aula 6- Teoria e História das Cidades

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Teoria e História do
Paisagismo
Aula 6 - O crescimento das cidades a partir da
Revolução Industrial: a popularização dos
jardins privados e a valorização dos espaços
públicos
INTRODUÇÃO
Nesta aula, analisaremos as transformações das cidades e todos seus problemas, após a Revolução Industrial.
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Apresentaremos o novo equipamento urbano - o parque público - que busca resolver os problemas decorrentes no
crescimento sem planejamento e a popularização dos jardins residenciais pelos burgueses.
Examinaremos a valorização da vegetação, principalmente, exótica, tanto nas residências como nos espaços públicos
destinados ao encontro e prazer, como jardins e praças.
Bons estudos!
OBJETIVOS
Compreender as consequências da Revolução Industrial nas cidades nos séculos XVIII e XIX, devido ao crescimento
acelerado e à retirada progressiva da paisagem natural.
Analisar a construção de parques públicos como resposta para o embelezamento das cidades e para o aumento das
áreas verdes urbanas.
Identi�car a estratégia para educar e civilizar a classe operária, segundo os padrões de comportamento da classe mais
abastada.
Contextualizar as condições históricas, sociais, políticas, econômicas e religiosas que determinaram a importância do
elemento verde nas cidades e nas residências.
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O CONCEITO DE PARQUES PÚBLICOS E AS PREOCUPAÇÕES DE
HIGIENE, SALUBRIDADE E LAZER
O conceito de parques públicos é desenvolvido e se consolida no século XIX devido, entre outras razões, ao crescimento
acelerado e desordenado das cidades, à retirada progressiva da paisagem natural em decorrência da Revolução
Industrial, as péssimas condições de habitação dos operários que transferiam para as ruas a população que não tinha
condições de permanecer no interior das edi�cações, além de um quadro de epidemias sucessivas.
 
Gravura representando uma Rua de Wentworth, Whitechapel, feita por Gustave Doré, onde é possível veri�car que as
pessoas permanecem nas ruas por falta de condições apropriadas no interior de suas casas. 
(Disponível em: https://rlv.zcache.com.br/rua_de_wentworth_whitechapel_por_gustave_dore_poster-
rd85b52f3afda47d2b3ac73920ef71422_wvc_8byvr_512.jpg (glossário) Acesso em: 21 abr 2017).
A Revolução Industrial trouxe para dentro das cidades fábricas de todos os tipos, que utilizavam o carvão queimado
como principal fonte de energia. Essa queima gerava uma fumaça que escurecia o ar, sujava as roupas e corroía a
estrutura dos prédios. Das grandes fornalhas também exalavam gases, detritos e mau cheiro. Essas condições,
agravadas pelas edi�cações construídas sem planejamento, sem noções básicas de higiene e, principalmente, sem um
sistema de esgoto, faziam com que as cidades se tornassem cada vez mais insalubres.
Desse modo, a construção de parques públicos passa a ser necessária objetivando:
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Fonte: Daiquiri / Shutterstock
Até então, as áreas ajardinadas eram privilégio das classes dominantes, que podiam arcar com os elevados custos de
sua implantação e conservação. A partir do início do século XIX, a construção de parques públicos passa
sistematicamente a fazer parte das preocupações dos planejadores urbanos, voltados para satisfazer as exigências
higiênicas, recreativas e educativas de todos os habitantes.
EXERCÍCIO!
Analise os itens a seguir e veri�que aqueles que apresentam os principais objetivos para a construção de parques
públicos no século XIX: 
I - Embelezar as cidades. 
II - Aumentar as áreas verdes urbanas. 
III - Relacionar com as doutrinas �losó�cas e religiosas. 
IV - Resolver os problemas causados pela Revolução Industrial. 
V - Educar e civilizar a classe operária segundo os padrões de comportamento da classe mais abastada. 
VI - Tornar os locais de sociabilidade protegidos e isolados, voltados para meditação e contemplação da natureza.
Assinale a opção cujos itens estão corretos:
I – II – IV – V
I – II – III – IV
II – III – V – VI
I – III – IV – VI
I – IV – V - VI
Justi�cativa
AS EXPERIÊNCIAS PAISAGÍSTICAS NAS CIDADES DE LONDRES
A Inglaterra - mais especi�camente Londres - foi o local onde inicialmente veri�cou-se a necessidade de criar parques
públicos para o uso de todos os habitantes.
A introdução desses parques ocorreu de duas maneiras distintas:
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A composição formal dos parques públicos dessa época passa a seguir os caminhos traçados pelo paisagismo
romântico inglês, buscando inspiração estética em padrões da natureza.
 
