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AUTISMO 18.03

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Educação Inclusiva com ênfase em 
Autismo A17
Linguagem, Aprendizagem e 
Cognição
• Concepções de linguagem. Concepções sociais de
linguagem e redefinição da relação entre
linguagem e cognição. Consequências para a
prática (psico)pedagógica no atendimento às
pessoas com Transtorno do Espectro Autista.
RELAÇÕES ENTRE LINGUAGEM E 
COGNIÇÃO HUMANA
• Desde o momento em que nascemos
apresentamos características diferenciadas de
outras espécies. Esta vantagem é descrita como
capacidade cognitiva de pensar e transmitir
idéias e sentimentos por intermédio da
linguagem.
• A cognição é um processo pelo qual o ser
humano interage com os seus semelhantes e
com o meio em que vivem, sem perder a sua
identidade existencial.
• Ela começa com a captação dos sentidos e logo
em seguida ocorre à percepção. É, portanto, um
processo de conhecimento, que tem como
material a informação do meio em que vivemos e
o que já está registrado na memória.
• A psicologia cognitiva afirma que é um processo
de grande influência no comportamento, além
de ser esse fenômeno que favorece a
aprendizagem e o desenvolvimento da
linguagem.
• Toda a informação vinda do meio, através da
captação dos sentidos, é adequada e convertida,
tendo o seu efeito adaptado, para que possa
fazer parte dos parâmetros perceptuais de
ambiente
• O ser humano sem a cognição não resistiria, por
exemplo, às grandes perdas. A dor da perda é
uma reação cognitiva intensa para preservar e
controlar os impulsos, a fim de que haja uma
recuperação mais rápida.
• A relação existencial é vinculada com a realidade
interna, permite desta forma, tomar decisões
com base em dados convertidos pela nossa
própria interpretação interna ou modelos da
mente.
• Cognição é o fenômeno que ocorre no
processamento simbólico e tem relação ampla
com a linguagem. A dinâmica mental é o
processo chamado de cognição, cujo resultado é
a produção de informação. A cognição é uma
função superior que é observada em qualquer
sistema que processa informações.
• O ser humano captura e processa as informações
que lhes são transmitidas em uma palestra e
deste modo adquire uma visão ligeiramente
modificada do mundo, isto é descrito como
cognição.
• A cognição é descrita na literatura como
complexa e de ligação direta com a linguagem.
Todos os símbolos são construídos (socialmente)
através de sistemas neurais.
• O processo de desenvolvimento cognitivo não
pode ser considerado de forma restrita. Ele se dá
durante toda a vida e é resultante de
experiências acumuladas e organizadas através
da ação do individuo sobre o meio e vice-versa.
• As relações entre o discurso e a cognição
tornaram-se, a partir das últimas décadas,
objetivo de estudo de varias disciplinas da
lingüística.
• Os mais variados relatos teóricos levam a
epistemologia, a psicologia e a coerência
cognitiva na tentativa de descrever a linguagem,
investigando assim, os processos lingüísticos
cognitivos da atividade discursiva do ser
humano.
• A psicolingüística tem apreciado de forma
teórica e metodologicamente o debate que
envolve as relações entre a verbalização e a
cognição em meio a um incessante confronto
crítico e de interpretações.
• Sabe-se que o fenômeno mental (cognitivo) tem
sido primeiramente vinculado ao biológico, e
interligado a linguagem.
• A tendência é considerar que os termos cognição
e inteligência se voltem para o mesmo
significado e identificá-los como funcionamento
mental. Cognição é a capacidade de processar
informações. É a capacidade de adaptação a
situações absolutamente diferentes em curto
espaço de tempo.
• No entanto, a adaptação humana, em seus
aspectos cognitivos, difere da adaptação
biológica. Dizer que determinada espécie está
adaptada a uma determinada comunidade
significa que sobrevive bem nesse ambiente.
• Afastada dele, entretanto, enfrentará sérias
dificuldades de sobrevivência. É importante
ressaltar que os homens não só desenvolveram
ao longo da evolução, a capacidade de adaptar-
se a determinadas condições.
