Buscar

Aulas 04 e 05 Composição e Competência dos Órgãos da Justiça Eleitoral

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 122 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 122 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 122 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Material elaborado pelo Professor Bruno Oliveira – E-mail: brunof.oliveira@gmail.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei n.º 9.610/1998, 
que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras 
providências. 
 
 2|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
AULAS 04 e 05 
1. CARACTERÍSTICAS DOS ÓRGÃOS DA JUSTIÇA ELEITORAL ................................................................................. 3 
2. COMPOSIÇÃO DO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL ......................................................................................... 6 
3.1 CORREGEDOR-GERAL ELEITORAL ....................................................................................................................10 
3.2 DELIBERAÇÕES DO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL .......................................................................................13 
3.3 COMPETÊNCIAS DO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL .....................................................................................13 
3. TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS .................................................................................................................40 
4.1 CORREGEDOR-REGIONAL ELEITORAL ..............................................................................................................44 
4.2 DELIBERAÇÕES NOS TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS .................................................................................45 
4.3 COMPETÊNCIAS DOS TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS ...............................................................................46 
4. JUÍZES ELEITORAIS ..........................................................................................................................................62 
5.1 COMPETÊNCIAS DOS JUÍZES ELEITORAIS .........................................................................................................65 
5. JUNTAS ELEITORAIS ........................................................................................................................................75 
6.1 COMPOSIÇÃO DAS JUNTAS ELEITORAIS ..........................................................................................................78 
6. RESUMO DA AULA ..........................................................................................................................................82 
7. MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL ....................................................................................................................84 
8. QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS ......................................................................................................................87 
9. QUESTÕES COM COMENTÁRIOS .....................................................................................................................99 
10. GABARITO ..................................................................................................................................................... 120 
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................................................... 121 
12. FINALIZAÇÃO DA AULA ................................................................................................................................. 122 
 
 
 
 
 
 
 
Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei n.º 9.610/1998, 
que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras 
providências. 
 
 3|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
1. Características dos Órgãos da Justiça Eleitoral 
Neste início de aula estudaremos as principais características intrínsecas aos órgãos 
da Justiça Eleitoral Brasileira. Para isso faz-se necessário conhecer como se organiza o 
nosso Poder Judiciário. Desta forma, abaixo está Organograma1 Básico deste Poder. 
Vejam: 
 
Logo de cara percebemos que o órgão máximo do Poder Judiciário Brasileiro é o 
STF (Supremo Tribunal Federal), que de acordo com a Constituição Federal de 1988, Art. 
102, compete a ele precipuamente a guarda da Constituição, ou seja, analisará todas as 
causas de matéria constitucional. Abaixo dele está o Superior Tribunal de Justiça (STJ), 
responsável por fazer uma interpretação uniforme da legislação federal. 
Ainda, abaixo do STF, em conjunto com o STF temos os chamados órgãos de 3ª 
Instância – da esquerda para a direita - Superior Tribunal Militar, Tribunal Superior do 
Trabalho e Tribunal Superior Eleitoral. 
 
1 http://dondinaugusto.blogspot.com.br/2011/04/organograma-do-poder-judiciario.html. Acessado em 01/04 às 
10:50 
 4|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
Nossos olhares focarão nos órgãos pertinentes à Justiça Eleitoral (TSE, TRE e as 
instâncias inferiores). Esses chamados de ramos da Justiça Especializada, assim como os 
órgãos da Justiça Militar e do Trabalho. É especializada, pois possuem características e 
regulamentos próprios, diferentes de qualquer outro ramo da Justiça. 
A Justiça Eleitoral surgiu a partir de 1930 com a revolução que deu origem ao 
Código Eleitoral de 1932, inspirada pelo ideal de moralização do sistema eleitoral. Como 
vimos, é uma ramificação do Poder Judiciário, não tendo nenhuma submissão aos demais 
Poderes, mas sim autonomia no exercício de suas competências. Savio Chalita2 afirma que 
a Justiça Eleitoral “é uma ramificação especializada do Poder Judiciário e pode ser 
compreendida como um instrumento garantidor da lisura em todo processo eleitoral, 
preservando direitos subjetivos como o sufrágio, garantindo a ordem e o melhor transcorrer 
de todos os atos, principalmente em razão de seus atributos de Poder Normativo e Poder 
de Polícia”. 
De acordo com a Constituição Federal de 1988, a Justiça Eleitoral é composta pelos 
seguintes órgãos: 
Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral: 
I - o Tribunal Superior Eleitoral; 
II - os Tribunais Regionais Eleitorais; 
III - os Juízes Eleitorais; 
IV - as Juntas Eleitorais. 
 
A Justiça Eleitoral apresenta natureza federal, sendo mantida pela União. Sendo 
assim, seus servidores são federais e o orçamento é aprovado pelo Congresso Nacional. 
Criminalmente, é a própria Polícia Federal que detém atribuições para instaurar e conduzir 
 
2 CHALITA, Savio. Manual Completo de Direito Eleitoral – Inadaiatuba, SP: Editora Foco Jurídico, 2014. 
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
 5|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
inquéritos policiais visando à apuração de crimes eleitorais. José Jairo Gomes3 aborda que 
ao contrário dos demais órgãos que compõe o Poder Judiciário, a Justiça Eleitoral não 
apresenta corpo próprio e independente de juízes, pois nela atuam magistrados que são 
oriundos da Justiça Comum. 
Dentre os órgãos eleitorais nós teremos aqueles chamados de órgãos colegiados 
e outros denominados órgãos monocráticos. Colegiados são aqueles órgãos formados 
por mais de um membro (Tribunal Superior Eleitoral, Tribunais Regionais Eleitorais e Juntas 
Eleitorais). Em contrapartida, os únicos órgãos monocráticos serão os Juízes Eleitorais, 
formados por apenas um membro, pois serão titulares de uma zona eleitoral, e cada zona 
eleitoralserá jurisdicionada por um juiz eleitoral. 
Além disso, outra classificação importante para nossos estudos refere-se aos 
órgãos permanentes e temporários. Dentre os previstos no Art. 118, serão 
permanentes (existirão independentemente de eleições) o Tribunal Superior Eleitoral, 
Tribunais Regionais Eleitorais e os Juízes Eleitorais. Já as Juntas Eleitorais serão órgãos 
temporários, pois são formadas até 60 (sessenta) dias antes das eleições e dissolvidas 
logo após. 
Esquematicamente, teremos o seguinte: 
 
3 GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral. -10.Ed. rev. atual. e ampl. – São Paulo: Atlas, 2014. 
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
 6|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
 
Jamais se esqueçam: 
 
Após essa breve explicação, poderemos passar agora para a análise minuciosa de 
cada órgão da Justiça Eleitoral, iniciando pelo Tribunal Superior Eleitoral. 
2. Composição do Tribunal Superior Eleitoral 
 
Feita essa introdução baseada nas características primordiais dos órgãos da Justiça 
Eleitoral, nos deteremos nesse momento a abordar sobre a Composição da instância 
máxima da Justiça Eleitoral: Tribunal Superior Eleitoral. 
Tribunal 
Superior 
Eleitoral
Colegiado
Permanente
Tribunais 
Regionais 
Eleitorais
Colegiado
Permanente
Juntas 
Eleitorais
Colegiado
Temporário
Juízes
Eleitorais
Monocrático
Permanente
Órgãos colegiados são aqueles formados por mais de um membro e que no 
caso da Justiça Eleitoral, também diploma eleitos. Os únicos com esta função 
são: TSE com jurisdição em todo o país, TRE’s com jurisdição no Estado e 
Juntas Eleitorais (com jurisdição na zona eleitoral). 
Órgãos monocráticos ou singulares são aqueles formados por apenas um 
indivíduo e que não tem competência para diplomar eleitos, que no caso são 
os JUÍZES ELEITORAIS. 
 7|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
De acordo com a Constituição Federal, art. 119 a Constituição Federal será 
composta de no mínimo 7 membros, sendo eles: 
Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete membros, 
escolhidos: 
 
I - mediante eleição, pelo voto secreto: 
a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal; 
b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça; 
 
II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de 
notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal. 
 
A primeira observação que faremos é em relação à composição mínima intitulada 
pelo legislador constitucional. Compreendemos que utilizando esse vocábulo, possibilita-
se aumentar a composição do Tribunal. Essa proposta de aumento de número de 
membros poderá ser feita por lei complementar pelo próprio Tribunal Superior Eleitoral. 
No entanto, quando passarmos aos estudos dos Tribunais Regionais Eleitorais, 
perceberemos que o legislador não se limitou a colocar composição mínima ou máxima 
para esse Tribunal, e sim composição fixa e neste momento teremos um problema, pois 
conflitará dois dispositivos (Código Eleitoral de 1965 e Constituição Federal de 1988). 
 
