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201534_14245_APOSTILA+-+CONT.+GERAL+I

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CONTABILIDADE 
GERAL I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA 
 
 
 
 
 
 
Centro Universitário La Salle – UniLaSalle RJ 
Professor: Edivaldo Fernandes 
Aluno: 
 
 
 
2 
 
 
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
PLANO DE CURSO 
SEMESTRE: 1º ANO: 2015 PERÍODO: 1º 
DISCIPLINA CARGA HORÁRIA 
Contabilidade Geral I 60 h 
PRÉ-REQUISITOS: ---------------- 
 
OBJETIVO GERAL 
 
Proporcionar informações que permitam ao aluno adquirir conhecimentos sobre a 
contabilização de operações correntes em empresas mercantis e sobre a estrutura do 
balancete de verificação como um relatório não obrigatório e periódico. 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
Proporcionar informações que permitam ao aluno adquirir conhecimento sobre a 
contabilização de operações correntes em empresas mercantis. 
Ao final do curso o aluno será capaz de registrar as principais operações contábeis 
envolvendo contas patrimoniais e de resultado decorrentes do regime de competência, 
elaborar um plano de contas; preparar, elaborar e apresentar o balancete de verificação 
estruturado com base na Lei das S/As e nas normas brasileiras de contabilidade e 
proceder registros de encerramento das contas de resultado. 
 
EMENTA 
 
Informação contábil (campo de atuação, usuários, objeto, objetivos); Técnicas 
contábeis, Planos de Contas, Livros Contábeis; Registro Contábil (partidas 
dobradas) débito e crédito de contas patrimoniais e de resultado; Encerramento das 
contas de resultado; Lançamento e elaboração do Balancete de Verificação; Registro 
das Operações decorrentes do regime de competência; Operações com mercadorias 
(cálculo do CMV segundo o inventário periódico, compras e vendas à vista e a 
prazo. 
 
PROCEDIMENTOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM 
 
 Aulas teóricas com exposição do conteúdo programático; 
3 
 
 Exercícios de fixação sobre o conteúdo programático; 
 
PROGRAMA 
 
UNIDADE I  NOÇÕES BÁSICAS 
1.1. Introdução 
1.2. História da Contabilidade 
1.3. Definição 
1.4. Objeto da Contabilidade 
1.5. Campo de aplicação da Contabilidade 
1.6. Função da Contabilidade 
1.6.1. Função Administrativa Financeira 
1.6.2. Função Econômica 
1.7. Objetivo da Contabilidade 
1.8. Atos e Fatos Administrativos 
1.9. Sistema de informação contábil 
1.10. Usuários da informação 
1.11. Introdução às Técnicas Contábeis 
 
UNIDADE II  PATRIMÔNIO 
2.1. Conceito e Definição 
2.2. Bens. Direitos e Obrigações 
2.3. Aspectos qualitativos e quantitativos 
2.4. Representação Gráfica (Ativo e Passivo) 
2.2.1. Ativo (aplicação de recursos) 
2.2.2. Passivo: Passivo (origem dos recursos) 
2.2.3 Patrimônio Líquido (origem dos recursos) 
2.5 Equilíbrio Patrimonial 
2.5.1 Equação Fundamental da Contabilidade 
2.5.2. Situações patrimoniais 
 
UNIDADE III  VARIAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
3.1. Contas Patrimoniais 
3.2. Contas de Resultado 
3.3. O efeito das contas de resultado na situação líquida 
 
UNIDADE IV  ESCRITURAÇÃO 
4.1. Livros de Escrituração 
4.1.1. Classificação 
4.2. Métodos de Escrituração 
4.3. Mecanismo de débito e crédito 
4.4. Lançamentos 
4.5. Fórmulas de lançamentos 
4.6. Regimes Contábeis 
4.6.1. de Caixa 
4.6.2. de Competência 
4.7 Gastos ativados no diferido e depreciação/amortização 
 
 
UNIDADE V  BALANCETE DE VERIFICAÇÃO 
5.1. Verificação da exatidão dos lançamentos contábeis 
5.2. Técnicas do balancete 
5.3. Balancete analítico 
4 
 
5.4. Balancete sintético 
5.5. Apresentação do balancete 
5.6. Balancete como instrumento de decisão 
 
UNIDADE VI  OPERAÇÕES COM MERCADORIAS 
 6.1. Operações com mercadorias considerando o critério de inventário 
periódico e permanente 
 6.2. Resultado com Mercadorias 
 6.3. Compras líquidas: considerações sobre o valor correto de registro de 
aquisição de mercadorias para efeito do cálculo do Custo das Mercadorias Vendidas. 
 6.4 Noções de Impostos sobre Vendas: ICMS, Pis, Cofins e IPI. 
 
UNIDADE VII  BALANÇO PATRIMONIAL 
7.1. Conceitos 
7.2. Estrutura Sintética 
 
UNIDADE VIII  APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
 
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO 
 
Duas avaliações na estrutura de prova discursiva em que os alunos deverão apresentar 
os lançamentos contábeis e o balancete de verificação. Se possível, também poderão ser 
instrumentos de avaliação trabalhos e apresentações orais. 
BIBLIOGRAFIA: 
 
BÁSICA: 
FUNDAÇÃO INSTITUTO DE PESQUISAS CONTÁBEIS, ATUARIAIS E FINANCEIRAS. 
Manual de contabilidade societária: aplicável também às demais sociedades. São Paulo: 
Atlas, 2010. 
PADOVEZE, Clóvis Luis. Manual de Contabilidade Básica. 8ª edição. São Paulo: 
Atlas, 2012. 
FERREIRA, Ricardo J. Contabilidade Básica. 11ª edição. Rio de Janeiro. Ed. Ferreira. 
2014. 
 
COMPLEMENTAR: 
FERRARI, Ed Luis, Contabilidade Geral. 13ª edição. Rio de Janeiro: Impetus, 2013. 
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 16ª edição. São Paulo: Atlas, 
2012. 
VELLANI, Cassio Luiz. Introdução a Contabilidade básica.: uma visão integrada e 
conectada. 1ª edição. São Paulo: Ed. Atlas . 2014. 
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Curso de Contabilidade Introdutória em IFRS e 
CPC. 1ª edição. São Paulo: Ed. Atlas .2014 
SZUSTER, Natan, CARDOSO, Ricardo, SZUSTER, Fortunee, SZUSTER, Flávia, 
SZUSTER, Fernanda. Contabilidade Geral. 4ª edição. São Paulo: Ed. Atlas, 2013. 
Equipe de Professores da FEA/USP. Contabilidade Introdutória. 11ª edição. São 
Paulo: Atlas: 2010. 
 
 
5 
 
SUMÁRIO – APOSTILA 
 
1. INTRODUÇÃO 
1.1 Campo de aplicação 
1.2 Interessados na Informação Contábil 
1.3 Patrimônio 
1.3.1 Bens 
1.3.2 Direitos 
1.3.3 Obrigações 
1.4 Aspecto qualitativo e quantitativo do Patrimônio 
1.5 Patrimônio Líquido 
1.6 Representação gráfica do Patrimônio 
1.7 Origem e Aplicação de recursos 
1.8 Exercícios 
 
2. CONTAS 
2.1 Contas Patrimoniais e Contas de Resultado 
2.2 Método das Partidas Dobradas 
2.3 Razonete 
2.4 Exercícios 
 
3. APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
 
4. BALANCETE DE VERIFICAÇÃO 
4.1 Exercícios 
 
5. PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE 
5.1 Exercícios 
 
6. BALANÇO PATRIMONIAL 
 
7. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
 
8. EXERCÍCIOS 
 
9. FÓRMULAS DOS LANÇAMENTOS CONTÁBEIS 
9.1 Exercícios 
 
10. REGIMES CONTÁBEIS 
10.1 Regime de Competência 
10.2 Regime de Caixa 
10.3 Exercício 
 
11. EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 
 
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
6 
6 
6 
7 
7 
8 
8 
8 
9 
10 
11 
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16 
16 
16 
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22 
 
22 
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24 
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32 
 
33 
 
34 
34 
 
36 
36 
36 
36 
 
37 
 
38 
 
 
 
 
 
 
6 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 Uma das ciências mais antigas que se conhece é a Ciência Contábil, e, segundo 
historiadores, Aristóteles, há mais de 2.000 anos, já refletia acerca de uma ciência que 
controlaria a riqueza. 
 A Contabilidade é a ciência social que tem por objetivo medir, para poder 
informar, os aspectos quantitativos e qualitativos do patrimônio de quaisquer entidades. 
Constitui um instrumento para a gestão e controle das entidades, além de representar um 
sustentáculo da democracia econômica, já que, por seu intermédio, a sociedade é 
informada sobre o resultado da aplicação dos recursos conferidos às entidades. 
 Portanto, a Contabilidade é o instrumento que fornece o máximode informações 
úteis para a tomada de decisões dentro e fora da empresa. Ela sempre existiu para 
auxiliar as pessoas a tomarem decisões. Com o passar do tempo, o governo começa a 
utilizar-se dela para arrecadar impostos e a torna obrigatória para a maioria das 
empresas. 
 Entretanto, a Contabilidade não deve ser feita visando basicamente atender às 
exigências do governo, mas, o que é muito mais importante, auxiliar as pessoas a 
tomarem decisões. 
 
