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TCC GESTÃO

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RESUMO
É interessante verificar como o conceito de Gestão Escolar evoluiu com o a passar dos anos do que seria gestão escolar e permitir pensar em gestão no sentindo de gerir uma instituição escolar, desenvolvendo estratégias no cotidiano com a finalidade de uma democratização da gestão educacional. 
Conforme apontado por Lück (2000, p. 11), gestão escolar: 
[...] constitui uma dimensão e um enfoque de atuação que objetiva promover a organização, a mobilização e a articulação de todas as condições materiais e humanas necessárias para garantir o avanço dos processos socioeducacionais dos estabelecimentos de ensino orientadas para a promoção efetiva da aprendizagem pelos alunos, de modo a torná-los capazes de enfrentar adequadamente os desafios da sociedade globalizada e da economia centrada no conhecimento. 
Menezes e Santos (2002) definem a Gestão Escolar como a expressão relacionada à atuação que objetiva promover a organização, a mobilização e a articulação de todas as condições materiais e humanas necessárias para garantir o avanço dos processos socioeducacionais dos estabelecimentos de ensino orientados para a promoção efetiva da aprendizagem pelos alunos. 
Nos dias de hoje podemos ver o perfil do gestor da atualidade, ter a necessidade de repensar alguns fundamentos na educação, e de como iniciar conceitos sobre a educação, quebrando novos paradigmas, como relação à interdisciplinaridade, pedagogia de projetos, temas geradores de pesquisa em sala de aula, uma construção do conhecimento e habilidades. 
Práticas que vem abrindo caminhos para uma reflexão. Segundo W. E. Deming, administração e liderança não são necessariamente a mesma coisa. Os lideres podem ser quaisquer empregados, de qualquer nível, que tenham uma visão (ou atendam a visão da organização) e possam liderar os outros. É necessário, numa escola, “embutir” nos docentes o 1º axioma de W. E. Deming, ou seja, que eles devem se transformar em líderes dentro da sala de aula. 
Referindo-se as práticas adotadas há anos passados, podemos diferenciar com a da atualidade. Perrenoud (1999 apud HENGEMÜHLE 2004, p. 185). Afirma que o debate atual só é possível porque, há um século, os defensores da Escola Nova e das pedagogias ativas questionam as relações entre os conhecimentos e as praticas sociais, o sentindo do trabalho escolar a ausência de projeto. 
Quanto mais perto chegamos à contemporaneidade que se revela através da construção do conhecimento, podemos observar a gestão escolar que o CEA oferece é a descoberta individual e não determina o que o aluno tem que fazer, e sim usando instrumento de raciocínio aplicando as verificações de aprendizagem onde os mesmo reflitam para dar a resposta.
[...] As novas idéias colocadas pela abordagem social-interacionista sugerem que o aprendiz é a parte de um grupo social e deve ter iniciativa para questionar, descobrir e compreender o mundo a partir de interações com os demais elementos do contexto histórico no qual está inserido (NEVES et. al, 2000). 
Com o objetivo de conhecer a melhor forma de gerir uma instituição, a reforma educacional proposta pelo CEA requer alguns instrumentos para uma gestão com sucesso. O plano educacional de trabalho é formado com os docentes e a coordenação pedagógica onde planejam em conjunto as práticas educativas.
De acordo com Hengemühle (2004, p. 194) a coordenação pedagógica precisa acompanhar as práticas do docente não como “surpevisora”, mas como orientadora. Nesse sentido, seu perfil também é de liderança, consoante com as tendências pedagógicas contemporâneas, para contribuir com subsidio nas práticas do corpo docente. 
Assim podemos observar que a orientação educacional não pode perder o foco que é uma busca de fatores que reflete a gestão escolar, através da coordenação pedagógica, com professores ou com a família, tais fatores podendo ser pessoal ou pedagógico. 
Mas há uma preocupação no acompanhamento dessa evolução como diz Mezomo (1994, p.62); 
“Infelizmente a invenção da nova escola nem sempre ocorre, porque a sua necessidade não é acompanhada da visão e correspondente capacidade dos gestores, que assumem o risco da mudança e preferem manter a mesma estrutura, os mesmos currículos, a mesma filosofia e os mesmos processos, a sair em busca da construção de uma sociedade mais ética e mais livre e libertadora”.
É visto que para um bom desempenho é preciso traçar estratégias na qual possa dar subsidio ao que as instituições esperam de cada gestor. Construir projetos coletivamente, desenvolver projetos de formação continua, ter um ambiente de promoção do ser e conviver, do conhecer e fazer. 
Se na instituição escolar não forem repensadas muitas questões estruturais seu desempenho será fracassado [...] isso quer dizer que as escolas ainda são muito disciplinares, pois para construir conhecimentos é preciso tempo e espaço Hengemühle (2004 p. 87). 
De acordo com Estevão (1999), a importação de um modelo de gestão estratégica vai implicar, como se depreende, que as escolas não fiquem à mercê das mudanças das políticas educativas nacionais, numa atitude de mera reação às contingências da sua implementação; pelo contrário, ela tem que exigir e insistir, alcançando uma margem ampla de autonomia para atuar proativamente, desafiando os processos tradicionais de gestão em favor de um modelo normativo mais interveniente e desafiador do statu quo; vai implicar ainda que as próprias políticas estimulem este processo oferecendo quadros legais amplos e apoios efetivos e desafiadores à construção de identidades organizacionais diferenciadas. 
A proposta de descentralização pedagógica na reforma educacional do CEA pressupõe um rompimento com a estrutura administrativa anterior, têm a preocupação de usar a formas convenientes com a realidade social no que esta inserida as práticas por ele adotadas.
O processo de descentralização que podemos também chamar de empowerment proporciona maior racionalidade na gestão e na utilização dos recursos, visto que este será gerenciado diretamente pela instituição, que melhor do que ninguém conhece sua realidade e, portanto saberá a melhor forma de utilizar. 
A descentralização pedagógica tem como objetivo principal trazer para o espaço da escola à reflexão sobre o ensino e a busca de alternativas para superar o fracasso escolar [...] (COSTA et. al. 1997 p. 46). 
Conforme a visão de Carvalán (1999 p.153) o processo de descentralização:
[...] o que era uma administração e gestão centralizada transformou-se intensivamente em uma gestão descentralizada e vemos que todas as políticas educativas estão voltadas para maior autonomia das escolas, isto é, descentralizar a gestão financeira, gestão curricular, a gestão pedagógica propriamente dita, gestão de recursos humanos disponíveis etc. [...] além de exigir mais da educação e vinculá-la a setores sociais e econômicos, se ainda exige e que seja mais eficiente no aperfeiçoamento do processo educativa. 
Como todo o projeto pedagógico, também o perfil do aluno que a escola se propõe, há de ser fruto de construção e responsabilidade de todos. Sua definição pode ser desenvolvida a partir da equipe diretiva, a qual propõe, para a comunidade escolar interna (alunos, funcionários e professores) e externa (família, associações de bairro...), um referencial para o perfil que se pretende adotar.
As mudanças são visíveis no que dizem respeito às práticas educacionais, as escolas mais globalizadas dão aos professores liberdade para levar os alunos a construírem conhecimentos e mostrarem suas diferenças, alunos envolvidos com a escola passam a futuros promissores, pais preocupados com a escola são futuros colaboradores para a educação em uma sociedade envolvida, isto é um país desenvolvido em educação.
INTRODUÇÃO
As mudanças vividas na atualidade (décadas de 80 e 90) em nível mundial, em termos econômicos, sociais e culturais, com a transnacionalização da economia e o intercâmbio quase imediato de conhecimentos e padrões sociais e culturais, através das novastecnologias da comunicação, entre outros fatores, têm provocado uma nova atuação dos Estados nacionais na organização das políticas públicas, por meio de um movimento de repasse de poderes e responsabilidades dos governos centrais para as comunidades locais.
Na educação, um efeito deste movimento são os processos de descentralização da gestão escolar, hoje percebidos como uma das mais importantes tendências das reformas educacionais em nível mundial (Abi-Duhou, 2002) e um tema importante na formação continuada dos docentes e nos debates educacionais com toda a sociedade.
Como essa tendência é vivida nas escolas e nos sistemas educacionais? Quais são as diferentes possibilidades de vivenciar processos de descentralização e autonomia nas escolas e nos sistemas? Que desafios precisam ser enfrentados, considerando uma tradição autoritária e centralizadora, comum em tantos países, dentre eles o Brasil? De que modo oportunizar a participação da comunidade educativa, a partir da diversidade dos diferentes atores sociais? Qual a relação entre democratização da escola e qualidade de ensino? O que se entende por gestão democrática na educação? Essas são algumas das preocupações que surgem quando se busca implementar processos de descentralização e autonomia no campo da educação.