Saint James Park, Londres – Inglaterra, onde é possível perceber as principais características dos jardins românticos. 
FONTE: Foto da autora, julho de 2009.
 
TabitaZn / Shutterstock
Em uma tentativa de amenizar essa situação, entre 1833 e 1843, o Parlamento Inglês aprovou vários decretos, que
visavam melhorar as condições dos trabalhadores e lhes concedia a aplicação de certa quantia de dinheiro ou de
impostos para facilitar a melhoria geral, saneamento, sistemas de esgotos e proporcionar a construção de parques
públicos.
Em um primeiro momento, esses parques gozavam de uma dupla situação, contendo:
Podemos citar, como exemplo, o Regent’s Park em Londres:
Fonte imagem 1: Disponível em:
<https://en.wikipedia.org/wiki/Regent%27s_Park#/media/File:Regent%27s_Park_bandstand.jpg> 
Fonte imagem 2: Disponível em:
<https://en.wikipedia.org/wiki/Regent%27s_Park#/media/File:Regent%27s_Park_Lake_-_London_-_UK.jpg>
Esse equipamento também passou a ser utilizado para valorizar áreas pouco ocupadas nas cidades fazendo com que,
muitas vezes, o custo de aquisição de terrenos pertos dos parques recém-implantados aumentasse vertiginosamente.
Um bom exemplo dessa situação ocorreu com a construção do Birkenhead Park, conforme relatado por Laurie:
Joseph Paxton (glossário) foi contratado pelo comitê de delegados, em 1843, para preparar um projeto de parque e
áreas comuns, [...]. Tal qual havia sido feito por Nash no Regent’s Park, neste projeto também foi planejado em conjunto
duas funções: habitação privada e área pública. O êxito econômico da proposta chamou a atenção dos investidores,
que �caram muito impressionados com o sucesso �nanceiro do empreendimento. O orçamento do parque foi coberto
com a venda dos terrenos circundantes, cujos preços, devido à localização, tiveram um aumento notável. (LAURIE, 1983,
p. 96-97, tradução nossa)
 
Planta do Birkenhead Park, Birkenhead – Inglaterra, onde é possível observar as áreas públicas e privadas. 
(Disponível em: https://1.bp.blogspot.com/-vlcUFz1Jtpk/VaeqJ1-
7adI/AAAAAAAAI24/tDwtifHNLgs/s1600/Map+of+Birkenhead+Park.jpg (glossário) Acesso em: 21 abr 2017).
AS INTERVENÇÕES DE ALPHAND EM PARIS
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O período do governo do Imperador Napoleão III (1852-1870), na França, foi extremamente favorável para o
desenvolvimento dos parques públicos em Paris. O Imperador conheceu a rede de parques públicos londrinos durante
sua permanência na cidade e, a partir de sua ascensão ao governo,iniciou um plano de remodelação urbanística em
Paris, organizado pelo prefeito da cidade Georges-Eugène Haussmann - o Barão de Haussmann. (glossário) Esse plano
idealizou uma série de transformações urbanas que modi�cou completamente as feições de Paris, e serviu como
exemplo para outras cidades em todo o mundo, conforme relatado por Ottoni.
A reestruturação de Paris visou proporcionar basicamente o que cada vez mais falta fazia às cidades que se
industrializavam rapidamente: melhor circulação para pessoas e mercadorias; inserção e�ciente no espaço urbano de
edifícios que abrigam novas necessidades [...]; espaços abertos e verdes para melhorar a salubridade da cidade e o
lazer de sua população; provisão de água e esgotos e�cientes, […]. (OTTONI, 1996. p. 32)
A seguir, veja o plano de Haussmann para Paris, onde em verde estão indicados os principais parques e jardins
construídos ou reformados; em roxo as novas avenidas.
No que diz respeito às áreas verdes, foi prevista a criação de um conjunto interligado por grandes avenidas arborizadas
e vários parques existentes até hoje como: o Bois de Boulogne (a oeste da cidade) e o Bois de Vincennes (no extremo
oposto) — que durante muito tempo de�niram a área urbana de Paris —, e os pequenos parques de bairro como o
Montsouris, o Buttes-Chaumont e o parque Monceau reformado.
 