1.1 Campo de Aplicação 
 
O campo de aplicação da Contabilidade abrange todas as empresas, com ou sem 
fins lucrativos, até mesmo as pessoas de Direito Público, como a União, os Estados, os 
Municípios, as Autarquias, etc. 
 
1.2 Interessados na Informação Contábil 
 
 Os interessados na informação contábil são aqueles que de alguma forma 
utilizam as demonstrações contábeis para atender às suas diversas necessidades de 
informação contábil. Esses interessados incluem: 
 
a) investidores: preocupam-se com o risco inerente ao investimento e o retorno que 
ele produz. Eles precisam de informações para ajudá-los a decidir se devem 
comprar, manter ou vender investimentos, bem como avaliar se a entidade tem 
capacidade de pagar dividendos; 
 
b) empregados: estão interessados em informações sobre a estabilidade e a 
lucratividade de seus empregadores. Também se interessam em saber se a 
entidade tem a capacidade de manter sua remuneração, seus benefícios de 
aposentadoria e suas oportunidades de emprego; 
 
c) credores por empréstimos: interessam-se na capacidade da entidade em pagar 
seus empréstimos e os correspondentes juros no vencimento; 
 
d) fornecedores: desejam saber se a entidade tem condições de pagar importâncias 
que lhes são devidas nos respectivos vencimentos; 
 
e) clientes: têm interesse na continuidade operacional em relação, principalmente, 
ao longo prazo com ela, ou dela dependem como fornecedor; 
 
7 
 
f) governo: está interessado nas atividades das entidades que envolvam destinação 
de recursos. Também utiliza informações a fim de regulamentar as atividades das 
entidades e estabelecer políticas fiscais; 
 
g) público: tem interesse em relação às informações sobre a evolução do 
desempenho da entidade e os desenvolvimentos recentes, que possam afetar o 
ambiente das pessoas. 
 
1.3 Patrimônio 
 
O termo patrimônio significa, a princípio, o conjunto de bens pertencente a uma pessoa 
ou a uma empresa. Compõe-se também de valores a receber (ou dinheiro a receber). Por 
isso, em Contabilidade esses valores a receber são denominados direitos a receber ou, 
simplesmente, direitos. 
 
Relacionando-se, todavia, apenas bens e direitos, não se pode identificar a verdadeira 
situação de uma pessoa ou empresa. É necessário evidenciar as obrigações (dívidas) 
referentes aos bens ou direitos. Por exemplo, se você disser que tem como patrimônio 
um apartamento e não fizer referência à dívida com o banco financiador (em caso de ter 
sido adquirido através desse sistema de crédito), sua informação será incompleta e 
pouco esclarecedora. 
 
Em Contabilidade, portanto, a palavra patrimônio tem sentido amplo: por um lado 
significa o conjunto de bens e direitos pertencentes a uma pessoa ou empresa; por outro 
lado inclui as obrigações a serem pagas. 
 
 Patrimônio 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.3.1 Bens 
 
Entendem-se por bens as coisas úteis, capazes de satisfazer às necessidades das pessoas 
e das empresas. Se eles têm forma física, são palpáveis, denominam-se bens tangíveis: 
veículos, imóveis, estoques de mercadorias, dinheiro, móveis e utensílios (móveis de 
escritório), ferramentas etc. 
 
Os bens incorpóreos, isto é, não palpáveis, não constituídos de matéria, denominam-se 
bens intangíveis. Normalmente, as marcas que constituem um bem significativo para as 
empresas (Nike, Coca-Cola) e as patentes de invenção (documento pelo qual o Estado 
garante a uma pessoa ou empresa o direito exclusivo de explorar uma invenção) são 
exemplos de bens intangíveis. Porém, há muitos outros exemplos. 
 
Os bens, além de tangíveis e intangíveis, podem ser divididos em: 
Bens 
Direitos 
Obrigações 
8 
 
 
 Bens imóveis: são aqueles vinculados ao solo, que não podem ser retirados sem 
destruição ou danos: edifícios, construções, árvores etc. 
 
 Bens móveis: são aqueles que podem ser removidos por si próprios ou por 
outras pessoas: animais, máquinas, equipamentos, estoques de mercadorias etc. 
 
1.3.2 Direitos 
 
Em Contabilidade entende-se por Direito ou Direito a Receber o poder de exigir alguma 
coisa. São valores a receber, títulos a receber, contas a receber etc. 
 
Após um mês de trabalho, desde que o pagamento estabelecido seja mensal, você tem 
direito de receber seu salário. Assim, salários a receber é um direito. Depositando 
determinada quantia num banco, você tem direito de sacar esse depósito a qualquer 
momento. Assim, dinheiro depositado em bancos é um direito. 
 
Em relação à empresa, o direito a receber mais comum decorre das vendas a prazo, ou 
seja, quando se vendem mercadorias a outras empresas, o pagamento não e efetuado no 
ato, mas no futuro; a empresa vendedora emite uma duplicata como documento 
comprobatório. Esse direito denomina-se duplicatas a receber. 
 
Como exemplos de outros direitos podem ser citados: aluguéis a receber, promissórias a 
receber, ações (a receber) etc. 
 
1.3.3 Obrigações 
 
São dívidas com outras pessoas. Em Contabilidade tais dívidas são denominadas 
obrigações exigíveis, isto é, compromissos que serão reclamados, exigidos: pagamento 
na data do vencimento. 
 
Em caso de um empréstimo bancário, você fica devendo ao banco (empréstimo a 
pagar). Se a dívida não for liquidada na data do vencimento, o banco exigirá o 
pagamento. 
 
Uma obrigação exigível bastante comum nas empresas é a compra de mercadorias a 
prazo (exatamente o contrário de duplicatas a receber): ao comprar a prazo, a empresa 
fica devendo para o fornecedor da mercadoria; por essa razão, essa dívida é conhecida 
como fornecedores, embora também possa ser denominada duplicatas a pagar. 
 
Outras obrigações exigíveis são: com os funcionários - salários a pagar; com o 
governo - impostos a pagar; com as financeiras - financiamentos; com a Previdência 
Social e FGTS - encargos sociais a pagar; com o locador do prédio - aluguéis a pagar; 
diversas contas de luz, água, gás etc. - contas a pagar etc. 
 
 
1.4 Aspecto qualitativo e quantitativo do Patrimônio 
 
Aspecto Qualitativo: Este aspecto consiste em qualificar ou discriminar os bens, 
direitos e obrigações. É uma qualificação feita através de contas. 
9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aspecto Quantitativo: Consiste em dar aos bens, direitos e obrigações seus respectivos 
valores, levando-nos a conhecer o quanto vale o patrimônio da empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.5 Patrimônio Líquido 
 
Ao passar por uma autoestrada e avistar uma empresa imponente, com letreiros 
luminosos, jardins ao redor, uma pessoa pode imaginar: "Como é grande o patrimônio 
desta empresa!" Há possibilidade, no entanto, de essa pessoa estar errada, pois 
patrimônio envolve também obrigações. A empresa poderá estar a um passo da falência 
ou totalmente endividada, embora os números de seu patrimôniosejam elevados. Disso 
se conclui que patrimônio por si só não mede a efetiva riqueza de uma empresa. 
 
Assim também, se um amigo seu tem um grande apartamento, um carro novo e outros 
bens, esse patrimônio elevado não significa necessariamente grandes vantagens: pode 
ser que ele deva muitas prestações ao banco financiador, que seu carro e outros bens 
tenham sido financiados, que sua dívida seja consideravelmente grande. Riqueza, 
portanto, não se mede somente pelo patrimônio. 
 
Na verdade, é necessário conhecer a riqueza líquida da pessoa ou empresa: somam-se os 
bens e os direitos e, desse total, subtraem-se as obrigações; o resultado é a riqueza 
líquida, ou seja, a parte que sobra do patrimônio para a pessoa ou empresa. Ela é 
denominada patrimônio líquido ou situação líquida. 
 
