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APOSTILA DE PULVERIZADORES

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1 
 
 Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT 
 Faculdade de Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia - FAMEVZ 
 
 
 
 
 
 
 
Pulverizadores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Amanda Gomes Martins 
Cristiane Daniel 
Flavia Izabel Godoes 
Jovane Costa 
Marcella Machado 
Thaís Chrusczak 
Thuanny Alves 
2 
 
 
 
Sumário 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução..........................................................................................................3 
 
Função...............................................................................................................10 
 
Classificação......................................................................................................11 
 
Constituição.......................................................................................................17 
 
Regulagem.........................................................................................................31 
 
Manutenção.......................................................................................................42 
 
Referências Bibliográficas.................................................................................44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
Introdução 
 
 À medida que os métodos culturais foram se desenvolvendo, e as áreas 
cultivadas foram se tornando cada vez maiores, a quantidade de produtos 
químicos utilizada no controle de pragas e doenças das plantas cultivadas foi 
aumentando. Os defensores do meio ambiente, que lutam por uma agricultura 
alternativa, sem a utilização de insumos químicos, os tem rotulado de 
agrotóxicos. 
 Por outro lado, os fabricantes desses insumos os têm chamado de 
defensivos agrícolas, tirando dessa forma o caráter pejorativo do termo 
utilizado pelos defensores do meio ambiente. 
 O produto químico responsável pela ação do defensivo ou do pesticida é 
denominado de principio ativo, sendo levado ao local de ação por meio do 
veículo. Esta operação é realizada com o auxílio de uma máquina. 
 De qualquer maneira, a posição do técnico, frente à polêmica causada 
com a utilização de defensivos agrícolas, deve ser sempre uma posição 
racional, baseada em fatos concretos e cuidadosamente analisados, sem se 
esquecer que no final o que importa é o bem-estar do ser humano, o qual deve 
ser obtido com a menor perturbação ao meio ambiente. 
 A escolha da máquina é feita em função do tipo e da extensão da cultura 
a ser tratada, do local onde a praga ou doença se localiza – no solo, nas folhas, 
nos caules, nos ramos, nos frutos ou nas sementes – das características do 
veiculo e da forma que ele é aplicado. O ideal seria uma máquina que 
aplicasse só o princípio ativo. Entretanto, na maioria dos casos, não se pode 
distribuir homogeneamente o produto químico na cultura sem um veículo. Este 
pode ser sólido ou liquido. Entre os sólidos, podem ser utilizados o talco e os 
granulados, enquanto que entre os líquidos a água é o veiculo mais 
empregado. 
 Os sólidos são aplicados por polvilhamento ou por granulação e os 
líquidos por fumigação, por pulverização, por atomização ou por nebulização. 
 Assim, os métodos de aplicação utilizados atualmente podem ser 
agrupados em aplicações via sólida, via liquida ou via gasosa, em função do 
estado físico do material a ser aplicado. A água é o veiculo mais utilizado como 
diluente, na falta deste pode-se empregar a aplicação via sólida. 
 A aplicação via sólida dispensa a diluição pelo usuário, sendo que as 
formulações estão prontas para o uso, na concentração adequada para o 
campo. Dependendo da granulometria do material, a aplicação de produtos 
sólidos pode ser feita em pó e, ou, em aplicação de granulo. 
 Na aplicação de granulados, a dosagem é recomendada em função da 
área (kg/há), do comprimento (g/há) ou da planta (g/planta). A dosagem em 
função da área oscila entre 10 a 40 kg/há. 
 Na aplicação líquida, o diluente mais utilizado é a água e as 
formulações podem ser: pó molhável, suspensão concentrada, pó solúvel, 
concentrado emulsionável, grânulos dispersíveis em águae solução 
concentrada. Normalmente a aplicação é feita na forma de gotas 
(pulverização), filete líquido (rega ou injeção) e gotas muito pequenas formando 
neblinas (nebulização). A adesividade das partículas liquidas ao alvo é muito 
4 
 
mais superior à do pó, bem como a sua tenacidade, o que leva a 
recomendação de dosagens mais baixas. 
 O sucesso de uma aplicação depende de condições ambientais como a 
temperatura, a umidade do ar e o vento; do tipo das regulagens e do 
acionamento da máquina a ser empregada; e da superfície a ser tratada – solo, 
folha, frutos, sementes, ramos, etc. 
 A utilização de defensivos exige um equipamento adequado cuja 
escolha deve ser criteriosa. Em geral, um mesmo defensivo pode ser aplicado 
por mais de um processo e somente o estudo dos vários fatores indicará qual 
deve ser adotado. Dentre esses fatores temos: 
 Solo. O solo, por se constituir no substrato mais comum para o 
desenvolvimento das plantas, deve ser considerado quanto aos aspectos de 
cobertura, topografia e textura. 
 Com relação à cobertura, existem condições onde o solo encontra com 
um grande número de troncos e tocos, como por exemplo, quando se faz a 
derrubada manual no preparo inicial do solo. Nestas condições, como se pode 
facilmente concluir, é impossível o tráfego de máquinas tracionadas por 
animais ou tratores. Neste caso, a única opção para aplicação são os 
equipamentos manuais, carregados e operados por uma pessoa. Quando as 
áreas são muito extensas, pode-se recorrer à aviação agrícola como uma das 
formas de se fazer a aplicação de defensivos nestas condições. 
 É muito importante a sua topografia, pois é um fator relacionado ao 
terreno, uma vez que ela limita a escolha técnica e do equipamento a ser 
utilizado. Em condições de topografia muito acidentada, pode-se tornar inviável 
aplicação de defensivos com máquinas tratorizadas, uma vez que a 
estabilidade e, portanto, a segurança da operação, ficam comprometidas. 
 A textura do solo influi na dosagem do produto a ser utilizado. 
Geralmente em solos argilosos, os quais contém uma quantidade maior de 
colóides que inibem o principio ativo de alguns defensivos, como herbicidas, as 
dosagens são maiores que para solos arenosos. 
 Ocorrência de água. Determinadas regiões não possuem água 
suficiente; e em outras, seu transporte até certos locais, dependendo da 
extensão da área pode ser um sério problema; 
 Clima. O clima, além de ser um fator limitante para o desenvolvimento 
de uma cultura, influi diretamente no controle das pragas e moléstias, uma vez 
que determina as condições ambientais existentes. A pluviosidade, 
temperatura, umidade relativa e a ocorrência de ventos são alguns dos fatores 
climáticos a serem considerados. Em condições de alta pluviosidade, 
desaconselha-se a utilização de polvilhamento no controle de pragas e 
moléstias, uma vez que o pó aplicado será levado pela água da chuva, 
comprometendo a eficácia do tratamento realizado. 
 Altas temperaturas associadas a altas umidades relativas, constituem-se 
em condições propícias ao desenvolvimento de pragas e moléstias. Desta 
forma, quando o interessado notar a ocorrência dessas condições, deve-se 
preparar para o eventual controle dessas pragas e moléstias, pelo contínuo 
monitoramento de sua lavoura. Esse controle pode ser preventivo ou corretivo. 
A fim de manter a quantidade de defensivo ao mínimo realmente necessário, 
deve-se, sempre que possível utilizar apenas o controle corretivo, quando se 
faz a aplicação do defensivo através da verificação da praga ou moléstias.5 
 
