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IH 109 – ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO I Prof. M. Sc. GILSON FARIA faria.gilson@gmail.com Qualificação Desenvolver competência Melhorar desempenho Reconhecer a necessidade Melhorar percepção VALOR SLACK, N. CHAMBERS, S., JOHNSTON, R. Administração da Produção. São Paulo: Atlas, 2002. Corrêa, H.L., Corrêa, C.A. Administração de Produção e Operações: manufatura e serviços – Uma abordagem estratégica. São Paulo: Atlas, 2007. RITZMAN, Larry P.; KRAJEWSKI, Lee J. Administração da produção e operações. São Paulo : Prentice Hall, 2004. Correa, H. L, Gianesi, I. G. N., Caon, Mauro. Planejamento, Programação e Controle da Produção. São Paulo: Atlas, 4ª edição. 2004. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: DIAS, M. A. P. Administração de Materiais: uma abordagem logística. São Paulo. Atlas, 1993. GURGEL, F. A. Logística Industrial. São Paulo, Atlas, 2000. HEIZER, J. Production and Operation Management. São Paulo, Editora PH, 1994. MOREIRA, D. A. Administração da produção e Operações. São Paulo, Pioneira, 2001. Bibliografia Crescimento da população mundial Tempo Aceleração Revolução Industrial Anos 80 O que você está fazendo aqui? Duas meninas responderam “estou aqui para ganhar dinheiro” 4 hoje ... ... Como fazer para equilibrar o projeto financeiro? 5 R$ 3,00 R$ 5,00 R$ 7,00 Introdução 1 É o uso de um conjunto de conhecimentos que busca planejar, controlar, organizar e dirigir o uso dos recursos de forma otimizada a fim de que os objetivos da organização sejam atingidos com um alto grau de desempenho. Administração DESEMPENHO OBJETIVO PLANEJAMENTO, CONTROLE, DIREÇÃO, ORGANIZAÇÃO RECURSOS Planejamento: estabelecimento de objetivos e metas assim como a melhor forma de atingi-los Organização: arranjo e alocação de trabalho, autoridade e recursos Direção: focar as pessoas para implementar aquilo que foi planejado e organizado Controle: monitoramento, acompanhamento e avaliação do desempenho da organização Conceito chave #1: Método Responsável pelo desempenho da organização pela execução das tarefas através das pessoas Conceito chave #2: Gestor OPERACIONAL HABILIDADES TÉCNICAS GERENCIAL HABILIDADES HUMANAS INSTITUCIONAL HABILIDADES CONCEITUAIS Produtos e serviços Posicionamento no mercado Percepção do consumidor Valor de marca Lucro Participação de mercado Sustentabilidade Estar atualizado em termos tecnológicos Capacitação do corpo de colaboradores Ser o melhor lugar para se trabalhar Conceito chave #3: Objetivos Ingredientes: 1 kg de bacalhau 12 batatas grandes 6 cebolas grandes 4 ovos cozidos 2 colheres de vinagre 1 brócolis 1 pitada de páprica 18 azeitonas portuguesas Bacalhoada Modo de preparar: Dessalgue e retire a pele do bacalhau. Cozinhe o bacalhau por 10 minutos. Descasque as batatas e cozinhe-as na água da fervura do bacalhau por 20 minutos. Prepare outra panela com cebolas em pedaços, fritas no azeite. Junte o bacalhau em camadas à fritura e, mais tarde, as batatas em fatias. Deixar dourar, adicionar uma colher de vinagre e uma pitada de páprica. Monte um refratário com as batatas, o bacalhau e as cebolas em camadas. Deixe descansar por 12 horas. Leve o refratário montado ao forno baixo por 2 horas. Cozinhe o brócolis e os ovos em recipientes separados. Decore o prato com ovos cozidos, com as azeitonas e o brócolis. Serve cinco pessoas. Dessalgar bacalhau 17:30 sábado Descansar 12 horas 22:45 sábado Tirar pele 20:30 sábado Montar refratário 22:15 sábado Juntar vinagre e páprica 22:00 sábado Dourar 21:45 sábado Juntar batatas 21:45 sábado Juntar bacalhau 21:25 sábado Fritar no azeite 21:20 sábado Cortar cebolas 21:15 sábado Água da fervura Cozinhar 20 minutos 21:25 sábado Descascar batatas 21:00 sábado Cozinhar 10 minutos 21:15 sábado Forno baixo 2 horas 11:00 domingo Cozinhar brócolis 10:20 domingo Cozinhar ovos 10:30 domingo Decorar prato 10:45 domingo Servir quente 13:00 domingo Administração de Produção trata da forma como uma organização produz