Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AULA 16: REVISÃO Deontologia e legislação farmacêutica DEONTOLOGIA E LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA Aula 16: Revisão AULA 16: REVISÃO Deontologia e legislação farmacêutica 1. Revisão das principais legislações tratadas na disciplina; 2. Legislações relacionadas à profissão farmacêutica; 3. Legislações relacionadas à vigilância sanitária de medicamentos; 4. Legislações relacionadas às principais atividades farmacêuticas. AULA 16: REVISÃO Deontologia e legislação farmacêutica • Principais aspectos Deontologia: Significa a conveniência ou necessidade que essa determinada profissão tem, de acordo com suas características, as quais constituem as regras para o exercício dessa profissão. Deontologia farmacêutica: Conjunto de regras que indicam o comportamento do indivíduo, na qualidade de membro da profissão farmacêutica, sendo que a essência dessas regras é a de garantir a conveniência ou a utilidade desse grupo social, a fim de que ele possa alcançar melhor as finalidades propostas ao conjunto da sociedade; Conjunto de Direitos e Deveres imputados ao Farmacêutico para o exercício profissional. Deontologia e ética AULA 16: REVISÃO Deontologia e legislação farmacêutica • Principais aspectos Moral: Conjunto de normas e regras, aceitas livre e conscientemente, que regulam o comportamento individual dos homens e orientam o relacionamento dos indivíduos em certa comunidade social. Ética: Conjunto de princípios morais que regem os direitos e deveres de cada um de nós e que são estabelecidos e aceitos em uma época por determinada comunidade humana; A Ética define e normatiza a conduta humana, regularizada pelos costumes. Deontologia e ética AULA 16: REVISÃO Deontologia e legislação farmacêutica • Principais aspectos A Ética Profissional Farmacêutica: Conjunto de normas de procedimento, valores e condutas profissionais aplicadas às peculiaridades do profissional farmacêutico no exercício das atribuições profissionais e nas relações com a comunidade; Determinada pelo Conselho Federal de Farmácia e regida pelo Código de Ética Farmacêutica. Código de Ética Farmacêutica: Representa os instrumentos para nortear as práticas profissionais do Farmacêutico; Resolução nº 596, de 21 de fevereiro de 2014. Deontologia e ética AULA 16: REVISÃO Deontologia e legislação farmacêutica • Resolução nº 596/ 2014 O conjunto de regras da profissão farmacêutica é determinada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) por meio dessa Resolução específica, que determina o Código de Ética da Profissão Farmacêutica; Descreve os direitos, os deveres e as proibições a que o farmacêutico está sujeito; Dispõe sobre o Código do Processo Ético Farmacêutico; Estabelece as infrações e as regras de aplicação das sanções disciplinares; A transgressão ao Código de Ética, aos atos regulatórios e diplomas legais vigentes poderá resultar em sanções disciplinares por parte do Conselho Regional de Farmácia (CRF), após apuração de sua Comissão de Ética. Código de ética farmacêutica AULA 16: REVISÃO Deontologia e legislação farmacêutica • Principais legislações Decreto nº 20.377/1931: Aprova a regulamentação do exercício da profissão farmacêutica no Brasil. Decreto nº 85.878/1981: Estabelece normas para execução da Lei nº 3.820, de 11 de novembro de 1960, sobre o exercício da profissão de farmacêutico, e dá outras providências; Descreve as atribuições privativas e não privativas do farmacêutico. Resoluções do CFF: Regulamentam a profissão e suas atribuições em diversas áreas de atuação. A profissão farmacêutica AULA 16: REVISÃO Deontologia e legislação farmacêutica • Áreas de atuação Atualmente o Conselho Federal de Farmácia (CFF) define mais de 70 áreas de atuação do farmacêutico, sendo algumas privativas e não privativas. Resolução CFF nº 366/2001: Dispõe sobre as especialidades de farmácia reconhecidas pelo Conselho Federal de Farmácia. Resolução CFF nº 572/2013: Estabelece as linhas de atuação, agrupadas por especialidades farmacêuticas, para efeito de registro de certificados e títulos na carteira profissional do farmacêutico, nos CRF; Linhas de atuação: Alimentos, Análises Clínicas-Laboratoriais, Educação, Farmácia, Farmácia Hospitalar e Clínica. A profissão farmacêutica AULA 16: REVISÃO Deontologia e legislação farmacêutica • Conselhos e sindicatos profissionais Conselho Federal de Farmácia: É uma autarquia pública federal, dotada de personalidade jurídica de direito