 Em condições onde há ocorrência de ventos fortes, a aplicação de 
defensivos, se for realizada, deve ser precedida de maiores cuidados para se 
evitar o fenômeno da deriva, que consiste no arrastamento das partículas 
produzidas durante a aplicação, para longe da área onde estas deveriam se 
depositar; 
 Hospedeiro. O hospedeiro em uma propriedade agrícola é o elemento 
que será atacado pela doença ou pela praga. Portanto, o hospedeiro pode ser 
um animal ou um vegetal. Com relação aos vegetais e animais utilizados em 
uma exploração agrícola, os aspectos mais importantes são a seleção e 
melhoramento, o conhecimento do ciclo biológico e as características 
morfológicas e fisiológicas dos animais e vegetais. A seleção e melhoramento 
são aspectos importantes, pela possibilidade de se aumentar a resistência do 
hospedeiro a determinadas pragas ou doenças. 
 Os demais aspectos relacionados com o hospedeiro permitem escolher 
a técnica e o equipamento mais adequados ao controle, podendo-se escolher a 
periodicidade de aplicação, o defensivo a ser utilizado, a técnica de aplicação e 
o equipamento a ser utilizado; 
 Patógeno. O patógeno é o elemento considerado praga (insetos, 
nematoides, ácaros etc.) ou causador de doenças (bactérias, vírus, fungo etc.). 
Os patógenos são exaustivamente estudados pelas ciências afins 
(entomologia, nematologia, acarologia, bacteriologia, viriologia, fitopatologia), 
de forma que, para efeito deste trabalho, apenas o tamanho e amobilidade dos 
patógenos são considerados. 
 Com relação ao tamanho do patógeno, pode-se encontrar desde os 
fungos, cujos esporos são medidos em microns, até as lagartas, cujo tamanho 
pode atingir centímetros. Pode-se supor que é muito mais fácil se atingir uma 
lagarta com uma técnica de aplicação qualquer, do que um esporo ou uma 
pequena mancha causada por um fungo em uma folha. 
 O fator mobilidade do patógeno está também intimamente relacionado 
com o tipo de aplicação a ser utilizado. Assim, se o patógenos tem grande 
mobilidade, como é o caso da lagarta, a chance dela entrar com o defensivo, 
mesmo que ele esteja contido em partículas de diferentes tamanhos, 
espalhadas ao acaso sobre a superfície tratada, é muito maior que quando o 
patógeno é praticamente imóvel, como no caso da mancha provocada pelo 
fungo; 
 Principio ativo. É o produto que efetivamente irá controlar o patógeno. 
Normalmente, os princípios ativos dos defensivos são testados pelos 
fabricantes e através de instituições oficiais. Ambos podem fornecer as 
informações sobre o melhor defensivo a ser utilizado para o controle do 
patógenos, bem como a sua dosagem e técnica de aplicação a ser utilizada. 
 Normalmente o princípio ativo é diluído em algum produto inerte, para se 
obter a distribuição uniforme do mesmo, sobre a superfície a ser tratada. 
Existem, porém, alguns produtos, utilizados em aplicações a ultrabaixo volume, 
que podem ser aplicados na forma pura, em dosagens extremamente baixas 
que podem chegar ao redor de 0,4 l/há; 
 Veículo. É o material inerte ao qual é misturado o principio ativos, para a 
aplicação, os veículos podem ser líquidos como a água, óleo etc., ou sólidos, 
como o talco, gesso, argila etc., ultilizados na forma de pós ou grânulos. 
 De uma maneira geral, pode-se dizer que uma aplicação de defensivo 
6 
 
deve procurar utilizar a menor quantidade possível de veículo, uma vez que 
este é o material inerte, mas tem um custo para o transporte, diluição, 
aplicação etc. 
 Devido ao fato do veículo sólido na forma de pós apresentar em geral 
uma densidade diferente do princípio ativo, durante a aplicação há a tendência 
de ambos se separarem, dificultando a aplicação uniforme do princípio ativo. 
 Aliado a este fato, o pó é menos efetivo no controle dos patógenos, 
principalmente como já foi citado, em regiões de alta pluviosidade. Por esses 
motivos, as aplicações de defensivos na forma de polvilhamento têm diminuído 
muito nos últimos anos; 
 Operador. O operador é o principal fator a ser considerado na aplicação 
de defensivos agrícolas por diversas razões. A principal delas é que o próprio 
ser humano é oo elo final da cadeia de produção e utilização de alimentos e 
fibras. Desta forma, toda e qualquer agressão desnecessárias ao meio 
ambiente, com a aplicação incorreta de defensivos agrícolas, irão refletir no 
bem-estar do próprio ser humano. 
 Sendo o operador uma parte integrante de um sistema de aplicação de 
defensivos agrícolas, deve-se preocupar com a sua adequada instrução no uso 
e manutenção dos equipamentos, bem como os cuidados no manuseio dos 
defensivos a serem utilizados para se aumentar a segurança e eficácia e 
diminuir os riscos da aplicação. 
 A instrução do operador é extremamente importante, não só quanto à 
correta utilização dos equipamentos, como também do defensivo mais 
apropriado para o controle do patógeno. 
 A correta recomendação do defensivo inicia-se na seleção do mesmo, 
restringindo-se a apenas aos produtos autorizados no país e não proibidos no 
exterior, e no mínimo, nas situações descritas como apropriadas pelos 
fabricantes e instituições do governo encarregado de licenciá-los; 
 Máquina. É através dela que se faz a aplicação mecanizada dos 
defensivos. O sucesso do tratamento realizado, medido pelo grau de controle 
do patógeno, dependerá da regulagem, manutenção e características 
operacionais da máquina utilizada. 
 Como a maior parte dos defensivos são aplicados, utilizando-se líquidos 
como veículo, é extremamente importante se conhecer os princípios que 
podem ser utilizados para a subdivisão dos líquidos em gotas. Todavia, não se 
deve esquecer que os líquidos a ser aplicado, contendo o princípio ativo, pode 
ser uma solução, uma suspensão, ou uma emulsão. 
 No princípio de subdivisão através da pressão hidráulica, o liquido a ser 
subdividido é introduzido sob pressão em um orifício contido na ponta de uma 
tubulação hidráulica. 
 O processo de formação das gotas difere-se ao se considerar o tipo de 
orifício encontrado na ponta do bico de pulverização. 
 Qualidade da água. Outro aspecto que pode influenciar a performance 
dos defensivos agrícolas é a qualidade da água utilizada. Os produtos químicos 
em geral sofrem influência negativa da água suja, com argila ou matéria 
orgânica em suspensão. Diversas pesquisas comprovam também que a água 
alcalina (pH entre 7,0 e 14,0), em geral diminui a eficiência dos produtos. Por 
exemplo, a acidificação ou a redução do pH para em torno de 4,0 e a utilização 
de água limpa são práticas que podem aumentar em 10 a 15% a eficiência dos 
7 
 
herbicidas. O pH ideal para cada defensivo agrícola pode ser obtido da 
empresa fabricante do mesmo. A acidificação da calda normalmente tem como 
vantagem adicional o aumento da velocidade de absorção dos produtos. Nas 
águas alcalinas ou duras, geralmente ocorrem íons de cálcio e magnésio, entre 
outros, cuja presença afeta decisivamente a eficiência, pela desestabilização 
que causam nas formulações dos produtos utilizados e pela influência direta 
que exercem sobre as moléculas dos ingredientes ativos, ligando-se às 
mesmas. A neutralização desses íons e a redução do pH podem ser realizados 
pelo acréscimo de adjuvantes e a tarefa deve ser executada antes da 
colocação dos produtos no tanque. Numa escala de valores, a neutralização de 
íons é mais importante que a redução do pH. 
Normalmente, uma corrente de líquido que deixa o reservatório sob pressão, 
está sujeita à ação das seguintes forças internas: 
 Tensão superficial- tende a impedir a ruptura da corrente e formar a 
menor superfície possível. 
 Viscosidade- que se opõe à deformação da corrente 
 Coesão- que se opõe à ruptura da corrente devido à diferença de 
velocidade de pontos individuais. 
 No processo de subdivisão de um liquido em gotas chamado atomizaçãogasosa, esta subdivisão se dá pelo impacto do líquido a baixa pressão, com 
uma corrente de ar de alta velocidade, produzida geralmente por um ventilador 
centrifugo. 
 Neste caso, uma gota de liquido que se move em uma corrente de ar 
está sujeita a forças externas que resultam da resistência do meio, bem como 
das forças internas que se originam da tensão superficial. 
 Quando se requer a produção de gotas menores entre 50-100 µ, a 
subdivisão é feita de maneira mais eficaz pelo processo chamado atomização 
centrifuga. Neste processo, a subdivisão é obtida através da introdução do 
liquido sob baixa pressão no interior de um mecanismo giratório, que pode ser 
um cilindro de tela, escova circular, ou mesmo um rotor ranhurado. 
 O principio de subdivisão chamado nebulização produz suspensões 
coloidais, cujos diâmetros de partículas são de 0,1 a 50 µ. Neste processo 
basicamente a subdivisão ocorre pela evaporação do líquido a ser utilizado 
através de uma superfície ou ar aquecido. Como o processo envolve a 
evaporação do líquido, a neblina produzida é chamada de aerossol da 
condensação. Os equipamentos que utilizam esse principio de subdivisão 
normalmente são os nebulizadores. 
 PULVERIZAÇÃO e APLICAÇÃO e, na maioria das vezes, esses termos 
são usados como sinônimos. Porém, quando se analisa detalhadamente o 
aspecto técnico, verificamos que, a princípio, são duas coisas completamente 
diferentes. 
 Pulverização: É um processo mecânico de geração de um grande 
número de pequenas partículas (gotas) de uma calda (mistura, suspensão ou 
diluição) de uma formulação comercial de produto químico em um líquido, 
geralmente água, colocada no tanque da máquina. É por isso que essa 
máquina se chama PULVERIZADOR. A intenção de se produzir pequenas 
gotas é conseguir o máximo de cobertura da superfície-alvo (solo, folhas da 
cultura, folha da planta invasoras (daninha), etc.) com o mínimo volume 
possível de calda. Teoricamente, quanto menores forem as gotas, 
8 
 
