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PRINCIPIOS DO DIREITO AGRARIO

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Princípio da Função Social da Propriedade
De ordem constitucional, toda e qualquer propriedade situada em território brasileiro deve atender à razão da função social, devendo esta, visar o chamado “progresso econômico e social” da comunidade em geral, não se abstendo apenas ao próprio e íntimo interesse particular do proprietário. Por uma visão mais coletiva, podemos afirmar que esse princípio é como um símbolo para o Direito Agrário, norteando-o e dando ao direito à propriedade privada uma maior flexibilização, tendo em vista que somente será considerada desta forma – como propriedade – se, de fato, atender aos requisitos legais e fáticos que dizem sugerem a boa e útil exploração da propriedade em prol do interesse coletivo. Esse princípio é fundamental para o Direito Agrário, tendo em vista que este á a base para o direito à reforma agrária. O princípio da função social da terra ressalta o sentido que a terra está a serviço do homem e, não, o homem a serviço da terra, mas, que a terra não é mercadoria e, sim, um meio de produção ou de utilidade social.
A terra como bem de produção, deve satisfazer a sociedade. Aquele que trabalha a terra como posseiro, como proprietário, como arrendatário, como parceiro sem-terra, como empregado rural. Em suma, todo e qualquer homem (e mulher) do campo deve fazer a terra produzir, visando a sua satisfação e de sua família e o bem da sociedade. Portanto, todo o trabalho que se realize sobre a terra deve ter, também, finalidade social. Função social da terra no sentido da necessidade de produção de alimentos para a sociedade presente e a sua conservação para as gerações futuras. A visão social é acentuada, sobremaneira, pelo fato de a terra ser uma necessidade natural ao ser humano, numa concepção agrário-geográfica, como base do viver, do trabalhar e do produzir. Pode-se dizer, então, que a terra estará cumprindo com sua função social quando satisfizer a necessidade natural de viver (morar e trabalhar) do ser humano. Desta forma, a pessoa adquire o direito de viver sobre um pedaço de terra, independentemente de qualquer formalidade e/ou burocracia estatal. Nessa linha de raciocínio o ensaísta mostra o verdadeiro significado da propriedade da terra.
Princípio da Justiça Social
Este princípio se molda no sentido de que as regras de direito agrário são voltadas para atender a necessidade de justiça social nas relações no campo, combatendo a desigualdade, por ele o homem passa a ser o foco do Direito Agrário é tem por finalidade romper com estruturas injustas de posse da terra, reformulando-as constantemente, de forma a garantir o acesso a terra, renda e dignidade ao trabalhador rural, este principio reside na consequência da aplicação do direito agrário visando buscar as leis inovadoras no campo valendo isso que o Estado deve perseguir uma evolução de equilíbrio entre a situação econômica de seus membros, este principio pode gerar os recursos inerentes a diversidade da classe social. O princípio da justiça social tem por objetivo administrar as desigualdades. Desigualdades essas não so atuais como também as desigualdades históricas. Uma vez que, a justiça não admite que as desigualdades sejam injustas. Esse princípio consiste na obrigação do Estado em promover as reformas de base na política agrária para proporcionar aos homens do campo mais dignidade, mas cidadania, mais mercado de trabalho, melhor condição de vida com a distribuição da renda, que fazem parte dos fundamentos da ordem econômica. Sendo assim, a justiça social é toda iniciativa no sentido de melhorar a condição de vida das pessoas no uso e gozo de seus direitos fundamentais.