A gestão democrática da educação formal está associada ao estabelecimento de mecanismos legais e institucionais e à organização de ações que desencadeiem a participação social: na formulação de políticas educacionais; no planejamento; na tomada de decisões; na definição do uso de recursos e necessidades de investimento; na execução das deliberações coletivas; nos momentos de avaliação da escola e da política educacional. Também a democratização do acesso e estratégias que garantam a permanência na escola, tendo como horizonte a universalização do ensino para toda a população, bem como o debate sobre a qualidade social3dessa educaçãoEm nível prático, encontramos diferentes vivências dessa proposta, como a introdução de modelos de administração empresariais, ou processos que respeitam a especificidade da educação enquanto política social, buscando a transformação da sociedade e da escola, através da participação e construção da autonomia e da cidadania. Falar em gestão democrática nos remete, portanto, quase que imediatamente a pensar em autonomia e participação. O que podemos dizer sobre esses dois conceitos, já que há diferentes possibilidades de compreendê-los?
Pensar a autonomia é uma tarefa que se apresenta de forma complexa, pois se pode crer na idéia de liberdade total ou independência, quando temos de considerar os diferentes agentes sociais e as muitas interfaces e interdependências que fazem parte da organização educacional. Por isso, deve ser muito bem trabalhada, a fim de equacionar a possibilidade de direcionamento camuflado das decisões, ou a desarticulação total entre as diferentes esferas, ou o domínio de um determinado grupo, ou, ainda, a desconsideração das questões mais amplas que envolvem a escola.
Outro conceito importante é o da participação, pois também pode ter muitos significados, além de poder ser exercida em diferentes níveis. Podemos pensar a participação em todos os momentos do planejamento da escola, de execução e de avaliação, ou pensar que participação pudesse ser apenas convidar a comunidade para eventos ou para contribuir na manutenção e conservação do espaço físico. Portanto, as conhecidas perguntas sobre "quem participa?", "como participa?", "no que participa?", qual a importância das decisões tomadas? devem estar presentes nas agendas de discussão da gestão na escola e nos espaços de definição da política educacional de um município, do estado ou do país. Vários autores, como Padilha (1998) e Dourado (2000), defendem a eleição de diretoresde escola e a constituição de conselhos escolares como formas mais democráticas de gestão. Outro elemento indispensável é a descentralização financeira, na qual o governo, nas suas diferentes esferas, repassa para as unidades de ensino recursos públicos a serem gerenciados conforme as deliberações de cada comunidade escolar. Estes aspectos estarão conformados na legislação local, nos regimentos escolares e regimentos internos dos órgãos da própria escola, como o Conselho Escolar e a ampla Assembléia da Comunidade Escolar.
Para funcionar em uma perspectiva democrática, segundo Ciseki (1998), os Conselhos, de composição paritária, devem respaldar-se em uma prática participativa de todos os segmentos escolares (pais, professores, alunos, funcionários). Para tal, é importante que todos tenham acesso às informações relevantes para a tomada de decisões e que haja transparência nas negociações entre os representantes dos interesses, muitas vezes legitimamente conflitantes, dos diferentes segmentos da comunidade escolar. Os conselhos e assembléias escolares devem ter funções deliberativas, consultivas e fiscalizadoras, de modo que possam dirigir e avaliar todo o processo de gestão escolar, e não apenas funcionar como instância de consulta.
Em seu projeto político-pedagógico, construído através do planejamento participativo, desde os momentos de diagnóstico, passando pelo estabelecimento de diretrizes, objetivos e metas, execução e avaliação, a escola pode desenvolver projetos específicos de interesse da comunidade escolar, que devem ser sistematicamente avaliados e revitalizados. A gestão democrática da escola significa, portanto, a conjunção entre instrumentos formais - eleição de direção, conselho escolar, descentralização financeira - e práticas efetivas de participação, que conferem a cada escola sua singularidade, articuladas em um sistema de ensino que igualmente promova a participação nas políticas educacionais mais amplas.
Cabe ao gestor escolar assegurar que a escola realize sua missão: ser um local de educação, entendida como elaboração do conhecimento, aquisição de habilidades e formação de valores. O gestor deverá animar e articular a comunidade educativa na execução do projeto educacional, incrementando a gestão participativa da ação pedagógico-administrativa, conduzindo a gestão da escola em seus aspectos administrativos, econômicos, jurídicos e sociais. O gestor é o articulador/mediador entre escola e comunidade. Ele deve incentivar a participação, respeitando as pessoas e suas opiniões, no que chamamos de gestão democrática.
O gestor escolar tem de se conscientizar de que ele, sozinho, não pode administrar todos os problemas da escola. O caminho é a descentralização, isto é, o compartilhamento de responsabilidades com alunos, pais, professores e funcionários. O que se chama de gestão democrática onde todos os atores envolvidos no processo participam das decisões.
Uma vez tomada, trata-se as decisões coletivamente, participativamente, é preciso pô-las em práticas. Para isso, a escola deve estar bem coordenada e administrada. Não se quer dizer com isso que o sucesso da escola reside unicamente na pessoa do gestor ou em uma estrutura administrativa autocrática na qual ele centraliza todas as decisões. Ao contrário, trata-se de entender o papel do gestor como líder cooperativo, o de alguém que consegue aglutinar as aspirações, os desejos, as expectativas da comunidade escolar e articular a adesão e a participação de todos os segmentos da escola na gestão em um projeto comum. 
O diretor não pode ater-se apenas às questões administrativas. Como dirigente, cabe-lhe ter uma visão de conjunto e uma atuação que apreenda a escola em seus aspectos pedagógicos, administrativos, financeiros e culturais.
Considera-se a Gestão Pedagógica o lado mais importante e significativo da gestão escolar. Cuida de gerir a área educativa propriamente dita da escola e da educação escolar. Estabelece objetivos, gerais e específicos, para o ensino. Define as linhas de atuação de acordo com os objetivos e o perfil da comunidade e dos alunos. Propõe metas a serem atingidas. Elabora os conteúdos curriculares.
Acompanha e avalia o rendimento das propostas pedagógicas edos objetivos e o cumprimento das metas. Avalia o desempenho dos alunos, do corpo docente e da equipe escolar como um todo.
Suas especificidades estão enunciadas no Regime Escolar e no Projeto Político-Pedagógico, também denominado Proposta Pedagógica, da escola. Parte do Plano Escolar ou Plano Político-Pedagógico de Gestão Escolar também inclui elementos da gestão pedagógica: objetivos gerais e específicos, metas, plano de curso, plano de aula, avaliação e treinamento da equipe escolar. 
O diretor é o grande articulador da Gestão Pedagógica e o primeiro responsável pelo seu sucesso, auxiliado, nessa tarefa, pelos apoios pedagógicos.
A prática tem mostrado que o diretor é fundamental para dinamizar a construção coletiva do projeto, sua implantação e o acompanhamento e verificação da realização prática do teoricamente proposto. Profissionais competentes, líderes que tenham capacidade para coordenar esforços coletivos.
Precisamos empreender um esforço coletivo para vencer as barreiras e entraves que inviabilizam a construção de uma escola pública que eduque de fato para o exercício pleno da cidadania e seja instrumento real de transformação social, espaço em que se aprenda a aprender, a conviver e a ser com e para os outros, contrapondo-se ao atual modelo gerador de desigualdades e exclusão social que impera nas políticas educacionais de inspiração neoliberal.Pretendo mostrar como a construção de um projeto político-pedagógico pode contribuir para estabelecer novos paradigmas de gestão e de práticas pedagógicas que levem a instituição escolar a transgredir a chamada "educação tradicional" cujo conteudismo de inspiração positivista está longe de corresponder às necessidades e aos anseios de todos os que participam do cotidiano escolar.
Para que a escola seja realmente um espaço democrático e não se limite a reproduzir a realidade sócio-econômica em que está inserida, cumprindo ordens e normas a ela impostas por órgãos centrais da educação, deve-se criar um espaço para a participação e reflexão coletiva sobre o seu papel junto à comunidade:
"Assim, torna-se importante reforçar a compreensão cada vez mais ampliada de gestão democrática como instrumento de autonomia e domínio do trabalho docente pelos profissionais da educação, com vistas à alteração de uma prática conservadora vigente no sistema público de ensino. É essa concepção de projeto político-pedagógico como espaço conquistado que deve constituir o elemento diferencial para o aparente consenso sobre as atuais formas de orientação da prática pedagógica." ( Pinheiro, 1998).
Essa é a necessidade de conquistar a autonomia, para estabelecer uma identidade própria da escola, na superação dos problemas da comunidade a que pertence e conhece bem, mais do que o próprio sistema de ensino. Essa autonomia, porém, não deve ser confundida com apologia a um trabalho isolado, marcado por uma liberdade ilimitada, que transforme a escola numa ilha de procedimentos sem fundamentação nas considerações legais de todo o sistema de ensino, perdendo, assim, a perspectiva da sociedade como um todo.
Cada vez mais a sociedade brasileira vem sinalizando para a necessidade de a escola investir num trabalho que promova a aprendizagem efetiva e significativa dos alunos, em todos os níveis de ensino, de modo que sejam desenvolvidos conhecimentos, habilidades e atitudes que a contemporaneidade demanda.
Esse é um trabalho que deve mobilizar, de forma permanente, professores, funcionários e demais integrantes da comunidade escolar para que todos se co-responsabilizem pela gestão do conhecimento e da aprendizagem. Em relação ao aluno, é importante que ele seja estimulado a pensar, de forma crítica, as situações que se apresentem no cotidiano da escola, buscando desenvolver sua autonomia, sua capacidade de tomar decisões diante de situações do cotidiano, seu senso de cidadania   e sua capacidade de se relacionar com o outro. 