conseguimos aumentar a cobertura do alvo com o mesmo volume de calda. 
Por outro lado, para um mesmo grau de cobertura do alvo, gotas menores 
possibilitam o uso de um menor volume de calda por área tratada. 
 Aplicação: É o processo de se colocar o produto químico no alvo. 
Teoricamente, quanto maior a quantidade de produto depositada naquela 
superfície, maior poderá ser a sua ação. Desta forma, uma aplicação de um 
determinado produto químico pode ser valorada em termos de eficiência, que é 
a relação percentual entre a quantidade de produto depositada no alvo e a 
quantidade de produto emitida pela máquina. De acordo com as definições 
acima, vemos que elas têm uma ligação bastante íntima com o processo de 
pulverização. Uma vez que se pretende obter o máximo de efeito do produto, 
teoricamente, isto será alcançado quando, tudo o que for emitido pela máquina, 
isto é, toda a pulverização efetuada seja depositada no alvo. Baseada nesse 
conceito, a técnica para um bom controle das pragas está em se colocar a 
máxima quantidade de produto no alvo com o mínimo de quantidade possível 
emitida pela máquina. 
 Os pulverizadores podem ser manuais, de padiola, motorizados e 
aéreos. 
 Os pulverizadores manuais podem ser manuais propriamente ditos, 
costais, de alça e estacionários. 
 Os diversos modelos de pulverizadores costais surgiram entre 1870 e 
1880. O primeiro pulverizador acionado mecanicamente apareceu em 1894 nos 
EUA, e a fonte de potência utilizada foi a máquina de vapor. Em 1937, o 
primeiro pulverizador com ventilador foi introduzido nos pomares da Flórida. Os 
pulverizadores pneumáticos foram desenvolvidos a partir de 1943. 
 Os pulverizadores manuais propriamente ditos constam de um pequeno 
depósito e uma bomba de pistão acionada pelo usuário. Normalmente são de 
uso doméstico, para aplicação de inseticidas em vasos pequenos ou estufas. 
 Os demais pulverizadores podem ser de bombeamento prévio ou de 
bombeamento intermitente. 
 Alguns técnicos consideram que a pulverização consiste na aplicação de 
produto com gota de diâmetro superior a 150 micras. A norma NBR 12541-88 
da Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT, divide a pulverização em 
diversas classes em função do tamanho das partículas, baseando-se no 
diâmetro mediano do volume. Assim temos aerossol com diâmetro mediano de 
volume inferior a 50 micras; pulverização muito fina (neblina) de 51 a 100 
micras; de gotas grandes acima de 400 micras. 
 Portanto, considera-se como pulverização o processo no qual as 
gotículas são obtidas hidraulicamente, pela ação de uma bomba; e atomização 
o processo em que o fracionamento do liquido em gotas é feito 
pneumaticamente, por meio de uma forte corrente de ar ou pela colocação do 
mesmo sobre um disco de rotação. 
 O produto a ser aplicado também deve ser considerado, verificando as 
suas características: capacidade de redistribuição, formulação e dosagem. A 
capacidade de redistribuição está relacionada com a facilidade do produto se 
posicionar efetivamente no alvo que deve ser atingido, e não com a maior ou 
menor capacidade de controle do agente causual. A formulação dos 
agroquímicos, quando se adicionada a água, pode formar uma suspensão 
(pós-molháveis e suspensões concentradas) uma solução(pós-solúveis ou 
9 
 
solução concentrada) ou uma emulsão (concentrado emulsionável), e este fato 
se relaciona diretamente com dois sistemas de pulverização: agitação e 
filtração. 
 A dosagem do produto pode ser recomendada por concentração (dose 
por hectolitro) ou dose por área. No primeiro caso, o produto seria indicado 
assim: 150 g de Manzate por 100 litros de água. No segundo caso, seria 
indicado 2 litros de roundup por hectare. A concentração é mais utilizada na 
aplicação de fungicidas em alto volume. A indicação através da quantidade do 
produto por hectare é a forma preferida para herbicidas e inseticidas 
destinadas a grandes culturas. 
 Outro ponto que deve ser considerado é o “índice de área foliar”. 
Normalmente, a indicação da dose por hectare não vem acompanhada de 
referência sobre o tamanho das plantas. Assim as aplicações de fungicidas e 
de inseticidas em plantas novas, podem representar o emprego de uma 
dosagem apreciável. 
 Cada problema fitossanitário configura um alvo biológico diferente a ser 
atingido nas aplicações e o seu profundo conhecimento é imprescindível para a 
seleção do tipo de pulverização a realizar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
Função do pulverizador 
 
 
 
São máquinas construídas com a 
finalidade de subdividir a calda em 
gotículas de tamanho uniforme, 
distribuindo – as na superfície a ser 
tratada. Outra função de pulverizador é permitir uma dosagem adequada do 
defensivo sobre o local a ser tratado. É de fundamental importância para a 
agricultura, já que é através deste equipamento que se consegue fazer 
o controle de pragas e doenças, tornando viável a produção agrícola. 
 
Cuidados na utilização de defensivos agrícolas 
 
 Não abastecer o pulverizador com resto de calda de uso anterior 
(principalmente de herbicidas); 
 Nunca deixar a calda transbordar no tanque; 
 Não desentupir bicos dos pulverizadores com a boca; 
 Não lavar os pulverizadores nem os bicos em rios, córregos ou 
lagoas; 
 Eliminar vazamentos ou entupimentos dos pulverizadores; 
 Utilizar vestimenta adequada e EPI’s (roupa limpa, mangas 
compridas, máscaras, luvas, chapéu, óculos apropriados, calçado 
fechado); 
 Não pulverizar contra o vento; 
 Não trabalhar de estômago vazio e nem comer durante as 
aplicações. 
 
11 
 
Classificação 
 
Quanto a forma de deslocamento: 
 Costal (homem ou animal) 
 Padiola 
 Carrinho (homem ou animal) 
 Trator (3 pontos ou arrasto) 
 Autopropelido Avião / helicóptero agrícola 
Quanto ao acionamento do mecanismo distribuidor: 
 Manual 
 Motor acoplado 
 TDP do trator 
 
Tipos pulverizadores: manuais e motorizados. 
Manuais: São máquinas costais que apresentam um rendimento de 10 a 20 m2 
/bico. 
 Bombeamento prévio – pressurizador / Bombeamento contínuo – costal 
manual 
 
Motorizados: São do tipo costais motorizados, cujo bombeamento do 
fluido é feito por um motor 2 tempos de alta rotação. Apresentam um 
rendimento de 60 a 100 m2 /bico. 
 
É um dos equipamentos de pulverização mais comumente utilizados, 
principalmente por pequenos agricultores, que possuem baixo poder aquisitivo. 
O rendimento com esse equipamento pode atingir até 0,9 hectare homem/dia. 
Uma das desvantagens que o pulverizador costal manual oferece é a não 
manutenção da pressão constante. Todavia, este problema pode ser 
solucionado intercalando-se entre o gatilho e o bico uma válvula reguladora de 
vazão/pressão disponível no mercado. Esta válvula faz com que, havendo falta 
de pressão, a calda seja impedida de passar para o bico. Se a pressão no 
êmbolo estiver acima daquela da válvula, esta deixará passar a calda somente 
na pressão estipulada. Desta forma, a pulverização será sempre constante. 
12 
 
 
 
 
 
Tipos pulverizadores: atomizador costal motorizado 
 
 
Corrente de ar, difícil regulagem, pode acoplar mangueiras com pesticidas, 
geralmente para culturas perenes, ex: turbo atomizador, canhão, etc. É um 
equipamento que possui bomba centrífuga e permite uma vazão uniforme da 
calda a ser aplicada. Gera gotas de espectros e diâmetros adequados, as 
quais, pelo efeito da corrente de ar servem para aumentar a penetração na 
massa foliar da melancia e proporcionar uma boa cobertura nas partes de difícil 
acesso pela calda. Esse tipo de pulverizador proporciona um rendimento de até 
0,9 hectare homem/hora. As desvantagens são: o peso da máquina, ruído e 
falta de habilidade por maior parte dos operadores em manter o perfeito 
funcionamento da máquina podendo, com isso, comprometer a cobertura 
adequada do cultivo com o produto que está sendo aplicado. 
13 
 
 
 
 
Tipos pulverizadores: tratorizado de barra 
 
Possuem reservatórios que variam de 400 a 5000 litros de capacidade. 
São montados nos três pontos ou na barra de tração e são acionados pela 
tomada de potência. Têm como componentes básicos: depósitos com 
agitadores, bomba, filtros, reguladores de pressão, bicos. 
 
