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A IMPUGNAÇÃO DOS CRÉDITOS HABILITADOS À LUZ DA LEI 11.101

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A IMPUGNAÇÃO DOS CRÉDITOS HABILITADOS À LUZ DA LEI 11.101/2005: NATUREZA JURÍDICA E SEU PROCESSAMENTO.
THE IMPUGNATION OF THE CREDITS ENABLED IN THE LIGHT OF LAW 11.101 / 2005: LEGAL NATURE AND PROCESSING.
Turma: D8MB
Amanda Ribeiro Pedro, e-mail: amandaribeiropedro20@gmail.com[2: Acadêmica do curso de Direito da Universidade Vila Velha.]
Carolina de Camargos, e-mail: carolinacamargos93@hotmail.com[3: Acadêmica do curso de Direito da Universidade Vila Velha.]
Fabiana Louzada Lima, e-mail: fabianalouzadacorretora@gmail.com[4: Acadêmica do curso de Direito da Universidade Vila Velha.]
Fernanda Monteiro do Nascimento, e-mail: fevmonteiro@gmail.com[5: Acadêmica do curso de Direito da Universidade Vila Velha.]
Francielen Gomes da Silva, e-mail: francielensilva02@gmail.com[6: Acadêmica do curso de Direito da Universidade Vila Velha.]
Rafaela Natulini Soares, e-mail: rafaela.natulini@hotmail.com[7: Acadêmica do curso de Direito da Universidade Vila Velha.]
RESUMO
O presente artigo tem como objetivo o estudo doutrinário e jurisprudencial do instituto da impugnação de crédito, prevista pela Lei 11.101/2005, como meio adequado para, durante a fase de verificação de créditos no processo falimentar e de recuperação empresarial, pleitear-se habilitações de créditos retardatárias ou se contrapor às informações constantes no quadro geral de credores preliminar. Serão pontuadas as etapas e prazos para a habilitação e verificação de créditos, a legitimidade na proposição das impugnações de crédito e o tratamento conferido às habilitações realizadas fora do prazo previsto legalmente, sendo analisados, precipuamente, o artigo 13 da mencionada Lei, a natureza jurídica e o processamento destas impugnações em relação ao processo de falência ou de recuperação judicial, bem como as consequências práticas da má compreensão do instituto, já que, não obstante a sua importância e ao avanço representado pela Lei de Falência e Recuperação de Empresas, o legislador não foi preciso ao descrevê-lo, deixando em aberto questões frequentes no curso do processo judicial.
PALAVRA-CHAVES: Direito empresarial. Processo falimentar. Recuperação judicial de empresas. Impugnação de crédito. 
ABSTRACT
The purpose of this article is to study the doctrine and jurisprudence of the institute of the credit challenge, provided by Law 11.101 / 2005, as an adequate means to request, during the verification phase of credit in the bankruptcy process and business recovery, delayed credits or to counter the information contained in the general preliminary creditors framework. The stages and deadlines will be punctuated for the accreditation and verification of credits, the legitimacy in proposing the credit challenges and the treatment given to the qualifications held outside the legally established period, being analyzed, mainly, Article 13 of the aforementioned Law, the legal nature and the prosecution of these challenges in relation to bankruptcy or judicial reorganization, as well as the practical consequences of the misunderstanding of the institute, since, despite its importance and the progress represented by the Law on Bankruptcy and Corporate Recovery, the legislator was not necessary in describing it, leaving open questions frequently in the course of the judicial process.
Keywords: Business law. Bankruptcy proceedings. Judicial recovery of companies. Credit litigation.
1 INTRODUÇÃO
As modificações constantes na área empresarial sentidas no ordenamento jurídico brasileiro, bem como os reflexos da globalização e inovação da política econômica, implicam na necessidade de conhecer as variadas etapas no processo de desenvolvimento humano. Observa-se que a atividade econômica sempre foi e continua a ser a matriz das relações fundamentais que determinam a estrutura da política e da área jurídica.
O direito caminha em consonância com a atualidade, sendo assim, inevitavelmente suporta modificações na mesma proporção dos quadros econômicos brasileiro. Desta forma, a lei de Falência busca disciplinar situações econômicas-financeiras do comerciante e suas diversas repercussões. Portanto, o estudo do direito falimentar exige um grande conhecimento jurídico. Nota-se então a problematização da natureza jurídica e o do processamento das impugnações dos créditos habilitados na recuperação judicial, o qual vem sendo processado de forma distinta descrita na lei.
O intuito desta pesquisa é para auxiliar no compreendimento das etapas da habilitação judicial e da verificação dos créditos na falência, quanto na recuperação judicial, verificar as impugnações ao quadro geral dos credores, entender a possibilidade de habilitação retardatárias de créditos de primeira espécie, assim como compreender a problemática do processamento das impugnações de crédito que são utilizadas de maneira errônea.