Plano de Haussmann para Paris. 
Disponível em: http://www.larousse.fr/encyclopedie/images/Paris_le_plan_Haussmann/1009147 (glossário) Acesso
em: 21 abr 2017.
Fariello (1967) comenta que até a primeira metade do século XIX, Paris continha apenas 88 hectares de áreas verdes de
uso público, para uma população de quase um milhão de habitantes.
O engenheiro Jean-Charles Adolphe Alphand, responsável pela direção e coordenação dos projetos e implantação
desses parques tornou-se, junto com sua equipe, uma referência na elaboração de parques públicos do século XIX.
Projeto do parque Buttes-Chaumont, Paris – França. 
Disponível em:
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/5a/Parc_des_Buttes_Chaumont_Alphand_1867.jpg/1200px-
Parc_des_Buttes_Chaumont_Alphand_1867.jpg (glossário) Acesso em: 21 abr 2017.
O MOVIMENTO DE PARQUES AMERICANOS
Nos Estados Unidos, na mesma época, as ideias da inserção de parques no planejamento das cidades adquiriram
ampla expressão tendo na �gura de Frederick Law Olmsted (glossário) um grande defensor.
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A comissão de construção do Central Park, em Nova York, necessitava escolher o superintendente de obras do futuro parque e
Olmsted obteve o cargo. No mesmo ano, o arquiteto inglês Calvert Vaux o convidou para colaborar no projeto do futuro parque,
objeto de uma competição a ser julgada pela comissão de construção. O projeto foi escolhido como o vencedor entre as trinta e
duas propostas encaminhadas, pois unia os princípios estéticos e artísticos defendidos por Vaux, com a visão humanista e os
conhecimentos de agricultura e administração característicos de Olmsted. A criação do parque seria uma tentativa para minimizar
os problemas vivenciados pelos habitantes locais com relação as indústrias e das populações pobres de imigrantes vindas na sua
maior parte da Irlanda.
1857
O parque foi iniciado nesse ano e com área aproximada de 350 hectares, construído sobre o terreno de uma antiga pedreira,
com terras alagadas e algumas fazendas de porcos. Contempla numerosas instalações de caráter cultural e recreativo como:
pavilhões de música e de exposições artísticas, estufas, locais para jogos infantis e para a prática esportiva. Situava-se na época
de sua implantação em um local considerado pouco atrativo para os moradores de Manhattan, e distante das áreas mais
populosas da cidade.
1858
Vista aérea do Central Park, Nova York – Estados Unidos, com parte da cidade ao fundo. Disponível em: https://s-media-cache-
ak0.pinimg.com/originals/6e/13/b0/6e13b070a3dcbe0e2e09bacc288456f6.jpg (https://s-media-cache-
ak0.pinimg.com/originals/6e/13/b0/6e13b070a3dcbe0e2e09bacc288456f6.jpg). Acesso em 21 abr. 2017.
Após sua implantação, pouco a pouco, a população passou a frequentar o local de modo que, de acordo com Laurie (1983), em
1871, o número estimado de visitantes chegava a dez milhões por ano, em uma cidade que continha apenas um milhão de
habitantes.
1871
Assista, a seguir, ao vídeo para conhecer melhor a estrutura do Central Park:
VÍDEO
EXERCÍCIO!
Com base no que vimos até agora, faça um breve comparativo entre as construções do Central Park e dos parques
franceses.
Resposta Correta
Para Olmsted, os parques poderiam ser locais para o desenvolvimento da civilidade das classes menos favorecidas.