Muito bem, após entender que a composição do TSE é de 7 membros, vamos 
destrinchar. Dentre os 7 membros teremos 3 juízes que serão oriundos do Supremo 
 
Sendo assim, para a prova lembre-se que o TSE é composição mínima, 
enquanto os TREs é composição fixa. 
 
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
 8|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
Tribunal Federal (eleição por voto secreto, na qual os 11 ministros que compõe o STF 
votam entre si para escolher os 3 que farão parte da Corte do TSE). Além dos juízes 
vindouros do STF, o TSE será composto de 2 juízes dentre ministros do Superior 
Tribunal de Justiça (também eleição por voto secreto, na qual os 33 ministros do STF 
votam entre si para escolher os 2 juízes que farão parte da Corte). E finalmente, 2 juízes 
dentre 6 advogados que são indicados pelo Supremo Tribunal Federal e nomeados 
pelo Presidente da República. 
Haverá sete substitutos dos membros efetivos, escolhidos na mesma ocasião e pelo 
mesmo processo, em número igual para cada categoria. 
Não poderão fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral cidadãos que tenham entre 
si parentesco, ainda que por afinidade, até o quarto grau, seja o vínculo legítimo ou 
ilegítimo, excluindo-se neste caso o que tiver sido escolhido por último, ou seja, o último 
membro escolhido é que não poderia compor a Corte, seria excluído do processo. 
Em relação aos juízes que possuem origem no STF e no STJ não cabe mais 
nenhuma discussão, porém é importante trazermos à tona como se dará o processo de 
escolha dos advogados, pois vejam que a nomeação é de livre escolha do Presidente da 
República. 
O processo de escolha dos advogados se dará através das seguintes etapas: 
 Supremo Tribunal Federal forma duas listas tríplices de 
advogados; 
 As listas são encaminhadas ao Presidente da República; 
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
 9|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
 O Presidente da República escolhe um advogado de cada lista 
e os nomeia; 
 
 
Chalita (2014, p. 99)4 lembra ainda que os advogados deverão ter notório saber 
jurídico e reputação ilibada. A nomeação dos advogados não poderá recair em cidadão 
que ocupe cargo público de que seja demissível ad nutum; que seja diretor, 
proprietário ou sócio de empresa beneficiada com subvenção, privilégio, isenção ou 
favor em virtude de contrato com a administração pública; ou que exerça mandato de 
caráter político, federal, estadual ou municipal. 
Pelo visto, agora você está sabendo de cor e salteado a composição do TSE. Para 
não esqueçam vejam o “esqueminha” abaixo: 
 
 
4 CHALITA, Savio. Manual Completo de Direito Eleitoral – Inadaiatuba, SP: Editora Foco Jurídico, 2014. 
Além da nomeação dos advogados que compõe o Tribunal Superior Eleitoral, 
os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presidente 
da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado 
Federal. 
 
ab
Realce
 10|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
Como toda corte colegiada, ela deverá ter dirigentes que ocuparão estas funções 
por um determinado período. Portanto, o Tribunal Superior Eleitoral elegerá para seu 
Presidente um dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, cabendo ao outro a Vice-
Presidência, e para Corregedor-Geral da Justiça Eleitoral um dos ministros do Superior 
Tribunal de Justiça5. Tanto o Presidente do TSE, quanto o Vice, servirão por 2 anos 
podendo ser reconduzidos para mais um biênio, porém nunca mais que dois biênios 
consecutivos6. 
Não gastaremos tempo em nossa aula discutindo sobre as competências do 
Presidente e Vice-Presidente do Tribunal, somente esmiuçaremos as funções do 
Corregedor-Geral Eleitoral e suas devidas competências. Portanto, esse será o assunto do 
nosso próximo tópico. 
3.1 Corregedor-Geral Eleitoral 
Se você prestou bastante atenção em nossa aula, percebeu que o Corregedor-
Geral Eleitoral será escolhido dentre os Ministros que compõe o Superior Tribunalde 
Justiça, não é? Muito bem, a Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral é a unidade do 
Tribunal Superior Eleitoral responsável pela fiscalização da regularidade dos serviços 
eleitorais em todo o país e pela orientação de procedimentos e rotinas a serem 
 
5 Constituição Federal de 1988 - Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete membros, 
escolhidos: I - mediante eleição, pelo voto secreto: a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal; 
b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça; II - por nomeação do Presidente da República, dois 
juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal. 
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do 
Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça. 
6 Regimento Interno do TSE (Resolução nº 4.510, de 29 de setembro de 1952) - Art. 2º Os juízes, e seus substitutos, 
salvo motivo justificado, servirão obrigatoriamente por dois anos, e nunca por mais de dois biênios consecutivos. 
ab
Realce
ab
Realce
 11|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
observados pelas corregedorias eleitorais em cada unidade da Federação e pelos 
cartórios eleitorais7. 
Compete precipuamente ao Corregedor-Geral Eleitoral a inspeção e correição dos 
serviços eleitorais, além de: 
 conhecer das reclamações apresentadas contra os tribunais regionais, 
encaminhando-as, com o resultado das sindicâncias a que proceder, ao 
Tribunal Superior Eleitoral, salvo no caso do inciso seguinte; 
 representar ao Tribunal Superior Eleitoral, ou ao Supremo Tribunal Federal, 
conforme o caso, quando, do resultado das sindicâncias, verificar que há 
infração penal a ser denunciada; 
 receber e processar reclamações contra os corregedores regionais 
 fazer correição nas zonas eleitorais de qualquer estado; 
 velar pela fiel execução das leis e instruções e pela boa ordem e celeridade 
dos serviços eleitorais, baixando os provimentos que julgar necessários; 
 verificar se há erros, abusos ou irregularidades que devam ser corrigidos, 
evitados ou sanados, determinando, por provimento, a providência a ser 
tomada ou a corrigenda a se fazer; 
 comunicar ao Tribunal Superior Eleitoral a falta grave ou procedimento que 
não couber, na sua atribuição, corrigir; 
 investigar se há crimes eleitorais a reprimir e se as denúncias já oferecidas 
na Justiça Eleitoral têm curso normal; 
 orientar os corregedores regionais relativamente à regularidade dos serviços 
eleitorais nos respectivos estados; 
 
7 http://www.tse.jus.br/institucional/corregedoria-geral-eleitoral/institucional - Acesso em 03/04/2015 às 19h30m 
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
 12|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
 indicar ao Tribunal Superior Eleitoral a substituição temporária, no serviço 
eleitoral, de qualquer juiz; 
 requisitar a qualquer autoridade, civil ou militar, a colaboração necessária ao 
bom desempenho ou segurança de sua missão; 
 cumprir e fazer cumprir as determinações do Tribunal Superior Eleitoral. 
 
 
Segundo a Resolução 7.651/19658, no desempenho de suas atribuições o 
corregedor-geral se locomoverá para os estados por determinação do Tribunal Superior 
Eleitoral, a pedido dos tribunais regionais eleitorais, a requerimento de partido deferido 
pelo Tribunal Superior Eleitoral e sempre que entender necessário. As correições9 têm por 
fim aferir a regularidade do funcionamento do cartório eleitoral e de seus serviços e será 
efetivada pelo juiz da zona respectiva ou pelo corregedor regional eleitoral, 
ordinariamente, pelo menos uma vez a cada ano, até o dia 19 de dezembro. O 
corregedor-geral poderá, a pedido do corregedor regional, por determinação do Tribunal 
Superior Eleitoral ou quando entender necessário, realizar correições nas zonas 
eleitorais ou corregedorias regionais. 
Vocês devem se perguntar se é necessário estudar as competências do 
Corregedor-Geral Eleitoral. A resposta é não, mas é importante você conhecer 
 
8 http://www.tse.jus.br/legislacao/codigo-eleitoral/normas-editadas-pelo-tse/resolucao-nb0-7.651-de-24-de-
agosto-de-1965-brasilia-2013-df 
9 http://www.tse.jus.br/legislacao/codigo-eleitoral/normas-editadas-pelo-tse/resolucao-nb0-21.372-de-25-de-
marco-de-2003-brasilia-2013-df 
Correição é o ato ou efeito de corrigir, objetivando a fiscalização da Justiça. 
 