São os mais comuns; barras variam de 10 a 25m de comprimento; problemas 
de estabilidade; alto rendimento; geralmente para culturas anuais. É um tipo de 
pulverizador específico para culturas de porte rasteiro. Neste equipamento que 
pode ter barra frontal, lateral ou traseira, é possível ajustar a velocidade de 
deslocamento, a distância entre os bicos, a distância destes da cultura e a 
pressão de trabalho em função da cultura e da praga. Podendo, ainda, ser 
permitido acoplar acessórios para melhor direcionamento do jato da calda para 
o alvo. 
 
14 
 
 
 
Pulverizador aéreo 
Na utilização de aeronaves agrícolas (aviões e helicópteros), os cuidados são 
maiores e alguns diferentes daqueles observados nos equipamentos terrestres, 
tais como: efeitos aerodinâmicos do vôo, faixa de deposição das gotas maior 
do que a extensão das barras de pulverização, menores vazões por área, 
maior distanciamento das barras de pulverização e bicos em relação ao alvo de 
deposição, pressões mais baixas e possibilidades do ajuste das gotas para 
compensação em relação às variações climáticas como umidade, velocidade 
do vento e temperatura, durante as aplicações, sem necessidade da troca do 
tipo dos bicos e do volume por área. Vantagens: alto rendimento; independente 
do terreno; não compacta o solo; não amassa as plantas. Desvantagens: alto 
custo inicial; alto custo de manutenção, maior deriva. 
15 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
Formas de Aplicação do Produto 
a) Alto Volume. Aplica-se 500 a 3000 litros/ha com gotas de 0,3 a 3 mm de 
diâmetro. Utilizam-se os Pulverizadores Costais. 
b) Baixo Volume. Aplica-se 10 a 150 litros/ha com gotas de 100 a 250 µ de 
diâmetro. Utilizam-se os Pulverizadores Tratorizados. 
c) Ultra Baixo Volume. Aplica-se até 5,0 litros/ha com gotas de diâmetro menor 
que 100µ. Utilizam-se os Atomizadores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
Constituição dos Pulverizadores 
 
A maior parte dos pulverizadores tracionados por trator possuem 
todos os componentes semelhantes, mudando apenas em formas 
e tamanho podendo ser resumido no seguinte esquema, 
conforme abaixo: 
 
 
 Tanque 
 
Normalmente, são feitos de fibra de vidro ou polietileno e deve conter 
os seguintes essenciais para o bom desempenho: 
 1) Tampa com válvula de respiro e com filtro do tipo coador ou 
peneira; 
 2) Agitador mecânico ou hidráulico; 
3) Fundo afunilado para total esgotamento; 
4) Indicador de nível do líquido no tanque. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1- Filtro 
2- Agitador 
3- Válvula de Controle da Agitação 
4- Câmara de Compensação 
5- Bomba de Pistão 
6- Registro da Linha de Sucção 
7- Filtro de Linha 
8- Válvula Reguladora de Pressão 
9- Linha de Retorno 
10- Manômetro 
11- Válvula de Controle das Barras 
12- Bicos de Pulverização 
18 
 
Bomba 
 
 Bombas volumétricas: 
São de movimento retilíneo alternativo ou de movimento rotativo, o volume de 
calda em cada ciclo de funcionamento é sempre o mesmo, mas a pressão é 
descontínua. 
 
Bomba de pistão (êmbolo) : 
Pode atingir uma pressão máxima de 70-80 bar, sendo o escoamento 
assegurado por um pistão que tem um movimento alternativo num cilindro. Este 
tem duas válvulas, uma de aspiração e outra de retenção, para deixar entrar e 
sair a calda. 
 
Bomba de pistão-membrana: 
 Bomba em que a deformação de uma membrana, assegurada pelo movimento 
alternativo de um pistão que provoca a aspiração e saída da calda, permite 
atingir a pressão máxima 25-30 bar. 
 
Bombas centrífugas: 
 Neste tipo, a calda penetra livremente num impulsor, sendo projetada em 
seguida, sob pressão, para a periferia por ação da força centrífuga, que varia 
em função do regime. Podem atingir débitos bastante elevados (> 500 L / min), 
mas a pressão é reduzida ( < 4 bar). 
 
Normalmente, as bombas utilizadas em pulverizadores nacionais são de pistão, 
variando entre dois a quatro pistões, com capacidade de produzir até 150l/min 
de vazão e uma pressão de até 35kg/cm2 ou 500psi. A bomba centrífuga é 
pouco utilizada porém, em algumas situações, tem uma vantagem muito 
grande tendo em vista o seu baixo custo e pouca manutenção. Este tipo de 
bomba produz deslocamento de volume maior a baixa pressão, atingindo no 
máximo em torno de 60 psi. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
Filtros de Linha 
 
A colocação de um filtro na linha de alimentação dos bicos, com elemento 
de filtro com tela de malha 50 ou mais, dependendo do tamanho do orifício dos 
bicos, reduziria muito os problemas de entupimento e poderia com isso eliminar 
os filtros nos bicos facilitando e agilizando a limpeza dos mesmos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Câmara de compensação 
 
Normalmente, as bombas de pistão provocam pulsação (altos e baixos) na 
pressão, principalmenteas que possuem menor número de pistões. Para 
uniformizar o fluxo do líquido existe a necessidade da instalação das 
câmaras de compensação. 
 
Barra de Pulverização 
 
A barra de pulverização tem a função de suportar os bicos hidráulicos ou 
atomizadores rotativos para distribuição uniforme do produto ao longo da faixa 
equivalente ao seu comprimento. 
 
Principais requisitos desejáveis: 
 
1) Ser dobrável para facilitar o transporte; 
2) Ter uma boa estabilidade para manter constante a altura dos bicos; 
 3) Possuir dispositivos de segurança, em caso de colisão com obstáculos; 
 4) Permitir o ajuste da altura de operação central e independente e, em cada 
barra, permitir o ajuste para terrenos inclinados; 
5) Ter uma suspensão do tipo trapezoidal para que não haja a transmissão 
direta do balanço do trator em terrenos irregulares para a barra. 
 
Regulador de pressão 
 
Normalmente, as bombas de pistão produzem pressões altas (500 PSI). Para 
cada tipo de produto aplicado, existe a necessidade de manter uma 
20 
 
determinada pressão em função da necessidade de geração de gotas maiores 
ou menores. Para isso, o regulador de pressão é fundamental. A mola de 
acionamento instalada no regulador de pressão deve permitir o ajuste de 
pressões entre 15 e 100 PSI, faixa normalmente recomendada e comumente 
utilizada. 
Observação: A pressão deverá ser utilizada apenas para determinar o tamanho 
das gotas, e não para determinar a vazão dos bicos. 
 
Manômetro de Pressão 
 
A grande maioria dos pulverizadores são equipados com o manômetro 
colocado próximo ao regulador de pressão. Nesse local, estarão muito 
distantes dos bicos e consequentemente poderá registrar uma indicação falsa 
devido às perdas, dependendo da curvatura e bitolas das tubulações que 
alimentam as barras. É sempre recomendável a medição da pressão nos bicos. 
Dessa maneira a pressão de trabalho será sempre real e, com isso, o diâmetro 
de gotas geradas poderá ser controlado, comparando com as tabelas de 
fabricante de bicos. 
 
Bico 
 
O componente "bico" é de suma importância. pois existem vários tipos de bico, 
cada um deles recomendado para determinado tipo de pulverização, visto que 
é o bico a peça que fragmenta o liquido em pequenas gotas, espalhando-as 
dentro de uma área delimitada; além disso, ele controla a saída de líquido a se 
empregar por unidade de área. 
 
No caso de uso de herbicidas utilizando-se tanto o pulverizador costal manual 
como o de barra, recomendam-se bicos de jato em leque, que proporcionam 
melhor distribuição do produto que o bico tipo cõnico e menor deriva para uma 
mesma vazão (Santos, 1976). Neste tipo de bico o jato e obtido por meio de 
fluxo de duas correntes de liquido que colidem sincronicamente, em um orifício 
Eenticular ou retangular, dando origem a um fluxo em forma de leque; são 
bicos recomendados para todos os tipos de aplicação convencional de 
herbicidas (pré-plantio incorporado, pré-emergência e pós-emergência) (Saad, 
1972) via pulverizadores terrestres. 
 
