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Aula 01 Instalações de gás

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INSTALAÇÕES ESPECIAIS
INTRODUÇÃO
Profa. Ma. Karla Carvalho
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Unidade I – Instalações Prediais de Gás: terminologia, normas de execução, ramais, localização dos 
medidores, condições gerais para execução da instalação, distribuição do GLP, pressão de utilização, 
modalidades de instalações para GLP, dimensionamento das tubulações, propriedades físicas, 
exigências quanto às instalações de GLP, Lixo e incineradores: especificações
Unidade II – Instalações elétricas de elevadores e escadas rolantes. Instalações prediais de 
condicionamento de ar, instalação de som ambiente, TV em circuito fechado. Automação e exaustão 
mecânica
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
MACINTYRE, J. Instalações Hidráulicas Prediais e Industriais. Rio de Janeiro: Editora Livros Técnicos 
e Científicos, 2000.
CREDER, Helio. Instalações Hidráulicas e Sanitárias. Rio de Janeiro: Editora Livros Técnicos e 
Científicos, 1999
INTRODUÇÃO
As instalações prediais representam uma importante e imprescindível etapa que deve ser 
implantada nas edificações independentemente de seu porte, tipo e destino.
As mesmas devem ser projetadas e executadas de maneira que atendam aos princípios 
gerais estabelecidos por normas técnicas.
SISTEMA PREDIAL DE GÁS
As instalações prediais para suprimento de gás combustível em residências têm por objetivo a 
alimentação de fogões domésticos e aquecedores de água e, mais raramente, algum outro 
equipamento que porventura o necessite.
Existem duas formas do gás combustível chegar às residências:
Trazido por caminhões que abastecem centrais que contém recipientes transportáveis ou estacionários 
– GLP (Gás Liquefeito de Petróleo).
E através de redes de distribuição pública GN (Gás Natural).
DEFINIÇÃO E COMPOSIÇÃO DO GLP – GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO
O GLP é um gás composto em sua maioria de Propano (C3H8) e Butano (C4H10) e, em mínimas 
porcentagens de Etano, Metano e frações mais pesadas do petróleo como o Pentano (C5H12).
O projeto e execução de uma instalação de gás GLP em edificações deverão seguir as normas 
técnicas e os regulamentos de prevenção e combate a incêndios e códigos de obras municipais.
LEGISLAÇÃO
O GLP ainda é o gás mais utilizado no país. As normas mais utilizadas quando da utilização de GLP 
são:
• NBR 13932:1997 – Instalações internas de gás liquefeito de petróleo (GLP) – projeto e execução.
NBR 13523:1995 – Central predial de gás liquefeito de petróleo.
• NBR 14024:1997 – Centrais prediais e industriais de gás liquefeito de petróleo.
• NBR 13103:1994 – Adequação de ambientes residenciais para instalação de aparelhos que utilizam 
gás combustível.
NBR 14570:2000 – Instalações internas para uso alternativo dos gases GN e GLP – projeto e 
execução.
COMPONENTES DO SISTEMA GLP
Recipientes Transportáveis
Existem cilindros transportáveis para uso residencial:
2kg (P-2) – cilindro de utilização direta (lampiões e fogareiros).
5 kg (P-5) – requer uso de válvula reguladora e mangueira.
13 kg (P-13) – requer uso válvula reguladora e mangueira.
Onde o consumo é maior, existem cilindros de 45 kg (P-45) e o de 90 kg (P-90)
INSTALAÇÃO PREDIAL
Os sistemas de gás centralizado, também conhecidos como sistemas de gás combustível centralizado, 
são constituídos basicamente das seguintes instalações:
• Central de gás: Onde ficam armazenados cilindros de gás.
• Rede de canalizações: Levam o gás da central até às diversas unidades da edificação.
• Medidores de consumo individuais: Leitor individual de consumo.
VANTAGENS DO USO DE GLP
Devido à sua distribuição aos pontos de consumo dar-se a pressões altas, as tubulações possuem 
menor diâmetro. O poder calorífico é superior ao do gás natural;
Não dá origem à fumaça e à fuligem;
Possui limite de inflamabilidade baixo.
TANQUE FIXO DE GLP
Este sistema permite o abastecimento do GLP diretamente por um caminhão até o tanque, localizado 
na casa de gás. As principais vantagens deste sistema são:
• O tanque ocupa cerca de 50% do espaço que seria necessário para armazenar a mesma 
quantidade de gás em cilindros.