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
 13|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
detalhadamente, pois na previsão de uma questão discursiva você terá mais argumentos 
para embasar sua questão, ok? 
A respeito da Corregedoria-Geral Eleitoral trouxe para você mais informações que 
99% dos livros de Direito Eleitoral. Pode comprovar! Agora passaremos para um assunto 
pesado: as competências do Tribunal Superior Eleitoral. Vamos à luta? 
3.2 Deliberações do Tribunal Superior Eleitoral 
 
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deliberará, ou seja, tomará decisões, em SESSÃO 
PÚBLICA, presente a MAIORIA dos seus membros por MAIORIA de votos. No entanto, 
quando as decisões versarem sobre a interpretação do Código Eleitoral em face da 
Constituição e cassação de registro de partidos políticos, como sobre quaisquer recursos 
que importem anulação geral de eleições ou perda de diplomas, só poderão ser tomadas 
com a presença de todos os seus membros. Se ocorrer impedimento de algum juiz, será 
convocado o substituto ou o respectivo suplente. 
Cabe ressaltar que os Tribunais e juízes inferiores devem dar imediato 
cumprimento às decisões, mandados, instruções e outros atos emanados do Tribunal 
Superior Eleitoral. 
3.3 Competências do Tribunal Superior Eleitoral 
 
Falaremos agora sobre as competências do Tribunal Superior Eleitoral, instância 
máxima da Justiça Eleitoral. Os artigos 22 e 23 se reservarão a tratar sobre esta matéria. 
O artigo 22 se limitará a abordar as competências jurisdicionais e o artigo 23 as 
competências administrativas do Tribunal. O nosso objetivo nesse momento é 
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
 14|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
apresentar as competências e fazer breves comentários, ok? E o seu objetivo é ler todas 
elas inúmeras vezes para que possa gravar, pois são de extrema importância para sua 
prova. 
Iniciaremos com as COMPETÊNCIAS JURISDICIONAIS, previstas no Artigo 22 do 
Código Eleitoral: 
Art. 22. Compete ao Tribunal Superior: 
I – processar e julgar originariamente: 
a) o registro e a cassação de registro de partidos políticos, dos seus Diretórios Nacionais e 
de candidatos à Presidência e Vice-Presidência da República; 
Assim como os demais órgãos do Poder Judiciário Eleitoral, a competência do TSE 
se limitará a assuntos que se remetem à sua própria circunscrição. Como sabemos a 
circunscrição do TSE é todo o território nacional, sendo assim tudo aquilo que envolvê-
lo será assunto para o Tribunal Superior Eleitoral.Conforme vocês observaram cabe ao 
TSE julgar os diretórios NACIONAIS, uma vez que os MUNICIPAIS e ESTADUAIS é de 
competência dos Tribunais Regionais Eleitorais. 
Outro ponto importante para frisar é que cabe ao TSE também o julgamento das 
arguições das inelegibilidades dos candidatos à Presidência e Vice-Presidência (Chefes do 
Poder Executivo Nacional), pois são as únicas candidaturas que possuem circunscrição 
nacional. 
Art. 22. Compete ao Tribunal Superior: 
I – processar e julgar originariamente: 
b) os conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais e Juízes Eleitorais de Estados 
diferentes; 
Conflito de jurisdição ou de competência é o choque entre autoridades 
jurisdicionais que se supõem competentes ou incompetentes para funcionar num mesmo 
processo, em relação aos mesmos atos. É possível inferir-se da definição formulada a 
existência de duas classes de conflito de jurisdição: o positivo, quando ambas as 
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
 15|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
autoridades se julgam, ao mesmo tempo, competentes em face do processo, e o 
negativo, quando ambas se julgam incompetentes. A regra é que o conflito seja resolvido 
pelo órgão que possui hierarquia superior aos demais órgãos envolvidos. Se o próprio 
TSE estiver envolvido em conflito de competência com qualquer outro Tribunal (superior 
ou não), quem resolve é o próprio Supremo Tribunal Federal. 
Quando temos conflitos de dois Tribunais Regionais Eleitorais, sendo de estados 
diferentes, esta competência cabe ao TSE. Isso funciona para juízes eleitorais também de 
estados diferentes. 
Exemplos: 
Juiz do TRE-MA x Juiz do TRE-SP = COMPETÊNCIA DO TSE 
Juiz do TRE-MA x Juiz TRE-MA = COMPETÊNCIA DO TRE-MA 
Mas professor, e quando temos o conflito de um juiz de um estado entre um 
Tribunal Regional Eleitoral? Então meus amigos, nesse caso a competência também será 
do Tribunal Superior Eleitoral, ok? 
Exemplo: 
Juiz do TRE-MA x TRE-SP = COMPETÊNCIA DO TSE 
Art. 22. Compete ao Tribunal Superior: 
I – processar e julgar originariamente: 
c) a suspeição ou impedimento aos seus membros, ao Procurador-Geral e aos 
funcionários da sua Secretaria; 
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
 16|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
Precisamos antes de mais nada conceituarmos o que será Suspeição e 
Impedimento. Somente a partir desses conceitos conseguiremos entender a alínea c. 
Pontes de Miranda10 verbera que “quem está sob suspeição está em situação de 
dúvida de outrem quanto ao seu bom procedimento. Quem está impedido está fora 
de dúvida, pela enorme probabilidade de ter influência maléfica para a sua função. Olha-
se, em caso de suspeição, para baixo, para se ver o “suspectus” e poder-se averiguar”. 
Caberá então ao Tribunal Superior Eleitoral processar e julgar a suspeição ou 
impedimento dos: 
 Aos próprios membros do TSE (um dos sete); 
 Procurador Geral Eleitoral; 
 Funcionários da secretaria; 
Art. 22. Compete ao Tribunal Superior: 
I – processar e julgar originariamente: 
d) os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos cometidos pelos seus próprios 
Juízes e pelos Juízes dos Tribunais Regionais; [NÃO RECEPCIONADO PELA 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL] 
 
10 MIRANDA, Pontes de. Comentários ao código de processo civil. Rio de Janeiro: Forense, 1998. p. 420. T 2. 
SUSPEIÇÃO: Situação, mencionada em lei, que impede juízes, promotores, 
advogados, ou qualquer outro auxiliar da justiça, de funcionar em 
determinado processo, no caso de haver dúvida quanto à imparcialidade e 
independência com que devem atuar. Na suspeição há apenas presunção 
relativa (juris tantum). 
IMPEDIMENTO: é a presunção absoluta (juris et de jure) de parcialidade do 
juiz em determinado processo por ele analisado, diferente de suspeição onde 
há apenas presunção relativa (juris tantum). 
ab
Realce
ab
Realce
 17|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
 Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal não há justificativa para 
separar o que é crime comum e o que é crime eleitoral. Vejam: 
“A jurisprudência do STF firmou-se no sentido de definir a locução constitucional 
‘crimes comuns’ como expressão abrangente de todas as modalidades de 
infrações penais, estendendo-se aos delitos eleitorais e alcançando, até mesmo 
as próprias contravenções penais”.(STF – Pleno – Recl. 511-9/PB-Rel. Min. Celso 
de Mello, DL, Seção I, 15/09/1995) 
 
Primeiramente, muito cuidado. A alínea d não foi recepcionada pela Constituição 
Federal de 1988, pois entrou em conflito com a Constituição Federal de 1988 que retira 
a competência do TSE e passa para órgãos superiores. De acordo com o artigo 102, I, c 
da CF/88 será competência do STF processar e julgar, nas infrações penais comuns e nos 
crimes de responsabilidade, os membros dos tribunais superiores (incluso aqui o TSE); e 
segundo o art. 105, I, a será competência do STJ processar e julgar, nos crimes comuns e 
nos de responsabilidade, os membros dos tribunais regionais eleitorais. 
Mesmo que não trabalhamos ainda com os Tribunais Regionais Eleitorais, faço 
questão de deixar disponível para vocês uma tabela que será muito útil para qualquer 
prova que forem fazer: 
ab
Realce
ab
Realce
 18|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
 
Art. 22. Compete ao Tribunal Superior: 
I – processar e julgar originariamente: 
e) o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria eleitoral, relativos a atos do 
Presidente da República, dos Ministros de Estado e dos Tribunais Regionais; ou, ainda, o 
habeas corpus, quando houver perigo de se consumar a violência antes que o Juiz 
competente possa prover sobre a impetração; [NÃO FOI RECEPCIONADO PELA CF/88] 
 
Mais uma alínea totalmente não recepcionada pela Constituição Federal de 1988. 
Para isso vamos separá-la por partes, demonstrando como era antes e como ficou a partir 
do texto constitucional. 
ANTES (CÓDIGO ELEITORAL 1965) DEPOIS (CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988) 
ab
Realce
 19|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
Mandado de segurança contra ato do 
Presidente da República era competência 
do TSE 
O mandado de segurança contra ato do 
Presidente da República, seja a matéria 
eleitoral ou não, é processado e julgado 
originariamente pelo STF (CF/88, art. 102, I, 
“d”); 
Habeas Corpus contra ato do Presidente 
da República era competência do TSE 
O habeas corpus contra ato do Presidente 
da República é processado e julgado 
originariamente pelo STF (CF/88, art. 102, I, 
“i”); 
O mandado de segurança e o habeas 
corpus contra ato de Ministro de Estado 
são processados e julgados pelo TSE 
O mandado de segurança e o habeas 
corpus contra ato de Ministro de Estado 
são processados e julgados 
originariamente pelo STJ, ressalvada, no 
caso de HC, a competência da Justiça 
Eleitoral. (CF/88, art. 105, I, “b”, “c”). 
O habeas corpus contra ato de juiz 
integrante de Tribunal Regional Eleitoral 
era competência do TSE 
O habeas corpus contra ato de juiz 
integrante de Tribunal Regional Eleitoral é 
processado e julgado originariamente pelo 
STJ (CF/88,art. 105, I, “c”). 
 