O artigo proposto tem sua metodologia voltada ao estudo dedutivo, baseando-se em pesquisas bibliográficas e documentais, com que se faz importante para o esclarecimento e fundamentação do trabalho, estudo que parte, necessariamente de um conceito geral sobre as etapas da habilitação e verificação de créditos da Lei de Falências e vai se afunilando ao conceito principal do presente artigo que versa a respeito da natureza jurídica e processamento da impugnação de crédito na falência e recuperação judicial. 
O escritor Fábio Ulhoa realiza grandes considerações sobre a verificação dos créditos relacionando-se com a impugnação na falência e na recuperação judicial em sua obra: Comentários à Lei de Falências e de recuperação de empresas. Assim sendo, observa-se na visão do autor que a impugnação é o instrumento processual adequado para aduzir a pretensão de ingressar no quadro de credores ou verificar a sua classificação quando altera, portanto, nesse sentido, frisa-se a importância do julgador da ação seguir o rito da lei na impugnação e no processamento desta impugnação. 
É importante pôr em evidência, que a impugnação é uma forma de impedir que os créditos fiquem prejudicados ou fora do processo. Ademais, a natureza jurídica não é tratada com clareza na Lei de Falência e pode levar a erros procedimentais, por exemplo, quanto a suspensão do processo principal que o crédito de refere. 
2 ETAPAS DE HABILITAÇÃO E VERIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS NA FALÊNCIA E NA RECUPERAÇÃO JUDICIAL 
	A verificação dos créditos tem o intuito de sistematizar toda a documentação pertinente à recuperação judicial ou à falência.
A habilitação é a fase do processo de recuperação judicial ou falência que dá publicidade à situação do devedor por meio do edital. A habilitação se faz presente no dispositivo legal do artigo 7º, parágrafo 1º, da Lei 11.101.
 Art. 7o  A verificação dos créditos será realizada pelo administrador judicial, com base nos livros contábeis e documentos comerciais e fiscais do devedor e nos documentos que lhe forem apresentados pelos credores, podendo contar com o auxílio de profissionais ou empresas especializadas. 
§ 1o Publicado o edital previsto no art. 52, § 1o, ou no parágrafo único do art. 99 desta Lei, os credores terão o prazo de 15 (quinze) dias para apresentar ao administrador judicial suas habilitações ou suas divergências quanto aos créditos relacionados.[8: Lei nº 11.101 de 09 de fevereiro de 2005 (Lei de Falência). Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03_ato2004-2006/2005/lei/l11101.htm>]
A habilitação na Recuperação Judicial tem o prazo de 15 (quinze) dias para os credores apresentarem suas habilitações (se ainda não habilitados) e divergências sobre as informações constantes na verificação feita pelo Administrador Judicial, como consta no artigo 7º, parágrafo 1º da Lei 11.101 e sobre o prazo de 30 (trinta) dias para os credores apresentarem suas objeções, como se faz presente no artigo 55 da Lei de Falência[9: 	  Art. 55. Qualquer credor poderá manifestar ao juiz sua objeção ao plano de recuperação judicial no prazo de 30 (trinta) dias contado da publicação da relação de credores de que trata o § 2odo art. 7o desta Lei.	 Parágrafo único. Caso, na data da publicação da relação de que trata o caput deste artigo, não tenha sido publicado o aviso previsto no art. 53, parágrafo único, desta Lei, contar-se-á da publicação deste o prazo para as objeções.]
Vale ressaltar que o administrador judicial será profissional idôneo nomeado pelo juiz falimentar, preferencialmente advogado, economista, administrador de empresas ou contador, ou pessoa jurídica especializada.
No caso da Falência, o prazo também é de 15 (quinze) dias para os credores apresentarem suas habilitações (se ainda não habilitados) e divergências sobre as informações constantes na verificação feita pelo Administrador Judicial.
