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Atos administrativos - direito ADM (

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Ato Administrativo 
 
Ato Administrativo e Fato Administrativo: 
 
O ato administrativo é o meio pelo qual a Administração Pública exterioriza o seu 
comportamento no exercício das atribuições que lhe competem. 
Desta forma, é o ato administrativo modalidade do ato jurídico, editado pela 
Administração no desempenho das competências conferidas pela Constituição. 
Nem todos os atos emanados pela Administração são considerados atos jurídicos. 
Os doutrinadores classificam esses atos não jurídicos de FATOS administrativos ou atos 
materiais da Administração. Exemplo: a construção de uma via pública. 
Segundo Helly Lopes Meirelles, o fato administrativo é “toda realização material da 
Administração, em cumprimento de alguma decisão administrativa, tal como a 
construção de uma ponte,...” 
O Fato Administrativo é a realização concreta, a atividade efetiva, material. É a 
sucessão de um ato administrativo. Sempre resultará do ato administrativo que o 
determina. 
 
Ato Administrativo e Ato Jurídico: 
 
Os atos jurídicos e os atos administrativos possuem pontos comuns e divergentes. 
Ambos têm como objetivo criar, modificar e extinguir direito, buscando atender a 
interesses individuais ou coletivos. Ambos são proferidos em conformidade com a lei. 
A primeira divergência consiste no ato de que, no direito privado, prevalece a 
liberdade das partes desde que não contrarie a lei. (Ao particular é lícito fazer tudo aquilo 
que a lei não proíbe). No direito Público os atos devem ser praticados somente nos casos 
em que a lei determina ou autoriza e nos limites por ela fixados. 
 
Conceito de Ato administrativo: 
 
Segundo Helly Lopes Meirelles: 
 
“... toda manifestação unilateral de vontade da administração pública, que agindo nessa 
qualidade tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e 
declarar direitos ou impor obrigação aos administrados ou a si própria”. 
Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro (2001:180): 
"Pode-se definir o ato administrativo como a declaração do Estado ou de quem o 
represente, que produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob regime 
jurídico de direito público e sujeita a controle pelo Poder Judiciário." 
 
Assim, são características do ato administrativo: 
 
a) Declaração Jurídica : manifestação que produz efeitos de direito; 
b) Provém do Estado ou de quem tem prerrogativas estatais; 
c) É expedido no uso das prerrogativas públicas (autoridade); 
d) Consiste em providências complementares à lei ou, excepcionalmente, da própria 
Constituição, a fim de dar-lhes cumprimento; 
e) Está sujeito ao controle jurisdicional. 
 
Requisitos do Ato Administrativo: 
 
Os atos administrativos, para que possam produzir efeitos jurídicos, precisam de 
observar 05 requisitos, dois além dos necessários ao ato jurídico: 
 
1) Agente Competente: No Direito Administrativo, além da capacidade civil, o agente 
público deve revestir-se de competência atribuída por lei. 
A competência não é do agente administrativo ( rigorosamente), mas do órgão que dirige 
ou do cargo que ocupa. São atribuições legais exercidas pelos titulares dos cargos, por 
terem capacidade natural de manifestar a vontade. 
Como sabemos, as entidades jurídicas em geral e os órgão públicos se manifestam por 
intermédio de pessoas físicas. 
O agente público nunca poderá atuar além dos limites das competências ordinárias do 
cargo ou daquelas que lhe foram atribuídas por delegação, pois tal configuraria abuso de 
poder e implicaria, em princípio, na nulidade do ato. 
 
2) Objeto: Para a maioria dos doutrinadores a expressão objeto deve ser substituída por 
“conteúdo”. Adotamos a posição de Helly Lopes Meirelles que diz que o objeto do ato 
administrativo identifica-se com seu conteúdo. 
Desta forma, a criação ou a alteração do direito ou da situação jurídica é o objeto do ato 
administrativo e o conteúdo é o resultado dessa atuação administrativa. 
 
