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Teoria Neoanalítica de JUNG

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SDE0916 – PSICOLOGIA DA PERSONALIDADE
Aula 4: A psicologia analítica de C. G. Jung
1
Conteúdo desta aula
A PSICOLOGIA ANALÍTICA 
DE C. G. JUNG
1
OS ARQUÉTIPOS
2
O INCONSCIENTE INDIVIDUAL 
X 
O INCONSCIENTE COLETIVO
3
OS TIPOS PSICOLÓGICOS
4
PRÓXIMOS 
PASSOS
Psicologia da Personalidade
AULA 4: A PSICOLOGIA ANALÍTICA DE C. G. JUNG
Dados biográficos de Carl Jung
Carl Gustav Jung nasceu na Suíça em 1875, formou-se em psiquiatria e desenvolveu uma técnica de associação de palavras para revelar os complexos emocionais de seus pacientes.
Acolheu, com entusiasmo, a obra psicanalítica de Freud e a defendeu, apesar de suas controvérsias.
Discordâncias intelectuais fizeram com que ele rompesse seu relacionamento com Freud.
Jung achava que Freud enfatizava excessivamente o papel da sexualidade e subestimava o potencial do inconsciente para contribuir de forma positiva para o crescimento psicológico.
Fonte: http://www.memo.fr/en/dossier.aspx?ID=343
Psicologia da Personalidade
AULA 4: A PSICOLOGIA ANALÍTICA DE C. G. JUNG
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A psicologia analítica de Jung
Jung apresentava grande interesse pelos fenômenos místicos. Dando continuidade a explorações subjetivas do inconsciente, ele realizou estudos sobre alquimia e esoterismo.
Relatou várias experiências pessoais de fenômenos parapsicológicos que compreendia como manifestações de um inconsciente coletivo, mais amplo e transpessoal.
Fonte: http://jungutah.com/mandalas-symbols-of-the-self/
Psicologia da Personalidade
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CONSCIENTE:
Jung via o ego como o centro da consciência, mas não como o núcleo da personalidade.
Em uma pessoa psicologicamente saudável, o ego assume uma posição secundária em relação ao self inconsciente.
INCONSCIENTE PESSOAL:
Abrange todas as experiências reprimidas, esquecidas ou subliminarmente percebidas pelo indivíduo.
Formado por nossas experiências individuais e é, dessa forma, exclusivo para cada um de nós.
Os conteúdos do inconsciente pessoal são chamados de complexos.
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INCONSCIENTE PESSOAL:
Um complexo é um aglomerado de ideias associadas e que representam uma carga emocional.
Os complexos são essencialmente pessoais, mas também podem derivar, em parte, da experiência coletiva da humanidade.
Portanto, os complexos podem ser parcialmente conscientes e derivar tanto do inconsciente pessoal quanto do inconsciente coletivo.
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INCONSCIENTE COLETIVO:
Possui raízes no passado ancestral de todas as espécies, ou seja, os conteúdos físicos do inconsciente coletivo são herdados e passados de uma geração para a próxima como um potencial psíquico.
Desse modo, os conteúdos do inconsciente coletivo são mais ou menos os mesmos para as pessoas de todas as culturas
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INCONSCIENTE COLETIVO
O inconsciente coletivo não se refere as ideias herdadas, mas, em vez disso, à tendência humana inata para reagir de determinada forma sempre que suas experiências estimulam uma tendência à reação biologicamente herdada. 
Exemplo: Uma jovem mãe pode reagir de modo inesperado com amor ou afeto por seu filho recém-nascido, ainda que tenha tido sentimentos anteriores negativos ou neutros em relação ao feto.
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INCONSCIENTE COLETIVO
Amor à primeira vista
Jung sugeria que o inconsciente coletivo do homem continha impressões biológicas de mulheres e, que essas impressões foram ativadas quando o homem viu sua amada pela primeira vez.
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ARQUÉTIPOS
São imagens antigas ou arcaicas que derivam do inconsciente coletivo.
Funciona como correspondente psíquico do instinto. Tanto os arquétipos quanto os instintos são inconscientemente determinados, e ambos ajudam a moldar a personalidade.
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ARQUÉTIPOS 
Os arquétipos tem base biológica, mas são produzidos pelas experiências repetidas dos antigos ancestrais humanos.
O próprio arquétipo não pode ser representado diretamente, mas quando ativado ele se expressa em diversos modos, essencialmente por sonhos, fantasias e alucinações.
Certos sonhos produziam motivos que não poderiam ser conhecidos por quem sonha pela experiência individual. 