Após o prazo de 15 (quinze) dias, tanto na falência, quanto na recuperação judicial, contando da publicação do primeiro Edital, fará publicar novo Edital, em 45 (quarenta e cinco) dias, contendo a relação de todos os credores habilitados. Este segundo edital, conterá o local, horário e o prazo comum, para que o Comitê de Credores, qualquer credor, o devedor e o Ministério Público Estadual (MPE), tenham acesso a todos os documentos juntados e sistematizados pelo Administrador Judicial, relativos à recuperação judicial ou à falência, conforme artigo 7º, parágrafo 2º da Lei 11.101.[10: 	   Art. 7o A verificação dos créditos será realizada pelo administrador judicial, com base nos livros contábeis e documentos comerciais e fiscais do devedor e nos documentos que lhe forem apresentados pelos credores, podendo contar com o auxílio de profissionais ou empresas especializadas. 	§ 2o O administrador judicial, com base nas informações e documentos colhidos na forma do caput e do § 1o deste artigo, fará publicar edital contendo a relação de credores no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, contado do fim do prazo do § 1o deste artigo, devendo indicar o local, o horário e o prazo comum em que as pessoas indicadas no art. 8o desta Lei terão acesso aos documentos que fundamentaram a elaboração dessa relação.][11: MORAES, Francisco de Assis Basilio. Manual de Direito Falimentar. Niterói-RJ. Impetus, p. 107, 2013.]
O artigo 9º da Lei 11.101 informa os requisitos para a habilitação judicial na recuperação judicial ou na falência, no qual deve conter o nome, o endereço do credor e o endereço em que receberá comunicação de qualquer ato do processo. Deve conter o valor do crédito, atualizado até a data da decretação da falência ou do pedido de recuperação judicial, sua origem e classificação. Deve conter também os documentos comprobatórios do crédito e a indicação das demais provas a serem produzidas. Indicar a garantia prestada pelo devedor, se houver, o respectivo instrumento. Especificar o objeto da garantia que estiver na posse do credor. Caso o credor não cumpra com os requisitos para a habilitação do crédito, o juiz deverá indeferir a sua habilitação.[12: Lei nº 11.101 de 09 de fevereiro de 2005 (Lei de Falência). Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03_ato2004-2006/2005/lei/l11101.htm]
Ao ser publicado o segundo edital, o Comitê de Credores, qualquer credor, o devedor e o Ministério Público Estadual, poderão impugnar a relação dos credores, apresentando ao juízo falimentar ou de recuperação, petição que será autuada em separado. Esta impugnação poderá versar apenas sobre a ausência de qualquer crédito, a legitimidade do credor, o valor do crédito e a classe do crédito.[13: MORAES, Francisco de Assis Basilio. Manual de Direito Falimentar. Niterói-RJ. Impetus, p. 108, 2013.]
O prazo para apresentar a impugnação é de 10 (dez) dias contados da data de publicação do segundo edital, conforme artigo 8º da Lei 11.101. Após o término do prazo, os credores cujo os créditos foram impugnados, terão 05 (cinco) dias para apresentarem sua contestação, podendo juntar documentos necessários e requisitar produção de provas para elucidar a questão, conforme o disposto no artigo 11 da Lei de Falência. Passado este prazo para os credores impugnados se manifestarem, o juízo de recuperação ou falimentar intimará o devedor e o Comitê, para se manifestarem no prazo comum de 05 (cinco) dias, conforme artigo 12 da lei 11.101. Então, ao final do prazo, o juízo determinará que o Administrador Judicial, apresente em 05 (cinco) dias o parecer e junte mais documentos e informações sobre a questão. Se não houver impugnações, o juiz homologará o Quadro Geral de Credores e dispensará a publicação de um novo edital.[14:  Art. 8o No prazo de 10 (dez) dias, contado da publicação da relação referida no art. 7o, § 2o, desta Lei, o Comitê, qualquer credor, o devedor ou seus sócios ou o Ministério Público podem apresentar ao juiz impugnação contra a relação de credores, apontando a ausência de qualquer crédito ou manifestando-se contra a legitimidade, importância ou classificação de crédito relacionado.  Parágrafo único. Autuada em separado, a impugnação será processada nos termos dos arts. 13 a 15 desta Lei.][15:  Art. 11. Os credores cujos créditos forem impugnados serão intimados para contestar a impugnação, no prazo de 5 (cinco) dias, juntando os documentos que tiverem e indicando outras provas que reputem necessárias.][16:     Art. 12. Transcorrido o prazo do art. 11 desta Lei, o devedor e o Comitê, se houver, serão intimados pelo juiz para se manifestar sobre ela no prazo comum de 5 (cinco) dias. Parágrafo único. Findo o prazo a que se refere o caput deste artigo, o administrador judicial será intimado pelo juiz para emitir parecer no prazo de 5 (cinco) dias, devendo juntar à sua manifestação o laudo elaborado pelo profissional ou empresa especializada, se for o caso, e todas as informações existentes nos livros fiscais e demais documentos do devedor acerca do crédito, constante ou não da relação de credores, objeto da impugnação.][17: MORAES, Francisco de Assis Basilio. Manual de Direito Falimentar. Niterói-RJ. Impetus, p. 109, 2013.]
