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PORTOS E VIAS NAVEGÁVEIS UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP ENGENHARIA CIVIL – EC9/10ªA/B28 PROF. ENIO JOSÉ BOLOGNINI AULA 6 – DRAGAGEM PARA ROTAS DE NAVEGAÇÃO FLUVIAL . INTRODUÇÃO • Escavação • Remoção do material ▪ retirada, transporte e deposição: solo, rochas decompostas ou desmontadas (por derrocamento) submersos em qualquer profundidade ▪ variados tipos de equipamentos (mecânicos ou hidráulicos) SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 2 INTRODUÇÃO • As dragagens fluviais envolvem normalmente menores volumes do que as marítimas, ▪ profundidades são reduzidas (abaixo de 5 m), ▪ são realizadas somente sob a ação de correntes, o que consequentemente reduz o porte dos equipamentos. ▪ Dependendo da largura do canal fluvial, pode ser realizada a escavação a partir da margem por escavadeiras, embora preponderem os equipamentos flutuantes SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 3 INTRODUÇÃO • Dragagem de implantação ▪ implantação de um determinado gabarito geométrico (profundidade, largura e taludes) ▪ acarretam um maior volume de serviço, para obtenção da estabilidade das rampas • Dragagem de manutenção ▪ efetuadas sistematicamente para manter o gabarito • Gestão de longo prazo ▪ Localização de local para o despejo dos dragados (bota- fora) técnica e economicamente viável SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 4 DRAGAS MECÂNICAS ▪ Uso de alguma espécie de caçamba para escavar e elevar o material do fundo; ▪ Equipamentos terrestres são o transporte para a área de despejo é normalmente efetuado por caminhões; ▪ As dragas flutuantes têm maior produtividade pelo fato de seu peso ao flutuar permitir maior versatilidade de operação; ▪ Equipamentos flutuantes estacionários dispõe-se de embarcações auxiliares de reboque e os dragados são transportados para a área de despejo normalmente a partir do depósito numa barcaça (batelão), a qual transporta o material para o destino final. SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 5 DRAGAS MECÂNICAS • Tipos: ▪ Pá de arrasto (dragline); ▪ Colher (shovel); ▪ Caçamba de mandíbulas (clamshell); ▪ Pá escavadora (dipper); ▪ Alcatruzes. SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 6 DRAGAS MECÂNICAS • Pá de arrasto (dragline) ▪ adequada para operação em terrenos moles ▪ equipamento de baixa produtividade ▪ indicado para serviços de abertura de calhas em várzeas ou mangues, ou manutenções localizadas (por exemplo em confluências). SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 7 DRAGAS MECÂNICAS • Draga mecânica de colher (escavadeira shovel) ▪ equipamento mais robusto do que o anterior ▪ penetração e corte em materiais mais duros ▪ caçamba está estruturalmente conectada à extremidade de um braço rígido SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 8 • Draga de caçamba de mandíbulas (clamshell ou orange peel) ▪ – menor rendimento do que a pá de arrasto SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 9 DRAGAS MECÂNICAS • Draga de pá escavadora (dipper) ▪ equipamentos escavadores de custo médio, com baixa a moderada capacidade em áreas de operação mais amplas, e bom desempenho na escavação argila rija, areia grossa, pedregulhos e materiais duros maiores e desagregados ▪ Desvantagens: recomendação de não operar com condições de agitação (principalmente a ondulação); limitação de operação em maiores profundidades, não sendo eficiente na dragagem de material muito fluido SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 10 DRAGAS MECÂNICAS SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 11 DRAGAS MECÂNICAS • Draga de alcatruzes ▪ cadeia sem fim móvel de caçambas (rosário); ▪ alta força de corte, mínima diluição, aplicação em grandes projetos de implantação de canais e boa capacidade de escavação (inclusive das partículas maiores) com maior rendimento para dragas de grande capacidade dragando material homogêneo, sendo então indicadas para trechos fluviais de rios de grande porte, flúvio-marítimos e estuarinos; ▪ Desvantagens: alto custo de mobilização e manutenção, grande sensibilidade à ação de ondulação e necessidade do uso de batelões para o transporte, pois a operação destes é restrita para aterro em áreas rasasmarginais. SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 12 DRAGAS MECÂNICAS SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 13 DRAGAS MECÂNICAS SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 14 DRAGAS HIDRÁULICAS • Desagregadores mecânicos podem ser usados quando for necessário escavar ou raspar material mais consistente; • Misturação e transporte do material dragado em escoamento hidráulico de alta velocidade. • Uma bomba de dragagem é utilizada para criar a carga hidráulica e o escoamento necessários para transportar a mistura bifásica água-solo ao longo de tubulação para o seu despejo. SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 15 DRAGAS HIDRÁULICAS • Tipos : ▪ draga estacionária de sucção e recalque, que se desloca em maiores distâncias com auxílio de rebocadores ▪ auto transportadora, montada em embarcação auto propelida que armazena os dragados em cisterna e os despeja pelo fundo ou por bombeamento SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 16 DRAGAS HIDRÁULICAS • Draga Estacionária ▪ forma mais simples de draga hidráulica • Tipos : Draga de sucção e recalque operando em obra de retificação do Rio Tietê em Osasco (SP) na década de sessenta SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 17 DRAGAS HIDRÁULICAS • Draga Estacionária ▪ desagregador escava e translada os dragados para a área de influência do escoamento de alta velocidade na boca de sucção, aonde os sedimentos são misturados, passando pela bomba da draga para a linha flutuante e ou terrestre de recalque e para a área de despejo; ▪ draga estacionária de sucção e recalque com desagregador é a mais comum e versátil draga hidráulica. SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 18 DRAGAS HIDRÁULICAS (a) e (b) Draga de sucção e recalque com seu desagregador SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 19 DRAGAS HIDRÁULICAS • Draga auto transportadora de sucção e arrasto (Trailing suction or Hopper). ▪ Embarcação marítima auto propelida em que os dragados são armazenados na cisterna para despejo posterior. Boca de dragagem SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 20 DRAGAS HIDRÁULICAS SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 21 • Draga auto transportadora de sucção e arrasto (Trailing suction or Hopper). SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 22 DRAGAS HIDRÁULICAS • Draga autotransportadora de sucção e arrasto (Trailing suction ou Hopper) • Vantagens: • operar em estados do mar mais severos e canais muito movimentados ou portos aonde o tráfego; • rápida mobilização pela sua autopropulsão; • favorável a acessibilidade permitida por este equipamento à áreas de despejo profundas e distantes. • Desvantagens • custo, uma vez que deve atender às condições de navegação marítima, associado a tripulação afeita às lides do mar; • operação de despejo é também muito cara; • equipamento que não pode operar num padrão irregular, nem operar próximo a piers ou obstruções, nem em águas muito rasas, nem com materiais muito duros. SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 23 PROCESSOS ALTERNATIVOS ▪ Existem inúmeros processos de dragagem por agitação (mexida) ou arrasto, além de outros não convencionais;▪ destaca-se a draga de injeção de água; ▪ princípio consiste em criar em sedimentos moles (granulometria inferior à areia fina) uma mistura bifásica que, por correntes de densidade, tende a se deslocar rampa abaixo da escavação, devendo então correntes favoráveis afastar este material inconsolado da área de dragagem. SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 24 PROCESSOS ALTERNATIVOS SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 25 PROCESSOS ALTERNATIVOS • Draga de injeção de água. Draga Norham Camorim operando no Canal da ALUMAR SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 26 COMPARATIVO Características de operação das dragas em função do tipos de solos. (SALLES, 1993) SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 27 SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 28 EMBARCAÇÕES AUXILIARES ▪ Batelões lameiros ▪ Auto propelidas que dispõe de sistema de abertura para descarga dos dragados no despejo ▪ Rebocadores ▪ são utilizados para conduzir o flutuante da draga e posicionar o sistema de fixação da mesma SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 29 EMBARCAÇÕES AUXILIARES (a) (b) (c) (a) Operação de batelões ou barcaças de dragagem. (b) Operação