CARACTERÍSTICAS DOS BICOS 
 1 -Ângulo do jato Os bicos de pulverização são projetados para produzir os 
jatos de pulverização, com um determinado ângulo em uma certa pressão. A 
medida que se varia a pressão, varia-se o ângulo do jato de pulverização. - 
Aumenta Pressão = Aumenta o ângulo do jato de pulverização - Diminui 
Pressão = Diminui o ângulo do jato de pulverização Os mais comuns no 
mercado são os de 80 e 110 graus, sendo que este último apresenta duas 
grandes vantagens: - Possibilita trabalhar com a barra mais próxima do alvo, 
diminuindo a deriva. - É menos influenciado em termos de uniformidade de 
distribuição pela oscilação da barra. 
 
21 
 
2 - Tamanho de gotas O parâmetro que se usa para indicar o tamanho de 
gotas geradas pelo bico é o diâmetro mediano volumétrico, VMD (Volume 
Median Diameter). O VMD é o diâmetro da gota que divide o volume aplicado 
por um bico, em duas partes iguais. Uma constituida de gotas menores e outra 
constituída de gotas maiores que o VMD. a)Explicação teórica Pega-se um litro 
pulverizado, e separa-se as gotas uma a uma em ordem crescente de 
tamanho, formando uma fila de gotas. Assim feito coloca-se as gotas, a partir 
da menor, em uma proveta até completar 500 ml. A gota que completa esse 
volume é que vai determinar o VMD. 
 
3 - Posicionamento dos bicos Os bicos devem ser colocados na barra com 
espaçamento iguais entre si, que podem ser de: 35 cm; 40 cm; 50 cm; etc. 
Para se trabalhar com bicos de jato plano (leque) é necessário que estejam 
posicionados com um ângulo de 4 a 6º aproximadamente em relação a barra. 
 
Dessa forma ocorrerá o cruzamento necessário entre os jatos para manter a 
uniformidade da distribuição ao longo da barra. Desde que se mantenha uma 
altura mínima compatível com o ângulo do jato. 
 
4 - Durabilidade dos bicos A durabilidade de um bico, depende muito da forma 
como trabalha esse bico, levando em conta alguns aspectos, como: a) Pressão 
Os bicos "leque" são projetados para trabalhar com baixa pressão, em uma 
faixa que varia entre 15 a 60 lbf/pol². Nos bicos cônicos a faixa de trabalho 
varia entre 75 a 200 lbf/pol², acima disso esses bicos perdem suas 
características, sofrendo aumento de vazão e de ângulo, desgastando-se 
rapidamente. Deve-se levar em consideração que quanto maior a pressão, 
menor é o tamanho das gotas, possibilitando a ocorrência de deriva. 
 
b)Qualidade da água Em relação a qualidade da água alguns ítens influenciam 
diretamente na durabilidade dos bicos e também na eficiência dos defensivos 
aplicados; como: - porcentagem de elementos químicos; como cloro, enxofre, 
cálcio, magnésio, entre outros. - deverá ser o mais limpa possível, ou seja sem 
algas, areia, lodo ou qualquer tipo de matéria orgânica. c)Tipo de produto 
químico Os produtos usados na pulverização tem formulações bem variadas e 
dentre eles os pó molhaveis e suspensão concentrada possuem abrasividade 
relativamente alta, devido as particulas sólidas que aceleram o processo de 
desgaste dos bicos. d)Limpeza dos bicos Não se deve utilizar instrumentos 
metálicos, como: agulhas, arames e nem tão pouco canivetes. Também é 
incorreto o uso de gravetos de madeira, pois acabam quebrando dentro do 
orifício do bico, entupindo-o ainda mais. O correto é usar um instrumento que 
não danifique o orifício. Por exemplo uma escova com cerdas de nylon (escova 
de dentes), um fio de nylon ou ar comprimido. e)Material A maioria das 
empresas fabricantes de bicos utilizam diversos materiais; como LATÃO , AÇO 
INOX, KEMATAL (Polyacetal), CERÂMICA (Alumina) entre outros 
 
5 - Troca de bicos A recomendação dos fabricantes para trocar os bicos é 
quando a média de vazão dos bicos ultrapassar em 10% a vazão de um bico 
novo. Ao atingir mais de 10% de desgaste um bico passa a perder suas 
carcterísticas, podendo prejudicar a pulverização e posteriormente causar 
22 
 
prejuízos ao agricultor. É importante não se esquecer que o custo dos 
defensivos que passam pelos bicos é muito maior que o custo dos próprios 
bicos 
 
 
TIPO CONE: Bico com oríficio em forma circular e seguido de um caracol (tubo 
helicoidal), que dão rotação ao escorrimento do líquido, apresenta jato cone e 
deposição circular quando com caracol de 01 ou 02 orifícios forma um cone 
vazio e com 03 orifícios forma um cone cheio, generalizando são bicos que 
trabalham acima de 70 psi (alta pressão). Bicos de jato em cone Os bicos de 
jato em cone, também designados por bicos de turbulência, são caracterizados 
por apresentarem um anel, com condutas helicoidais, uma câmara de 
turbulência e o anel. O anel confere à calda um movimento turbilhonar, que 
permite obter um jato cônico aberto ou fechado, e a variação da câmara altera 
o diâmetro desse mesmo jato. São os mais utilizados para aplicação de 
inseticidas, fungicidas, adubos foliares,e acaricidas em folhagens e 
normalmente trabalham em torno de 60 a 200 psi (2,1 a 14 bar) com vazão de 
0,3 a 2,2 L/min. Esquema de bico jato em cone. 1 – Corpo; 2 – Porca de 
fixação; 3 – Anel de turbilhonamento; 4 – Câmara de turbulência; 5 – Disco. 
 
TIPO LEQUE: Bico em forma de rasgo (fenda), apresenta jato plano e 
deposição linear, são bicos que geralmente trabalham de 15 a 60 psi (baixa 
pressão). São caracterizados por ter o orifício em forma de seção retangular 
que faz com que o jato daí resultante tenha a forma de um leque ou pincel. A 
pulverização resultante da utilização destes bicos é mais grosseira que com os 
bicos de cone, sendo aconselháveis para aplicação de herbicidas, e produtos 
em superfícies planas. Os bicos de leque apresentam ângulos nominais que 
variam entre os 80 e 110º, sendo as gotas destes últimos, mantendo os 
débitos, menores, e os débitos determinados a uma pressão de referência de 3 
bar (42 psi). Trabalham normalmente sob pressão de 30 a 60 psi (2,1 a 4,22 
bar). Esquema de bico de jato em leque 1 – Corpo; 2 – Filtro; 3 – Porca de 
fixação; 4 – Bico de fenda; 5 – Fenda. 
 
 
 
Classificação do Tamanho de Gota 
 
A seleção de bicos baseia-se freqüentemente no tamanho das gotas. O 
tamanho das gotas de um bico se torna muito importante quando a eficácia de 
um produto químico para proteção de uma cultura em particular depende da 
cobertura ou quando for prioritário evitar que a pulverização saia da área alvo. 
A maioria dos bicos usados em agricultura pode ser classificada como 
produtores de gotas das classes fina, média, grossa ou muito grossa. Os bicos 
que produzem gotas da classe fina são geralmente recomendados para 
aplicações pós-emergência que requerem excelente cobertura da área alvo 
desejada. Os bicos mais comuns usados em agricultura são os que produzem 
gotas da classe média. Os bicos que produzem gotas das classe média e 
grossa podem ser usados para herbicidas sistêmicos e de contato, herbicidas 
aplicados em superfície em pré-emergência, inseticidas e fungicidas. 
23 
 
Um ponto importante a ser lembrado ao escolher um bico de pulverização que 
produza tamanho de gotas em uma das seis categorias é que um bico pode 
produzir tamanhos de gotas de diferentes classificações a diferentes pressões. 
Um bico deve produzir gotas da classe média a baixas pressões e gotas da 
classe fina conforme a pressão aumenta. 
 
 
Classificação do Tamanho de Gota* 
VF F M C VC XC 
 
VF = Muito Fina 
F = Fina 
M = Média 
C = Grossa 
VC = Muito Grossa 
XC = Extremamente Grossa 
 
 
Existem no mercado diversos tipos de equipamentos para aplicação de 
defensivos, cada um com suas características de funcionamento. 
Para o agricultor é importante saber as vantagens e desvantagens da utilização 
de cada equipamento, de forma a obter o melhor desempenho e menor custo 
de utilização. 
 
