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APOSTILA DE INFÂNCIA, LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO - Maria do Carmo

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IINNFFÂÂNNCCIIAA:: LLIINNGGUUAAGGEEMM EE CCOOMMUUNNIICCAAÇÇÃÃOO 
MMaarriiaa ddoo CCaarrmmoo ddooss SSaannttooss 
pprrooffppaazz@@hhoottmmaaiill..ccoomm 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Dominar os principais conceitos que envolvem uma disciplina ou uma teoria é a primeira 
etapa para que se processe o aprendizado. 
Nosso principal objetivo é a apresentação dos conceitos e das principais teorias da 
psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem, seus autores, suas tendências e suas 
especificidades. 
Depois iremos falar passo a passo, ano a ano os principais fatores que envolvem o 
desenvolvimento da comunicação e da fala para a criança, como se dá a interação para que 
este processo ocorra. 
Durante o decorrer da exposição da disciplina estaremos indicando além da bibliografia 
básica, tteemm aass rreeffeerrêênncciiaass iinnddiiccaaddaass aaoo lloonnggoo ddoo tteexxttoo nnaa IInntteerrnneett.. 
 
PPSSIICCOOLLOOGGIIAA 
 
A psicologia deriva da palavra psyché que significa alma e lóghos que significa estudo 
ou razão, ou seja, o que se poderia traduzir como o estudo da alma. Da derivação desta palavra 
se traduziu a psicologia como a ciência que estuda os processos mentais e ou o 
comportamento humano. 
Como essa definição levava ao entendimento de uma separação entre o corpo e a alma, 
entende-se atualmente a psicologia, como uma ciência voltada para estudar o ser humano no 
que se refere a seus sentimentos, seus pensamentos e a razão de determinados 
comportamentos e reações humanas. 
 
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO 
 
A Psicologia do Desenvolvimento é uma área de conhecimento da psicologia que estuda 
o desenvolvimento do ser humano sob os aspectos: físico-motor, intelectual, afetivo-emocional 
e social. Os estudos nesta área se preocupam em como se dá o desenvolvimento humano 
desde o seu nascimento até a idade adulta. 
É a área da psicologia que se volta para a compreensão das mudanças no 
comportamento relacionadas a vida do ser humano e suas diferentes idades, examinando-as da 
perspectiva das habilidades motoras, cognitivas, emocionais, morais e de formação da 
personalidade. A Psicologia do Desenvolvimento busca responder questões ligadas as 
mudanças nas experiências humanas. 
Conforme o tempo vai passando, várias mudanças ocorrem conosco. Tornamo-nos mais 
altos, mais magros ou gordos, mais sorridentes ou não, aprendemos mais coisas, e com isso 
vamos modificando-nos. 
 
PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM 
 
A psicologia da Aprendizagem é uma área do conhecimento da psicologia que direciona 
sua produção para a compreensão das ações do ser humano no processo de ensino-
aprendizagem. 
Suas investigações buscam correlacionar o processo que envolve o desenvolvimento e 
a aprendizagem humana. 
Para a psicologia o ser humano desde o seu nascimento é um ser criativo, social, 
individual, mas que produz cultura e tem história. 
 
 
 
 
 
 
 
 
O que vai diferenciar o comportamento infantil do adulto são os padrões que 
vão modificando-se dependendo do desenvolvimento físico, cognitivo e emocional.
“A criança, no momento do seu nascimento, não passa de um 
candidato à humanidade, mas não a pode alcançar no isolamento: 
deve aprender a ser homem na relação com os outros homens” 
(PIÉRON, citado por LEONTIEV, 1978,p.255) 
Desde muito pequena, a criança apresenta uma série de 
competências (visual, olfativa, auditiva, gustativa) que favorece a 
interação com o outro adulto, o outro criança por meio das 
expressões facial, gestos, posturas, etc. 
 3 
. E estão relacionadas a três dimensões: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VVOOCCÊÊ CCOONNHHEECCEE AA EESSTTRRUUTTUURRAA DDOO CCEERRÉÉBBRROO HHUUMMAANNOO 
EE SSUUAA FFUUNNÇÇÃÃOO PPAARRAA AA AAPPRREENNDDIIZZAAGGEEMM EE OO 
DDEESSEENNVVOOLLVVIIMMEENNTTOO?? 
Sócio-motora: expansão 
dos movimentos exploratórios do 
espaço e do corpo. 
 
 
Simbólica e cognitiva: 
 
- Papel fundamental da linguagem no 
processo socializante 
 
 
 
- Ação da criança como meio de 
observação e relação entre os objetos, 
conhecimento e construção de noções 
e conceitos, desenvolvimento do 
pensamento. 
 
Sócio-afetiva: convivência 
no mundo social; construção de 
auto-imagem positiva; respeito 
às diferenças sociais e étnicas; 
valorização das produções do 
aluno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
 
 
 
 5 
 
 
COMO SE DÁ O CONHECIMENTO? 
 
Para responder a esta pergunta, temos de nos remeter a teoria do conhecimento. Esta 
teoria que vai nos explicar a maneira e o processo como o ser humano conhece o mundo, 
como ele compreende esse mundo e como ele vai significar tanto sua vida como o mundo onde 
ele esta inserido. 
No texto abaixo Leonardo Boff vai defender a tese de que as pessoas se constroem no 
mundo conforme suas próprias experiências e como elas as significam. Para o autor é 
importante no conhecimento saber de que posição a pessoa defende suas idéias, suas 
posições, qual sua visão de mundo e de homem. 
 
VVaammooss lleerr ee rreefflleettiirr ssoobbrree aass ppaallaavvrraass ddoo aauuttoorr?? 
 
“Cada um lê com os olhos que tem”. 
E interpreta a partir de onde os pés pisam. 
Todo ponto de vista é a vista de um ponto. 
Para entender como alguém lê, 
é necessário saber como são os seus olhos e 
qual é a sua visão de mundo. 
Isso faz da leitura sempre uma releitura. 
A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. 
Para compreender, é essencial conhecer o lugar social de quem olha. 
Vale dizer: como alguém vive, com quem convivem, que experiências tem, em que trabalha, 
que desejos alimenta, como consome os dramas da vida e da morte e 
que esperanças o animam. 
Isso faz da compreensão sempre uma interpretação. 
Assim, cada leitor é co-autor. 
Porque cada um lê e relê com os olhos que tem. 
 6 
“Porque compreende e interpreta a partir do mundo que habita” 
 
 
 
Para se aprofundar acesse o site da Associação Brasileira de Psicologia Educacional e 
Escolar – ABRAPEE. 
Site: http://www.abrapee.psc.br/ 
 
 
 
 
AS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS EM PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM 
 
