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Administração 
Financeira
Professor conteudista: Antonio Salvador Morante
Administração Financeira
Unidade I
1 OBJETIVO E AMBIENTE DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ...............................................................1
1.1 Papel de finanças e do administrador financeiro .......................................................................1
1.2 Objetivos do administrador financeiro ...........................................................................................9
1.3 O ambiente operacional do administrador financeiro e da própria empresa ............. 13
Unidade II
2 DECISÕES DE FINANCIAMENTO A CURTO PRAZO .............................................................................. 35
2.1 Planejamento de caixa ....................................................................................................................... 37
2.2 Política financeira ................................................................................................................................. 38
2.3 Administração do caixa ..................................................................................................................... 39
2.4 Capital circulante líquido .................................................................................................................. 43
2.5 Administração do capital de giro ................................................................................................... 48
2.6 Administração do disponível ........................................................................................................... 49
2.7 Administração das duplicatas a receber ..................................................................................... 52
2.8 Administração dos estoques ............................................................................................................ 60
2.9 Necessidade de capital de giro ....................................................................................................... 62
Unidade III
3 DECISÕES DE FINANCIAMENTO A LONGO PRAZO ............................................................................. 66
3.1 Fontes de recursos para o financiamento empresarial ......................................................... 67
3.1.1 Mercado de capitais ............................................................................................................................... 67
3.2 O dilema entre capital próprio e capital de terceiros ............................................................ 74
3.3 Financiamento de ativos fixos ........................................................................................................ 81
3.4 Operações de financiamento com bancos de desenvolvimento ....................................... 84
Unidade IV
4 INDICADORES DE DESEMPENHO .............................................................................................................. 86
4.1 Risco .......................................................................................................................................................... 86
4.2 Retorno ..................................................................................................................................................... 90
4.3 Hedge (proteção) .................................................................................................................................. 91
4.4 Indicadores FIESP-Serasa e revista Exame ................................................................................. 92
4.5 Avaliação de empresas: diagnóstico empresarial .................................................................... 94
Sumário
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
1 OBJETIVO E AMBIENTE DA ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA
1.1 Papel de finanças e do administrador 
financeiro
O fluxo de fundos em uma empresa industrial envolve 
operações típicas desse tipo de empresa, mas, de maneira 
idêntica, outros empreendimentos, no âmbito comercial ou 
de prestação de serviços, também apresentam uma dinâmica 
semelhante ao de uma empresa industrial no que se refere 
às entradas e saídas de recursos financeiros, que é o que visa 
demonstrar esse fluxo.
Analisemos esse fluxo passo a passo. A constituição 
do empreendimento irá requerer um aporte de capital 
ou a tomada de empréstimos e financiamentos. Esses 
recursos constituirão as disponibilidades financeiras do 
empreendimento, utilizadas para saldar os compromissos com 
os fornecedores tanto de matérias-primas, materiais auxiliares 
e outros insumos utilizados no processo produtivo como de 
equipamentos, instrumentos, utensílios, edificações e outros 
ativos permanentes indispensáveis à operacionalização do 
negócio. E também para saldar compromissos financeiros com 
os prestadores de serviço, aí incluída a mão de obra direta 
– relacionada aos que se dedicam diretamente à operação do 
empreendimento, como os operadores de máquinas industriais 
– e execução de serviços especializados por terceiros – 
manutenção industrial, por exemplo. Com base nestes fatores 
de produção – máquinas industriais, matérias-primas, mão de 
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Unidade I
obra direta, tecnologia de produto e de processo e, sobretudo, 
capacidade empresarial para aglutinar todos esses fatores – 
surgem os produtos que serão, finalmente, adquiridos pelos 
indivíduos para suprir determinadas necessidades.
Durante o processo de produção e comercialização, ocorrem 
despesas operacionais – aquelas decorrentes do suprimento de 
energia elétrica, pagamento de aluguel, mão de obra indireta e 
outras –, despesas financeiras – decorrentes de antecipações de 
valores a receber mediante desconto de duplicatas, por exemplo, 
ou decorrentes de empréstimos e financiamentos – e receitas 
financeiras – resultado da aplicação de recursos financeiros 
disponíveis no mercado de capitais, por exemplo. Essas despesas 
operacionais e despesas financeiras serão cobertas pelo lucro 
advindo das operações – resultado da diferença entre a receita 
proveniente das vendas e os custos relacionados diretamente com 
a obtenção do produto ou da mercadoria vendida ou prestação 
do serviço ao cliente. Essas vendas, quando realizadas à vista, 
irão ampliar imediatamente as disponibilidades da organização. 
Se realizadas a prazo, constituirão um bem ou direito a ser 
posteriormente recebido, como, por exemplo, as duplicatas a 
receber. Por último, mas não menos importante, existirão, ainda, 
os impostos incidentes sobre o lucro da atividade, o pagamento 
de dividendos aos acionistas ou cotistas do empreendimento e o 
que sobrar será incluído em contas de reservas e lucros retidos 
do empreendimento.
Qualquer que seja o tipo de empreendimento, é fato que 
as atividades empresariais requerem recursos financeiros para 
a sua operação. E desta operação resultam recursos financeiros 
que constituirão os lucros do negócio.
As atividades empresariais envolvem funções relacionadas 
entre si, tais como produção, vendas, administração, 
contabilidade, finanças e outras. A gestão dos recursos 
financeiros movimentados por todas as áreas da empresa é 
parte essencial da função financeira. Por um lado, a função 
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
financeira responde pela obtenção dos recursos necessários ao 
desenvolvimento das atividades da organização. Por outro lado, 
deve participar ativamente da formulação de uma estratégia, 
da sua implementação e do seu controle no que se referir à 
otimização do uso desses fundos.
Tarefas básicas da função financeira
Ainda com base no fluxo de fundos de uma empresa industrial, 
as “válvulas” que estão dispostas entre um e outro “reservatório” 
de fontes e de usos dos recursos financeiros são, de fato, as 
oportunidades de atuação do gestor financeiro. A ele compete, 
diretamente, regular o fluxo de entrada e saída de recursos 
que, ao final, serão canalizados para o patrimônio líquido da 
empresa, sob a forma de capital, reservas e lucros retidos. E é do 
conhecimento das peculiaridades de cada uma dessas fontes e 
dessas possibilidades de utilização dos recursos financeiros que 
surge a indispensável qualificação do gestor financeiro.
Na busca de soluções que visem um adequado levantamento 
de recursos, o profissional da área de finanças deve explorar 
todas as fontes de recursos que são colocados à disposição 
de uma empresa. Essas fontes e esses usos estão relacionados 
diretamente com o próprio empreendimento, e, também, com o 
mercado financeiro e mercado de fatores de produção e de bens 
e serviços finais onde a empresa atua.
Fig. 1 – Âmbito de ação do administrador financeiro
Ativo 
circulante
Ativo 
permanente
Passivo
circulante
Exigível a LP
Patrimônio líquido
Risco /
retorno
Fatores 
econômicos
Valor da 
ação
Passivo e
patrimônio líquidoAtivo
Empresa
Mercado
Fonte: Gitman, 1984
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Unidade I
O administrador financeiro age sobre o ativo circulante 
do negócio, dimensionando adequadamente os investimentos 
que serão realizados na sua operação, financiando clientes, 
investindo em estoques – tanto de matérias-primas e materiais 
auxiliares como estoque de produtos acabados – e nas demais 
rubricas que configuram os bens e direitos num horizonte de 
360 dias contados da data do balanço. Também dimensiona, 
de forma mais adequada possível, os financiamentos que 
serão utilizados para os investimentos no ativo operacional do 
empreendimento e que irão consubstanciar o passivo circulante. 