Ex 2(alucinações de psicóticos)
Diferenças entre Freud (herança filogenética) e Jung:
Freud olhava primeiro para o inconsciente pessoal e Jung enfatizava principalmente o inconsciente coletivo e utilizava as experiências individuais para delinear a personalidade total.
Para Jung o inconsciente coletivo era dotado de forças autônomas , chamadas de arquétipos, cada uma com vida e personalidade próprias.
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ARQUÉTIPOS
Embora um grande número de arquétipos existia como imagens vagas, alguns poucos se desenvolveram a ponto de poder ser conceituados.
Os mais notáveis dentre eles incluem:
PERSONA
A SOMBRA
ANIMA
ANIMUS
O grande mãe, o velho sábio, o herói e o self
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A persona
A persona é o aspecto da realidade que se adapta ao mundo. É o lado da personalidade que as pessoas mostram para o mundo.
Reflete os papéis que desempenhamos na sociedade.
Esforçamo-nos para nos comportar de forma a obter uma imagem social positiva, enfatizando aspectos valorizados e ignorando o resto.
Entretanto, esses esforços são bem-sucedidos apenas temporariamente.
A persona normalmente está bem estabelecida nos adultos jovens.
Fonte: http://www.psicosmica.com/2015/01/principais-arquetipos-jung.html
Não devemos confundir nossa face pública com nosso self completo. Se nos identificarmos muito intimamente com nossa persona, permaneceremos inconscientes da nossa individualidade e estaremos impedidos de alcançar a auto realização.
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A sombra
Aspectos da psique que são removidos da consciência pelo ego, por serem incompatíveis com a concepção que a pessoa tem de si mesmo.
Impulsos sexuais e agressivos inaceitáveis são característicos da sombra.
Fonte: http://www.psicosmica.com/2015/01/principais-arquetipos-jung.html
É o arquétipo da escuridão e da repressão, representa aquelas qualidades que não desejamos reconhecer, que tentamos esconder de nós mesmos e dos outros.
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A sombra
A sombra faz a mediação entre a consciência e o inconsciente e pode ser considerado o porteiro do inconsciente.
A emergência da sombra do inconsciente produz a experiência do conflito moral.
Quando a pessoa chega a um acordo com o inconsciente e reconhece que ele tem contribuições positivas a dar para a personalidade como um todo, esta experiência muda.
Conhecer nossa sombra seria nosso primeiro teste de coragem. É mais fácil projetar o lado escuro de nossa personalidade nos outros.
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Anima 
Como Freud, Jung acreditava que todos os humanos são psicologicamente bissexuais e que possuem tanto um lado masculino quanto um lado feminino.
O lado feminino dos homens tem origem no inconsciente coletivo como um arquétipo, e permanece extremamente resistente a consciência.
A Anima seria as qualidades femininas reprimidas em um homem.
Um homem está especialmente inclinado a projetar sua anima em sua esposa ou amante e vê-la não como é na realidade, mas como seus inconscientes coletivo e pessoal a determinaram.
Para dominar as projeções da anima, os homens devem superar barreiras intelectuais, mergulhar nos mais profundos recessos do inconsciente e perceber o lado feminino desua personalidade.
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Animus
Qualidades masculinas reprimidas em uma mulher.
Enquanto a anima representa os humores e os sentimentos irracionais, o animus é o símbolo do pensamento e do raciocínio.
O animus ou a anima inconscientes são projetados nas pessoas do sexo oposto que despertam várias emoções, dependendo da atitude que se tem em relação ao próprio animus ou anima inconscientes.
Como a anima, o animus aparece em sonhos, visões e fantasias em uma forma personificada.
Uma das mais comuns, e potencialmente saudáveis, instâncias de projeção do animus ou da anima é a experiência de apaixonar-se.
Em todo relacionamento homem-mulher, a mulher arrisca-se a projetar sobre o homem desavisado as experiências de seus ancestrais distantes como pais, irmão, amantes e filhos. 
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O amor
Apaixonar-se é uma promessa de restauração da peça faltante da psique que foi deixada para trás no inconsciente quando a personalidade consciente se desenvolveu.
Essa experiência está fora do planejamento realista e consciente do ego e, nesse sentido, é irracional.
Os amantes se sentem psicologicamente completos na companhia um do outro.
Junto ao amante, sente-se a companhia do animus ao anima ainda não conscientemente desenvolvido.
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Grande Mãe:
Derivado da anima e do animus, todos os homens ou mulheres possuem esse arquétipo.
A grande mãe representa duas forças opostas – fertilidade e provimento, de um lado, e poder e destruição, de outro.
Ela é capaz de produzir e manter a vida, mas também pode devorar ou abandonar sua cria.