público, autonomia administrativa e financeira, destinada a zelar pela fiel observância dos princípios da ética e da disciplina dos que exercem atividades farmacêuticas no país; Cabe ao Conselho Federal de Farmácia a regulamentação da profissão farmacêutica; Criado pela Lei nº 3820, de 11 de novembro de 1960. Instituições profissionais AULA 16: REVISÃO Deontologia e legislação farmacêutica • Conselhos e sindicatos profissionais Conselho Regional de Farmácia: Também criado pela Lei nº 3820, de 11 de novembro de 1960. Atribuições principais: Registrar os profissionais de acordo com a presente lei e expedir a carteira profissional; Fiscalizar o exercício da profissão, impedindo e punindo as infrações à lei, bem como enviando às autoridades competentes relatórios documentados sobre os fatos que apurarem e cuja solução não seja de sua alçada; Res. nº 600/2014 - Regulamenta o procedimento de fiscalização dos Conselhos Regionais de Farmácia e dá outras providências. Instituições profissionais AULA 16: REVISÃO Deontologia e legislação farmacêutica • Conselhos e sindicatos profissionais Sindicatos profissionais: É a entidade ou a associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos seus interesses econômicos ou profissionais de todos os que, como empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores autônomos, ou profissionais liberais, exerçam, respectivamente, a mesma atividade ou profissão ou atividades ou profissões similares ou conexas (Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT Art. 511º). Sindicatos farmacêuticos: FENAFAR – Federação Nacional dos Farmacêuticos; Sindicatos locais – SINFAERJ. Instituições profissionais AULA 16: REVISÃO Deontologia e legislação farmacêutica • Conceito “Conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde”. Abrangência: Controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; Controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde; Instituições: ANVISA e Vigilâncias Sanitárias estaduais e municipais. Vigilância sanitária AULA 16: REVISÃO Deontologia e legislação farmacêutica • Principais legislações Lei nº 5991/73: Controle Sanitário do Comércio de Drogas, Medicamentos, Insumos Farmacêuticos e Correlatos, e dá outras Providências. Lei nº 6360/76: Vigilância Sanitária a que ficam sujeitos os medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e correlatos, cosméticos, saneantes e outros produtos. Lei nº 6437/77: Configura as infrações à legislação sanitária federal, estabelece as sanções respectivas. Vigilância sanitária AULA 16: REVISÃO Deontologia e legislaçãofarmacêutica • Principais legislações Portaria nº 3916/98: Política Nacional de Medicamentos; Regulamentação sanitária de medicamentos como uma das diretrizes. Lei nº 9782/99: Criação da ANVISA. Lei nº 9787/99: Altera a Lei nº 6360, estabelecendo o medicamento genérico. Vigilância sanitária AULA 16: REVISÃO Deontologia e legislação farmacêutica • Principais legislações Portaria nº 344/98: Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial; Autorização Especial: para extrair, produzir, fabricar, beneficiar, distribuir, transportar, preparar, manipular, fracionar, importar, exportar, transformar, embalar, reembalar, para qualquer fim, as substâncias constantes das listas deste Regulamento Técnico; Notificação de Receita é o documento que acompanhado de receita autoriza a dispensação de medicamentos a base de substâncias constantes das listas "A1" e "A2" (entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" (psicotrópicas), "C2" (retinoicas para uso sistêmico) e "C3" (imunossupressoras). Vigilância sanitária AULA 16: REVISÃO Deontologia e legislação farmacêutica • Outras legislações relacionadas à Portaria nº 344/98 Portaria nº 6/99: Aprova a Instrução Normativa da Portaria SVS/MS nº 344, de 12 de maio de 1998, que instituiu o Regulamento Técnico das substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. RDC nº 17/15 e RDC nº 66/16: Define os critérios e os procedimentos para a importação, em caráter de excepcionalidade, de produto à base de Canabidiol em associação com outros canabinoides, por pessoa física, e a Inclusão dos canabinoides na Port. 344/98. RDC nº 103/2016: Atualização do Anexo I com retirada da lista C4. Vigilância sanitária AULA 16: REVISÃO Deontologia e legislação farmacêutica • Outras legislações relacionadas à Portaria nº 344/98 RDC nº 58/2007 e RDC nº 50/2014: Tratam sobre o aperfeiçoamento do controle e fiscalização de substâncias