Você vai estudar algumas definições básicas para a aprendizagem do ser humano e as 
principais concepções teóricas com seus respectivos autores e conceitos que vão implicar em 
diferentes formas de ver o mundo e interagir com o homem. Cada uma destas teorias tem sua 
especificidade e suas influências na prática docente. 
AA nnooççããoo ddee ddeesseennvvoollvviimmeennttoo éé ddiirreettaammeennttee lliiggaaddaa aaoo ccoonncceeiittoo ddee eevvoolluuççããoo,, qquuee ppoorr ssuuaa 
vveezz eessttaa aattrreellaaddaa aa uumm lloonnggoo cciicclloo vviittaall.. CCaaddaa sseerr hhuummaannoo tteemm uummaa hhiissttóórriiaa ddee vviiddaa,, qquuee nnããoo 
ppoossssuuii uumm úúnniiccoo mmooddeelloo,, jjáá qquuee eennvvoollvvee ccaammppooss ddee eexxiissttêênncciiaa hhuummaannaa,, ttaaiiss ccoommoo oo ccaammppoo 
aaffeettiivvoo,, ccooggnniittiivvoo,, ssoocciiaall ee bbiioollóóggiiccoo.. 
OOss ddiiffeerreenntteess ccaammppooss ppoorr ssuuaa vveezz ssããoo ddeetteerrmmiinnaaddooss ppoorr ddiiffeerreenntteess ffaattoorreess ttaaiiss ccoommoo:: aa 
mmaattuurraaççããoo ggeennééttiiccaa oouu bbiioollóóggiiccaa,, aass ddiiffeerreenntteess ccuullttuurraass ee aass mmúúllttiippllaass pprrááttiiccaass ssoocciiaaiiss ee ssuuaass 
ccoommpplleexxaass iinntteerraaççõõeess.. 
Ao nascer somos jogados em uma sociedade que possui determinada cultura e somos 
transportados da entropia inicial para a heterônomia e conforme nos desenvolvemos e 
aprendemos chegarmos à autonomia. 
Diferentes teorias entendem de forma diferenciadao papel de cada agente socializador 
da criança. Para cada uma o grau de influência dos fatores é diferente. Para uma a maturação 
biológica é o fator primordial, para outra o meio ambiente, mas há um reconhecimento do papel 
da cultura como o cenário das principais transformações e evoluções do ser humano, desde 
seu nascimento até a vida adulta. E cada cultura tem um modelo de família, de educação e de 
sociedade. 
 
 
Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas... 
que já têm a forma do nosso corpo e esquecer os nossos caminhos 
que nos levam sempre aos mesmos lugares... É o tempo da 
travessia... e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para 
sempre, à margem de nós mesmos. 
 
 (Fernando Pessoa) 
 
 7 
Neste sentido é que diferentes teóricos na Psicologia do Desenvolvimento apresentam 
perspectivas diversas sobre o estudo do desenvolvimento humano e os fatores de maior 
influência. 
 
PERSPECTIVAS DE ESTUDO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO (Ribeiro, 2005)1: 
 
- Para os teóricos Ambientalistas, entre eles Skinner e Watson, as crianças nascem como 
tábulas rasas, que vão aprendendo tudo do ambiente por processos de imitação ou reforço. 
- Para os teóricos Inatistas, como Chomsky, as crianças já nascem com tudo que precisam na 
sua estrutura biológica para se desenvolver. Nada é aprendido no ambiente, e sim apenas 
disparado por este. 
- Para os teóricos Construcionistas, tendo como ícone Piaget, o desenvolvimento é construído 
a partir de uma interação entre o desenvolvimento biológico e as aquisições da criança com o 
meio. 
- Temos ainda uma abordagem Sociointeracionista, de Vygotsky, segundo a qual o 
desenvolvimento humano se dá em relação nas trocas entre parceiros sociais, através de 
processos de interação e mediação. 
- Temos a perspectiva Evolucionista, influenciada pela teoria de Fodor, segundo a qual o 
desenvolvimento humano se dá no desenvolvimento das características humanas e variações 
individuais como produto de uma interação de mecanismos genéticos e ecológicos, envolvendo 
experiências únicas de cada indivíduo desde antes do nascimento. 
- Ainda existe a visão de desenvolvimento Psicanalítica, em que temos como expoentes Freud, 
Klein, Winnicott e Erikson. Tal perspectiva procura entender o desenvolvimento humano a partir 
de motivações conscientes e inconscientes da criança, focando seus conflitos internos durante 
a infância e pelo resto do ciclo vital. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 RIBEIRO, A. M. Curso de Formação Profissional em Educação Infantil. Rio de Janeiro: EPSJV / Creche Fiocruz, 2005. 
 
 8 
PSICANÁLISE 
ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL? 
 
ESTÁGIO ORAL 
Do nascimento aos 12 – 18 meses 
Apresenta caráter inato e instintivo do ID, ou seja, não 
tem noções de regras e ou limites. 
A parte erógena do corpo é a boca, por isso sente 
prazer em estimulá-la, seja através do mamar, morder, 
etc., por isso leva tudo à boca. O grande conflito é ter 
de largar a chupeta ou o peito. 
 
ESTÁGIO ANAL 
 Dos 12 – 18 meses aos 3 anos de idade 
Apresenta comportamento ambivalente entre prazer e 
dor ocasionada pelo controle dos esfíncteres. 
A parte erógena do corpo é a anal, por isso sente prazer 
em segurar o xixi ou as fezes. O grande conflito é o 
treino da higiene. 
 
ESTÁGIO FÁLICO 
Dos 3 anos de idade aos 5 – 6 anos 
Apresenta comportamento exibicionista com grande 
curiosidade sobre as diferenças sexuais. 
A parte erógena do corpo é a região genital, nesta fase 
a criança começa a mexer em seu órgão sexual. O 
grande conflito é o complexo de Édipo. 
 
 
ESTÁGIO DE LATÊNCIA 
Dos 5 – 6 anos aos 12 – 13 anos 
Através do mecanismo de defesa a criança esquece tudo 
o que vivenciou relacionada os seus impulsos libidinais 
com ausência de qualquer manifestação de interesse 
sobre as diferenças sexuais. 
Desenvolvem-se as regras e a moral que vão ser a base 
do superego. Volta sua energia para o desenvolvimento 
da aprendizagem escolar, cultural e no convívio social. 
 
 
ESTÁGIO GENITAL 
Da puberdade em diante. 
Tempo de maturação da sexualidade adulta, com o 
interesse pelo sexo oposto. O grande conflito é o 
processo de autonomia frente aos pais. Passa a ter 
prazer em ter contatos com outras pessoas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 9 
COMPORTAMENTALISMO 
 
A psicologia experimental também chamada de comportamentalismo ou beraviorismo 
defende o estudo do comportamento humano baseado somente no que é observável. A base 
dessa teoria é a modelação do comportamento com base no reforço positivo ou negativo. 
Teve como base os trabalhos anteriores do russo Ivan Pavlov (1849 – 1936), que ao 
estudar a fisiologia do sistema gastrointestinal descobriu o reflexo condicionado. Este recebeu o 
Prêmio Nobel concedido na área de Medicina e Fisiologia em 1904. 
O condicionamento clássico ou pavloviano é baseado na modificação de 
comportamento. Com base em estímulo-resposta e foi resultado da experiência do Pavlov com 
cães, conforme esquema e texto explicativo abaixo. 
 
