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Sistema Nervoso Autônomo As ordens de comando que controlam os batimentos cardíacos, a contração ou o relaxamento do estômago e a secreção das glândulas da mucosa estomacal partem de centros encefálicos superiores, de modo equivalente às ordens transmitidas aos músculos para movimentar braços ou pernas. Mas ocorre que, enquanto o movimento dos membros é voluntário, não se pode, conscientemente, parar ou acelerar o coração nem o estômago, porque o funcionamento desses órgãos e de outras vísceras independe da vontade. O Sistema Nervoso Autônomo é o responsável diferentes estímulos corporais. No caso dos movimentos voluntários, quando se deseja executá-los, a ordem correspondente parte de alguns dos giros encefálicos, segue pela via piramidal – que é um “caminho” nervoso expresso – e atinge os centros nervosos motores situados no encéfalo e na medula espinhal. Desses centros a ordem é retransmitida por fibras nervosas, diretamente aos músculos esqueléticos, de cuja contração resulta o movimento. Esses movimentos, embora controláveis pela vontade, podem ser automáticos ou reflexos. O Controle do Sistema Nervoso Autônomo São automáticos os movimentos respiratórios, os de sucção da criança que mama, os da marcha, da dança e da natação. Os primeiros, respiração e sucção, são inatos; s últimos são adquiridos (requerem uma fase de aprendizado). Movimentos reflexos são aqueles que se processam sob a forma de resposta a um estímulo. Estímulos diferentes determinam, através de arcos reflexos, respostas diversas. O indivíduo descalço, ao pisar inesperadamente sobre um pedregulho, alivia reflexamente o peso do corpo sobre aquele pé. No entanto, ao pisar sobre a ponta de um cigarro aceso, reflexamente afasta o pé do estímulo, flexionando a perna. A resposta reflexa é anterior à consciência do fato, e realmente funciona como mecanismo de defesa. Esses exemplos são denominados somáticos, isto é, da vida de relação, porque tanto o estimulo quanto a resposta relacionam o indivíduo com o meio ambiente. Estímulos e Reflexos Os movimentos reflexos viscerais são comandados pelo sistema nervoso autônomo, também denominado sistema neurovegetativo, com duas seções: o sistema simpático e o parassimpático. Compreende as partes do sistema nervoso responsáveis pela inervação da musculatura do coração, musculatura lisa e glândulas. Originariamente, o sistema nervoso autônomo foi conceituado como um sistema à parte; acreditava-se que ele fosse constituído somente por uma porção periférica, representada pelos troncos simpáticos e grandes plexos nervosos viscerais. O estudo de suas conexões com o sistema nervoso central demonstrou, no entanto, a íntima relação que há entre ambos. Não se trata, então, de sistema independente, mas de uma das partes do sistema nervoso, que é um todo único, separado apenas para fins didáticos. Sendo parte do sistema nervoso, o sistema nervoso autônomo é constituído por grupos de células e fibras nervosas situados no interior do encéfalo e da medula espinhal, e ainda por outros localizados fora do sistema nervoso central, constituindo os gânglios autônomos ou simpáticos. Os estímulos que agem sobre as vísceras, como a passagem do bolo alimentar, desencadeiam impulsos nervosos que, através de fibras nervosas viscerais sensitivas, são conduzidos a diferentes níveis do sistema nervoso central. Destes são retransmitidos, dependendo do estímulo inicial, através de circuitos mais ou menos complexos, a centros nervosos especiais – talâmicos, hipotalômicor, cortícais -, de onde partem novos impulsos com ordens de comando. Essas ordens destinam-se a grupos de células anexos a núcleos de nervos cranianos e a grupos de células situados ao longo da medula espinhal. Tais células, através de suas fibras, conduzem as mesmas ordens a gânglios simpáticos ou a outros que as transmitem, através dos nervos viscerais motores, às vísceras. Em resultado, verifica-se a contração ou relaxamento das vísceras e aumento ou diminuição da secreção glandular. Diz-se, portanto, que as ordens motoras somáticas seguem vias diretas, praticamente expressas; já as motoras viscerais são mais complexas e, antes de atingir os respectivos destinos, sofrem retransmissão ao nível dos gânglios simpáticos. SERVIÇO DE CONTROLE GERAL Cabe ao sistema nervoso autônomo regular o funcionamento geral do organismo. Daí a denominação sistema neurovegetativo: ele é a parte do sistema nervoso (neuro) que regula a vida vegetativa. Agindo sobre a musculatura do coração, controla os batimentos cardíacos, mobilizando