Nessa perspectiva, a Gestão Educacional assume um novo papel que ultrapassa a administração, supervisão e orientação do processo educacional, em seu sentido mais tradicional. Isso porque a Gestão Educacional agrega uma complexidade de ações a serem desenvolvidas pelo gestor, que vão desde o conhecimento da função social da escola até as formas mais adequadas de condução do trabalho na escola, para que se aumentem as chances de ensino-aprendizagem no ambiente educativo. Na formação do Gestor Educacional, então, ganham relevância os estudos que abrangem as funções sociais da escola, a gestão democrática, o gerenciamento de recursos humanos, o processo de ensino-aprendizagem, o gerenciamento de recursos físicos, de recursos financeiros, do patrimônio da escola, avaliação institucional, bem como sobre liderança voltada para ações integradoras de todos os participantes do ambiente escolar, consolidando uma prática de gestão que fortaleça os vínculos entre a escola, a família e a comunidade. A sociedade contemporânea tem passado por expressivas transformações de caráter social, político e econômico. Essas transformações originam-se nos pressupostos neoliberais e na globalização da economia que têm norteado as políticas governamentais. A escola é responsável pela promoção do desenvolvimento do cidadão, no sentido pleno da palavra. Então, cabe a ela definir-se pelo tipo de cidadão que deseja formar, de acordo com a sua visão de sociedade. Cabe-lhe também a incumbência de definir as mudanças que julga necessário fazer nessa sociedade, através das mãos do cidadão que irá formar. O conceito de Gestão Escolar - relativamente recente - é de extrema importância, na medida em que desejamos uma escola que atenda às atuais exigências da vida social: formar cidadãos, oferecendo, ainda, a possibilidade de apreensão de competências e habilidades necessárias e facilitadoras da inserção social.
Para fim de melhor entendimento, costuma-se classificar a Gestão Escolar em 3 áreas, funcionando interligadas, de modo integrado ou sistêmico:
	Gestão Pedagógica
	Gestão de Recursos Humanos
	Gestão Administrativa
Gestão Pedagógica Gestão de Recursos Humanos Gestão Administrativa
Embora atualmente as instituições públicas de ensino gozem de certa autonomia, esta não é o salvo conduto da educação. Conceder autonomia as escolas é apenas um dos requisitos básicos para que a gestão democrática realmente ocorra de forma efetiva. A participação da comunidade escolar e local, também desempenha papel fundamental, neste processo.
Segundo Gadotti, a gestão democrática apóia-se em alguns princípios: 
a)      Desenvolvimento de uma consciência critica;
b)      Envolvimento das pessoas;
c)      Participação e cooperação;
d)      Autonomia. 
1- A Gestão Escolar
A gestão educacional passa pela democratização da escola sob dois aspectos:
a) interno que contempla os processos administrativos, a participação da comunidade escolar nos projetos pedagógicos; b) externo ligado à função social da escola, na forma como produz, divulga e socializa o conhecimento. A partir da análise de alguns trabalhos recentes (pesquisas realizadas na área de gestão educacional) o estudo pretende trazer suporte teórico para uma reflexão sobre o tema de forma que seja possível ultrapassar o nível de entendimento sobre gestão como palavra recente que se incorpora ao ideário das novas políticas públicas em substituição ao termo administração escolar. O fato de que a idéia gestão educacional desenvolve-se associada a um contexto de outras idéias como, por exemplo, transformação e cidadania. Isto permite pensar gestão no sentido de uma articulação consciente entre ações que se realizam no cotidiano da instituição escolar e o seu significado político e social.A valorização da escola privada como solução para democratização da educação estão comprometendo algumas conquistas gestadas por ocasião da Constituição Cidadã de 1988. Não há dúvida que o movimento de gestão democrática da educação avançou nas décadas de 80 até meados da década de 90. Hoje, este movimento sofreretrocessos, embora a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9.394 de 20 de dezembro de 1996 tenha confirmado a participação não só na gestão da escola, mas também na construção do projeto político pedagógico, de acordo com a regulamentação em leis municipais. No entanto esta participação não se consolidou na gestão da educação e muito menos nas propostas pedagógicas das escolas. Três motivos explicam esta situação precária da gestão da escola. Primeiro, o projeto político conservador que está embutido nas práticas administrativas.
A administração ou é excessivamente burocrática e controladora privilegiando a uniformidade, disciplina e homogeneidade dificultando qualquer gesto de criatividade ou incorpora práticas de programas empresariais de qualidade total. Segundo, a falta de formação ética e política dos gestores eleitos privilegiam interesses privados em detrimento dos coletivos e públicos. Terceiro, a confusão estabelecida pelo pragmatismo das políticas neoliberais de privatização no setor administrativo público, de tal forma que nem dirigentes em seus cargos administrativos nem dirigidos conseguem distinguir mais o que é público e o que é privado. Como construir neste contexto uma participação democrática na gestão e na construção da proposta pedagógica da escola? É fundamental lutar para manter as conquistas democráticas constitucionais. É preciso ir além e se comprometer com uma construção democrática cotidiana em diferentes setores da sociedade e do Estado.
As práticas do cotidiano escolar constituem um horizonte para o surgimento, crescimento e consolidação de um projeto democrático alternativo. A investigação das práticas docentes, administrativas e culturais é este horizonte que aponta uma direção. Afinal, a quem servem estas práticas? Que projeto de sociedade e de Estado está embutido no diálogo dos educadores e educandos? Que significado possui a interlocução entre saberes acadêmicos e saberes de experiência feitos conforme ensinara Paulo Freire?
A LDB, em seus artigos 14 e 15, apresentam as seguintes determinações: Art. 14 Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I. participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;
II. participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. Art. 15 Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas de direito financeiro público. Cabe aqui, nesta regulamentação o princípio da autonomia delegada, pois esta lei decreta a gestão democrática com seus princípios vagos, no sentido de que não estabelece diretrizes bem definidas para delinear a gestão democrática, apenas aponta o lógico, a participação de todos os envolvidos. Nesse ínterim, o caráter deliberativo da autonomia assume uma posição ainda articulada com o Estado. É preciso que educadores e gestores se reeduquem na perspectiva de uma ética e de uma política no sentido de criar novas formas de participação na escola pública, tais como ouvindo, registrando e divulgando o que alunos e comunidade pensam, falam, escrevem sobre o autoritarismo liberdade da escola pública e as desigualdades da sociedade brasileira. É tecendo redes de falas e de registros, ações e intervenções que surgirão novos movimentos de participação ativa e cidadã. O novo paradigma da administração escolar traz, junto com a autonomia, a idéia e a recomendação de gestão colegiada, com responsabilidades compartilhadas pelas comunidades interna e externa da escola. O novo modelo não só abre espaço para iniciativa e participação, como cobra isso da equipe escolar, alunos e pais. Ele delega poderes (autonomia administrativa e orçamentária) para a Diretoria da Escola resolver o desafio da qualidade da educação no âmbito de sua instituição. Em certa medida, esta nova situação sugere o papel do último perfil de líder mencionado: o que enfrenta problemas "intratáveis", cuja solução não é técnica, mas de engajamento e sintonia com o grupo que está envolvido e que tem muito a ganhar com a superação do desafio. No caso da escola, a qualidade da educação é interesse tanto da equipe escolar, quanto dos alunos e de suas famílias (além do Estado, das autoridades educacionais e da nação como um todo). Sua melhoria depende da busca de sintonia da escola com ela mesma e com seus usuários.
Uma escola de qualidade tem uma personalidade especial, que integra os perfis (aspirações e valores) de suas equipes internas, alunos, pais e comunidade externa. Desenvolvimento profissional de professores e funcionários. Estados planejaram investir em programas de capacitação de professores e dirigentes escolar.
Incluiu um programa de capacitação em liderança de escolas estaduais inovador baseado na escola. O enfoque da capacitação prático e não teórico. Os programas e seu material de apoio são desenvolvidos por grupo de treinamento central. O objetivo dos estados participantes é reforçar o conteúdo de capacitação e desenvolver escolas para demonstração. O fator crítico para o alcance do objetivo do estado é de descentralizar o processo divisório das escolas. Por que incentivar o desenvolvimento dos professores e funcionários. As duas razões principais para que se tenha uma forte ênfase ao desenvolvimento dos funcionários e professores são: crescimento profissional e desenvolvimento pessoal. A LDB, em seus artigos 14 e 15, apresentam as seguintes determinações: Art. 14 – Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
I. participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;
II. participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.
Art. 15 – Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas de direito financeiro público.
Cabe aqui, nesta regulamentação o princípio da autonomia delegada, pois esta lei decreta a gestão democrática com seus princípios vagos, no sentido de que não estabelece diretrizes bem definidas para delinear a gestão democrática, apenas aponta o lógico, a participação de todos os envolvidos. Nesse ínterim, o caráter deliberativo da autonomia assume uma posição ainda articulada com o Estado.
