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PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
 Não há crime (infração penal) nem pena ou medida de segurança (sanção penal) sem prévia cominação legal (stricto senso)
GARANTIA CRIMINAL E PENAL
A lei formal, e tão somente ela,é fonte criadora de crimes e de penas, de causas agravantes ou medidas de segurança,sendo inconstitucional a utilização em seu lugar de qualquer outro ato normativo,do costume ou argumento analógico in malam partem- exigência de lei scrita (nulla poena sine lege scripta)
 NULLA POENA SINE CRIMINE- Entende-se que somente será possível a aplicação de pena quando houver,efetivamente,a prática de determinada infração penal, que, ao seu turno, também deverá estar expressamente prevista na lei penal- NULLUM CRIMEN SINE LEGE. A lei penal somente poderá proibir ou impor comportamentos, sob a ameaça de sanção, se houver absoluta necessidade de proteger determinados bens, tidos como fundamentais ao nosso convívio em sociedade,em atenção ao chamado direito penal mínimo- NULLA LEX (POENALIS) SINE NECESSITATE. As condutas tipificadas pela lei penal devem, obrigatoriamente, ultrapassar a pessoa do agente, isto é,não poderão se restringir à sua esfera pessoal, à sua intimidade, somente havendo possibilidade de proibição de comportamentos ,quando estes vierem a atingir bens de terceiros- NULLA NECESSITAS SINE INJURIA, exteriorizados mediante uma ação- NULLA INJURIA SINE ACTIONE – Sendo que,ainda, somente as ações culpáveis poderão ser reprovadas.- NULLA ACTIO SINE CULPA.
A finalidade do direito penal é proteção dos bens mais importantes e necessários para a própria sobrevivência da sociedade
 Como o Direito penal objetivou-se tutelar os bens que por serem extremamente valiosos,não do ponto de vista econômico, mas sim político, não podem ser suficientemente protegidos pelos demais remos do Direito.
 Quando dissemos ser político o critério da seleção dos bens a serem tutelados pelo Direito penal,é porque a sociedade,dia após dia,evolui. Bens que em outros tempos eram tidos como fundamentais e ,por isso,mereciam a proteção do Direito penal,já não gozam desse status.
 Exemplo disso foi a revogação dos delitos de sedução, rapto e adultério, levada a efeito pela Lei n° 11.106, de 28 de Março de 2005. A mulher da década de 1940,período em que foi editado nosso código penal,cuja parte especial,com algumas alterações,ainda se encontra em vigor,é completamente diferente daquela que participa da nossa sociedade já no século XXI.
 Hoje, a mulher e voltada para o trabalho;divide,efetivamente os encargos relativos à manutenção de seu lar juntamente com o marido;atua ativamente na vida política do país, enfim, há uma diferença gritante entre a que viveu na década de 1940 , e a deste novo século. Conceitos modificam-se durante o passar dos anos. É por isso que o Direito penal vive,como não poderia deixar de ser, em constante movimento,tentando adaptar-se às novas realidades sócias.
 Em virtude dessa constante mutação, bens que outrora eram considerados de extrema importância e, por conseguinte,carecedores da espacial atenção do Direito penal,já não merecem,hoje,ser por ele protegidos.
Da norma penal
 De acordo com o princípio da reserva legal ,em matéria penal, pelo fato de lidarmos com o direito de liberdade dos cidadãos,pode-se fazer tudo aquilo que não esteja expressamente proibido em lei,uma vez que segundo o inciso XXXIX, do art. 5°, da constituição Federal, e o art. 1° do Código Penal, não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal.
 Isso quer dizer que,embora a conduta do agente possa até ser reprovável socialmente,se não houver um tipo penal incriminador proibindo-a,ele poderá praticá-la sem que lhe seja aplicada qualquer sanção de caráter penal. O fato de cruzarmos com nossos vizinhos sem comprimentá-los ,ou mesmo de não cuidarmos de nossa higiene pessoal não nos levará a receber uma sanção penal do estado. A sanção que nos é reservada não é aquela de cunho penal, mas sim de natureza social. A reprovação vem da própria sociedade,mas nunca do Direito Penal. O princípio de intervenção mínima ,que limita as atividades do legislador,proíbe que o Direito penal interfira nas relações ,protegendo bens que não sejam vitais e necessários à manutenção da sociedade. A lei portanto, é a bandeira maior do Direito Penal. Sem ela proibindo ou impondo condutas, tudo é permitido.
