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UNIVERSIDADE DE RIO VERDE
FACULDADE DE DIREIT
Da Prova Documental
Discentes:
 Ana Cláudia Lopes Silvério
 Fábio Santos Silva
 Maria Aparecida Pereira
 Thalles Pires de Souza
 Vilma Rodrigues
Orientador: 
Prof. Esp. PAULINEY COSTA E CRUZ
Noções Gerais
Se a palavra documento é, fundamentalmente, utilizada como sinônimo de PROVA LITERAL, nem por isto deixa de ser o documento uma coisa; e é, também, usada em sentido algo diverso. Alude, assim, o Código (art. 383) à reprodução mecânica, à fonográfica ou de outra espécie et., salientando-se que tais provas não se ajustam, com rigor, ao conceito de prova literal.
O documento é uma prova histórica, porquanto quase sempre antecede o início do processo;
É em princípio, PROVA REAL (do latim res, rei), dado que todo documento é uma coisa.
O Código, todavia, usa, principal e precipuamente, a palavra documento como sinônimo de PROVA LITERAL (art. 383);
Há uma tendência de se rever a identificação estrita entre documento e coisa;
É correto ampliar a abrangência do conceito para considerar como documentos aqueles criados através de tecnologias modernas da informação e das comunicações.
O Projeto de Novo Código de Processo Civil (PL 8.046/2010), já contempla tal possibilidade, ao dispor que “A utilização de documentos eletrônicos no processo convencional dependerá de sua conversão à forma impressa e de verificação de sua autenticidade, na forma da lei”. (art. 446)
Quanto aos documentos eletrônicos não convertidos, o juiz apreciará o seu valor probante (art. 447);
Pressupondo sua admissibilidade, ainda que não impressos ou mesmo que sua autenticidade não possa ser verificada na forma da lei;
Art. 448, citado no projeto prevê, em complementação, que “serão admitidos documentos eletrônicos produzidos e conservados com observância da lei especifica”.
Definição de documento
O documento não se destina tão somente a fixar indelevelmente o pensamento, que é a sua utilização mais comum. Mas, sim, é também destinado a fixar duradouramente um fato, ideia esta mais ampla e compreensiva que a anterior.
Os autores intelectual e material do documento
Autor intelectual, ou autor propriamente dito, de documento particular é quem procura produzir, com o documento, determinados efeitos jurídicos e a quem tais efeitos aproveitarão (art. 371), é aquele, ou são aqueles, em função de quem o documento existe. É certo que, nos negócios jurídicos bilaterais, tendo em vista a sua essência – conteúdo dispositivo bilateral -, haverá autores.
Por “autor” material do documento deve-se entender quem (ou aqueles que), de fato e materialmente, elaborou (aram) o documento (art. 364);
Num documento público, autor(es) intelectual(is) do documento será(ão) aquele(s) que procurou(aram) o oficial e lhe pediu(ram) que lavrasse o documento; este último será o seu autor material.
Conteúdo e a eficácia do documento
O documento vale pelo seu conteúdo, pois é deste que se pretende extrair elementos produtores de consequências jurídicas.
O conteúdo do documento é, de um modo amplo, um fato de diversas espécies:
Manifestação de pensamento;
Declaração de ciência ou de vontade.
Ou, ainda, poderão, num só documento, estar conglobadas essas três espécies.
O documento público prova de maneira absoluta – até demonstração em contrário – inclusive os fatos verificados na presença de seu autor material e aí e aí documentados (art. 364).
Documento público tem fé pública, que lhe empresta a lei.
Quanto documento particular, quer seja escrito e assinado, ou somente assinado, as declarações dele constantes presumem-se verdadeiras em relação ao signatário (art. 368), tendo-se presente o disposto no art. 372.