• Toda essa etapa foi garantida enfrentando
limites e buscando esforços. A cognição engloba
linguagem, memória e, sobretudo, raciocínio
lógico.
• Do ponto de vista psicológico, o conceito de
cognição abrange toda a capacidade de processar
informações, de reagir ao que se percebe no
mundo e do próprio interior de cada pessoa.
• Estruturalmente, a percepção depende de
práticas humanas estabelecidas por sistemas de
codificação usados como processamento da
informação, mas, também influenciar a decisão
de situar os objetos percebidos em categorias
apropriadas.
• A atenção é considerada um tipo de percepção
sistemática e refere-se usualmente a seleção de
recursos informacionais que focalizam a
percepção de determinados objetos em
detrimento de outros.
• Nessa perspectiva o processo de atenção se dá
em duas fases: inicialmente ocorre a focalização
nos estímulos e caracterizam os elementos de
informação do meio ambiente, surgindo
posteriormente à descrição de elementos na
forma de um padrão de reconhecimento do
objeto. Quanto mais uma tarefa é praticada pelo
individuo menos atenção é requerida para ser
executada.
• A memória é estudada a partir de dois modos
complementares: considerando-se a forma como
a informação entra e é codificada, e o modo
como a informação é retida e recuperada no
sistema cognitivo.
• No primeiro caso a informação proveniente do
meio tende a permanecer transitoriamente na
memória de curta duração, delimitada
capacidade de retenção, a qual deve ser
trabalhada através do mecanismo de associação
e repetição envolvidos no processo de
aprendizagem, para posteriormente ser
depositada na memória de longa duração.
• As operações básicas que a memória apresenta
são codificação, armazenamento e recuperação.
A codificação é a transformação dos dados de
entrada sensoriais em uma forma de
representação mental, que pode ser estocada.
• O armazenamento é a conservação da
informação codificada. A recuperação refere-se
ao acesso e ao uso da informação armazenada.
Todos esses processos interagem entre si e são
interdependentes durante toda a vida.
• Concepções de linguagem. Concepções sociais de 
linguagem e redefinição da relação entre 
linguagem e cognição. Consequências para a 
prática (psico)pedagógica no atendimento às 
pessoas com Transtorno do Espectro Autista.
Concepções de linguagem alteram o 
que e como ensinar – Revista Nova 
Escola - 2015
• Entenda por que a prática diária da 
leitura e a escrita, em atividades 
mediadas pelo professor, são 
fundamentais quando se considera a 
linguagem como forma de interação 
social
• Na década de 1970, uma transformação
conceitual mudou as práticas escolares. A
linguagem deixou de ser entendida apenas como
a expressão do pensamento para ser vista
também como um instrumento de comunicação,
envolvendo um interlocutor e uma mensagem
que precisa ser compreendida.
• Todos os gêneros passaram a ser vistos como
importantes instrumentos de transmissão de
mensagens: o aluno precisaria aprender as
características de cada um deles para reproduzi-
los na escrita e também para identificá-los nos
textos lidos.
• Ainda era essencial seguir um padrão
preestabelecido, e qualquer anormalidade seria
um ruído. Para contemplar a perspectiva, o
acervo de obras estudadas acabou ampliado, já
que o formato dos textos clássicos não servia de
subsídio para a escrita de cartas, por exemplo.
• Segundo a pedagoga especializada em
linguística, Kátia Lomba Bräkling, nessa
concepção, a língua é um código e escrever seria
o exercício de combinar palavras e frases para
formar um texto. Assim, o ensino precisava focar
prioritariamente as estruturas – os substantivos,os verbos, os pronomes, etc. – que compõem a
língua e seus usos corretos.
• Em pouco tempo, no entanto, as correntes
acadêmicas avançaram mais. Mikhail Bakhtin
(1895-1975) apresentou uma nova concepção de
linguagem, a enunciativo-discursiva, que
considera o discurso uma prática social e uma
forma de interação - tese que vigora até hoje. A
relação interpessoal, o contexto de produção dos
textos, as diferentes situações de comunicação,
os gêneros, a interpretação e a intenção de quem
o produz passaram a ser peças-chave.