Essa preocupação estava presente tanto em seus projetos quanto no gerenciamento dos parques.
O Movimento de Parques Americanos, instaurado por Olmsted, dotaria de parques um número signi�cativo de cidades
americanas, principalmente Nova York, Chicago e Boston.
A imagem a seguir mostra o Sistema de Parques de Boston:
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Sistema de parques de Boston, Estados Unidos. 
Disponível em: https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/originals/e0/53/24/e0532482dd725afda90c2159ea0d7cfb.jpg
(glossário) Acesso em: 21 abr 2017.
Podemos destacar, ainda, algumas das contribuições de Olmsted para a construção dos parques americanos:
Sobre a relação dos parques com o entorno e com os outros componentes da cidade, ele fez uma declaração - que
pode ser comprovada analisando vários de seus projetos - onde rea�rmava sua compreensão com a construção da
arquitetura paisagística, amalgamando seus parques com a estrutura urbana existente de forma com que eles e as
construções a sua volta se tornassem uma paisagem urbana indivisível.
Olmsted acreditava que um grande número de áreas verdes (parques, campi universitários, loteamentos residenciais e
áreas de preservação natural), distribuídas de forma planejada na malha urbana, proporcionaria uma vida mais saudável
para todos habitantes.
Em várias cidades sua contribuição ultrapassou a dimensão do projeto de parques, chegando a estabelecer um sistema
de áreas verdes integradas por avenidas-parques e preservando vales e beiras de rios, tendo como objetivo melhorias
urbanísticas, sociais e estéticas. 
Olmsted e Vaux projetaram, também em 1869, o empreendimento denominado Riverside State, fora dos limites da
cidade de Chicago, fortemente in�uenciado pelo por seu congênere inglês Birkenhead. O plano previa o
desenvolvimento de ruas e lotes cercados por diversos parques e pequenas praças, de modo a proporcionar uma
grande área verde para desfrute dos moradores e usuários locais.
Planta geral de Riverside - Estados Unidos. 
Disponível em: http://www.olmstedsociety.org/wp-content/uploads/2008/11/general-plan-of-riverside.jpg (glossário)
Acesso em: 21 abr 2017.
EXERCÍCIO!
A partir do Plano de remodelação urbanística em Paris, organizado pelo Barão de Haussmann e do Movimento de
Parques Americanos, instaurado por Olmsted, ambos na segunda metade do século XIX, é possível perceber uma nova
relação entre os parques e a cidade.
Identi�que a a�rmação que sintetiza esse novo pensamento sobre o planejamento de parques.
Utiliza-se de áreas pouco ocupadas nas cidades fazendo com que, muitas vezes, o custo de aquisição de terrenos pertos dos
parques recém-implantados aumentasse vertiginosamente.
Distribui-se de forma isolada nas cidades, próximos as grandes propriedades dos nobres e burgueses enriquecidos.
Integra-se a estratégia de liberação dos parques privados, para melhorar as condições de vida da população urbana.
Localiza-se em áreas marginais ao centro das cidades, em terrenosimprodutivos para a agricultura e com pouco valor
econômico.
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Agrega-se com a estrutura urbana existente de forma com que eles e as construções a sua volta se tornem uma paisagem
urbana indivisível.
Justi�cativa
O CULTIVO E A VALORIZAÇÃO DAS PLANTAS EXÓTICAS
 