É preciso que educadores e gestores se reeduquem na perspectiva de uma ética e de uma política no sentido de criar novas formas de participação na escola pública, tais como ouvindo, registrando e divulgando o que alunos e comunidade pensam, falam, escrevem sobre o autoritarismo liberdade da escola pública e as desigualdades da sociedade brasileira. É tecendo redes de falas e de registros, ações e intervenções que surgirão novos movimentos de participação ativa e cidadã.
2. Gestão Pedagógica
É o lado mais importante e significativo da gestão escolar.
Cuida de gerir a area educativa, propriamente dita, da escola e da educação escolar.
Estabelece objetivos para o ensino, gerais e específicos. Define as linhas de atuação, em função dos objetivos e do perfil da comunidade e dos alunos. Propõe metas a serem atingidas. Elabora os conteúdos curriculares. Acompanha e avalia o rendimento das propostas pedagógicas, dos objetivos e o cumprimento de metas. Avalia o desempenho dos alunos, do corpo docente e da equipe escolar como um todo.
Suas especificidades estão enunciadas no Regimento Escolar e no Projeto Pedagógico (também denominado Proposta Pedagógica) da escola. Parte do Plano Escolar (ou Plano Político Pedagógico de Gestão Escolar) também inclui elementos da gestão pedagógica: objetivos gerais e específicos, metas, plano de curso, plano de aula,avaliação e treinamento da equipe escolar. A gestão educacional passa pela democratização da escola sob dois aspectos: a) interno que contempla os processos administrativos, a participação da comunidade escolar nos projetos pedagógicos; b) externo ligado à função social da escola, na forma como produz, divulga e socializa o conhecimento. A partir da análise de alguns trabalhos recentes (pesquisas realizadas na área de gestão educacional) o estudo pretende trazer suporte teórico para uma reflexão sobre o tema de forma que seja possível ultrapassar o nível de entendimento sobre gestão como palavra recente que se incorpora ao ideário das novas políticas públicas em substituição ao termo administração escolar. O fato de que a idéia gestão educacional desenvolve-se associada a um contexto de outras idéias como, por exemplo, transformação e cidadania. Isto permite pensar gestão no sentido de uma articulação consciente entre ações que se realizam no cotidiano da instituição escolar e o seu significado político e sócia.
Três motivos explicam esta situação precária da gestão da escola. Primeiro, o projeto político conservador que está embutido nas práticas administrativas. A Gestão Pedagógica é o lado mais importante e significativo da gestão escolar. Cuida de gerir a área educativa, propriamente dita, da escola e da educação escolar. Estabelece objetivos para o ensino, gerais e específicos.
Define as linhas de atuação, em função dos objetivos e do perfil da comunidade e dos alunos. Propõe metas a serem atingidas. Elabora os conteúdos curriculares. Acompanha e avalia o rendimento das propostas pedagógicas, dos objetivos e o cumprimento de metas. Avalia o desempenho dos alunos, do corpo docente e da equipe escolar como um todo. Suas especificidades estão enunciadas no Regimento Escolar e no Projeto Pedagógico (também denominado Proposta Pedagógica) da escola. Parte do Plano Escolar (ou Plano Político Pedagógico de Gestão Escolar) também inclui elementos da gestão pedagógica: objetivos gerais e específicos, metas, plano de curso, plano de aula, avaliação e treinamento da equipe escolar. O Diretor é o grande articulador da Gestão Pedagógica e o primeiro responsável pelo seu sucesso. É auxiliado nessa tarefa pelo Coordenador Pedagógico (quando existe).
O projeto pedagógico é a chave da gestão escolar. A cada ano ele deve ser revisto e, em alguns casos, reformulado. Só da prática surgem novas idéias, que, por sua vez alimentam novas práticas — e assim sucessivamente. Graças às inovações provocadas pela popularização dos computadores, a escola está deixando de ser apenas o local onde se acumulam conhecimentos, que tem no professor o depositário da sabedoria e no estudo, um fim em si mesmo. Agora, é preciso transformá-la num ambiente voltado à reflexão. Nesse sentido, o papel do educador passa a ser o de mediador e facilitador. Cabe a ele criar situações de aprendizagem que possam servir para o resto da vida do aluno. A gestão democrática da escola assegura o direito de todos à educação, fortalece a escola como instituição, e contribui para a superação do autoritarismo, do individualismo e das desigualdades socioeconômicas, assegurando a construção da qualidade social inerente ao processo educativo.
Um dos grandes desafios da gestão democrática é vencer o desafio de garantir o acesso e a permanência do aluno, com sucesso, bem como a qualidade dos serviços prestados por ela.
Nessa perspectiva, a gestão escolar passa a ser concebida sob o prisma de reconhecer a importância da participação de todos na organização e no planejamento do trabalho escolar, uma vez que o conceito de gestão está associado ao fortalecimento da democratização no processo pedagógico, garantindo a participação efetiva dos estudantes, funcionários, pais, professores, equipe gestora e comunidade local nas decisões da escola. A gestão democrática da escola é um dos princípios constitucionais do ensino público, segundo o Art. 206º da Constituição Federal de 1988.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394, de 1996), confirmando esse principio e reconhecendo a organização federativa, repassou aos sistemas de ensino a definição das normas da gestão democrática, de acordo o inciso VIII do Art. 3º. Além disso, a mesma lei explicitou dois princípios a serem considerados no processo de gestão democrática: A participação dos profissionais da educação na elaboração do Projeto Político-Pedagógico da escola e a participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares.
Vale ainda salientar que o Plano Nacional de Educação – PNE (Lei nº 10.172, de 2001) estabeleceu, em suas diretrizes, a “gestão democratica e participativa”, a ser concretizada por politicas públicas educacionais, especialmente voltadas à organização e fortalecimento de colegiados em todos os níveis da gestão educacional.
Partindo desses pressupostos, devemos enfatizar então que a democracia na escola por si só não tem significado. Ela só faz sentido se estiver vinculada a uma percepção de democratização da sociedade. Na gestão democrática deve haver a compreensão da reunião de esforços coletivos para o implemento dos fins da educação, para tanto, exige a definição clara dos conceitos de autonomia, democratização, descentralização, qualidade e participação, que devem ser debatidos no interior das escolas. Assim como a compreensão e aceitação do princípio de que a educação é um processo de emancipação humana; que o Projeto Político-Pedagógico (PPP) e o Regimento Escolar devem ser elaborados através de construção coletiva e que além da formação deve haver o fortalecimento dos Conselhos Escolares.
Com isso, estabelece mecanismos democráticos, possibilitando a escola um espaço público de direito, promovendo condições de igualdade, superando um sistema educacional seletivo e excludente.
A melhoria da qualidade do ensino das escolas é algo que se discute e se rediscute há muito tempo. A reflexão acerca da gestão escolar relativa ao processo educativo e ao papel orientador do gestor perpassa por reconhecê-lo como o grande articulador da gestão pedagógica e o primeiro responsável pelo seu sucesso, auxiliado, nessa tarefa, pelos apoios pedagógicos.
O gestor deve visar o sucesso de sua instituição, além de exercer sua liderança administrativa e pedagógica, visando à valorização e desenvolvimento de todos na escola. O gestor escolar deve agir como líder, pensando no progresso de todos que fazem parte de sua equipe. Ele deve ter consciência de que sua equipe não se limita a alunos, professores e funcionários. A equipe escolar é composta também pelos pais dos alunos e por toda a comunidade de forma geral, que deve ser mobilizada para que juntos possam promover o principal objetivo de toda equipe escolar: a aprendizagem dos alunos.
Assim, um gestor líder é capaz de desenvolver o potencial de trabalho de toda sua equipe, fazendo com que esta se sinta capaz de transformar e realizar com sucesso todos os projetos desenvolvidos pela instituição de ensino.
A gestão democrática nas escolas requer, pois, participação coletiva viabilizando os procedimentos de gestão, capazes de propiciar o comprometimento dos envolvidos; decidir e implementar as idéias acordadas; estabelecer procedimentos institucionais adequados à igualdade de participação; articular interesses coletivos, de forma a melhorar o projeto pedagógico; estabelecer mecanismos de controle das ações efetivadas e desenvolver um processo de comunicação claro e aberto entre as comunidades escolar e local.