 
Pulverizadores hidráulicos 
São equipamentos capazes de fragmentar o liquido em gotas devido a pressão 
exercida sobre a mistura (água + produto), proveniente de uma bomba 
hidráulica. 
 
Exemplos de pulverizadores hidráulicos: 
 Pulverizador costal manual 
 Pulverizador motorizado 
 Pulverizador de barra 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
Pulverizador costal manual 
 
 
 
Recomendado para aplicação de defensivos em pequenas áreas, ou de uso 
domésticos, para aplicação de inseticidas em plantas ou animais. 
É constituído por um pequeno depósito e uma bomba de pistom, acionada pelo 
operador atraves de uma alavanca. A bomba de pistom possui duas válvulas. A 
válvula inferior deixa passar líquido do deposito para dentro da camisa do 
cilindro. A válvula superior, localizada na ponta do pistom, admite o liquido da 
camisa do cilindro para dentro da câmara de compressão, formada por um 
cilindro oco. 
Durante a utilização desses pulverizadores, é necessária a verificação dessas 
válvulas, bem como de seu estado de conservação. Além dessas válvulas, 
existe uma bucha de couro ou plástico ficada na ponta do pistom, que tem uma 
influência muito grande no perfeito funcionamento do pulverizador. É comum 
ocorrer o seu endurecimento devido á falta de lubrificação correta ou ao 
prolongado tempo de uso. 
 
Alguns cuidados devem ser observados durante as operações com esses 
equipamentos: 
 
1. Manter sempre um velocidade constante de caminhamento durante a 
aplicação; 
2. Manter sempre a pressão constante com acionamento da bomba 
cadenciado, ou utilizar válvulas de pressão constante. 
 
As principais perdas com este equipamento estão relacionadas á falta de 
controle do tamanho das gotas, á escolha incorreta das pontas de 
pulverização, não conseguindo a densidade necessária para o controle químico 
em situações adversas de umidade relativa baixa e temperaturas altas, e a 
vazamentos. 
 
25 
 
 
Pulverizador Motorizado 
 
É uma máquina utilizada principalmente para aplicação de defensivos agrícolas 
em culturas anuais ou perenes. Também é muito utilizado na aplicação de 
agroquímicos em áreas urbanas ou em instalações para criação de animais. 
Possui um motor elétrico ou de combustão interna para acionamento da bomba 
hidráulica. 
É constituído por uma estrutura suporte, onde estão fixados o motor, 
mangueira flexíveis. O reservatório é independente e possui sistema de 
agitação. Montado nessa estrutura, pode ter rodas, podendo ser tracionado 
pelo homem, animal ou trator. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pulverizador de Barra 
 
 
 
Constitui um dos pulverizadores mais utilizados na agricultura, principalmente 
em grandes áreas. 
É constituído, geralmente, por um chassi, um depósito para colocação da 
mistura e defensivo, uma bomba, uma câmara de compensação, comando com 
registro de múltiplas saídas com alavanca, válvula reguladora de pressão, 
manômetro, filtro, agitador de calda, mangueiras flexíveis e barra de 
pulverização, onde são montados os bicos hidráulicos. 
O circuito hidráulico da maioria dos pulverizadores é representado no esquema 
abaixo: 
 
26 
 
 
 
O chassi no pulverizador de arrasto (ligado a barra de tração do trator) tem 
rodado alto, para possibilitar um vão livre adequado e bitola regulável. No 
pulverizador montado (ligado ao sistema de três pontos) há pontos de engate 
para o acoplamento e pontos de apoio para estacionamento. 
O reservatório apresenta capacidade volumétrica bastante variável. Os de 
maior capacidade possuem quebra-ondas no seu interior. Na parte superior do 
tanque há uma abertura, por onde se faz o reabastecimento, inspeção e 
limpeza no interior do mesmo. É provido de filtro de malha fina e resistente, ou 
de metal perfurado. 
O material e constituição do reservatório pode ser polietileno de alta densidade, 
principalmente nos menores, e resina de poliéster com reforços em fibra de 
vidro ou fibra de vidro com revestimento interno de resina, nos de maior 
capacidade. Podem ter indicadores de nível na sua parede ou com mangueira 
transparente externa. 
O agitador de calda pode ser hidráulico ou mecânico, sendo que, na maioria 
dos pulverizadores, os dois funcionam conjuntamente. 
Na agitação hidráulica, utiliza-se o retorno do liquido da bomba, que passa pelo 
regulador de pressão, fazendo-o sair através de um tubo rígido instalado no 
fundo do reservatório e longe do bocal de sucção da bomba. O líquido pode vir 
também por uma derivação dos bicos. 
A agitação mecânica normalmente é realizada por uma ou mais hélices ou pás, 
montadas em uma árvore paralela e próxima a parede do fundo do 
reservatório. 
A bomba é um dos órgãos essências do pulverizador. Pode ser adicionada pela 
tomada de potência do trator ou pelo sistema hidráulico. 
A câmara de compensação amortece as pulsações causadas pelas bombas de 
pistão, permitindo leitura constante do manômetro. Com bombas do tipo 
centrífuga por exemplo, não há necessidadedesta câmara. 
O conjunto de comandos deve estar ao alcance do operador. Constitui-se de 
registros de múltiplas saídas com alavanca de controle, válvula reguladora de 
pressão e manômetro. O número de vias de saídas é variável e depende 
principalmente do tamanho da barra do pulverizador. 
As tubulações são estruturas flexíveis de plástico ou de borracha, reforçados. 
São utilizadas para fazer a ligação entre os vários órgãos do pulverizador. Em 
alguns equipamentos utilizam-se barra húmidas, em que o liquido é deslocado 
junto a barra e sua parte interna. 
27 
 
Os filtros são elementos protetores do circuito hidráulico, retirando do mesmo 
eventuais impurezas. São posicionados na abertura de abastecimento de 
reservatório, na sua saída no inicio de cada seção da barra e junto aos bicos. 
A barra de pulverização constitui-se na estrutura de suporte das mangueiras e 
bicos. Normalmente é constituída em estrutura metálica ou PVC, de seção 
quadrangular ou circular, podendo alcançar cerca de 30 m de comprimento. 
Normalmente é articulada em seções para recolhimento durante o transporte. 
Pode apresentar mecanismo nivelador e dispositivo de segurança contra 
choques em obstáculos. Alguns equipamentos mais modernos possuem 
sensores de altura que controlam automaticamente a distância da barra em 
relação ao alvo. 
As mangueiras são normalmente de plástico flexível com reforços de náilon. Na 
traseira do pulverizador pode haver carretéis ou enroladores para recolher as 
mangueiras. 
Os bicos são constituídos por corpo, capa filtro e ponta. Os jatos produzidos 
apresentam configurações em leque ou em cone, segundo o tipo de ponta. 
O reabastecimento consta de um bocal específico para a sucção de água 
levando-a da fonte para o reservatório. Há duas mangueiras, sendo uma a que 
une a bomba e outra que liga a bomba ao reservatório. 
 
Os pulverizadores de barra podem ser do tipo: 
 Pulverizadores montados e de arrasto 
 Pulverizadores auto propelidos 
 
 
 
Pulverizadores montados e de arrasto 
 
A maior parte dos pulverizadores montados (ligados ao sistema hidráulica do 
trator) e de arrasto (ligados a barra de tração do trator) possuem todos os 
componentes semelhantes, mudando apenas em forma e tamanho. 
Os pulverizadores montados em tratores, conhecidos também por 
“pulverizadores de três pontos”, normalmente são equipados com barra de 12 a 
16 metros de comprimento e operam em velocidades de 5 a 8 km/hora. São 
geralmente encontrados no mercado brasileiro com capacidade de carga de 
agroquímicos entre 400 a 800 litros. 
 
 
 
28 
 
Os pulverizadores tradicionais ou de arrasto, normalmente, são equipados com 
barras de 18 a 24 metros de comprimento e operam em velocidade de 6 a 10 
km/hora. São encontrados no mercado brasileiro em geral com capacidade de 
carga de agroquímicos entre 1000 a 3000 litros. 
 
