio dos hospedeiros – comportamento evasivo, fuga, abano de cauda, auto-mutilação – menor tempo de alimentação e performance
 Podem causar morte por sufocamento – cavalos e bovinos
Dípteros – Cyclorrapha
Os adultos apresentam antenas com aristas: uma estrutura em forma de pena, emergindo do terceiro segmento da antena
 Palpos geralmente com um segmento
 Asas com menos veias do que em Brachycera e Nematocera 
 A pupa se forma em um pupário que libera o adulto pela remoção de uma tampa
 Constitui um grupo muito grande de moscas picadoras e causadoras de miíases 
Dípteros – Brachycera (já vistos acima)
Moscas pequenas a grandes
 Corpo volumoso
 Face bulbosa com três segmentos básicos
 Antenas curtas
 Palpos geralmente com dois segmentos e direcionados para a frente
 Constitui o grupo das tabanídeos (mutucas) 
Dípteros – Nematocera 
Moscas pequenas e delgadas – “mosquitos”
 Asas longas e estreitas
 Antenas longas com 6 ou mais segmentos 
 Palpos com 4-5 segmentos
 Após a pupação o adulto sai da pupa através de um corte longitudinal dorsal
 Constitui o grupo dos mosquitos e borrachudos
Dípteros – ciclo de vida 
A maior parte dos dípteros é ovípara
 O desenvolvimento embriônico ocorre no ovo
 Em algumas moscas (Sarcophagidae) os ovos se desenvolvem e eclodem no oviduto – fêmeas depositam larvas de primeiro estágio
 Em Hippoboscidae e Glossinidae as fêmeas produzem um ovo único e depositam a larva em estágio quase pupal 
 Larvas – corpo mole, sem pernas e segmentado, cabeça evidente em Nematocera e pequena em outros dípteros
 As larvas requerem água ou umidade – vegetação apodrecida, fezes
Após 3 a 5 cinco mudas a larva libera sua pele e se transforma em pupa – apêndices externamente visíveis
 Em Cyclorrapha forma-se uma estrutura em forma de barril – pupário 
 O adulto sai da pupa 
 A vida do adulto consiste em acasalar e ovipor 
 Fêmeas 
 Anautógenas – requerem uma refeição protéica para maturar os ovos
 Autógenas – podem maturar os ovos sem refeição protéica
Nematocera – família Culicidae 
Sem ocelos
 Antenas com 15-16 segmentos
 Probóscide alongada
 Pernas longas
 Conhecido como mosquito
 Fêmeas hematófagas
 Sugam sangue à noite
 Machos alimentam-se de sucos vegetais
 Fêmeas colocam seus ovos em locais úmidos (plantas flutuantes) ou água
Anofelinos - hábitos crepusculares (anofelinos)
 A cópula se dá momentos antes de se dirigirem para as casas
 “Dança nupcial" - mosquitos voam em largos círculos e çópula ocorre no ar
 Um macho pode copular várias fêmeas e uma fêmea pode ser copulada por vários machos
As fêmeas alimentam-se em geral de sangue - maturação dos ovos
 Não usam sangue para subsistência - em laboratório sobrevivem apenas com água e açúcar
 Os machos alimentam-se de sucos de frutas e néctar de flores
Postura e oviposição 
Anopheles - postura em grandes coleções de água parada, água com leve correnteza ou em água coletada de bromélias
 Os ovos de Anopheles não resistem a dessecação
 São postos isoladamente na superfície da água
 Possuem flutuadores laterais
 Aedes - Coloca seus ovos à beira das águas de pequenas coleções de vasos, latas, etc..
 Evaporando-se a água os ovos aderem as paredes do vaso e resistem ali por vários meses
 A eclosão das larvas ocorre com a chuva
 Os ovos de Aedes são postos isoladamente mas não possuem flutuadores
 Culex - Os ovos são colocados sempre em posição vertical formando jangadas capazes de flutuar
Larvas:
São encontradas na água, ainda que possam sobreviver algum tempo em ambiente úmido
 O período larvário representa a fase de crescimento do inseto, durante a qual a larva sofre 4 mudas
 As larvas se alimentam de microorganismos
 As larvas são vermiformes e desprovidas de patas e asa
 O corpo é constituído de cabeça, tórax e abdômen
 A respiração pode ser feita por um sifão respiratório na extremidade final do abdômen (Subfamília Culicinae) ou via tegumento (Subfamília Anophelinae)
Pupas:
Após a quarta muda larvária emerge a pupa, com a forma de uma vírgula. 
 É móvel porém não se alimenta 
 O corpo das pupas de mosquitos é constituído de duas partes: cefalotórax e abdômen
 As pupas da família Culicidae também localizam-se na água
 Apósa saída do mosquito adulto ele fica em cima da pele da pupa que acabou de deixar para que ocorra a quitinização (quitina em contato com o ar endurece)
Criadouros:
Permanentes
 Naturais - lago, riacho
 Artificiais - caixas de água, garrafas, cascas de ovo, pneus. 