3) Forma: a forma do ato administrativo é o meio de que se vale a Administração 
Pública para a exteriorização de seus atos. Essa forma sempre será expressa de forma 
escrita, por vários motivos, dentre eles a exigência da publicidade e o princípio da 
moralidade administrativa. A forma escrita facilita a atividade dos órgãos de controle. 
Excluindo-se as exceções , os atos administrativos não escritos são inválidos e não 
produzem, em regra, efeitos jurídicos válidos. 
 
4) Finalidade: é requisito indispensável à validade do ato administrativo. O ato sem 
finalidade não pode prosperar. A finalidade deve sempre atender a um interesse público 
ou social. Desta forma, a finalidade do ato administrativo deve ser pública, não particular. 
A finalidade pública vem implícita ou explicita na lei. A alteração da finalidade 
caracteriza o desvio de poder, objetivando a invalidação do ato por ausência de um 
elemento primordial em sua formação: o fim público desejado. 
 
5) Motivo: o motivo do ato administrativo é a situação de fato ou de direito que 
determina ou recomenda a edição do ato. Ele deve ser previsto na lei implícita ou 
explicitamente. Se explícito, à autoridade não compete escolha, devendo praticar o ato 
sempre que se verificar a hipótese. Não estando o motivo evidenciado na lei, cabe ao 
agente, no exercício da faculdade discricionária, escolher ou indicar o motivo 
devidamente justificado. 
 
Classificação dos Atos Administrativos. 
 
I. Quanto à produção de efeitos: 
 
a) Atos Concretos: são aqueles destinados a produzir um único efeito, perdendo a 
eficácia e o poder de produzir efeitos simultaneamente à única aplicação que motivou a 
sua edição. Exemplo: demissão de servidor público e anulação de ato administrativo. 
 
 b) Atos Abstratos: são atos opostos aos concretos, dirigidos abstratamente à 
comunidade, destinados a produzir efeitos sempre que o caso concreto se identifique com 
a hipótese contida no ato. Exemplo: portarias, resoluções. 
 
II. Quanto aos destinatários dos atos : 
 
a) Atos Individuais: são aqueles que identificam, individualmente ou em grupo, os 
destinatários dos seus efeitos. 
Podem ser: 
Singulares: quando seus efeitos alcançarem apenas uma pessoa. 
Plúrimos: quando mais de uma pessoa for beneficiada ou contrariada por um único 
ato. 
b) Atos Gerais: são aqueles que se destinam às pessoas não especificadas, mas 
integrantes de uma determinada coletividade em razão de certo interesse. 
 
III. Quanto ao Alcance: 
 
a) Atos Internos: são aqueles que produzem efeitos somente no âmbito interno da 
Administração e têm por finalidade disciplinar serviços, orientar servidores. Exemplo: 
circulares. 
 
b) Atos Externos: são todos aqueles editados pela Administração Pública com 
força de intervir na esfera dos administrados, impondo-lhes obrigações e deveres ou 
concedendo-lhes benefícios e vantagens. Exemplo. Decreto que proíbe o transito de 
animas portadores de uma determinada doença. 
 
IV. Quanto à liberdade do agente: 
 
a) Vinculados (ou regrados): são aqueles em que o agente público não tem a 
oportunidade de escolha. A lei já traçou a direção e a conduta a ser adotada diante de um 
caso concreto. 
 
b) Discricionários: são aqueles emanados de autoridade no exercício do poder 
discricionário. Exemplo: Dispersão de uma passeata. 
 
DISCRICIONARIEDADE: é a liberdade de agir conferida à autoridade para exercer a 
melhor administração no interesse da coletividade. 
 
V. Quanto à vontade concorrente para a formação do ato: 
 
a) Atos Simples: são aqueles cuja formação concorre a vontade de um órgão 
somente. O órgão pode ser singular ou colegiado. 
 
b) Atos Complexos: São aqueles que para sua edição for necessária a concorrência 
de vontade de dois ou mais órgãos. 
 
c) Atos Compostos: São aqueles decorrentes das vontades de dois ou mais órgãos 
concorrentes paraa edição de 2 atos distintos, sendo que um é acessório em relação ao 
outro, principal. 
 