Sua atuação no estabelecimento das condições de pagamento 
das compras e uma apropriada administração das rubricas que 
compõem o “contas a pagar” é de fundamental importância para 
a configuração de um adequado ciclo financeiro – resultado 
da composição dos prazos médios de recebimento das vendas, 
de renovação dos estoques e de pagamento das compras – do 
negócio, coerentemente com as reais possibilidades que o 
mercado e o próprio negócio oferecem.
Ainda com relação às principais rubricas do balanço 
patrimonial constantes da Fig. 1, o administrador financeiro 
também atua sobre a composição do ativo permanente 
do negócio, interagindo com as demais funções para o 
estabelecimento das melhores condições possíveis à alocação 
dos recursos de terceiros resultantes de empréstimos e 
financiamentos, além dos recursos próprios, contrapartida 
da aquisição dos indispensáveis bens que configuram o 
imobilizado do empreendimento. E também, na evolução que 
se verifica na atividade, pelos investimentos que darão origem 
à ampliação do próprio negócio, explorando as oportunidades 
que se oferecerem para tal.
Saindo do âmbito interno da empresa, o administrador 
financeiro coloca um olho atento nas condições oferecidas pelo 
mercado quanto ao risco e retorno das diversas possibilidades 
de aplicação financeira de recursos disponíveis. Nesta condição, 
municia-se adequadamente de informações sobre todos os 
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fatores de ordem econômica que possam interferir direta ou 
indiretamente na condução das atividades, quer sejam elas 
derivadas do mercado de atuação como de forças econômicas, 
sociais, legais e tecnológicas provenientes do macroambiente 
de atuação da organização. No caso de empresas de capital 
aberto, sua atuação se concentra, por vezes, em atividades que 
possam interferir diretamente na avaliação do valor da ação 
do empreendimento no mercado, zelando por uma valorização 
crescente do valor de mercado, coerentemente com o valor 
patrimonial e com as possibilidades de retorno do investimento 
em níveis compatíveis com a taxa de atratividade do mercado 
específico de atuação.
Tem-se, portanto, em uma síntese, que o papel do 
administrador financeiro é exercido tanto sobre os recursos 
próprios – aqueles que configuram o patrimônio líquido do 
negócio, como capital integralizado, reservas e lucros retidos – 
como sobre recursos de terceiros – aqueles que compreendem 
as contas do passivo circulante e do exigível de longo prazo. 
São recursos permanentes quando provenientes de recursos 
próprios ou de dívidas de longo prazo e constituem recursos 
temporários quando se referirem a compromissos e dívidas a 
curto prazo. Podem, ainda, ser recursos onerosos – que implicam 
pagamento de despesas financeiras daí decorrentes – ou 
recursos não onerosos – quando não constituírem recursos que 
irão exigir o pagamento de algum tipo de ônus financeiro para 
a sua obtenção.
Do lado da alocação de recursos, ou seja, destinação e uso dos 
recursos financeiros obtidos, quaisquer que sejam as fontes de 
recursos, cabe ao administrador financeiro uma análise visando 
compatibilizar prazos e custos dessa tomada de recursos com a 
potencial geração dos lucros do negócio, que irão suportar tais 
custos em volume e em determinado momento. Assim sendo, 
o financiamento de um torno mecânico, por exemplo, deverá 
considerar as reais possibilidades de geração de receita com o 
produto advindo da operação desse item que irá compor o ativo 
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Unidade I
imobilizado do empreendimento, na época e com o volume de 
lucro compatível com os desembolsos financeiros por conta de 
um financiamento daí originado para a aquisição do bem. Mas, 
a atuação do administrador financeiro não se faz unicamente 
pela obtenção e alocação de recursos financeiros destinados 
à aquisição de bens que irão compor o ativo permanente da 
empresa. Também se observa uma acentuada atuação do 
administrador financeiro no desenvolvimento das operações da 
organização. Neste conteúdo operacional da função financeira, 
os recursos podem ser alocados tanto em ativos fixos como em 
ativos circulantes, ou seja, nas disponibilidades, na composição 
da carteira de contas a receber de clientes e na administração 
dos estoques de matérias-primas, materiais auxiliares e produtos 
acabados. Por vezes, a atuação do administrador financeiro é 
de fundamental importância para a constituição de outros 
ativos, tais como participação societária em outras empresas e 
determinadasaplicações financeiras.
No processo de administração das fontes de recursos e sua 
destinação, despontam dois aspectos de extrema importância 
para o sucesso da administração financeira: a relação entre 
liquidez e rentabilidade. A liquidez, traduzida pela capacidade 
da organização em liquidar seus compromissos financeiros 
de curto prazo, tem a ver com o correto dimensionamento 
dos prazos médios a que nos referimos anteriormente. Entre 
a aquisição da matéria-prima e dos componentes necessários 
à fabricação do produto que será vendido existem custos e 
despesas que deverão ser suportados pela empresa. A definição 
dos prazos de pagamento desses materiais será importante 
para a “saúde” financeira do empreendimento: se os prazos de 
pagamento não forem compatíveis com o prazo de recebimento 
das vendas, poderá ocorrer um descompasso entre a entrada e a 
saída de recursos. Sabe-se que tais prazos médios de pagamento 
e de recebimento das vendas nem sempre são ditados pela 
própria empresa. Na maioria das vezes, estas condições são 
estabelecidas no mercado, quando todos os principais agentes 
econômicos envolvidos ficam dispersos em torno de uma média 
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de dias, sob dependência do custo financeiro nas operações 
de refinanciamento existentes nesse mercado: custo maior 
corresponde a prazo menor e vice-versa. Por isso, compete 
ao gestor financeiro a conciliação dos interesses envolvidos 
na área de produção e de vendas, por exemplo, funções 
onde se processam os paradoxos a que nos referimos: para a 
área de produção, interessa dispor de um elevado estoque de 
matéria-prima, componentes e partes e peças indispensáveis à 
elaboração do produto final. Desta maneira, ele poderá cumprir, 
com a máxima segurança, o cronograma de produção que lhe 
for destinado satisfazer. Isso requer uma disponibilidade de 
área – com todos os custos e despesas aí envolvidos, tais como 
aluguel ou amortização de investimento ou empréstimo para a 
aquisição do imóvel, despesas com a administração do estoque, 
com zeladoria, com vigilância e segurança etc. – e de capital 
de giro, que, muitas vezes, não são facilmente suportados pela 
geração da receita e dos lucros. Por seu turno, a área de vendas 
certamente se sentiria mais capacitada a cumprir suas metas, 
se lhe fossem disponibilizados produtos para pronta entrega a 
preços inferiores aos praticados pelo mercado e com condições 
de pagamento a perder de vista.
A compatibilidade entre as saídas e as entradas de recursos 
financeiros para a operação do empreendimento é decorrência 
do volume de recursos que são alocados no ativo circulante 
operacional (ACO) – duplicatas a receber, estoques e certos ajustes 
no ativo circulante – e no passivo circulante operacional (PCO) – 
fornecedores, contas a pagar e também certos ajustes no passivo 
circulante relacionados com a operação do empreendimento. A 
diferença entre ACO e PCO constitui a necessidade de capital 
de giro (NCG) do negócio. Sabidamente, quanto menor for o 
capital de giro do empreendimento, mais recursos poderão 
ser utilizados em outras áreas do empreendimento. A maioria 
das empresas apresenta um ACO maior do que o PCO. Neste 
caso, compete ao gestor financeiro a obtenção de recursos 
para financiamento desses ativos em condições adequadas ao 
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negócio. Se, no entanto, o ACO for menor do que o PCO, sobram 
recursos na empresa, que deverão ser aplicados às melhores taxas 
do mercado financeiro ou mesmo utilizados para a expansão da 
planta, ou seja, investimento em ativos fixos.