• A expressão não era mais vista como uma
representação da realidade, mas o resultado das
intenções de quem a produziu e o impacto que
terá no receptor. O aluno passou a ser visto
como sujeito ativo, e não um reprodutor de
modelos, e atuante - em vez de ser passivo no
momento de ler e escutar.
• Essas ideias ganharam suporte das pesquisas
que têm em comum as concepções de
aprendizagem socioconstrutivistas, que
consideram o conhecimento como sendo
elaborado pelo sujeito, e não só transmitido pelo
mestre. Entre os principais pensadores estão Lev
Vygostsky (1896-1934) - que mostrou a
importância da interação social e das trocas de
saberes entre as crianças - e Jean Piaget (1896-
1980) - pai da teoria construtivista.
• Nos anos 1980, Emilia Ferreiro e Ana Teberosky,
autoras do livro Psicogênese da Língua Escrita,
apresentaram resultados de suas pesquisas
sobre a alfabetização, mostrando que o aluno
constrói hipóteses sobre a escrita e também
aprende ao reorganizar os dados que têm em sua
mente. Em seguida, as pesquisas de didática da
leitura e escrita produziram conhecimentos
sobre o ensino e a aprendizagem desses
conteúdos.
• Hoje, a tendência propõe que certas atividades
sejam feitas diariamente com os alunos de todos
os anos para desenvolver habilidades leitoras e
escritoras. Entre elas, estão a leitura e escrita
feita pelos próprios estudantes e pelo professor
para a turma (enquanto eles não compreendem
o sistema de escrita), as práticas de comunicação
oral para aprender os gêneros do discurso e as
atividades de análise e reflexão sobre a língua.
• A leitura, coletiva e individualmente, em voz alta
ou baixa, precisa fazer parte do cotidiano na
sala. "O mesmo acontece com a escrita, no
convívio com diferentes gêneros e propostas
diretivas do professor. O propósito maior deve
ser ver a linguagem como uma interação",
explica Francisca Maciel, diretora do Centro de
Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale), em Belo
Horizonte.
• O desenvolvimento da linguagem oral, por sua
vez, apesar de ainda pouco priorizado na escola,
precisa ser trabalhado com exposições sobre um
conteúdo, debates e argumentações, explanação
sobre um tema lido ou leituras de poesias. "O
importante é oferecer oportunidades de fala,
mostrando a adequação da língua a cada
situação social de comunicação oral".
TEA
• O que é o Autismo?
• “O Transtorno do Espectro do Autismo é 
um Transtorno do 
Neurodesenvolvimento e não um 
Transtorno Neurodegenerativo!”
• O TEA é uma condição geral para um grupo de
desordens complexas do desenvolvimento do
cérebro, antes, durante ou logo após o
nascimento. Esses distúrbios se caracterizam
pela dificuldade na comunicação social e
comportamentos repetitivos.
• Embora todas as pessoas com TEA partilhem
essas dificuldades, o seu estado irá afetá-las com
intensidades diferentes. Assim, essas diferenças
podem existir desde o nascimento e serem
óbvias para todos; ou podem ser mais sutis e
tornarem-se mais visíveis ao longo do seu
desenvolvimento.
• O TEA pode ser associado com deficiência
intelectual, dificuldades de coordenação motora
e de atenção e, às vezes, as pessoas com autismo
têm problemas de saúde física, tais como
distúrbios do sono, distúrbios gastrointestinais e
podem apresentar outras condições como
síndrome de deficit de atenção, hiperatividade,
dislexia ou dispraxia. Na adolescência podem
desenvolver ansiedade e depressão. Tais
distúrbios são conhecidos por comorbidades.
• Algumas pessoas com TEA podem ter
dificuldades de aprendizagem em diversos
estágios da vida, desde estudar na escola, até
aprender atividades da vida diária, como, por
exemplo, tomar banho ou preparar a própria
refeição. Algumas pessoas com autismo poderão
ser autônomas, enquanto outras poderão
precisar de apoio especializado ao longo de toda
a vida.
• A pessoa com TEA, não necessariamente precisa
ter déficit cognitivo. Muitos possuem a
capacidade intelectual preservada e uma boa
porcentagem possui sua capacidade cognitiva
acima da média.