Desta forma, considerem a previsão da Constituição Federal de 1988 para as 
provas, tudo bem? Salvo se as bancas questionarem exclusivamente de acordo com o 
“código eleitoral”. 
 
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
 20|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
Art. 22. Compete ao Tribunal Superior: 
I – processar e julgar originariamente: 
f) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos políticos, quanto à 
sua contabilidade e à apuração da origem dos seus recursos; 
 
Para o estudo dessa alínea precisaremos recorrer ao Art. 31 da Lei 9.096/95 (Lei 
dos Partidos Políticos): 
 
Art. 31. É vedado ao partido receber, direta ou indiretamente, sob qualquer forma ou 
pretexto, contribuição ou auxílio pecuniário ou estimável em dinheiro, inclusive através 
de publicidade de qualquer espécie, procedente de: 
 I - entidade ou governo estrangeiros; 
 II - autoridade ou órgãos públicos, ressalvadas as dotações referidas no art. 38; 
 III - autarquias, empresas públicas ou concessionárias de serviços públicos, 
sociedades de economia mista e fundações instituídas em virtude de lei e para cujos 
recursos concorram órgãos ou entidades governamentais; 
 IV - entidade de classe ou sindical. 
 
Desta forma, percebam que os partidos políticos possuem obrigações legais em 
relação ao recebimento de recursos. Aqueles que ferem o disposto no Art. 31 estarão 
sujeitos ao exame jurisdicional do Tribunal, conforme estabelecido no Art. 3711 do mesmo 
texto legal. 
 
11 Lei Dos Partidos Políticos (Lei nº 9096/95) - Art. 37. A falta de prestação de contas ou sua desaprovação total ou 
parcial implica a suspensão de novas cotas do Fundo Partidário e sujeita os responsáveis ás penas da lei. (Redação 
dada pela Lei nº 9.693, de 1998) 
 
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
 21|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
 
Art. 37. 
(...) 
§ 6º O exame da prestação de contas dos órgãos partidários tem caráter jurisdicional. 
 
Art. 22. Compete ao Tribunal Superior: 
I – processar e julgar originariamente: 
g) as impugnações à apuração do resultado geral, proclamação dos eleitos e expedição 
de diploma na eleição de Presidente e Vice-Presidente da República; 
 
Uma vez que a circunscrição do Tribunal Superior Eleitoral é nacional, a 
responsabilidade será para aqueles cargos que estão no mesmo patamar, ou seja, 
Presidente e Vice-Presidente da República. Se, por exemplo, estivéssemos falando 
 
§ 1º. A Justiça Eleitoral pode determinar diligências necessárias à complementação de informações ou ao saneamento 
de irregularidades encontradas nas contas dos órgãos de direção partidária ou de candidatos. (Parágrafo 
renumerado pela Lei nº 9.693, de 1998) 
§ 2º A sanção a que se refere o caput será aplicada exclusivamente à esfera partidária responsável pela irregularidade. 
(Incluído pela Lei nº 9.693, de 1998) 
§ 3o A sanção de suspensão do repasse de novas quotas do Fundo Partidário, por desaprovação total ou parcial da 
prestação de contas de partido, deverá ser aplicada de forma proporcional e razoável, pelo período de 1 (um) mês 
a 12 (doze) meses, ou por meio do desconto, do valor a ser repassado, da importância apontada como irregular, 
não podendo ser aplicada a sanção de suspensão, caso a prestação de contas não seja julgada, pelo juízo ou tribunal 
competente, após 5 (cinco) anos de sua apresentação. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) 
§ 4o Da decisão que desaprovar total ou parcialmente a prestação de contas dos órgãos partidários caberá recurso 
para os Tribunais Regionais Eleitorais ou para o Tribunal Superior Eleitoral, conforme o caso, o qual deverá ser 
recebido com efeito suspensivo. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) 
§ 5o As prestações de contas desaprovadas pelos Tribunais Regionais e pelo Tribunal Superior poderão ser revistas 
para fins de aplicação proporcional da sanção aplicada, mediante requerimento ofertado nos autos da prestação de 
contas. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) 
§ 6o O exame da prestação de contas dos órgãos partidários tem caráter jurisdicional. (Incluído pela Lei nº 
12.034, de 2009) 
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
 22|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
sobre o cargo de Governador do Estado, a competência para impugnar a apuração do 
resultado, proclamar o eleito e expedir o diploma seria do Tribunal Regional Eleitoral 
respectivo. 
 
Art. 22. Compete ao Tribunal Superior: 
I – processar e julgar originariamente: 
h) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos nos Tribunais Regionais dentro 
de trinta dias da conclusão ao Relator, formulados por partido, candidato, Ministério 
Público ou parte legitimamente interessada; 
 O pedido de desaforamento consiste no deslocamento da competência de 
uma comarca para outra, para que nesta seja realizado o julgamento pelo Tribunal do 
Júri, nas hipóteses previstas no caput do artigo 427, do Código de Processo Penal, que 
são: em caso de interesse da ordem pública ou havendo dúvida sobre a imparcialidade 
do júri ou a segurança pessoal do acusado. 
É utilizado na Justiça Eleitoral para requerer que o processo seja submetido a 
julgamento pelo um órgão diverso daquele inicialmente competente, em razão da 
demora deste no seu julgamento. Especificamente na Justiça Eleitoral, ultrapassado trinta 
dias da conclusão do feito ao relator/juiz é possível a realização do pedido de 
desaforamento. 
Diversamente dos processos de competência originária dos TRE’s e juízes eleitorais 
em que, preenchidos os requisitos legais, é possível o pedido de desaforamento, o atraso 
no julgamento de processos originários do TSE por mais de 30 dias da conclusão ao 
relator é passível de reclamação, e não de desaforamento, sendo competente para 
julgamento a própria Corte Suprema Eleitoral (Art. 22, I, i, CE). 
Diplomação é o ato pelo qual a Justiça Eleitoral atesta quem são os 
eleitos, a partir da entrega do diploma devidamente assinado. 
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
 23|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
 Esquematicamente, temos o seguinte: 
Matéria Competência para Julgamento 
FEITOS NÃO DECIDIDOS PELOS 
TRIBUNAIS REGIONAIS EM 30 DIAS DA 
CONCLUSÃO PARA JULGAMENTO 
TSE 
FEITOS NÃO DECIDIDOS PELOS JUÍZES 
ELEITORAIS EM 30 DIAS DA CONCLUSÃO 
PARA JULGAMENTO 
TRE 
 
 
Art. 22. Compete ao Tribunal Superior: 
I – processar e julgar originariamente: 
i) as reclamações contra os seus próprios Juízes que, no prazo de trinta dias a contar da 
conclusão, não houverem julgado os feitos a eles distribuídos; 
 
Essa alínea embasará no disposto do Art. 94 da Lei nº 9504/97: 
Art. 94. Os feitos eleitorais, no período entre o registro das candidaturas até cinco dias 
após a realização do segundo turno das eleições, terão prioridade para a participação 
do Ministério Público e dos Juízes de todas as Justiças e instâncias, ressalvados os 
processos de habeas corpus e mandado de segurança. 
 § 1º É defeso às autoridades mencionadas neste artigo deixar de cumprir qualquer 
prazo desta Lei, emrazão do exercício das funções regulares. 
 § 2º O descumprimento do disposto neste artigo constitui crime de 
responsabilidade e será objeto de anotação funcional para efeito de promoção na 
carreira. 
 
ab
Realce
ab
Realce
 24|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
Aqueles feitos que foram distribuídos e não são julgados compete ao próprio 
Tribunal Superior Eleitoral averiguar essas reclamações. 
 