VI. Quanto ao Objeto: 
 
a) De Império: aqueles emanados pela Administração Pública investida de seu 
poder de império que exerce em relação aos administrados. São atos que obrigam ou 
reprimem comportamento do administrado, que restringem ou suprimem direito, que 
interditam atividades e que impõem sanções. 
 
b) De Gestão: são os atos de gerenciamento dos negócios públicos, para os quais o 
agente público não precisa atuar imperativamente. Podem ser editados até por 
provocação. Exemplo: licença de servidor para realizar curso. 
 
VII. Quanto a formação do ato: 
 
a) Unilateral: Emanado de uma só parte – editados pela administração pública sem a 
concorrência de vontade de outra pessoa pública ou privada na elaboração do ato. 
Exemplo: licença para construir. 
 
b)Bilateral (ou negócio jurídico): não é ato administrativo. É o instrumento jurídico que, 
para sua formação, depende de acordo bilateral, decorrente das vontades de duas ou mais 
partes. Exemplo: Contratos administrativos. 
 
VIII. Quanto à Produção de Efeitos Válidos: 
 
a) Perfeito: quando cumpridas todas as fases de sua formação. A inobservância de uma 
das fases implica na inexistência do ato. 
 
b) Válido: quando da sua edição observaram-se as condições e os limites estabelecidos na 
regra jurídica que o fundamenta. 
 
c) Eficaz: quando o ato é posto a produzir os efeitos. Não depende de condição futura 
para produzir efeitos. 
 
 
Espécies dos Atos Administrativos. 
 
 
I. Quanto à forma: (roupagem usada para a exteriorização do ato) 
 
1) Decreto: É ato de competência do Chefe do Executivo da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios.Podem ser: 
a) De efeito concreto: que produz efeito uma única vez quando editado 
normalmente. Ex.: Decreto de banimento, decreto de declara propriedade rural de 
interesse social para fins de reforma agrária. 
b) De efeito geral e abstrato: é aquele dirigido aos administrados indistintamente, 
destinados a produzir efeitos permanentemente, sempre que ocorrer hipótese dele descrita 
como capaz de interferir no direito ou no comportamento individual. Ex.: 
 
2) Regimentos: são atos administrativos destinados a regulamentar o 
funcionamento de órgãos colegiados. Diferem dos regulamentos que são mais 
abrangentes alcançando os administrados, enquanto que os regimentos não extrapolam os 
limites dos órgãos a que se destinam. 
 
3) Portarias: são atos baixados pelos Ministros de Estado com a finalidade de 
implementar normas jurídicas não detalhadas nos decretos regulamentares ou de 
disciplinar atividades ou funcionamento de órgãos, nos limites da lei e do respectivo 
regulamento, quando for o caso. São também utilizadas pelos dirigentes de autarquias, 
fundações públicas, sociedades de economia mista e empresas púbicas nas três esferas da 
administração. 
 
4) Resoluções: são atos regulamentares de categoria inferior ao decreto 
regulamentar, utilizadas pelos Secretários de Estado.. Têm a mesma função e poder das 
portarias nos Ministérios de Estado. 
 
5) Despachos: são atos emanados de autoridade com competência para decidir. São 
editados, normalmente, em virtude de provocação do interessado; servidor público ou 
não. Na maioria das vezes o despacho precede de parecer emitido por órgão competente. 
O deferimento ou indeferimento da pretensão postulada será dado com fundamento nos 
fatos alegados, na norma jurídica pertinente e no parecer jurídico. 
 
6) Circulares: são modalidades de atos expedidos por autoridade pública, em 
qualquer nível de direção e nos limites das respectivas competências, destinadas a 
transmitir a vários servidores, no âmbito da Administração Pública, mensagem de 
idêntico teor. Pode ter conteúdo ordenatório, recomendatório ou disciplinatório. 
 