Após, o juiz prolatará a decisão interlocutória, na qual irá decidir acerca das impugnações, cabendo agravo de instrumento, conforme elucidado no artigo 17 da lei falimentar[18:  Art. 17. Da decisão judicial sobre a impugnação caberá agravo.]
3 AS IMPUGNAÇÕES AO QUADRO GERAL DE CREDORES
O quadro geral de credores é composto pela relação nominal de credores, onde é discriminado o valor atualizado e a devida classificação de cada crédito respectivo, conforme dispõem os artigo 52, § 1º, inciso II e 99, inciso II e § único da Lei 11.101/05:
Art. 52. Estando em termos a documentação exigida no art. 51 desta Lei, o juiz deferirá o processamento da recuperação judicial e, no mesmo ato:
 § 1o O juiz ordenará a expedição de edital, para publicação no órgão oficial, que conterá:
 II – a relação nominal de credores, em que se discrimine o valor atualizado e a classificação de cada crédito;
 Art. 99. A sentença que decretar a falência do devedor, dentre outras determinações:
 III – ordenará ao falido que apresente, no prazo máximo de 5 (cinco) dias, relação nominal dos credores, indicando endereço, importância, natureza e classificação dos respectivos créditos, se esta já não se encontrar nos autos, sob pena de desobediência;
        Parágrafo único. O juiz ordenará a publicação de edital contendo a íntegra da decisão que decreta a falência e a relação de credores.
São 06 (seis) etapas para verificação e habilitação dos créditos. Na primeira etapa o juiz determina a publicação do primeiro edital que deverá conter a relação dos credores da massa falida ou do devedor recuperando. Com base nos documentos trazidos pelo devedor é publicado o primeiro edital com um esboço provisório do quadro geral de credores que é elaborado pelo administrador judicial, conforme determina o artigo 22, inciso I, alínea f, da Lei de Falência: 
  Art. 22. Ao administrador judicial compete, sob a fiscalização do juiz e do Comitê, além de outros deveres que esta Lei lhe impõe:
        I – na recuperação judicial e na falência:
        f) consolidar o quadro-geral de credores nos termos do art.18 desta Lei;
Apesar de a atribuição de organizar o quadro geral de credores ser do administrador judicial, a incumbência de trazer ao processo a relação de todos os credores é do devedor que pretende a recuperação judicial ou a decretação da falência. 
Em observância e respeito a publicidade da recuperação ou falência do devedor, é publicado o primeiro edital no diário oficial do estado, para que todos tenham conhecimento de que aquele devedor teve a falência decretada ou teve a recuperação judicial deferida para processamento e, diante disso outros credores podem vir a se habilitar no processo. Publicado o edital têm os credores o prazo de até 15 (quinze) dias úteis para verificar se possuem algum crédito com o referido devedor e consequentemente procederem a devida habilitação.
É com a publicação e abertura do prazo acima referido que, ao mesmo tempo se encerra a primeira e se inicia a segunda etapa para verificação e habilitação dos créditos que é onde reside a temática deste título. 
Publicado o edital e transcorrido o prazo para os credores verificarem se têm créditos e assim se habilitarem, o administrador judicial tem 45 (quarenta e cinco) dias para publicar uma nova relação de credores, um novo quadro geral de credores, e posteriormente publicar um segundo edital, conforme previsto no artigo 7º, §§ 1º e 2º da Lei de Falência:
Art. 7o A verificação dos créditos será realizada pelo administrador judicial, com base nos livros contábeis e documentos comerciais e fiscais do devedor e nos documentos que lhe forem apresentados pelos credores, podendo contar com o auxílio de profissionais ou empresas especializadas.
§ 1o Publicado o edital previsto no art. 52, § 1o, ou no parágrafo único do art. 99 desta Lei, os credores terão o prazo de 15 (quinze) dias para apresentar ao administrador judicial suas habilitações ou suas divergências quanto aos créditos relacionados.
 § 2o O administrador judicial, com base nas informações e documentos colhidos na forma do caput e do § 1o deste artigo, fará publicar edital contendo a relação de credores no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, contado do fim do prazo do § 1o deste artigo, devendo indicar o local, o horário e o prazo comum em que as pessoas indicadas no art. 8o desta Lei terão acesso aos documentos que fundamentaram a elaboração dessa relação.
Esse segundo edital é publicado devido a possibilidade do administrador judicial ter cometido algum erro seja na relação dos credores seja no valores referentes aos crédito respectivos, ou ainda, uma pessoa (de má-fé ou não) pode estar tentando habilitar um crédito já pago ou mesmo falsificado, dentre outras hipóteses.
É o entendimento do Professor Fábio Ulhoa Coelho quanto à impugnação: [19: 	 COELHO, Fábio Ulhoa. Comentários à Lei de Falências e de recuperação de empresas. 9. ed. São Paulo, 2013.]