 
Ilustração: Renato M. E. Sabbatini 
Skinner em seu trabalho de pesquisa construiu uma caixa que até hoje é denominada de 
“caixa de Skinner” e usada em laboratórios do país inteiro nos cursos de psicologia, que é um 
ambiente controlado que permite experiências com ratos. 
 
 10 
 
CONSTRUTIVISMO 
 
Jean Piaget (1896-1980) é um dos maiores nomes na área da psicologia do 
desenvolvimento. A tese principal de sua obra é de que o que diferencia ou homem do 
animal é que o ser humano tem a capacidade do pensamento simbólico e abstrato, onde o 
desenvolvimento cognitivo depende da maturação biológica. Defende que o conhecimento 
como um processo de construção. 
Dedicou sua vida a estudar o desenvolvimento humano. Suas idéias voltaram-se a 
pergunta: Como as pessoas crescem e se desenvolvem? 
A inteligência na teoria piagetiana seria a capacidade do organismo se adaptar ao 
meu ambiente através de uma organização mental que ele denomina de esquemas, 
utilizado pelo ser humano para designar ações e representar o mundo. 
Esta adaptação ao meu ambiente é guiada por uma base biológica que busca o 
equilíbrio entre os esquemas e o meio ambiente em que o ser humano esta inserido, o que 
resulta no que ele chama de equilibração. A motivação primeira para a alteração das 
estruturas mentais de todo ser humano seria estabelecer base para um desequilíbrio. O que 
significa dizer que na tentativa de se adaptar todo ser humano passa por dois processos 
essenciais: assimilação e acomodação. 
 
Como se dão os períodos de desenvolvimento em Piaget? 
 
Ele divide estes períodos de acordo com o surgimento de novas qualidades do 
pensamento. O primeiro período se caracteriza pelo aparecimento da linguagem que leva ao 
desenvolvimento do pensamento que se acelera. 
 
Com o estabelecimento da comunicação a interação da criança aumenta permitindo 
o desenvolvimento de outras habilidades, que são permeadas pela maturação 
neurofisiológica, que se completa. 
 
 11 
 Estágios do desenvolvimento em Piaget 
 
Estágio sensorio-motor: mais ou menos de 0 a 2 anos 
 
 
Estágio pré-operacional: mais ou menos de 2 a 6 anos 
 
Estágio das operações concretas: mais ou menos dos 7 aos 11 anos 
 
Estágio das operações formais: mais ou menos dos 12 anos em diante 
 
Fonte: BIAGGIO, Ângela M. Brasil. Psicologia do Desenvolvimento. Petrópolis: Vozes, 1976. 
 
 
INTERACIONISMO 
 
Lev Vygotsky (1896 – 1934) era bielo-russo, formadoem direito, mas teve forte 
influência dos estudos em literatura e história. Seus trabalhos foram importantes para os 
alicerces da escola soviética de psicologia. Sua preocupação era voltada ao 
desenvolvimento cognitivo, tendo como cenário os estudos com raízes no materialismo 
dialético. Em 1925 escreve o livro “Psicologia da Arte” que seria publicado na Rússia em 
1965, somente entre 1982 e 1984 que seria publicada a edição completa de sua obra 
naquele país. Organiza o Laboratório de Psicologia para Crianças Deficientes. De 1938- 
1956 suas obras deixam de ser publicadas na URSS, por motivos políticos. 
No Brasil seu livro “Pensamento e Linguagem” seria publicado em 1987 e um ano 
depois “Aprendizagem e Desenvolvimento intelectual na Idade Escolar”. 
Para Vygotsky, a relação entre pensamento e linguagem é estreita. A linguagem 
(verbal, gestual e escrita) é nosso instrumento de relação com os outros e, por isso, é 
importantíssima na nossa constituição como sujeitos. Além disso, é através da linguagem 
que aprendemos a pensar (Ribeiro, 2005). 
A tese principal de Vygotsky é que o desenvolvimento não precede a socialização, já 
que as relações sociais e suas estruturas levam ao desenvolvimento das funções sociais. 
A construção do conhecimento é mediada pela interação entre vários sujeitos e suas 
relações. É um processo de internalização no qual ocorre a apropriação pela criança das 
idéias, da linguagem e de todo um conjunto de experiências que permeiam o aprendizado e 
que preservam a cultura. 
Para Vygotsky a linguagem é essencial no processo do conhecimento, pois é por 
meio desta que as funções mentais se formam e o que implica na transmissão de 
determinado saber e ou cultura. É a linguagem que permite a mediação entre o sujeito e o 
objeto de conhecimento. 
Para Vygotsky a cultura é o universo de significados que permitem a criança construir 
a interpretação do mundo real. 
No processo de aprendizagem teríamos a transformação de um processo 
interpessoal em um processo intrapessoal, já que ocorre uma internalização que levará a 
uma transformação. Ou seja, na internalização de determinada situação ou de um objeto, 
ocorre uma reconstrução interna que nada mais é do que o resultado de uma operação 
externa. 
 
 
 
 
 12 
INTELIGÊNCIA E LINGUAGEM 
 
O encontro entre a linguagem e a consciência é considerado, pelos estudiosos 
do tema, como o momento de maior impacto no curso da constituição do 
pensamento. 
É quando objetos são transformados em signos, num movimento de 
apropriação em que os signos vão deixando de fazer parte do mundo externo, 
ganhando significados nos processos psicológicos individuais. 
O resultado deste processo é a construção da linguagem e, 
conseqüentemente, uma nova qualidade das interações da criança com o meio. 
No esquema abaixo podemos melhor definir o que chamamos de inteligência, 
que esta diretamente relacionada aos esquemas mentais. Eis o que nos resume a 
tendência construtivista sobre os princípios que regem a construção humana do 
conhecimento. 
 
Desta maneira, podemos definir que para a tendência construtivista há uma grande 
diferença entre o pensamento infantil e o adulto, já que o mesmo passou por formas 
significativamente diferenciadas através da ação que resultam por diferentes etapas do 
desenvolvimento cognitivo, que se materializam nas mudanças na forma de raciocínio. Eis 
alguns conceitos essenciais neste processo. 
 
- Quanto mais uma criança 
fala, mais ela aprende a falar 
(mais tarde, a escrever), 
pois a linguagem necessita 
de exercício. 
- A linguagem é uma parte 
significativa do que Piaget 
chamou de função semiótica, 
função mais ampla que engloba, 
além da linguagem, o desenho, as 
imitações e o jogo simbólico. 
 
 
 
Biologicamente, a inteligência adapta-se ao meio pela ação, 
aumentando as formas de agir pela construção de novos 
esquemas mentais 
Teoria construtivista 
Natureza biológica da 
inteligência  estágios  
diferença qualitativa entre 
pensamento infantil e 
adulto; etapas de 
desenvolvimento cognitivo 
caracterizadas por 
mudanças na forma de 
raciocínio. 
Interação  relação ativa 
da criança com o meio 
 13 
 
 
Vamos analisar o esquema abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O que é linguagem? O que é conteúdo? 
• Todo objeto de conhecimento pode ser lido como linguagem, portanto 
como conteúdo programático possível de ser explorado pelas crianças, 
desde que selecionado por elas, na companhia do/a professora 
(Junqueira, 2005) 
 
• Conteúdo é tudo o que tem sentido para a criança, por isso é por ela 
consentido: 
Conteúdo → Tudo o que é com sentido = consentido 
Não é conteúdo → tudo o que é sem sentido = não consentido pelas crianças e 
o professor ou professora. 
 