 Temporário - poças
Nutrição:
Varia de acordo com a espécie
 Flores, matéria orgânica em decomposição, seiva que escorre dos vegetais feridos no tronco, suor, exsudatos de úlceras cutâneas, sangue de diversos animais
Habitat:
Forma adulta é terrestre, vive em ambiente diferente daquele onde se desenvolveram as larvas. 
 Encontram-se com freqüência em descampados, folhagens, florestas, alguns se adaptaram a regiões inóspitas como mangues, desertos, cerrados, cavernas. 
 As larvas de Nematocera desenvolvem-se em água corrente ou estagnada, matéria orgânica em decomposição ou no interior de vegetais.
 São todos holometabólicos
 Nematocera – família Culicidae
Subfamília Anophelinae – Tribo Anophelini
Adultos com escamas abundantes
 Probóscide bem desenvolvida
 Palpos retos
 Olhos grandes
 Antenas plumosas nos machos
Larvas sem sifão respiratório - horizontais na superfície d'água
 Pupas com trompa respiratória de forma cônica curta e de abertura larga
 Fêmeas com palpos delgados e do mesmo comprimento da probóscida 
 Machos com últimos segmentos do palpo dilatados e pilosos, dando aspecto de clava
 Quando em repouso esses mosquitos formam um ângulo quase reto ao substrato 
Gênero Anopheles 
 Criadouros - lagoas, rios, represas
 Transmite a malária (esporozoítas de Plasmodium na glândula salivar)
 Hábito crepuscular e noturno.
Nematocera – família Culicidae - Tribo Aedini - Gênero Aedes
Postura preferencialmente (vizinhança da água ou na sua superfície) em águas limpas existentes em barris, potes de barro, vasos, cacos de garrafa
 Depositam os ovos separadamente em vários lotes, postos em intervalos de um dia ou mais
 Ovos resistem a dessecação por vários meses
 Hábito diurno, gosta de temperatura elevada e pica raramente quando a temperatura fica abaixo de 23 graus
 O ciclo dura 11 a 18 dias em temperatura de 26 graus
 A fêmea após ter feito a postura de seus ovos morre rapidamente
Em condições normais uma fêmea pode fazer 12 ou mais repastos sangüíneos em um mês o que é de grande importância na transmissão da febre amarela
 A cópula se processa 12 a 24 horas após o nascimento do imago (adulto) e estimula o desejo de sugar sangue
 As fêmeas virgens dificilmente sugam sangue
 As fêmeas após sugarem sangue fazem, a postura dos ovos em poucos dias; se forem alimentadas com líquidos açucarados, os ovos não se desenvolvem, nem há postura
Esse mosquito é doméstico e nas horas de repouso (noite) se esconde atrás ou debaixo de móveis
 As larvas se alimentam de bactérias contidas na água
 Transmite febre amarela e dengue
Nematocera – família Culicidae
Tribo Culicini – Subfamília Culicinae 
Gênero Culex 
 Doméstico de hábito noturno
 Fêmeas depositam seus ovos em água estagnada pura ou impura nas imediações dos domicílios
 Os ovos, postos verticalmente são aglutinados formando uma jangada
 Fêmeas são antropófilas 
 É encontrado principalmente nos dormitórios, sobre o teto, móveis e roupas
 Após a desova a fêmea morre ou sobrevive poucos dias
 Ciclo dura mais ou menos 10 a 11 dias
 Transmite Wuchereria bancrofti (filária, Elefantíase)
Ovos desprovidos de flutuadores e postos em jangada
 Larvas com sifão respiratório
 Dispõem-se perpendicularmente ou obliquamente na superfície líquida permanecendo com o corpo mergulhado
 Quando em repouso esses mosquitos ficam com o corpo paralelo a superfície
Nematocera – família Psychodidae 
Subfamília Phlebotominae 
 Phlebotomus (Europa)
 Lutzomyia (Américas) - mosquito palha 
Subfamília Psycodinae 
 Psychoda - mosca dos banheiros
Nematocera – família Psychodidae 
Mosquito palha, birigüi, tatuquira 
Fêmeas hematófagas
 Atração por luz (casas)
 Palpos maiores que a probóscide (curta)
 Durante o dia ficam escondidos
 O mosquito palha é transmissor do agente causal da leishmaniose (ex. Lutzomyia longipalpis transmite a leishmaniose visceral ou calazar – Leishmania donovani
Asa com formato lanceolar e com nervuras longitudinais e paralelas
 Antenas longas com 16 segmentos
 Não têm ocelos
 Quatro estágios larvais e com fase de pupa no mesmo local
 Cerdas longas espalhadas ao longo do corpo
 Pouca capacidade de vôo
 Hábitos noturno (algumas espécies podem ter hábito diurno, manhã e/ou tarde), preferindo locais sombreados e ricos em matéria orgânica para fazer postura como tocas de animais.
Nematocera – família Ceratopogonidae 
Mosquito pólvora, maruim, mosquitinho do mangue 
Principal gênero - Culicoides 
 Picada produz lesões eczematosas urticarianas 
 Causa dermatite em eqüinos, com perda de pele
 Ovos postos em água doce ou salgada
 As fêmeas fazem a postura em pedras, pedaços de pau...