mais ou menos sangue conforme as necessidades do momento. Simultaneamente, provoca dilatação ou diminuição do calibre das artérias, a fim de regular o fluxo sanguíneo. Controla os vasos e o funcionamento das vísceras, agindo diretamente sobre a musculatura lisa de suas paredes e sobre suas glândulas. Para que tudo aconteça de maneira harmônica e no momento exato, o SNA possui dois componentes distintos: o simpático e o parassimpático, cujas funções mantêm o desejado equilíbrio funcional do organismo. Os centros celulares de retransmissão do contingente simpático situam-se nas regiões torácica e lombar alta da medula espinhal. Daí sua outra denominação: toracolombar. O contingente paras-simpático tem seus centros de retransmissão junto aos núcleos motores dos nervos cranianos III (oculomotor), VII (facial intermédio), IX (glossofaríngeo), X (vago) e nos segmentos sacrais S2, S3 e S4 da medula espinhal. A transmissão dos estímulos dos neurônios centrais aos diversos órgãos dá-se por meio da ação de substâncias químicas produzidas ao nível das terminações nervosas (sinapses). Esses mediadores químicos são de dois tipos: acetilcolina e adrenalina. O primeiro tipo de mediador (ou colinérgico) é encontrado no sistema parassimpático, nas terminações pré-ganglionares do simpático e em algumas terminações pós-ganglionares desse sistema. Mas, na maioria das terminações pós-ganglionares, o mediador químico é do tipo adrenalina (adrenérgico). MENINGITE A meningite é uma inflamação das meninges, que são as membranas que envolvem o cérebro. Existem diversos tipos de meningite, e para cada um deles há causa e sintomas específicos. Tipos de meningite existentes: Meningite viral Meningite bacteriana Meningite fúngica. Causas A causa da meningite varia de acordo com o tipo. A mais comum das meningites é aquela causada por vírus, mas há casos também da doença provocada por bactérias. Menos comum, a meningite causada por fungos também pode surgir. A meningite viral pode ser causada por diversos tipos de vírus e é a forma mais comum e menos perigosa de meningite, pois muitas vezes nem exige tratamento. Os vírus causadores da meningite podem ser transmitidos via alimentos, água e objetos contaminados e são mais comuns entre o fim do verão e o começo do outono. Meningite bacteriana é a mais grave de todas. Ela ocorre geralmente quando a bactéria entra na corrente sanguínea e migra até o cérebro. Pode acontecer, também, de a doença ser desencadeada após uma infecção no ouvido, fratura ou, mais raramente, após alguma cirurgia. Existe mais de uma bactéria capaz de transmitir a doença. Conheça: Streptococcus pneumoniae (pneumococo) Essa é a mais comum entre todas as bactérias que transmitem meningite. Ela também pode causar infecções no ouvido e até pneumonia. Existe uma vacina disponível para reduzir a ocorrência da infecção por essa bactéria. Neisseria meningitidis Outra bactéria bastante comum, essa se espalha pela corrente sanguínea após umainfecção no trato respiratório e é extremamente contagiosa. Afeta principalmente adolescentes e jovens adultos. Haemophilus influenzae Esta bactéria costumava ser a principal causa de meningite em crianças. Hoje, no entanto, sua ocorrência foi controlada e reduzida por meio de vacinas. No Brasil, a vacina contra a meningite causada por essa bactéria faz parte da cartilha obrigatória de vacinação na infância. Quando não prevenida, tanto crianças quanto adultos podem apresentar a doença, que se desenvolve a partir de uma infecção no trato respiratório. Listeria monocytogenes A maioria das pessoas expostas a essa bactéria não manifestam sintomas, mas mulheres grávidas, pessoas com imunidade comprometida, recém-nascidos e idosos são mais suscetíveis a esse tipo de meningite. Já a meningite fúngica, apesar de ser a menos comum, pode levar ao quadro crônico da doença. Às vezes seus efeitos podem ser similares ou até idênticos aos da meningite bacteriana, por isso inspira cuidados, mas não é contagiosa de pessoa para pessoa. Em casos mais raros ainda, meningite pode ser resultado de causas não- infecciosas, como reações químicas, alergia a alguns medicamentos e alguns tipos de câncer também. SINTOMAS Os sintomas mais comuns da meningite são: Febre alta repentina Forte dor de cabeça Pescoço rígido Vômitos Náusea Confusão mental e dificuldade de concentração Convulsões Sonolência Fotossensibilidade Falta de apetite Rachaduras e presença de manchas vermelhas na pele. DIAGNÓSTICO Cultura de sangue, em que uma amostra de sangue do paciente é enviada para laboratório, onde é realizada uma cultura de