Nesse sentido, a participação promove mudanças significativas em todas as pessoas, pois assumem responsabilidades, participando e trazendo possibilidades de mudanças que venham a atender os interesses coletivos. Ela ajuda a comunidade a reconhecer o patrimônio das instituições educativas, como um bem público comum, que oferece benefícios coletivos. E é participação, que compartilha direitos e deveres, que torna uma gestão escolar verdadeiramente democrática com o eixo central na aprendizagem do aluno.O novo paradigma da administração escolar traz, junto com a autonomia, a idéia e a recomendação de gestão colegiada, com responsabilidades compartilhadas pelas comunidades interna e externa da escola. O novo modelo não só abre espaço para iniciativa e participação, como cobra isso da equipe escolar, alunos e pais. Ele delega poderes (autonomia administrativa e orçamentária) para a Diretoria da Escola resolver o desafio da qualidade da educação no âmbito de sua instituição. Em certa medida, esta nova situação sugere o papel do último perfil de líder mencionado: o que enfrenta problemas "intratáveis", cuja solução não é técnica, mas de engajamento e sintonia com o grupo que está envolvido e que tem muito a ganhar com a superação do desafio. No caso da escola, a qualidade da educação é interesse tanto da equipe escolar, quanto dos alunos e de suas famílias (além do Estado, das autoridades educacionais e da nação como um todo). Sua melhoria depende da busca de sintonia da escola com ela mesma e com seus usuários. Uma escola de qualidade tem uma personalidade especial, que integra os perfis (aspirações e valores) de suas equipes internas, alunos, pais e comunidade externa. Desenvolvimento profissional de professores e funcionários. Estados planejaram investir em programas de capacitação de professores e dirigentes escolar isso incluiu um programa de capacitação em liderança de escolas estaduais inovador baseado na escola. O enfoque da capacitação prático e não teórico. Os programas e seu material de apoio são desenvolvidos por grupo de treinamento central. O objetivo dos estados participantes é reforçar o conteúdo de capacitação e desenvolver escolas para demonstração. O fator crítico para o alcance do objetivo do estado é de descentralizar o processo divisório das escolas. Por que incentivar o desenvolvimento dos professores e funcionários. As duas razões principais para que se tenha uma forte ênfase ao desenvolvimento dos funcionários e professores são: crescimento profissional e desenvolvimento pessoal.
 
3. O Papel da educação e da escola
A educação tem, a princípio, como finalidade, promover mudanças desejáveis e relativamente permanentes nos indivíduos, e que estas venham a favorecer o desenvolvimento integral do homem e da sociedade. Portanto, se faz mister que a educação atinja a vida das pessoas e da coletividade em todos os âmbitos, visando à expansão dos horizontes pessoais, o desenvolvimento bio-psíco-social do sujeito, além da observação das dimensões econômicas e o fortalecimento de uma visão mais participativa, crítica e reflexiva dos grupos nas decisões dos assuntos que lhes dizem respeito.
A busca em compreender como as questões sociais, culturais e econômicas se encontram diretamente relacionadas com o fracasso ou com o sucesso escolar não teria se transformado em objeto de inúmeras pesquisas sociológicas e em argumentos primordiais no debate político se o nível educacional alcançado pelos sujeitos não fosse um dos principais determinantes do status social (Forquin, 1995).
A concepção de educação como meio de ascensão social, de erradicar a pobreza e minimizar a violência concede à escola um papel primordial que é valorizado no âmbito nacional e internacional. No entanto, dados do INEP/MEC dão amostras de que, no Brasil, a realidade não é condizente com o discurso oficial e com as afirmações advindas das famílias de todas as classes sociais com relação à importância da educação na formação do individuo: o ano de 1998 para 1999 teve uma taxa de 4,5% de evasão, o índice total de retenção nas escolas públicas e particulares foi de 21,3% e a retenção apresentou uma taxa altíssima de 40,1% na 1ª série; além dos milhões de jovens que são analfabetos e dos analfabetos funcionais cujo número se desconhece.
Pode-se observar também uma função seletiva na escola que favorece o surgimento de uma hierarquia entre os indivíduos e que reflete a estrutura social, fato este que já era tido como evidente pela tradição sociológica funcionalista.
Durkheim (apud Fauconnet) define educação como o desenvolvimento do indivíduo nas atitudes e capacidades que lhes são exigidas "não só pela sociedade em conjunto, mas também pelo meio especial a que em particular está determinado." Outra definição dele conceitua educação como:
"A ação exercida pelas gerações adultas, sobre as gerações que não se encontram ainda preparadas para a vida social; tem por objeto suscitar e desenvolver na criança, certo número de estados físicos, intelectuais e morais, reclamados pela sociedade política e no seu conjunto, e pelo meio especial a que a criança particularmente se destine." (DURKHEIM, 1978:41)
Parsons (apud Forquin) afirma que a educação escolar desempenha um papel de "sociabilização", contribuindo para a interiorização pelo indivíduo dos valores da sociedade e, simultaneamente, de diferenciação seletiva. Mas, nos anos 50 e 60, a teoria funcionalista cede lugar a novas abordagens que são aparentemente justificadas por determinadas características do desenvolvimento industrial e social. 
O crescimento econômico e tecnológico passa a dar cada vez mais ênfase à necessidade de mão de obra qualificada, e a relevância das desigualdades sociais frente à educação se torna insuportável do ponto de vista da produtividade, pois pressupõe desperdício de "preciosos recursos humanos". Estas desigualdades tendem a ser consideradas, entretanto, mais como fenômenos residuais - que serão reduzidas progressivamente pela dinâmica do desenvolvimento social, do que como fenômenos funcionais (necessários ao bom funcionamento da sociedade) ou estruturais.
No final da década de 1960 a teoria das desigualdades educacionais tornou-se ainda mais dominante, observando que a escola não seleciona os mais capacitados ou produtivos, mas os que estão mais de acordo com as representações e expectativas de um grupo em particular já que este dispõe do poder de controle sobre o sistema de ensino e exerce este poder para conquistar, preservar ou aumentar seus privilégios e poderes. Embasando esta questão, temos importantes nomes como: Collins, Bowles, Gintis, Bourdieu e Passeron.
Segundo Collins, a educação transmite algo diferenciado dos conhecimentos objetivos, desenvolvendo realidades diferentes das capacidades operatórias culturalmente neutras. Para ele a educação impõe uma cultura particular, ou seja, a cultura de que o grupo dispõe.
Bowles e Gintis também valorizaram a dimensão cultural e ideológica da educação e da seleção escolar enquanto base e transmissor estrutural da reprodução social. É na escola, segundo eles, que os indivíduos aprendem a pontualidade, o respeito pela autoridade, a responsabilidade em relação ao cumprimento de tarefas, a questão da recompensa, sendo ela também responsável pela preparação de alguns alunos para exercerem responsabilidades no sistema de produção, e outros para obedecer e executar tarefas. Assim, para diferentes classes e grupos sociais, diferentes conhecimentos (no que se refere à quantidade e qualidade), habilidades diferentes (para o comando ou para a obediência), tornando legítima a cultura dominante e preparando de modo diferenciado para o trabalho de acordo com a classe social, com a raça e também com o gênero.
"E tal situação há de continuar enquanto o poder de controle sobre os conteúdos, estruturas e financiamento da educação depender daqueles que dispõe também do poder econômico e político no seio da sociedade capitalista - eis a razão porque toda democratização da educação é sem dúvida ilusória."(BOWLES e GILIS, 1976, apud FORQUIN: 62)
Bourdieu e Passeron, por sua vez, atribuem as desigualdades do sucesso escolar às desigualdades culturais entre os grupos, e que as desigualdades de motivação em relação aos estudos estão relacionadas a profundas diferenças de atitude. A distribuição desigual do "capital cultural" e a disparidade de "ethos de classe", como eles denominam, parecem ser suficientes para explicar as desigualdades diante da seleção. Desta forma, tudo o que faz a seleçãoescolar é refletir e transmitir (para reproduzi-las) as desigualdades sociais.
O conceito de cultura, nos dias atuais, está relacionado com o plano do simbólico, do imaginário ou das criações que propiciam à comunicação humana nas diversas formas de linguagens: do corpo, da fala, dos gestos, da escrita,etc. No entanto, a cultura é principalmente prática, posto que se manifesta nos mais variados planos da atividade humana ou do concreto, do sensível e do imediato. Bourdieu, através de inúmeras pesquisas, procurou demonstrar como as culturas das classes dominadas são marcadas pela lógica da comunicação, já que, por estar escrita há milênios na objetividade das estruturas sociais e na subjetividade das estruturas mentais, impõe-se como universal, natural e evidente (Zaluar e Leal).
No Brasil, o debate sobre as relações entre cultura popular e escola pública surge no período populista dos anos 50 e 60, a partir do método Paulo Freire e de outros movimentos de educação popular, aparecendo o que se denominou educação popular. Educação esta que valoriza, sobretudo a cultura popular e que estaria, inicialmente, destinada ao povo, aos oprimidos, referindo-se nesta perspectiva à valorização desta cultura como meio de lutar contra a discriminação dos seus produtores e reforçar os grupos sociais que tem sua participação restrita na sociedade pela classe dominante, ou elite, cuja cultura seria, teoricamente, a erudita.
Contudo, a sociologia contemporânea vê a separação entre cultura popular e erudita mais como efeito dos projetos políticos dos intelectuais de alguns países do que como uma realidade vivida pelas classes sociais subalternas, pois o que foi denominado como "popular" era por vezes conseqüência do contato com a cultura letrada de épocas passadas (Davis, 1990). Assim como ocorre com o aspecto cultural, a sociologia vem ao longo dos anos abordando questões referentes à educação que nos demonstram a necessidade de compreendermos cada vez mais a importância da escola na formação do indivíduo, orientando-nos de modo a evitarmos repetir na escola os aspectos negativos da sociedade. 