• O teste de Q.I (Quoeficiente de Inteligencia),
deve ser aplicado por um profissional capacitado
e com experiência em autismo. O médico,
psiquiatra e neurologista poderão indicar a
equipe certa.
• O autismo é uma condição permanente, a
criança nasce com TEA e torna-se um adulto
com TEA.
Novos Critérios Diagnósticos para 
Transtorno do Espectro do Autismo
• Quando um médico psiquiatra ou neurologista e 
ou equipe multidisciplinar fazem o diagnóstico 
de alguém com Transtorno do Espectro Autista, 
comparam o comportamento do indivíduo com 
os critérios estabelecidos no DSM.
• Se os critérios se encaixam na descrição listadas
no DSM, então o indivíduo pode ser
diagnosticado com o Transtorno do Espectro do
Autismo.
• Atenção, quem assina o diagnóstico é o médico
psiquiatra ou neurologista. No caso de equipe
multidisciplinar a presença de um um desses
profissionais na assinatura do diagnóstico é
obrigatória.
• Critérios para o autismo no DSM-V
• Em maio de 2013, foi lançada a última edição do
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais , o chamado DSM-V, inclui algumas
mudanças significativas para os critérios de
diagnósticos para o autismo.
• Uma delas, é agrupando vários
transtornos anteriormente separados num
grande grupo (como um grande “guarda-chuva”
que agrupava essas especificações) numa única
denominação: Transtorno do Espectro Autista.
• DSM-V
• O que antes (DSM-IV) era uma tríade de sintomas,
se transformou em uma díade e seus sub-grupos,
atendendo a critérios específicos:
• A Díade é composta de:
• Os déficits sociais e de comunicação.
• Comportamentos repetitivos e restritivos.
• Os sintomas devem estar presentes no início da
infância, mas podem não se manifestar
completamente até que as demandas sociais
excedam o limite de suas capacidades.
Conhecendo os Critérios dos dois 
Pilares de Diagnóstico do TEA.
• I. Os déficits sociais e de comunicação.
• A fim de receber um diagnóstico de Transtorno
do Espectro do Autismo, uma pessoa deve ter os
três seguintes déficits, dentro da comunicação e
da comunicação social:
• Problemas de interação social ou emocional
alternativo – Isso pode incluir a dificuldade de
estabelecer conversas e interações, a
incapacidade de iniciar uma interação e
problemas com a atenção compartilhada ou
partilha de emoções e interesses com os outros.
• Problemas para relações – Isso pode envolver
uma completa falta de interesse em outras
pessoas, a dificuldade de se engajar em
atividades sociais apropriadas à idade e
problemas de adaptação a diferentes
expectativas sociais.
• Problemas de comunicação não verbal – o que
pode incluir dificuldade no contato visual,
postura, expressões faciais, tom de voz e gestos,
bem como a dificuldade de entender esses sinais
não verbais de outras pessoas.
II. Comportamentos repetitivos e 
restritivos
• Além disso, o indivíduo deve apresentar pelo
menos dois destes comportamentos:
• Apego extremo a rotinas e padrões e resistência a
mudanças nas rotinas, sinais ritualísticos.
• Fala ou movimentos repetitivos ou estereotipados.
• Interesses intensos e restritivos.
• Dificuldade em integrar informação sensorial ou
forteprocura ou evitar comportamentos de
estímulos sensoriais, caracterizando problemas de
transtornos sensoriais.
• Foi Incorporado o nível de gravidade para os
critérios I e II: Nível de gravidade de 1 a 3
segundo o tipo e apoio que esse indivíduo
necessita. Apoio substancial, muito substancial e
apoio.
• Sendo assim o indivíduo com TEA, passa a ter
três níveis classificatórios: leve, moderado e
grave. Essas classificações dependem de como
os critérios: “A. Os déficits sociais e de
comunicação” e “B. Comportamentos repetitivos
e restritivos”, trabalham entre eles e impactam o
indivíduo.
Dissertando sobre o tema: de 
DSM IV, para DSM-V. Mudanças 
para desordens do espectro
autista.