 A proibição e o mandamento,que vem inseridos na lei,são reconhecidas como normas penais.
 Analisando os tipos penais incriminadores previstos na parte especial do Código Penal,podemos perceber que nosso legislador utiliza um meio peculiar para fazer chegar até nós a proibição de determinadas condutas. Pela leitura do art. 121,caput,do CP,podemos verificar que o legislador descreveu uma conduta que, se praticada, nos levará a uma condenação correspondente à pena prevista para aquela infração penal.
 A redação do mencionado art. 121 : Matar alguém- Pena: reclusão , de 6 a 20 anos. 
 Conforme preleciona Luiz Regis prado, “ a norma jurídico-penal tem natureza imperativa e endereça-se a todos os cidadãos genericamente considerados, através de mandatos (imperativo positivo) ou proibições (imperativo negativo) implícita e previamente formulados, visto que a lei penal modernamente não contem ordem direta( v.g, não deixar de;não matar ,não ofender a integridade corporal) , mas sim a vedação indireta,na qual descreve o comportamento humano pressuposto da conseqüência jurídica.
 Norma jurídica e lei,conforme destaca Luiz Regis prado, “ são conceitos diversos. A primeira vem a ser o prius lógico da lei, sendo esta o revestimento formal daquela.
Classificação das normas penais:
Normas penais incriminadoras e normas penais não incriminadoras
As normas penais existentes no Código penal não têm como finalidade única e exclusiva punir aqueles que praticam as condutas descritas nos chamados tipos penais incriminadores.
 Existem normas que, em vez de conterem proibições ou mandamentos os quais,se infringidos,levarão à punição do agente,possuem um conteúdo explicativo,ou mesmo tem a finalidade de de excluir o crime ou isentar o réu da pena.
 São elas as chamadas normas penais não incriminadoras. 
Dessa forma ,podemos destacar dois grupos de normas:
Normas penais incriminadoras
Normas penais não incriminadoras
As normas penais incriminadoras é reservada a função de definir as infrações penais,proibindo ou impondo condutas,sob a ameaça de pena. È a norma penal por excelência,visto que quando se fala em norma penal pensa-se indiretamente, naquela que proíbe oi impõe condutas sob ameaça de sanção. São elas, por isso,consideradas normas penais em sentido strito., proibitivas ou mandamentais.
Preceitos da norma penal incriminadora- Quando analisamos os chamados tipos penais incriminadores,podemos verificar que existem dois preceitos:
Preceito primário
Preceito secundário
O primeiro deles,conhecido como primário(preceptum iuris), é o encarregado de fazer a descrição detalhada e perfeita da conduta que se procura coibir ou impor ; ao segundo,chamado preceito secundário (sanctio iuris); cabe a tarefa de individualizar a pena,cominando-a em abstrato.
 Assim, no preceito primário do art. 155 do CP, temos a seguinte redação: Art. 155. Subtrair, para si ou para outrem,coisa alheia móvel.
 Logo em seguida, vem o preceito secundário: Pena:- reclusão de 1 a 4 anos, e multa.
 Então, aquele que praticar a conduta descrita no preceito primário do art. 155,caput,do CP terá como conseqüência a aplicação da pena também nele prevista.
B) As normas penais não incriminadoras, ao contrário,possuem as seguintes finalidades: a) tornar lícitas determinadas condutas, b)afastar a culpabilidade do agente,erigindo causas de isenção de pena. C) estabelecer determinados conceitos ,d) fornecer princípios gerais para a aplicação da lei penal.
 Portanto,podem ser as normas penais não incriminadoras subdvididas em :

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