No tocante ao segundo aspecto desta análise sobre a eficácia 
da administração, devemos considerar a rentabilidade como um 
“grau de êxito econômico obtido pela empresa em relação ao 
capital nela investido” (Braga, 1989, p. 30). A relação entre o 
lucro operacional e o ativo operacional a que nos referimos 
anteriormente já indicará uma medida da eficiência na gestão dos 
recursos próprios e de terceiros, independentemente dos custos 
financeiros e de outros fatores. Por sua vez, uma relação entre 
o lucro líquido do negócio em determinado período de tempo, 
associado ao volume de capital próprio médio no período, será 
um importante indicador, para o acionista, da rentabilidade do 
capital investido que, cotejado com outras taxas de atratividade 
no mercado financeiro, indicará se o investimento realizado 
no empreendimento está proporcionando uma rentabilidade 
adequada, em termos de custo de oportunidade do investimento. 
Ainda nesta ligeira digressão sobre a rentabilidade, a relação 
entre o lucro antes das despesas financeiras e o volume total de 
ativos do empreendimento proporciona uma outra medida da 
eficiência da empresa. Este retorno sobre o ativo, como também 
é conhecido, comparado com o custo da dívida – relação entre 
a despesa financeira e o volume de empréstimos bancários 
existentes na organização –, poderá indicar se houve uma 
adequada alavancagem financeira do negócio, ou seja, se terá 
ou não valido a pena o endividamento bancário.
Como se observa, portanto, o equilíbrio entre uma adequada 
liquidez corrente – o volume de bens e direitos de curto prazo, 
comparados com as obrigações de curto prazo – e rentabilidade 
do empreendimento são uma permanente preocupação do 
administrador financeiro e um constante desafio que se interpõe 
na consecução dos seus objetivos.
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1.2 Objetivos do administrador financeiro
Com os rudimentos de informação reunidos até aqui, já 
pudemos observar que as funções do administrador financeiro 
de uma organização estão reunidas em algumas atividades 
básicas, que são:
• análise e planejamento de todas as informações de 
cunho financeiro que possam se relacionar, direta ou 
indiretamente, com as operações da organização e mesmo 
com a expansão do negócio frente às oportunidades e 
mesmo com as ameaças derivadas do ambiente externo, 
isto é, do macroambiente e, sobretudo, ao ambiente 
setorial, no processo de administração estratégica do 
empreendimento, com destaque para a necessidade de 
análise dos recursos de que dispõe a organização;
• administração da estrutura dos ativos da empresa e de 
que forma tais ativos implicam obtenção de recursos 
financeiros para a sua aquisição e operacionalização, 
coerentemente com as possibilidades de geração de caixa 
desses ativos;
• administração da estrutura financeira da empresa, aí 
entendidos os aspectos relacionados com a composição mais 
adequada de financiamento a curto, médio e longo prazos, 
dadas as suas implicações com a liquidez e rentabilidade 
do negócio, e também na própria determinação das 
melhores fontes de financiamento a curto, médio e longo 
prazos para suprimento das necessidades de capital de giro 
e recursos financeiros destinados à composição do ativo 
fixo da empresa.
Administração estratégica
As funções citadas acima são desempenhadas com um 
objetivo primordial: a maximização do patrimôniolíquido 
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da organização. Isto significa a ampliação da riqueza dos 
proprietários do empreendimento. Este é o fundamento de 
todos aqueles que investem seu capital em um empreendimento 
considerado de risco. Risco porque envolve a possibilidade de 
perda total ou parcial desses recursos. Assim, o risco é inerente 
a todos os empreendimentos e a todas as aplicações, podendo 
ser eficientemente avaliado, calculado, suportado, ou mesmo 
eliminado, com base nas condições do macroambiente e 
ambiente setorial e, sobretudo, nas competências e habilidades 
desenvolvidas e aplicadas pelos gestores do empreendimento no 
planejamento, na operacionalização, no controle e na condução 
do negócio. Nesse sentido, é preciso considerar, neste estágio de 
nossa digressão, o que significa a maximização do patrimônio 
líquido do negócio ou a ampliação da riqueza dos seus donos. Em 
outras palavras, quanto vale o negócio? Existem várias formas 
de se medir o valor de um empreendimento. Vão desde o valor 
dos ativos, o valor da marca, o valor do patrimônio líquido e de 
outros ativos tangíveis (ativo permanente) e intangíveis (marcas 
e patentes, licenças de produção etc.). Mas o que melhor reflete o 
valor de um empreendimento é a sua capacidade de geração de 
caixa. Ou seja, a capacidade de gerar lucros mediante o uso de seus 
ativos, o emprego de determinada tecnologia, sua competência 
gerencial e o seu próprio conceito junto a fornecedores, clientes 
e credores em geral. É sobre tais aspectos que deve se concentrar 
a atuação dos gestores do empreendimento, porque daí deriva 
o valor do negócio.
A maximização da riqueza dos acionistas não significa 
necessariamente maximização dos lucros. Enquanto este 
aspecto resulta de ações imediatas, por vezes inconstantes e 
esporádicas e de curto efeito no tempo, a maximização do valor 
das ações ou cotas dos acionistas ou proprietários é fruto de 
uma perspectiva de longo prazo, com investimentos que visem, 
além de outros aspectos, à perpetuidade do empreendimento. 
Também é preciso atentar para o valor do dinheiro no tempo, 
o que implica uma análise de valor presente líquido dos 
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retornos anuais esperados para o negócio, descontados a 
uma determinada taxa de atratividade para os investimentos 
que serão cotejados com outras aplicações financeiras. Em se 
tratando de uma empresa que possui ações no mercado de 
capitais, a valorização dessas ações também é de extrema 
importância para a fundamentação da maximização da riqueza 
do acionista, bem como os dividendos proporcionados por esta 
fração do capital. Neste aspecto particular, a periodicidade dos 
recebimentos de dividendos pode ser um interessante apelo 
para a atração de investidores. Dentre eles, aqueles que preferem 
receber dividendos de uma forma regular, independentemente 
das flutuações dos lucros. Dessa forma, a empresa estará 
minimizando os efeitos negativos que possam afetar as 
cotações das ações. Além disso, há que se considerar a relação 
entre risco e retorno do investimento. Sabidamente, quanto 
maior o risco, maior a exigência de retorno do investimento 
por aqueles que irão disponibilizar os recursos.
A interação da administração financeira com outras 
áreas do conhecimento
Vejamos de que maneira a função da administração financeira 
se relaciona com outras áreas do conhecimento. Esta relação se 
dá principalmente no âmbito da economia e da contabilidade.
A administração financeira se vale dos conceitos 
compreendidos tanto na macroeconomia quanto na 
microeconomia. São dois ramos teóricos da mesma ciência. A 
microeconomia estuda o comportamento dos consumidores e, 
por outro lado, certos aspectos relacionados ao funcionamento 
das empresas, no tocante a custos e produção de bens e 
serviços e, também, a receita e fatores produtivos. As teorias 
microeconômicas fornecem a base para a operação eficiente da 
empresa, sobre a qual se assentam os estudos e conceitos da 
administração em suas várias funções empresariais. Os conceitos 
envolvidos nas relações de oferta e demanda e as estratégias de 
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maximização do lucro são extraídos da teoria microeconômica. 
Questões relativas à composição de fatores produtivos, níveis 
‘ótimos’ de vendas e estratégias de determinação de preço do 
produto são todas afetadas por teorias no nível microeconômico 
e, por isto, constituem um campo especial de atuação do 
administrador financeiro. A macroeconomia compreende 
o estudo dos agregados - a produção ou renda nacional, o 
consumo, o emprego, a moeda, o nível de preços, o comércio 
internacional. Estes são, pois, aspectos amplos e globais da 
realidade econômica, abordados de forma macroscópica. Esta 
mudança de enfoque – do micro para o macro – requer boa 
dose de abstração. Antes, no enfoque microscópico, podíamos 
observar de perto nossa participação na realidade econômica do 
país, ganhando e gastando, e economizando sempre que possível. 
