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Angustia e Vida Pulsional

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�	CONFERÊNCIA XXXII	� PAGE �10�
Angústia e Vida Pulsional
RELAÇÃO ENTRE GERAÇÃO DE ANGÚSTIA E FORMAÇÃO DE SINTOMAS
Essas duas se representam ou se substituem uma à outra. É como se os sintomas fossem criados a fim de evitar a irrupção do estado de angústia. Ex: as primeiras neuroses da infância são as FOBIAS e aí é fácil verificar como o perigo interno é transformado em externo, ou seja, como a Angústia Neurótica é transformada em REALÍSTICA.
ANGÚSTIA – Conceito
Na medida em que constitui um estado afetivo, é a reprodução de um evento antigo que representou uma ameaça de perigo.
ANGÚSTIA – Funções
Serve ao propósito de auto-preservação e é sinal de um novo perigo, surge da LIBIDO não utilizada e também durante o processo de repressão (conflito entre EGO-ID), é substituída pela formaçao de um sintoma. Portanto, sintoma é uma solução de compromisso.
Energia acumulada ( angústia
TRÊS ESPÉCIES DE ANGÚSTIA: 	1. Realística
	2. Neurótica
	3. Moral (culpa)
Podem ser correlacionadas com as três reações dependentes que o Ego mantém.
EGO 	(	Mundo externo (1)
ID (2)
Superego (3)
O que vem primeiro: ANGÚSTIA ou REPRESSÃO?
Não é a repressão que cria Angústia, esta já existia antes; é a Angústia que causa a repressão.
Qual o perigo real que o menino teme como conseqüência de estar apaixonado por sua mãe?
O perigo, diz Freud, é a punição de ser CASTRADO. O temor da castração é um dos motivos mais comuns e mais fortes para a REPRESSÃO e portanto para a formação das NEUROSES. Origem das NEUROSES.
Nas meninas o complexo de castração equivale à PERDA DO AMOR, prolongamento da ANGÚSTIA da criança quando constata a ausência da mãe.
Tanto a ausência da mãe quanto a retirada de amor ao bebê ( Geram ANGÚSTIA pois os bebês não têm mais certeza de que suas necessidades serão satisfeitas e aí eles ficariam expostas à tensão.
A isso denominamos: ANGÚSTIA ORIGINAL
Repressão	( temor à castração (meninos)
	( perda do amor (meninas)
Estes fatores acima citados como determinantes da ANGÚSTIA podem repetir a situação da ANGÚSTIA ORIGINAL, ocorrida no nascimento, que, de fato, também representou um separação da mãe.
O NASCIMENTO COMO MODELO.
A experiência de angústia do nascimento é o modelo de todas as subseqüentes situações de perigo onde:
Desamparo psíquico: pode justificar-se pela imaturidade inicial do Ego.
O perigo da perda de um objeto ou perda do amor: justifica-se pela falta de auto-suficiência dos primeiros anos da infância. Melhor dizendo, justifica-se por ser o humano completamente dependente de cuidados do outro! MÃE!... 
O perigo de ser castrado ajusta-se à fase fálica (descoberta dos genitais, eleição de objeto).
Temor ao superego ajusta-se ao período de latência (intervalo na evolução sexual, diminuição das atividades sexuais).
Perigo de castração persiste sob a marca de fobia à sífilis. Isso no tempo de Freud porque agora á a AIDS! Ler página 112.
Os neuróticos são aqueles que permanecem infantis em sua atitude relativa ao perigo e não venceram as obsoletas causas determinantes da angústia.
No decorrer do desenvolvimento os fatores determinantes da ANGÚSTIA deveriam sumir já que as situações de perigo correspondentes a eles perderam sua importância devido ao fortalecimento do Ego. Mas isto só acontece de forma muito incompleta.
MAS CUIDADO!
Aquilo que denominamos como ANGÚSTIA MORAL ( o temor ao Superego não deve cessar já que é indispensável nas relações sociais, e somente em casos muito raros pode um ser humano tornar-se independente da sociedade humana.
Qual a relação entre ANGÚSTIA E REPRESSÃO?
A angústia faz a repressão e não o oposto, a angústia vem primeiro.
Ex: Medo no nascimento
DESPRAZER. Situação de perigo: situações que imprimem à experiência mental um estado de excitação intensa que é sentida como desprazer e cujo domínio não se alcança via descarga.
Que a situação pulsional temida remonta basicamente à uma situação de perigo externa.
Como se processa a repressão sob a influência da angústia? Como o Ego negocia?