Possibilita a participação 
ativa da criança no mundo 
simbólico da cultura 
Interação com outras pessoas 
Interpretação e significação das 
expressões, posturas, gestos e 
sons emitidos pela criança 
Incorporação das formas de 
pensar e agir já consolidadas 
na experiência dos homens 
No ensino são 
transmitidos, além de 
conteúdos, modos de ver o 
mundo, jeitos de ser, 
valores individuais e 
coletivos. 
 14 
 
 
 
 
 
 
 
 
No ensino são transmitidos, 
além de conteúdos, modos 
de ver o mundo, jeitos de 
ser, valores individuais e 
coletivos. 
O papel do professor não se 
restringe a mudanças de 
comportamento. 
Objeto de estudo de Vygotsky: como o sujeito torna-se capaz de 
produzir símbolos? 
 Homem se diferencia 
dos animais porque 
utiliza instrumentos 
materiais e psicológicos 
[símbolos] em sua 
relação com o mundo  
modificação da 
realidade interna. 
 A linguagem da 
criança produz-se na 
relação com o 
contexto social, 
através da mediação 
do outro. 
 15 
 
 
 
 
 
 
 
COMO VYGOTSKY PERCEBE ESTE PROCESSO DE PRODUÇÃO 
DO CONHECIMENTO HUMANO. VAMOS ANALISAR O 
ESQUEMA ABAIXO QUE SINTETIZA ESTE PROCESSO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Criança recria os modos de interação 
social, não os reproduz passivamente. 
Um novo comportamento é resultante 
da recombinação das experiências 
acumuladas no grupo social. 
 
Interpsíquico 
[social] 
Intrapsíquico 
[individual] 
Internalização 
 
NNíívveell ddee ddeesseennvvoollvviimmeennttoo ppootteenncciiaall 
((oo qquuee aa ccrriiaannççaa ffaazz ccoomm aajjuuddaa)) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ZZoonnaa ddee ddeesseennvvoollvviimmeennttoo pprrooxxiimmaall 
((eessppaaççoo ddee mmuuddaannççaa == 
aapprreennddiizzaaggeemm)) 
 
 
 
 
 
NNíívveell ddee ddeesseennvvoollvviimmeennttoo 
rreeaall 
((oo qquuee aa ccrriiaannççaa ffaazz 
ssoozziinnhhaa)) 
 16 
 
 
 
 
 
 
AS CONTRIBUIÇÕES DE MATURANA E VARELA 
 
 
 
 
 
 
 
A ação docente muitas vezes é permeada por um 
discurso cotidiano no qual há uma dissociação do ensinar e do 
aprender. Segundo essa forma de ver, o professor não 
participa diretamente do processo de aprendizagem do aluno. 
Sua participação é apenas indireta e, portanto, apenas 
mediadora. 
Modificação das características 
psicológicas e até mesmo da 
constituição física da criança 
Desenvolvimento mental da criança acontece em um mundo humanizado  
a relação com os elementos naturais é regulada por pessoas, objetos e 
idéias/significados 
Apropriação da cultura pela 
criança  interação com 
outras pessoas mediada pela 
linguagem 
Reprodução de capacidades e 
características humanas de 
comportamento [e pensamento] 
Criação de significados próprios 
Singularidade da criança seconstitui num contexto social 
de relações concretas 
A emoção tem papel 
fundamental no 
funcionamento da 
inteligência  é a emoção 
que define a ação 
[MATURANA] 
Interação entre fatores genéticos e culturais  promove 
o desenvolvimento do pensamento, interferindo na 
aprendizagem e desenvolvimento da criança 
 17 
 
Mente e corpo aprendem em um espaço privilegiado chamado escola. A escola como 
espaço privilegiado da experiência com um novo tipo de conhecimento – o conhecimento 
sistematizado, formal – que não substitui outros tipos de conhecimentos, por exemplo, o 
cotidiano, informal, mas, integra-se a eles. 
Cabe ao docente, portanto, ser aquele que incentiva, leva, motiva o aluno, para o início 
de um cíclico processo de desenvolvimento, já que, a cada novo conceito sistematizado, novos 
processos de aprendizagem. 
Desta maneira é necessário que o professor tenha a compreensão de que o ser 
humano esta imerso em uma teia de significações que às vezes se sobrepõem e em outros 
momentos podem levar ao conflito. 
 
 
 
AS CONTRIBUIÇÕES DE WALLON 
 
A tese principal no trabalho de Wallon é que o ser humano é organicamente 
social. 
 
Wallon estabelece 3 períodos essenciais ao desenvolvimento humano: 
 
- Período impulsivo emocional – quando o bebê se diferencia do mundo que o 
cerca através do “diálogo tônico” (comunicação que se dá pelos gestos, toques, 
contato corporal). Predomina a afetividade. 
 
AAccooppllaammeennttoo ddoo ssuujjeeiittoo ccoomm oo 
mmeeiioo 
 
SSuujjeeiittoo ee mmeeiioo ssããoo eeffeeiittooss ddee uummaa 
rreeddee pprroocceessssuuaall,, ccoonnssttiittuuiinnddoo--ssee 
rreecciipprrooccaammeennttee 
 
NNããoo hháá rreeaalliiddaaddee pprréé--eexxiisstteennttee 
ppaarraa sseerr ccoonnhheecciiddaa ppeellaa ccrriiaannççaa 
 
OO ccoonnhheecciimmeennttoo ddoo mmuunnddoo ee aass 
aaççõõeess nneellee nnããoo ssee sseeppaarraamm 
 
 
AAoo ccoonnhheecceerr aa rreeaalliiddaaddee,, 
pprroodduuzziimmooss eessssaa rreeaalliiddaaddee 
 
Entendimento do ser humano 
como um ser que pertence a um 
grupo social, com capacidade de 
construir saberes, com identidade 
própria. 
 
 
Respeito a cultura e a diversidade 
social do seu aluno, admitindo que 
cada um possua uma história de vida 
própria, com pertencimento étnico, 
religioso, etc. 
A aprendizagem exige do 
professor uma atitude de: 
 18 
 
- Período projetivo – quando ocorre a interiorização do ato motor, ou seja, a 
intensidade dos movimentos do bebê transforma-se em atividade mental. 
 
- Período personalista – percepção de si na relação com o outro (caracteriza-se 
por intensa negação). 
 