 
 
 
Patrimônio 
Bens: Dinheiro 
Veículos 
Máquinas 
Direitos: 
Duplicatas a receber 
Promissórias a receber 
Obrigações: 
Duplicatas a pagar 
Impostos a pagar 
 
Patrimônio 
Bens: 
Dinheiro R$30.000 
Veículos R$10.000 
Máquinas R$5.000 
 
Direitos: 
Duplicatas a receber R$3.000 
Promissórias a receber R$2.000 
 
Obrigações: 
Duplicatas a pagar R$1.500 
Impostos a pagar R$2.500 
 
Patrimônio Líquido = Bens + Direitos (-) Obrigações 
10 
 
O Patrimônio Líquido, portanto, é a medida eficiente da verdadeira riqueza. Observe-se 
que há situações em que o Patrimônio é grande, mas as obrigações superam os bens e 
direitos; nesse caso, o patrimônio líquido é negativo, isto é, não há riqueza, a situação 
da empresa é péssima. 
 
Então, para simplificar a fórmula, pode-se deduzir outra conceituação: 
 
ATIVO = BENS + DIREITOS 
PASSIVO = OBRIGAÇÕES 
 
Sendo assim, a fórmula pode ser a seguinte: 
 
ATIVO - PASSIVO = PATRIMÔNIO LÍQUIDO ou ainda; 
ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
Quanto ao aspecto qualitativo do patrimônio líquido é discriminado, basicamente, em: 
 Capital Social 
 Reservas 
 Prejuízos Acumulados 
 
No Patrimônio Líquido podem ocorrer as seguintes situações: 
 
Ativo > Passivo = situação líquida ou patrimônio líquido positivo 
Ativo < Passivo = situação líquida ou patrimônio líquido negativo ou passivo a 
descoberto. 
Ativo = Passivo implica em situação liquida ou patrimônio líquido nulo. 
 
Como exemplo, admitamos que a Cia. XYZ possua um enorme patrimônio: 
 
 Bens $ 650 
 Direitos $ 250 
 Obrigações $ 880 
 
Sua riqueza líquida, todavia, é insignificante: 
 
PL = B + D - O 
PL = 650 + 250 - 880 
PL = $ 20 
 
1.6 Representação gráfica do Patrimônio 
 
O patrimônio pode ser representado em forma de “T” conforme a figura abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 PATRIMÔNIO ou BALANÇO PATRIMONIAL 
 
 ATIVO PASSIVO 
 
 BENS OBRIGAÇÕES 
 DIREITOS 
 
 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
 
 
 
Em síntese, a representação gráfica do patrimônio pode ser representada da seguinte 
forma: 
BENS + DIREITOS 
OBRIGAÇÕES EXIGÍVEIS 
E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
Bens Obrigações 
Dinheiro Empréstimos a Pagar 
Mercadoria em Estoques Salários a Pagar 
Veículos Fornecedores (Duplicatas a Pagar) 
Imóveis Financiamentos 
Máquinas Impostos a Pagar 
Ferramentas Encargos Sociais 
Móveis e Utensílios Aluguéis a Pagar 
Marcas e Patentes Títulos a Pagar 
 Promissórias a Pagar 
Direitos Contas a Pagar 
Depósitos em Bancos 
Duplicatas a Receber Patrimônio Líquido 
Títulos a Receber Capital Social 
Aluguéis a Receber Reservas 
Ações Prejuízos/Lucros Acumulados 
 
 
1.7 Origem e Aplicação de recursos 
 
No lado do Passivo temos os valores das Obrigações que compõe o Capital de 
Terceiros ou Recursos de Terceiros, já no Patrimônio Líquido temos o Capital Próprio 
ou Recursos Próprios. O Capital de Terceiros e o Capital Próprio são as duas fontes de 
Recursos das empresas, ou seja, de onde provém o recurso da companhia. 
No lado do Ativo temos os Bens e Direitos que representam onde foram 
Aplicados os Recursos adquiridos no Passivo, sendo assim no Ativo temos as 
Aplicações dos Recursos. 
 
 
 
 
12 
 
1.8 Exercícios: 
 
1) Luís da Silva, pessoa física, possui hoje um carro no valor de $ 7.000, uma casa no 
valor de $ 22.000, uma poupança de $ 1.200 e nenhuma dívida. George Washington, 
seu amigo, também hoje, tem um carro no valor de $ 35.000, um apartamento no valor 
de $ 75.000, nenhum dinheiro na poupança, um cheque especial negativo de $ 12.000, 
dívida de $ 26.000 com o carro e outra dívida de $ 45.000 de financiamento do 
apartamento. Calcule a riqueza líquida de cada um e identifique, em termos contábeis, 
quem deve ser considerado dono de maior riqueza. 
Nota: as dívidas de George são consideradas a preços de hoje. 
 
2) Considerando os dados e a solução do exercício anterior, dois meses depois a 
situação de Luís continua mesma, mas George, com a entrada de receitas, conseguiu 
quitar parcelas do financiamento do carro no valor de $ 2.000 e do apartamento no valor 
de $ 2.800. Mantendo os demais valores constantes, calcule a nova riqueza líquida de 
George e compare-a novamente com a de Luís, identificando quem tem agora a maior 
riqueza. 
 
3) Considerando os dados e a solução do exercício número 2, vamos supor que a dívida 
com o veículo do George tenha sido feita baseada em dólares e que a taxa cambial subiu 
repentinamente 50%, aumentando sua dívida nesse percentual. Calcule a nova riqueza 
líquida de George. 
 
4) Classifique os elementos em: 
 
a) Bem, Direito, Obrigação ou NA 
b) Ativo, Passivo ou Patrimônio Líquido 
 
ELEMENTOS a b 
Computador Bem Ativo 
Estante 
Duplicata a receber 
Impostos a recolher 
Aluguéis a receber 
Dinheiro em caixa 
Fornecedores 
Clientes 
Equipamentos 
Promissórias a receber 
Impostos a pagar 
Salários a pagar 
Banco c/ movimento 
Mercadorias/Estoque 
Veículos 
Participação em outras companhias – Ações 
Capital Social 
Prejuízos acumulados 
Contas a pagar 
Terreno 
13 
 
Móveis e Utensílios 
Marca 
Patentes 
Adiantamento de Clientes 
Adiantamento a Fornecedores 
Software 
ICMS a recolher 
Reservas 
Empréstimos a pagar 
Empréstimos a receber 
 
5) Dados os elementos patrimoniais abaixo, colocar: 
 
(A) se for aplicação de recursos 
(F) se for fonte de recursos de terceiros 
(FP) se for fonte de recursos próprios 
 
( ) Ações de outras empresas 
( ) Mercadorias em estoque 
( ) Capital social 
( ) Imposto a pagar 
( ) Aplicação financeira 
( ) Patrimônio Líquido 
( ) Adiantamento em dinheiro a fornecedores 
( ) Empréstimos 
( ) Máquinas 
( ) Cheques a receber 
 
6) Um patrimônio é constituído de: 
 
Caixa - $ 1.000 
Duplicatas a pagar - $ 4.000 
Bancos - $ 5.000 
Capital Social - $ 35.000 
Mercadorias - $ 10.000 
Duplicatas a receber - $ ? 
 
Pede-se: 
 
a) Qual o valor das duplicatas a receber? 
b) Qual o valor das aplicações de recursos?c) Qual o valor do patrimônio líquido? 
d) Qual o valor do ativo? 
e) Qual o valor do passivo? 
f) Qual o valor das fontes de recursos? 
g) Qual o valor dos bens? 
h) Qual o valor dos direitos? 
i) Qual o valor das obrigações? 
j) Qual o valor das fontes de terceiros? 
k) Qual o valor do capital próprio? 
14 
 
l) Qual o valor das fontes de recursos próprios? 
 
7) Com base nos dados abaixo, apure o valor CORRETO da situação líquida. 
 
Caixa $ 830,00 
Capital Social $ 1.200,00 
Duplicatas a Receber $ 450,00 
Mercadorias $ 350,00 
Duplicatas a Pagar $ 600,00 
Lucros Acumulados $ 230,00 
Móveis e Utensílios $ 400,00 
 
(A) $ 600,00 
(B) $ 830,00 
(C) $ 1.430,00 
(D) $ 2.030,00 
(E) $ 1.530,00 
 
8) Qual a alternativa que indica o Capital de Terceiros: 
 
a) Capital. 
b) Duplicatas a Pagar. 
c) Capital + Duplicatas a Pagar. 
d) Capital + Lucros Acumulados. 
e) Capital + Duplicatas a Pagar + Lucros Acumulados. 
 