• Proporciona mais segurança quanto ao risco de vazamentos.
• O tanque possui um mostrador em sua parte superior que indica, com precisão, o nível de gás 
ainda disponível, facilitando ao usuário o controle da recarga.
DEFINIÇÃO E COMPOSIÇÃO – GÁS NATURAL (GN)
É uma energia de origem fóssil, mistura de hidrocarbonetos leves entre os quais se destaca o Metano 
(CH4), que se localiza no subsolo da terra e é procedente da decomposição da matéria orgânica 
espalhada entre os extratos rochosos.
É uma mistura carente de enxofre e sua combustão é completa, liberando produtos como dióxido de 
carbono (CO2) e vapor d`água, sendo os dois componentes não tóxicos, o que faz do gás natural uma 
energia ecológica e não poluente.
GÁS NATURAL E SEUS USOS
Aplicações em residências, no comércio, na indústria, em veículos automotivos e climatização de 
ambientes.
Usos residenciais: Para cozimento de alimentos e aquecimento de água.
Para gerar eletricidade em horário de ponta.
Em secadoras de roupa e lavadora de louças e aparelhos de ar refrigerado.
Usos comerciais: Restaurantes, hotéis, padarias, lavanderias, hospitais, clubes, escolas, shopping, 
supermercados e academias.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICS DO GÁS NATURAL
É um produto incolor e inodoro, não é tóxico e é mais leve que o ar. Para que sua presença seja 
notada, adiciona-se um odorizador ao gás, que lhe confere o cheiro característico.
Poder calorífico: 9.0 Kcal
Toxidez: O GN não é tóxico e se dissipa facilmente na atmosfera.
Aspecto da chama: apresenta boa aparência, firmeza e uniformidade. Tem a coloração azul. 
VANTAGENS DO GÁS NATURAL
Economia: Energia de fornecimento contínuo mais barata, diminui custos de manutenção pois não 
produz resíduos na combustão.
Comodidade e segurança: O gás natural não precisa ser armazenado, estocado ou transportado.
Por ser mais leve que o ar, dissipa rapidamente na atmosfera.
Fornecimento Contínuo: É ilimitado e sem interrupções.
Não produz resíduos tóxicos.
É uma energia limpa, pois libera somente vapor d`água e gás carbônico.
DEFININDO O PRODUTO ADEQUADO PARA CADA SITUAÇÃO
• Como é a ventilação no local onde será feita a instalação?
• Em qual andar se situa o ponto de instalação?
• Para quantos locais o aparelho está sendo solicitado no aquecimento?
• O aquecimento é simultâneo ou alternado?
• Qual a altura e distância da caixa d`água para o local onde será instalado o aparelho?
• Qual a distância do aparelho para os locais que serão servidos de água quente?
• Já existia algum sistema de aquecimento no local?
O QUE É UM AQUECEDOR A GÁS?
Existem 02 tipos, o de passagem (serpentina) e o de acumulação (boiler).
Também podem ser Automáticos ou Convencionais. Nos automáticos, com a passagem da água, um 
dispositivo acende automaticamente sua chama; e os convencionais, necessitam de uma chama piloto 
(acendedor).
Definindo a capacidade:
01 ponto de aquecimento – 8 litros.
02 pontos (01 chuveiro e 01 torneira) – 10 a 15 litros.
02 Pontos (02 chuveiros) – 18 a 20 litros.
SE TRATANDO DE BOILERS
Para até duas pessoas: 100 litros.
Entre 2 e 4: 200 litros.
Entre 4 e 6: 300 litros.
Questões como peso da coluna d`água, pressão do gás e ventilação devem ser observadas na 
escolha do produto certo.
É necessário instalar uma bomba pressurizadora por que é cobertura e o ponto pode estar muito longe 
de alguns cômodos e a pressão existente não aciona o aparelho.
É necessária a instalação de chaminé, pois a queima do gás produz outros gases, que devem ser 
conduzidos para o exterior do imóvel.
TERMINOLOGIA
Aparelhos de utilização: aparelhos destinados à utilizaçãode gás combustível.
Aquecedor instantâneo: aparelho no qual a água é aquecida à medida que passa através do mesmo.
Baixa pressão: Pressão abaixo de 5 kPa( 0,05 kgf/cm²).
Bainha: Tubulação destinada a envolver canalização, quando essas atravessam estruturas de 
concreto.
