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O design do designer: a gestão de marca pessoal como ferramenta estratégica

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O design do designer: a gestão de marca pessoal como ferramenta estratégica[1]
Pedro Corrêa[2]
Sheila da Costa OLIVEIRA[3]
 
RESUMO
Com foco no tema gestão de marcas pessoais, o presente artigo tem a premissa de saber se é possivel gerenciar marca pessoal do designer, buscando sua visibilidade, com o objetivo de orientar profissionais da área a gerenciar sua marca pessoal, utilizando a revisão bibliográfica e o estudo de caso como metodoligia. Tendo como referência identidades visuais de designers brasileiros com cases de sucesso, pretende-se compreender como o posicionamento de marca pode influenciar na decisão de contratação por parte de clientes, produtoras, agências, entre outros, apontando a importância de se criar uma identidade bem estruturada e como isso pode gerar rentabilidade nos meios de negócio. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Design gráfico; branding; personal branding; identidade visual; tipografia; portfólio; recall.
ABSTRACT
Focusing on the topic of personal branding management , this article is the premise of whether it is possible to manage personal brand designer , seeking visibility with the goal of guiding professionals to manage your personal brand , using a literature review and the case study as metodoligia . Taking as reference the visual identities of Brazilian designers with success stories , we intend to understand how brand positioning may influence the hiring decision on the part of customers , producers , agencies , among others , pointing out the importance of creating a well-structured identity and how it can generate profitability in the media business.
KEYWORDS : Graphic Design; branding; personal branding; visual identity; typography; portfolio ; recall.
[1: [1] Trabalho apresentado na disciplina de Metodologia de pesquisa no curso de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda[2] Graduando em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda da Universidade Católica de Brasília (UCB). Email: flainbow@gmail.com[3] Doutora em Informática e Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2007) e professora do Curso de Comunicação Social.]
INTRODUÇÃO
Com foco no tema gestão de marcas pessoais, o presente artigo tem a premissa de saber se é possivel gerenciar marca pessoal do designer, buscando sua visibilidade, com o objetivo de orientar profissionais da área a gerenciar sua marca pessoal, utilizando a revisão bibliográfica com autores especializados em personal branding e marketing. O estudo deste tema possui um grande apelo mercadologico, uma vez que o assunto reflete na vida profissional do designer, tanto no seu modo de produção quanto na sua própria exposição. O designer Fabio Sasso, diretor do site Abduzeedo.com, será o designer analisado.
Tendo em vista a crescente demanda de profissionais freelancers e empreendedores no ramo do design gráfico brasileiro e o mercado se tornando cada vez mais competitivo, surge a necessidade de diferenciação dos profissionais. Segundo pesquisas, no Brasil formam-se cerca de 13.440 profissionais por ano, segundo estimativa, e na China, formam-se 1 milhão de designers (tanto gráfico quanto produto) neste mesmo período [1].
Um bom serviço prestado, capacidade de negociação de preços e prazos tornam-se a marca registrada de um bom profissional, porém existe a necessidade de um diferencial competitivo, que faça com que o rabalho seja mais bem cotado na hora da contratação.
Como e onde o profissional pode buscar estas informações? Estudos recentes de marketing, branding, tipografia, gestão, identidade visual, semiótica e até comportamento do consumidor podem contribuir como ferramentas para alavancar os negócios, bem como empresas especializadas em consultoria pessoal ou empresarial, o profissional de design gráfico precisa ser visto como uma empresa já que presta serviços, emite Notas Fiscais, cumpre prazos e assina contratos.
A elaboração de um portifólio e a correta exposição em redes sociais como o behance[2], pinterest[3], linkedin[4] ou até o facebook[5] e técnicas comportamentais contam como catalizador para aprimorar uma marca pessoal.
[2: [1] http://design.com.br/uma-analise-da-quantidade-de-faculdades-de-design-no-brasil/[2] Behance é uma das maiores redes sociais com estrutura para portifólios profissionais.[3] Pinterest é uma rede social de compartilhamento de fotos. Disponível em: http://pinterest.com/[4] LinkedIn é uma rede de negócios. Disponível em: http://br.linkedin.com/[5] Facebook é um site e serviço de rede social . Disponível em ]
Dessa forma, a pesquisa proposta pretende compreender como uma identidade visual concisa e bem elaborada pode ajudar designers a alavancar seu modelo de negociação, já que os clientes (atuais consumidores dos serviços de design), também enxergam o designer com uma corporação.