psicotrópicas anorexígenas e sobre as medidas de controle de comercialização, prescrição e dispensação de medicamentos que contenham as substâncias anfepramona, femproporex, mazindol e sibutramina, seus sais e isômeros, bem como intermediários. RESOLUÇÃO nº 11/2011: Dispõe sobre o controle da substância Talidomida e do medicamento que a contenha. Atualizações do Anexo I: RDC Nº 143/2017 (última atualização). Vigilância sanitária AULA 16: REVISÃO Deontologia e legislação farmacêutica • Outras legislações relacionadas à Portaria nº 344/98 SNGPC (Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados): Sistema de informação de vigilância sanitária que capta dados de produção, distribuição, prescrição, dispensação e consumo de medicamentos de interesse de saúde pública; Medicamentos da Portaria SVS/MS nº 344, de 12 de maio de 1998 e da RDC nº 20, de 5 maio de 2011 (antimicrobianos). RDC nº 27, de 30 de março de 2007: Dispõe sobre o Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados - SNGPC, estabelece a implantação do módulo para drogarias e farmácias. Vigilância sanitária AULA 16: REVISÃO Deontologia e legislação farmacêutica • Política Nacional de Medicamentos Criada pela Portaria nº 3916/98; É um documento formal que expressa um compromisso do governo com a promoção do uso racional e do acesso da maioria da população aos medicamentos essenciais, de qualidade assegurada e de eficácia e segurança comprovadas; Promoção do uso racional de medicamentos é uma das diretrizes e prioridades da PNM; Uso racional de medicamentos: “Quando o paciente recebe o medicamento apropriado à sua necessidade clínica, na dose e posologias corretas, por um período de tempo adequado e ao menor custo para si e para a comunidade” (Definição OMS). O uso racional de medicamentos AULA 16: REVISÃO Deontologia e legislação farmacêutica • Política Nacional de Medicamentos A fim de responder ao compromisso da PNM de ampliação do acesso aos medicamentos essenciais, é prevista na política a criação dos medicamentos genéricos; Lei dos Genéricos – Lei nº 9787/99: Divide os medicamentos em 3 grupos: Medicamento de referência; Medicamento genérico; Medicamento similar; Estímulo à competitividade, o que leva a quedas bruscas nos preços dos medicamento. O uso racional de medicamentos AULA 16: REVISÃO Deontologia e legislação farmacêutica • Lei nº 9787/99 Necessidade de definição dos critérios para registro e controle de qualidade dos medicamentos genéricos, para as provas de biodisponibilidade e equivalência terapêutica: Publicação da Resolução nº 391/99 - primeiro Regulamento Técnico para Medicamentos Genéricos; 2003 – Publicação de resoluções, estabelecendo novos critérios para registro de medicamentos similares. RDC nº 133/03: Obrigatoriedade dos testes de equivalência farmacêutica para todos os medicamentos e biodisponibilidade para medicamentos de prescrição médica. O uso racional de medicamentos AULA 16: REVISÃO Deontologia e legislação farmacêutica • O medicamento similar RDC nº 58/2014: Define as medidas a serem adotadas junto à Anvisa pelos titulares de registro de medicamentos para a intercambialidade de medicamentos similares com o medicamento de referência. RDC nº 60/2014: Dispõe sobre os critérios para a concessão renovação do registro de medicamentos com princípios ativos sintéticos e semissintéticos, classificados como novos, genéricos e similares, e dá outras providências. O uso racional de medicamentos AULA 16: REVISÃO Deontologia e legislação farmacêutica • RDC nº 71/2009 Objetivo de aprimorar a forma e o conteúdo dos rótulos de todos os medicamentos registrados e comercializados no Brasil, visando garantir o acesso à informação segura e adequada em prol do uso racional de medicamentos; Define as informações básicas de rotulagem dos medicamentos, de acordo com o tipo de embalagem; Inclui também a necessidade de informações e dispositivos para rastreabilidade do medicamento, assim como informações para as pessoas portadoras de deficiência Visual. Bulas e rotulagens de medicamentos AULA 16: REVISÃO Deontologia e legislação farmacêutica • RDC nº 47/2009 Estabelece as regras para elaboração, harmonização, atualização, publicação e disponibilização de bulas de medicamentos para pacientes e profissionais de saúde; Objetivo de tornar as bulas mais objetivas e adequadas para cada público; Estabelece fonte, espaçamento, largura de coluna e outros aspectos a fim de facilitar a leitura do texto; Conteúdo deve ser organizado em