7) Alvarás: são atos materializadores de licença concedida pela autoridade 
administrativa, no exercício do poder de polícia, nos casos de construções civis e 
estabelecimentos comerciais, por exemplo. São atos vinculados. Não podem ser 
revogados. 
 
 
II. Quanto ao Conteúdo: 
 
1) Licença: é ato unilateral e tem natureza de definitividade. A Administração, ante 
requerimento de interessado, titular de direito subjetivo, devidamente comprovado e 
atendidas as condições legais e regulamentares, terá de licenciar. Exemplo: exercício de 
atividade comercial, construção civil. O exercício do direito depende de prévia licença 
expedida pelo órgão competente. 
2) Autorização: é o ato unilateral e discricionário expedido pela Administração 
Pública mediante pedido formal do interessado nos casos previstos em normas jurídicas. 
Distingue-se da Licença, que é vinculada e goza de presunção de definitividade. A 
Autorização é precária e pode ser revogada a qualquer época por conveniência e 
oportunidade. O pedido também pode ser negado se a autoridade, nos limites da 
discricionariedade, julgar inconveniente ou inoportuna a expedição da autorização. 
Pode ser considerada sobre três acepções: 
1. Para uso de bem público (como meio de outorga de serviços públicos): 
quando a autoridade pública aquiesce a um pedido do particular quanto ao 
uso singular de determinado bem público. Exemplo: ocupação temporária de 
determinado bem público e o uso de certo equipamento ou material, nos 
casos previstos em lei. 
2. Como meio de outorga de serviços públicos: quando a Administração 
Pública outorga a prestação de serviços públicos ao particular escolhendo a 
autorização, meio excludente da concessão e da permissão nos termos do 
art. 21, XII da Constituição Federal. 
3. Para o exercício de certa atividade ou uso de objetos que a lei condiciona à 
prévia manifestação da Adm. Pública: consiste na manifestação formal da 
administração indispensável ao exercício de certas atividades ou uso de 
determinados objetos, policiados pela Adm. Exemplo: autorização para 
porte de arma. 
 
3) Admissão: é ato unilateral vinculado e goza de presunção da definitividade. É 
expedido pela Administração Pública, verificadas as condições de direito e de fato a 
serem atendidas pelo interessado. Exemplo: ato que admite o vestibulando aprovado e 
classificado a matricular-se em escola pública de ensino superior. 
 
4) Aprovação: é ato unilateral e discricionário da Administração Pública. É meio de 
controle administrativo e é sempre necessária na atividade administrativa. 
 
5) Permissão: Com o advento da Lei de Concessões e Permissões de Serviços 
Públicos (Lei 8.987/95) passou a ser vinculada e concretizada por instrumento bilateral. É 
possível em duas modalidades: 
a) discricionária, unilateral e precária: quando a permissão é para particular explorar 
bem público ou ocupar espaço físico público, mediante procedimento licitatório, em 
regra. Exemplo: exploração de banca de jornais em logradouro público. 
b)vinculada, bilateral e duradoura: quando a permissão é para o particular, vencedor 
em procedimento licitatório, prestar determinado serviço público. 
 
6) Homologação: é ato de controle, unilateral e vinculado. Por intermédio da 
homologação, a autoridade superior hierarquicamente controla a legalidade de atos e de 
procedimentos administrativos. O agente, na oportunidade, homologa o ato ou o 
procedimento. Se este não estiver jurídica e formalmente correto, a autoridade o 
devolverá ao grau inferior para sanar os vícios encontrados ou o revogará por 
conveniência ou oportunidade, nas condições previstas em lei. Exemplo: homologação de 
concurso público; homologação de licitação, homologação da avaliação periódica de 
desempenho de servidor público. 
 