Cabine: Compartimento do prédio destinado às caixas de proteção (abrigo dos medidores de gás).
Chaminés: Dutos que melhoram a combustão nos aparelhos de utilização e asseguram o escoamento 
dos gases.
Concessionária: Entidade pública ou particular, responsável pelo fornecimento e venda de gás.
Derivação: Tubulação ou abrigo interno, destinada à alimentação dos medidores.
Defletor: Parte da chaminé que evita que a combustão no aparelho de utilização sofra danos como 
ventos que sopram no interior da chaminé
Média pressão: Entre 5 e 35 kPa.
Medidor Coletivo: Aparelho destinado à medição do consumo total de gás de um conjunto de 
economias.
Número de WOBBE: Relação entre o poder calorífero superior do gás, expresso em – Kcal/m³.
Perda de carga: Perda de pressão do gás devido ao atrito ou obstrução em tubos.
Prumada: Tubulação vertical, parte constituinte da rede interna ou externa, que conduz o gás para um 
ou mais pavimentos.
Ramal: Termo genérico, para designar uma canalização que, partindo da rede geral, conduz o gás até 
o medidor.
Rede de distribuição: Tubulação que distribui estações de controle de pressão, válvulas, equipamentos 
operados por companhia de gás, para levar gás desde os pontos de suprimento até os medidores.
REGULAMENTAÇÃO RIP
O regulamento das instalações prediais de gás canalizado (RIP) fixa os requisitos mínimos à 
aprovação de projetos e à fiscalização predial de gás.
As recomendações em relação às exigências normativas de instalações prediais de gás canalizado 
são de responsabilidade da concessionária local. Em suma, pede-se que:
Todo projeto deve prever local próprio para instalação de um medidor de gás canalizado, mesmo que 
no município não exista rede de gás canalizado e vá se utilizar o GLP.
Todo projeto de edificação familiar deve prever, pelo menos um ponto de gás para o fogão e um para 
aquecedor de água.
Nas paredes onde forem embutidas as prumadas não será permitido o uso de tijolos vazados, em uma 
distância mínima de 30 cm para cada lado da prumada.
A outorga de licença para a construção ou concessão de habite-se dependerá da aprovação de 
instalações de gás canalizado. 
Nas ruas onde não existir redes de gás, é obrigatória a construção de ramal interno e caixa de 
proteção dos medidores, para edificações multifamiliares ou mistas com mais de 5 unidades 
residenciais. Neste caso, será permitida a interligação do trecho do ramal interno e medidores, 
construído com GLP. 
MATERIAIS EMPREGADOS
Podem ser:
Tubos de condução de aço, com ou sem costura, preto ou galvanizado, atendendo às especificações 
da NBR 5590.
Tubos de condução de cobre rígido, sem costura, com espessura mínima de 0,8m para baixa pressão 
e classes A ou I para média pressão, atendendo à NBR 13206.
Conexões de ferro fundido maleável, preto ou galvanizado, atendendo às NBR 6943 ou NBR 6925.
Conexões de aço forjado atendendo à ANSI/ASME B 16.9.
Conexões de cobre ou bronze para acoplamento dos tubos de cobre conforme a NBR 11720.
Mangueiras flexíveis de PVC ou mangueira de material sintético que seja compatível com o uso de 
GLP.
SIMBOLOGIA
APRESENTAÇÃO DO PROJETO DO SISTEMA PREDIAL DE GÁS
ESTUDO DIRIGIDO 01
1- Defina o sistema predial de gás.
R: Sistema predial de gás, são as instalações para suprimento de gás combustível em residências e têm por objetivo a alimentação de fogões domésticos e aquecedores 
de água.
2- Diferencie GLP e GN e indique suas formas de distribuição.
R: GLP (Gás Liquefeito de Petróleo). O GLP é um gás composto em sua maioria de Propano (C3H8) e Butano (C4H10) e, em mínimas porcentagens de Etano, 
Metano e frações mais pesadas do petróleo como o Pentano (C5H12).
Distribuido por meio de Recipientes Transportáveis:
2kg (P-2) – cilindro de utilização direta (lampiões e fogareiros).
5 kg (P-5) – requer uso de válvula reguladora e mangueira.
13 kg (P-13) – requer uso válvula reguladora e mangueira.
Onde o consumo é maior, existem cilindros de 45 kg (P-45) e o de 90 kg (P-90).