Portanto, o tema apresentado será objeto de análise e críticas no presente e no futuro próximo, principalmente no âmbito midiático e publicitário.
1. A marca pessoal e sua aplicação na vida profissional do designer
A história de uma marca é construída através do comportamento de uma empresa, não somente dos produtos que ela desenvolve. O valor está em mostrar o diferencial através das formas de contato com o cliente. Isso vale tanto para empresas quanto para pessoas, que desenvolvem o sua marca pessoal. O conceito de marca pessoal, ou “a marca você”, foi desenvolvida por Tom Peters na década de 90 e se aperfeiçoou até este fundamento: personal branding. A gestão de marca pessoal, ou personal branding é quando o indivíduo é fabricante do próprio produto, cuidando do grau de atração da marca pessoal (BENDER, 2009), esta lógica também é aplicada a vida do profissional de design.
“O Design gráfico parte de um pressuposto de um processo técnico e criativo que utiliza imagens e textos para comunicar mensagens, ideias e conceitos, com objetivos comerciais ou de cunho social.” (ADG – Associação dos Designers Gráficos do Brasil), e designer é todo aquele indivíduo que planeja ou concebe um projeto ou modelo (MICHAELLIS).
Para que uma marca pessoal faça sucesso o profissional precisa ser visto e tratado como uma empresa, tanto em seus processos burocráticos como em suas obrigações legais. É isso que defende o conceito de Personal Branding, que tem a metodologia de clarificar e transmitir o diferencial e os atributos de um profissional de design.
1.1 Marca
O que é uma marca?
Um produto com um nome, um logo registrado, uma embalagem, uma página na internet, e uma série de recursos visuais que identificam aquela marca, por mais que tenha aspectos que a qualifique intuitivamente como marca, a marca em sí não existe de fato.
Segundo HOLT (2005), “uma marca surge quando vários “autores” contam histórias a respeito delas”, ou seja, uma marca é construída através da percepção de agentes externos. Estes agentes podem ser classificados como: empresas, indústrias culturais, intermediários (críticos e varejistas) e os consumidores (principalmente quando formam comunidades).
Marcas, mais especificamente as corporativas, são um forte sinal de identificação do profissional, em junção a identidade pessoal, o que acentua a importância e a atenção atribuida a elas. (TROIANO, 2009).
1.2 Marca Pessoal
	O designer como profissional é uma marca que precisa ser comprada antes que perca a validade. O nome é uma marca que precisa de visibilidade, diferenciais e precisa ser percebida com valor. É necessário que o nome represente alguma coisa na vida dos prospects (potenciais clientes) no mecado profissional (BENDER, 2009).
A forma de ser, de se vestir, as competências, os valores tal como se é visto pela sociedade, tudo isso agrega valor a marca pessoal, como a comunidade ao redor vê a empresa é o que está em jogo nesce conceito. Estas características acarretam grande influência na vida profissional e nas relações interpessoais (BENDER, 2009).
Uma marca surge como representação de uma série de símbolos sobre um produto, serviço, empresas, comunidades e pessoas e informar qual a “promessa”deste produto e seu diferencial é o objetivo da comunicação empresarial (AAKER, 2000).
O profissional de design não foge a regra, por ser um prestador de serviço que, por certas vezes, vai estar atendendo clientes em diversos locais, a maneira de se comportar perante estas situações cria a percepção dos clientes sobre o seu trabalho e sobre a marca (BENDER, 2009).
Ao abordar o conceito de marca pessoal surge o conceito de venda pessoal, OGDEN e CRESCITELLI (2007) apontam qu venda pessoal envolve a comunicação individualizada uma vez que tenta-se persuadir o cliente a comprar o seu serviço. A principal desvantagem da venda pessoal passa a ser o seu alto custo absoluto por contato, uma vez que a propaganda envia uma proposta para um grande número de possíveis compradores, a venda pessoal precisa ser feita uma de cada vez.