9) Dizemos que a empresa possui um passivo a descoberto quando: 
 
a) Ativo = Passivo – Patrimônio Líquido. 
b) Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido 
c) Ativo = Patrimônio Líquido. 
d) Ativo = Passivo. 
e) Patrimônio Líquido Nulo. 
 
10) O Balanço Patrimonial é um relatório contábil que mostra: 
 
a) O Ativo e o Passivo da entidade em determinado momento. 
b) O Lucro obtido pela entidade em um período t0-t1. 
c) Os resultados acumulados obtidos pela entidade em um período distinto. 
d) Os bens, as obrigações e os direitos da entidade em determinado momento. 
e) Os bens, as obrigações, os direitos e o Patrimônio Líquido da entidade em 
determinado momento. 
 
11) O Balancete de verificação de uma empresa apresentava, em 31.12.X1, os saldos 
das seguintes contas: 
 
Bancos = $ 1.000 
Duplicatas a receber = $ 1.970 
Capital social = $ 10.000 
Salários a pagar = $ 1.000 
Caixa = $ 1.500 
15 
 
Mercadorias = $ 4.000 
Fornecedores = $ 470 
Prejuízos acumulados = $ 2.000 
Empréstimos a pagar = $ 3.000 
Máquinas e equipamentos = $ 4.000 
 
Os valores do Ativo Total, Capital de Terceiros e Patrimônio Líquido, em reais, serão 
respectivamente: 
 
a) 13.500; 10.000 e 3.500; 
b) 12.500; 10.000 e 2.500; 
c) 12.470; 11.000 e 1.470; 
d) 12.470; 4.470 e 8.000; 
e) 9.000; 1.000 e 8.000. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
2. CONTAS 
 
Conta é o nome técnico que identifica (qualifica ou discrimina) um componente 
patrimonial (Bens, Direitos, Obrigações ou Patrimônio Líquido) ou um componente de 
Resultado (Despesa e Receita). 
 
As contas podem ser classificadas em dois grandes grupos: Contas Patrimoniais e 
Contas de Resultado. 
 
2.1 Contas Patrimoniais e Contas de Resultado 
 
As Contas Patrimoniais representam os Bens, Direitos e Obrigações e o Patrimônio 
Líquido. Dividem-se em Ativas e Passivas e são elas que representam o Patrimônio da 
empresa num dado momento, através do Balanço Patrimonial. 
 
As Contas de Resultado dividem-se em Contas de Despesas e Contas de Receitas. 
Aparecem durante o exercício social, encerrando-se no final do mesmo. Não fazem 
parte do Balanço Patrimonial, mas permitem apurar o resultado do Exercício. 
 
As Contas de Despesas decorrem do gasto ou consumo de bens e da utilização de 
serviços para obtenção de receita. Por exemplo: a energia elétrica consumida, os 
materiais de limpeza consumidos, os materiais de expediente consumidos (canetas, 
papéis, lápis etc.), a utilização dos serviços telefônicos, despesa de propaganda, 
despesas de juros (juros passivos) etc. 
 
As Contas de Receitas decorrem da venda de bens e da prestação de serviços. Existem 
m número menor que as despesas, sendo as mais comuns apresentadas pelas seguintes 
contas: vendas de mercadorias, descontos obtidos, receita de serviços, juros ativos 
(receita de juros), receita de aluguel etc. 
 
2.2 Método das Partidas Dobradas 
 
A essência deste método, universalmente aceito, é que o registro de qualquer operação 
implica que a um débito em uma ou mais contas deve corresponder um crédito 
equivalente, em uma ou mais contas, de forma que a soma dos valores debitados seja 
sempre igual à soma dos valores creditados, ou, simplificando: 
 
não há débito sem crédito correspondente; 
débito = crédito ou origens = aplicações. 
 
 
Dado um fato contábil, para efetuar um lançamento, deveremos seguir alguns passos, 
sequencialmente. 
 
Exemplo: 
 
Fato – depósito em dinheiro efetuado em conta corrente bancária no valor total de R$ 
20.000,00. 
 
Lançamento Contábil: 
17 
 
 
1° passo – identificar as contas envolvidas no fato: 
 Caixa (valor em dinheiro) 
 Bancos (depósito) 
 
2° passo – identificar a natureza das contas, ou seja, a que grupo pertencem: Ativo (A); 
Passivo (P); Patrimônio Líquido (PL); Receitas (R); ou Despesas (D); no caso: 
 Caixa – conta de Ativo (A) 
 Bancos – conta do Ativo (A) 
 
3° passo – identificar o que o fato provoca sobre os saldos das contas, ou seja, se o 
saldo aumentará ou diminuirá; no caso: 
 Caixa (A) o saldo diminuirá (-) 
 Bancos (A) o saldo aumentará (+) 
 
4° passo – efetuar o lançamento contábil segundo o método das partidas dobradas, com 
a utilização do quadro-resumo do mecanismo do débito e crédito, da seguinte forma: 
 
DÉBITO – Aplicação dos Recursos 
CRÉDITO – Origem dos Recursos 
 
Contas Patrimoniais 
 
 Ativo = Débito Passivo = Crédito 
 
 Bens Obrigações 
 Direitos Patrimônio liquido 
 Capital Social 
Contas com saldo de natureza devedora Reservas 
 Lucro ou Prejuízo (receita – despesa) 
 Contas com saldo de natureza credora 
 
 
 
 
 Contas de Resultado 
 
 Despesas Receitas 
 
Contas de natureza devedora Contas de natureza credora 
 
 
 
Observação: 
As contas de Ativo e Despesa possuem saldo de natureza devedora; 
As contas de Passivo e Receita possuem saldo de natureza credora; 
As contas de Patrimônio Líquido possuem saldo de natureza credora, porém a conta de 
lucros ou prejuízos acumulados que possui saldo de natureza credora ou devedora, pois 
esta conta é representada pelas receitas menos as despesas. Lucros (credora) ou 
Prejuízos (devedora) Acumulados = (Receita – Despesa). 
18 
 
Quadro auxiliar para debitar ou creditar uma conta: 
 
 Toda vez que aumentar uma conta de Ativo; devemos debitar a respectiva 
conta. 
 Toda vez que diminuir uma conta de Ativo; devemos creditar a respectiva 
conta. 
 Toda vez que aumentar uma conta de Passivo; devemos creditar a respectiva 
conta. 
 Toda vez que diminuir uma conta de Passivo; devemos debitar a respectiva 
conta. 
 Toda vez que ocorrer uma despesa; devemos debitar a respectiva conta. 
 Toda vez que ocorrer uma receita; devemos creditar a respectiva conta. 
 Toda vez que aumentar o Patrimônio Líquido; devemos creditar a respectiva 
conta. 
 Toda vez que diminuir o Patrimônio Líquido; devemos debitar a respectiva 
conta. 
 
Abaixo, encontra-se um quadro-resumo do mecanismo do débito e crédito: 
 
QUADRO-RESUMO DO MECANISMO DO DÉBITO E CRÉDITO 
NATUREZA PARA O SALDO 
DAS CONTAS DO SALDO AUMENTAR DIMINUIR 
ATIVO = BENS + DIREITOS D D C 
PASSIVO = OBRIGAÇÕES COM TERCEIROS C C D 
PATRIMÔNIOLÍQUIDO C C D 
RECEITAS C C D 
DESPESAS E CUSTOS D D C 
CONTAS RETIFICADORAS DO ATIVO C C D 
CONTAS RETIFICADORAS DO PASSIVO/PL D D C 
 
 
2.3 Razonete 
 
É a representação do saldo das contas graficamente, ou seja, em forma de “T”. No 
razonete o lado esquerdo representa os débitos lançados na conta, já no lado direito 
representa os créditos lançados na respectiva conta. É importante ficar claro que uma 
conta pode receber tanto débito como crédito embora tenha predominância, ou seja, 
natureza por um dos dois. Pelo Método das Partidas Dobradas sempre para cada débito 
haverá um crédito de igual valor. 
 
 Conta 
 D C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
2.4 Exercícios 
 
1) Sistema Patrimonial de contas divide-as em quatro grandes agrupamentos: 
 
Contas Patrimoniais = Contas de Ativo e Passivo 
Contas de Resultado = Contas de Receitas e Despesas 
 
As contas a seguir representam um patrimônio em detalhe. Coloque (A) se for conta de 
Ativo; (P) se for conta de Passivo; (D) se for conta de Despesa; e (R) se for conta de 
Receita. 
 