 
 
Levando-se em consideração as especificações técnicas desses 
pulverizadores trato rizados montados e tracionados, seria possível 
teoricamente, desenvolver um rendimento diário de área aplicada em torno de 
60 a 80 hectares por dia pelos tracionados e de 30 a 40 hectares aplicados 
pelos pulverizadores de três pontos. 
No entanto, devido aos vários problemas de planejamento e logística durante 
as operações de controle químico com esses pulverizadores, a maior parte 
deles não consegue chegar a 50% desse rendimento operacional estimado. 
Entre os problemas mais comuns relacionados a pulverizadores hidráulicos 
estão a falta de um manômetro funcionando, bicos de pulverização entupidos, 
desgastados ou danificados, corpo de bico simples sem a presença da válvula 
anti-gotejante, abraçadeiras de corpo de bico quebradas e “amarradas” com 
tiras de borrachas ou arame. 
Todos esses problemas acontecem pela falta de manutenção nos 
pulverizadores e resultam na ineficiência das aplicações de agroquímicos, 
colocando em risco a sanidade da cultura tratada. 
 
 
 
 
 
Pulverizador Auto propelido 
 
Pulverizadores auto propelidos, autopropulsados ou automotrizes são 
máquinas agrícolas com grande capacidade de carga e alto rendimento 
operacional, utilizados nas aplicações de agroquímicos equipadas com motor, 
29 
 
cabine e sistema de pulverização (bombas, barras, bicos, etc) em uma mesma 
plataforma em um mesmo chassi. 
 
 
 
São máquinas de alto desempenho, podem substituir cinco ou seis conjunto 
trator-pulverizador, conseguem desenvolver velocidades entre 15 a 30 km/h 
durante as pulverizações nas culturas em campo e até 70km/h durante o 
translado. As barras de pulverização possuem total acionamento hidráulico 
com sistema autonivelante e medem entre 20 até 30 metros de comprimento. 
Normalmente apresenta motor diesel, de quatro tempos, sistema de direção e 
barra de pulverização. Apresenta barra que pode ser posicionada na parte 
anterior da máquina, com altura regulável. 
 
 
 
 
Conta com sistema de compensação com comando hidráulico para cada lado 
da barra, permitindo manter a mesma paralela ao solo em terrenos irregulares 
ou em curva de nível. 
30 
 
O chassi pode ser rígido ou articulado com estrutura reforçada. Apresenta 
cabine climatizada, isolando o contato direto do operador com eventual deriva 
da aplicação. 
Um pulverizador auto propelido com capacidade de carga para 3000 litros, com 
barras de pulverização com 27 metros de comprimento é capaz de conseguir 
um rendimento operacional aproximado de 500 hectares em um único dia de 
trabalho. Se esse equipamento não estiver corretamente calibrado e regulado, 
serão muitos hectares aplicados de maneira incorreta, com grandes prejuízos 
para os produtores. 
Não somente o pulverizador auto propelido precisa ser bem projetado e 
avançado, mas também a tecnologia em bicos e pontas de pulverização 
também precisa ser corretamente formatada para as condições de trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
Regulagem 
 
REGULAGEM DO PULVERIZADOR DE BARRAS COM USO DO 
VASO CALIBRADOR 
 
 
 
ANTES DA REGULAGEM, VERIFIQUE: 
 
- Filtro de sucção - limpeza. 
- Mangueiras - se não estão furadas ou dobradas. 
- Regulador de pressão - componentes: sede da válvula, válvula e mola, se não 
estão gastas ou presas por impurezas. 
32 
 
- Bomba - se não há vazamentos, se está lubrificada (nível do óleo ou graxa). 
- Bicos - se são do mesmo tipo, se não estão gastos, se não diferem em mais 
de 10% de vazão e se os filtros estão limpos. 
 
UMA VEZ VERIFICADOS TODOS OS ÍTENS, INICIA-SE A 
CALIBRAÇÃO DO PULVERIZADOR. 
 
MÉTODO DE CALIBRAÇÃO: 
 
1 - Marque 50 metros no terreno a ser tratado. 
2 - Abasteça o pulverizador. 
3 - Escolha a marcha de trabalho. 
4 - Ligue a tomada de força. 
5 - Acelere o motor até a rotação correspondente a 540 rpm na tomada de 
força. 
 
6 - Inicie o movimento do trator no mínimo 5 metros antes do ponto marcado. 
7 - Anote o tempo que o trator gasta para percorrer os 50 metros. 
8 - Em terrenos de topografia irregular, repita a operação várias vezes e tire à 
média. 
9 - Com o trator parado na aceleração utilizada para percorrer os 50 m, abra os 
bicos e regule a pressão de acordo com a recomendada para os diferentes 
tipos de bicos: 
- Bicos tipo cone - de 75 a 200 lbf/pol² 
- Bicos tipo leque - de 15 a 60 lbf/pol² 
10 - Colete o volume do bico no tempo igual ao gasto para percorrer os 50 m, 
efetuando a leitura na coluna correspondente ao espaçamento entre bicos. 
 
 
33 
 
 
 
 
11 - Repita essa operação em diversos bicos para obter uma média do volume. 
 
 
 
12 - A média obtida nas leituras é o volume de pulverização para a marcha e a 
pressão já determinadas. 
 
OBS.: 1º- Se o volume obtido for abaixo do desejado, aumente a pressão, 
diminua a velocidade (mantenha 540 rpmna TDF) ou troque os bicos por um 
de maior vazão. 
 
2º- Se o volume obtido for acima do desejado, diminua a pressão, aumente a 
velocidade (mantenha 540 rpm da TDF) ou troque os bicos por outros de 
menor vazão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
REGULAGEM DO PULVERIZADOR COSTAL MANUAL 
 
 
 
 
ANTES DE REGULAR CERTIFIQUE-SE DE QUE: 
 
- Os êmbolos não estão ressecados ou danificados. 
- As válvulas não estão gastas ou presas no corpo. 
- A agulha não esta com as vedações gastas. 
- O bico é o indicado para a aplicação 
- Não há vazamentos. 
 
MÉTODO DE CALIBRAÇÃO COM O USO DO VASO CALIBRADOR: 
 
1 - O pulverizador deve estar limpo e abastecido com água limpa. 
2 - Com o pulverizador às costas, posicione a lança na altura de trabalho e 
meça a largura da faixa de aplicação. 
3 - Pratique a pulverização para determinar a frequência de bombeamento e a 
velocidade cômoda para o trabalho. 
4 - Pulverize numa área de 25 m². 
 
Veja abaixo a distância a ser percorrida conforme a largura da faixa de 
aplicação. 
 
 
 
35 
 
5 - Fixe o calibrador à tampa como segue: 
 A- Remova a capa, bico e filtro. 
 B- Monte a tampa do calibrador. 
 C-Reinstale o bico, o filtro a capa. 
 D-Rosqueie o recipiente à tampa. 
6 - Segure a lança na posição normal de trabalho e pulverize no recipiente até 
cobrir a área de 25 m² determinada. 
7 - Mantenha o recipiente no nível e faça a leitura. 
O nível do líquido indicará o volume na escala correspondente. 
Esvazie o recipiente, repita a operação, obtendo assim a média de duas 
medições, a qual se torna mais real. 
 
 
 
 
 
CALIBRAÇÃO DE PULVERIZADORES 
 
MÉTODO PRÁTICO 
 
1 - Marque uma área de 100 m² (quadrado de 10 x 10 m). 
2 - Encha o tanque e pulverize a área. 
 
OBS.: É necessário que o operador mantenha um ritmo constante de 
bombeamento de marcha. 
 
3 - Complete o tanque e meça o volume gasto em litros. Para medidas precisas 
o pulverizador deve estar na mesma posição antes e depois de operação. 
 
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4 - Calcule o volume de pulverização em litros/ha. 
 
Ex.: Q= Vol x 10.000 / A 
 
Q = volume em litros/ha 
Vol = volume gasto em litros 
10.000 = corresponde a 1 hectare 
A = área pulverizada 
 
OBS.: Caso o volume encontrado não seja o desejado, substitua o bico por um 
de maior ou menor vazão, ou altere o ritmo de bombeamento e marcha. 
 
 
REGULAGEM DOS TURBOATOMIZADORES 
 
 
 
ANTES DA REGULAGEM, VERIFIQUE: 
 
- Filtro de sucção - limpeza. 
- Mangueiras - se não estão furadas ou dobradas. 
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- Regulador de pressão - componentes: sede da válvula, válvula e mola, se não 
estão gastas ou presas por impurezas. 
- Bomba - se não há vazamentos, se está lubrificada (nível do óleo ou graxa). 
- Bicos - se não estão gastos, danificados ou com variação acima de 10%. 
 
UMA VEZ VERIFICADO TODOS ESTES ÍTENS, INICIA-SE A 
CALIBRAÇÃO DO PULVERIZADOR. 
 