Art. 22. Compete ao Tribunal Superior: 
I – processar e julgar originariamente: 
j) a ação rescisória, nos casos de inelegibilidade, desde que intentada dentro do prazo de 
cento e vinte dias de decisão irrecorrível, possibilitando-se o exercício do mandato eletivo 
até o seu trânsito em julgado; 
 
Para quem desconhece, a ação rescisória12 visa a desconstituir o que já passou 
em julgado, mas que possui algum vício. Assim, define-se: “[...] a ação rescisória como 
demanda autônoma de impugnação de provimentos de mérito transitados em julgado, 
com eventual rejulgamento da matéria neles apreciada.” (CÂMARA, 2007, p. 30). 
Trata-se de uma demanda e não de recurso, pois visa a rescindir a coisa julgada 
e não anulá-la. Quando a decisão é alvo de anulação é porque ela está em 
desconformidade com uma norma jurídica dispositiva, norma esta que pode ser afastada 
por vontade dos interessados. No caso da decisão nula, ela vai contra norma jurídica 
cogente, ou seja, norma de ordem pública, que não pode ser afastada por mera vontade 
das partes. 
A LC 86/96, quando introduziu no âmbito da Justiça Eleitoral a ação rescisória para 
os casos de inelegibilidade, incumbiu apenas ao TSE o seu processamento e julgamento 
originário, e, assim mesmo, apenas contra os seus próprios julgados. Os TREs não são 
competentes para julgar e processar ação rescisória. Verifica-se que o texto 
 
12 CÂMARA, Alexandre Freitas. Ação rescisória. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007. 
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
 25|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
“possibilitando o exercício do mandato até o seu trânsito em julgado”, foi declarado 
inconstitucional no julgamento da ADIn 1.459-5/DF. 
 
Art. 22. Compete ao Tribunal Superior: 
II – julgar os recursos interpostos das decisões dos Tribunais Regionais nos termos do art. 
276 inclusive os que versarem matéria administrativa. 
 
Parágrafo único. As decisões do Tribunal Superior são irrecorríveis, salvo nos casos do art. 
281. 
Se você se lembra da nossa primeira aula quando abordamos os princípios da 
Justiça Eleitoral, irá se recordar do Princípio da Irrecorribilidade das Decisões do 
TSE. Tanto o Tribunal Superior Eleitoral, quanto os Tribunais Regionais Eleitorais possuem 
decisões irrecorríveis ou terminativas, salvo algumas exceções. Quando uma decisão do 
TRE não foi terminativamente decidida neste Tribunal passará para o TSE decidir, mas 
somente para aquelas decisões previstas no Art. 276. Observem: 
Art. 276. As decisões dos Tribunais Regionais são terminativas, salvo os casos seguintes 
em que cabe recurso para o Tribunal Superior: 
 I - especial: 
 a) quando forem proferidas contra expressa disposição de lei; 
 b) quando ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais 
eleitorais. 
 II - ordinário: 
 a) quando versarem sobre expedição de diplomas nas eleições federais e 
estaduais; 
 b) quando denegarem habeas corpus ou mandado de segurança. 
 
Em relação ao Recursos Especial, hoje a redação deve ser a do inciso I, do § 4º, do 
art. 121, da CF/88: I – forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição 
ou de lei. 
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
 26|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
O Recurso Especial não se presta a interpretar o juízo feito pelo órgão julgador 
sobre o que é mais ou menos justo (espírito da lei), e sim sobre a violação expressa do 
dispositivo legal. 
O prazo para interposição do Recurso Especial é de 03 dias e as contrarrazões 
devem ser apresentadas no mesmo prazo. Conta-se o prazo para interposição a partir da 
publicação do acórdão pela imprensa oficial. Em 48 horas junta-se a petição nos autos e 
faz-se concluso ao Presidente que, em despacho fundamentado admite ou não o recurso. 
Admitindo-se, abre-se vistas a parte contrária para contrarrazões, em 03 dias. Após o 
tríduo, os autos serão encaminhados ao TSE. Se denegado o Recuso Especial, caberá 
Agravo de Instrumento ao TSE (art. 279, CE). 
Em relação ao RECURSO ORDINÁRIO, a Constituição federal alterou a redação 
da alínea “a”, além de acrescentar uma nova hipótese a saber: 
 
Art. 121 ... 
§4º ... 
III – versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais e 
estaduais; 
IV – anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou 
estaduais; 
V – denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado de 
injunção. 
 
O Código Eleitoral, portanto, não previu a hipótese de cabimento de recurso 
ordinário nos casos de inelegibilidade, hipótese esta acrescentada pela Constituição 
Federal de 1988. Nesse caso, prevalecerá a Lei Major. 
Também já é pacífica a jurisprudência do TSE na admissibilidade de Recurso 
Ordinário para atacar decisões em sede de representação fundada no artigo 41-A, da Lei 
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
 27|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
9.504/97, desde que a decisão guerreada possa atingir o diploma, incidindo assim, na 
hipótese prevista no inciso IV, do § 4º, do art. 121 da CF/88. 
O prazo para interposição do Recurso Ordinário é o mesmo do Recurso Especial, 
ou seja, de 3 dias, a contar da publicação da decisão nos casos da alínea “b” do inciso II, 
do CE e inciso V da CF/88, e de 3 dias a contar da data da sessão de diplomação, no caso 
da alínea “a” do inciso II, do CE e incisos III e IV da CF/88. 
Para entendermos melhor acerca dos recursos ao TSE, abaixo está um quadro que 
resume muito bem isso e tenho certeza que irá clarear nossas ideias. 
 
 
 
As decisões do TSE também serão irrecorríveis, exceto o que está disposto no Art. 
281 do Código Eleitoral, cabendo recurso ao Supremo Tribunal Federal. 
 
Vejamos o que diz o artigo 281: 
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
 28|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
Art. 281. São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior, salvo as que declararem a 
invalidade de lei ou ato contrário à Constituição Federal e as denegatórias de habeas 
corpus ou mandado de segurança, das quais caberá recurso ordinário para o Supremo 
Tribunal Federal, interposto no prazo de 3 (três) dias. 
 
O artigo 281 do Código Eleitoral está incompatível com a Constituição Federal de 
1988. O texto constitucional previsto no Art. 121, § 3º: 
Art. 121 
(...) 
§ 3º - São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que 
contrariarem esta Constituição e as denegatórias de habeas corpus ou mandado de 
segurança. 
 
Percebam que no Código Eleitoral havia a previsão “salvo as que declararem a 
invalidade de lei”, mas esse dispositivo não foi recepcionado pela Constituição. Então 
todas as decisõesdo TSE são irrecorríveis, ou seja, quando uma decisão chegar ao TSE a 
mesma será FINAL, exceto se algumas delas forem: 
 Matéria que contraria a Carta Magna; 
 E DENEGATÓRIAS de HC (habeas-corpus) e MS (mandado de segurança); 
 
Assim como foi discutido no início das Competências, o Tribunal Superior Eleitoral 
possui competências jurisdicionais e administrativas. Passaremos ao estudo das 
competências administrativas, previstas a partir do Art. 23. Já revelo que elas não 
guardam nenhuma dificuldade, portanto algumas a mera leitura já sana qualquer 
problemática de entendimento. 
 