seus produtos e/ou serviços. É a disciplina da Administração responsável pelos sistemas produtivos de uma organização – seja ela do setor primário, secundário ou terciário – que transformam e combinam insumos como matérias primas, equipamentos, pessoas, dinheiro, instalações para a obtenção de produtos ou serviços. Administração de Produção PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO Recursos Ambiente Matéria prima Pessoas Equipamentos Energia Instalações Dinheiro Tecnologia Empresa Demanda Questões éticas Pressões de custo Concorrência Regulamentações Mudanças no cenário Globalização Novas tecnologias Pressões dos stakeholders Diversidade cultural Resultados de curto prazo Resíduos Modelo de transformação Oferta A importância estratégica dos recursos Visão ampliada de recursos: o planeta Terra O desafio da Administração: o nível ótimo 17 Componente 2 do processo de transformação – Transformação Propriedades Físicas Local Posse Acomodação Materiais alimentos, têxteis, medicamentos Correios, transportes qualquer varejo armazéns Informações atores, jornalistas, contadores rede de TV, rádio, jornais IBGE biblioteca Consumidor centro estético, academia, hospitais Transporte aéreo rodoviário Time de futebol Hotéis OBS: neste material, a palavra PRODUTO estará sempre se referindo a PRODUTO e/ou SERVIÇO Componente 3 do processo de transformação: Produtos/Serviços Automóvel Carpete Instalado Restaurante “Fast Food” Restaurante Companhia aérea Hospital Cabeleireiro Consultoria Psicanálise Lojas de Auto Serviço PRODUTOS 0 SERVIÇOS O gerenciamento abrange ambas as partes: tangível e não tangível O que de fato o cliente compra? O importante são os desdobramentos gerenciais do posicionamento de determinada operação em quatro dimensões: Componente 3 do processo de transformação: Produtos/Serviços X Componente 3 do processo de transformação: Pacote de valor MAIOR MENOR Estocabilidade Maiorflexibilidadequanto ao volume de produção Maior habilidadena previsão e gestão da demanda Maiorrapidez na resposta às variações de demanda Simultaneidade produção-consumo Controle de qualidade do processo Controle de qualidade do produto Grau de contato entre processo e cliente Maior qualificaçãoda linha de frente Maior delegação Maior exposição às falhas Objetivação da avaliaçãodaqualidade Avaliação objetiva Avaliação subjetiva O estudo da área de Operações (até então Produção) se baseou na manufatura. Quando, em meados do século XX, a economia começa a se terceirizar e se tornar mais complexa, a indústria de serviços passa a ter cada vez mais relevância. Os estudos na área de serviços então se iniciam, mas baseados no corpo de conhecimentos da área fabril, já que a área de serviços tem que lidar com inúmeros problemas comuns: gestão de estoques, gestão da capacidade produtiva e sua conciliação com a demanda, gestão de filas e fluxos, gestão da qualidade. No entanto, alguns problemas são distintos: estocabilidade, transportabilidade, a participação direta do consumidor na prestação de serviço, a percepção de qualidade mais subjetiva, etc. Mais do que definir se uma operação produz PRODUTOS ou SERVIÇOS, é muito mais importante que o gestor da operação defina: Em que ponto o produto da operação se situa no continuum de estocabilidade: por exemplo, produtos podem sofrer atividades de controle de qualidade sobre o produto, enquanto serviços precisam de controle de qualidade de processo. 