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A construção imperativista das normas permissivas

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A construção imperativista das normas permissivas
Após ser enunciada a concepção do direito como comando, O positivismo jurídico teve que responder a algumas críticas dos seus adversários. A primeira tentativa de responder uma dessas críticas é esclarecer o significado da afirmação: ‘’O direito é um conjunto de imperativos’’. Diante dessa afirmação a crítica vai dizer que a teoria imperativista não é exata, pois no direito se encontram, ao lados das normas imperativas , também normas permissivas. 
Bobbio vai falar que essa critica é de fácil superacao. Que mesmo as normas permissivas se dá de uma construção das normas imperativas. 
A expressão ‘’normas permissivas’’ possuem dois significados diferentes:
Em sentido próprio as normas permissivas remetem a uma faculdade, uma possibilidade natural de fazer algo.
E as normas permissivas atributivas que confere um poder. 
O que difere as normas permissivas das atributivas é o significado diferente da palavra PODER: Nas normas permissivas em sentido proprio, poder significa ser lícito, justo, permitido. Já nas normas atributivas significa deter o poder. 
Exemplo de normas permissivas em sentido próprio: artigo 47 do código civil
‘’pode-se escolher domicilio especial para determinados atos ou negócios’’
Artigo 65 do código civil
Tornada exequível a sentença que declara a morte presumida , o conjugue pode contrair novo matrimônio.
As normas permissivas não são autônomas, ocorrem quando se quer negar ou limitar um imperativo já estabelecido. 
 Assim, a norma que consente em contrair um novo matrimonio depois de ser declarada a morte presumida do conjugue foi estabelecida porque já existe uma outra norma que veta novas núpcias com o conjugue vivo. 
Não é necessário normas jurídicas para atribuir permissões de ter ou não ter determinado comportamento uma vez que os ordenamentos jurídicos se baseiam no postulado: É permitido tudo que não é vetado. As normas permissivas permitem algo que um dia já proibido pelos normas imperativas.
Por exemplo: a norma que consente em contrair um novo matrimonio depois de ser declarada a morte presumida do conjugue, foi estabelecida porque já existia um outra norma que vetava novas núpcias com o conjugue vivo. 
Nas normas permissivas encontraremos a faculdade, que é oposta ao dever encontrado nas normas imperativas. 
Normas atributivas: enquanto que nas normas permissivas nos encontramos a faculdade, que é oposta ao dever, nas normas permissivas atributivas encontramos o Poder, que se relaciona sempre com o dever.
A norma atributiva confere um puder a um sujeito, mas esse poder implica necessariamente o dever de um outro sujeito. Por exemplo enquanto o credor tem o poder de exigir o pagamento da soma emprestada, o devedor tem o dever de restituir tal soma. Se a norma atribui um dever a um sujeito, ela atribui também um poder a outro sujeito.

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