Código Civil de 2002, está disposto que “a escrituta pública, lavrada em notas de tabelião, é documento dotado de fé pública, fazendo prova plena” (art. 215, caput). No §1º, I a VII, deste dispositivo, encontram-se enunciados os requisitos que deve conter a escritura pública; no § 2º, dispõe-se que, “se algum comparecente não puder ou não souber escrever, outra pessoa capaz assinará por ele, a seu rogo”(grifou-se); o §3º exige que a mesma esteja redigida em língua nacional.
Os preceitos contidos nos § 4º e 5º, correspondem aos mesmos parágrafos do art. 134 do CC/1916. o que se há de entender por PROVA PLENA está no art. 364 do CPC. Quando aos documentos que devem ser apresentados para lavratura de atos notariais, inclusive referentes a imóveis, no que diz com identificação das partes. Lei 7.433/1985.
Se o documento contiver declaração de ciencia, isto é, nele se dá ciência (=se declara) que um determinado fato se passou de uma dada maneira, é certo que o documento comprovará, tão somente, que certa pessoa (o declarante, o autor [intelectual] do documento) tem conhecimento de como se passou tal ou qual fato. Provará, pois, esse conhecimento por parte de alguém (=signatário), mas não necessariamente o fato em si mesmo.
Isso significa que a parte interessada poderá solicitar a esse autor (é o interessado, a que alude o art. 368, paragrafo único) do documento que comprove o fato, o que com outra modalidade de prova deverá providenciar (art. 368, parágrafo único).
- Para que a fotocópia autenticada de documento particular valha como documento, é necessário que ele seja levado a juízo para que o escrivão possa conferir a reprodução com o original, portanto, por fé, se tiver havido impugnação. (arts. 372 e 385, caput).
Quanto a necessidade de a fotografia estar acompanhada do respectivo negativo, exigencia constante do art. 385, § 1º, com acerto já se decidiu que a falta de apresentação do mesmo pode retirar o valor probante da fotografia, a qual, então há de ser considerada apenas como princípio de prova, cuja valia será aferida pelo magistrado, no âmbito de sua livre convicção, não gerando, entretanto, para ele, a obrigatoriedade de ordenar seu desentranhamento dos autos.
“A simples falta da juntada dos negativos das fotografias apresentadas pela parte não é motivo para o seu desentranhamento, e seu valor probante deverá ser estabelecido no momento adequado” (STJ, Resp 188.953/PR, 4ª T., j.03.12.1998, rel. Min. Ruy Rosado de Aguiar, DJ 12.04.1999, p. 161). Caso a ausência de negativo não seja arguida tempestivamente, já se decidiu que ocorre preclusão (STJ, AgRg no Agln 42.659/MG, 4ª T., j. 14.12.1993, rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira, DJ 28.02.1994, p. 2.898).
Desaparecerá tal autenticidade, oriunda da admissão, expressa (art.372) ou tácita (art. 372, in fine), se a parte provar que houve, em tal admissão, erro, dolo ou coação, ou seja, um dos vicios da vontade, tais como definidos no Código Civil (art. 171, II, que alinhou também, como defeitos do negócio jurídico, capazes de ensejar a sua anulação, a lesão, o estado de perigo e a fraude contra credores), a teor do que prevê o art. 372, parágrafo único, do CPC.
A forma como sendo da substância do documento
A evolução dos sistemas jurídicos tem sido no sentido de reduzir à forma somente aquilo que se crê indispensável à segurança nas relações jurídicas, por exigência legal expressa. Os sistemas jurídicos modernos, como regra geral, propendem pela liberdade de forma: é o que consta do art. 107 do nosso Código Civil.
Do mesmo modo que o direito civil, em que existe liberdade de forma, entende-se no direito processual civil, que o juiz, ao apreciar a validade de um negocio, não fica aprioristicamente sujeito a este ou aquele tipo de prova, tendo em vista o disposto no art. 131 do CPC, em sua primeira parte, salvo, é certo, a hipótese prevista no art. 366, tendo-se presente, também, o disposto no art. 353, parágrafo.