MÉTODO DE CALIBRAÇÃO: 
 
1 - Marque 100 covas. 
2 - Abasteça completamente o pulverizador. 
3 - Escolha a marcha de trabalho. 
4 - Ligue a tomada de força. 
5 - Acelere o motor até a rotação correspondente a 540 rpm na tomada de 
força. 
6 - Inicie o movimento do trator no mínimo 5 covas antes do ponto marcado. 
 
 
 
7 - Pulverize as 100 covas marcadas. 
8 - Complete o tanque e meça o volume gasto em litros. Para medidas 
precisas, o pulverizador deve estar na mesma posição antes e depois da 
operação. 
9 - Calcule o volume de pulverização em litros /100 covas, através da seguinte 
fórmula: 
 
 
Q = volume de pulverização em litros/1.000 covas. 
Vol= volume gasto em litros 
 
Observações: 
1. Se o volume de pulverização for abaixo do desejado, aumente a pressão, 
diminua a velocidade ou troque os bicos por um de maior vazão. 
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2. Se o volume de pulverização for acima do desejado, diminua a pressão, 
aumente a velocidade ou troque os bicos por um de menor vazão. 
 
ATENÇÃO: Para aumentar ou diminuir a velocidade troque a marcha não 
alterando a aceleração. 
 
- Para citrus, proceda de maneira semelhante, porém, conte apenas 10 plantas 
e calcule o volume de pulverização através da fórmula: 
 
 
 
Q = volume de pulverização em litros/planta. 
Vol= volume gasto em litros. 
 
 
 
 
REGULAGEM DO PULVERIZADOR CANHÃO DE AR 
 
 
 
ANTES DA REGULAGEM, VERIFIQUE: 
 
- se as correias estão esticadas na tensão correta. 
- se os filtros estão limpos. 
- se não há entrada de ar no circuito do defensivo. 
- se os dosadores da turbina estão desobstruídos. 
 
MÉTODO DE CALIBRAÇÃO: 
 
1 - Marque 50 metros na área que vai ser pulverizada. 
2 - Encha o tanque completamente. 
3 - Escolha a marcha de trabalho. 
4 - Ligue a tomada de força. 
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5 - Acelere o motor até a rotação correspondente a 540 rpm na tomada de 
força. 
6 - Inicie o movimento do trator no mínimo 5 metros antes do ponto marcado. 
 
 
 
7 - Pulverize os 50 metros marcados. 
8 - Meça ao mesmo tempo a faixa de aplicação (f). 
 
 
 
9 - Complete o tanque e meça o volume gasto em litros. Para medidas 
precisas, o pulverizador deve estar na mesma posição antes e depois da 
operação. 
10 - Em terrenos de topografia irregular, repita essa operação várias vezes e 
tire à média. 
11 - Calcule o volume de pulverização em litros/ha, através da fórmula: 
 
 
 
 
Q = volume de pulverização em l/ha 
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Vol= volume gasto na área pulverizada 
A = área pulverizada - 50 metros x faixa determinada (f) = m² 
10.000 = 10.000 m² (1 hectare) 
 
OBS.: Caso o volume de pulverização não seja o desejado, aumente ou 
diminua a vazão, através da válvula reguladora, ou aumente ou diminua a 
velocidade. 
 
ATENÇÃO: Para aumentar ou diminuir a velocidade troque a marcha, não 
alterando a aceleração. 
 
 
Regulagem de pulverizadores através de fórmulas: 
 
 
 
Onde: 
Q= Volume de pulverização (L/ha) 
q = Vazão (L/min) 
V = Velocidade do trator (km/h) 
F = Faixa de pulverização (metro) 
600 = Fator de conversão de unidades 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Quantidade de produto a colocar no tanque: 
 
 
 
Onde: 
Pr = Quantidade de produto (kg ou litro) 
Ct = Capacidade do tanque (litros) 
Q = Volume de pulverização (L/ha) 
D = Dosagem do defensivo (kg ou litro) 
 
Cálculo l/ha com o auxílio de uma proveta 
 
Para obter o volume de aplicação sem aplicar fórmulas, basta checar o tempo 
que o trator leva para percorrer 50 metros, e coletar o volume durante este 
mesmo tempo. Multiplicar o valor do n. coletado (ml), pelo fator de conversão 
correspondente ao espaçamento entre bicos. 
 
· Resultado obtido com a multiplicação (ml x o fator de conversão) é igual ao 
volume de aplicação (L/ha) 
 
Exemplos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MANUTENÇÃO DE PULVERIZADORES 
 
Os cuidados de manutenção dispensados aos pulverizadores aumentam sua 
vida útil. A leitura cuidadosa do manual do operador fornece os dados, não 
somente quanto à manutenção, mas também quanto à montagem e a 
operação. 
Após o uso do pulverizador, fazer as seguintes operações: 
 Retirar todos os bicos e filtros e lava-los; 
 Lavar o tanque com água e detergente; 
 Agitar o líquido de lavagem; 
 Lavar o sistema duas vezes com agua limpa e lavar o exterior do 
implemento. 
Observar sempre que a água da lavagem, pois pode poluir os cursos da água. 
Para guardar o pulverizador, no fim de um ciclo de tratamento, é necessário 
fazer uma revisão do implemento e efetuar a pulverização ou pincelamento de 
todas as peças metálicas com óleo diesel, secando toda a agua das 
canalizações. Colocar o pulverizador num lugar seco e protegido. Para 
conservar a bomba e as canalizações,recomenda-se também colocar no 
tanque de pulverizador um pouco de óleo diesel, fazendo-o funcionar por 
alguns minutos. 
Bem antes da época da pulverização, o equipamento novo ou e usado deve 
sofrer uma revisão para se evitar surpresas desagradáveis. 
I. Verificar a se a bomba esta em condições de funcionamento, 
lubrificando-a conforme a indicação da fabricação; 
II. Retirar os bicos e os filtros, limpando-os com água; 
III. Verificar o estado das mangueiras, se necessário substituir. 
IV. Desmontar o regulador de pressão e fazer sua limpeza; 
V. Observar todas as peças moveis, trocando as que estiverem 
gastas; 
VI. Limpar o pulverizador, lavar o tanque, colocar um filtro limpo, 
enchendo-o com água, e ligar a bomba para eliminar os resíduos 
do sistema; 
VII. Verificar o estado dos bicos se eles tem o mesmo tamanho e o 
mesmo ângulo de abertura; 
VIII. Montar os bicos e os filtros; 
IX. Verificar o espaçamento entre os bicos e a sua faixa de cobertura, 
evitando falhas; 
43 
 
X. Acionar a maquina, observando se não há vazamento no sistema 
ou se há bicos com defeito, fazendo, então, os reparos 
necessários; 
XI. Verificar a vazão de todos os bicos, eliminando os que 
apresentarem valores acima de 10% do desejado. 
Nunca tentar desentupir os bicos com objetos pontiagudos de metal, que 
podem ocasionar o aumento ou deformação dos orifícios e, com isto, alterar 
todas as características de gotejamento de um tratamento. A verificação da 
vazão e das características dos bicos deverá fazer parte da rotina periódica da 
manutenção do equipamento. Sempre que possível substituir os bicos em 
conjunto para que não apresente diferenças de vazão. 
É recomendável verificar, também, se há vazamento na bomba, nas 
mangueiras ressecadas, sujeitas a rompimento e a tensão das correias. A 
manutenção requer lubrificações periódicas, de acordo com o manual fornecido 
pelo fabricante. 
Nos pulverizadores com fluxo de ar dotados de compressores, tomar os 
seguintes cuidados: verificar o nível de óleo do compressor; limpar o filtro de ar; 
limpar o filtro de linha (lavar com óleo diesel); limpar a esfera do regulador de 
pressão; drenar o tanque. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Referencias Bibliográficas 
 
 
BALASTREIRE, L.A. Máquinas Agrícolas, São Paulo, Editora 
Manole,1990,307p. 
 
SILVEIRA, G.M. Máquinas para plantio e condução de culturas. Viçosa: 
Aprenda Fácil, 2001. 336p. 
 
MIALHE, Luiz Geraldo. Manual de Mecanização Agrícola. São Paulo: Editora 
Ceres, 301p. 
 
MIALHE, Luiz Geraldo. Máquinas Motoras na Agricultura. Volume 2. São 
Paulo: Editora EDUSP, 1980, 367p. 
 
Revista Plantio Direto, edição nº 72, novembro/dezembro de 2002. Aldeia Norte 
Editora, Passo Fundo-RS. Disponível em: 
http://www.plantiodireto.com.br/?body=cont_int&id=404 > Acesso em 10 fev. 
2015.

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