É este o instrumento processual adequado para aduzir judicialmente a pretensão de ingressar no quadro de credores ou ver o valor do crédito ou sua classificação alterados. Como a divergência perante o administrador judicial não teve acolhida, o assunto é, pela impugnação, submetido ao juiz. (COELHO, 2013, pág. 82)
E assim, diante desses procedimentos já exemplificados e das inúmeras possibilidades de equívocos, o quadro geral de credores, bem como os créditos (seus valores) podem ser impugnados no prazo de 10 (dez) dias. 
Podem impugnar: qualquer credor, o comitê de credores, o devedor, seus sócios ou o Ministério Público, ou seja, pelos legitimados do artigo 8º da Lei 11.101/05, sendo este um rol taxativo, onde se encontra também as 04 (quatro) hipóteses em que esses legitimados podem impugnar os créditos. São elas: a) para apontar a ausência de qualquer crédito; b) manifestar-se contra a legitimidade; c) importância ou 4) classificação de crédito relacionado.
Segundo Mapa Jurídico (2017), sendo a impugnação autuada em separado deverá ser dirigida ao juiz por meio de petição, instruída com os documentos que tiver o impugnante, o qual indicará as provas consideradas necessárias. Conforme previsto no artigo 13, caput, § único da Lei de Falência o juiz dará 10 (dez) dias para os impugnados se manifestarem, 05 (cinco) dias para o comitê de credores e o devedor apresentarem cada um sua manifestação e 05 (cinco) dias para o administrador judicial apresentar seu perecer final. [20: 	 VERIFICAÇÃO e habilitação de créditos na lei falimentar. Disponível em: http://www.normaslegais.com.br/guia/clientes/verificacao-habilitacao-creditos-lei-familentar.htm Acesso em: 02 nov. 2017.]
As impugnações suspenderam o processo principal até que o juiz prolate a decisão, podendo ser realizada Audiência de Instrução e Julgamento. Esta suspensão irá prevalecer até que sobrevenha a decisão sobre a impugnação, tendo em vista que o processo principal não pode seguir enquanto não estiver definido o quadro geral de credores. 
Registra-se, ainda conforme Mapa Jurídico (2017) que, cada impugnação será autuada em separado, com os documentos a ela relativos, mas terão uma só autuação as diversas impugnações versando sobre o mesmo crédito. Conforme exposto por Fábio Ulhoa Coelho:[21: 	 VERIFICAÇÃO e habilitação de créditos na lei falimentar. Disponível em: http://www.normaslegais.com.br/guia/clientes/verificacao-habilitacao-creditos-lei-familentar.htm Acesso em: 02 nov. 2017.][22: 	 COELHO, Fábio Ulhoa. Comentários à Lei de Falências e de recuperação de empresas. 9. ed. São Paulo, 2013.]
A impugnação é feita por petição instruída com os documentos que o impugnante tiver. Nela, devem ser indicadas as provas que pretende produzir para sustentação do alegado. Aqui trata-se de postulação judicial, ato privativo da advocacia. Ao contrário da apresentação de divergência, portanto, a impugnação não pode ser feita pelo próprio credor. (COELHO, 2013, pág. 82)
Transcorridos os prazos concedidos para apresentação das impugnações os autos de impugnação serão conclusos ao juiz, que homologará o quadro geral de credores, vejamos:
 Art. 15. Transcorridos os prazos previstos nos arts. 11 e 12 desta Lei, os autos de impugnação serão conclusos ao juiz, que:
        I – determinará a inclusão no quadro-geral de credores das habilitações de créditos não impugnadas, no valor constante da relação referida no § 2o do art. 7o desta Lei;
        II – julgará as impugnações que entender suficientemente esclarecidas pelas alegações e provas apresentadas pelas partes, mencionando, de cada crédito, o valor e a classificação;
        III – fixará, em cada uma das restantes impugnações, os aspectos controvertidos e decidirá as questões processuais pendentes;
        IV – determinará as provas a serem produzidas, designando audiência de instrução e julgamento, se necessário.
A decisão prolatada será de importância para verificar qual será o destino do crédito retardatário. Assim conclui-se que a impugnação é mecanismo utilizado pelo credor que (COELHO, 2013) constatou divergência na relação de credores e valores relacionados a suscitou, porém, não teve sua observação considerada. [23: 	 COELHO, Fábio Ulhoa. Comentários à Lei de Falências e de recuperação de empresas. 9. ed. São Paulo, 2013.]