no Rio Tietê em São Paulo, na década de 1990. (c) Batelão lameiro no Porto de Santos (SP) SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 30 EMBARCAÇÕES AUXILIARES Rebocadores SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 31 MEDIÇÃO DO VOLUME DE DRAGAGEM ▪ Para efetuar o pagamento controlar o rendimento dos serviços de dragagem ▪ “in situ” no corte: imprecisões devido a assoreamentos, pelo retorno dos dragados ou pelo próprio transporte sólido natural, e empolamento de fundo, pelo alívio das pressões com a retirada da camada dragada ▪ No despejo: valores menores do que no corte (perdas em suspensão, compactação e recalque) SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 32 MEDIÇÃO DO VOLUME DE DRAGAGEM ▪ Na cisterna: forma mais direta. Transporte é feito em batelões lameiros ou dragas auto transportadoras pode- se medir a espessura a espessura do material decantado e a concentração de sedimentos em suspensão por amostragem na cisterna ▪ Nas dragas de sucção a medição contínua da concentração de sedimentos em suspensão transportado pela tubulação, associado à vazão líquida medida permite cubagem bem precisa do dragado SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 33 DERROCAMENTO ▪ Usado para material duro não dragável ▪ Atua na desagregação e remoção do material ▪ O desmonte por ondas de choque pode ser obtido por ▪ Desmonte mecânico (derrocador de queda livre ou perfuratriz) ▪ Desmonte por explosivos SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 34 DERROCAMENTO ▪ Desmonte Mecânico derrocador de queda livre Derrocador de 22 toneladas. (SALLES, 1993) SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 35 DERROCAMENTO Desmonte com explosivos com barco perfurador no Rio Tietê em Osasco (SP) nos serviços realizados na década de 1980-1990 ▪ Desmonte com explosivos SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 36 DERROCAMENTO• Desmonte com explosivos Desmonte com explosivos com barco perfurador no Rio Tietê em Osasco (SP) nos serviços realizados na década de 1980-1990 Derrocamento a fogo na barra do Porto de Natal • Desmonte com explosivos SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 37 DERROCAMENTO ▪ Desmonte com explosivos Derrocamento a fogo na barra do Porto de Natal SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 38 GESTÃO AMBIENTAL DE DRAGADOS NÃO INERTES ▪ critérios para avaliação da qualidade do material dragado. A gestão dos dragados não inertes exige destinação final em CDF (“Confined Disposal Facility”) SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 39 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI Básica AZEVEDO NETO, J. M. et al. Manual de hidráulica. São Paulo: Edgard Blücher, 2002/2014. BAPTISTA, M.; LARA, M. Fundamentos de engenharia hidráulica. Belo Horizonte: UFMG, 2012/2014. GRIBBIN, JOHN E. Introdução à hidráulica, hidrologia e gestão de águas pluviais. 3. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2012/2014. Complementar ALFREDINI, Paolo. Obras e gestão de portos e costas. São Paulo: Edgard Blücher, 2015. COUTO, L. M. M. Elementos da hidráulica. Brasília, DF: UnB, 2012. MAGALHÃES, P. S. B. Transporte marítimo: cargas, navios, portos e terminais. São Paulo: Aduaneiras, 2011. OLIVEIRA, C. T. Portos e marinha mercante: panorama mundial. São Paulo: Aduaneiras, 2005. PORTO, M. M.; TEIXEIRA, S. G. Portos e meio ambiente. São Paulo: Aduaneiras, 2002. WANKE, P. F.; SILVEIRA, R. V.; BARROS, F. G. de Introdução ao planejamento da infraestrutura e operações portuárias. São Paulo: Atlas, 2009. 40 Contato e Informações Principais Interesses e Estudos Científicos: Desenvolvimento de concretos tecnológicos, design de interiores, fabricação de tijolos, inteligência artificial, projetos arquitetônicos e redes neurais artificiais (RNA). “A vossa educação é construída com ensinamentos de vossos mestres, pois estes são aqueles que os guiarão para grandes vitórias nos campos de batalha desta vida...”. (Prof. Enio José Bolognini) SEGUNDO SEMETRE - 2017 - PROF. MSC. ENIO JOSÉ BOLOGNINI 41 Docente: Prof. MSc. Enio José Bolognini Curso: Engenharia Civil Disciplina: Portos e Vias Navegáveis Campus UNIP – São José do Rio Preto/SP Curriculum Lattes: http://lattes.cnpq.br/1929485694967465 E-mails: enio.bolognini@docente.unip.br Skype: ejbolognini
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