 Somente as fêmeas são hematófagas
 Transmite filária, vírus da língua azul para bovinos e ovinos
 Hábitos diurnos
Bem pequeno – 1 a 4 mm
 Antenas longas e peças bucais curtas
 Asas manchadas
 Vive nos mangues e terrenos pantanosos, pois se desenvolvem em certo grau de salinidade
 Pigmentos nas asas que se distribuem de maneira variada (asa enfuscada)
 Antenas com 14 segmentos com formato de contas de rosário, os primeiros segmentos antenais parecem bolas
Nematocera – família Simulidae 
Simulium – borrachudos, piuns 
Mosquito borrachudo
 Fêmeas hematófagas - se alimentam de sangue de bovinos, eqüinos, ovinos, caprinos, aves
 Parecem uma pequena mosca - adultos de 1 a 5 mm
 Antenas com 11 segmentos, sem cerdas e mais curtas que outros Nematocera 
 Habitam áreas de cachoeiras e rios, pois só se desenvolvem em águas correntes
 Hábitos diurnos (crepuscular), picadas não doem na hora, passado algum tempo dói bastante e ocorre prurido, atacam em bandos
Larvas e pupas ficam abaixo do nível das águas
 Ventosa posterior (para fixação)
 Escova oral (para captar nutrientes rapidamente)
 Pseudópodes (por isso é chamada de semi-fixa)
 Glândulas salivares que produzem um fio pegajoso do qual são tecidas as pupas
 As pupas são em forma de cones com filamentos traqueais (para absorção de O2)
 O adulto apresenta asa com nervuras em apenas uma parte dela e a antena parece um chifre e tem segmentos de flagelos achatados
Provocam perturbação e reduzem produtividade
 Reações alérgica contra componentes da saliva
 Infestações maciças podem levar à morte por anemia ou hipersensibilidade
 Atuam como vetores de filarídeos (elefantíase, onchocercose) Leucocytozoon em aves
Ciclo – Simulium: borrachudos, piuns
Fêmea adulta deposita ovos na vegetação emergente em cursos de água
 Larvas aderem ao fundo das folhas 
 Pupas dentro do seu casulo aderidas à vegetação submersa 
 Adultos dentro de bolhas de ar escapam para a superfície a partir da casca da pupa 
O corpo apresenta um tórax arqueado, pernas curtas e antenas em forma de chifres – aspecto de búfalo
Nematocera – controle 
Larva
 Eliminar todos os criadouros artificiais e ter engenharia sanitária para os naturais
 Controle biológico através de predadores como barrigudinhos (peixes), larvas de caoborídeos (dípteros), Bacillus thurigiensis israelensis 
 Adulto
 Uso de repelentes no corpo
 Uso de telas nos canis, janelas e portas (ou mosquiteiros)
 Inseticidas (no horário de atividade do mosquito)
 Esterilização dos machos (muito caro)
 Preservação de matas (para que os mosquitos não venham à domicílio)
 Evitar áreas de cachoeiras
 Controle biológico:
Bacillus thuringiensis produz uma inclusão cristalina (ou "cristal") composta de proteínas inseticidas - delta-endotoxinas 
 A duração de sua atividade na natureza é mais fraca que a dos inseticidas químicos
 Biolarvicidas à base de Bacillus thuringiensis 
 Não poluem o ambiente
 Preservam a maioria da fauna associada
 Não são tóxicos aos humanos nem aos animais
 Pouca resistência ao produto
Pulgas : Siphonaptera 
Sãoinsetos sem asas e com o corpo achatado lateralmente
 Medem cerca de 1,5 a 4 mm 
 Ectoparasitas de mamíferos e aves
 Hematófagos 
 Não têm olhos compostos, mas podem ter olhos simples
 Terceiro par de patas é muito mais longo (adaptação para o pulo) 
 Presença de cerdas projetadas para trás
 Antenas curtas
Cabeça é imóvel
 Porção inferior – gena 
 Apresentam olhos simples
 Aparelho bucal picador sugador
 Podem possuir projeções denominadas ctenídeos 
 Presença de ctenídeos em algumas espécies formando um pente na região da gena (bochecha) e na borda posterior do primeiro segmento torácico (pronotal) (utilizado para identificação das espécies)
Lacínias – peças perfurantes
 Formam com a labro-epifaringe o canal sugador
O nono segmento abdominal apresenta uma placa dorsal chamada sensilium – função sensorial, alinhamento das genitálias durante o acasalamento, emite ultra-som para comunicação
Algumas pulgas podem pular mais de 100 vezes o tamanho do seu corpo (3 mm – 30 cm!!)
 Equivale a um humano de 1,70 m pulando 170 metros (60 andares)!!
 Astronautas experimentam acelerações de até 8 g. A pulga do rato produz um pico de aceleração de 140 g !!