Princípio da Melhor Distribuição da Terra ou do Acesso à Propriedade da Terra
Esse princípio tem como fundamento a política do interesse social onde se pode tirar a terra das mãos de quem não produz, por meio de desapropriação e concede-la a quem queira produzir. Atualmente, considera-se como reforma agrário o conjunto de medidas que busquem promover a melhor distribuição da terra, mediante modificações no regime de sua posse e uso, a fim de atender aos princípios de justiça social e aumento de produtividade. Conforme vem expresso no art. 1º, § 1º, do Estatuto da Terra. Com a grande transformação que anda ocorrendo na estrutura agrária brasileira, é de extrema importância o total aproveitamento da terra e uma melhor distribuição das terras públicas e particulares, visando a descentralização da propriedade rural e à valoração do trabalhador do campo com um melhoramento das suas condições de vida, expandindo assim, o setor industrial e econômico do país. A melhor distribuição da terra servirá para diminuir a tensão agrária e contribuirá para solução do problema agrário, apesar de que somente esses processos não seriam suficientes para acabar com o problema agrário. Em virtude de uma reforma agrária mal planejada e mal executada, o Poder Público tem tirado terras de quem está produzindo, para dar para quem não vai produzir nada, por falta de meios e condições.
 Tal fato é considerado um contra senso, pois, tirar as terras de quem esta produzindo de forma insuficiente, para colocá-la nas mãos de quem não vai produzir nada, devido o fato de que vai passar a viver do dinheiro público. Diante do problema agrário, a reforma agrária deve ser desenvolvida a fim de compatibilizar a política agrícola e fundiária, que visa promover uma melhor distribuição e aproveitamento da terra, surge um conceito importante que é o módulo rural. O módulo rural visa assegurar ao agricultor e a sua família não somente a subsistência, porém devendo propiciar o progresso social e econômico, limitando o direito de propriedade das terras rurais, é um dos meios mais importantes para se conseguir uma melhor distribuição e aproveitamento das terras rurais. O legislador brasileiro quando criou o Estatuto da Terra não tinha como objetivo criar favelas rurais, mais apoiar técnicas que materialmente se destinasse a fazer a terra rural a produzir e alcançar uma melhor distribuição de renda, como também, aumentar o mercado de trabalho e a oferta de mão de obra. 
Princípio da Permanência na Terra
Este princípio tem por finalidade proteger aquele que tornou a terra produtiva com seu trabalho e com o de sua família. Deve, portanto o Estado desapropriar a terra para aliená-la ao possuidor-produtor, em vez de ela manter-se na iminência de retornar ao seu proprietário e continuar improdutiva. A terra é um bem de produção, portanto não pode ficar improdutiva, sob pena de não cumprir sua função social e, portanto, poder ser desapropriada, nos termos das Leis estudadas nesta obra.
Princípio da Melhor Produtividade 
 
 O princípio da melhor produtividade é ação da Política Agrária no sentido de fazer com que as propriedades rurais sejam racionais e adequadamente exploradas, mas respeitando a função social. Diante da opinião deste doutrinador entende-se que há uma necessidade de mudança na política agrária, pois da forma que se encontra é praticamente impossível falar em uma função social digna. Esse princípio consiste no objetivo da política agrária incentivar e adotar medidas para incentivar a produção rural de alimentos e matérias primas destinada a atender o abastecimento e o mercado de consumo. Com isso, a economia aumenta devido à produção rural. Portanto, a Política Agrária, tem por objetivo buscar recursos econômicos de uma área improdutiva para dar incentivo a produção rural, levando ao aumento da produtividade, para assim por ser aplicada função social na propriedade improdutiva, onde o problema, até o presente momento se encontra instalado no campo rural.
Princípio da Indivisibilidade do (Módulo) Imóvel Rural
Devido à importância social da utilização do imóvel rural, estudos foram realizados sobre o tema que possibilitou fosse definido um tamanho mínimo para a propriedade agrária que lhe permitisse cumprir sua função social, tal como prescrito no artigo 65 do Estatuto da Terra, que criou o módulo rural. Módulo rural, de acordo com alegislação agrária brasileira, é a unidade de medida que serve para definir a quantidade mínima de terra admitida no imóvel rural, capaz de propiciar a uma família de porte médio condições de vida e de progresso social e econômico, não caindo no vício do minifúndio. A primeira implicação jurídica do módulo rural, no dizer do agrarista brasileiro Ismael Marinho Falcão “é a interferência direta no direito de propriedade, não permitindo, por exemplo, a divisibilidade da propriedade em área inferior à do módulo da região”. Assim, dispôs o Estatuto da Terra que o imóvel rural não é divisível em áreas de dimensão inferior à constitutiva do módulo de propriedade rural, porque ela tornar-se-ia antieconômica e quebraria sua destinação social.