LINGUAGEM E SUBJETIVIDADE 
 
 
 
 
A apropriação dos signos relativos à linguagem é 
fundamental na constituição do pensamento. 
Objeto de estudo de Wallon: compreender a base orgânica e 
cerebral das funções psíquicas 
O ser humano é geneticamente social 
Somos sujeito pela mediação do outro, a partir da linguagem, que se 
coloca entre nós e o mundo e organiza nossa relação com ele. 
Para Jean Piaget, a fala “para si mesmo” 
seria uma fala egocêntrica, sem intenção 
comunicativa, que desaparece à medida 
que a criança vai se socializando. 
Vygotsky afirma que essa fala 
representa uma passagem da atividade 
social da criança (interpsíquica) para sua 
atividade mais individualizada 
(intrapsíquica) e não desaparece, mas 
transforma-se em fala interior. 
 19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 “Quando um moderno poeta diz que para cada homem existe uma 
imagem em cuja contemplação o mundo inteiro desaparece, para 
quantas pessoas essa imagem não se levanta de uma velha caixa 
de brinquedos?” 
(Walter Benjamin, 1983) 
A partir das experiências com seus 
parceiros, a criança constrói maneiras 
mais elaboradas de perceber, tomar 
decisões, lembrar-se de algo, 
emocionar-se com alguma coisa, 
maneiras que são historicamente 
construídas em sua cultura. 
Ser acolhido e atendido em suas 
necessidades, ter amigos, conversar, 
explorar o mundo e brincar com alguém são 
alguns dos principais elementos que 
contribuem para o desenvolvimento e a 
aprendizagem. 
 
Participação do(a) professor(a) no jogo simbólico ou 
brincadeira de faz-de-conta pode ocorrer de forma: 
Indireta, quando ele(ela) 
organiza os espaços e objetos 
que estruturam enredos e 
papéis adotados, cuidando para 
que as regras propostas pelo 
grupo sejam mantidas 
Direta, quando ele(ela) assume o 
papel de juiz em um jogo de 
regra ou em um jogo esportivo, 
ou mesmo fazendo o papel do(a) 
aluno(a) em uma brincadeira de 
escolinha. 
 20 
 
 
 
 
O desenvolvimento humano 
Motricidade, afetividade, pensamento e 
linguagem na aprendizagem 
Inatismo, Ambientalismo, Interacionismo 
O desenvolvimento é um processo amplo que envolve 
diferentes áreas do comportamento humano 
Motricidade 
Afetividade 
pensamento e linguagem 
Motricidade  a interação com 
os objetos tentando encaixá-
los, ou empilhá-los, ampliam 
suas possibilidades de agir 
sobre o mundo que a cerca. 
Quanto mais vivências ela 
adquire, mais elaboradas 
tornam-se suas ações. 
Afetividade  O afeto é um grande 
regulador das ações, influenciando as 
escolhas e rejeições. Essas noções que 
a criança constrói a partir dessa relação 
afetiva vão permitir que ela atribua 
diferentes valores e significados a 
esses mesmos objetos, pessoas e 
situações. 
Pensamento e linguagem são dois 
processos com origens distintas, 
mas que mantêm uma relação 
dinâmica, em constante movimento 
dialético ao longo do 
desenvolvimento humano 
 
AApprroopprriiaaççããoo ddee iinnssttrruummeennttooss ee ssiiggnnooss.. 
 
 21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AApprreennddiizzaaggeemm ddee vvaalloorreess,, 
aattiittuuddeess,, ccoommppoorrttaammeennttooss,, 
hháábbiittooss,, ccoonncceeiittooss,, iiddééiiaass,, 
rreellaaççõõeess.. 
A repetição imposta pelo adulto é uma violência. 
 Se a criança tem estrutura mental para aprender o que se quer 
ensinar, ela o fará de forma natural, mas se não possuir a estrutura 
necessária, não vai entender, por mais que se repita. 
 É evidente que toda aprendizagem necessita de exercitação, no 
entanto, esta deve ser realizada através de atividades 
generalizadoras, alternativas diferentes para a aplicação da 
aprendizagem, criativas e lúdicas. 
Pedir que a criança decore sílabas é um absurdo que devemos 
superar, pois a aprendizagem da leitura se fará por pesquisa e 
apropriação. 
A criança deve ter à sua disposição os instrumentos de 
conhecimento para executar uma tarefa (dicionário, livros, 
revistas, tintas, etc.) 
Devemos usar a memória para servir à inteligência, armazenando o 
maior número possível de experiências ao invés de conteúdos que 
no se estruturam em conjuntos capazes de ser assimilados pela 
criança. 
 A atividade lúdica tem caracterização complexa: 
nem é pura fantasia – negação da realidade; 
 
nem é pura realidade transposta. 
Imitação na situação imaginária: 
- criança repete sem compreensão do significado; 
- gradativamente deixa de repetir por imitação; 
- passa a realizar a atividade conscientemente 
 22 
Desenvolvimento da Fala e da Linguagem DOS 0 AOS 6 MESES
• Reage aos estímulos ambientais de forma 
reflexa 
• Reage aos estímulos ambientais alterando 
o comportamento de forma significativa 
(sorriso e choro) 
• Ri e murmura para pessoas conhecidas 
• Reage às vozes altas, ou não amigáveis 
• Volta-se e olha nadireção dos novos sons 
• Balbucia pedindo atenção
• Faz vocalizações generalizadas
• Observa sua mão 
• Reage ao seu nome
 
Desenvolvimento Emocional
• Manifesta a sua excitação através 
dos movimentos do corpo, mostrando 
prazer ao antecipar a alimentação ou o 
colo; 
• O choro é a sua principal forma de 
comunicação, podendo significar estados 
distintos (sono, fome, desconforto...); 
• Apresenta medo perante barulhos 
altos ou inesperados, objetos, 
situações ou pessoas estranhas, 
movimentos súbitos e sensação de 
dor.
DOS 0 AOS 6 MESES
 
 23 
Escutando
Desde o início bebês podem perceber 
e discriminar contrastes sonoros 
presentes em todas as línguas 
possíveis, até 1 ano de idade. Após 1 
ano discrimina apenas sons salientes 
na linguagem falada em seu ambiente.
Diferenciam a voz da mãe, 
mas não do pai.
Reconhecem padrões de 
melodias e entonações de voz 
(por volta de 4 meses)
 
Combinando informações de vários sentidos
Bebês de 4 meses podem 
relacionar ritmos de sons com 
movimentos.
Relacionam expressão facial 
com o tom de voz (feliz ou 
zangada).
 