A energia para pular é armazenada em estruturas denominadas arcos pleurais
 São formados de uma proteína denominada resilina 
 Para pular o fêmur é rotacionado para uma posição vertical, trazendo o trocânter e o terceiro par de pernas em contato com o solo 
 Ocorre o travamento dos três segmentos torácicos na posição, e a estrutura elástica composta de resilina é forçada
 A resilina dos arcos é comprimida pela contração dos músculos
 Para pular o fêmur rotaciona-se para baixo, os músculos relaxam, liberando a energia armazenada na resilina 
Biologia:
São insetos hematófagos com metamorfose completa
 A alimentação sangüínea é essencial para o início da postura
 É exclusiva da fase adulta e ambos os sexos são hematófagos 
 Fazem 2 a 3 refeições por dia – 10 minutos cada
 Tipo de associação
 Presença e alimentação permanentes – “bicho do pé” (Tunga penetrans)
 Presença permanente e alimentação intermitente – vivem sob a pelagem dos hospedeiros – Ctenocephalides, Xenopsylla 
 Temporários ou intermitentes - vivem fora do hospedeiro – Pulex irritans - somente exercem a hematofagia 
Ciclo:
Ciclo de vida: 25 a 30 dias. 
 A maior parte do ciclo biológico ocorre fora do hospedeiro 
 A fêmea bota cerca de 20 ovos por vez e 400-500 ovos ao longo da vida 
 Os ovos ficam na poeira e sujidades e raramente no hospedeiro 
Eclosão das larvas: após 2-16 dias dependendo do ambiente
 As larvas são vermiformes, ápodas, apresentam um espinho na cabeça que auxilia o rompimento da casca do ovo 
 Contém 3 segmentos torácicos e 10 abdominais 
 Aparelho bucal do tipo mastigador 
 São ativas, alimentam-se de detritos orgânicos e proteináceos (pelos, penas..) e de fezes das pulgas adultas 
São encontradas em fendas nos pisos, ninhos, local de descanso dos animais, ao abrigo da luz 
A larva dá origem a uma pupa (7-10 dias) com casulo aderente (10-17 dias ou até meses) que se reveste de resíduos do meio ambiente – camuflagem 
 A pupa permanece no ambiente (no fundo do sofá, colchão, tapetes e carpetes, e frestas de pisos de madeira) por períodos de até 1 ano
Após emergir da cutícula pupal, o adulto permanece dentro do casulo e somente emerge quando percebe aumento da temperatura ou vibração causada pela presença do hospedeiro
Novas pulgas podem se formar e infestar os animais, mesmo que eles não saiam de casa.
 A pulga pode sobreviver até 6 meses entre alimentações 
 O tempo médio de vida de uma pulga é de 1 a 2 anos. 
 Não há uma alta especificidade de hospedeiro – geralmente infestam várias espécies
Controle de pulgas não se baseia somente no controle efetivo de adultos, mas principalmente de larvas/pulgas jovens presentes no ambiente. 
Patogênese:
Infestações muito grandes são encontradas em animais velhos ou com doenças crônicas debilitantes
 Reação depende do grau de sensibilização
 A mais comum reação é de hipersensibilidade de tipo I
 Animais não sensibilizados – leve prurido
 Animais sensibilizados – prurido, dermatite, infecções secundárias
 Gatos – dermatite miliar 
 Cães – dermatite alérgica por picada de pulga (DAPP) 
Transmissão de doenças:
Vetores: 
 Peste bubônica (Yersinia pestis) – Xenopsylla cheopis 
 Salmonelose 
 Tifo exantemático murino (Rickettsia) fezes da pulga do rato
 Tularemia (Francisella tularensis) – transmissão mecânica
 Mixomatose dos coelhos – vírus é transmitido pelas peças bucais contaminadas
 C. felis, C. canis e P. irritans são hospedeiros intermediários do cestódeo Dipylidium caninum 
 C. canis e C. felis são hospedeiros intermediários do filarídeo Dipetalonema reconditum 
Pulgas – Tungidae – Tunga penetrans 
Conhecida como “bicho do pé”, “bicho do porco” e “pulga da areia”
 É a menor das pulgas (adulto 1 mm)
 Não possui ctenídeos 
 Adultos (machos e fêmeas virgens) vivem em lugares de solo arenoso, quentes e secos, sendo abundantes em chiqueiros de porcos e peri-domícilio 
 São exclusivamente hematófagas
Ciclo:
A fêmea grávida penetra na pele do porco (ou homem), deixando apenas a extremidade posterior em contato com a atmosfera para respirar
 As localizações preferenciais da fêmea parasita são a sola dos pés, espaços interdigitais e sob as unhas
Aproximadamente após 15 dias, com o acúmulo de ovos seu abdômen se expande, atingindo o tamanho de um grão de ervilha
 Em torno de 100 ovos são expelidos, os quais, em chão úmido e sombreado, darão origem às larvas e pupas
 Em seguida a fêmea morre, o corpo da fêmea é expulso pela reação inflamatória da pele
Pode ocorrer infecção secundária após saída do adulto por Clostridium tetani (tétano), Clostridium perfringens e outras espécies (gangrena gasosa) ou fungos (Paracoccidioides brasiliensis).
Controle:
O tratamento consiste na extirpação dos parasitas em condições assépticas, limpeza do ferimento, vacina antitetânica. 