21 Recursos são fatores que geram ou têm a capacidade de gerar riquezas; A escassez de recursos no contexto das empresas; A importância estratégica dos recursos; Visão ampliada de recursos: o grande sistema Terra; O desafio da Administração: o nível ótimo. Conceito chave #4 – Recursos As 4 dimensões dos processos produtivos Alta repetibilidade Especialização Sistematização Capital intensivo Custo unitário baixo Baixa repetibilidade Funcionários participam mais do trabalho Menor sistematização Custo unitário alto Baixo Alto Volume Projeto Lote Produção em massa Produção contínua Para entender a operação de uma empresa, é necessário entender as características operacionais da mesma. Começamos com volume e variedade. Ver o capítulo 1 do nosso livro texto para melhor compreender estas características (livro texto página 52 – Figura 1.10). Interessante apontar que a grande maioria dos exemplos apontam que empresas com alto volume possuem normalmente uma variedade baixa, no entanto, mais uma vez aqui você poderá explorar os conceitos da Customização em Massa, onde as empresas conseguem trabalhar com alto volume e alta variedade. Um bom exemplo a ser citado é o sistema de venda de tintas como o da Suvinil SelfColor. Hoje podemos escolher uma infinidade de cores que são produzidas em poucos minutos nas lojas e não mais nas fábricas. Flexível Complexo Atende às necessidades dos consumidores Custo unitário alto Bem definida Rotinizada Padronizada Regular Baixo custo unitário Baixo Alto Variedade As 4 dimensões dos processos produtivos Para entender a operação de uma empresa, é necessário entender as características operacionais da mesma. Começamos com volume e variedade. Ver o capítulo 1 do nosso livro texto para melhor compreender estas características (livro texto página 52 – Figura 1.10). Interessante apontar que a grande maioria dos exemplos apontam que empresas com alto volume possuem normalmente uma variedade baixa, no entanto, mais uma vez aqui você poderá explorar os conceitos da Customização em Massa, onde as empresas conseguem trabalhar com alto volume e alta variedade. Um bom exemplo a ser citado é o sistema de venda de tintas como o da Suvinil SelfColor. Hoje podemos escolher uma infinidade de cores que são produzidas em poucos minutos nas lojas e não mais nas fábricas. Baixo Alto Capacidade mutante Antecipação Flexibilidade Ajuste com a demanda Custo unitário alto Estável Rotineira Previsível Alta utilização Custo unitário baixo Variação da demanda As 4 dimensões dos processos produtivos Ver livro texto página 52 – Figura 1.10 Baixo Alto Tolerância de espera ltda. Satisfação definida pela percepção do consumidor Habilidade de contato Alta Variedade Custo unitário alto Tempo entre produção e consumo Padronizado Bx habilidade de contato Alta utilização Custo unitário baixo Visibilidade As 4 dimensões dos processos produtivos Ver livro texto página 52 – Figura 1.10 Eli Whitney mosquete com peças intercambiáveis 1798 produtividade crescente Artesanato Revolução Industrial Administração Científica Sistemas Flexíveis, Robótica, Computadores, Pesquisa Operacional, Qualidade Total 1750 1800 1850 1900 1950 2000 EXPANSÃO COLONIAL EXPANSÃO INDUSTRIAL EXPANSÃO FINANCEIRA EXPANSÃO TECNOLÓGICA DEPRESSÃO Samuel Colt e o Colt 1885 Máquina de costura Singer 1854 Quadriciclo Ford (1896) Contextualização Histórica James Watt, 1776 e o motor a vapor Taylor e a administração científica Ford e Modelo T 1907 Linha de montagem 1913 Ford Highland Park 1918 Indústria automobilística Ascensão da GM anos 20 Componente social do trabalho anos 30 CEP, PCP, MRP “nova” produção em massa anos 50 Complacência americana, JIT e qualidade anos 60 Estratégia de Operações, automação, petróleo anos 70 QR, ERPs, Supply Chain, lean manufacturing anos 80 e 90 Nova Economia Procure contar a evolução histórica da área de operações. Mostre como as diversas eras mudaram a cara da área operacional de uma empresa: Era do Artesanato: um artesão fazia todo o produto, customizado para o cliente, em um volume muito baixo; Revolução Industrial: surgimento das máquinas começa a aumentar o volume produtivo das operações, há a substituição do homem pelas máquinas; Administração Científica: Taylor apresenta ao mundo seus estudos de Tempos e Movimentos. A divisão do trabalho está mais forte do que nunca. Usando princípios “tayloristas” Ford revoluciona a indústria automobilística com o Modelo T. Produção em alto volume e baixa variedade. O filme Tempos Modernos (Charles Chaplin) pode ilustrar muito bem esta era. Era Moderna: a área de operações deixa de se preocupar apenas com volume e custo. Para ser competitiva, uma operação deve trabalhar também a qualidade, a rapidez e a flexibilidade. Ferramentas e estudos surgem neste sentido. 