• Um Transtorno, ao invés de cinco…
• Na 10ª edição da Classificação Estatística
Internacional de Doenças e Problemas Relacionados
à Saúde, da Organização Mundial da Saúde (CID-
10/OMS), e na 4ª edição do Manual Diagnóstico e
Estatístico de Transtornos Mentais (DSM IV–
APA), o grupo dos “Transtornos Invasivos (ou
Globais) do Desenvolvimento” incluem as seguintes
categorias diagnósticas: Autismo infantil, Síndrome
de Asperger, Transtorno Desintegrativo, Autismo
Atípico, Síndrome de Rett.
No DSM-V, esses transtornos não 
existem como diagnósticos distintos.
• Em vez disso, com exceção da síndrome de Rett, 
eles vão ser incluídos no diagnóstico 
de “Transtorno do Espectro do Autismo”. A 
Síndrome de Rett não mais faz parte do TEA.
• De acordo com a Associação Americana de 
Psiquiatria, DSM-V Development Team , os 
padrões para o diagnóstico de transtornos do 
espectro do autismo mudaram por várias razões:
• Embora seja possível distinguir claramente a
diferença entre as pessoas com TEA e aqueles
com o funcionamento neurotípico, é mais difícil
de diagnosticar os subtipos válidos e
consistentes.
• Uma vez que todas as pessoas com transtornos
do espectro autista exibem alguns dos
comportamentos típicos, é melhor redefinir o
diagnóstico por gravidade do que ter um rótulo
completamente separado.
• Um único diagnóstico de TEA reflete melhor a
atual pesquisa sobre a apresentação e patologia
do autismo.
•
• O DSM- IV tinha três critérios principais
para diagnóstico: Desafios de
Linguagem; Déficits sociais; Comportamentos
estereotipados ou repetitivos.
• O DSM-V apresenta os dois
seguintes domínios: um composto por um
domínio relativo a déficit de comunicação social
; um segundo relativo a
comportamentos/interesses restritos e
repetitivos.
• O DSM-V explica que é difícil separar os déficits
de comunicação e os déficits sociais, uma vez
que estas duas áreas se sobrepõem de forma
significativa. A comunicação é frequentemente
utilizada para fins sociais, e os déficits de
comunicação podem afetar drasticamente o
desempenho social.
• Os atrasos de linguagem não fazem parte do
diagnóstico: anteriormente, um atraso de
linguagem foi um fator significativo no
diagnóstico de autismo clássico. Além disso, os
indivíduos com Transtorno de Asperger não
poderiam ter um atraso de linguagem, a fim de
receber esse diagnóstico.
Consideração pertinente
• Geralmente, as classificações se organizam em
torno de categorias dicotômicas. Nesses
sistemas, chamados de categoriais, uma pessoa
ou “tem” ou “não tem” um, transtorno qualquer.
No entanto, as classificações também podem ser
dimensionais.
• Nesse caso, uma pessoa pode apresentar
um problema, uma disfunção ou um grupo de
sintomas em “grau” maior ou menor. Uma
pessoa com um transtorno mental é, antes de
tudo, uma“pessoa” e não um “transtorno”.
• Neste sentido, um indivíduo “com” TEA não “é”
um “autista”. Um rótulo classificatório não é
capaz de captar a totalidade complexa de uma
pessoa, nem, muito menos, a dimensão humana
irredutível desta (Manual de Atendimento a
Família e Pessoa Com TEA- 2015/ SUS).
• “Esse conceito onde o indivíduo não é autista e
sim um indivíduo que sofre as consequências
desse transtorno é um marco no
desenvolvimento social e de tratamento ás
pessoas que têm o diagnóstico de TEA.
• Damos um novo paradigma a essa condição,
pois assim não pensamos o indivíduo de forma
reduzida, mas como alguém que sofre as
consequências de um transtorno.
• Sendo assim passamos a entender que dentro
desse individuo com o transtorno existe uma
pessoa que deseja, que sente, que entende, que
ouve, que cheira, que gosta e que desgosta…
• Dessa forma ao falarmos da pessoa com TEA,
falamos que a pessoa, o individuo têm
“autismo” ou têm “TEA (Transtorno do Espectro
do Autismo) e não mais ele é “autista”- Adriana
Godoy (Autismo Projeto Integrar)”.