 Prevenção através do uso de calçados, tratamento dos animais domésticos infestados e aplicação de inseticidas no ambiente.
Pulgas – Pulicidae 
Ctenocephalides felis e Ctenocephalides canis 
Conhecida como “pulga do gato”
 Apresenta 4 subespécies parasitas de carnívoros
 C. felis felis (cosmopolita): é a pulga mais comum em cães e gatos
 C. felis strongylus (África)
 C. felis damarensis (África)
 C. felis orientalis (Índia à Austrália)
 Tem coloração castanho/preta
 Fêmeas têm cerca de 2,5 mm e machos 1 mm
 Ctenocephalides felis x Ctenocephalides. canis 
C. canis apresenta a cabeça mais arredondada do que C. felis 
 Apresentam ctenídios genais e pronotais 
 O primeiro ctenídio é curto C. canis em genal
 Os dois primeiros ctenídios são de tamanho similar em C.felis
Ciclo da Ctenocephalides felis
Fototáticos positivos e geotáticos negativos – procuram se mover para o topo dos substratos
 Notam a presença do hospedeiro pelo calor e visão e o aumento do CO2
 Após atingir o hospedeiro ocorre o acasalamento
 As fêmeas se alimentam e aumentam seu peso em até 75%
 Logo após o repasto iniciam a defecação – sujeira de pulga
 Cerca de 24-48 horas após o repasto as fêmeas ovipõem (30-50 ovos por dia, 50-100 dias de vida)
 Os ovos caem no chão e requerem umidade > 50% e temperaturas amenas
As larvas procuram ambientes protegidos como a cama do hospedeiro – ambientes úmidos e escuros – base do carpete, frestas no piso 
 Podem se alimentar das fezes dos adultos
 Os três estágios larvares duram entre 1 a 5 semanas
 A larva tece um casulo que permanece vertical e aderido a detritos do ambiente
 A pupa pode resultar em adulto em 9 dias, mas também pode permanecer assim por longos períodos sob frio (meses)
 Ciclo total mínimo dura cerca de 17-22 dias para a fêmea e 20-26 dias para o macho – condições normais de 3-5 semanas
Patogenia
Infestações severas podem levar à anemia
 Reações alérgicas na pele à saliva da pulga 
 Gatos
 Dermatite miliar e alopecia simétricaGatos infestados aumentam a lambedura - ingestão de cerca de 50% das pulgas – redução da chance de encontrar as pulgas !! 
Cães 
 Transmissão de cestódeos (Dipylidium caninum)
 Reações alérgicas na pele: DAPP – dermatite alérgica por picada de pulga: presença de pápulas com crostas na região lombo sacral, abdômen, pescoço e parte interna de membros posteriores 
DAPP: Prurido, desassossego, auto-mutilação, perda de pelo, infecções secundárias
Echidnophaga gallinacea 
Não tem ctenídeos 
 Cabeça com fronte em ângulo
 Hospedeiro – aves, cães, gatos, coelhos, roedores, eqüinos e humanos 
Pode-se tornar um problema em aves de criação e causar irritação em cães, gatos, coelhos, roedores, eqüinos e humanos 
 A cabeça da pulga se insere dentro da pele – difícil remoção
 Causa inchaço e ulceração 
 Cães e gatos em contato com aves de criação (caipiras) podem ser infestados 
 Nesses animais a pulga é encontrada principalmente entre os coxins plantares 
 Pode levar a infecções secundárias
 Não tem importância na transmissão de doenças
Patogênese:
Aves podem apresentar agregados de pulgas ao redor dos olhos, crista e barbelas
 Controle:
Tratar o ambiente com inseticidas para eliminar as larvas
 Impedir o contato de cães e gatos com aves de criação
 Remover manualmente as pulgas e em infestações severas usar produtos químicos
Pulex irritans 
É a pulga mais comum do homem
 Pode ser encontrada em outros mamíferos: porco, cabras, cão, gato
 Distribuição cosmopolita
 Não tem ctenídeos 
Não tem ctenídeos 
 Cabeça arredondada 
 Olhos grandes 
 Cerda pré-ocular 
 Cerda genal 
 Hospedeiros - homem, cães, gatos, porco e outros mamíferos
Xenopsylla cheopis 
Não tem ctenídeos 
 Cabeça arredondada
 Cerda pré-ocular tem posição anterior
 Hospedeiros - roedores 
Conhecida como “pulga do rato”
 É a pulga mais encontrada nos ratos, estando distribuída geograficamente nas regiões tropicais e em algumas áreas temperadas.
 É a principal responsável pela transmissão da peste bubônica (Yersinia pestis) entre ratos e desses para o homem: as bactérias multiplicam-se, bloqueando a passagem do alimento no proventrículo, não há absorção do sangue, pulga fica faminta picando vários hospedeiros, transmitindo a bactéria. 