Agora, ao tratarmos dos agregados, abordando aspectos como 
o custo de vida em contínua, imperceptível – até certo ponto 
– e persistente ascensão, o nível de emprego em volume inferior 
às necessidades, nos sentiremos alheios à própria evolução dos 
fatos, porque, aparentemente, as coisas fogem completamente 
do nosso controle pessoal. Vê-se, portanto, que a dúvida se 
deslocará de uma visão individualizada para uma visão da 
economia como um todo, na mudança de uma abordagem 
microeconômica para uma abordagem macroeconômica. 
Ambos os ramos teóricos são importantes para o administrador 
financeiro, dadas as implicações sobre sua atividade e seus 
objetivos em geral.
Em relação à contabilidade, a administração financeira 
faz uso dela para uma visão acurada da posição financeira 
da organização. O contador, utilizando certos princípios 
padronizados e geralmente aceitos, prepara as demonstrações 
financeiras com base na premissa de que as receitas devem ser 
reconhecidas por ocasião das vendas. Por sua vez, as despesas 
devem ser reconhecidas quando incorridas, isto é, na sua geração. 
Este método é geralmente chamado de regime de competência 
dos exercícios contábeis. Por esse método, o valor da venda 
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comprovado por uma nota fiscal de venda emitida hoje, que 
será recebido no mês seguinte, deve ser registrado já neste mês. 
Por seu turno, uma despesa comprovada por uma determinada 
nota fiscal de fornecimento ou prestação de serviço com data 
de hoje deve ser assumida hoje, independentemente de ter seu 
pagamento realizado, por exemplo, daqui a um mês. Mas, para 
o administrador financeiro, sua tarefa consisteem proporcionar 
os fluxos de caixa necessários para atingir as metas da empresa. 
Sua preocupação se relaciona à solvência da empresa, ou seja, à 
capacidade da empresa de gerar receita e efetuar pagamentos 
por conta de custos e despesas, investimentos, entre outros. 
Assim sendo, ao invés de reconhecer receitas no ponto de vendas 
e despesas, quando incorridas, reconhece receitas e despesas 
somente com respeito a entradas e saídas de caixa.
Observa-se, portanto, que a partir dos registros contábeis são 
elaboradas as demonstrações financeiras, que irão proporcionar 
ao administrador financeiro uma avaliação, o desenvolvimento 
de dados adicionais e posteriores decisões com base em análises 
subsequentes, com vistas ao equilíbrio entre as entradas e saídas 
de recursos e, sobretudo, com vistas à maximização do valor do 
empreendimento, conforme já visto.
1.3 O ambiente operacional do administrador 
financeiro e da própria empresa
Qualquer que seja o tipo de empreendimento – empresa 
industrial, comercial, prestadora de serviços ou financeira – a 
origem do capital – empresa privada ou empresa pública – bem 
como seu tamanho – grande ou pequena – ou sua finalidade 
– com ou sem fins lucrativos – haverá um lugar para um gestor 
dos seus ativos financeiros. São profissionais que se dedicam 
a uma série de tarefas financeiras da empresa, voltadas para 
o planejamento financeiro, fluxo de caixa, para a gestão e 
concessão de crédito a clientes, avaliação de projetos de 
investimento, captação de recursos para financiamento das 
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atividades da empresa e alocação adequada desses recursos em 
operações geradoras de caixa. Dada a complexidade do ambiente 
econômico de operação das organizações e sua dinâmica, 
temos visto aumentar a importância e a dificuldade das tarefas 
do administrador financeiro e, como consequência, estes 
profissionais têm assumido posições cada vez mais privilegiadas 
no organograma das empresas.
Outro fato que dá forma e substância ao ambiente operacional 
do administrador financeiro e da organização no conjunto das 
atividades empresariais é a própria globalização das atividades 
empresariais. A cada dia, mais e mais negócios são realizados 
no mundo todo, usufruindo das facilidades de uma ampla 
comunicação proporcionada pela internet, com um fabuloso 
tráfico de dados sob as mais diversas formas – imagens, textos, 
planilhas etc. –, proporcionando mais vendas, mais compras, 
mais investimentos e, sobretudo, um fluxo maior de recursos 
financeiros entre as diversas nações empenhadas no comércio 
mundial.
Esses profissionais interagem em um complexo conjunto de 
instituições financeiras, dotadas de instrumentos financeiros 
que possibilitam a transferência de recursos dos ofertadores 
últimos – aqueles que se encontram em posição de superávit 
financeiro, isto é, que dispõem de recursos financeiros e estão 
dispostos a cedê-los sob a forma de empréstimo ou investimento 
– e os tomadores últimos – aqueles que demandam recursos 
financeiros, isto é, que estão em posição de déficit financeiro e, 
portanto, buscam estes recursos no mercado. Entre um e outro, 
conciliando os interesses entre os tomadores e os aplicadores, 
surgem os intermediários financeiros. São componentes vitais do 
sistema financeiro que, por intermédio de suas instituições, têm 
como função a captação de recursos financeiros, a distribuição 
e circulação de valores e títulos mobiliários e a regulação desse 
processo.
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As operações no mercado financeiro estão classificadas em 
quatro grandes grupos:
• mercado cambial, que compreende operações à vista e a 
curto prazo, transformando moeda estrangeira em moeda 
nacional e vice-versa;
• mercado monetário, compreendendo operações à vista, 
de curto e de curtíssimo prazo, para controle da liquidez 
bancária;
• mercado de crédito, no qual se processam operações de 
prazos curto, médio e aleatórios, com financiamentos de 
capital de giro, capital fixo, habitação, rural e consumo de 
bens e serviços;
• mercado de valores mobiliários, com operações de 
prazos curto, médio, longo e indeterminado, igualmente 
para financiamentos de capital de giro, capital fixo, 
underwriting (subscrição de ações), ações e debêntures.
A regulamentação governamental desses mercados é 
realizada pelas autoridades monetárias, que são os órgãos 
normativos que regulam, controlam e exercem a fiscalização do 
sistema financeiro nacional e das instituições de intermediação, 
disciplinando todas as modalidades e operações de crédito, 
assim como a distribuição de valores mobiliários. Constituem as 
autoridades monetárias do país o Conselho Monetário Nacional 
(CMN), o Banco Central do Brasil (BC), o Tesouro Nacional e a 
Comissão de Valores Monetários (CVM). As normas e a disciplina 
operacional são impostas ao sistema por meio de resoluções, 
circulares, instruções e atos declaratórios, emanados direta ou 
indiretamente das decisões do CMN. Ao CMN e ao BC competem 
um conjunto de atribuições relacionadas à adaptação do volume 
de meios de pagamento – que, em sua forma mais simples, 
conhecida por M1, compreende os depósitos à vista, do público, 
nos bancos comerciais, somados ao total do papel moeda em 
poder do público –, às necessidades da economia nacional, bem 
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como à regulação dos valores internos e externos da moeda 
corrente do país. Vejamos algumas das principais atribuições 
dos órgãos que compõem as autoridades monetárias do país. Os 
tópicos a seguir foram adaptados do site do Banco Central do 
Brasil, disponível em <www.bcb.gov.br>.
Conselho Monetário Nacional - CMN
É o órgão deliberativo máximo do sistema financeiro 
nacional. É composto pelo ministro da Fazenda (que 
é o presidente do CMN), o ministro do Planejamento, 
Orçamento e Gestão, e pelo presidente do Banco Central. 