Mas, infelizmente, o que observamos da realidade educacional, social e cultural do nosso Brasil, é que este não favorece o desenvolvimento do verdadeiro potencial do nosso povo, pois este vive, ou melhor, sobrevive à mercê das vontades dos poderosos. As escolas públicas que abrigam os alunos oriundos das camadas populares são vítimas de programas governamentais que nunca priorizam suas necessidades e nem oferecem condições reais para o melhoramento e avanço da educação brasileira, posto que não há como progredir sob o domínio de um Estado cujas medidas se mostram contrárias aos interesses populares, devido ao seu comprometimento com a classe dominante.
A educação tem também de enfrentar outros tipos de obstáculos que impedem o seu progresso como a necessidade de a criança trabalhar para complementar a renda familiar, a violência urbana que afasta os pobres da escola além das greves dos professores, que embora justas, prejudicam o bom andamento escolar.
Hoje, como no passado, nos defrontamos com uma educação muito aquém da ideal, e que carrega em seu bojo questões, que foram largamente estudadas pela sociologia como as condições de discriminação, seleção e exclusão e sucesso. Em busca de mudanças nesta situação de calamidade vivida pela educação no Brasil, foi que educadores brasileiros realmente comprometidos com sua missão se aproximaram e se identificaram com as idéias de Gramsci.
O pensamento gramsciano é que se uma sociedade se encontra dividida, a escola também apresentará divisões, tornando-se uma escola - de - classe social. Ele então propõe uma escola unitária, que tenha por base a não dicotimização entre os trabalhos manuais e os intelectuais, cumprindo sua função de inserir os jovens nas atividades da sociedade com criatividade e autonomia após certo grau de maturidade (Scocuglia, 1988).
Faz-se necessário que esteja sempre presente na escola um trabalho voltado para a conscientização e reflexão do sujeito - mundo, além da valorização do saber trazido pelo aluno, oferecendo através deste processo de aprendizagem condições ao aluno de expressar seus sentimentos, seus pensamentos, compará-los, compreendê-los e superá-los. A valorização da cultura popular inserida no contexto da educação objetiva principalmente combater a discriminação de seus produtores e reforçar os segmentos sociais que têm sua participação diminuída pela classe dominante que insiste em monopolizar a cultura, aceitando apenas o que é formal e erudito como certo.
A família neste contexto tem papel fundamental, tendo em vista, como disse Bourdieu, que ela transmitirá aos seus filhos de forma mais indireta que direta, um certo capital cultural, um certo "ethos", ou seja, valores implícitos que irão contribuir na definição das atitudes frente ao capital e à instituição escolar. Diz ele:
"A herança cultural que difere, sob dois aspectos, segundo as classes sociais, é a responsável pela diferença inicial das crianças diante da experiência escolar e, conseqüentemente pelas taxas de êxito." (BOURDIEU,1999:42)
Se formos analisar o capital cultural que as famílias das camadas populares, que não têm acesso aos meios culturais disponíveis como cinema, livro, teatro, entre outros - por estarem aquém das suas condições econômicas -, observaremos que este capital será justaamente o da cultura popular, que não pode e nem deve ser rotulada de ineficaz, inútil ou isenta de significados, mas sim ser trabalhada de modo a permitir que as camadas populares que dela fazem uso, possam superar o estigma de pobreza cultural.
Bem, como a cultura, a educação sofre influências cada vez maiores do fator socioeconômico e do político, e é devido a esta conjuntura participativa que cresce o papel da educação em relação ao desenvolvimento como compromisso social. O desenvolvimento e a educação não podem ser vistos como idéias separadas, mas como uma única idéia que se desdobra em uma cadeia de ações que se complementam. "De fato, se o homem deve ser o sujeito de sua educação igualmente deve ser o agente e o beneficiário do desenvolvimento." (Carneiro,1985). Assim o ensino deixa de ser exclusivamente da escola e o desenvolvimento se torna o maior meio de educação como prática social.
Partindo-se de uma retrospectiva histórica dos países em desenvolvimento percebemos que, à medida que se tem uma população educada se têm reduzido mais rapidamente as desigualdades sociais, e conseqüentemente diminuído as tensões oriundas da estratificação social. A função social da educação está calcada no fato de que ela, interagindo com outros fatores já citados, pode contribuir para a diminuição de varias formas de pobreza e para o crescimento do processo participativo. Essa interação da escola é primordial, posto que, sozinha, ela pouco poderá fazer, sendo somente viabilizada sua dimensão social quando inserida no contexto das políticas sociais.
Por fim, qualquer que seja o ângulo pelo qual observemos a educação, ela nos apresentará características fundamentais para o desenvolvimento do ser humano como um todo, reafirmando seu papel nas transformações pelas quais vêm passando as sociedades contemporâneas e assumindo um compromisso cada vez maior com a formação para a cidadania.
Torna-se imprescindível, portanto, que façamos sempre uma conexão entre educação e desenvolvimento, pensando sempre no desenvolvimento que educa e em uma educação que desenvolve, a fim de termos uma sociedade mais democrática e justa. Pois uma educação que carrega em seu bojo a utopia de construir esta sociedade enquanto forma de vida e sistema social, tem como temas constitutivos o poder e o desenvolvimento integral do ser humano.
A escola faz parte de um grupo social dentro de determinada sociedade com objetivos definidos visando a atender a necessidades dos indivíduos que dele participam sendo definido por Pérsio (2001, p. 217) como “o conjunto de regras e procedimentos padronizados socialmente, reconhecidos,aceitos e sancionados pela sociedade e que tem grande valor social e denominadas instituições sociais”.
Assim sendo, a escola é uma instituição cuja função social se desempenha pelo serviço prestado a uma clientela restituída. Na escola encontram-se clientes e servidores no interior de um grupo, organizado para a aplicação do trabalho dos servidores em benéfico dos clientes, compreendendo-se toda a equipe escolar no trabalho para atendimento a demanda escolar: os educandos pertencentes a comunidade onde se insere a escola.
Esse processo é dinâmico e mudanças ocorrem visando atender novas necessidades bem como servem também de instrumento de regulação e controle das atividades humanas.
Ao pensarmos sobre educação entendemos que não existe um modelo único, uma forma única de educação, a cultura de uma sociedade é transmitida das gerações adultas às gerações mais jovens pela educação, transmitindo aos indivíduos os valores, os conhecimentos, as técnicas, o modo de viver, enfim, a cultura do grupo, também chamada de herança social.
A aquisição e a perpetuação da cultura se dá através da educação assistemática, realizada pela família ou pelo grupo adulto, sem escolas, onde ocorre o ensino pela escola é a educação sistemática obedecendo a um sistema, uma organização previamente planejada.
Toda cultura possui o aspecto material compreendendo todo o processo de criação e construção humana ao longo do tempo e a cultura não material abrangendo diversos aspectos como ideologias, costumes, artes, religiões, normas.
São objetivos da educação a transmissão da cultura, a adaptação dos indivíduos à sociedade, a criança na medida em que aprende as regras de comportamento do grupo em que nasceu em uma escola passa pelo processo de socialização, o desenvolvimento de suas potencialidades e como conseqüência o desenvolvimento da própria sociedade.
De acordo com o Relatório para Unesco da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI “a educação tem como objetivo essencial o desenvolvimento do ser humano na sua dimensão social. Define-se como veículo de culturas e de valores, como construção de um espaço de socialização, e como cadinho de preparação de um projeto comum. (UNESCO, 2001, p. 103).
Dentro da estrutura da escola coexistem grupos distintos, mas interdependentes, ocupando status diferenciado e que determinam a posição desses grupos e suas relações. A escola atualmente com todos os antigos e novos mecanismos de segregação, exclusão e seleção apresenta-se de forma mais “branda”. A escola segue excluindo, mas hoje ela o faz de modo mais dissimulado, conservando em seu interior os excluídos, postergando sua eliminação, e reservando a eles os setores escolares mais desvalorizado. 
Em todos os domínios da cultura, teatro, música, pintura, cinema, os conhecimentos dos estudantes são tão mais ricos e extensos quanto mais elevada é a sua origem. Quanto à herança de capital cultural, cada família, cada geração lega a sua prole um capital cultural que será interpretado pela escola diferenciando o tratamento e interpretando-o de maneira a selecionar, enquadrar, excluir, isolar e qualificar os educandos.
Para Bourdieu a escola mantém, conserva as estruturas sociais que resultam nas desigualdades sociais onde as classes dominantes monopolizam o poder adquirindo capital cultural enquanto que as classes menos desfavorecidas pelo capital cultural são excluídas por vários processos dentro dos sistemas educacionais.
Para Gramsci seria na própria escola onde deveria ocorrer os passos iniciais para a mudança social que visasse uma transformação de toda a sociedade num mundo menos desigual através de mudanças dentro da escola e do trabalho de intelectuais. A transformação possível partiria das próprias instituições.
 “Ao contrário do pensamento marxista tradicional, que tende a considerar essas instituições como reprodutoras mecânicas da ideologia por estado, Gramsci via nelas a possibilidade do inicio das transformações por intermédio de uma nova mentalidade ligada às classes dominantes” (FERRARI, 2004, p.37)
Para que isso ocorresse eram necessárias várias mudanças como trazer a discussão pedagógica a conquista da cidadania como um objetivo da escola, ela deveria ser orientada para que o pensador chamou de elevação cultural das massas, livrá-las de uma visão de mundo que, por se assentar em preconceitos e tabus, predispõe a interiorização acústica da ideologia das classes dominantes.