( ) Caixa 
( ) Mercadorias em estoque 
( ) Empréstimos a pagar 
( ) Aluguéis pagos 
( ) Bancos conta movimento 
( ) Juros recebidos 
( ) Contas correntes a pagar 
( ) Juros pagos 
( ) Aluguéis recebidos 
( ) Fretes 
( ) Capital Social 
( ) Salários a pagar 
( ) Comissões pagas 
( ) Salários 
( ) Comissões recebidas 
( ) Clientes 
( ) INSS a pagar 
( ) Móveis e utensílios 
( ) Viagens e refeições 
( ) Vendas 
( ) FGTS e PIS a pagar 
( ) Descontos obtidos 
( ) Energia elétrica 
( ) Fornecedores 
( ) Gastos com telefone 
( ) Receita de serviços 
( ) Salários a pagar 
( ) Veículos 
( ) Terrenos 
( ) INSS 
( ) Marcas e patentes 
( ) Custo das mercadorias vendidas (CMV) 
( ) Obras de arte 
( ) Adiantamento a fornecedores 
( ) Empréstimos a coligadas 
( ) Reservas de capital 
( ) Imposto de renda a pagar 
( ) Ações de coligadas 
( ) Seguros a vencer 
( ) Férias a pagar 
( ) Lucros acumulados 
( ) Reservas de lucros 
( ) Duplicatas descontadas 
20 
 
( ) Despesas pagas antecipadamente 
( ) Adiantamento de salários 
( ) Perdas estimadas para créditos de liquidação duvidosa 
( ) Aplicações financeiras 
 
2) Monte as equações da estrutura patrimonial para cada item, de acordo com as 
ocorrências mencionadas a seguir: 
a) A empresa foi constituída com um capital de R$ 15.000,00, sendo integralizados R$ 
10.000,00 em dinheiro. 
b) Comprou-se um veículo a vista pelo valor de R$ 9.000,00. 
c) Prestou serviços obtendo uma receita de R$ 1.500,00 a ser cobrada posteriormente. 
d) Abriu conta bancária por meio de depósito de R$ 300,00. 
e) Obteve empréstimo bancário no valor de R$ 2.500,00, para ser depositado em conta-
corrente. 
f) Pagou salários no valor de R$ 600,00, por meio do cheque n° 005.001. 
g) Pagou energia elétrica do mês no valor de R$ 100,00, por meio do cheque n° 
005.002. 
h) Recebeu no caixa o valor do item c. 
i) Pagou aluguel do prédio onde está instalada no valor de R$ 300,00, com recursos do 
caixa. 
j) Comprou um equipamento de informática no valor de R$ 1.800,00, por meio do 
cheque n° 005.003. 
k) Pagou parte do empréstimo bancário, no valor de R$ 300,00, por meio dos recursos 
do banco. 
 
3) Informe qual o tipo de alteração que ocorre no ativo, passivo e patrimônio líquido; 
use (+) para aumento, (-) para diminuição e (SV) quando a transação não gerar 
variações: 
 
 A P PL 
a) Formação da empresa através de dinheiro entregue ao caixa 
b) Compra de veículo a prazo 
c) Pagamento de aluguel 
d) Pagamento da compra do item b 
e) Recebimento em dinheiro de serviços prestados 
f) Recebimento em dinheiro do valor de um empréstimo bancário 
g) Compra de um microcomputador a prazo 
h) Compra a prazo de material de escritório para consumo imediato 
i) Os sócios aumentaram o capital da empresa em imóveis 
 
4) Qual das alterações a seguir é determinada pela compra de máquinas a prazo? 
 
a) aumento do ativo e diminuição do patrimônio líquido 
b) aumento do ativo e aumento do patrimônio líquido 
c) aumento do ativo e aumento do passivo 
d) diminuição do ativo e diminuição do passivo 
e) não altera a soma do ativo nem a do patrimônio líquido 
 
21 
 
5) Representar através de Razonete “T” as operações abaixo no Patrimônio da 
companhia XPTO e depois levantar o Balanço Patrimonial utilizando os saldos dos 
razonetes. 
 
a) Os sócios da companhia XPTO constituíram a empresa com a integralização do 
capital social com um cheque no valor de R$100.000. 
b) A empresa XPTO comprou mercadorias para o estoque para pagamento ao 
fornecedor em 60 dias no valor de R$100.000. 
c) A empresa XPTO compra um terreno à vista no valor de R$20.000, pagando através 
de cheque. 
d) A empresa XPTO vende 50% das mercadorias em estoque recebendo à vista através 
de cheque no valor de R$120.000. 
e) A empresa XTPO paga ao fornecedor o valor da mercadoria na operação (B) em 
cheque do banco. 
f) A empresa XPTO paga despesa de aluguel da fábrica no valor de R$4.000, em 
cheque. 
g) A empresa paga despesa de publicidade no valor de R$6.000, em cheque. 
h) A empresa compra mercadorias para o estoque no valor de $50.000 a prazo para 
pagamento ao fornecedor em 30 dias. 
i) A empresa contraiu um empréstimo junto ao banco no valor de R$50.000. 
j) A empresa vende 80% das mercadorias em estoque concedendo um prazo para o 
cliente pagar a duplicata de 30 dias, o valor da venda foi de R$150.000. 
k) A empresa paga despesa com salários dos funcionários no fim do mês no valor de 
R$20.000, através de cheque. 
l) A empresa compra um veiculo no valor de R$10.000 pagando à vista, através de 
cheque. 
m) A empresa paga despesas com conta de luz, água e IPTU no valor de R$5.000, 
através de cheque. 
n) A empresa vende 50% do estoque de mercadorias por R$70.000 à vista recebendo 
através de cheque. 
o) A empresa recebe do cliente o valor da duplicata referente à venda a prazo item (J), 
em cheque. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
3. APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
 
Normalmente o resultado do exercício das empresas é apurado no final do exercício 
social, entendido este como o período de 1 (um) ano. Para apurar o resultado do 
exercício de uma empresa basta confrontar o total das receitas com o total das despesas 
ocorridas em determinado período, apurando assim o lucro ou prejuízo do exercício. 
 
Como apurar o resultado do exercício: 
 
1º Transfira os saldos, do razonete, das contas de Despesas para uma conta transitória 
denominada de Resultado do Exercício; 
2º Transfira os saldos, do razonete, das contas de Receitas para a mesma conta 
transitória denominada de Resultado do Exercício; 
3º Apure o saldo da conta Resultado do Exercício:A conta resultado do exercício receberá a débito, os saldos das contas de despesas; e a 
crédito, os saldos das contas de receitas. Logo, se o saldo desta conta for devedor, o 
resultado do exercício será prejuízo; caso o saldo da conta seja credor o resultado do 
exercício será lucro; 
4º Transfira o saldo da conta de resultado do exercício para a conta Lucros ou Prejuízos 
acumulados (conta patrimonial localizada no Patrimônio líquido). 
 
4. BALANCETE DE VERIFICAÇÃO 
 
O balancete é uma relação de contas extraídas do livro Razão ou do Razonete com seus 
saldos devedores e credores. 
 
Exemplo: 
CONTA MOVIMENTO SALDO 
Débito Crédito Devedor Credor 
 
 
Total 
 
Ou: 
CONTA SALDO 
Devedor Credor 
 
 
Total 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
4.1 Exercícios 
 
1) Com base nos saldos das contas abaixo em 30/11/20x0, levante o balancete da 
companhia. 
 
Caixa 20.000 
Banco 100.000 
Cliente 80.000 
Mercadorias 428.000 
Fornecedor 100.000 
Capital Social 600.000 
Imóveis 100.000 
Receitas de Vendas 250.000 
Despesas c/ Salários 30.000 
Terreno 50.000 
Custo da mercadoria vendida 50.000 
Impostos a pagar 10.000 
Despesa c/ seguro 5.000 
Despesa c/ propaganda 5.000 
Despesa c/ luz e água 2.000 
Despesa c/ aluguel 20.000 
Equipamentos 50.000 
Participação em outras 
Empresas – ações 20.000 
 
Em seguida, registre no razonete os saldos das contas acima e depois contabilize as 
operações abaixo, referentes ao mês de dezembro de 20x0, apure o resultado do 
exercício e levante o novo balancete de verificação e o balanço patrimonial. 
a) Baixa da obrigação (pagamento) com o fornecedor referente ao pagamento de uma 
duplicata de 50.000 com desconto obtido de 20%, pois foi paga com 15 dias de 
antecedência, através de cheque 001. 
b) Baixa de um direito (recebimento) com o cliente referente ao recebimento da 
duplicata no valor de 40.000, porém como o cliente pagou antecipadamente a 
companhia concedeu um desconto de 20%. 
c) A companhia faz uma aplicação financeira no valor de 10.000. 
d) Compra de mercadorias a prazo no valor de 20.000. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
5. PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE 
 
RESOLUÇÃO CFC N.º 750/93 
 
(Esta Resolução possui o Apêndice II aprovado pela Resolução CFC nº 1111/07). 
 