4 POSSIBILIDADE DE HABILITAÇÕES RETARDATÁRIAS DE CRÉDITOS DE PRIMEIRA ESPÉCIE
Inicialmente, é importante salientar que os créditos da falência são classificados em extra concursais e concursais. Tendo em vista que a falência é uma execução concursal, a LRF elenca uma ordem de pagamento expressa em seu art. 83, em que apenas quando os créditos de classe são pagos integralmente, a próxima classe começara a ser paga.
Quanto aos créditos, são divididos em: trabalhistas, que ficam na primeira classe; créditos com garantia real; créditos tributários; créditos privilegiados; créditos com privilégio geral; créditos quirografários, que não possuem preferência prevista em lei, ou seja, são créditos residuais; e por fim, os créditos subordinados, que são aqueles que onde os sócios e os administradores da sociedade falida desfrutam em face da pessoa jurídica,quando houver pagamento dos demais créditos e sobrar algum valor.
Quando da decretação da falência, serão fixados os termos legais da falência e determinara que a sociedade falida apresente a relação de credores, também mandará publicar edital contendo a íntegra da sua decisão que decreta falência e a relação de credores, além da nomeação do administrador judicial, onde os credores terão prazo de 15 (quinze) dias para apresentar ao administrador judicial sua habilitações ou suas divergências quanto aos créditos. Após, o administrador judicial fará a verificação dos créditos, conforme determina o art. 7 da Lei nº 11.101, e ainda, conforme ensinamento de Fábio Ulhoa:
A verificação dos créditos é tarefa do administrador judicial. Para cumpri-la, deve levar em conta não só a escrituração e os documentos do falido como todos os elementos que lhe forem fornecidos pelos credores.(ULHOA, 2011, pág. 373 e 374)
Assim, o papel do administrador neste momento é de suma importância, para que não haja prejuízos futuros aos credores. Feita a verificação e tudo certo, será determinado que o administrador judicial elabora o quadro geral de credores em 45 (quarenta e cinco) dias.
Os créditos retardatários, são aqueles, cuja habilitação do crédito foi feita fora do prazo de 15 (quinze) dias acima mencionado e ainda não houve a homologação do quadro geral de credores, podendo ser perfeitamente habilitados.
Os prazos estabelecidos pela LRF para as devidas habilitação e impugnações para os credores, constituem ônus para os mesmos, que são aqueles que possuem de certa forma o maior interesse e devem zelar pelo seu crédito. Contudo, conforme já relatado, quando não for observado o prazo legal para habilitação dos créditos, o credor ainda terá a chance de se habilitar como crédito retardatário de primeira espécie, e com isto, não terá seu direito de receber o crédito prejudicado.
5 NATUREZA JURÍDICA DAS IMPUGNAÇÕES DE CRÉDITO
O Processamento das impugnações de créditos está previsto na Lei 11.101/2005, nos artigos 11 ao 15. Tais artigos afirmam que as impugnações, tanto as referentes às habilitações de créditos retardatários, quanto às impugnações propostas até dez dias após a publicação do edital com o quadro geral de credores preliminar, serão dirigidas ao juiz responsável pelo processo de falência ou recuperação judicial, através de petição, que, necessariamente, indicará as provas necessárias e será instruída com os documentos que o impugnante possuir, devendo tais impugnações serem autuadas separadamente do processo de falência ou recuperação ao qual o crédito se refere, de acordo com o § Ú do artigo 13 da Lei de Falência.[24: Pimenta. P. 137.][25: Moraes, 2013. P. 108.Oliveira, 2005, p. 166.]
Conforme afirma Almeida “A petição, na impugnação a crédito, observará as regras do art. 282 do Código de Processo Civil, devendo, necessariamente, ser firmada por advogado inscrito na OAB, munido da respectiva procuração para o foro em geral”. (ALMEIDA, 2012, p. 260).
Insta frisar que, de acordo com o artigo 13, § Ú da LF, só serão autuadas conjuntamente as impugnações que versarem sobre o mesmo crédito, entendendo-se as impugnações que discutam créditos diversos devem ser autuadas em separado umas das outras. [26: Pimenta. P. 138.]
Após protocolização da petição de impugnação, os credores que tiverem os créditos impugnados são intimados para contestar a impugnação, no prazo de cinco dias úteis, se quiserem, juntando os documentos que tiverem e indicando outras provas que entenderem necessárias, não havendo, obviamente, razão para tal intimação na possibilidade de o credor impugnar o seu próprio crédito, como ocorre nos casos de habilitações de crédito retardatárias.Em seguida, o devedor e o Comitê, se houver, serão intimados para também se manifestarem, no mesmo prazo anterior, em comum.Por fim, o administrador judicial é intimado para, no mesmo prazo, apresentar mais informações sobre a questão.[27: Moraes,2013. P. 108-109. Pimenta. P. 138.]
