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Resenha do Artigo: Juiz não pode analisar de forma genérica argumentos da defesa preliminar

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Pós-graduação em Direito Penal e Processo Penal 
Resenha do Artigo: Juiz não pode analisar de forma genérica argumentos da defesa preliminar
 
aluno
Trabalho da disciplina Sistema Processual Penal
Tutor: Prof. Gisela Vasconcelos Esposel
2018
ARTIGO: JUIZ NÃO PODE ANALISAR DE FORMA GENÉRICA ARGUMENTOS DA DEFESA PRELIMINAR
A FALTA DE ANÁLISE SUFICIENTE NA DEFESA PRELIMINAR
REFERÊNCIA: 
ROVER, Tadeu. Juiz não pode analisar de forma genérica argumentos da defesa preliminar. Revista Eletrônica Consultor Jurídico. Disponível em: http://www.conjur.com.br/2014-nov-25/juiz-nao-analisar-defesa-preliminar-forma-generica Acesso em: 02 de abril de 2018.
A resenha crítica a ser realizada teve como base o artigo online da Revista Consultor Jurídico, em que o autor Tadeu Rover expôs didaticamente certa decisão tomada pelo Superior Tribunal de Justiça, assim como visou explicar o motivo de tal decisão e os fundamentos nos quais se baseou.
No referido artigo o autor relata decisão da 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça que anulou decisão em primeiro grau que realizou uma análise genérica da defesa preliminar, ou seja, ignorou as preliminares arguidas, o que acarretou finalmente no recebimento da denúncia feita pelo Ministério Público.
A defesa arguiu diversas questões preliminares como incompetência, prescrição, nulidades e atipicidades em sua resposta a acusação, tendo, porém, o juiz em primeiro grau não entendido como suficiente para impedir o prosseguimento da ação penal, assim, restou a Defesa a impetração de Habeas Corpus alegando a falta de fundamentação do juiz ao ignorar as questões levantadas que poderiam acarretar na absolvição sumária ou revisão do recebimento da denúncia.
Ao realizar a análise dos julgados expostos, o autor consegue por meio da exposição dos motivos alegados pela 6ª Turma do STJ transmitir o entendimento de que apesar do alegado em primeiro grau de que as diversas questões expostas pela defesa exigiriam uma análise do mérito, com longo e exauriente debate que não acarretaria em absolvição sumária, resta aparente como uma questão vencida no STJ o fato de que tal alegação por parte do juiz poderia ter sido feita em qualquer processo, não tendo nenhuma ligação direta com o caso concreto, portanto tendo sido genérica em sua exposição e ignorando a garantia constitucional do devido processo legal, que preza por uma obrigatoriedade de devida fundamentação das decisões judiciais, as partes são prejudicadas por “sentenças” que inobservam um preceito tão claro que observamos no Artigo 93, inc. IX da Constituição Federal de 1988, que poderia até mesmo acarretar na nulidade do ato: 
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios: 
IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação;
Podemos observar também, assim como a advogada de defesa das partes no processo em questão, que análises genéricas como a realizada no caso concreto geram uma insatisfação geral e um enorme acréscimo no número de recurso interpostos ao Judiciário, já que ao não realizarem uma fundamentação suficiente de suas decisões, apenas acumulam carga maior ao judiciário, tendo em vista que até mesmo o Supremo Tribunal Federal entende no sentido de uma análise satisfatória e fundamentada das preliminares, segundo o HC 112.709, como expõe o autor do artigo.
Além disso, pode-se inferir da atitude do juiz uma certa indisposição ao não fazer cumprir a lei no sentido de ao menos analisar a defesa preliminar já que os motivos alegados por eles eram compatíveis aos expostos no artigo 396-A do Código de Processo Penal, para que as partes entendessem os motivos para prosseguir ou não a absolvição sumária do réu, como propõe o artigo 397, do mesmo diploma legal, adquirindo até mesmo um entendimento de justiça natural ao ter seu argumentos motivadamente rebatidos pela autoridade competente.

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