Dentre suas funções, destacam-se:
•-adaptar o volume de meios de pagamento às reais 
necessidades da economia;
•-regular o valor interno e externo da moeda e o equilíbrio 
do balanço de pagamentos, que consiste no registro 
sistemático das operações comerciais e financeiras 
entre residentes e não residentes do país;
•-orientar a aplicação dos recursos das instituições 
financeiras;
•-propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos 
instrumentos financeiros;
•-zelar pela liquidez e solvência das instituições 
financeiras;
•-coordenar as políticas monetária, creditícia, 
orçamentária e da dívida pública interna e externa.
Tesouro Nacional1
Consubstanciado na Secretaria do Tesouro Nacional 
(STN), consiste no caixa do governo, pois capta recursos 
no mercado, via emissão primária (pela primeira vez em 
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1Disponível em: <www.bcb.gov.br>.
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circulação) de títulos – Letras Financeiras do Tesouro 
(LFT), Notas do Tesouro Nacional (NTN), Letras do Tesouro 
Nacional (LTN) – para financiamento da dívida interna do 
governo, por intermédio do BC. A STN é o órgão central do 
sistema de administração financeira federal e do sistema 
de contabilidade federal, responsável pela administração 
e controle da dívida pública federal, tanto interna como 
externa.
Banco Central do Brasil (BC)2
É uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, criada 
em fins de 1964, juntamente com o Conselho Monetário 
Nacional. É o principal executor das orientações desse 
Conselho e responsável por garantir o poder de compra da 
moeda nacional, ou seja, pelo controle da inflação. Dentre 
seus objetivos, destacam-se:
•-zelar pela adequada liquidez da economia;
•-manter as reservas internacionais em nível adequado;
•-estimular a formação de poupança;
•-zelar pela estabilidade e promoção do aperfeiçoamento 
do sistema financeiro.
Para o cumprimento de suas obrigações, compete ao BC:
•-a emissão de papel moeda e moeda metálica;
•-executar os serviços do meio circulante; receber 
recolhimentos compulsórios e voluntários das 
instituições financeiras e bancárias;
•-realizar operações de redesconto e empréstimo às 
instituições financeiras;
•-regular a execução dos serviços de compensação de 
cheques e outros papéis;
2Disponível em: <www.bcb.gov.br>.
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•-efetuar operações de compra e venda de títulos 
públicos federais;
•-executar o controle de crédito;
•-exercer a fiscalização das instituições financeiras;
•-autorizar o funcionamento das instituições 
financeiras;
•-estabelecer as condições para o exercício de quaisquer 
cargos de direção nas instituições financeiras;
•-vigiar a interferência de outras empresas nos mercados 
financeiros e de capitais e controlar o fluxo de capitais 
estrangeiros no país.
Em 1996, instituiu-se o Comitê de Política Monetária 
(COPOM), com o objetivo de estabelecer as diretrizes da 
política monetária e de definir a taxa de juros básica da 
economia e seu viés, ou seja, a tendência de alta, baixa ou 
sua manutenção para um período próximo. Esse Comitê 
é composto pelos membros da diretoria colegiada do BC, 
a saber: o Presidente, o diretor de política monetária, 
o diretor de política econômica, o diretor de estudos 
especiais, o diretor de assuntos internacionais, o diretor 
de normas e organização do sistema financeiro, o diretor 
de fiscalização, o diretor de liquidação e desestatização 
e o diretor de administração. Cabe ao Presidente o voto 
decisório em caso de empate na decisão de política 
monetária. A taxa SELIC, que constitui instrumento 
primário de política monetária, é a taxa de juros média 
que incide sobre os financiamentos diários com prazo 
de um dia útil (conhecido por overnight) lastreados 
por títulos públicos registrados no Sistema Especial 
de Liquidação e Custódia (SELIC). O COPOM estabelece 
a meta para a taxa SELIC, e é função da mesa de 
operações do mercado aberto do BC manter a taxa 
SELIC diária próxima à meta. Dada a sua importância 
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na economia, pois constitui um balizador para as taxas 
de juros praticadas em todo o mercado financeiro, ela é 
reconhecida como a “taxa básica de juros da economia” 
e o “custo primário do dinheiro”.
Comissão de Valores Mobiliários (CVM)3
Trata-se de entidade autárquica em regime especial, 
vinculada ao Ministério da Fazenda, com personalidade 
jurídica e patrimônio próprios, dotada de autoridade 
administrativa independente, ausência de subordinação 
hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus 
dirigentes, e autonomia financeira e orçamentária. Foi 
criada para disciplinar o funcionamento do mercado de 
valores mobiliários e a atuação de seus protagonistas – as 
companhias abertas, os intermediários financeiros e os 
investidores. Compete à CVM:
•-assegurar o funcionamento eficiente e regular dos 
mercados de bolsa – bolsa de valores e bolsa de futuros 
– e de balcão;
•-proteger os titulares de valores mobiliários contra 
emissões irregulares e atos ilegais de administradores 
e acionistas controladores de companhias ou de 
administradores de carteira de valores mobiliários;
•-evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação 
destinadas a criar condições artificiais de demanda, 
oferta ou preço de valores mobiliários negociados no 
mercado;
•-assegurar a observância de práticas comerciais 
equitativas no mercado de valores mobiliários;
•-estimular a formação de poupança e sua aplicação em 
valores mobiliários;
3Disponível em: <www.bcb.gov.br>.
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•-promover a expansão e o funcionamento eficiente e 
regular dos mercados de ações e de futuros e estimular 
as aplicações permanentes em ações do capital social 
das companhias abertas.
Para o cumprimento de suas funções, cabe à CVM disciplinar 
as seguintes matérias, dentre outras:
•-registro de companhias abertas;
•-registro de distribuições de valores mobiliários;
•-credenciamento de auditores independentes e 
administradores de carteiras de valores mobiliários;
•-organização, funcionamento e operações das bolsas 
de valores;
•-organização, funcionamento e operações das bolsas 
de mercadorias e de futuros;
•-negociação e intermediação no mercado de valores 
mobiliários;
•-administração de carteiras e a custódia de valores 
mobiliários;
•-suspensão ou cancelamento de registros, 
credenciamentos ou autorizações;
•-suspensão de emissão, distribuição ou negociação de 
determinado valor mobiliário ou decretar recesso de 
bolsa de valores.
Estendendo a compreensão dessas informações, 
verifica-se que as instituições financeiras captadoras de 
depósitos à vista compreendem os bancos comerciais 
e múltiplos com carteira comercial, a Caixa Econômica 
Federal e as cooperativas de crédito. Por demais 
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instituições financeiras, entendem-se os bancos múltiplos 
sem carteira comercial, os bancos de investimento, os 
bancos de desenvolvimento, as sociedades de crédito, 
financiamento e investimento, as sociedades de crédito 
imobiliário, as agências de fomento, a associação de 
poupança e empréstimo, as companhias hipotecárias, as 
cooperativas centrais de crédito. Os outros intermediários 
financeiros e administradores de recursos de terceiros 
compreendem as sociedades corretoras de valores 
mobiliários, as sociedades distribuidoras de títulos e 
valores mobiliários, as sociedades de arrendamento 
mercantil, as sociedadescorretoras de câmbio e os 
administradores de consórcio.
Para ampliar nosso conhecimento sobre o ambiente 
operacional das empresas tomadoras e aplicadoras de 
recursos financeiros, reproduzimos, a seguir, a conceituação 
expressa no site <http://www.bcb.gov.br/?SFNCOMP>, do 
Banco Central do Brasil, sobre os agentes operadores do 
sistema financeiro nacional:
Bancos múltiplos
Os bancos múltiplos são instituições financeiras privadas 
ou públicas que realizam as operações ativas, passivas 
e acessórias das diversas instituições financeiras por 
intermédio das seguintes carteiras: comercial, de 
investimento e/ou de desenvolvimento, de crédito 
imobiliário, de arrendamento mercantil e de crédito, 
financiamento e investimento. Essas operações estão 
sujeitas às mesmas normas legais e regulamentares 
aplicáveis às instituições singulares correspondentes às 
suas carteiras. A carteira de desenvolvimento somente 
poderá ser operada por banco público. O banco múltiplo 
deve ser constituído com, no mínimo, duas carteiras, 
sendo uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de 
investimento, e ser organizado sob a forma de sociedade 
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anônima. As instituições com carteira comercial podem 
captar depósitos à vista. Na sua denominação social deve 
constar a expressão “banco” (Resolução CMN 2.099, de 
1994).