Art. 23. Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior: 
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
 29|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
I – elaborar o seu Regimento Interno; 
 
II – organizar a sua Secretaria e a Corregedoria-Geral, propondo ao Congresso Nacional 
a criação ou extinção dos cargos administrativos e a fixação dos respectivos vencimentos, 
provendo-os na forma da lei; 
 
III – conceder aos seus membros licença e férias, assim como afastamento do exercício 
dos cargos efetivos; 
 
As três primeiras competências encontram respaldo na própria Constituição 
Federal no Art. 96. Observem: 
Art. 96. Compete privativamente: 
 
I - aos tribunais: 
 
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância 
das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a 
competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos; 
 
b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem 
vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva; 
 
(...) 
 
f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e 
servidores que lhes forem imediatamente vinculados; 
 
Gostaria de ressaltar a competência prevista no inciso I, pois algumas bancas já 
tentaram confundir os candidatos aplicando a competência de elaborar o Regimento 
Interno do TSE ao Supremo Tribunal Federal. Como você é um aluno esperto, não terá 
esse problema. A competência para elaboração de regimentos internos é competência 
administrativa dos próprios Tribunais. 
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
 30|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
 
Art. 23. Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior: 
IV - aprovar o afastamento do exercício dos cargos efetivos dos Juízes dos Tribunais 
Regionais Eleitorais; 
 
A Resolução do TSE nº 21.842/2004 disporá sobre o afastamento de 
magistrados na Justiça Eleitoral do exercício dos cargos efetivos. O afastamento dos 
juízes eleitorais das suas funções regulares será sempre parcial, somente no período 
entre o registro de candidaturas até cinco dias após a realização do segundo turno das 
eleições, em casos excepcionais e sem prejuízo do julgamento prioritário de habeas 
corpus e mandado de segurança, nos incisivos termos do art. 94, § 1º, da Lei nº 9.504/97. 
A proposta de afastamento será apresentada ao Tribunal Regional Eleitoral com a 
demonstração da sua efetiva necessidade, indicados concretamente os serviços a serem 
desenvolvidos, cujo regular atendimento poderá restar comprometido sem a devida 
autorização. O deferimento do afastamento ficará condicionado ao voto favorável de 
cinco dos membros do Tribunal Regional Eleitoral e deverá ser submetido ao Tribunal 
Superior Eleitoral. 
Art. 23. Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior: 
V – propor a criação de Tribunal Regional na sede de qualquer dos Territórios; 
 
Conforme observa Michel Temer13, o primeiro Território Federal no Brasil foi o do 
Acre, criado em 1904 pela Lei n. 1.181, na medida em que não havia previsão na 
Constituição de 1891. Somente na Constituição de 1934 foi que os territórios ganharam 
status constitucional, permanecendo sua previsão nas Constituições seguintes. 
 
13 TEMER, Michel. Elementos de Direito Constitucional - 24ª Ed. 2014 
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
 31|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
Apesar de ter personalidade, o território não é dotado de autonomia política. 
Trata-se de mera descentralização administrativo-territorial da União, qual seja, uma 
autarquia que, conforme expressamente previsto no art. 18, § 2º, integra a União. Não 
existem mais territórios no Brasil. Até 1988 existiam três territórios: Roraima, Amapá e 
Fernando de Noronha. 
Roraima e Amapá: foram transformados em Estado, de acordo com o art. 14, caput, 
do ADCT. Fernando de Noronha: foi extinto, sendo a sua área reincorporada ao Estado 
de Pernambuco. 
No entanto, é perfeitamente possível a criação de novos territórios federais, que, 
com certeza, continuarão a ser mera autarquia, sem qualquer autonomia capaz de lhes 
atribuir a característica de entes federados. O processo de criação dar-se-á da seguinte 
forma: 
 Lei complementar: a criação de novos territórios dar-se-á mediante lei 
complementar, conforme o art. 18, § 2º. 
 Plebiscito: deve haver plebiscito aprovando a criação do território. 
 Modo de criação: o art. 18, § 3º, estabelece que os Estados podem 
incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexar a 
outros, ou formar Territórios Federais, mediante aprovação da população 
diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por 
lei complementar. 
Portanto, SE houver Territórios, caberá ao Tribunal Superior Eleitoral propor a 
criação de Tribunal Regional Eleitoral nestes locais. 
Art. 23. Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior: 
VI – propor ao Poder Legislativo o aumento do número dos Juízes de qualquer Tribunal 
Eleitoral, indicando a forma desse aumento; 
ab
Realce
ab
Realce
 32|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
Tal dispositivo não encontra relação com o previsto constitucionalmente, pois a 
composição dos Tribunais Regionais Eleitorais será fixa (7 membros). 
Art. 23. Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior: 
VII – fixar as datas para as eleições de Presidente e Vice-Presidente da República, 
Senadores e Deputados Federais, quando não o tiverem sido por lei; 
 
A competência para fixação das datas das eleições não é mais do Tribunal Superior 
Eleitoral. A partir da promulgação da Lei nº 9.504/97 as datas das eleições obedecerão 
ao seguinte: 
Art. 1º As eleições para Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-
Governador de Estado e do Distrito Federal, Prefeito e Vice-Prefeito, Senador, Deputado 
Federal, Deputado Estadual, Deputado Distrital e Vereador dar-se-ão, em todo o País, 
no primeiro domingo de outubro do ano respectivo. 
 
 Parágrafo único. Serão realizadas simultaneamente as eleições: 
 I - para Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-
Governador de Estado e do Distrito Federal, Senador, Deputado Federal, Deputado 
Estadual e Deputado Distrital; 
 II - para Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador. 
 
Como podemos ver, as eleições ocorrerão periodicamente a cada 2 (dois) anos, 
sendo o primeiro turno realizado no primeiro domingo de outubro e o segundo turno (se 
houver) no último domingode outubro. 
 
Art. 23. Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior: 
VIII – aprovar a divisão dos Estados em Zonas Eleitorais ou a criação de novas Zonas; 
 
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
 33|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
As Zonas Eleitorais, conforme afirma José Jairo Gomes14, encerram a mesma ideia 
de comarca da Justiça Comum. Trata-se do espaço territorial sob jurisdição de um juiz 
eleitoral. A área da zona eleitoral pode coincidir com a da comarca, e geralmente é isso 
o que ocorre. 
Os processos de criação e desmembramento de zonas eleitorais15, nos termos 
do artigo 30, IX, do Código Eleitoral, deverão ser instruídos com projeto do qual conste: 
 Mapa geográfico, detalhando a área territorial abrangida pela zona eleitoral 
criada, e a da zona remanescente, a localização dos núcleos populacionais 
a serem assistidos, bem assim a indicação das zonas eleitorais limítrofes; 
 Indicação das vias de acesso e os meios de transporte existentes na zona 
eleitoral criada, bem como dos meios de comunicação e vias de acesso que 
fazem ligação entre a zona criada e as limítrofes; 
 Os sistemas de energia utilizados na localidade; 
 Comprovação da existência de vara disponível, já instalada e em atividade, 
para designação de titular; 
 Comprovação da existência de imóvel para instalação da serventia eleitoral 
e de servidores que a integrarão, mediante remanejamento ou requisição, 
com ônus exclusivo da Justiça Eleitoral no que diz respeito aos encargos 
financeiros decorrentes do imóvel. 
 Comprovação do número mínimo de eleitores na zona eleitoral criada, 
atendo-se aos quantitativos indicados no parágrafo primeiro deste item, 
 
14 GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral – 10.ed. rev.atual. e ampl. – São Paulo: Atlas, 2014. 
15 http://www.tre-sc.jus.br/site/legislacao/resolucoes/tse/1997/resolucao-tse-n-199941997/index.html. Acesso em 
04/04/2015 às 20:00. 
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
 34|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
permanecendo a unidade desmembrada com igual ou superior número de 
eleitores. 
Nas zonas eleitorais situadas nas Capitais dos Estados, no Distrito Federal e nas 
cidades cujo eleitorado seja igual ou superior a 200.000 inscritos, observar-se-á o 
mínimo de 70.000 (setenta mil) eleitores e naquelas do Interior, 50.000 (cinquenta 
mil) eleitores. 
A respeito das zonas eleitorais e a relação que terá com as competências previstas 
para os órgãos da Justiça Eleitoral, disponibilizo o esquema abaixo para que possa facilitar 
para vocês: 
 
 
 
Art. 23. Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior: 
IX – expedir as instruções que julgar convenientes à execução deste Código; 
 
TSE
Aprovar a 
divisão do 
Estado em 
Zonas
Criação de 
novas Zonas
TRE
Dividir a 
circunscrição 
em Zonas
Criação de 
novas zonas, 
após aprovação 
do TSE
JUÍZES 
ELEITORAIS
Dividir a Zona 
em seções 
eleitorais
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
 35|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
O que diferencia a Justiça Eleitoral é a sua função normativa atribuída pelo 
legislador. As instruções e demais deliberações de caráter normativo do TSE são 
veiculadas em Resolução. Está é compreendida como ato normativo emanado de órgão 
colegiado para regulamentar matéria de sua competência. Conforme esclarece Bandeira 
de Mello16 (2002, p. 378) apresenta natureza de auto-regra, pois cria situações gerais, 
abstratas e impessoais, modificáveis pela vontade do órgão que a produziu, ostentando 
assim força de lei. 
Art. 23. Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior: 
X – fixar a diária do Corregedor-Geral, dos Corregedores Regionais e auxiliares em 
diligência fora da sede; 
 
Em capítulo desta aula reservamos um tempo para falar sobre os Corregedores 
Gerais Eleitorais, e constatamos que eles poderão comparecer em diligências nos Estados 
para realizarem correições. Desta maneira, o órgão responsável por fixar o valor das 
diárias na realização dessas diligências é o próprio Tribunal Superior Eleitoral. 
 