GN (Gás Natural). É uma fonte de energia de origem fóssil, mistura de hidrocarbonetos leves entre os quais se destaca o Metano (CH4), que se localiza no subsolo 
da terra e é procedente da decomposição da matéria orgânica espalhada entre os extratos rochosos. O gás natural não precisa ser armazenado, estocado ou 
transportado. E seu fornecimento é contínuo, ilimitado e sem interrupções. (gasodutos)
3- Indique todos os constituintes básicos de uma instalação predial.
R: Os constituintes básicos para as instalações prediais conformam-se com:
Central de gás: Onde ficam armazenados cilindros de gás.
Rede de canalizações: Levam o gás da central até às diversas unidades da edificação.
Medidores de consumo individuais: Leitor individual de consumo.
4- Mencione os usos e vantagens do uso do GLP e do GN.
R: Usos do GLP e GN: suprimento de gás combustível com fins de alimentação de fogões, aquecedores e demais instalações que necessitarem.
Vantagens do GLP e GN: (GLP) - Devido à sua distribuição aos pontos de consumo dar-se a pressões altas, as tubulações possuem menor diâmetro. O poder calorífico é 
superior ao do gás natural; não dá origem à fumaça e à fuligem e possui limite de inflamabilidade baixo.
(GN) – Gera economia, pois possui fornecimento contínuo, diminui custos de manutenção e não produz resíduos na combustão.
Comodidade e segurança, pois o gás natural não precisa ser armazenado, estocado ou transportado. Dissipa rapidamente na atmosfera.
Não produz resíduos tóxicos, com isto se torna uma energia limpa, pois libera somente vapor d`água e gás carbônico.
5- Explique como se define o tipo de gás e a forma de uso para cada projeto.
R: Se define o tipo de gás para cada projeto, levando-se em consideração primeiramente quanto ao seu tipo de fornecimento. GLP tem maiores facilidades para distribuição em 
comparação com o GN. E quanto ao uso nos projetos, analisa-se como é a ventilação no local onde será feita a instalação, em qual andar se situa o ponto de instalação, para 
quantos locais o aparelho está sendo solicitado no aquecimento, se o aquecimento é simultâneo ou alternado, a qual a altura e distância da caixa d`água para o local 
onde será instalado o aparelho, qual a distância do aparelho para os locais que serão servidos de água quente e se já existe algum sistema de aquecimento no local.
6- Defina o que é o aquecedor a gás e explique sua instalação.
R: O aquecedor de gás é definido da seguinte forma: existem 02 tipos, o de passagem (serpentina) e o de acumulação (boiler). Também podem ser Automáticos ou 
Convencionais. Nos automáticos, com a passagem da água, um dispositivo acende automaticamente sua chama; e os convencionais, necessitam de uma chama piloto 
(acendedor). São instalados da seguinte forma: O gás combustível aquece a serpentina existente nos aquecedores de passagem, consequentemente aquece a água e a 
mesma é levada ao ponto de consumo. Para os boilers, a situação é semelhante, porém este sistema, conta com o reservatório que acumula a água aquecida.
7- Explique a função do Boiler e como dimensioná-lo.
R: O Boiler, tem a função de acumular água quente a fim de direcioná-la aos pontos de uso. E um meio de dimensionar sua capacidade é: Para até duas pessoas: 100 litros; entre 2 
e 4: 200 litros; entre 4 e 6: 300 litros. Acima de 6 pessoas, a melhor alternativa será o uso de aquecedores de passagem.
8- Explique a Regulamentação das Instalações Prediais de gás (RIP).
R: O regulamento das instalações prediais de gás canalizado(RIP) fixa os requisitos mínimos à aprovação de projetos e à fiscalização predial de gás. As recomendações 
em relação às exigências normativas de instalações prediais de gás canalizado são de responsabilidade da concessionária local. 
9- Indique os materiais empregados nas instalações de gás.
R: Os materiais empregados para todas as instalações de gás são: Tubos de condução de aço, com ou sem costura, preto ou galvanizado; tubos de condução de cobre rígido, 
sem costura, com espessura mínima de 0,8m para baixa pressão e classes A ou I para média pressão; conexões de ferro fundido maleável, preto ou galvanizado; 
conexões de aço forjado; conexões de cobre ou bronze para acoplamento dos tubos de cobre e mangueiras flexíveis de PVC ou mangueira de material sintético que seja 
compatível com o uso de GLP.

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