Bancos comerciais4
Os bancos comerciais são instituições financeiras 
privadas ou públicas que têm como objetivo principal 
proporcionar suprimento de recursos necessários 
para financiar, a curto e a médio prazos, o comércio, 
a indústria, as empresas prestadoras de serviços, as 
pessoas físicas e terceiros em geral. A captação de 
depósitos à vista, livremente movimentáveis, é atividade 
típica do banco comercial, o qual pode também captar 
depósitos a prazo. Deve ser constituído sob a forma de 
sociedade anônima e na sua denominação social deve 
constar a expressão “banco” (Resolução CMN 2.099, 
de 1994).
Caixa Econômica Federal5
A Caixa Econômica Federal, criada em 1.861, está regulada 
pelo Decreto-Lei 759, de 12 de agosto de 1969, como 
empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda. 
Trata-se de instituição assemelhada aos bancos comerciais, 
podendo captar depósitos à vista, realizar operações ativas e 
efetuar prestação de serviços. Uma característica distintiva 
da Caixa é que ela prioriza a concessão de empréstimos 
e financiamentos a programas e projetos nas áreas de 
assistência social, saúde, educação, trabalho, transportes 
urbanos e esporte. Pode operar com crédito direto ao 
consumidor, financiando bens de consumo duráveis, 
emprestar sob garantia de penhor industrial e caução 
de títulos, bem como tem o monopólio do empréstimo 
sob penhor de bens pessoais e sob consignação e tem o 
monopólio da venda de bilhetes de loteria federal. Além de 
4Disponível em: <www.bcb.gov.br>.
5Disponível em: <www.bcb.gov.br>.
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centralizar o recolhimento e posterior aplicação de todos 
os recursos oriundos do Fundo de Garantia do Tempo de 
Serviço (FGTS), integra o Sistema Brasileiro de Poupança e 
Empréstimo (SBPE) e o Sistema Financeiro da Habitação 
(SFH).
Cooperativas de créditos6
As cooperativas de crédito observam, além da legislação 
e das normas do sistema financeiro, a Lei 5.764, de 16 
de dezembro de 1971, que define a política nacional de 
cooperativismo e institui o regime jurídico das sociedades 
cooperativas. Atuando tanto no setor rural quanto no 
urbano, as cooperativas de crédito podem se originar 
da associação de funcionários de uma mesma empresa 
ou grupo de empresas, de profissionais de determinado 
segmento, de empresários ou mesmo adotar a livre 
admissão de associados em uma área determinada de 
atuação, sob certas condições. Os eventuais lucros 
auferidos com suas operações - prestação de serviços e 
oferecimento de crédito aos cooperados - são repartidos 
entre os associados. As cooperativas de crédito devem 
adotar, obrigatoriamente, em sua denominação social, a 
expressão “cooperativa”, vedada a utilização da palavra 
“banco”. Devem possuir o número mínimo de vinte 
cooperados e adequar sua área de ação às possibilidades 
de reunião, controle, operações e prestações de serviços. 
Estão autorizadas a realizar operações de captação por 
meio de depósitos à vista e a prazo somente de associados, 
de empréstimos, repasses e refinanciamentos de outras 
entidades financeiras, e de doações. Podem conceder 
crédito, somente a associados, por meio de desconto de 
títulos, empréstimos, financiamentos, e realizar aplicação 
de recursos no mercado financeiro (Resolução CMN 3.106, 
de 2003).
6Disponível em: <www.bcb.gov.br>.
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Agências de fomento7
As agências de fomento têm como objeto social a concessão 
de financiamento de capital fixo e de giro associado a 
projetos na unidade da federação onde tenham sede. 
Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima 
de capital fechado e estar sob o controle de unidade da 
federação, sendo que cada unidade só pode constituir 
uma agência. Tais entidades têm status de instituição 
financeira, mas não podem captar recursos junto ao 
público, recorrer ao redesconto, ter conta de reserva no 
Banco Central, contratar depósitos interfinanceiros na 
qualidade de depositante ou de depositária e nem ter 
participação societária em outras instituições financeiras. 
De sua denominação social deve constar a expressão 
“agência de fomento” acrescida da indicação da unidade 
da federação controladora. É vedada a sua transformação 
em qualquer outro tipo de instituição integrante do 
sistema financeiro nacional. As agências de fomento 
devem constituir e manter, permanentemente, um fundo 
de liquidez equivalente, no mínimo, a 10% do valor de 
suas obrigações, a ser integralmente aplicado em títulos 
públicos federais (Resolução CMN 2.828, de 2001).
Associações de poupança e empréstimo8
As associações de poupança e empréstimo são constituídas 
sob a forma de sociedade civil, sendo de propriedade 
comum de seus associados. Suas operações ativas são, 
basicamente, direcionadas ao mercado imobiliário e ao 
Sistema Financeiro da Habitação (SFH). As operações 
passivas são constituídas de emissão de letras e cédulas 
hipotecárias, depósitos de cadernetas de poupança, 
depósitos interfinanceiros e empréstimos externos. Os 
depositantes dessas entidades são considerados acionistas 
da associação e, por isso, não recebem rendimentos, 
mas dividendos. Os recursos dos depositantes são, assim, 
7Disponível em: <www.bcb.gov.br>.
8Disponível em: <www.bcb.gov.br>.
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classificados nopatrimônio líquido da associação e não no 
passivo exigível (Resolução CMN 52, de 1967).
Bancos de desenvolvimento9
Os bancos de desenvolvimento são instituições financeiras 
controladas pelos governos estaduais e têm como 
objetivo precípuo proporcionar o suprimento oportuno 
e adequado dos recursos necessários ao financiamento, 
a médio e a longo prazos, de programas e projetos que 
visem promover o desenvolvimento econômico e social 
do respectivo Estado. As operações passivas são depósitos 
a prazo, empréstimos externos, emissão ou endosso de 
cédulas hipotecárias, emissão de cédulas pignoratícias de 
debêntures e de títulos de desenvolvimento econômico. 
As operações ativas são empréstimos e financiamentos, 
dirigidos prioritariamente ao setor privado. Devem ser 
constituídos sob a forma de sociedade anônima, com 
sede na capital do Estado que detiver seu controle 
acionário, devendo adotar, obrigatória e privativamente, 
em sua denominação social, a expressão “banco de 
desenvolvimento”, seguida do nome do Estado em que 
tenha sede (Resolução CMN 394, de 1976).
Bancos de investimento10
Os bancos de investimento são instituições financeiras 
privadas especializadas em operações de participação 
societária de caráter temporário, de financiamento da 
atividade produtiva para suprimento de capital fixo e de 
giro e de administração de recursos de terceiros. Devem 
ser constituídos sob a forma de sociedade anônima e 
adotar, obrigatoriamente, em sua denominação social, a 
expressão “banco de investimento”. Não possuem contas 
correntes e captam recursos via depósitos a prazo, repasses 
de recursos externos, internos e venda de cotas de fundos 
de investimento por eles administrados. As principais 
9Disponível em: <www.bcb.gov.br>.
10Disponível em: <www.bcb.gov.br>.