Conforme o artigo 15 da LF, transcorridos estes prazos, os autos serão conclusos ao juiz, que determinará a inclusão das habilitações de créditos não impugnadas no quadro-geral de credores, julgará as impugnações que entender esclarecidas pelas alegações e provas apresentadas, fixará, em cada uma das restantes impugnações, os aspectos controvertidos, decidindo as questões processuais pendentes e, se necessário, designará audiência de instrução e julgamento, determinando as provas a serem produzidas. O juiz também deve determinar a reserva de valor para satisfação do crédito impugnado, para fins de rateio, de acordo com o artigo 16 da LF.[28: Moraes, 2013. P 109.]
O juiz decidirá sobre as impugnações, estando os autos prontos, e desta decisão caberá agravo de instrumento, conforme art. 17 da LF, podendo o relator atribuir a ele efeito suspensivo, bem como determinar a modificação ou a inscrição do valor do crédito reconhecido ou sua classificação no quadro-geral de credores, dependendo do caso. [29: Almeida, p. 261]
Ademais, no artigo 14 c/c art. 18, ambos da LF, esclarecem que o juiz não poderá homologar a relação de credores constante do edital de que trata o artigo 7º, § 2 º da LF como quadro geral de credores, se ainda houver impugnações a serem julgadas, já que tais créditos deverão ser incluídos no QGC para que se realize o seu pagamento no processo falimentar ou na recuperação judicial, devendo a publicação deste edital ocorrer somente “após a decisão interlocutória que decidiu as impugnações”.(MORAES, p. 109.).[30: “Após publicada a relação de credores do art. 7º, § 8º, e processadas e julgadas todas as habilitações e impugnações de créditos dela decorrentes [...].” Pimenta, 2006, p. 139.]
Pode-se depreender que o intuito do instituto da impugnação é impedir que os créditos alvos desta ação restem prejudicados ou fiquem fora do processo de falência ou de recuperação judicial. Desta forma, é extremamente relevante entender a natureza jurídica desta ação, pois não é tratada com total clareza na Lei de Falência, e uma má compreensão a respeito desta natureza, pouco analisada pela doutrina, pode levar a graves erros procedimentais, como a interposição de recursos sem cabimento, ou dúvidas quanto à suspensão do processo a que o crédito se refere, ao recolhimento de custas, entre outros equívocos, que já foram evidenciados na prática forense.[31: “Como a impugnação em análise tem por objetivo atacar a habilitação de crédito implementada por outro credor [...]”. Pimenta, 2006, p. 137.]
Por exemplo, no caso das habilitações retardatárias de créditos de primeira espécie, interpostas após o prazo de quinze dias para habilitação, é ainda mais fundamental a suspensão do processo de falência ou recuperação, já que, se o segundo edital com a relação preliminar de credores for publicado após a sua interposição, podem se tornar impugnações infundadas, tendo em vista que o crédito pode ser retificado ou habilitado neste segundo edital, o que poderia onerar o credor em custas judiciais desnecessárias.
Com base em todo procedimento de tramitação trazido pela Lei 11.101/2005, nota-se o caráter incidental das impugnações, já que a habilitação ou alteração destes créditos é fundamental para a composição do quadro geral de credores e, consequentemente, prejudicial em relação ao mérito do processo de falência ou recuperação judicial, coadunando com o conceito de questão incidental, acentuado pela doutrina, de que se trata de “[...] toda e qualquer questão que pode ser levantada pelo autor ou pelo réu, quer em processo civil, quer em processo criminal, e que altera ou é susceptível de alterar a marcha normal do processo.” [32: 	LEITÃO, 1992, p. 13. No mesmo sentido, afirma: “os actos anómalos que acontecem ao longo da tramitação do processo, não podem ser considerados incidentes, sempre que lhes falte aquele e necessário nexo de prejudicialidade em relação ao fundo da causa.” Ob. Cit. p. 15.]