Velho Sábio:
Arquétipo da sabedoria e do significado, simboliza o conhecimento preexistente que os homens tem sobre os mistérios da vida.
 Um homem ou uma mulher dominados por seus arquétipos de velho sábio podem reunir um grande grupo de seguidores ao utilizar um discurso que soa profundo, mas que, de fato, possui pouco sentido, porque o inconsciente coletivo não consegue separar sua sabedoria da sabedoria do indivíduo.
Psicologia da Personalidade
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O Herói:
É representado na mitologia e nas lendas como uma pessoa poderosa, algumas vezes como um semideus, que luta contra grandes dificuldades para conquistar ou dominar o mal na forma de dragões, monstros, serpentes e demônios.
Uma pessoa imortal, sem fraquezas não pode ser um heróis.
Ao derrotar o vilão, o herói está simbolicamente superando a escuridão do inconsciente pré-humano. A conquista da consciência foi uma das grandes realizações de nossos antepassados, e a imagem do herói conquistador arquetípico representa a vitória sobre as forças da escuridão.
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O Self
Jung acreditava que cada pessoa tem uma tendência herdada para seguir rumo ao crescimento, à perfeição e à realização, e ele chamava essa disposição inata de self.
O mais abrangente de todos os arquétipos porque reúne os outros arquétipos e os une no processo de autopercepção.
Como os demais arquétipos, ele apresenta componentes pessoais conscientes e inconscientes, mas é formado, em grande parte, por imagens inconscientes coletivas.
O self é simbolizado pelas ideias de perfeição, realização e totalidade de uma pessoa, mas seu símbolo definitivo é a mandala.
O self inclui tanto imagens inconscientes coletivas quanto pessoais e, assim, não deve ser confundido com o ego, que representa apenas a consciência.
Fonte: http://www.psicosmica.com/2015/01/principais-arquetipos-jung.html
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A teoria de C. G. Jung
Psicologia Analítica
Jung propôs uma teoria da personalidade que atribui um papel predominante ao inconsciente. 
Jung acreditava que os desenvolvimentos mais interessantes da personalidade ocorriam na idade adulta e não na infância.
Jung preferia descrever a psique empregando a linguagem da mitologia e não da ciência.
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Elementos da personalidade
Jung reconhecia que a personalidade contém elementos conscientes e inconscientes. 
Assim como Freud mencionava o ego ao descrever os aspectos mais conscientes da personalidade. 
Sua descrição de inconsciente é, entretanto, diferente da concepção freudiana de id e superego.
Jung procurava um equilíbrio no qual os elementos inconscientes tivessem um papel equivalente, complementar aos da consciência.
“Qualquer árvore que queira tocar os céus precisa ter raízes tão profundas a ponto de tocar os infernos.”
Carl Gustav Jung 
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Processos da personalidade
Infância, Juventude, meia idade e velhice.
Individuação ou Autopercepção
Processo de restauração da plenitude da psique no desenvolvimento adulto.
No começo da vida, a psique é um todo unificado, embora inconsciente.
Durante o curso do desenvolvimento, vários aspectos da psique tornam-se conscientes e se desenvolvem, enquanto outras áreas permanecem inconscientes.
Por exemplo: na infância e adolescência a pessoa desenvolve sua identidade pessoal, tornando-se consciente desta identidade, mas tende a ignorar seus limites e falhas pessoais.
Fonte: http://www.terapiaemdia.com.br/?p=1232
Psicologia da Personalidade
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O processo de individuação
Na medida em que partes da personalidade se desenvolvem e se tornam conscientes, um desequilíbrio da plenitude original é inevitável.
Esse desequilíbrio é restaurado durante o desenvolvimento adulto que ocorre na meia idade.
O objetivo da individuação é deslocar o centro da personalidade do ego para algum ponto entre o ego e o inconsciente.
Nas últimas fases do processo de individuação, a função transcendente é o aspecto da personalidade que integra os diversos aspecto num todo unificado.
Fonte: http://www.psicosmica.com/2015/02/carl-jung-obstaculos-ao-crescimento.html
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Tipos psicológicos
A descrição feita por Jung dos tipos psicológicos ajuda a explicar porque algumas pessoas se apegam com entusiasmo a suas descrições da experiência mística e religiosa, enquanto outras as descartam como disparates não científicos.
Ele classifica os tipos psicológicos baseado na união de duas atitudes básicas:
introversão x extroversão;
E de quatro funções distintas:
Pensamento – Sentimento – Sensação e intuição;
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Assuntos da próxima aula:
A psicologia individual de Alfred Adler;
O esforço para passar da inferioridade à superioridade;
Inferioridade;
Complexo de superioridade;
O desenvolvimento da personalidade.
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