Na escola prevista por Gramsci as classes desfavorecidas poderiam se inteirar dos códigos dominantes, a construção de uma visão de mundo que desse acesso à condição de cidadão teria a finalidade inicial de substituir o senso comum para o currículo que apresente a possibilidade do aluno desenvolver a criticidade e noções instrumentais (ler, escrever, fazer contar, conhecer os conceitos científicos) e seus direitos e deveres de cidadão.
Mas, torna-se difícil realizar essas mudanças em um ambiente onde o poder tem múltiplas relações, principalmente voltadas para a centralização e atende interesses onde palavras como liderança, autonomia e eficácia dependem de tantos fatores.
Também companheiro do ideal Gramsciniano, o sociólogo brasileiro Florestan Fernandes acreditava que a educação e a ciência têm grande capacidade transformadora. Para ele “a escola de qualidade, não era redentora da humanidade, mas um instrumento fundamental para a emancipação dos trabalhadores” (FERRARI, 2004, p.37).
Ao analisar a historia do Brasil detectou que a burguesia brasileira era mais resistente às mudanças sociais do que as classes dominantes dos países desenvolvidos, para ele o Brasil era atrasado com relação ao que ele chamava de cultura cívica, em compromisso em torno do mínimo interesse comum.
Propôs através de discussão na elaboração da L.D.B um maior radicalismo quanto a democratização do ensino e autonomia às escolas, onde os direitos deveriam ser eleitos por professores, pais e alunos.
Para Florestan Fernandes, a educação transformadora se faz com uma escola capaz de desfazer, por si mesma, do autoritarismo, da hierarquização e das práticas de servidão.
4. Gestão Escolar e a Globalização
O fenômeno da globalização, tão conhecido no universo da Economia, também atinge a Educação. A velocidade das informações e dos transportes permite que os países troquem produtos, serviços e culturas. Contudo, nessa via aberta na qual tudo isso é intensamente compartilhado, também passam problemas e crises, como a do ensino, presente em vários países. "Independentemente das condições econômicas e sociais, a ineficiência da escola é geral no mundo todo e se traduz pelos altos níveis de analfabetismo funcional, pela proletarização do trabalho dos professores e pelo descaso crescente dos alunos em relação aos estudos e dos docentes quanto ao ensino", afirma Rui Canário, doutor em Ciências da Educação e professor da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa, onde faz pesquisas nas áreas de Sociologia e de formação de jovens e adultos.Não raro, as consequências da crise, como o desinteresse de alunos e professores e a falta de condições ideais de trabalho, são apontadas como barreiras intransponíveis para ter um ensino de qualidade. Muitos profissionais da Educação se deixam abater por elas. Outros, ao contrário, usam as dificuldades como fonte para a busca de soluções. "Todas as escolas têm a possibilidade de atingir bons resultados, mesmo partindo de pontos diferentes e adversos. Isso porque elas, como qualquer sistema social, podem se autorregular." A propriedade de gerir os recursos disponíveis para atingir os fins desejados teve origem no campo da Biologia, no estudo aprofundado dos sistemas vivos, e foi adaptada, nos anos 1960 e 70, para organizações sociais. O biólogo austríaco Ludwig von Bertalanffy (1901-1972) percebeu que os sistemas vivos conseguem "aprender" a administrar os recursos disponíveis para atingir os resultados pretendidos. Alguns exemplos: se uma pessoa perde a visão, com o tempo elaadquire maior acuidade auditiva. Outra que perca os movimentos da mão direita passa a fazer tudo com a esquerda. Sabemos hoje que determinadas lesões no cérebro humano são superáveis por uma nova reconfiguração das diferentes áreas ou pela ativação de zonas menos utilizadas. À capacidade de se autorregular foi dada o nome de equifinalidade. Bertalanffy não parou por aí e percebeu que essa propriedade também está presente nos sistemas sociais - inclusive na escola. Ou seja, é possível que cada uma encontre o próprio caminho desde que as diversidades e os possíveis problemas ou crises sejam usados como estímulo para criar soluções inovadoras.
Com certeza. Quer um exemplo? Muitos afirmam que o descaso dos alunos impede a escola de ser eficiente. Em vez de se conformar, que tal incentivar a criação de projetos que possam ser desenvolvidos pelos educandos, tratando-os como capazes de produzir e não como aprendizes que só têm a receber? É difícil não haver engajamento quando as pessoas se tornam sujeitos e atribuem um sentido positivo ao trabalho que realizam. O que parecia um obstáculo - a falta de envolvimento - virou um caminho para atingir os objetivos. Os elementos para lidar positivamente com públicos pouco comprometidos foram sintetizados em três aspectos: a implantação de uma Pedagogia que incentivou o estudante a se tornar produtor de saber, a elaboração de planos para aproximar as famílias, a comunidade e outras instituições da vida escolar e a adoção do trabalho participativo e em equipe para os docentes, permitindo a construção de práticas sobre as quais há uma reflexão permanente. 
Os principais recursos da Educação são as pessoas, os saberes e as experiências de mobilização. Com isso, não há escolas pobres. Citando o grande poeta da língua portuguesa Luís de Camões (1524-1580), "a necessidade aguça o engenho".
Sem fazer nenhuma apologia da pobreza, é das situações de necessidade que frequentemente surgem, em zonas marginalizadas e periféricas do sistema educativo, as formas mais criativas de identificar e produzir recursos e de construir soluções inovadoras. Em Portugal, isso ficou muito claro com a Escola da Ponte e no projeto das escolas rurais.
No caso da Escola da Ponte, a organização democrática com a participação dos alunos permitiu que eles próprios fossem o recurso para superar os problemas de indisciplina. Já o projeto de intervenção nas pequenas escolas rurais começou para resolver um problema de isolamento dos professores. Rapidamente se percebeu que esse isolamento dizia respeito não apenas as escolas mas também às próprias comunidades. Assim as primeiras se transformaram em polos de animação comunitária, instituindo, por exemplo, processos de trabalho pedagógico que envolviam diretamente as crianças e os idosos dos povoados.
As escolas não são governáveis por controle remoto. Cada uma vive uma realidade única, e isso em diversos aspectos, a começar pela localização, o que faz com que elas atendam a públicos diferenciados. Os espaços e os equipamentos disponíveis variam muito e, claro, as equipes pedagógicas têm distintos perfis. Portanto, para bem cumprir suas funções, as escolas precisam desenvolver e utilizar da melhor maneira possível o potencial criativo do diretor, do coordenador pedagógico, do corpo docente e dos alunos para definir metas, identificar problemas e mobilizar recursos. Se todos juntos traçarem uma estratégia, ficará mais fácil construir uma identidade única e alcançar melhores resultados.
Na verdade, é esse processo que fundamenta a pertinência de cada estabelecimento de ensino em orientar-se para um projeto educativo próprio, em que os professores se formam na ação, por meio de um desempenho profissional que cada vez é mais claro e valorizado pela própria equipe. É o que eu chamo de formação de professores centrada na escola. Para que isso seja concretizado, é essencial haver lideranças fortes, apoiadas no trabalho docente colaborativo. Essas ações ajudam também a reverter o quadro de proletarização do trabalho dos professores, tornando-os protagonistas de todo o processo de ensino.
O gestor deve tirar o máximo partido da diversidade do sistema escolar. Do ponto de vista social, cultural e étnico, os públicos escolares são cada vez mais heterogêneos, e isso não é somente inevitável como também desejável. Jamais se deve encarar isso como um obstáculo para que a escola tenha um bom desempenho. É a diversidade que permite a contextualização de práticas educativas - ação imprescindível para que cada um dos envolvidos encontre um sentido positivo para o exercício do trabalho intelectual de aprender. O princípio da equifinalidade - a autorregulação que definimos anteriormente e trouxemos para o campo da Educação - encara as diferenças entre as instituições como uma riqueza e uma fonte de inspiração para a busca de novos caminhos.
 O ponto de partida é a realização de diagnósticos e a identificação de problemas para, com base nisso, tentar encontrar soluções, testá-las e avaliá-las. Parte-se do princípio de que a atividade dos professores tem uma dimensão coletiva, o que não é o mesmo que a soma das ações individuais. O oposto da formação centrada na escola é aquela basicamente teórica e desvinculada da sala de aula, em que o alvo é a capacitação individual de cada um com base nas lacunas que lhe são identificadas. Nessa perspectiva, a prática dos docentes e o funcionamento da instituição têm de ser modificados ao mesmo tempo. Quando o professor trabalha com projetos, ele promove mudanças em várias frentes, como na organização da turma e na maneira de ele próprio exercer sua função e na de os alunos participarem das aulas e das atividades. 
A organização escolar deve funcionar como mediadora entre a administração pública e os professores, isso porque cada uma constitui um sistema de ação coletiva, com culturas e contextos que interferem na ação dos educadores. Por isso, tem de haver uma apropriação e uma reconfiguração própria das orientações recebidas do exterior. É nesse sentido que a escola funciona, em termos organizacionais, como um filtro que estabelece uma mediação entre as orientações gerais vindas de cima e as práticas efetivas em sala de aula.