 24 
 
 
 
3 semanas
 
 25 
 
3 meses
 
8 meses
 
 26 
11 meses
 
 
 
20 meses
 
 
 27 
Brinquedos de 5 a 7 meses
A criança já consegue ficar mais 
tempo fixando um objeto. Volta-se 
para a direção de onde vem algum 
som. O bebê já emite alguns ruídos 
com o intuito de chamar atenção. 
Aos 7 meses já atende se for 
chamado pelo nome. 
Sugestões de brinquedos:
•Tapetes de atividades com sons e 
espelho, pois aqui o bebê já é capaz 
de se reconhecer 
•Brinquedos que emitam sons
 
Desenvolvimento da Fala e da Linguagem
• Acaricia sua própria imagem refletida no espelho 
• Produz quatro ou mais sons diferentes 
•Usa freqüentemente as sílabas ba, da, ka 
•Transfere objetos de uma mão para outra 
•Vocaliza com variação de entonação frente aos diferentes estímulos 
•Tenta imitar sons 
•Pode já dizer “mama” e “papa” 
•Grita para chamar atenção 
•Vocaliza enquanto manipula objetos 
•Usa um jargão (balbucio que parece linguagem verdadeira) 
•Brinca de “esconde-esconde” 
•Fala uma sílaba ou uma seqüência de sons repetidamente 
•Sorri e vocaliza ao ver sua imagem refletida no espelho.
DOS 6 AOS 12 MESES
 
 28 
Como você pode estimular a fala e a linguagem da criança de 
zero a 12 meses 
•Reagindo aos sons que ela faz 
•Falando com ela enquanto você estiver cuidando dela 
•Lendo livros coloridos todos os dias 
•Mantendo sua linguagem simples e concreta 
•Recitando versinhos e cantando 
•Mostrando interesse em todos os sons diferentes que ela ouve (o 
gelo num copo, a campainha tocando, a chuva caindo) 
•Ensinando os nomes das coisas do dia a dia e das pessoas 
familiares 
•Levando a criança em diferentes lugares 
•Brincando de jogos simples como “esconde-esconde” 
•Tocando música para ela 
 
Brinquedos de 11 a 1 ano
A linguagem está em pleno desenvolvimento. Já consegue 
concentrar-se por um pequeno período de tempo ouvindo uma 
história. Repete tudo o que escuta. Gosta de reproduzir as 
palavras que aprendeu com o telefone ao ouvido. Quando 
consegue equilibrar-se bem a bola também é um elemento 
inseparável.
Sugestões de brinquedos: 
•Livros com grandes figuras e pouco texto que retratem objetos de 
seu dia-a-dia: mamãe, papai, carro, mamadeira, etc. 
•Livros com fotos ou desenhos de bichinhos 
•Telefones 
•Bolas
 
 29 
 
 
 30 
 
DE 1 AOS 2 ANOS 
Desenvolvimento da Fala e da Linguagem 
Reconhece seu nome. 
Entende “não”. 
Compreende ordens simples. 
Imita palavras familiares. 
Acena com a mão (adeus) 
Fala 2 ou 3 palavras além de “mamãe” e “papai” 
Emite “sons” de coisas e animais familiares. 
Dá um brinquedo quando lhe pedem. 
 
DE 1 AOS 2 ANOS 
Desenvolvimento da Fala e da 
Linguagem 
Dá muitas gargalhadas. 
Ouve bem e discrimina vários sons. 
Reconhece a palavra como símbolo de um objeto: 
carro – aponta a garagem; gato - miau 
Mostra muito afeto, fazendo barulhos e batendo 
palmas com o carinho de seus pais. 
Entende verbos que representem ações concretas e 
relativos a suas próprias necessidades ( mais, quer, 
acabou, dá) 
 
 31 
 
 
DE 1 AOS 2 ANOS 
Desenvolvimento da Fala e da Linguagem
Usa 10 a 20 palavras, incluindo nomes 
Escuta bem e discrimina vários sons 
Reconhece retratos de familiares e figuras de objetos 
conhecidos 
Combina duas palavras para demonstrar seus desejos, tal 
como "mais" 
Imita palavras e sons com maior precisão 
Aponta ou faz gestos para mostrar alguma coisa ou para 
expressar seus desejos 
Traz objetos familiares de um cômodo para outro quando solicitado
 
DE 1 AOS 2 ANOS 
Desenvolvimento da Fala e da Linguagem 
Obedece ordens simples 
Imita trabalhos domésticos: esfregar um pano, colocar a mesa 
Nomeia 4 objetos rotineiros 
Pode cantarolar 
Identifica 3 partes do corpo, em si e no outro sob 
nomeação 
Realiza até 2 ordens simples 
Usa o próprio nome 
Responde sim e não 
Começa a fazer frases simples
 
 32 
 
 
 
DE 1 AOS 2 
ANOS 
Como você pode estimular a linguagem 
Lendo livros bem ilustrados e coloridos 
Incentivando-a brincar de jogos de imitação. 
Usando frases curtas 
Reforçando as palavras novas ditas por 
ela 
Fazendo atividades próprias para sua idade 
Conversando sobre o que vocês estão fazendo quando 
estiverem juntos 
 
 
 
 33 
 
 
DE 1 AOS 2 ANOS 
Como você pode estimular a linguagem 
Olhando-a nos olhos quando estiver falando com ela 
Imitando e identificando sons , tais como cachorro 
latindo, pássaros cantando, sirenes, portas rangendo, 
barulho de água 
Descrevendo o que a criança está fazendo, sentindo e ouvindo 
Fazendo com que estas experiências de falar e escutar sejam 
agradáveis, importantes e divertidas para a criança
Elogiando a comunicação da criança 
 
 
 34 
 
Brinquedos de 1 ano e meio a 2 anos
A criança já reconhece algumas cores e formas. Sabe procurar e 
encontrar objetos que guardou. Gosta de brinquedos que possa 
empurrar, puxar, encaixar e explorar com os dedos. Adora tentar 
descobrir como as coisas funcionam.
Sugestões de brinquedos: 
•Brinquedos de montar 
•Bichinhos de plástico 
•Cubos com formas vazadas para encaixar peças similares 
•Carrinhos e caminhões 
•Chaves
 
DE 1 AOS 2 ANOS 
SINAIS DE ALERTA
Adaptabilidade excessiva, ou seja, passividade, retirada;
Medos excessivos;
Comportamentos executados de forma obsessiva: por exemplo, abanar a 
cabeça, chuchar no dedo; 
Falta de interesse pelos objetos, jogos ou pelo ambiente que a rodeia; 
Comportamentos rebeldes excessivos: 
• Alterações bruscas de humor; 
• Comportamentos incontroláveis, tais como morder ou bater; 
Sono:
• Dificuldade em adormecer sozinho; 
• Insônias. 
 
 35 
 
DOS 2 AOS 3 ANOS 
Desenvolvimento da Fala e da Linguagem
· Usa o próprio nome 
Relaciona o que fala com situações concretas 
Nomeia mais ou menos 3 partes do corpo ou de uma 
boneca ou pessoa
Fala sozinho enquanto brinca 
Combina 2 palavras para exprimir posse 
Mostra com os dedos a idade 
Identifica no mínimo 3 objetos pelo uso 
Reconhece: “grande", "pequeno”, “em cima de”, “embaixo 
de”, e “dentro”, sob nomeação.
 