7) Parecer: Não são propriamente atos administrativos, embora conste entre eles 
classificados. É um ato opinativo de autoria do agente competente ou credenciado e tem 
por finalidadesubsidiar a autoridade administrativa com informações de fato, de direito, 
ou técnicas para a tomada de decisão no caso concreto. Aparece em três categorias: 
a) facultativo: quando o agente se encontra livre para decidir sem a necessidade de 
audiência de órgão técnico, mas que prefere, para melhor segurança, solicitar parecer de 
órgão pertinente em virtude do assunto em pauta. 
b) Obrigatório: nos casos em que a lei determina que a decisão necessita de parecer. 
Nesse caso, a autoridade será obrigada a consultar o órgão próprio. Exemplo: Lei 
8.666/93, que exige parecer jurídico nos casos de recursos administrativos interpostos por 
licitantes. 
c) Vinculante: é aquele em que o administrador está obrigado a solicitar e sujeitar-se 
às suas recomendações. Nesse caso o agente não deve optar por outra solução e nem 
mesmo rejeitar o parecer. Exemplo: aposentadoria de servidor por invalidez depende de 
prévio reconhecimento ou constatação da realidade configuradora da hipóteses legal, por 
junta médica oficial. 
 
 
Atributos do Ato Administrativo 
 
1. Presunção de Legitimidade: o ato administrativo presume-se legitimo até prova em 
contrário. Esse atributo pauta-se no fato que a Administração deve ser jungida nos 
princípios básicos da Administração Pública, sobretudo no da legalidade. Assim, é de se 
presumir que o seu comportamento seja sempre correto e, conseqüentemente, não cause 
dano ao administrado em geral e aos servidores em particular. A Presunção é relativa, 
pois a lei confere poder facultativo ao interessado que sofreu a ação do ato para 
questionar a licitude do ato. Compete ao particular o ônus da prova, tendo a 
Administração o ônus de impugnar aquela prova que achar impertinente. O ato continua a 
produzir efeitos enquanto não for provada a ilegalidade. 
 
2. Imperatividade: o ato administrativo pode ser editado contra o interesse ou a vontade 
do particular que sofrerá as conseqüências do ato. É a qualidade que lhe permite a edição 
e imposição sem que o particular, mesmo destinatário direto, se manifeste 
favoravelmente. São os atos, normalmente, emanados do poder de império. 
 
3. Auto-executoriedade: é atributo de alguns atos administrativos, que permite à 
Administração executá-los diretamente, sem a participação do Poder Judiciário. 
 
 
Anulação e Revogação do Ato Administrativo: 
 
O ato administrativo tem na anulação e na revogação as principais modalidades de 
extinção. 
Anulação é a retirada de ato administrativo com vício de legalidade insanável, ua vez que 
tal ato não gera efeitos válidos. O vício do ato que conduz à sua anulação verifica-se 
quanto à capacidade, ao objeto, à finalidade, à forma e ao motivo. 
A competência para anular o ato administrativo é da própria Administração Pública (atua 
de ofício ou em virtude de requerimento do interessado) ou do Poder Judiciário (depende 
sempre de provocação pelo interessado). 
O anulação produz efeitos ex tunc. 
A revogação é ato de natureza discricionária, posto à disposição da Administração 
Publica para retirar atos administrativos válidos, mas inconvenientes e inoportunos, atos 
indesejáveis ao interesse público. 
A competência para retirar os atos administrativos via revogação é exclusiva da 
Administração Pública. 
A autoridade competente para editar o ato de revogação é a mesma que praticou o ato que 
se pretende revogar ou a superior hierarquicamente àquela. 
A revogação produz efeitos ex nunc. 
 
Convalidação do Ato Administrativo 
 
É ato discricionário da Administração Pública, em certos casos, edita para validar 
determinados atos viciados, com vistas a aproveitar os efeitos já produzidos. Os efeitos 
da convalidação são retroativos. 
A convalidação é possível quando o vício é relativo à competência, à forma ou o objeto, 
após avaliadas as conseqüências do ato viciado para a sociedade, observando sempre os 
princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, a fim de concluir se os danos da 
retirada do ato viciado são mais graves para a coletividade do que a sua permanência.

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