Quanto à exegese dos arts. 401, 402 3e 403, há eu se dizer o seguinte:
Art. 401 do CPC (similar, em sua função, ao art.227 do CC), limita a prova exclusivamente testemunhal a certo valor, qual seja, o décuplo do maior salariomínimo vigente no País.
Art. 402, havendo começo de prova por escrito, admite que, então, se comprove contratos de qualquer valor através de testemunhas.
Art. 403, haver-se-à de entender o art. 353 e seu parágrafo único. Ou seja, se a confissão tiver sido feita a terceiro ou contida em testamento, será livremente apreciada pelo juiz, conforme a parte final do caput do art. 353. se feita oralmente, segundo o parágrafo único do mesmo artigo, só valerá nos casos em que o legislador não estabeleceu, como exigência, a prova literal.
O documento, em regra, é prova pré-constituída.
É fora de dúvida que o documento é a representação de um fato, mas não se confunde com o próprio fato. Esta ideia está clara na lei, quando disciplina o documento particular (art. 368, parágrafo único). O tema da prova documental constitui-se no exemplo por excelência da prova duradoura do fato representado, que é fato transeunte, através do exame do fato representativo, ou seja, do fato permanente (=documento).
Classificação dos documentos. Aspectos gerais
A classificação dos documentos pode ser feita a partir de diversos critérios:
CLASSIFICAÇÃO DOS DOCUMENTOS QUANTO À FORMA: quanto à forma, poderá haver liberdade ou forma preestabelecida;
CLASSIFICAÇÃO DOS DOCUMENTOS QUANTO À FORMAÇÃO: quanto a formação, os documentos poderão ser públicos ou particulares. Serão públicos os documentos que forem formados por uma autoridade pública, isto é, que tenha fé pública e seja a autora material do documento.
As principais espécies de documentos públicos são:
Os instrumentos públicos: que são feitos por oficial público;
O registro de imóvel (Lei 6.015/1973, art. 167)
Matricula de imóvel (Lei 6.015/1973, art. 288);
Escritura pública: que é modalidade de instrumento público lavrado por tabelião.
Os documentos e a autenticidade
O documento público gera a presunção de autenticidade, que somente será destruída na hipótese de se lhe demonstrar a sua falsidade. Já o documento particular, para ser autentico, necessitará do reconhecimento da parte contraria (art. 372, o qual dispõe que, havendo reconhecimento expresso, ou silenciando a parte contra a qual foi produzido o documento, considera-se à autentico o documento).
O documento e a extensão subjetiva de sua validade
O documento público vale erga omnes, o que não significa que vincule ou atinja a todos, entretanto. O documento particular passará a valer perante terceiros, a partir de seu registro no Registro de Títulos e Documentos ou no registro competente, segundo o que dispõe o art. 221 do Código Civil, e o art. 129 da Lei 6.015 de 31.12.1973 (Lei de Registros Públicos).
As autoridades que são autoras materiais dos documentos
A autoridade que lavrou o documento público, ou seja, a sua autora material, poderá ser administrativa, judicial e extrajudicial (art. 364, que a estas figuras alude).
Instrumentos e documentos particulares. Distinção específica
O termo documento, quando empregado num sentido genérico, compreende o termo instrumento. Este ultimo é empregado pelo Código Civil como uma espécie do termo documento.
Documento e sua data
De um modo geral, a doutrina admite, atualmente, todos os meios de prova para se provar a data dos documento, ocorrendo dúvida entre os litigante. É o que consta do art. 370, caput. Certamente, uma vez impugnada a data, o ônus da prova não recai sobre aquele que se queira utilizar do documento e queira que valha a data que foi objeto de impugnação, senão que sobre o impugnante.
Validade, autenticidade e nominalidade do documento. Distinção
O documento ou o instrumento particular tem validade e eficácia em relação ao seu autor, ou autores (art. 368, caput), pois o documento particular feito (=escrito) e assinado, ou só assinado, leva a que as declarações nele contidas se presumam verdadeiras em relação ao(s) signatário(s).