 Transmitem pelas fezes o tifo murino, doença infecciosa aguda causada pela Rickettsia tiphi 
Controle:
Emergencialmente - controle químico das pulgas
 Longo prazo - evitar a proliferação dos roedores nas habitações e depósitos de alimentos através de adequada educação sanitária
Tratamento do animal para eliminação dos adultos
 Tratamento do ambiente para eliminação dos estágios de desenvolvimento
 Aplicação de inseticidas 
 Remoção de frestas, trincas e outros esconderijos
 Prevenção da re-infestação do ambiente
 Evitar entrada de outros animais
 Aplicação periódica de inseticidas
 Manter ambiente livre de esconderijos de larvas e pupas
 Limpeza
Controle em cães (?) (em gatos é diferente)
ADVANTAGE MAX 3 pour-on (BAYER S.A.) – Imidacloprida e Permetrina 
 CAPSTAR comprimido (Novartis) - Nitenpiram 
 FRONTLINE® Topspot e Spray (Merial) – Fipronil 
 PULVEX® Pour-on e Shampoo (SCHERING-PLOUGH) – Permetrina 
Classificação das pulgas
Baseia-se na presença ou ausência de ctenídeos 
 Particularidades 
 Hospedeiro 
Sem ctenídeos 
 Fronte arredondada 
 Pulex irritans 
 Xenopsylla cheopis 
 Fronte angulosa 
 Echidnophaga gallinae 
 Tunga penetrans 
C. canis apresenta a cabeça mais arredondada do que C. felis 
 Apresentam ctenídios genais e pronotais 
 O primeiro ctenídio é curto C. canis em genal
 Os dois primeiros ctenídios são de tamanho similar em C. felis 
Perguntas:
Um cão apareceu no seu consultório apresentando prurido e alopecia 
 Qual é a suspeita clínica? 
 O que você faria para confirmar o diagnóstico? 
 Explique o ciclo biológico do parasita em questão 
 Quais os métodos de controle que deveriam ser empregados. Justifique. 
Piolhos 
Ordem Phthiraptera - (do Grego, phthir = piolho aptera = sem asa)
Ordem com 3.500 espécies, somente 30 têm importância econômica. 
Piolhos são insetos adaptados para realizar todo seu ciclo biológico em aves e mamíferos. 
Há piolhos altamente especializados que parasitam áreas específicas do corpo do hospedeiro. 
Geralmente só abandonam seus hospedeiros para se fixar em outros hospedeiros. 
Insetos pequenos, ápteros, medindo de 0,3 a 11 mm de comprimento. 
Corpo achatado dorsoventralmente, pernas robustas e garras adaptadas para se fixar fortemente nos pêlos ou penas. 
Coloração: amarelo esbranquiçado a castanho. 
Após a alimentação escuros, quase pretos (quando se alimenta de sangue) 
Biologia
Fêmea: deposita de 50 a 100 ovos, geralmente em pencas (cachos) que ficam firmemente aderidos nas penas ou pêlos do hospedeiro.
Fêmeas geralmente são maiores que os machos e estão em maior número. 
Todo o ciclo ocorre no hospedeiro. 
Insetos hemimetábolos – não têm a fase de larva
Ovo 1 a 2 semanas Ninfa eclode (muito semelhante ao adulto, menor e mais clara). 
Alimentam-se de descamações do tecido epitelial, partes das penas, secreções sebáceas e sangue. 
Transmissão: geralmente por contágio direto.
Ciclo biológico: 4 a 6 semanas. 
Importância Veterinária:
Infestação por piolhos: pediculose. 
Ação sobre o hospedeiro: 
Relacionada ao grau de infestação. 
Irritação (garras tarsais), intenso prurido, animal pode se coçar até sangrar 
Alopecia, escoriação e auto-mutilação. 
Estresse, redução do peso e queda na produção. 
Espécies hematófagas alta infestação anemia. 
Suínos
Infestação por piolhos é muito comum, ocorre frequentemente nas dobras do pescoço, mandíbulas e ao redor das orelhas. 
Muito pruriginosa, induz danos à pele. 
Equinos 
Infestações leves crina, base da cauda e espaço sub-maxilar. 
Altas infestações pode se espalhar por todo o corpo do animal. 
Aves
Parasitadas por mais de 40 espécies de piolhos mastigadores
Causam severa irritação e perda de peso. 
 Altas infestações eventualmente mortalidade. 
Ordem: Phthiraptera
Sub-ordens: Amblycera , Ischnocera, Anoplura , Rhyncophthirina 
Classificação antiga
Mallophaga (Amblycera, Ischnocera e Rhyncophtirina) - mastigadores
Anoplura – sugadores
Amblycera e Ischnocera (malófagos) 
Lipeurus spp, Menacanthus e Menopon 
Denominados de piolhos mastigadores.
Adultos: medem de 2 a 3 mm. 
Cabeça grande e arredondada, olhos reduzidos ou ausentes. 
Pelo menos dois segmentos do tórax são visíveis.
Geralmente se alimentam de fragmentos de queratina da pele, pêlos e penas.
Podem sugar sangue de ferimentos na pele. 
Alguns são capazes de perfurar a pele. 
Ectoparasitos de aves, marsupiais, carnívoros e roedores. 
Medem de 2 a 3 mm de comprimento. 
Cabeça grande, livre, horizontal.
Olhos pequenos ou ausentes. 
Mandíbulas paralelas à superfície ventral da cabeça e cortam no sentido horizontal. 