DOS 2 AOS 3 ANOS 
Desenvolvimento da Fala e da Linguagem
· Aponta gravura de objeto comum 
Compreende o “onde” respondendo adequadamente 
Combina verbo ou substantivo com “este” e “aqui”, 
falando 2 palavras 
Combina “e” em frases de 2 elementos 
Usa artigo na fala 
Aplica regra regular de gêneroPossui vocabulário de 50 a 100 palavras 
Pode relacionar cores primárias e nomear uma cor
 
 36 
 
DOS 2 AOS 3 ANOS Como você pode 
estimular a linguagem
Deixando-a ouvir CD 
ou fitas infantis 
Elogiando sua 
comunicação 
Descrevendo as 
atividades que estão 
fazendo, 
acrescentando novas 
palavras 
Utilizando palavras 
novas em várias 
situações 
(ampliação de 
vocabulário) 
Proporcionando 
novas experiências: 
teatrinho, cinema, 
circo... e 
comentando sobre 
elas 
Lendo historinhas 
 
 
DOS 3 AOS 4 ANOS Desenvolvimento da Fala e da Linguagem
Aponta 3 cores primárias quando nomeadas 
Começa a compreender frases relativas à direções, como: “coloque o 
cubo (debaixo, em frente, atrás) da cadeira. Porém é difícil entender: 
“ao lado” 
Executa uma série de 3 ordens 
relacionadas 
Conhece seu sobrenome e o seu 
sexo 
Pode falar sobre uma historinha 
ou relacionar uma idéia ou 
objeto
 
 37 
DOS 3 AOS 4 ANOS Desenvolvimento da Fala e da Linguagem
Usa orações empregando 4 a 5 palavras 
É capaz de permanecer em uma 
atividade por 8 minutos 
Pode cantar músicas 
Pode desenhar um círculo e uma linha 
vertical 
Tem um vocabulário de quase 1000 
palavras 
Repete sons, palavras, frases e orações 
Pode repetir 2 dígitos e 3 a 4 palavras 
 
 
 
DOS 3 AOS 4 ANOS Desenvolvimento da Fala e da Linguagem
Com freqüência 
faz perguntas 
sobre um 
assunto: “Quê?” 
Usa formas 
possessivas, 
como: “meu”, 
“minha”, “teu”, 
“seu”, “de” junto 
ao nome (ex.: de 
minha mamãe). 
Usa formas verbais 
simples e 
complexas, tais 
como: “estou 
jogando”, “vou 
jogar”. 
Usa termos de 
negação tais 
como: “nada”, 
“nunca”, 
“ninguém”, 
“nem”. 
 
 38 
DOS 3 AOS 4 ANOS Desenvolvimento da Fala e da Linguagem
Começa a usar 
orações 
compostas, unidas 
por: “e”, “que”, 
“onde”, “como” 
Expressa 
verbalmente 
fadiga (diz que 
está cansado) 
Usa: “eu”, “mim”, 
ao invés do 
próprio nome 
Memoriza 
pequenos versos 
e músicas
 
Como você pode estimular a linguagem DOS 3 AOS 4 ANOS 
Introduzindo palavras novas no seu vocabulário, enquanto 
brinca com ela 
Ensinando-lhe relações entre palavras, objetos e idéias 
Ensinando à criança contar histórias, utilizando livros e 
desenhos 
Permitindo que jogue com outras crianças 
Lendo para ela histórias 
Prestando muita atenção quando ela fala, lembrando que se ela 
repetir palavras e sons é normal 
Fazendo jogos com rimas 
 
 39 
 
 
 
 
 40 
 
 
SINAIS DE ALERTA
• Medo excessivo; 
· Sono: 
• Dificuldade em adormecer sozinho; 
• Insônias. 
DOS 3 AOS 4 ANOS 
· Ansiedade de separação extrema (grande dificuldade em se 
separar da mãe); 
· Xixi na cama noturno(faz xixi na cama sistematicamente); 
· Timidez; 
· Inibição nas atividades lúdicas, por exemplo: 
• não joga ou faz-de-conta; 
• não faz jogos de papéis; 
• não se entretém a brincar sozinha; 
· Comportamentos ritualísticos, sobretudo à volta da comida; 
· Problemas de fala persistentes: 
• discurso incompreensível; 
· Excessivo medo de estranhos;
· Falta de interesse pelos outros: 
• não brinca com outras crianças; 
• não compreende as diferenças de comportamento entre homens e mulheres; 
 
 41 
2 aos 7 anos 
Período pré-operacional
 
Desordenada - Movimentos amplos e 
aleatórios que não respeitam o limite da 
folha.
Estágio Garatuja
De 2 a 4 anos
 
 
 42 
Ordenada - Os rabiscos seguem o limite do 
papel.
Estágio Garatuja
De 2 a 4 anos
 
Nomeada ou 
Identificada - Os 
rabiscos ganham 
nome: papai, nenê, 
mamãe.
Estágio Garatuja
De 2 a 4 anos
 
 
 43 
Boneco girino - Tem 
início o desenho da 
figura humana, com 
braços e pernas que 
saem da cabeça. Mais 
adiante, os membros 
saem do corpo. 
Exagero - Não há 
proporção nem 
perspectiva. As figuras 
são grandes ou 
pequenas demais.
Estágio pré-esquemático
(4-7 anos)
 
Omissão - Faltam partes 
do corpo ou do rosto. Um 
braço pode ser mais 
comprido que o outro.
Justaposição - As figuras são 
misturadas na folha, sem 
linha de base (chão e céu). 
Não há organização espacial. 
O sol pode surgir na parte de 
baixo. 
Estágio pré-esquemático
(4-7 anos)
 
 44 
Inteligência Habilidade Como estimular
Lógico - matemática
Números, conhecer e resolver 
problemas lógicos, raciocínio
Quebra cabeças resolução de 
problemas, desenvolvimento 
do pensamento crítico
Lingüística Palavras e comunicação
Conversar com a criança, 
contar histórias, buscar 
significados de palavras
Corporal-Cinestésico
Corpo, músculos, coordenação 
manual, visomotora e tátil
Jogos e atividades motoras, 
mímica, interpretação
Musical
Tonalidades, ritmos, 
sensibilidade a sons, voz
Cantar com a criança, fazê-la 
aprender a ouvir a 
musicalidade dos sons, coral
Espacial-Visual
Formas diferentes, criar 
imagens mentais, lateralidade 
bem definida
Jogos para lateralidade, acima 
abaixo, em volta, enigmas 
visuais, palavras cruzadas
Pessoal - Inter e intrapessoal
Inter - comunicação e 
relacionamento, empatia. Intra 
- Autoconhecimento, reflexão
Autoconhecimento e 
reconhecimento dos 
sentimentos. Teatro, jograis...
Pictórica
Cores, desenhos e sinais 
visuais
Desenho livre, percepção de 
cores e formas 
Naturalista 
Percepção de Ecossistemas, 
habitats. Despertar a 
curiosidade
Passeios para conhecimento e 
sensibilização. Horticultura
 
DOS 4 AOS 5 ANOS Desenvolvimento da Fala e da Linguagem
Nomeia: pequeno, grande, embaixo, em cima, dentro, fora, 
pesado, leve, igual, diferente, cores primárias e 3 formas 
geométricas 
Descreve eventos e personagens de histórias conhecidas e relata 2 
fatos em ordem de ocorrência 
Segue instruções ainda que não esteja em frente ao objeto 
Pode falar algo imaginário como “suponho que”, “ eu desejo” 
Faz perguntas usando: “Quem?”, “Por que?”, “Como?” e 
“Quando?” 
Utiliza orações complexas 
Utiliza tempo passado e plural 
Copia uma linha e um círculo
 