Dispõe sobre os Princípios de 
Contabilidade (PC). (Redação dada 
pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
 
O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no 
exercício de suas atribuições legais e regimentais, 
 
CONSIDERANDO a necessidade de prover fundamentação 
apropriada para interpretação e aplicação das Normas Brasileiras de Contabilidade, 
(Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
 
RESOLVE: 
 
 
CAPÍTULO I 
DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA 
Art. 1º Constituem PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (PC) 
os enunciados por esta Resolução. 
 
§ 1º A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória 
no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de 
Contabilidade (NBC). 
 
§ 2º Na aplicação dos Princípios de Contabilidade há situações 
concretas e a essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais. 
(Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
 
 
CAPÍTULO II 
DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO 
 
Art. 2º Os Princípios de Contabilidade representam a essência 
das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento 
predominante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à 
Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o patrimônio 
das entidades. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
Art. 3º São Princípios de Contabilidade: (Redação dada pela 
Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
I) o da ENTIDADE; 
25 
 
 
II) o da CONTINUIDADE; 
 
III) o da OPORTUNIDADE; 
 
IV) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL; 
 
V) o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; (Revogado pela 
Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
VI) o da COMPETÊNCIA; e 
 
VII) o da PRUDÊNCIA. 
 
 
SEÇÃO I 
 
O PRINCÍPIO DA ENTIDADE 
 
Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio 
como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da 
diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, 
independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade 
ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por 
consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus 
sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. 
 
Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, 
mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios 
autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza 
econômico-contábil. 
 
 
SEÇÃO II 
 
O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE 
 
 
Art. 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade 
continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos 
componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. (Redação dada pela 
Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
 
 
SEÇÃO III 
 
O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE 
 
26 
 
Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de 
mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações 
íntegras e tempestivas. 
 
Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na 
produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua 
relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a 
confiabilidade da informação. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
 
SEÇÃO IV 
 
O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL 
 
Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina 
que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores 
originais das transações, expressos em moeda nacional. 
 
§ 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em 
graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas: 
 
I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos 
ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que 
são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos 
valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas 
circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão 
necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações; e 
 
II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao 
patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações 
decorrentes dos seguintes fatores: 
 
a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em 
caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos 
equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. Os 
passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não 
descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no período das 
demonstrações contábeis; 
 
b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em 
caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma 
ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores emcaixa e equivalentes de caixa, não 
descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigações no 
curso normal das operações da Entidade; 
 
c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, 
descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo 
item no curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor 
presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja 
necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade; 
27 
 
 
d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou 
um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação 
sem favorecimentos; e 
 
e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder 
aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante 
o ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais. 
 
§ 2º São resultantes da adoção da atualização monetária: 
 
I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de 
valor, não representa unidade constante em termos do poder aquisitivo; 
 
II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores 
das transações originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda 
nacional, a fim de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos 
componentes patrimoniais e, por consequência, o do Patrimônio Líquido; e 
 
III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas 
tão somente o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a 
aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder 
aquisitivo da moeda nacional em um dado período. (Redação dada pela Resolução CFC 
nº. 1.282/10) 
 
SEÇÃO VI 
 
O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA 
 
 
Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das 
transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, 
independentemente do recebimento ou pagamento. 
 
Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a 
simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas. (Redação dada pela 
Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
 
SEÇÃO VII 
 
O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA 
 
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do 
menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre 
que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações 
patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 
 
Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego 
de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em 
28 
 
certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam 
superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior 
confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes 
patrimoniais. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
Art. 11. A inobservância dos Princípios de Contabilidade 
constitui infração nas alíneas “c”, “d” e “e” do art. 27 do Decreto-Lei n.º 9.295, de 27 de 
maio de 1946 e, quando aplicável, ao Código de Ética Profissional do Contabilista. 
(Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10) 
 
Art. 12. Revogada a Resolução CFC n.º 530/81, esta Resolução 
entra em vigor a partir de 1º de janeiro de 1994. 
 
 
 
 
Brasília, 29 de dezembro de 1993. 
 
 
 
 
 
Contador IVAN CARLOS GATTI 
Presidente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
5.1 Exercícios 
 
1) (Exame de Suficiência) Presume-se que a entidade não tem a intenção nem a 
necessidade de entrar em liquidação, nem reduzir materialmente a escala das suas 
operações; se tal intenção ou necessidade existir, as demonstrações contábeis têm que 
ser preparadas numa base diferente e, nesse caso, tal base deverá ser divulgada. 
A afirmação acima tem por base o Princípio da: 
 
a) Relevância. 
b) Prudência. 
c) Oportunidade. 
d) Continuidade. 
 
2) (Exame de Suficiência) O Princípio de Contabilidade que afirma que, uma vez 
integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos podem sofrer 
variações decorrentes da aplicação do custo corrente, valor realizável, valor presente, 
valor justo e atualização monetária é o Principio do(a): 
a) Competência. 
b) Continuidade. 
c) Entidade. 
d) Registro pelo Valor Original. 
 
3) (Exame de Suficiência) A respeito dos Princípios de Contabilidade, julgue os itens 
abaixo e, em seguida, assinale a opção CORRETA. 
I. A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão 
e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade. 
II. Os ativos avaliados pelo seu valor de liquidação baseiam-se no Princípio da 
Continuidade, pressupondo que a Entidade continuará em operação no futuro. 
III. A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação 
contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a 
relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação. 
Está(ao) CERTO(S) apenas o(s) item(ns): 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) II. 
d) III. 
 
4) (Exame de Suficiência) Refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos 
componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas, afirmando 
que a falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação 
contábil pode ocasionar a perda de sua relevância. Este enunciado refere-se à aplicação 
do Princípio: 
a) da Competência. 
b) da Oportunidade. 
c) da Prudência. 
d) do Registro pelo Valor Original. 
 
30 
 
5) (Exame de Suficiência) Em relação à aplicação do Princípio do Registro pelo Valor 
Original, assinale a opção CORRETA. 
a) A aplicação do Princípio do Registro pelo Valor Original implica que os ativos e 
passivos sejam registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa, não sendo 
admitida outras bases de mensuração, tais como valor realizável, valor presente e valor 
justo. 
b) A atualização monetária representa nova avaliação, mediante a aplicação de 
indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da 
moeda em um dado período, constituindo-se, portanto, em um descumprimento do 
Princípio do Registro pelo Valor Original. 
c) A atualização monetária representa o ajustamento dos valores originais para 
determinada data, mediante a aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a 
traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período, não 
representando um descumprimento Princípio ao Registro pelo Valor Original. 
d) A redação atualizada da Resolução CFC n.º 750/93, que trata dos Princípios de 
Contabilidade, feita pela Resolução n.º 1.282/10, aboliu o Princípio do Registro pelo 
Valor Original por estar em desacordo com as novas normas contábeis brasileiras, 
convergentes às normas internacionais de contabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
6. BALANÇO PATRIMONIAL 
 
Apresentação do Balanço: 
 
 ATIVO PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE 
 
ATIVO NÃO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE 
Realizável a Longo Prazo 
Investimentos PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Imobilizado Capital Social 
Intangível Reserva de Capital(+/-) Ajustes de Avaliação Patrimonial 
 Reservas de Lucros 
 (-) Ações em Tesouraria 
 Lucros Acumulados ou (-) Prejuízos Acumulados 
 
ATIVO 
 
Observação: As contas do Ativo devem ser dispostas em ordem decrescente de liquidez. 
Grau de liquidez é o maior ou menor prazo no qual bens e direitos podem ser 
transformados em dinheiro. 
 
Ativo Circulante: Valores realizáveis no exercício social seguinte ou prazo menor que 
um ano ou 365 dias. Exemplos: Caixa, Bancos, Aplicação de Liquidez Imediata, Contas 
a Receber, Duplicatas a Receber/Clientes, Impostos a Recuperar, Aplicações 
Financeiras, Estoques. 
 