Com certeza e, quanto mais participação existir, melhor. A gestão não tem de forçosamente ser assegurada por apenas uma pessoa. Ela pode ser feita de forma colegiada. Em Portugal, logo após a Revolução dos Cravos, em abril de 1974, os diretores dos estabelecimentos de ensino, até então nomeados pelo governo, foram substituídos por comissões eleitas pela comunidade dos educadores, instituindo assim um sistema participativo de autogestão. Para que a escola não funcione segundo uma lógica meramente bancária - expressão usada por Paulo Freire (1921-1997) -, é fundamental que ela seja permeada por princípios democráticos, em que os educandos aprendem sobre cidadania ao exercê-la. É a capacidade de mobilização que permite fazer de cada escola um projeto. E é isso que se espera de uma liderança.
A formação dos professores certamente corresponde a um processo de socialização que se verifica no próprio exercício da profissão. Os docentes aprendem como trabalhar nas escolas, com base na experiência que tiveram como alunos e por meio de um processo de socialização com os pares. É importante que nas rotinas escolares sejam criados espaços que permitam realizar, de forma consciente, esse processo de aprendizagem. A ação das lideranças é decisiva para que cada escola se transforme numa organização qualificante para os profissionais que lá trabalham.
O grande problema hoje não é só saber como será a escola do futuro, mas saber se há um futuro para a escola. O que vai acontecer não pode ser adivinhado, mas problematizado. Há várias perspectivas possíveis. A nossa capacidade de influenciar o que será daqui para diante depende do modo como agimos no presente. Muitas das críticas à escolarização, particularmente as que foram desenvolvidas pelo filósofo austríaco Ivan llich (1926-2002), que defendiauma sociedade sem instituições oficiais de ensino, aparecem hoje como bastante realistas. Em muitos aspectos, a escola deixou de ser a solução para fazer parte do problema. Hoje, não é previsível haver um cenário de desescolarização, mas é possível verificar a crescente importância de outras modalidades educativas e de aprendizagem. A Educação transcende em muito as fronteiras da escola e o modelo ali desenvolvido só terá futuro se tornar-se poroso e deixar-se contaminar por diferentes formas educativas.
A gestão escolar implica na administração de uma instituição que existe para atender a um fim específico, no caso da gestão de negócios ou empresarial o objetivo final é o lucro na gestão escolar o objetivo é a eficácia do ensino resultante na aquisição de conhecimentos, autonomia transformadora do meio que o cerca, dos clientes escolares, ou seja, os alunos. Esse processo envolve diversos aspectos que analisaremos a seguir.
Administração é o exercício de uma função que vise o prévio estabelecimento de objetivos, mas os gestores determinam os fins e as diretrizes básicas, outros exercem papéis operacionais, o trabalho é marcado de forma racional e obedecendo a técnicas especializadas do tipo burocrático ou quando comportar interferências de valorizações e interesses expresse-se em politização, confundindo ações governamentais com administração.
Administrar envolve atividades de planejamento, estruturação, direção, coordenação e controle. Planejando, especificam-se os atos a serem executados, a seqüência e localização (quando necessário, também a maior precisão dos objetivos). Estruturando, definem-se os papéis a serem desempenhados por determinados membros ou categorias de membros de execução dos planos. Dirigindo, mantém-se o pessoal em atividade voltada para os objetivos.
Para Lenhard (1998, p. 70 ) existem diversos problemas sóciopolíticos que interferem na estrutura e funcionamento de uma escola de ensino fundamental e médio. A direção ocupa uma posição central entre as funções administrativas, pois cumpre-lhe manter o grupo em atividade eficiente, voltada para os seus fins e objetivos. A essa responsabilidade corresponde, em contrapartida, um poder institucional, outorgado por autoridade superior.
Em decorrência do poder investido no diretor e sua responsabilidade jurídica e social, as suas atribuições tendem a espraiar pelas demais funções administrativas. A coordenação interna, mesmo quando atribuída a outros órgãos, beneficia-se da liderança do diretor e requer a intervenção do mesmo quando não cumpre satisfatoriamente a sua tarefa. O controle, finalmente, liga-se diretamente à responsabilidade, “cobrando” eficiência e fidelidade à lei e às ordens superiores.
Em organizações essencialmente destinadas a dar apoio a atividades particularizadas, grande parte das atividades de um diretor é dedicada à administração de meios, como mobilização e coordenação de recursos. A extensão e especificação das atribuições do diretor, nesse sentido, dependem de circunstancias da estrutura interna e da inserção da unidade escolar em estruturas externas. Quanto à natureza dos recursos a serem administrados, distinguem-se decisivamente os materiais dos humanos. Gerenciar os primeiros,aí incluídos os meios financeiros, é a atividade técnica e racional, regida por leis físicas e jurídicas. Já os recursos humanos a serem arregimentados (caso isso esteja a cargo da administração da unidade escolar) ou requisitados, distribuídos e disciplinados, requerem sensibilidade e um emprego sensato dos meios de poder.
A burocracia apresenta-se como um modo mais eficiente de exercer poder legítimo para o alcance de objetivos, socialmente aprovados e em muitas atividades coletivas, cada caso sendo subordinado a uma determinada categoria e as decisões a serem tomadas sejam de acordo com normas previamente estabelecidas em relação a ela.
Na administração existe uma hierarquia de funcionários encarregados da formulação e exposição de decisões, sendo mais genéricas ou individualizadas, todas obedecendo a ordem superior para comprimento de suas atribuições.
Mesmo que a burocracia, hierarquia façam parte de uma organização a estrutura informal invade os meados administrativos pois os agentes envolvidos tendem a humanizar a administração atendendo a interesses que muitas vezes extrapolam a racionalidade de fins e meios administrativos.
Em qualquer sistema onde haja controle e detenção do poder ai estará a preferência e justificativas de regimes eficazes com o aparato burocrático e a escola pertencendo ou ao Estado ou a mantedores de grandes sistemas particulares ou religiosos insere-se no contexto de manutenção corrigir esse parágrafo. 
O exercício de poder por meio de uma administração burocrática é legítimo à medida que o portador de poder se põe a serviço de fim socialmente aprovado. No entanto percebemos que uma administração burocrática só é eficiente quando são dadas algumas condições como objetivos bem definidos e órgãos internos quanto externos capazes para realização das tarefas e atividades.
Quanto mais minuciosa a regulamentação dos conteúdos e quanto mais estrito o controle da obediência a currículo e programas oficiais, tanto mais se tenderá à burocratização a atividades burocráticas funciona uma estrutura informal pois algumas atividades fins das escolas não podem ser burocratizadas. No entanto atividades – meio realizada a burocracia esta proporcionará segurança ao processo produtivo e liberdade do membro (professor, aluno, funcionário) na sua vida extra-escolar. As atividades-fim das escolas não podem, portanto, ser burocratizadas. (Rudolf, 1998, p. 79).
Paro (1995, p. 70) “o diretor é o executivo escolar. Ele deve organizar, coordenar e superintender as atividades na escola, bem como subsidiar o planejamento educacional”. Entre suas atribuições consta ainda a de promover a integração escola-família-comunidade.
Além disso, os diretores são responsáveis último pela escola, cabendo-lhes responder pelo cumprimento, no âmbito da escola das leis, regulamentos e determinações bem como prazos para execução dos trabalhos estabelecidos pelas autoridades superiores.
Para compor a estrutura funcional da escola existe a Direção e os segmentos de suporte como assistente de Direção, Coordenação Pedagógica, Conselho de Escola, Núcleo de Apoio administrativo (secretaria)e instituições Curriculares como APM e o Grêmio Estudantil , no entanto as relações entre direção e os segmentos é algo que envolve complexidade , uma vez que essas relações baseiam-se na forma de gestão a ser colocada em pratica, ao contexto sócio-político, econômico e cultural no qual a U.E está inserida, a visão da comunidade sobre o ensino e a escola.
Até que ponto esses segmentos tem acesso ao cotidiano escolar, até que ponto existe interesse em mudanças por todos os segmentos, até que ponto cada um está interessado em realizar as mudanças necessárias? Aí que o papel do gestor é fundamental na medida em que organiza, planeja, superintende, coordena, e controla todas as atividades desenvolvidas na escola.
De acordo com o Relatório para a Unesco da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI (2001, p. 173) a autonomia dos estabelecimentos de ensinos engloba vários aspectos, gestão de recursos, é importante que a distribuição de uma parte significativa dos recursos atribuídos possa ser decidida em nível de escola, para isso pe interessante criar estruturas especiais como comitês de pais ou alunos e professores, que se pronunciaram sobre a gestão da escola, ou sobre alguns aspectos dos programas educativos.
De uma maneira geral convêm desenvolver, em cada estabelecimento de ensino, processos que definam o papel dos diferentes atores, favorecendo a cooperação entre professores, direção e pais, assim como diálogo com o conjunto da comunidade local. A prática da negociação e da conciliação na gestão de estabelecimentos de ensino e na vida escolar constitui, em si mesma, um fator de aprendizagem democrática. Por outro lado, a

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