Art. 23. Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior: 
XI – enviar ao Presidente da República a lista tríplice organizada pelos Tribunais de Justiça, 
nos termos do art. 25; 
 
O artigo 25 do Código Eleitoral estabelece a formação dos Tribunais Regionais 
Eleitorais, e o inciso III aborda como se dará a indicação dos advogados que comporão 
os TREs. Serão escolhidos dois juízes, dentre seis advogados que deverão estar no 
 
16 BANDEIRA DE MELLO, Oswaldo Aranha. Princípios gerais de direito administrativo. 3.ed.São Paulo: Malheiros, 
2007. 
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
 36|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
exercício da advocacia e possuir dez anos consecutivos ou não de prática profissional. 
O exercício da advocacia será comprovado pela inscrição na Ordem dos Advogados do 
Brasil e por documentos que atestem a prática de atos privativos (art. 1º da Lei nº 8.906, 
de 1994 – Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil – OAB). 
O Tribunal Superior Eleitoral envia ao Presidente da República duas listas tríplices 
e o Presidente escolherá um advogado em cada uma das listas, formando, portanto, dois 
advogados. 
 
Art. 23. Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior: 
XII – responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas em tese por 
autoridade com jurisdição federal ou órgão nacional de partido político; 
 
O Poder Judiciário, por definição, não é órgão de consulta, somente se 
pronunciando sobre situações concretas levantadas pela parte interessada. No entanto, 
os altos interesses concernentes às eleições recomendam essa função à Justiça Eleitoral. 
Tanto o Tribunal Superior Eleitoral, quanto os Tribunais Regionais Eleitorais detêm 
atribuição para responder a consultas. A resposta à consulta não possui caráter 
vinculante, orientando as ações dos órgãos da Justiça Eleitoral, podendo servir de 
fundamento para decisões nos planos administrativo e judicial. 
Ac.-TSE nº 23.404/2004: a consulta não tem caráter vinculante, mas pode servir de 
suporte para as razões do julgador. 
 
Art. 23. Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior: 
XIII – autorizar a contagem dos votos pelas Mesas Receptoras nos Estados em que essa 
providência for solicitada pelo Tribunal Regional respectivo; 
 
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
 37|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
O Tribunal Superior Eleitoral poderá autorizar a contagem de votos pelas mesas 
receptoras, nos Estados em que o Tribunal Regional indicar as zonas ou seções em que 
esse sistema deva ser adotado. 
 
Art. 23. Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior: 
XIV – requisitar força federal necessária ao cumprimento da lei, de suas próprias decisões 
ou das decisões dos Tribunais Regionais que o solicitarem, e para garantir a votação ea 
apuração; 
 
O Tribunal Superior Eleitoral requisitará força federal necessária ao cumprimento 
da lei ou das decisões da Justiça Eleitoral, visando garantir o livre exercício do voto, a 
normalidade da votação e da apuração dos resultados. No entanto, os tribunais regionais 
eleitorais deverão encaminhar ao Tribunal Superior Eleitoral a relação das localidades 
onde se faz necessária a presença de força federal. Esse pedido será acompanhado de 
justificativa – contendo os fatos e circunstâncias de que decorra o receio de perturbação 
dos trabalhos eleitorais –, que deverá ser apresentada separadamente para cada zona 
eleitoral, com indicação do endereço e do nome do juiz eleitoral a quem o efetivo da 
força federal deverá se apresentar. Aprovada e feita a requisição pelo Tribunal Superior 
Eleitoral, o Tribunal Regional Eleitoral entrará em entendimento com o comando local da 
força federal para possibilitar o planejamento da ação do efetivo necessário. 
A Polícia Federal, à disposição da Justiça Eleitoral, nos termos do art. 2º do 
Decreto-Lei nº 1.064/69, exercerá as funções que lhe são próprias, especialmente as de 
polícia judiciária em matéria eleitoral, e observará as instruções da autoridade judiciária 
eleitoral competente. 
 
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
 38|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
O Departamento de Polícia Federal ficará à disposição da Justiça Eleitoral, sempre que 
houver de se realizar eleições, gerais ou parciais, em qualquer parte do território 
nacional”. Res.-TSE nº 14.623/1988: atribuições da Polícia Federal quando à disposição 
da Justiça Eleitoral. 
 
O poder de o TSE requisitar força federal prescinde da intermediação do presidente do 
Supremo Tribunal Federal. Essa decisão foi proferida na vigência da LC nº 69/1991 
(revogada pela LC nº 97/1999), que continha dispositivo de teor idêntico ao do referido 
§ 1º. Dec.-TSE s/nº, de 16.9.2008, no PA nº 20.007, e de 12.8.2008, no PA nº 19.908: 
prévia manifestação de governador de estado, não vinculativa, para deferimento de 
requisição de forças federais nas eleições de 2008, em respeito ao princípio federativo e 
tendo em vista sua condição de chefe das polícias civil e militar do estado. V., contudo, 
Dec.-TSE s/nº, de 30.9.2008, no PA nº 20.082, e de 29.9.2008, no PA nº 20.051: dispensa 
de manifestação quanto aos pedidos formulados nas vésperas do pleito em virtude do 
exíguo lapso temporal disponível. 
 
Art. 23. Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior: 
XV – organizar e divulgar a súmula de sua jurisprudência; 
 
Súmula é o resumo de vários julgamentos de um tribunal sobre determinada 
matéria, quando as decisões são no mesmo sentido. São resultado do que se chama de 
uniformização de jurisprudência, ou seja, da convergência de decisões de um tribunal 
sobre determinado tema. A palavra “súmula” significa “resumo”, “sinopse”. É por isso que, 
em vários esportes, como o futebol, ao final do jogo o árbitro faz pequeno relatório com 
o resumo dos fatos da partida, o que também recebe o nome de súmula. 
Consultando o Site do TSE (http://www.tse.jus.br/jurisprudencia/pesquisa-de-
jurisprudencia/sumulas) você encontrará 21 súmulas publicadas (até 04/04/2015). 
 
Art. 23. Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior: 
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
 39|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
XVI – requisitar funcionários da União e do Distrito Federal quando o exigir o acúmulo 
ocasional do serviço de sua Secretaria; 
 
 
Os servidores públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios, 
dos Municípios e das autarquias podem ser requisitados para prestar serviços à Justiça 
Eleitoral, com ônus para o órgão de origem, regendo-se o afastamento na forma destas 
instruções, sempre no interesse da Justiça Eleitoral. Não poderão ser requisitados 
ocupantes de cargos isolados, de cargos ou empregos técnicos ou científicos, e de 
quaisquer cargos ou empregos do magistério federal, estadual ou municipal, salvo na 
hipótese de nomeação para cargo em comissão. 
 
Art. 23. Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior: 
XVII – publicar um boletim eleitoral; 
 
O Boletim Eleitoral foi substituído, em julho/1990, pela Revista de Jurisprudência do 
Tribunal Superior Eleitoral (Res.-TSE nº 16.584/1990). A Revista de Jurisprudência do 
Tribunal Superior Eleitoral traz, trimestralmente, uma seleção das decisões dos 
julgamentos realizados pela Corte do Tribunal Superior Eleitoral, em seu inteiro teor. A 
revista apresenta um índice numérico, facilitando sua consulta. 
 
Art. 23. Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior: 
XVIII – tomar quaisquer outras providências que julgar convenientes à execução da 
legislação eleitoral; 
 
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
 40|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
As competências do Tribunal Superior Eleitoral não são numerus clausus, portanto 
outras poderão surgir a partir da necessidade da Corte. A competência do TSE para tomar 
as providências necessárias à execução da legislação eleitoral diz respeito especificamente 
ao seu poder normativo, não se enquadrando nessa hipótese controle prévio de ato ainda 
não editado. 
Detalhamos individualmente cada uma das competências do TSE, espero, portanto 
que vocês tenham gostado, pois não encontramos essa riqueza de detalhes em 
nenhum livro que está no mercado. Aproveitem! 
Vamos agora invadir o mundo dos Tribunais Regionais Eleitorais. Continuem 
atentos e bons estudos. 
3. Tribunais Regionais Eleitorais 
Os Tribunais Regionais Eleitorais, órgãos de segunda instância da Justiça Eleitoral, 
são colegiados e permanentes. Colegiados, pois em sua composição apresentam 7 (sete) 
membros fixos e permanentes, porque existem antes, durante e após as eleições. 
Possuem jurisdição no Estado, desta forma estão presentes nos 26 Estados e no 
Distrito Federal. A sede será na capital do respectivo Estado. 
Observemos como será a composição de cada Tribunal Regional Eleitoral: 
Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito 
Federal. 
§ 1º Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: 
I – mediante eleição, pelo voto secreto: 
a) de dois juízes dentre os Desembargadores do Tribunal de Justiça; 
b) de dois juízes, dentre juízes de Direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; 
II – de um Juiz do Tribunal Regional Federal com sede na capital do Estado ou no 
Distrito Federal, ou, não havendo, de Juiz Federal, escolhido, em qualquer caso, pelo 
Tribunal Regional Federal respectivo; 
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
 41|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
III – por nomeação, pelo Presidente da República, de dois Juízes dentre seis advogados 
de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça. 
 