O valor probante dos documentos
Quanto ao valor probante, os documentos distinguem-se em perfeitos e imperfeitos. Dizem-se documentos perfeitos quando, além da assinatura das partes, constam também as assinaturas das testemunhas e outros requisitos mais que nos casos específicos sejam exigidos, como, por exemplo, documento particular feito com base no art. 22 do Dec. Lei 58/1937 (com a redação dada pela Lei 6.014/1973).
Art. 387 do atual CPC estabelece que cessará a fé pública do documento público ou particular quando houver declaração judicial de falsidade;
Art. 389, distribui o ônus da prova, no caso de falsidade, da seguinte forma: deverá ser provada pela parte que a arguir e, se apenas for contestada a autencidade da assinatura, à parte que produziu o documento incumbira o onus probandi.
Incidente de falsidade vem regulado nos arts. 390 e 395.
Lei 9.139/1995
Projeto de Novo Código de Processo Civil, houve alteração quanto à coisa julgada formada, questão que foi expressamente tratada pelo art. 437, parágrafo único (PL 8.046/2010)
Da exibição de documento ou coisa. Generalidades
Com efeito, estando o documento ou a coisa em poder da parte adversa, será ela intimada para apresentar um ou outra. No pedido deverão o documento ou a coisa ser individuados, com a maior minucia possível (art. 356, I); deverá também ser indicada a finalidade da exibição (=pertinencia a qual/ou quais fatos probandos estão relacionados com a coisa o documento: art. 356,II).
Espécies da ação de exibição e fundamento jurídico ao direito à exibição
A exibição pode ser requerida quando já pendente o processo principal, dizendo-se, então, que é incidente, ou antes do processo principal. A exibição antecedente ao processo principal não deve ser considerada necessariamente como preventiva e, ainda, num sentindo rigoroso, sequer preparatória.
Das partes e de sua legitimidade
De certa forma, pode-se dizer que partes, na exibição de documento ou coisa, são os sujeitos do processo, conceito mais amplo do que o de parte na lide, e em que até um terceiro pode vir a figurar.
Os limites da ação de exibição de documento ou coisa
Do ponto de vista objetivo, os limites existentes são decorrentes dos fatos alegados, ou eventualmente alegáveis em juízo, e que sejam reputados controvertidos e necessitando de prova a ser feita pela exibição, ou então, pela demonstração no interesse do mesmo da prova (art. 356, II)
A recusa fundada de exibição
A parte ou o terceiro, a quem se pediu a exibição de documento ou coisa, pode se escusar de exibi-lo, toda vez que o documento ou a coisa disser respeito a negocio da vida familiar (interpretação com base no art. 363, I); se exibição puder violar dever de horar (art. 363, II); se da exibição puder resultar a desonra própria ou familiar (art. 363, III); ainda, possibilitar a abertura de ação penal contra o exibidor ou alguém de sua família (art. 363, III, in fine), e nos casos em que isto acarretar a revelação de segredo profissional (art. 363, IV). Deixa alei, ainda, através de conceito vago – outros “motivos graves” (art. 363, V - , a possibilidade de o juiz aceitar a recusa.
Efeitos sobre a parte, tendo em vista a não exibição
No caso de a parte que tenha o ônus de exibir a coisa ou o documento não ter podido, de forma legal, se escusar fundamentalmente de exibi-lo, o juiz deverá admitir como verdadeiros os fatos que, através do documento ou coisa, a parte solicitante da exibição pretendida provar.
Efeitos sobre terceiros, tendo em vista a não exibição
Quando se tratar de terceiro que esteja obrigado a exibir a coisa ou o documento, as consequência extravasam do âmbito interno do processo, pois que o terceiro será passível de sanções de ordem civil e mesmo penal.

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