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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL FICHAMENTO EMILLY BEZERRA FERNANDES DO NASCIMENTO Emilly Bezerra. Serviço Social UFRN 2015 NATAL/RN 2015 Referência completa do texto: Maquiavel: O príncipe. In: WEFFORT, Francisco C. (Org.) Os clássicos da política 1. Maquiavel, Hobbes, Locke, Montesquieu, Rosseau. "O Federalista", 14 ed. São Paulo: Ática, 2009. Palavraschaves: Estado Poder Principado Virtù Ideias centrais do texto: SOBRE OS PRINCIPADOS. Principado e suas formas. “O principado pode ser hereditário ou novo. O principado novo é acostumado a viver sob um príncipe ou livres. São ainda ocupados por armas ou pela virtù.” (Pág. 25) Manutenção do principado conquistado. “Para Maquiavel, a melhor maneira de se estabelecer no Estado é ocupar seu território, pois há dificuldade de ter uma guerra ou você perdêlo. Muito melhor e menos custoso instalar uma colônia no território.” (Pág. 27) “O autor dá três maneiras de conservar o Estado que já tinha suas leis e vivia em liberdade: A primeira é destruílo, a segunda é habitálo e a terceira é deixálo viver com suas leis, cobrar um imposto e criar um governo onde poucas pessoas sejam seus amigos.” (Pág. 29) Sobre a virtù e a fortuna. Emilly Bezerra. Serviço Social UFRN 2015 “Quando o principado é totalmente novo, o príncipe encontrará dificuldade em sua manutenção de acordo com a virtù de seu ocupador.” (Pág. 30) “O texto deixa claro que seu pensamento sobre o papel da fortuna na manutenção do principado. Quem depender menos da fortuna, mantêmse mais tempo no poder, já quem se tornar príncipe pela virtù, ocupa o principado com maior dificuldade, mas o mantêm com maior facilidade.” (Pág. 30) “Ao contrário de quem usa a virtù, quando a fortuna é usada, com um pouco de esforço o principado é conquistado, mas com muito é que ele será mantido (o Estado é condido a alguém ou por dinheiro ou pela graça do outro).” (Pág. 30) Quando o principado não é de fato do príncipe. “O principado civil não precisa ter virtude ou fortuna, mas sua astúcia precisa ser evidente e ele precisa de ajuda. Esse principado é fundado ou pelo povo ou pelos grandes.” (Pág. 31) “Quem se torna príncipe com o apoio do povo deve têlo como amigo, o que não é difícil, pois o povo só quer que não haja opressão. Entretanto, quem chega ao poder apenas com a graça dos grandes e sem o apoio popular, deve buscar a simpatia do povo com urgência. Essa tarefa será fácil, pois o povo só deseja proteção.” (Pág. 33) “A dificuldade do principado eclesiástico é ter sua posse, pois para isso é necessária a sorte ou a virtù, mas para conserválo não é preciso que haja nenhuma das duas. As instituições religiosas são bases sólidas que permitem os príncipes no poder, independentemente do modo o qual eles vivam. Os chefes desse modelo de principado são os únicos que têm Estados e não os defende, que tem povo, mas não os governam. São seguros e felizes.” (Pág. 34 e 35) “Para Maquiavel, os principais alicerces de qualquer Estado são suas leis e seus exércitos, independentemente se o Estado é novo ou velho. Diz ainda que o príncipe deve sim dar atenção ao exército e a arte da guerra, pois os príncipes que não se importaram com essas questões acabaram por perder seu principado.” (Págs. 35, 36) Emilly Bezerra. Serviço Social UFRN 2015 “Segundo Maquiavel, existem dois modos de combater: um com as leis e o outro com a força. As leis são próprias dos homens e a força, dos animais. Precisando assim agir como animais, o homem tem de ser ao mesmo a raposa e o leão. A raposa para conhecer as armadilhas e o leão, para amedrontar os inimigos.” (Pág. 38) TRECHOS RELEVANTES: “O outro meio igualmente eficaz consiste em mandar colonizar algumas regiões que sejam como chaves do novo Estado. Não se fazendo isto, será forçoso manter muita gente armada e infantes. Não são muito dispendiosas as colônias.” (Pág. 27) “Os que de particulares chegam à condição de príncipes impelidos unicamente pelo destino, com pouco esforço a alcançam, mas com muito a retêm.” (Pág. 30) “[...] vejamos o que ocorre quando um cidadão se torna príncipe de sua pátria, não por meio de crime ou de outra intolerável violência, mas com a ajuda dos seus compatriotas. O principado assim constituído podemolo chamar civil, e para alguém chegar a governálo não precisa de ter ou exclusivamente virtude [virtù] ou exclusivamente fortuna, mas, antes, uma astúcia afortunada.” (Pág. 31) “Quem, portanto, se tornar príncipe com o favor do povo deve conserválo seu amigo; e isto não lhe será difícil, já que o povo só deseja estar livre da opressão. Mas quem chegar a essa altura com o bafejo dos poderosos, e contra a vontade do povo, busque, antes de mais nada, captar as simpatias deste, o que lhe será fácil quando o puser sob a sua proteção.” (Pág. 33) “Os principais alicerces de qualquer Estado, seja ele novo, velho ou misto, consistem nas boas leis e nos bons exércitos. E como não pode haver boas leis onde não há bons exércitos, e onde há bons exércitos é forçoso haver boas leis, eu deixarei de lado o assunto relativo às leis para falar dos exércitos.” (Pág. 35) Emilly Bezerra. Serviço Social UFRN 2015 “Saibase que existem dois modos de combater: um com as leis, outro com a força. [...] Tendo, portanto, necessidade de proceder como animal, deve um príncipe adotar a índole ao mesmo tempo do leão e da raposa; porque o leão não sabe fugir das armadilhas e a raposa não sabe defenderse dos lobos. Assim, cumpre ser raposa para conhecer as armadilhas e leão para amedrontar os lobos. Quem se contenta de ser leão demonstra não conhecer o assunto.” (Pág. 38) GLOSSÁRIO: Opróbrio: Vergonha extrema, desonra. Emilly Bezerra. Serviço Social UFRN 2015
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