Como se dá esta prática na vida do designer? Algumas técnicas e estratégias podem ser levadas em consideração: ter um site pessoal falando sobre você, contando sua história e mostrando o seu trabalho, dar entrevistas a revistas, blogs e videologs especializados no assunto, dar aulas online gratuitamente e utilizar as mídias sociais a seu favor (OGDEN e CRESCITELLI, 2007). 
Foi o que fez o designer Fábio Sasso, designer brasileiro que hoje trabalha como designer sênior no Google, com sede na Califórnia. Fábio Sasso começou o seu sucesso com o site abduzeedo.com, site criado após ele ter sofrido um assalto e perdido todos os arquivos de sua empresa. Ao sentir a necessidade de guardar as suas referências visuais em um local onde o risco de ser roubado novamente era mínimo, optou por criar um blog e compartilhar um pouco das suas referências visuais, isso o deu grande visibilidade a ponto de ser convidado pela Google para se tornar um de seus designers. Para ser “encontrado” o designer contou com a ajuda das mídias sociais, trabalhos expostos nas redes sociais behance.com, dribble.com, deviantart.com, e perfis sociais criados no facebook e twitter.
2.0 A Identidade Bem elaborada
Como criar uma identidade que possa dar subsídio para se transformar em uma marca de sucesso? Dentre outros fatores autores como HIAM (2010), apontam alternativas como conectar ideias e conceitos, segmentar o mercado, se capacitar profissionalmente e desenvolver um trabalho de branding.
Para que uma empresa tenha nome e transmita uma mensagem, deve-se primeiro conhecer muito bem o tipo de serviço que se presta e, para isso, seguir alguns passos no processo e na criação. 
Conectar ideias e conceitos
Segundo Alex F. Osborn, brainstroming é “uma ferramenta para geração de novas ideias, conceitos e soluções para qualquer assunto ou tópico num ambiente livre de críticas e de restrições à imaginação”. Também conhecido como tempestade de ideias, o brainstorming é primordial para estruturar a linha e raciocínio de um projeto desta envergadura. Está é uma prática muito comum em publicidade e criação. A ideia é pensar em expressões que expressem o que você quer que sua marca tenha, isso vale para características comportamentais também.
Segmente o mercado
A segmentação de produtos e serviços geralmente é realizada segundo parâmetros socioeconômicos ou demográficos: patrimônios e rendimentos, educação profissão, idade sexo, etc. Porém, quando o aspecto serviço aumenta outros critérios tomam frente: A localização, a ocasião e a fidelidade (TÉBOU, 1999).
Organizações que oferecem serviços a mercados admitem que não atraem todos os compradores deste mercado. Compradores ou contratantes são muito numerosos, espalhados e muito diversificados quanto às necessidades de consumo. Diversas organizações prestadoras de serviço também diferem na sua capacidade de atender vários segmentos do mercado (KOTTLER, 2002)
Capacitação profissional
Investir na vida profissional é um diferencial, este investimento não precisa necessariamente ser um investimento financeiro, na maioria das vezes são atitudes práticas (BENDER, 2009). Capacitar-se, muitas vezes, significa montar um plano de ensino com temas da área e desenvolver um curso para amigos e interessados.
Desenvolver um bom trabalho de branding
AAKER (2000) aponta que ter a percepção das reais necessidades de um cliente é o que define um bom trabalho de branding. Segundo Sangiovanni (2011) para compreender como isso funciona pode-se usar a metodologia de análise de cases mercadológicos, analisando como as corporações se comportam frente os desafios. A dificuldade está em encontrar estes casos, pois dificilmente estão disponíveis para o usuário comum. Geralmente se encontram dados sucintos, sem muitas características das estratégias utilizadas para se alcançar determinados objetivos.
Para se desenvolver uma boa identidade deve-se pensar que isso leva tempo e investimento. Uma marca é um conjunto de fatores que devem ser pensados estruturados e balanceados, focando não só na estética, mas com a função em si, levando em consideração a ergonomia visual e aplicações planas e não planas.