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operações ativas são financiamento de capital de giro e 
capital fixo, subscrição ou aquisição de títulos e valores 
mobiliários, depósitos interfinanceiros e repasses de 
empréstimos externos (Resolução CMN 2.624, de 1999).
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e 
Social (BNDES)11
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e 
Social (BNDES), criado em 1952 como autarquia federal, 
foi enquadrado como uma empresa pública federal, com 
personalidade jurídica de direito privado e patrimônio 
próprio, pela Lei 5.662, de 21 de junho de 1971. O BNDES 
é um órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, 
Indústria e Comércio Exterior e tem como objetivo apoiar 
empreendimentos que contribuam para o desenvolvimento 
do país. Suas linhas de apoio contemplam financiamentos de 
longo prazo e custos competitivos para o desenvolvimento 
de projetos de investimentos e para a comercialização 
de máquinas e equipamentos novos, fabricados no país, 
bem como para o incremento das exportações brasileiras. 
Contribui, também, para o fortalecimento da estrutura 
de capital das empresas privadas e desenvolvimento do 
mercado de capitais. A BNDESPAR, subsidiária integral, 
investe em empresas nacionais através da subscrição de 
ações e debêntures conversíveis. O BNDES considera ser de 
fundamental importância, na execução de sua política de 
apoio, a observância de princípios ético-ambientais e assume 
o compromisso com os princípios do desenvolvimento 
sustentável. As linhas de apoio financeiro e os programas 
do BNDES atendem às necessidades de investimentos das 
empresas de qualquer porte e setor, estabelecidas no país. 
A parceria com instituições financeiras, com agências 
estabelecidas em todo o país, permite a disseminação do 
crédito, possibilitando um maior acesso aos recursos do 
BNDES.
11Disponível em: <www.bcb.gov.br>.
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Companhias hipotecárias12
As companhias hipotecárias são instituições financeiras 
constituídas sob a forma de sociedade anônima, que têm 
por objeto social conceder financiamentos destinados 
à produção, reforma ou comercialização de imóveis 
residenciais ou comerciais aos quais não se aplicam as normas 
do Sistema Financeiro da Habitação (SFH). Suas principais 
operações passivas são: letras hipotecárias, debêntures, 
empréstimos e financiamentos no país e no exterior. 
Suas principais operações ativas são: financiamentos 
imobiliários residenciais ou comerciais, aquisição de 
créditos hipotecários, refinanciamentos de créditos 
hipotecários e repasses de recursos para financiamentos 
imobiliários. Tais entidades têm como operações especiais 
a administração de créditos hipotecários de terceiros e de 
fundos de investimento imobiliário (Resolução CMN 2.122, 
de 1994).
Cooperativas centrais de crédito13
As cooperativas centrais de crédito, formadas por 
cooperativas singulares, organizam em maior escala as 
estruturas de administração e suporte de interesse comum 
das cooperativas singulares filiadas, exercendo sobre elas, 
entre outras funções, a supervisão de funcionamento, a 
capacitação de administradores, gerentes e associados, e 
a auditoria de demonstrações financeiras (Resolução CMN 
3.106, de 2003).
Sociedades de créditos, financiamento e 
investimento14
As sociedades de crédito, financiamento e investimento, 
também conhecidas por financeiras, foram instituídas pela 
Portaria do Ministério da Fazenda 309, de 30 de novembro 
de 1959. São instituições financeiras privadas que têm 
12Disponível em: <www.bcb.gov.br>.
13Disponível em: <www.bcb.gov.br>.
14Disponível em: <www.bcb.gov.br>.
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como objetivo básico a realização de financiamento para 
a aquisição de bens, serviços e capital de giro. Devem ser 
constituídas sob a forma de sociedade anônima e na sua 
denominação social deve constar a expressão “crédito, 
financiamento e investimento”. Tais entidades captam 
recursos por meio de aceite e colocação de Letras de 
Câmbio (Resolução CMN 45, de 1966).
Sociedades de crédito imobiliário15
As sociedades de crédito imobiliário são instituições 
financeiras criadas pela Lei 4.380, de 21 de agosto de 1964, 
para atuar no financiamento habitacional. Constituem 
operações passivas dessas instituições os depósitos de 
poupança, a emissão de letras e cédulas hipotecárias e 
os depósitos interfinanceiros. Suas operações ativas são: 
financiamento para construção de habitações, abertura 
de crédito para compra ou construção de casa própria, 
financiamento de capital de giro a empresas incorporadoras, 
produtoras e distribuidoras de material de construção. 
Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima, 
adotando obrigatoriamente em sua denominação social a 
expressão “crédito imobiliário” (Resolução CMN 2.735, de 
2000).
Sociedades de crédito ao microempreendedor16
As sociedades de crédito ao microempreendedor, criadas 
pela Lei 10.194, de 14 de fevereiro de 2001, são entidades 
que têm por objeto social exclusivo a concessão de 
financiamentos e a prestação de garantias a pessoas 
físicas, bem como a pessoas jurídicas classificadas como 
microempresas, com vistas a viabilizarempreendimentos 
de natureza profissional, comercial ou industrial de 
pequeno porte. São impedidas de captar, sob qualquer 
forma, recursos junto ao público, bem como emitir títulos e 
valores mobiliários destinados à colocação e oferta públicas. 
15Disponível em: <www.bcb.gov.br>.
16Disponível em: <www.bcb.gov.br>.
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Devem ser constituídas sob a forma de companhia fechada 
ou de sociedade por quotas de responsabilidade limitada, 
adotando obrigatoriamente em sua denominação social a 
expressão “sociedade de crédito ao microempreendedor”, 
e vedada a utilização da palavra “banco” (Resolução CMN 
2.874, de 2001).
Administradoras de consórcio17
As administradoras de consórcio são pessoas jurídicas 
prestadoras de serviços relativos à formação, organização 
e administração de grupos de consórcio, cujas operações 
estão estabelecidas na Lei 5.768, de 20 de dezembro de 
1971. Ao Banco Central do Brasil (Bacen), por força do 
disposto no art. 33 da Lei 8.177, de 1º de março de 1991, 
cabe autorizar a constituição de grupos de consórcio, a 
pedido de administradoras previamente constituídas sem 
interferência expressa da referida autarquia, mas que 
atendam a requisitos estabelecidos, particularmente quanto 
à capacidade financeira, econômica e gerencial da empresa. 
Também cumpre ao Bacen fiscalizar as operações da espécie 
e aplicar as penalidades cabíveis. Ademais, com base no 
art. 10 da Lei 5.768, o Bacen pode intervir nas empresas de 
consórcio e decretar sua liquidação extrajudicial. O grupo 
é uma sociedade de fato, constituída na data da realização 
da primeira assembléia geral ordinária por consorciados 
reunidos pela administradora, que coletam poupança com 
vistas à aquisição de bens, conjunto de bens ou serviço 
turístico, por meio de autofinanciamento (Circular BCB 
2.766, de 1997).
Sociedades de arrendamento mercantil18
As sociedades de arrendamento mercantil são constituídas 
sob a forma de sociedade anônima, devendo constar 
obrigatoriamente na sua denominação social a expressão 
“arrendamento mercantil”. As operações passivas 
17Disponível em: <www.bcb.gov.br>.
18Disponível em: <www.bcb.gov.br>.
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Unidade I
dessas sociedades são emissão de debêntures, dívida 
externa, empréstimos e financiamentos de instituições 
financeiras. Suas operações ativas são constituídas por 
títulos da dívida pública, cessão de direitos creditórios e, 
principalmente, por operações de arrendamento mercantil 
de bens móveis, de produção nacional ou estrangeira, e 
bens imóveis adquiridos pela entidade arrendadora para 
fins de uso próprio do arrendatário. São supervisionadas 
pelo Banco Central do Brasil (Resolução CMN 2.309, de 
1996).