Antenas escondidas na fosseta antenal.
Antenas clavadas com 4 a 5 segmentos, geralmente só último segmento é visível. 
Um par de palpos maxilares com dois a quatro segmentos. 
Abdômen: 9 segmentos
Alimentam-se de partículas presentes na superfície da pele. 
Algumas espécies ocasionalmente são hematófagas: cortam a base das penas novas ou áreas mais finas da pele com a mandíbula hemorragia localizada ingerem o sangue que sai dos vasos. 
Geralmente andam na pele dos hospedeiros. 
Adaptados para se mover em superfície lisa. 
Não se fixam firmemente na pele ou penas. 
Menacanthus stramineus 
Importância: 
Piolho do corpo das aves.
Espécie de maior importância na avicultura, principalmente em criação de poedeiras comerciais. 
Poedeiras debicagem favorece o parasitismo, ave não consegue retirar os piolhos. 
Geralmente espécie-específico. 
Morfologia: 
Adultos 3 a 4 mm de comprimento. 
Coloração amarelo pálida. 
Numerosas cerdas na superfície do mesotórax e metatórax.
Na superfície dorsal dos segmentos abdominais há duas fileiras de cerdas dirigidas para trás.Biologia
Parasita extremamente ativo 
Todo o ciclo biológico ocorre no hospedeiro, dura de 2 a 3 semanas.
Ovos colados na bases das penas principalmente na região do ventre. 
Ovos eclodem em 4 a 7 dias passando por 3 estádios ninfais. 
Alimentam-se das barbas e bárbulas das penas.
Perfura a base das penas e pode-se alimentar do sangue que flui.
Comumente encontrados sobre a pele, em regiões com poucas penas, como região ventral. 
 Infestações observados no peito, embaixo das asas, cabeça e outras regiões do corpo (cloaca). 
Transmissão do ectoparasita ocorre pelo contato direto entre as aves. 
Danos ao hospedeiro: 
Severa irritação. 
Pele fica inflamada com crostas escamosas.
Pode causar anemia. 
 infestação Perda de peso, atraso no desenvolvimento e até mortalidade das aves mais jovens. 
 infestação fissuras e micro hemorragias na região da cloaca. 
Heterodoxus spiniger
Danos ao hospedeiro:
Parasita de cães.
Grandes infestações podem causar dermatite e pruridos
Hospedeiro intermediário do Dipylidium caninum (cestóide) e de Dipetalomena reconditum (nematóide). 
Cão ovos do cestóide ingeridos pelo Heterodoxus spiniger cisticerco se desenvolve na hemocele cão ingere o piolho contendo o cisticerco Dypilidium caninum adulto. 
Amblycera 
Antenas escondidas em sulcos antenais 
Antenas com 4 segmentos
Palpos maxilares presentes
Ischnocera 
Antenas expostas
Antenas com 3 a 5 segmentos
Palpos maxilares ausentes
Subordem Ischnocera 
Biologia 
Apresentam antenas filiformes com 3 a 5 segmentos expostas externamente
Palpos maxilares ausentes
Mesotórax e metatórax fusionados – pterotórax 
Apresentam localização mais específicas do que os Amblycera no corpo dos hospedeiros
Apresenta três famílias, sendo duas com importância veterinária:
Philopteridae (parasitas de aves)
Trichodectidae (parasitas de mamíferos)
Mandíbulas foram um ângulo reto e cortam no sentido vertical. 
Palpos maxilares ausentes. 
Antenas cilíndricas e filiformes, visíveis dos lados da cabeça, com 3 a 5 segmentos. 
Em algumas espécies, nos machos as antenas podem estar modificadas: órgão de preensão. 
Adaptados para caminhar em pêlos ou penas, mais diversificados que os Amblycera.
Damalinia ovis 
	Acomete ovinos, a fêmea deposita cerca de 30 ovos na lã próxima à pele. 
Damalinia bovis 
Ataca bovinos, parasitam em grupos 
Coloração castanho-avermelhada com bandas transversais no abdome. 
O tarso apresenta uma única garra. 
Fêmea: pode ser facultativamente partenogenética (produz ovos que se desenvolvem sem fertilização) - aumento rápido da população
Alimenta-se de descamações epiteliais acumuladas na pelagem do bovino. 
A fêmea deposita cerca de 30 ovos no pêlo próximo à pele. 
Parasitam o topo da cabeça, pescoço, ombros e dorso
Ação sobre o hospedeiro: irritação, prurido, alopecia
 infestações outras partes do corpo. 
Damalinia equi 
Parasita a cabeça, crina base da cauda e ombros de cavalos. 
Damalinia caprae 
Acomete cabras. Induz intenso prurido, inquietação, diminuição do apetite, alopecia, pêlos eriçados, crostas e descamação. 
 
 Felicola subrostratus 
Ectoparasita do gato doméstico 
Morfologia: 
Cabeça característica, triangular e projetada anteriormente, para frente. 
Região ventral da cabeça: há um sulco mediano longitudinal que se adapta ao redor do pêlo do hospedeiro. 
Antenas: 3 segmentos. 