microrganismos, em especial de bactérias Exames de imagem, como raio-X e tomografias, procurarão por sinais de infecção pelo corpo. TRATAMENTO: Os medicamentos mais usados para o tratamento de meningite são: Amicacina Ampicilina Sódica Androcortil Ceftriaxona Dissódica Ceftriaxona Sódica Ciprofloxacino Doxiciclina. HIDROCEFALIA Hidrocefalia é o acúmulo de líquido no cérebro. Este líquido, chamado liquor ou líquido cefalorraquidiano, é produzido pelo próprio cérebro e circula por todo o sistema nervoso central, inclusive pela coluna vertebral, retornando ao cérebro para ser reabsorvido. A função do liquor é proteger e hidratar o cérebro e a medula espinhal. Porém, quando há algum distúrbio na produção, circulação ou absorção desse líquido, pode surgir a hidrocefalia. A grande maioria dos casos de hidrocefalia ocorre devido a problemas na absorção do liquor, o que aumenta a quantidade de líquido no interior do cérebro. O volume normal de líquido cefalorraquidiano em adultos varia entre 100 ml e 150 ml, enquanto que em bebês fica entre 40 ml e 60 ml. A hidrocefalia pode surgir antes do nascimento, durante a infância ou na idade adulta, por diversas causas. Quais são os sintomas da hidrocefalia? Os sinais e sintomas da hidrocefalia em bebês recém-nascidos ou crianças pequenas podem incluir: Irritabilidade; Excesso de sono ou muita moleza; Apneia ("prender o ar") ou paradas respiratórias; Alteração do formato do crânio, cabeça maior que o esperado ou que cresce rapidamente; Fontanela aberta e tensa; Falta de equilíbrio, dificuldade para andar; Atraso no desenvolvimento neurológico, psicológico e motor. Já em crianças mais velhas e adultos, a hidrocefalia pode causar: Dor de cabeça; Vômitos; Dificuldade para ver; Moleza excessiva ou excesso de sono. A hidrocefalia também pode evoluir lentamente, prejudicando o cérebro aos poucos, o que pode provocar: Problemas e dificuldades de aprendizagem, concentração, raciocínio, memória recente; Problemas de coordenação motora, organização; Dificuldades de se localizar no tempo e espaço; Falta de motivação; Dificuldades na visão. No caso da Hidrocefalia de Pressão Normal, que ocorre em idosos, a doença pode ser facilmente confundida com Mal de Alzheimer ou Parkinson devido aos seus sinais e sintomas: Dificuldade para caminhar; Incontinência urinária; Deficiência cognitiva, marcada sobretudo pela perda de memória. Quais os tipos de hidrocefalia? Hidrocefalia congênita: Surge antes do nascimento, na vida intrauterina; Hidrocefalia obstrutiva: Ocorre quando o liquor se acumula no cérebro devido a uma obstrução que impede o seu fluxo; Hidrocefalia comunicante: Surge quando há um desequilíbrio entre a velocidade de produção e a capacidade de absorção do liquor; Hidrocefalia de Pressão Normal: Ocorre em idosos e é considerada um tipo de demência. Quais são as causas da hidrocefalia? No caso da hidrocefalia comunicante, as principais causas são: Hemorragia intracraniana; Traumatismo craniano; Meningite; Idiopática (sem causa aparente). Já as principais causas de hidrocefalia obstrutiva incluem: Malformações cerebrais; Tumores; Cistos. A hidrocefalia tem tratamento e deve ser investigada. Na presença de algum desses sintomas, procure o/a médico/a de família, clínico/a geral ou pediatra. AVC VC hemorrágico Dizemos que o AVC é hemorrágico quando há o rompimento de um vaso cerebral, ocorrendo um sangramento (hemorragia) em algum ponto do sistema nervoso. A hemorragia pode acontecer no interior do tecido cerebral (AVC hemorrágico intraparenquimatoso), que é o mais comum e responsável por 15% de todos os casos de AVC. O sangramento também pode ocorrer perto da superfície cerebral, entre o cérebro e a meninge, conhecido como AVC hemorrágico subaracnóideo. O AVC hemorrágico não é tão comum quanto o isquêmico, no entanto, o AVC hemorrágico pode causar a morte mais frequentemente do que acidentes vasculares cerebrais isquêmicos. Saiba tudo sobre um AVC hemorrágico aqui. (3, 4 e 5) AVC isquêmico AVC isquêmico ou acidente vascular cerebral isquêmico se dá quando há uma obstrução da artéria, impedindo a passagem de oxigênio para as células cerebrais, que morrem - essa condição é chamada de isquemia. A obstrução da artéria pode acontecer por um trombo, que é um coágulo de sangue que se forma na parede do vaso sanguíneo, ou por um êmbolo, que nada mais é do que um trombo que se desloca pela corrente sanguínea até ficar preso em um vaso sanguíneo menor que sua extensão. Saiba tudo sobre um AVC isquêmico aqui. (3, 4 e 5) Causas Causas do AVC hemorrágico Quando falamos em um AVC hemorrágico, a hemorragia pode