 
 45 
DOS 4 AOS 5 ANOS 
Desenvolvimento da Fala e da Linguagem
Tem um vocabulário de quase 1500 palavras 
Mantém-se numa atividade por 11 ou 12 minutos
Repete 3 dígitos e sentenças de 5 a 6 palavras 
Executa uma série de 2 ordens simples não relacionadas 
Nomeia seus próprios desenhos 
Segue regras de convívio social
 
DOS 4 AOS 5 ANOS 
Desenvolvimento da Fala e da Linguagem
Reconhece partes do corpo: cabeça, braços, pernas, pés, 
mãos, cabelo, bumbum, nariz, orelha e boca 
Mantém atenção quando uma historinha é lida para ela 
Diz seu nome completo 
Responde perguntas de ordem temporal, referente a fatos 
concretos (dia – noite) 
Identifica objetos pelo uso 
 
 46 
Como você pode estimular a linguagem 
DOS 4 AOS 5 ANOS
Ajudando-a a classificar objetos e coisas, explicando qual a 
razão de pertencerem a uma determinada categoria 
Conversando com ela sobre coisas que ela possa realizar 
Ensinando-a usar o telefone corretamente 
Permitindo que ajude a planejar atividades tais como Natal, 
aniversário... 
Dando à criança mais responsabilidade na vida diária 
Lendo histórias cada vez maiores 
Permitindo que crie e conte histórias
Mostrando constantemente seu interesse no desenvolvimento de 
sua linguagem e pensamento
 
Desenvolvimento da Fala e da Linguagem DOS 5 AOS 6 ANOS 
Define os objetos pelo uso e pode dizer de que são feitos os objetos 
Conhece relações espaciais como “acima”, “abaixo”, “atrás”, “perto” e “longe” 
Sabe seuendereço. 
Constrói orações utilizando de 5 a 6 palavras 
Possui um vocabulário de aproximadamente 2000 palavras 
Usa corretamente os sons da língua 
 
 47 
Desenvolvimento da Fala e da Linguagem
DOS 5 AOS 6 ANOS 
Pede informações 
Pede ajuda quando encontra dificuldade 
Usa todo tipo de orações, 
algumas das quais podem ser 
complexas, por exemplo: 
“antes de entrar em casa eu 
preciso tirar meus sapatos 
molhados”
Usa corretamente os pronomes 
É capaz de fazer rimas 
Repete 4 dígitos 
 
 
Como você pode estimular a linguagem DOS 5 AOS 6 ANOS 
Incentivando-a a usar sua linguagem para expressar seus 
sentimentos, idéias, sonhos, desejos, e medos 
Permitindo que ela crie desenhos novos livremente com lápis, lápis 
cera, pilot e papel 
Proporcionando oportunidades de aprender canções, rimas ou 
versos de memória 
Lendo contos, histórias maiores 
Falando com a criança sobre temas variados sem utilizar termos 
e expressões infantis 
Escutando e prestando atenção quando ela fala, levando em 
conta que a criança entende mais do que é capaz de verbalizar
 
 48 
 
 
 
 
 49 
“A Literatura 
Infantil”
“Literatura Infantil é todo o acervo literário 
eleito pela criança”(Bárbara Vasconcelos Bahia)
• No Brasil a Literatura Infantil só 
chegou no final do século XIX.A 
literatura oral prevaleceu até esse 
período com o misticismo e o folclore e 
das culturas indígenas, africanas e 
européias.
• Carlos Jansen e Alberto Figueiredo 
Pimentel foram os primeiros 
brasileiros a se preocuparem com a 
literatura infantil no país, traduzindo 
as páginas das hoje 
consideradas”clássicos”para garotada.
 
 50 
MONTEIRO LOBATO
• Em 1921, Monteiro 
Lobato estreou com 
“Narizinho 
Arrebitado”apresen-
tando ao mundo 
Emília.
 
A arte dos livros sem texto
 
 51 
As mil e uma noites
Coleção de contos árabes(Alf Lailah Oua 
Lailah)compiladas provavelmente entre 
os séculos XIII e XVI.São estruturados 
como histórias em cadeia, em que cada 
conto termina com uma deixa que o liga 
ao seguinte.Essa estruturação força o 
ouvinte curioso a retornar para 
continuar a história, interrompida com 
suspense no ar.
 
Os projetos para Literatura 
Infantil
• Ler histórias sempre, sempre...É poder 
sorrir, rir,gargalhar com as situações 
vividas pelas personagens;
• É também suscitar o imaginário, é ter a 
curiosidade respondida;
• É ouvindo histórias que se pode sentir 
emoções importantes como a tristeza,a 
raiva, a irritação,o medo,a alegria, etc.
 
 52 
• A escola representa a 
única oportunidade de ler 
que muitas crianças têm.É 
necessário , 
portanto,propiciar, nas 
salas de aula, a 
dinamização da cultura 
viva;
• A leitura é um processo 
amplo, que envolve a 
produção do sentido.
 
Sugestões de Atividades
• Baú de histórias;
• Baú da fantasia para que possam 
dramatizar;
• Criar suspense antes de contar a 
história;
• Usar voz expressiva, animando a leitura;
• Caracterizar personagens;
• Contar a história e não dizer o fim, 
pedir aos alunos que organizem um fim.
 
 53 
Modos de Narrar
• Desenhar,recortar, colar, montar cenas a 
história e produzir textos;
• Recontar a história com fantoches;
• Em roda colocar os livros no meio da sala ou 
distribuir um para cada um, pedir que leiam e 
recontem do seu modo;
• Utilizar a mesma história contada em várias 
épocas e autores diferentes
• Teatro de fantoches, teatro de sombras, 
teatro de palitoche,etc.
 
 
 
ACIDENTES NA INFÂNCIA - COMO PREVENÍ-LOS
 
 54 
REFERÊNCIAS 
 
ABERASTURY, A.. Adolescência. Porto Alegre: Artes Médicas. 1990. 
 
BEE, H.. A Criança em Desenvolvimento. Porto Alegre, Artes Médicas. 1996. 
 
BIAGGIO, A.. Psicologia do Desenvolvimento. Petrópolis: Vozes. 1998. 
 
BOCK, Ana Maria Bahia. Et al. Psicologias : uma introdução ao estudo de Psicologia. São 
Paulo: Saraiva, 1999. 
 
COLL, C.; PALACIOS, J.; MARCHESI, A. (Orgs.). Desenvolvimento Psicológico e Educação. 
Porto Alegre: Artes Médicas. 1995. 
 
FALCÃO, Gerson Marinho. Psicologia da Aprendizagem. São Paulo: Ática, 1986. 
 
FERENCZI, S.. Psicanálise e Pedagogia. Em Psicanálise I – Obras Completas São Paulo: 
Martins Fontes. 1991. (pp. 35-40). 
 
FERREIRA, May Guimarães. Psicologia Educacional : análise crítica. São Paulo: Cortez, 
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