Ativo Não Circulante: 
Realizável a Longo Prazo: Valores realizáveis após o término exercício social seguinte 
ou prazo superior 365 dias (1 ano). Exemplos: Títulos a Receber a Longo Prazo, Contas 
a Receber a Longo Prazo, Clientes – LP. 
 
Investimentos: Participações permanentes em outras empresas e os direitos de qualquer 
natureza. Exemplos: Participações em outras empresas, Obras de arte, Imóveis para 
aluguel. 
 
Imobilizado: Bens corpóreos (tangíveis) destinados à manutenção da empresa. 
Exemplos: Computadores e Periféricos, Veículos, Imóveis para Uso, Prédios, 
Instalações Prediais, Depreciação Acumulada. 
 
Intangível: Bens incorpóreos (intangíveis) destinados à manutenção da empresa. 
Exemplos: Marcas, Patentes, Fundo de Comércio, Amortização Acumulada. 
 
PASSIVO EXIGÍVEL 
 
Observação: As contas do Passivo Exigível devem ser dispostas em ordem decrescente 
de exigibilidade. 
 
Passivo Circulante: Obrigações da companhia que vencerão no exercício social 
seguinte, contas a pagar e financiamentos com prazo menor que um ano ou 365 dias. 
Exemplos: Fornecedores, Contas a Pagar, Impostos a Recolher etc. 
32 
 
 
Passivo Não Circulante: Obrigações da companhia que vencerão após o término do 
exercício social seguinte, contas a pagar e financiamentos com prazo maior que um ano 
ou 365 dias. Exemplos: Contas a Pagar – Longo Prazo, Financiamentos – Longo Prazo, 
Fornecedores – LP. 
 
7. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (MODELO 
SIMPLIFICADO) 
 
Receita Bruta de Vendas 
(-) Vendas Canceladas ou Devoluções de Vendas 
(-) Abatimentos de Vendas 
(-) Descontos Incondicionais 
(-) Impostos incidentes sobre Vendas (ICMS, PIS, COFINS, ISS etc) 
(=) Receita Líquida de Vendas 
(-) Custo de Mercadorias Vendidas - CMV 
(=) Resultado Bruto 
(-/+) Despesas e Receitas 
 (-) Despesas com Vendas 
 (-) Despesas Gerais e Administrativas 
 (-) Despesas Financeiras (deduzidas das Receitas Financeiras) 
 (+/-) Outras Receitas e Despesas 
(=) Resultado do Exercício antes do Imposto de Renda e CSSL ou LAIR 
(-) Imposto de Renda 
(-) Contribuição Social 
(=) Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício (Valor que é transferido para o 
Patrimônio Líquido) 
 
Observações: 
 
Despesas de Vendas – Representa as despesas necessárias para as vendas: propaganda, 
salário de vendedores, comissão de vendedores, provisão para devedores duvidosos etc. 
 
Despesas Gerais e Administrativas – Compreende as despesas incorridas para a direção 
e execução das tarefas Administrativas: salários, aluguel, taxas, depreciação etc. 
 
Despesas Financeiras – Representa a remuneração paga ao Capital de Terceiros: juros, variação 
cambial, descontos concedidos, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
8. EXERCÍCIOS 
 
1) Com base nas contas abaixo montar o balancete, abrir os razonetes para as respectivas contas, 
efetuar os ajustes do exercício nos razonetes, apurar o resultado do exercício, levantar o 
balancete final e montar o balanço patrimonial. 
 
Vendas $500.000 
Veículos $10.000 
Despesas com salários $320.000 
Banco c/ movimento $70.000 
Duplicatas a receber $200.000 
Duplicatas a pagar $150.000 
Mercadorias $120.000 
Capital Social $600.000 
Equipamentos $300.000 
Despesas financeiras $50.000 
Despesa de propaganda $30.000 
CMV $150.000 
Ajustes ao final do ano: 
a) A companhia deprecia o veiculo no final do ano a taxa de 20% ao ano e os 
equipamentos a taxa de 10% ao ano. Observação: o veículo possui valor residual no 
valor de $500 e os equipamentos possuem valor residual no valor de $100.000; 
b) A companhia adquire mercadorias do fornecedor para pagamento em 60 dias no valor 
de $80.000 
c) A companhia recebe dos clientes $20.000 de duplicata a receber em cheque. 
d) A companhia paga ao fornecedor duplicatas no valor de $30.000 em cheque 
e) A companhia vende 50% das mercadorias do estoque por $400.000 recebendo a vista o 
valor da venda e depositado no banco 
 
2) Com base nas contas abaixo: a) levante o balancete, b) abra os razonetes para as respectivas 
contas abaixo, c) efetue os ajustes no razonete, d) apure o resultado do exercício, e) levante um 
novo balancete e f) monte o balanço patrimonial. 
Caixa 200.000 
Bancos 400.000 
Capital social 800.000 
Veículos 200.000 
Depreciação acumulada de veículos 80.000 
Duplicatas a receber 160.000 
Fornecedor 80.000 
Vendas 500.000 
Mercadorias 300.000 
CMV 150.000 
Despesas com salários 50.000 
Ajustes ao final do ano: 
a) A companhia vende 40% do estoque de mercadorias por 180.000, recebendo o valor somente 
daqui a 30 dias. 
b) A companhia paga ao fornecedor 60.000 através do cheque número 002. 
c) A companhia paga despesas com aluguel no valor de 30.000, cheque 003 
d) A companhia paga despesas de propaganda no valor de 40.000, cheque 004 
e) A companhia paga despesas com material de consumo no valor de 30.000 em dinheiro. 
f) A companhia paga despesa de luz e água no valor de 5.000, em dinheiro. 
g) Os sócios fazem um aporte de capital (aumento do capital) colocando 100.000 em dinheiro na 
companhia, com deposito no banco da empresa. 
h) A companhia recebe do cliente 50.000 das duplicatas a receber e deposita no banco. 
i) A empresa faz a depreciação de seu veículo utilizando a taxa de 20% ao ano. Observação: o 
veículo possui valor residual no valor de $ 100.000. 
34 
 
9. FÓRMULAS DOS LANÇAMENTOS CONTÁBEIS 
 
Fórmulas de lançamento constituem o conjunto de elementos representativos do débito 
e do crédito. Eles são utilizados para expressar a natureza dos fatos ocorridos de forma 
objetiva e direta visando à economia de tempo e custo dos serviços contábeis sem que, 
entretanto, eles percam sua qualidade técnica. Existem quatro formas ou fórmulas de 
organizar os lançamentos, como segue: 
 
Lançamentos de primeira fórmula ou fórmula simples: elaborados com uma conta a 
débito e outra conta a crédito, a um débito corresponde um crédito, de igual valor. 
Exemplo: compra de mercadorias à vista 
Mercadorias (conta a débito) 
a Caixa (conta a crédito) 
 
Lançamentos de segunda fórmula ou fórmula composta: elaborados com uma conta 
a débito e mais de uma conta a crédito, a um débito correspondem vários créditos, de 
igual valor. 
Exemplo: compra de mercadorias, sendo parte à vista e parte a prazo 
Mercadorias (conta a débito) 
a Caixa (conta a crédito) 
a Fornecedores (conta a crédito) 
Lançamentos de terceira fórmula ou fórmula composta: elaborados com mais de 
uma conta a débito e uma conta a crédito, a vários débitos corresponde um crédito, de 
igual valor. 
Exemplo: pago duplicata de fornecedor com juros de mora, em dinheiro 
 Fornecedores (conta a débito) 
 Despesa de juros (conta a débito) 
 a Caixa (conta a crédito) 
Lançamentos de quarta fórmula ou fórmula complexa:elaborados com mais de uma 
conta a débito e mais de uma conta a crédito, a vários débitos correspondem vários 
créditos, de igual valor. 
Exemplo: pago duplicata de fornecedor com juros de mora, em dinheiro e em 
cheque. 
Fornecedores (conta a débito) 
Despesa de juros (conta a débito) 
a Caixa (conta a crédito) 
a Banco conta Movimento (conta a crédito) 
 
9.1 Exercícios 
 
1) Considerando os seguintes fatos administrativos: 
 
I – Pagamento a um fornecedor, por cheque; 
II – Pagamento a um fornecedor, com juros, por cheque; 
III – Recebimento de uma duplicata, com juros, em dinheiro; 
IV- Pagamento de uma duplicata, parte em dinheiro e parte em mercadorias, acrescida de multa. 
 
