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Premissa O tema da aula é sobre a consideração que os profissionais das mais diversas áreas devem ter com relação ao conhecimento produzido pelas categorias de trabalho diferentes. É fundamental dialogar com o conhecimento produzido pelas diversas áreas de trabalho, seja a Pedagogia, o Direito, a Saúde, etc. E principalmente, valorizar o aprendizado em conjunto, com o colega de trabalho ou estágio de outra área de atuação. Aquele quem pode apontar um ângulo diferente da situação apresentada, ampliar a leitura do contexto vivenciado na experiência de estágio. Vamos estudar sobre o trabalho multiprofissional, interdisciplinar e transdisciplinaridade no cotidiano profissional. Precisamos observar essas diferenciações na vivência de estágio supervisionado. Tenha a iniciativa em pedir auxilio a supervisora de campo para aprender a identificar tais experiências de trabalho com profissionais das mais diferentes áreas de atuação e conhecimento. Influências no trabalho do assistente social O assistente social, como qualquer outro trabalhador, tem o seu processo de trabalho influenciado por diferentes atores e determinado por contexto econômico e político, pelas diferentes organizações institucionais, pelas diferenças geográficas e culturais e pelas atuações exercidas pela sociedade civil e do Estado. Mediante a essa constatação, a pergunta que se faz é: COMO UMA ÁREA DE CONHECIMENTO, SOZINHA, PODE REALIZAR A LEITURA NECESSÁRIA A PRODUÇÃO DE POSSÍVEIS SOLUÇÕES PARA OS PROBLEMAS DO COTIDIANO? Claro que é impossível dar conta de tudo e todos. Então a proposta é buscar o diálogo com diversos conhecimentos para ampliar a visão sobre uma questão profissional. Conceitos, por Jantsch Mas o que significa Transdisciplinaridade? A transdisciplinaridade surge como possibilidade para o alargamento da compreensão do real, ampliando a visão sobre o mundo, ou seja, sobre o objeto de estudo. O aprendizado reside em aprender a dialogar com os diferentes conhecimentos, problematizar o contexto, articulando todo o saber à vida; a necessidade de realizar uma linha de pensamento capaz de promover a cultura de uma consciência humanitária que se funde na capacidade de integração entre a vida, a conduta e o conhecimento. A transdisciplinaridade nasceu frente à necessidade em promover o diálogo entre diferentes campos de saber sem impor o domínio de uns sobre os outros, a partir de uma postura ética, recíproca e democrática. Mediante a necessidade do diálogo, é necessária a formação de outra cultura profissional, intelectual e educacional que contemple uma qualificação diversificada, que possibilite gradativamente extinguir as distâncias culturais e tenha como foco a reaproximação dos profissionais, a partir de um diálogo generoso. Vamos voltar aos conceitos! A transdisciplinaridade pressupõe o exercício do diálogo, o desenvolvimento da escuta para se aproximar do que se passa em outras áreas do conhecimento, pois é impossível saber-se tudo sobre o objeto de investigação ou observação. A transdisciplinaridade nos convida a uma aproximação sobre os saberes produzidos, desvelando os valores que os mantêm, o modo de praticá-los, questionando o fazer profissional; utilizando este aprendizado como experiência fundamental na reorientação de ações e valores. Cabe um exercício crítico entre pensamento, ação, experiência, diferença, valores. Diálogos O exercício do diálogo é fundamental para a promoção da troca de experiências. Esse tipo de diálogo é abordado pelas teorias ligadas à cultura e ao desenvolvimento do trabalho em equipe. Normalmente, esse conhecimento compartilhado acontece quando: Ocorre diálogo frequente e comunicação “face a face”; a partir de discussão de casos ou reuniões visando o estudo de um objeto delimitado. Falas, insights e intuições são valorizados, disseminados e analisados (discutidos) sob várias perspectivas (por grupos heterogêneos) para que se possa fazer uma triagem do que realmente valerá se debruçar a partir de um olhar investigativo. É preciso valorizar o trabalho do outro, a partir de uma postura de quem está em busca do aprendizado. Troca de “bagagens” A troca de conhecimento em busca do aprendizado e da criação de formas de intervenção se realiza “face a face”, como antes colocado. Mas também a partir das leituras bibliográficas pertencentes às diversas áreas do conhecimento e temas, a saber: psicologia, educação, economia, administração, direito, etc. A leitura será selecionada a partida da experiência de trabalho (ou estágio) vivenciada. Por exemplo, se o estágio está ocorrendo no espaço do judiciário, então é sugestiva a leitura de textos relacionados à área do direito em busca de conhecimento acumulado nesta área.
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