Nas palavras de Martins Leitão “salvo o devido respeito, parece jápoder indubitavelmente concluir-se que o incidente é falho de autonomia processual, sempre pressupondo, portanto, a existência de uma causa principal”,diferente do que ocorre nas ações autônomas de impugnação. [33: 	 LEITÃO, 1992, p. 15. ]
A confusão gerada no entendimento da natureza jurídica deste instituto é também evidenciada na doutrina, quando alguns o conceituam como incidente processual e alguns outros como processo incidente, ou quando trazem a decisão final desta ação como sentença e outros como decisão interlocutória.Como questão incidental em outro processo, a impugnação poderia se apresentar como ação incidental ou incidente processual, cuja diferença é indispensável se saber, pois, por exemplo,é com base neste critério que identificamos se o procedimento é ou não encerrado por sentença. [34: 	“ação incidente que tem por fito obstar a habilitação de crédito” FAZZIO JUNIOR, 2005, p. 83.][35: 	 “Da sentença que decide sobre impugnação [...]” Almeida, 2012, p. 261. Da mesma forma Oliveira: “Depois da oitiva em audiência dos advogados e do parquet, proferirá a sua sentença definitiva.” Oliveira, 2005, p. 167.][36: 	 “Estando os autos das impugnações prontos, o juiz prolatará decisão interlocutória, resolvendo e decidindo sobre as impugnações.” Moraes, 2013, p. 110.]
Incidente processual é questão acessória, que aparece e vem a ser proposta no curso de um processo principal, devendo ser julgada antes da decisão deste, porque “visa à solução da questão secundária que se enxertou na questão fundamental.” Contudo, não gera uma nova relação processual. Independentemente de haver, ou não, a formação de autos apartados, jamais nasce uma nova relação jurídica processual, ao passo que o que caracteriza o processo incidental é justamente o fato de haver a constituição de uma nova relação jurídica processual. Além disto, no caso dos incidentes processuais deve haver obrigatoriamente a suspensão do processo do processo principal, por força do art. 313, inciso V, alínea “a” do Código de Processo Civil,o que não ocorrerá nos processos incidentais.[37: LEITÃO, 1992, p. 15. ]
A lei 11.101/2005, em sua redação sobre a impugnação de créditos, parece transparecer a natureza jurídica de incidente processual, primeiramente quando traz no art. 13, parágrafo único, sua autuação em separado e, mais claramente, no art. 17,quando chama de decisão e não de sentença o julgamento proferido pelo juiz ao final da demanda, completando com a afirmação de que desta caberá agravo de instrumento.Nesse contexto, pode-se entender que a natureza jurídica das impugnações de crédito é de incidente processual, devendo ser perfeitamente aplicadas a elas todas as determinações deste instituto processual.[38: Art. 1015, CPC: “Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre [...]”. Conforme afirma Moraes: “Em relação a esta decisão caberá agravo de instrumento por interpretação teleológica e sistemática do parágrafo único do art. 17 da lei falimentar[...]”Moraes, 2013. P 110.]
6 CONCLUSÃO
Em virtude dos fatos mencionados acima, verifica-se que o incidente processual é uma questão acessória, que vem a ser proposta no curso de um processo principal, devendo ser julgada antes deste, mas observa-se que não gera uma nova relação processual, portanto, o que pode caracterizar o processo incidental é o fato de não haver a constituição de uma nova relação jurídica processual. Além do mais, deve haver a suspensão do processo principal. Nesse sentido, é notável que a natureza da impugnação de créditos é de incidente processual, devido sua autuação em separado e a decisão proferida ao final do processo, a qual cabe o recurso de agravo de instrumento. 
Na nossa concepção, é notório que a impugnação é um incidente processual, de acordo com a Lei de Falência, mesmo essa não sendo totalmente clara, quanto a natureza jurídica. Quanto ao seu processamento, observa-se que deve haver obrigatoriamente a suspensão do processo principal, o que não é verificado por alguns Juízes em casos concretos, visto que o processo principal continua fluindo normalmente com os autos de incidente processual em andamento. Nesse parâmetro, constata-se que os atos constitutivos realizados no procedimento principal deveriam ser considerados nulos, em casos que acontecera no andamento do incidente processual. 
Dessa forma, ficou evidente o entendimento de alguns autores sobre a relação da natureza jurídica e o processamento da impugnação dos créditos, o que, podem ser consideradas como incidente processual. Mas, alguns autores não pensam da mesma forma, encontrando-se a solução como processo incidente. Nesta senda, com a discussão travada, verifica-se que o presente artigo trata da impugnação como incidente processual, o que é resultado da pesquisa, abrindo, portanto, a realização de novos estudos que mostram resultados diferentes no futuro, até porque, os Tribunais mudam de opinião constantemente. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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COELHO, Fábio Ulhoa. Comentários à Lei de Falências. 9ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
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FAZZIO JUNIOR, Waldo. Nova Lei de Falência e Recuperação de Empresas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2005.
JUNIOR, Francisco Satiro de Souza; MOARAES, Antônio Sergio A. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007.
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OLIVEIRA, Celso Marcelo de. Comentário à nova Lei de falências. São Paulo: IOB Thomson, 2005. 
PIMENTA, Eduardo Goulart. Recuperação de empresa: um estudo sistematizado da nova lei de falências. São Paulo: IOB Thomson, 2006.

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