Princípio da Proteção da Propriedade Produtiva
À propriedade produtiva é garantido tratamento especial, sendo a classificação adotada pela Constituição de 1988 para fins de políticas agrícola e fundiária pelos órgãos governamentais: quanto à sua extensão – pequena média e grande; quanto à exploração:  produtiva e improdutiva. A Lei 8.629/93 regulamentou a classificação constitucional (art. 4º, incisos II e III), conforme Decreto 84.685/80 que dispõe sobre módulo fiscal calculado por em cada Município. Em verdade, o tratamento constitucional dispensado à propriedade rural tem como ideal finalístico “assegurar o desenvolvimento sustentável do campo e o abastecimento alimentarem da população, com geração de emprego e de riquezas”.
Preservação dos Recursos Naturais e Proteção do Meio Ambiente
 Preservação dos recursos naturais passou a ser preocupação mundial e nenhum país tem o direito de fugir dessa responsabilidade. A necessidade de proteção ambiental é antiga, surgindo quando o homem passou a valorizar a natureza, inicialmente de forma mais amena, e atualmente, de forma mais acentuada. Primordialmente, se dava a importância à natureza por ser uma criação divina. Depois, que o homem começou a reconhecer a interação dos componentes bióticos e abióticos que interagem no ecossistema é que efetivamente sua responsabilidade aumentou. A Constituição Federal de 1988, a proteção do ambiente e salvaguarda da sadia qualidade de vida são asseguradas através da implementação de políticas públicas, tendo por fim este principio se exalta a garantir a devida proteção do meio ambiente no ditame legal e estabelecido na lei.
Princípio do Monopólio Legislativo da União
Compete privativamente somente a União Legislar sobre direito agrário, trata-se de regra insculpida no art. 22, inciso I, da Constituição Federal de 1988 pela qual compete à União legislar privativamente sobre Direito Agrário. Vale observar que a competência privativa se estende também à desapropriação, tema com especial relevância para o Direito Agrário. (art. 22, II, CF/88);
Princípio da Proteção da Propriedade Familiar e da Pequena e Média Propriedade
A pequena propriedade rural, desde que explorada pela família não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, assim como a pequena e média propriedade não são passíveis de expropriação para fins de reforma agrária; Princípio da Proteção da Propriedade Produtiva (art. 185, II, CF/88). Como aspecto negativo da intervenção do Estado na propriedade privada, temos a conduta de abstenção consubstanciada no princípio da vedação da desapropriação do imóvel rural produtivo e da pequena e da média propriedade rural, extraído do art. 185, incs. I e II, da Constituição Federal. Não obstante, o imóvel produtivo pode ser objeto de desapropriação caso não esteja cumprindo com sua função social, pois da tensão entre o disposto neste artigo em confronto com os arts. 184 e 186, incs I a IV, chega-se a essa interpretação. Por outro lado, a pequena e a média propriedade não podem, em hipótese alguma, ser desapropriadas, desde que seu proprietário não possua outra.
REFERÊNCIAS
http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11181&revista_caderno=7
http://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/texto.asp?id=2503 
http://danilosabino.blogspot.com.br/2012/01/resumo-informativo-de-direito-agrario.html 
http://jus.com.br/revista/direito-agrario 
http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/106268/o-direito-agrario-e-o-principio-democratico-julio-da-silveira-moreira 
www.loveira.adv.br/material/agrario/agrario_principios.doc

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