ser causada por fatores como: Hipertensão arterial Inflamação nos vasos sanguíneos, que podem se desenvolver a partir de doenças como sífilis, doença de Lyme, vasculite e tuberculose Distúrbios de coagulação do sangue, como a hemofilia Ferimentos na cabeça ou no pescoço que resultam em danos aos vasos sanguíneos na cabeça ou no pescoço Tratamento com radiação para câncer no pescoço ou cérebro Angiopatia amiloide cerebral (uma doença degenerativa dos vasos sanguíneos) Aterosclerose Arritmias cardíacas Doenças das válvulas cardíacas, como prolapso da válvula mitral ou estenose de uma válvula cardíaca Endocardite Forame oval patente, que é um defeito cardíaco congênito Distúrbios de coagulação do sangue Vasculite (inflamação dos vasos sanguíneos) Insuficiência cardíaca Infarto agudo do miocárdio. Causas de um AVC isquêmico Uma isquemia causadora de um AVC pode ocorrer por fatores como: Aterosclerose: condição vascular onde ocorre o acúmulo de lipídeos (como ocolesterol e triglicérides), plaquetas e outras substâncias no seu interior dos vasos, levando a um espessamento gradual de suas paredes e gerando sua obstrução Formação de trombos: pequenos grumos sanguíneos coagulados, de diversos tamanhos, que quando em circulação, encontram um vaso menor que seu diâmetro causando sua obstrução Inflamações: respostas locais que o nosso corpo produz para combater alguma situação indesejável. No AVC, as inflamações mais comuns são as causadas por anti-corpos (doenças auto-imunes) e as infecções que acometem o interior das artérias. (3, 4 e 5) Fatores de risco Hipertensão Diabetes tipo 2 Colesterol alto Sobrepeso e obesidade Tabagismo Uso excessivo de álcool Idade avançada Sedentarismo Histórico familiar: o risco é maior se um parente próximo, como pai, mãe ou irmão, teve um AVC Sexo masculino. Além disso, doenças cardiovasculares que influenciam no fluxo sanguíneo podem aumentar o risco de AVCs isquêmicos, como: Arritmias cardíacas, como fibrilação atrial Doenças das válvulas cardíacas, como prolapso da válvula mitral ou estenose de válvula cardíaca Endocardite, que é a infecção das valvas do coração Forame oval patente, que é um defeito cardíaco congênito Insuficiência cardíaca Infarto agudo do miocárdio. (1, 3, 4 e 5) Sintomas de AVC Entre os sintomas gerais de um AVC, temos: Diminuição ou perda súbita da força na face, braço ou perna de um lado do corpo Alteração súbita da sensibilidade com sensação de formigamento na face, braço ou perna de um lado do corpo Perda súbita de visão num olho ou nos dois olhos Alteração aguda da fala, incluindo dificuldade para articular, expressar ou para compreender a linguagem Dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente Instabilidade, vertigem súbita intensa e desequilíbrio associado a náuseas ou vômitos. Medicamentos para AVC Os medicamentos usados no tratamento do AVC são geralmente indicados para evitar futuras complicações, a exemplo de doenças cardiovasculares. Para casos como esse, a sinvastatina costuma ser o remédio mais prescritos por especialistas. Outros medicamentos usados para prevenir complicações e tratar efeitos do AVC são: Aradois Aspirina Prevent Atorvastatina Cálcica Cebralat Cilostazol Clopidogrel Coumadin Cozaar Effient Eliquis Marevan Tratamento emergencial no hospital Quando o paciente com AVC chega ao hospital e é determinado o tipo de AVC que ele tem, são executados os tratamentos de emergência. Se o tempo de aparecimento dos sintomas for inferior a quatro horas, sem presença de hemorragia intracraniana, pode-se tentar a desobstrução das artérias através de uma medicação endovenosa, o rt-PA. Este procedimento é conhecido como trombólise endovenosa e poderá ser realizado caso o paciente esteja incluído nos critérios de eleição para o procedimento e não apresente nenhuma contraindicação. Estes critérios de inclusão e exclusão são determinados por protocolos institucionais que devem obedecer às mais modernas recomendações internacionais da área. Se no exame de imagem for observada a presença um trombo nas artérias cerebrais, a preferência é a retirada mecânica ou dissolução local do mesmo. Este procedimento é realizado pela equipe de Neurorradiologia, que deve ser acionada imediatamente. Através de avançados procedimentos endovasculares (como o cateterismo), é possível retirar o trombo ou infundir no próprio localmedicações que desfaçam a obstrução (incluindo o rt-PA). Isto possibilita a desobstrução imediata da artéria obstruída. Este procedimento é indicado para pacientes com até 8 horas evento.
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