TabitaZn / Shutterstock
O desenvolvimento de novos materiais e técnicas de construção, como a utilização do ferro fundido e vidro laminado na
arquitetura, fez surgir as grandes estufas para aclimatar vegetais de outras regiões. Faz parte do ideal do período
cultivar plantas de outros países, exóticas, que muitas vezes necessitavam de cuidados especiais como controle de
temperatura e de ventos.
Com o aperfeiçoamento do cultivo de plantas em ambientes fechados, as estufas de ferro e vidro passaram a existir
dentro dos grandes espaços paisagísticos. A estufa existente em Kew Gardens, em Londres, por exemplo, foi projetada
para receber árvores de grande porte e vegetação de outros países, proporcionando não só a possibilidade de
conhecermos vegetais exóticos, como ter o contato com o elemento verde durante todas as épocas do ano, inclusive
nos invernos rigorosos.
 
Estufa principal de Kew Gardens - Londres. Patrimônio Mundial da UNESCO desde 2003. 
Disponível em: http://1.bp.blogspot.com/-
gnswQLI4bF8/TfPcGpIR5fI/AAAAAAAABKs/uvXlRUb6Lhw/s1600/kew_gardens_2006.jpg (glossário) Acesso em: 21 abr
2017.
Vejamos algumas características dos jardins no �nal do século XIX:
 
Amelisk / Shutterstock, Dn Br / Shutterstock, feelplus / Shutterstock, AVA Bitter / Shutterstock e Macrovector /
Shutterstock
As imagens a seguir mostram um exemplo de jardim de inverno e modelos de caixas Ward:
 
Jardim de inverno em edi�cação estilo Art Nouveau. 
Disponível em: https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/236x/fa/2b/6d/fa2b6d5f91d09820b5ce176d3d70b24e.jpg
(glossário) Acesso em 23 abr. 2017.
 
Exemplos de caixas Ward de diversos estilos. 
Disponível em: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/53/Wardian_cases.jpg (glossário) Acesso em 22
abr. 2017.
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Fonte da Imagem:
No século XVIII, surgiu a �gura do jardineiro amador, que era mais um idealizador do que um realizador. No entanto, no
século XIX, passou a ser valorizada a pessoa que cuidava do jardim. O jardineiro amador passou a estar associado a
uma questão de status, destacando-se, sobretudo, quem tivesse o jardim mais bonito, o mais cuidado e se,
principalmente, incluísse plantas incomuns e de difícil obtenção.
Desse modo, iniciou-se o colecionismo de plantas, fundamentalmente de �ores raras. A �or adquiriu grande importância
na composição dos jardins e a rosa ganha a posição de rainha das �ores, existindo nos jardins e em áreas
especialmente construídas para o cultivo dessa planta: o roseiral.
 
O Rosedal, em meio ao Parque Três de Fevereiro, nos bosques de Palermo, Buenos Aires, Patrimônio Histórico Nacional
Argentino desde 2011. 
Disponível em: http://aguiarbuenosaires.com/wp-content/uploads/2015/10/parque-2.jpg (glossário) Acesso em 23 abr.
2017.
EXERCÍCIO!
Incentivado pelas viagens dos naturalistas pelo mundo em busca de novas espécies vegetais, o conhecimento da �ora
passa a ser valorizado pelo cidadão comum durante o século XIX.
Isso pode ser veri�cado nos jardins residenciais burgueses, onde são observados os seguintes elementos
paisagísticos:
O jardim de pedras, a caixa de Ward e os animais.
O jardim de movimento, as grutas e as topiárias.
O jardim de inverno, o roseiral e os caramanchões.
O jardim de �ores, os espelhos d’água e os labirintos.
O jardim dos sentidos, a perspectiva in�nita e os lagos.
Justi�cativa
Outro tipo jardim que fez sua aparição no século XIX foi o jardim suburbano. Muitos burgueses trabalhavam na cidade,
mas moravam na periferia e passaram a cultivar jardins nas suas residências.
Fonte: <https://2.bp.blogspot.com/-SHqDhoF_Eh0/VGWOCOFuTJI/AAAAAAAAGA8/N9y2t6xn_Lw/s1600/2.%2Bblanc%2Bet%2Bbleu.jpg>.
Acesso em 14 ago. 2017.
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O jardim público e as praças vegetadas, encontrados a partir da segunda metade do século XVII, passaram a ser
projetados de modo intenso em várias cidades, pois a população urbana necessitava de espaços verdes para o lazer, o
contato com a natureza e o prazer.
O afastamento do habitante da cidade das suas origens naturais, do contato com o campo, gera essa intensi�cação da
nostalgia em relação à vegetação.
A partir da metade do século XVI, algumas cidades começam a plantar árvores sobre as muralhas de defesa das
cidades, uma vez que estas não cumprem mais sua função militar.
ATIVIDADE
Faça um passeio em sua cidade e fotografe algumas construções em jardins, praças ou parques. Em seguida, diferencie
aquelas que você selecionou, ressaltando suas características.
Resposta Correta
Glossário
Fonte: Avenida Champs-Elysees, Paris, França. Disponível em: <http://also.kottke.org/photos/200105europe/champs03.jpg>. Acesso em
14 ago. 2017.