1ª fase Padronização dos processos de fabricação Padronização dos produtos Treinamento e habilitação de mão de obra direta Criação da figura do supervisor e do gerente Técnicas de PCP Técnicas de planejamento e controle financeiro Técnicas de vendas Projeto de produtos Produção em massa Linha de montagem = BUSCA PRODUÇÃO 2ª fase Postos de trabalho Estoques intermediários Arranjo físico Balanceamento de linha Sindicatos Manutenção preventiva Controle estatístico da qualidade Fluxograma de processos PRODUTIVIDADE 3ª fase Just in time Engenharia simultânea Consórcio modular Produção em célula Garantia da qualidade Sistemas flexíveis de manufatura Manufatura integrada por computador Benchmarking = BUSCA DO AUMENTO DE COMPETITIVIDADE American System of Manufacture Watt, 1776 e seu motor a vapor Eli Whitney Mosquete “Charleville” 1763, produzido em 1798 por Eli Whitney com peças intercambiáveis American System of Manufacture Máquina de costura Singer (1854) Samuel Colt e seu “revolver” Colt 1885 Lançadas as bases para o surgimento da industria automobilística Grandes ferrovias e seu papel Consumo de aço (Andrew Carnegie) Desenvolver uma ciência que pudesse aplicar-se a cada fase do trabalho humano (divisão do trabalho), em lugar dos velhos métodos rotineiros; Selecionar o melhor trabalhador para cada serviço, passando em seguida a ensiná-lo, treiná-lo e formá-lo, em oposição à prática tradicional de deixar para ele a função de escolher método e formar-se; Separar as funções de preparação e planejamento da execução do trabalho, definindo-as com atribuições precisas; Especializar os agentes nas funções correspondentes; Predeterminar tarefas individuais ao pessoal e conceder-lhes prêmios quando realizadas; Controlar a execução do trabalho. Taylor e alguns “princípios da administração científica” Frederick Taylor Henry Ford Quadriciclo Ford (1896) Ford e seu Modelo T (1907 – 1925) Linha de montagem móvel (1913) Ford Highland Park (1918) Diferentemente da Ford, cuja origem partiu de um núcleo único, historicamente a GM é o resultado da fusão de várias empresas (Chevrolet, Oakland, Olds, Scripps-Booth, Sheridam, Buick e Cadillac). Trade-offs ficam claros, mas a quebra da bolsa americana em 1929 mascara o efeito Alfred Sloan (GM) e diversificação: um baque para Ford A componente social do trabalho Lilian Gilbreth Elton Mayo Pesquisa Operacional surge e desenvolve-se; torna-se civil Logística evolui Controle estatístico do processo evolui (origem por Shewart, 1927) Planejamento da produção Surge o JIT II Grande Guerra e anos 50 Estados Unidos beneficiam-se de não ter tido seu parque industrial bombardeado Demanda reprimida pela guerra “Seller´s market” Mass production sofre outro impulso Afluência, crescimento e certa complacência que dura até os anos ´60 Pós guerra JIT, da Toyota, espalha-se pelo mundo Deming e o movimento de Qualidade no Japão Japão torna-se um player importante Computadores surgem e, com eles, o MRP na IBM, e outros desenvolvimentos Anos 60 Tahiichi Ohno, o “pai” do JIT Deming Primeira crise do petróleo (1973) Estratégia de operações Gestão de operações de serviços MRPII Celularização Automação desenvolve-se Anos 70 – início da reação ocidental Os ´80 são anos da Qualidade Total MRPII espalha-se Visão por processos (re-engenharia) ERPs Gestão de redes de suprimentos Lean production & agile manufacturing Virtual organization Anos 80 e 90 Nova economia Transição importante Unidades de análise muda; novos atores Custos fixos x variáveis Furos e não brocas Large data sets: universo e não amostras ? Anos 2000 e adiante Bens Tangíveis Estocáveis Transportáveis Produção antes do consumo Baixo contato Objetividade Serviços Intangíveis Não estocáveis Não transportáveis Produção e consumo simultâneos Alto contato Subjetividade
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