Como podemos observar na composição dos TREs teremos juízes de 2ª instância 
(que já subiram na carreira) e juízes de 1ª instância. Ambos serão escolhidos mediante 
eleição e voto secreto no Tribunal de Justiça do Estado respectivo. Além disso, fará 
parte um juiz do Tribunal Regional Federal ou se não houver um juiz federal escolhido 
pelo próprio TRF respectivo. 
Por último,dois juízes dentre 6 (advogados) serão indicados em 2 (duas) listas 
tríplices e enviados ao Presidente da República para escolha e nomeação de 1 (um) 
advogado por lista. Esses advogados deverão ter dez anos de efetiva atividade 
profissional, idoneidade moral e notável saber jurídico. A lista não poderá conter nome 
de Magistrado aposentado ou de membro do Ministério Público. 
Não confundam: a nomeação dos juízes dentre os advogados será do Presidente 
da República e não do Governador do Estado. As bancas vão tentar te confundir, mas 
você será muito mais esperto. 
Vejam o quadro abaixo: 
 
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
 42|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
A lista tríplice organizada pelo Tribunal de Justiça do Estado será encaminhada ao 
Tribunal Superior Eleitoral, fazendo-se acompanhar: 
I – da menção da categoria do cargo a ser provido; 
II – do nome do juiz cujo lugar será preenchido e da causa da vacância; 
III – da informação de se tratar do término do primeiro ou do segundo biênio, quando 
for o caso; 
IV – de dados completos a respeito da qualificação de cada candidato, bem como 
declaração de inocorrência de impedimento ou incompatibilidade legal; 
V – em relação a candidato que exercer qualquer cargo, função ou emprego público, 
de informação sobre a natureza, forma de provimento ou investidura, bem como 
condições de exercício; 
VI – comprovante de mais de dez anos de efetiva atividade profissional para juiz da 
classe de advogado; 
VII – ofício do Tribunal de Justiça do Estado, com as indicações dos nomes dos 
candidatos da classe dos advogados e da data da sessão em que foram escolhidos; 
VIII – certidão negativa de sanção disciplinar da Seção da Ordem dos Advogados do 
Brasil (OAB) em que estiver inscrito o integrante da lista tríplice; 
IX – quando o candidato houver ocupado cargo ou função que gere incompatibilidade 
temporária com a advocacia, deverá, ainda, apresentar comprovação de seu pedido de 
licenciamento profissional à OAB (art. 12 da Lei nº 8.906/94) e da publicação da 
exoneração do cargo ou função; 
X – comprovação do efetivo exercício da advocacia pela inscrição na OAB, observado o 
disposto no art. 5º do estatuto daquela instituição; 
XI – certidões relativas a ações cíveis e criminais do foro – estadual e federal – da 
comarca onde reside o integrante da lista. 
 
 
 
Recebidas as indicações, o Tribunal Superior Eleitoral divulgará a lista através 
de edital, podendo os partidos, no prazo de cinco dias, impugná-la com fundamento 
em incompatibilidade. Se a impugnação for julgada procedente quanto a qualquer dos 
indicados, a lista será devolvida ao Tribunal de origem para complementação. Não 
A Ordem dos Advogados do Brasil não participa da escolha dos advogados 
dos Tribunais Regionais Eleitorais. 
ab
Realce
 43|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
havendo impugnação, ou desprezada esta, o Tribunal Superior encaminhará a lista ao 
Poder Executivo (Presidente da República) para a nomeação. 
Sendo assim, esquematicamente, temos: 
 
Como todo órgão colegiado, deverão ser escolhidos Presidente e Vice-
Presidente do Tribunal. De acordo com o artigo 120, § 2º o Tribunal Regional Eleitoral 
elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os desembargadores, sendo assim 
um exercerá a função de Presidente e o outro a de Vice. 
Os membros dos Tribunais Regionais Eleitorais terão mandato de 2 (dois) anos, 
admitindo-se uma única recondução consecutiva. Não se exclui a possibilidade de que os 
ministros venham a compor tantas outras vezes, quanto possível, bastando que sejam 
indicados, escolhidos, e não ultrapasse a limitação de dois biênios seguidos. A mesma 
regra aplicada aos ministros do Tribunal Superior Eleitoral. 
Passemos agora a estudar como será feita a escolha do Corregedor-Regional 
Eleitoral. 
ab
Realce
ab
Realce
 44|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
4.1 Corregedor-Regional Eleitoral 
 
A escolha do Corregedor-Regional Eleitoral, diferentemente do TSE, dependerá de 
cada Regimento Interno dos Estados. Em alguns a Corregedoria será exercida pelo 
mesmo membro que ocupar a função de Vice-Presidente do Tribunal. 
Ao Corregedor Regional Eleitoral incumbe a inspeção e correição dos serviços 
eleitorais do Estado, e especialmente conhecer das reclamações apresentadas contra 
Juízes Eleitorais, encaminhando-as, com o resultado das sindicâncias a que proceder, ao 
Tribunal; zelar pela fiel execução das leis e instruções e pela boa ordem e celeridade dos 
serviços eleitorais; verificar a regularidade do serviço eleitoral, determinando, por 
provimento, as providências a serem tomadas ou corrigenda a se fazer; orientar os Juízes 
Eleitorais relativamente à regularidade dos serviços nos respectivos Juízos e Cartórios e 
outros de acordo com o próprio Regimento. 
As atribuições do Corregedor Regional serão fixadas pelo Tribunal Superior 
Eleitoral e, em caráter supletivo ou complementar, pelo Tribunal Regional Eleitoral 
perante o qual servir. 
No desempenho de suas atribuições o Corregedor Regional se locomoverá para 
as Zonas Eleitorais nos seguintes casos: 
I – por determinação do Tribunal Superior Eleitoral ou do Tribunal Regional Eleitoral; 
II – a pedido dos Juízes Eleitorais; 
III – a requerimento de partido, deferido pelo Tribunal Regional; 
IV – sempre que entender necessário. 
 
Sendo assim, não se esqueçam: 
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
 45|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
 
Passemos agora para a análise das Competências dos Tribunais Regionais 
Eleitorais. Força meus amigos!!! 
4.2 Deliberações nos Tribunais Regionais Eleitorais 
Assim como no Tribunal Superior Eleitoral, as deliberações nos Tribunais Regionais 
Eleitorais por MAIORIA DE VOTOS, em SESSÃO PÚBLICA, com a presença da MAIORIA 
DOS SEUS MEMBROS. 
No caso de impedimento e não existindo quorum, será o membro do Tribunal 
substituído por outro da mesma categoria, designado na forma prevista na Constituição. 
Uma das novidades trazidas pela Lei 13.165/2005 foi a inserção do parágrafo 4º do 
Artigo 28 do Código Eleitoral, informando que as decisões dos Tribunais Regionais sobre 
quaisquer ações que importem cassação de registro, anulação geral de eleições ou perda 
de diplomas somente poderão ser tomadas com a presença de todos os seus membros. 
Corregedor-
Geral Eleitoral
Um dos 
ministros do 
STJ
Corregedor-
Regional Eleitoral
Vice-
Presidente do 
TRE
De acordo com 
o Regimento 
do TRE
ab
Realce
ab
Texto digitado
ab
Realce
ab
Realce
ab
Realce
 46|122 
 
 
Prof. Bruno Oliveira tresp2016.eleitoralnaveia@gmail.com 
4.3 Competências dos Tribunais Regionais 
Eleitorais 
Já antecipo para vocês que grande parte das competências dos Tribunais Regionais 
Eleitorais assemelham-se às competências do Tribunal Superior Eleitoral. O que alterará 
será a jurisdição. Lembre-se que os TREs são órgãos de segunda instância e terão 
jurisdição no Estado. 
Primeiramente estudaremos as competências jurisdicionais e posteriormente as 
competências administrativas. 
 
Art. 29. Compete aos Tribunais Regionais: 
I – processar e julgar originariamente:

Outros materiais