	Troiano (2009, p. 115) entende que:
O conjunto de estímulos que identifica e dá uniqueness a uma marca não é só uma aglomeração estetizada para que a marca fique bonita. É uma mensagem organizada, segundo uma gramática própria, que, quando controlada profissionalmente, ajuda a construir marcas vencedoras.
Uma marca bem elaborada pode induzir determinadas pessoas a comprarem certos produtos somente pela marca e pelo seu forte apelo. Isso vale para o serviço prestado pelo designer, os clientes em potencial, agências de publicidade, produtora, escritórios de design, entre outros, veem o designer como um produto que precisa trazer confiança, responsabilidade e, principalmente, competência.
					
2.1 A marca e o reflexo do mercado.
 Segundo GUERINGER (2012) “Networking é uma palavra em inglês que indica a capacidade de estabelecer uma rede de contatos ou uma conexão com algo ou com alguém”. Para o designer, a rede de contatos é um dos principais catalizadores de novos contratos, a indicação é bastante utilizada neste ramo. Criar uma estrutura de contato com o cliente e estar pronto a atendê-lo sempre que este entrar em contato.
Segundo BASTA et al. (2006) o processo de decisão de compra passa por quatro etapas, Reconhecimento do problema, Busca de informações, avaliação das alternativas e finalmente a decisão de compra. Isso também serve para o processo de decisão de compra dos serviços de design uma vez que reconhecer o problema, trata-se de identificar uma demanda, buscar informações trata-se de captar possíveis designers que resolverão o problema, avaliar alternativas trata-se de selecionar as melhores opções e, por fim, decisão de compra que seria a contratação.
KOTTLER (2002) afirma que "Se você criar um caso de amor com seus clientes, eles próprios farão sua publicidade.", criar um vínculo com o cliente que transmita responsabilidade e comprometimento se torna um dos diferenciais para o designer e isso pode se tornar o catalizador de novas contratações.
Após consolidar a segmentação do mercado deve-se adotar as estratégias de posicionamento adequadas a esses segmentos, o primeiro passo é considerar os tipos de estratégias de posicionamento, tais como o posicionamento por atributos ou benefícios, posicionamento por aplicação ou utilização, posicionamento por usuário, posicionamento por concorrente, posicionamento por categoria de produtos ou serviços e posicionamento por qualidade ou preço (BASTA et al. 2006).
3.0 Mídias Sociais como ferramenta de gestão
	O acesso à tecnologia da informação está alterando a maneira das pessoas comprarem e também a maneira de como os bens são vendidos. Essa revolução focada na informação tem impacto direto sobre a globalização dos mercados e levou a consideráveis mudanças na organização dos negócios (KOTLER, 2002)
A identidade na web é um conjunto de aparições em seus meios, como sites e páginas pessoas e a aparição no site de outras pessoas, incluindo sites de buscas que podem listar nomes como os mais visitados ou clicadosem blogs, banners, entre outros. Assim como é feito no gerenciamento de marcas no mundo real, a gestão de marcas no mundo virtual é importante e precisa ser feita de forma clara e consistente (HIAM, 2010).
A internet é um dos principais meios para se colher informações sobre serviços e produtos, isso significa que se o designer não apresentar um perfil online com um portfolio bem estruturado e recursos que facilitem a sua localização, hávchances do contrato não ser efetuado. Oferecer uma identidade visual unificada na web é uma estratégia de sucesso para quem quer ser encontrado com facilidade e agilidade.
Em entrevista para o site abcdesign.com.br, o designer de Porto Alegre Fábio Sasso aponta que percebeu que tudo o que o inspirava poderia ser fonte de inspiração para outros designers, e isso o levou a um sucesso estrondoso. Seu blog foi citado em 2009 pelo site helenoalmedia.com em 7º lugar como indicação de leitura e isso alavancou a sua visibilidade. Hoje, Fábio Sasso é designer sênior da Google e comenta que o projeto deste blog mudou sua vida para melhor.
4.0 O portfólio como estratégia competitiva
Podem-se citar cinco tipos de portfólio: Portfólio de estudante, profissional, de design gráfico, de ilustração, interdisciplinar. É ele quem identifica o potencial do profissional de design quando não se está presente, é o cartão de visita e a história profissional compactada (TAYLOR, 2013).