Sociedade corretoras de câmbio19
As sociedades corretoras de câmbio são constituídas 
sob a forma de sociedade anônima ou por quotas de 
responsabilidade limitada, devendo constar na sua 
denominação social a expressão “corretora de câmbio”. Têm 
por objeto social exclusivo a intermediação em operações 
de câmbio e a prática de operações no mercado de câmbio 
de taxas flutuantes. São supervisionadas pelo Banco 
Central do Brasil (Resolução CMN 1.770, de 1990).
Sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários20
As sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários 
são constituídas sob a forma de sociedade anônima ou por 
quotas de responsabilidade limitada. Dentre seus objetivos 
estão: operar em bolsas de valores; subscrever emissões 
de títulos e valores mobiliários no mercado; comprar e 
vender títulos e valores mobiliários por conta própria e de 
terceiros; encarregar-se da administração de carteiras e da 
custódia de títulos e valores mobiliários; exercer funções 
de agente fiduciário; instituir, organizar e administrar 
fundos e clubes de investimento; emitir certificados de 
depósito de ações e cédulas pignoratícias de debêntures; 
intermediar operações de câmbio; praticar operações no 
mercado de câmbio de taxas flutuantes; praticar operações 
19Disponível em: <www.bcb.gov.br>.
20Disponível em: <www.bcb.gov.br>.
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de conta margem; realizar operações compromissadas; 
praticar operações de compra e venda de metais preciosos, 
no mercado físico, por conta própria e de terceiros; operar 
em bolsas de mercadorias e de futuros por conta própria 
e de terceiros. São supervisionadas pelo Banco Central 
do Brasil (Resolução CMN 1.655, de 1989). Os fundos de 
investimento, administrados por corretoras ou outros 
intermediários financeiros, são constituídos sob forma 
de condomínio e representam a reunião de recursos para 
a aplicação em carteira diversificada de títulos e valores 
mobiliários, com o objetivo de propiciar aos condôminos 
a valorização de quotas a um custo global mais baixo. A 
normatização, concessão de autorização, o registro e a 
supervisão dos fundos de investimento são de competência 
da Comissão de Valores Mobiliários.
Sociedades distribuidoras de títulos e valores 
mobiliários21
As sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários 
são constituídas sob a forma de sociedade anônima ou 
por quotas de responsabilidade limitada, devendo constar 
da sua denominação social a expressão “distribuidora de 
títulos e valores mobiliários”. Algumas de suas atividades: 
intermedeiam a oferta pública e distribuição de títulos e 
valores mobiliários no mercado; administram e custodiam 
as carteiras de títulos e valores mobiliários; instituem, 
organizam e administram fundos e clubes de investimento; 
operam no mercado acionário, comprando, vendendo e 
distribuindo títulos e valores mobiliários, inclusive ouro 
financeiro, por conta de terceiros; fazem a intermediação 
com as bolsas de valores e de mercadorias; efetuam 
lançamentos públicos de ações; operam no mercado aberto 
e intermedeiam operações de câmbio. São supervisionadas 
pelo Banco Central do Brasil (Resolução CMN 1.120, de 
1986).
21Disponível em: <www.bcb.gov.br>.
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Bolsas de mercadorias e futuros22
As bolsas de mercadorias e futuros são associações 
privadas civis, sem finalidade lucrativa, com objetivo de 
efetuar o registro, a compensação e a liquidação, física 
e financeira, das operações realizadas em pregão ou 
em sistema eletrônico. Para tanto, devem desenvolver, 
organizar e operacionalizar um mercado de derivativos livre 
e transparente, que proporcione aos agentes econômicos 
a oportunidade de efetuarem operações de hedging 
(proteção) ante flutuações de preço de commodities 
agropecuárias, índices, taxas de juro, moedas e metais, 
bem como de todo e qualquer instrumento ou variável 
macroeconômica cuja incertezade preço no futuro possa 
influenciar negativamente suas atividades. Possuem 
autonomia financeira, patrimonial e administrativa e são 
fiscalizadas pela Comissão de Valores Mobiliários.
Bolsas de valores23
As bolsas de valores são associações privadas civis, sem 
finalidade lucrativa, com objetivo de manter local adequado 
ao encontro de seus membros e à realização, entre eles, de 
transações de compra e venda de títulos e valores mobiliários 
pertencentes a pessoas jurídicas públicas e privadas, 
em mercado livre e aberto, especialmente organizado e 
fiscalizado por seus membros e pela Comissão de Valores 
Mobiliários. Possuem autonomia financeira, patrimonial e 
administrativa (Resolução CMN 2.690, de 2000).
Sociedades seguradoras24
Sociedades seguradoras são entidades, constituídas sob a 
forma de sociedades anônimas, especializadas em pactuar 
contrato, por meio do qual assumem a obrigação de pagar 
ao contratante (segurado), ou a quem este designar, uma 
22Disponível em: <www.bcb.gov.br>.
23Disponível em: <www.bcb.gov.br>.
24Disponível em: <www.bcb.gov.br>.
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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
indenização, no caso em que advenha o risco indicado e 
temido, recebendo, para isso, o prêmio estabelecido.
Sociedades de capitalização25
Sociedades de capitalização são entidades, constituídas sob 
a forma de sociedades anônimas, que negociam contratos 
(títulos de capitalização) que têm por objeto o depósito 
periódico de prestações pecuniárias pelo contratante, o qual 
terá, depois de cumprido o prazo contratado, o direito de 
resgatar parte dos valores depositados corrigidos por uma 
taxa de juros estabelecida contratualmente, conferindo, 
ainda, quando previsto, o direito de concorrer a sorteios de 
prêmios em dinheiro.
Entidades abertas de previdência complementar26
Entidades abertas de previdência complementar são 
entidades constituídas unicamente sob a forma de 
sociedades anônimas e têm por objetivo instituir e operar 
planos de benefícios de caráter previdenciário concedidos 
em forma de renda continuada ou pagamento único, 
acessíveis a quaisquer pessoas físicas. São regidas pelo 
Decreto-Lei 73, de 21 de novembro de 1966, e pela Lei 
Complementar 109, de 29 de maio de 2001. As funções 
do órgão regulador e do órgão fiscalizador são exercidas 
pelo Ministério da Fazenda, por intermédio do Conselho 
Nacional de Seguros Privados (CNSP) e da Superintendência 
de Seguros Privados (SUSEP).
Entidades fechadas de previdência complementar 
(fundos de pensão)27
As entidades fechadas de previdência complementar 
(fundos de pensão) são organizadas sob a forma de 
fundação ou sociedade civil, sem fins lucrativos, e são 
acessíveis, exclusivamente, aos empregados de uma 
25Disponível em: <www.bcb.gov.br>.
26Disponível em: <www.bcb.gov.br>.
27Disponível em: <www.bcb.gov.br>.
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Unidade I
empresa ou grupo de empresas ou aos servidores da 
União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, 
entes denominados patrocinadores, ou aos associados 
ou membros de pessoas jurídicas de caráter profissional, 
classista ou setorial, denominadas instituidores. As 
entidades de previdência fechada devem seguir as diretrizes 
estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, por meio 
da Resolução 3.121, de 25 de setembro de 2003, no que 
tange à aplicação dos recursos dos planos de benefícios. 
Também são regidas pela Lei Complementar 109, de 29 de 
maio de 2001.
No próximo capítulo, serão analisadas as decisões sobre 
financiamento a curto prazo. Serão examinadas, portanto, 
as condições para uma apropriada administração das contas 
que configuram o ativo circulante – ou o capital circulante 
– das organizações e sua interação com o passivo circulante. 
Desta maneira, serão abordadas a administração do caixa, 
do disponível, das duplicatas a receber, dos estoques e, ao 
final, a constatação da necessidade de capital de giro da 
empresa.
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