Ou o ataque de angústia desenvolve-se completamente e o Ego se afasta da censura. Talvez, origem da PERVERSÃO, RAÍZ DO EGOÍSMO!
Ou o Ego opõe à excitação uma anticatexia (formação do sintoma) e esta se combina com a energia da pulsão reprimida para formar um sintoma, forma que o recalcado vai buscar para ser admitido no consciente retornando no sintoma, no sonho e em qualquer produção inconsciente: as representações recalcadas são então deformadas pela defesa a ponto de serem irreconhecíveis. Na mesma formação podem assim satisfazer-se simultaneamente o desejo inconsciente e as exigências defensivas.
Ou a anticatexia é assimilada no Ego como formação reativa: atitude ou hábito psicológico de sentido oposto a um desejo recalcado e constituído em reação contra ele. (Ex: o pudor a opor-se a tendências exibicionanistas).
IMPORTANTE!
“... quanto mais a ANGÚSTIA puder limitar-se a um sinal, tanto mais o Ego gasta em ações defensivas, pode preparar-se e o processo se aproxima de uma ELABORAÇÃO PSÍQUICA.”
ELABORAÇÃO PSÍQUICA
Ao invés de reprimir e isolar, o psiquismo encontra novas vias associativas: julga, associa, integra, relativiza, dá assim novos destinos às representações.
Nos conflitos entre REPRESENTAÇÃO x AFETO
Neurose Obsessiva
A idéia é reprimida e a quota de afeto a ela vinculada fica no PENSAMENTO (eterno pensar)
Histeria
A idéia é reprimida e a quota de afeto a ela vinculada fica inscrita no corpo.
Nas Fobias
A idéia é reprimida e a quota de afeto a ela vinculada se liga ao OBJETO DO MUNDO EXTERNO VISÍVEL e portanto mais passível de controle.
As tarefas do Ego (pg. 113). QUAL O TRABALHO DO EGO FRENTE À ANGÚSTIA?
Bom, dentro do aparelho psíquico ele é o negociador das demandas das outras instâncias então vai depender da pressão que este Ego sofre para que a ANGÚSTIA desencadeada tenha uma coloração ou outra.
EGO-ID (O Ego toma contato com o desejo/libido) Angústia neurótica
EGO-REALIDADE 	= Angústia Real (PERIGO)			* Fuga
	= Primeiro momento (	SINAL			* Mudança
- 	EGO-SUPEREGO = Angústia moral ( Surge sentimento de culpa
Então, diante da Angústia sinal ou se faz um sintoma, ou ocorre a fuga/transformação da realidade ou se processa um contra-investimento tão eficaz que vai se constituir num traço de CARÁTER!
O CARÁTER é decorrência do trabalho do Ego. Deve ser por isso que “popularmente” se atribui o mau-caratismo como falha de formação, quer dizer, FALHAS na constituição do humano.
FORMAÇÃO DO CARÁTER
Existe a incorporação, sob a forma de superego, da anterior instância parental = parte mais importante e decisiva. PAIS ou CUIDADORES = pelo amor de Deus!
Depois as identificações com ambos os pais bem como com as pessoas de influência.
As identificações formadas como remanescentes de relações objetais a que se renunciou.
As formações reativas que o Ego adquire, no início, executando suas repressões e posteriormente, através de um método mais norma, quando rejeita pulsões indesejáveis.
E NO ID? O que acontece com a pulsão que foi reprimida?
Em muitos casos a pulsão reprimida retém seu investimento libidinal e persiste imutável no ID sob oposição permanente do Ego.
Destruição completa e a libido é conduzida para outras vias.
Regressão libidinal e um estado anterior.
Ex: Na neurose obsessiva onde verificamos uma regressão à FASE ANAL na FASE FÁLICA: o que está em jogo é o reconhecimento da castração, a percepção das diferenças sexuais, a passagem pelo ÉDIPO = que significam as relações terciárias (inclusão/entrada do terceiro) ou relações triádicas = nesse momento estas relações são predominantemente erotizadas. Diante de todo este trabalho psíquico o sujeito opta por permanecer no já conhecido ou na fase em que estava. Isto denomina-se PRINCÍPIO ECONÔMICO DO PSIQUISMO. Mas por quê ficar aí?
Porque a criança já encontrou muito prazer aí.A criança pode ser muito ou pouco investida na sua analidade.
Analidade investida = controle do esfíncter anal, que significaria cocô no lugar e do jeito certo. Fazer tudo do jeito que agrada à mãe.
SER VALIOSO ou NÃO ( NARCISISMO. Então pra quê reconhecer que a mãe é castrada e descobrir que ela não vai dar TUDO? ...