Podemos dizer que os lançamentos contábeis exigidos são respectivamente de: 
 
a) 1, 3, 2 e 4 fórmulas 
b) 1, 2, 3 e 4 fórmulas 
35 
 
c) 2, 3, 1 e 4 fórmulas 
d) 3, 2, 1 e 4 fórmulas 
 
2) Analise o seguinte lançamento: 
 
D - Duplicatas a pagar 20.000,00 
D - Despesa de juros 1.000,00 
C - Banco Conta Movimento 21.000,00 
 
É correto afirmar que esse lançamento corresponde à: 
 
a) 2ª fórmula e representa o pagamento de duplicata com desconto 
b) 2ª fórmula que não gera alteração da situação líquida 
c) 3ª fórmula e representa o pagamento de duplicata com juros 
d) 3ª fórmula e representa o recebimento de um direito com desconto 
 
3) Observe o lançamento abaixo: 
 
D - Fornecedores 
D - Despesas de Juros 
C - Caixa 
 
Esse lançamento é caracterizado como: 
 
a) De segunda fórmula 
b) De terceira fórmula 
c) Fórmula secundária 
d) Ato administrativo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
10. REGIMES CONTÁBEIS 
 
10.1 REGIME DE COMPETÊNCIA 
 
Pelo regime de Competência as receitas e despesas devem ser registradas (contabilizadas) no 
período (mês/ano) em que ocorreram (aconteceu) independentemente de seu pagamento 
(despesa) ou seu recebimento (receita), não havendo assim a necessidade de ter havido o 
desembolso ou a efetiva entrada do dinheiro. A contabilidade comercial utiliza somente o 
regime de competência. 
 
10.2 REGIME DE CAIXA 
 
Pelo regime de caixa as receitas e despesas somente serão registradas na contabilidade quando 
ocorrer o efetivo pagamento ou recebimento, transitando assim pelo caixa. 
 
10.3 EXERCÍCIO 
 
1) Assuma que no exercício de x2 tenham ocorrido os seguintes eventos na gestão de uma 
determinada empresa: 
 
1. Pagamentos em dinheiro, de despesas de salários e encargos, no valor de R$ 2.000 referentes 
ao mês de dezembro de x1. 
 
2. Pagamentos efetuados durante o exercício de x2, em cheques, no valor de R$ 30.000, 
referentes a salários e encargos ocorridos nos meses de janeiro a novembro de x2. 
 
3. Salários e encargos de dezembro de x2 a serem pagos em janeiro de x3, no valor de R$ 5.000. 
 
4. Recebida em janeiro de x2 a importância de R$ 500, referente a aluguéis do mês de dezembro 
de x1. 
 
5. Recebida em dinheiro, durante o exercício de x2, a importância de R$ 5.500, referente a 
aluguéis correspondentes aos meses de janeiro a novembro de x2. 
 
6. Aluguel de dezembro de x2, a ser recebido em janeiro de x3, no valor de R$ 800. 
 
7. Recolhimento em janeiro de x2, por meio de cheque, da importância de R$ 1.000, 
correspondente a impostos e contribuições incorridas em dezembro de x1. 
 
8. Pagamentos efetuados em dinheiro, durante o exercício de x2, referentes a impostos e 
contribuições, incorridos nos meses de janeiro a novembro de x2, no valor de R$ 12.000. 
 
9. Impostos e contribuições incorridos em dezembro de x2, a serem recolhidos em janeiro de x3, 
no valor de R$ 1.900. 
 
10. Serviços prestados durante o exercício de x2, a prazo, para recebimento no exercício de x3, 
no valor de R$ 15.000. 
 
Apure o resultado do exercício dessa empresa pelos dois regimes (competência e caixa). 
 
 
 
 
 
37 
 
11. EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 
 
1) Carlos, Alberto e José Silva, resolveram organizar uma empresa, em 15-1-x1, a qual 
denominaram Irmãos Silva & Cia Ltda, com um capital integralizado, no ato, em moeda 
corrente, de $ 35.000. 
 
As primeiras operações da empresa foram as seguintes: 
 
18/1 – Compra de um imóvel por $ 30.000, pago da seguinte forma: $ 3.000 em dinheiro e o 
restante mediante uma promissória com vencimento para 18-3-x2. 
19/1 – Compra, à vista, de móveis necessários para a instalação da empresa por $ 3.000. 
20/1 – Foram comprados da Cia ABC, equipamentos a prazo, por $ 8.500. 
23/1 – Foi obtido um empréstimo para a empresa, junto ao Banco do Sul S.A., de $ 15.000. 
25/1 – Foram pagos $ 5.000 à Cia ABC para amortização de parte da dívida contraída pela 
compra efetuada em 20/1. 
27/1 – Os três sócios aumentaram o capital da empresa em $ 10.000, em dinheiro. 
30/1 – Compra, a vista, da Cia B, de $ 17.000 em peças para reparo. 
 
Pede-se efetuar os lançamentos contábeis no Diário, nos razonetes e elaborar o BP. 
 
2) A empresa Quero-Quero Ltda, dedica-se à prestação de serviços de assistência técnica de 
eletrodomésticos. Ela iniciou suas atividades em 1-1-x1 e em 30-11-x1, apresentava os saldos 
das seguintes contas: Caixa $ 13.000; Bancos C/ Movimento $ 1.000; Clientes $ 800; Receitas 
de Serviços $ 60.000; Salários $ 30.000; Aluguéis $ 5.000; Energia Elétrica $ 2.000; Salários a 
pagar $ 2.000; Contas a Pagar $ 1.000; Receitas Financeiras $ 1.300; Veículos $ 32.000; 
Despesas Gerais $ 500; Capital $ 20.000. 
 
As operações de dezembro são as seguintes: 
1 – pagamento de salários, $ 5.000 do mês anterior, sendo que foram provisionados apenas $ 
2.000; 
2 – serviços prestados ao cliente ABC, 60% efetivamente recebidos. O valor total dos serviços 
foi de $ 10.000; 
3 – os materiais adquiridos a vista e utilizados para serviços de reparos totalizaram $ 2.000; 
4 – as contas de energia elétrica de $ 500, referentes ao mês anterior, foram pagas nesta data; 
5 – depósito de $ 7.500 na conta da empresa, no Banco Patinhas S.A.; 
6 – compra de $ 1.000 de materiais especiais para reparos, para estoque. A empresa emitiu 
cheque para pagamento ao fornecedor; 
7 – recebimento de $ 1.200 de diversos Clientes; 
8 – compra a prazo de terrenos no valor de $ 50.000, mediante emissão de nota promissória com 
vencimento em 31-1-x3; 
9 – aumento de capital social da empresa em $ 20.000, integralizados da seguinte forma: 
- $ 10.000 em cheques; 
- $ 10.000 em móveis e utensílios; 
10 – as despesas de dezembro, pagas nesta data, referem-se a: 
- aluguel - $ 500 
- energia elétrica - $ 800 
- salários - $ 500. 
 
Pede-se: 
a) elaborar o Balancete de Verificação em 30/11/X1; 
b) efetuar os lançamentos contábeis no Diário; 
c) abrir os razonetes e lançar os saldos iniciais; 
d) efetuar os lançamentos das operações de dezembro nos razonetes; 
e) elaborar o Balancete de Verificação em 31/12/X1; 
f) elaborar o BP e DRE. 
38 
 
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Curso de Contabilidade Introdutória em IFRS e 
CPC. 1ª edição. São Paulo: Ed. Atlas, 2014. 
 
Equipe de Professores da FEA/USP. Contabilidade Introdutória. 11ª edição. São 
Paulo: Atlas: 2010. 
 
FERRARI, Ed Luis. Contabilidade Geral. 13ª edição. Rio de Janeiro: Impetus, 2013. 
 
FERREIRA, Ricardo J. Contabilidade Básica. 11ª edição. Rio de Janeiro. Ed. Ferreira. 
2014. 
 
FUNDAÇÃO INSTITUTO DE PESQUISAS CONTÁBEIS, ATUARIAIS E 
FINANCEIRAS. Manual de contabilidade societária: aplicável também às demais 
sociedades. São Paulo: Atlas, 2010. 
 
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial.16ª edição. São Paulo: Atlas, 
2012. 
 
PADOVEZE, Clóvis Luis. Manual de Contabilidade Básica. 9ª edição. São Paulo: 
Atlas, 2014. 
 
SZUSTER, Natan, CARDOSO, Ricardo, SZUSTER, Fortunee, SZUSTER, Flávia, 
SZUSTER, Fernanda. Contabilidade Geral. 4ª edição. São Paulo: Ed. Atlas, 2013. 
 
VELLANI, Cassio Luiz. Introdução a Contabilidade básica: uma visão integrada e 
conectada. 1ª edição. São Paulo: Ed. Atlas . 2014.

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