Como essas mudanças afetam 
diretamente a pessoa com TEA.
• De acordo com Autism Speaks ,existem algumas
maneiras que essas revisões poderiam afetá-lo:
• A Associação Psiquiátrica Americana ainda não
indicou que aqueles que já tinham o diagnóstico
de TEA será capaz de manter este diagnóstico.
Isto significa que algumas pessoas podem ser
reavaliadas para ver se cumprem os novos
critérios.
• Aqueles com Transtorno de Asperger, podem
querer continuar a usar este rótulo para se
descrever. A comunidade Asperger é bem
estabelecida e mudar o nome pode ser
inconveniente e incômodo. Não está claro se esta
nomenclatura continuará a ser usada
informalmente.
• Os requisitos rigorosos para os sintomas
centrais do TEA podem resultar em menor
número de pessoas diagnosticadas.
• Isto pode afetar especialmente o diagnóstico de
crianças pequenas, que ainda não podem
mostrar todos os sinais de autismo.
• Por tal motivo o risco de desenvolvimento do
TEA deve ser levado em consideração para
crianças menores de três anos. Com observação
criteriosa, avalia-se o risco de TEA a partir dos
dez meses de idade.
• Fontes: 
• Linha De Cuidado Para A Atenção Às 
Pessoas Com Transtornos Do Espectro 
Do Autismo E Suas Famílias Na Rede De 
Atenção Psicossocial Do Sistema Único 
De Saúde (SUS) 
2015: https://autismoprojetointegrar.w
ordpress.com/linha-de-cuidado-para-
atencao-as-pessoas-com-tea-manual-do-
sus
• DSM-V: 
(http://www.dsm5.org/Pages/Default.aspx)
• Autismo e 
Realidade: http://autismoerealidade.org/inf
orme-se/sobre-o-autismo/o-que-e-autismo/
• Blog: Espaço Autista. Adaptação: 
http://autism.lovetoknow.com/diagnosing-
autism/criteria-autism-dsm-v e Grupo 
Asperger Brasil.
Julho de 2009 – Revista Nova escola
Como Matheus controlou o tamanho 
da letra 
Ferdinando Casagrande 
• Não foram poucos os desafios enfrentados pela
professora Hellen Beatriz Custódio Figueiredo
no primeiro ano do aluno Matheus Santana da
Silva na EMEF Coronel Helio Franco Chávez, em
São Paulo.
• Depois de descobrir que o menino com autismo
já sabia ler e de estimulá-lo a se comunicar,
Hellen criou uma estratégia para ajudá-lo a
controlar o tamanho da letra e escrever no
espaço de duas linhas do caderno comum. A
ideia surgiu a partir de um recurso que ela
costumava usar no Ensino Infantil.
• Enquanto Hellen usava uma parte do quadro
negro, Matheus era estimulado a escrever na
outra. Aos poucos, ela foi desafiando o aluno a
reduzir cada vez mais o seu espaço que usava
para escrever. "Eu colei um papel pardo na lousa
e disse que só escrevendo ali ele poderia levar as
anotações para casa e mostrar aos pais.
• Então, passei a colar o papel pardo na carteira e
fui substituindo os papéis para sulfite A3,
caderno de desenho, caderno de desenho com
pauta e, assim por diante, até chegar ao caderno
brochura", lembra a professora.
• É claro que alguns colegas quiseram ter a mesma
oportunidade. "Eu deixava, uma vez ou outra, os
estudantes participarem dessa experiência, mas
todos sabiam que o Matheus precisava disso
mais do que eles. Sempre joguei aberto com a
classe", destaca a professora.• Essa conversa fez toda a diferença, garante a
psicopedagoga Daniela Alonso, selecionadora do
Prêmio Victor Civita – Educador Nota 10. "Ao
fazermos concessões desnecessárias, que não são
necessidades, criamos privilégios. Por outro
lado, ao atendermos com fundamento as
necessidades de educação especial - como neste
caso - todos as reconhecem e se beneficiam",
explica Daniela.
Imagens de materiais pedagogicos
para autismo

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