Designers criam tendências no ramo da criação visual, e as apresentam em seus portfólios, que se torna fonte de inspiração para outros designers. Um trabalho bem estruturado pode ser a referência certa para contratação, segundo TAYLOR (2013), um bom portfólio de vendas alavanca o processo de contratação, uma vez que serve de referencial para o consumidor final. por isso não deixe de estruturar bem o seu trabalho nem deixe de divulgá-lo para as pessoas corretas.		
Analisando a estratégia utilizada pelo designer Fábio Sasso pode-se apontar quatro pontos chave em seu método de divulgação do próprio trabalho, entre eles: criar imagens que podem se tornar referência para outros designers, criar tutoriais explicando o processo criativo, disponibilizar a arte online para download para outros profissionais utilizarem e vincular a marca com a de outros artistas conceituados.
Criar imagens que podem se tornar referência para outros designers
Desenvolver um fluxo de postagens na web otimiza as visualizações nos mecanismos de pesquisa web. Segundo MARTIN (2013), o conceito básico de otimização para mecanismos de pesquisa inclui desenvolver um conteúdo bom e fácil de encontrar.
 Cartaz Abduzeedo[3: Fonte: http://abduzeedo.com/impossible-abdz-illustrator]
Disponibilizar tutoriais explicando o processo criativo
A fonte de informação sempre será visitada com mais frequência. Segundo BELUZZO, fontes de informação são meios utilizados para resolver problemas informacionais estabelecidos pela capacidade de converter as necessidades em praticidade por meio de várias formas de conhecimento.
 Tutorial: Create mile-high type art[4: Fonte: http://www.digitalartsonline.co.uk/tutorials/photoshop/create-mile-high-type-art/]
Disponibilizar arquivos de trabalhos desenvolvidos para download
Disponibilizar para download a arte com os arquivos editáveis pode ser considerada uma tática de marketing promocional, o mesmo um brinde. Construir uma ligação direta entre a identidade visual, o brinde e o mercado focando na necessidade do brinde proporcionar necessidades de uso para as pessoas, desta forma a marca estará presente por um período muito maior nas mãos das pessoas. (MEIRA, 2011). Disponibilizar estes brindes, também conhecidos como mockups para outros designers pode fazer com que sua arte esteja em vários lugares.
O mercado cada vez mais competitivo e com prazos mais apertados surge como oportunidade para o uso de mockups para apresentaçõs e grandes projetos. Sites como videhive.com e envato.com surgem como indústrias responsáveis por desenvolver este tipo de material.
 Mockup para cartaz, Abduzeedo[5: Fonte: http://abduzeedo.com/tags/daily-inspiration]
Vincule sempre sua marca a artistas conceituados
Vincular os projetos a trabalhos de designers do mundo inteiro, seguindo as tendências de produção. O designer em questão, Fábio Sasso, desenvolveu um livro impresso com referências visuais de designers do mundo inteiro.
 Livro Abduzeedo, guia de referência para designers[6: Fonte: http://abduzeedo.com.br/chegou-o-abduzeedo-guia-de-inspiração-para-designers-em-português]
					
Estar sempre por perto
As empresas começam a reconhecer o potencial do marketing digital na geração de Branding de seus produtos e serviços. Com o crescimento acentuado desse canal nos últimos anos, é imprescindível possuir um meio de comunicação entre a empresa e seus potenciais clientes, o que definitivamente aumenta significativamente o mercado de atuação e mais ainda quando se trata de um produto existente e que precisa de marketing para promoções e/ou novos lançamentos.
O designer precisa relembrar aos seus clientes que ele está na ativa, seja por meio de atualizações em mídias sociais, e-mail marketing, novos projetos elaborados, ou até mesmo uma ligação para saber se estão precisando de algo, afinal, uma ligação ainda é um dos meios mais confiáveis por se tratar de um contato direto que gera proximidade com seu cliente. 