Pernas pequenas e terminam numa garra única 
Abdômen liso, com poucas cerdas e 3 pares de espiráculos.
Trichodectes canis 
Ectoparasita do cão doméstico. 
Morfologia: 
Piolho pequeno (1,90 mm comprimento). 
Cabeça sub-quadrangular, mais larga do que longa. 
Antenas com 3 segmentos cilíndricos (primeiro segmento mais grosso e o terceiro mais longo). 
Antenas implantadas em pequenas fossas.
Tarsos com uma única garra. 
Abdômen oval com margens onduladas, fileiras de cerdas longas
 Espécie muito ativa.
Parasita cabeça, pescoço e cauda dos cães, fica presa à base do pêlo. 
Efeitos sobre o hospedeiro: irritação intensa com descamação da pele, muito pruriginosa. 
Anoplura - Haematopinus spp. 
Piolhos sugadores, hematófagos, parasitam somente mamíferos. 
Insetos pequenos, medindo cerca de 2 mm de comprimento. 
Há espécies de 0,5 mm e de 8 mm. 
Cabeça pequena, estreita e alongada. 
Cabeça é mais estreita que o pró-tórax. 
Olhos reduzidos ou ausentes. 
Palpos ausentes.
Antenas curtas com 5 segmentos. 
Aparelho bucal modificado: adaptado para perfurar a pele de seus hospedeiros.
Aparelho bucal: três estiletes (estruturas perfurantes) situados numa bolsa ventral 
A boca (prestômio) abre-se na extremidade anterior da bolsa ventral. 
Prestômio: revestido por finos dentes que durante a alimentação são extrovertidos ajudando o piolho a se fixar na pele do hospedeiro. 
Estiletes perfuram a pele, o sangue é sugado para dentro do prestômio por uma bomba muscular (músculos cibariais). 
Quando não usado, o aparelho bucal fica retraído.
Segmentos torácicos fusionados, difícil de serem distinguidos. 
Apresentam em cada perna uma garra tarsal 
A garra projeta-se do tarso que ao fechar-se sobre uma expansão da tíbia (esporão tibial) permite que o piolho se fixe no pêlo do hospedeiro. 
Abdômen: 9 segmentos. 
Ao longo do lado de cada segmento abdominal há uma placa esclerotizada, a placa paratergal. 
Haematopinus
Há 20 espécies deste gênero, das quais 5 têm importância veterinária. 
Um dos piolhos de maior importância para mamíferos domésticos. 
Piolhos grandes (4 a 6 mm de comprimento). 
Cabeça em forma de losango, apresentando atrás das antenas um processo angular proeminente. 
Antenas com 5 artículos, olhos ausentes.
Placa esternal preta e bem desenvolvida. 
Pernas de mesmo tamanho, terminando numa única garra forte, oposta à um esporão tibial. 
Abdômen mais largo que o tórax. Ao longo do lado de cada segmento abdominal há uma placa esclerotizada, a placa paratergal. 
Haematopinus suis
Um dos mais importantes ectoparasitas de suínos. 
Distribuição cosmopolita. 
É o maior anoplura que infesta animais domésticos (5 a 6 mm de comprimento). 
Infestação áreas de pele mais macia: dobras do pescoço, próximo às mandíbulas e nos ombros. 
Pode ocorrer também nas partes superiores das patas e ao redor da cauda
Comumente observados dentro da orelha, especialmente em épocas frias do ano. 
 infestações irritação, desconforto, animais se esfregam ocorrendo escoriações na pele e perda de pêlo. Há queda na produção.
Há formação de crostas na pele e inflamação. 
Sobrevive até 3 dias fora do hospedeiro. 
Longevidade dos adultos: 35 dias. 
Pode transmitir agentes patogênicos como vírus 
 Haematopinus asini 
Parasita eqüinos 
Espécie cosmopolita. 
Morfologia: cabeça longa e robusta. 
Mais abundante em regiões de clima temperado. 
Cavalos: cabeça, pescoço, dorso e superfície interna das patas. 
Infestações leves assintomáticas 
 infestações animais inquietos, cansados, pode ocorrer anemia, esfrega-se fortemente, perdendo pêlo e dilacerando a pele. 
Diagnóstico dos piolhos
Aparência quebradiça de pelos ou penas
Presença dos parasitas nos pelos/penas
Presença de ovos aderidos nos pelos/penas
Sinais clínicos: coceira, pelos ou penas com aspectos quebradiço, perda de apetite, irritação na pele 
Tratamento
Existem várias drogas disponíveis
Organofosforados 
Piretróides 
Avermectina 
Controle
Explorações intensivas favorecem a transmissão (contato direto). 
Confinamento em exposições, feiras início a um surto ou parasitismo. 
Introdução de animais novos quarentena, vistoria, se necessário tratamento com inseticida. 
Quando há infestação : tratamento em intervalos (ovos são mais resistentes). 
 
 
 
Ácaros – classificação e importância 
Pertencem à classe Arachnida, artrópodes que não possuem antenas nem mandíbulas. 
Grupo bastante amplo encontrado nas regiões de clima tropical

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