perguntas e respostas, claro e objetivo, em linguagem acessível, com termos explicativos para leigos após o uso de termos técnicos, contemplar referência a sinais, sintomas e doenças conforme a terminologia preconizada pela Classificação Internacional de Doenças; Outras legislações importantes da área: RDC Nº 137/2003 e RDC Nº 59/2014. Bulas e rotulagens de medicamentos AULA 16: REVISÃO Deontologia e legislação farmacêutica • RDC nº 44/2009 Dispõe sobre as Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos; RDC nº 41/2012 – altera alguns parágrafos da RDC nº 44/2009: Define os requisitos necessários para as Boas Práticas Farmacêuticas; Documentação necessária, infraestrutura física, recursos humanos; Descreve o processo de dispensação de medicamentos, incluindoas informações necessárias no receituário médico e a serem repassadas ao paciente; Define os produtos que podem ser comercializados na farmácias e os serviços farmacêuticos a serem prestados; Atenção farmacêutica e perfuração de lóbulo auricular para colocação de brincos. Dispensação de medicamentos AULA 16: REVISÃO Deontologia e legislação farmacêutica • RDC nº 80/06 Permite às farmácias e drogarias o fracionamento dos medicamentos a partir de embalagens especialmente desenvolvidas para essa finalidade de modo que possam ser dispensados em quantidades individualizadas para atender às necessidades terapêuticas dos consumidores e usuários desses produtos; O procedimento de fracionamento integra a dispensação de medicamentos, sendo desnecessária a expedição de nova licença ou autorização de funcionamento para a execução desse procedimento, desde que atendidas as condições técnicas e operacionais; Cria a embalagem primária fracionável que possibilita o fracionamento; O fracionamento deve ser efetuado na área destinada ao fracionamento; Anexo I - Define os requisitos mínimos exigidos para a avaliação do cumprimento das Boas Práticas para Fracionamento de Medicamentos e o seu respectivo roteiro de inspeção. Fracionamento de medicamentos AULA 16: REVISÃO Deontologia e legislação farmacêutica • RDC nº 67/2007 Regulamento Técnico sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano em farmácias; Dividida em 6 grupos de atividades de acordo com a complexidade do processo de manipulação e das características dos insumos utilizados; Manipulação de medicamentos a partir de insumos e matérias-primas, de medicamentos de baixo índice terapêutico, de antibióticos, hormônios, citostáticos e substâncias sujeitas a controle especial, de produtos estéreis, de medicamentos homeopáticos e de doses unitárias e unitarização de doses de medicamentos em serviços de saúde; Cada grupo é tratado em um anexo específico; O Regulamento Técnico e o Anexo I devem ser seguidos independente do grupo de atividade. Manipulação de medicamentos AULA 16: REVISÃO Deontologia e legislação farmacêutica • RDC nº 67/2007 Regulamento técnico: Fixa os requisitos mínimos exigidos para o exercício das atividades de manipulação de preparações magistrais e oficinais das farmácias; Aborda desde suas instalações, equipamentos e recursos humanos, aquisição e controle da qualidade da matéria-prima, armazenamento, avaliação farmacêutica da prescrição, manipulação, fracionamento, conservação, transporte, dispensação das preparações, além da atenção farmacêutica aos usuários ou seus responsáveis. Anexo I: Boas Práticas de Manipulação em Farmácias (BPMF). Manipulação de medicamentos AULA 16: REVISÃO Deontologia e legislação farmacêutica • RDC nº 96/08 Dispõe sobre a propaganda, publicidade, informação e outras práticas cujo objetivo seja a divulgação ou promoção comercial de medicamentos; Aplica-se a quaisquer que sejam as formas e meios de sua veiculação, incluindo as transmitidas no decorrer da programação normal das emissoras de rádio e televisão. Divide-se em: Propaganda/publicidade de medicamentos industrializados isentos de prescrição (MIP); Propaganda/publicidade de medicamentos industrializados de venda sob prescrição. Manipulação de medicamentos AULA 16: REVISÃO Deontologia e legislação farmacêutica Para maiores detalhes da legislações relacionadas à profissão, consulte o site do CFF (www.cff.org.br) e os sites dos Conselhos Regionais do seu Estado (acesso pelo portal do CFF). Já para maiores detalhes sobre a ANVISA e as legislações sobre a vigilância sanitária de medicamentos, acesse: http://portal.anvisa.gov.br/ Saiba mais AULA 16: REVISÃO Deontologia e legislação farmacêutica
Compartilhar