CONCLUSÃO
Conclui-se que utilizar o personal branding na vida profissional de design pode gerar uma marca bem aceita no mercado, as técnicas de gestão de marca auxiliam no processo de construção de uma marca pessoal bem estruturada a fim de se criar uma base sólida com o foco central na prospecção no mercado. 
Utilizar a marca pessoal como catalizador de novos clientes pode ser um desafio, uma vez que existem uma série de fatores relacionados a marca que nem sempre podem ser desenvolvidos pelo proprietário da mesma, apenas direcionados estrategicamente a fim de se transmitir uma mensagem clara e concisa ao cliente. Para que isso tudo aconteça é necessário que se conheça bem o ramo que está e que tipo de serviço se está prestando.
 	A quantidade de profissionais no mercado é assustadora e aumenta a cada ano, porém muitos deles ainda são iniciantes e tem um grande déficit operacional. Criar um diferencial competitivo frente a “concorrência” se torna quase que obrigatório para quem quer vencer no mercado.
	Para quem já está no mercado, manter-se sempre atualizado analisando as tendências e oscilações do mercado e fazer análises de mercado, o designer precisa estar atento as variações da economia do país. Trocas de governo ou de gestão, por exemplo, são fatores que alteram o quadro econômico nacional, de corporações e, consequentemente, dos profissionais de design.
	Pode-se perceber, com esses estudos, que a gestão de marca pessoal tem suma importância para a captação e fidelização de novos clientes para o designer, uma vez que se compreende que as estratégias utilizadas por grandes corporações também tem aplicabilidade para a vida do designer. 
Referencias
AAKER, David A.; JOACHIMSTHALER, Erich. Como construir marcas líderes. 2. ed. São Paulo: Futura, 2000.
BASTA, Darci; SÁ, Luís Carlos Seixas de; MARCHESINI, Fernando Roberto de Andrade. Fundamentos de Marketing. 7. ed. Rio de Janeiro: Fgv Editora, 2006.
BELLUZO, Célia Regina Baptista. Novas Condutas de Gestão em serviços de Informação. São Paulo: USP/SIBi, 2003.Disponível em: . Acesso em: 10 de outubro de 2006.
HIAM, Alexander. Marketing para Leigos. 3. ed. Rio de Janeiro: Alta Books Editora, 2010.
HOLT, Douglas B. Como as marcas se tornam ícones: os princípios do branding cultural. São Paulo: Cultrix, 2005.
JAMES, T. (1999). A era dos serviços (1 ed., Vol. 1, pág. 54-54). Rio de Janeiro, Rio de Janeiro: Qualitymark.
KOTLER, P. (2002). Marketing de Serviços Profissionais (2 ed., Vol., pág. 207-207). Baruerí, São Paulo: Manole.
MARTIN, James A. Ferramentas de SEO: 20 ferramentas de SEOpara melhorar a audiência de seu site. 2013. Disponível em: <http://idgnow.com.br/internet/2013/02/21/veja-20-ferramentas-de-seo-para-melhorar-a-audiencia-de-seu-site/>. Acesso em: 21 fev. 2013.
MEIRA, Marco Antônio. O Poder mágico dos incentivos das amostra, promoções e brindes. Disponível:http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/marketing-promocional-o-poder-magico-dos-incentivos-das-amostras-promocoes-e-brindes/53881/ Acessado em: 17.11.14
OGDEN, James R.; CRESCITELLI, Edson. Comunicação Integrada de Marketing: Conceitos, técnicas e práticas. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
Sangiovanni, C. (2011, 11). Estudo de Caso: Daniele Curtis Assessoria de Imprensa. Chocoladesign. Retirado 10, 2014, de ttp://chocoladesign.com/estudo-de-case-daniele-curtis-assessoria-de-imprensa
STOLARSKI, André. Alexandre Wollner - E a Formação do Design Moderno no Brasil. São Paulo: Cosac Naify, 1998.
TROIANO, Jaime. As marcas no divã: uma análise de consumidores e criação de valor. São Paulo: Globo, 2009.
 (2014, 10). Best Global Brands 2014. Mundo das Marcas. Retirado 10, 2014, de http://mundodasmarcas.blogspot.com.br/2014/10/best-global-brands-2014.html

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