A criança tende a ficar no “já conhecido”.
AS PRIMEIRAS ORGANIZAÇÕES DA LIBIDO/ da sexualidade 
Existem duas grandes necessidades: Fome e Amor.
Existem duas intenções: auto-preservação e preservação da espécie. A dualidade pulsional se instala: PULSOES DA VIDA: que engloba as duas intenções acima descritas como uma só mais as pulsões sexuais que também preservam o ser humano e conseqüentemente a espécie. E PULSOES DE MORTE: que englobam a desarmonia, o que fica dissociado, o que não constrói ou edifica mas que também é humano. E como!
As pulsões do EGO	- Auto-preservação
	- Afirmação
	- Engrandecimento do ser humano
As pulsões sexuais pertenciam à vida sexual infantil e pervertida. Estudando as neuroses, Freud postulou: “... o Ego como poder limitante e repressor e as tendências sexuais como poder limitado e reprimido.”
PULSÃO: é uma marca singular, de cada sujeito e diferencia o humano do animal porque o sujeito vai constituir, edificar um psiquismo através do investimento do outro. Esta é a tarefa da maternagem onde através dos cuidados maternos (de higiene e alimentação que em psicanálise chamamos de MANEJO) o bebê adquire capacidades tais como discriminação, tolerância à frustração, etc., FERRAMENTAS DE VIDA!
INSTINTO: algo pré-determinado e que tem a ver com o comportamento animal. Ex: o patinho segue a fila, segue a mãe que está na fila.
PULSAO ( ESTÍMULO
A pulsão é diferente de estímulo porque surge de fontes de estimulação situadas dentro do corpo e atua com força constante. A pessoa não pode evitar uma pulsão pela fuga como é possível fazer frente a um estímulo externo. Ex: se a luz ou o barulho me incomodam eu posso tanto mudar de lugar como colocar um óculos escuros.
PULSAO – ORIGEM
Sua origem á um estado de excitação no corpo, estado de tensão.
FINALIDADE: remover essa excitação, dar um destino a ela e aqui a pulsão torna-se atuante psiquicamente pois as soluções encontradas variam de ser humano para ser humano.
OBJETO: é no objeto ou graças a ele que a pulsão pode atingir sua finalidade.
Agora cheguei onde eu queria. As primeiras organizações da LIBIDO!
A pulsão se apóia no corpo. A pulsão vai ser organizada de acordo com o órgão do corpo que tiver primazia.
As fase pré-genitais nos fornecem uma visão de que maneira as pulsões servem à função sexual. A primeira dessas fases pré-genitais é a FASE ORAL: porque via alimentação, a boca domina o que se pode dominar de atividade sexual desse período. Então, a zona erógena da fase oral é a boca. Poderíamos fazer também a seguinte construção: a boca tem primazia do campo experimental na fase oral constituindo-se assim a experiência erógena por excelência.
FASE ANAL ou SÁDICO-ANAL
Aqui as experiências do bebê se concentram em morder graças ao aparecimento dos dentes bem como o fortalecimento do aparelho muscular e o controle das funções esfincterianas.
FASE FÁLICA
Aqui, em ambos os sexos, ocorre a descoberta dos genitais e a conseqüente inquietação sobre as diferenças anatômicas entre os mesmo. Os órgãos masculino e feminino assumem uma importância que não pode mais ser negligenciada. A ANGÚSTIA DE CASTRAÇÃO ocorre a partir daqui.
FASE GENITAL
Organização sexual definitiva que se estabelece após a puberdade e na qual o órgão genital feminino, pela primeira vez, encontra o reconhecimento que o órgão masculino havia adquirido muito tempo antes. Freud deve estar se referindo à maternidade!
Potencialização da mulher!
ATENÇÃO!
Abraham (1924) distingue dois estágios na FASE SÁDICO ANAL:
1. Dominado por tendências destrutivas:.................................* destruir objetos
						 ..................................* perder objetos
2. Dominado por tendências afetuosas para com os objetos:	- Manter
										- Possuir
É no meio dessa fase sádico-anal, portanto, que aparece pela primeira vez a capacidade de CONSIDERAÇÃO PELO OBJETO funcionando como precursora de uma catexia erótica ulterior.
Também faz subdivisões em relação à FASE ORAL
Incorporação oral: não há ambivalência em relação ao objeto que é o seio materno.
Surge a atividade de morder: mostra ambivalência que se torna mais clara na fase sádico-anal, logo a seguir.
					Profª Chu Cavalcantti
São Paulo, 21 de setembro de 2015
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