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CONTESTAÇÃO 3 diferença de horas revista intima

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VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS 
Dra. Maria José Vasconcelos Torres 
 1
EXMº. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 7ª VARA DA JUSTIÇA DO TRABALHO DE 
MACEIÓ-AL. 
 
 
 
 
 
 
 
PJe-JT. 0001462-59.2016.5.19.0007 
RECLAMANTE: G. F. R. DA S. 
RECLAMADA: COPRA – INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA LTDA. 
REF. CONTESTAÇÃO. 
 
COPRA – INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA LTDA., pessoa jurídica de direito 
privado, sediada na ...... Tabuleiro dos Martins, Maceió – AL, inscrita no CNPJ. sob o 
nº. ......., por seu representante legal o SR......, brasileiro, casado, comerciante, 
CPF/MF sob o nº........ portador do RG nº. ........, por sua advogada legalmente 
constituída, conforme instrumento procuratório anexo, vem, perante V. Exª., 
apresentar, tempestivamente, a sua CONTESTAÇÃO, de acordo com o art. 847 da 
CLT c/c art. 335 do CPC, à pretensão autoral deduzida por G. F. R. DA SILVA, pelos 
fatos e fundamentos a seguir expostos: 
 
DO ENDEREÇO PARA INTIMAÇÕES – ARTIGOS 106, I e 1003 DO CPC: 
Art. 106. Quando postular em causa própria, incumbe ao 
advogado: 
I - declarar, na petição inicial ou na contestação, o 
endereço, seu número de inscrição na Ordem dos 
Advogados do Brasil e o nome da sociedade de 
advogados da qual participa, para o recebimento de 
intimações; grifei 
 
Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se 
da data em que os advogados, a sociedade de advogados, 
a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o 
Ministério Público são intimados da decisão. Grifei 
 
Ad cautelam, para maior segurança processual, requer a Reclamada 
que, quando forem realizadas notificações – utilizando-se do teor contido no art. 106, 
VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS 
Dra. Maria José Vasconcelos Torres 
 2
inciso I e art. 1003, ambos do CPC – sejam esta encaminhadas para o endereço 
abaixo, tudo objetivando o ilibado e célere andamento processual. 
Av. Deputado Humberto Mendes, 796, Empresarial Wall Street, sala 32, Poço, 
Maceió-AL. CEP.: 57.020-580. 
 
1. DAS ALEGAÇÕES DO RECLAMANTE. 
O Reclamante alega em sua petição que foi contratado pela a 
Reclamada no dia 05/03/2012 para exercer as atividades na função de auxiliar de 
produção, recebendo remuneração média de R$ 1.000,00 (hum mil reais), referente 
ao salário base + adicional de insalubridade, sendo demitido sem justo motivo no dia 
28/08/2015, já com a projeção do aviso prévio. 
Alega ter direito a suposta diferença salarial no valor de R$ 220,00 
(duzentos e vinte reais), em relação ao salário percebido pelos os colaboradores da 
Reclamada Sr. Silvestre e Sr. Diego, por exercer às atividades como manipulador de 
farinha e não de auxiliar de produção, atribuições exercidas a partir do quinto mês de 
sua contratação. 
Diz ainda que executava jornada noturna de segunda a sábado, com 1 
(uma) hora de intervalo na intrajornada sem recebimento das horas-extras e do 
adicional noturno de 20%, por laborar em regime de escala: 
Das 06h00min às 14h00min e das 14h00min às 22h20min e das 
22h00min as 06h20min, alternando 2(dois) meses no período diurno e 6(meses) no 
período noturno. 
Diz ainda que prorrogava a jornada noturna, sem receber às horas-
extras de prorrogação da suposta jornada e que a jornada noturna era de 60 minutos 
e não de 52minutos e 30 segundos, por laborar das 22h00min às 06h20min. 
Aduz que era submetido à revista intima em sua bolsa pelo um 
funcionário da portaria da Reclamada, no término de sua jornada de trabalho, sendo 
obrigado a mostrar todos os seus pertences pessoais, inclusive preservativos, roupas 
intimas produtos de higiene pessoal, dentre outros. Pleiteando supostos danos morais 
sofridos. 
Por fim, pleiteia recebimento de supostas diferenças salariais e seus 
reflexos, horas-extras e adicional noturno e seus reflexos, horas-extras de suposta 
prorrogação de jornada noturna e seus reflexos, bem como indenização por danos 
morais. 
Eis, em síntese, às alegações do Reclamante. 
VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS 
Dra. Maria José Vasconcelos Torres 
 3
2. INEXISTÊNCIA DE DIFERENÇA DE VERBAS RESCISÓRIAS: APLICAÇÃO DA 
SÚMULA 330, DO TST. 
Inicialmente cabe à Reclamada trazer ao conhecimento de Vossa 
Excelência que as verbas rescisórias que o Reclamante tinha direito pela demissão 
sem justa causa foram devidamente pagas, conforme faz prova do TRCT em anexo, 
bem como do Termo de Quitação, com a devida homologação do Sindicato da 
Categoria Profissional do Reclamante. 
Ademais o Reclamante recebeu às suas verbas rescisórias dentro do 
prazo legal, sendo considerada à sua maior remuneração, no valor de R$ 1.199,48 
(hum mil, cento e noventa e nove reais e quarenta e oito centavos), tendo recebido o 
valor líquido de R$ 4.467,03 (quatro mil, quatrocentos e sessenta e sete reais e três 
centavos). Além da multa de 40% sobre os depósitos do FGTS, conforme faz prova 
em anexo. 
Note-se ainda MM. Julgador que a Súmula 330 do TST deve ser 
observada e aplicada ao caso em comento. 
Vejamos abaixo o seu teor: 
“Súmula 330. A quitação passada pelo empregado com 
assistência da entidade sindical de sua categoria, ao 
empregador, com observância dos requisitos exigidos nos 
parágrafos do artigo 477 da CLT, têm eficácia 
liberatória com relação às parcelas expressamente 
consignadas no recibo, salvo se oposta ressalva expressa e 
especificada ao valor dado à parcela ou parcelas 
impugnadas”. Nossos grifos. 
 
Portanto, CONTESTA a Reclamada qualquer pedido relativo à suposta 
diferença de salário e seus reflexos, horas-extras em jornada noturna, bem como os 
seus reflexos nas verbas rescisórias, quais sejam: aviso prévio, férias com 1/3, 13º 
salário proporcional, FGTS + multa de 40%, devendo ser aplicada a Súmula acima 
mencionada. 
Assim, totalmente IMPROCEDENTE qualquer pedido nesse sentido, 
pelo que CONTESTA. 
3. DA SUPOSTA DIFERENÇA SALARIAL E SEUS REFLEXOS. 
Alega o Reclamante em sua exordial que a partir do quinto mês de 
trabalho, ou seja, em agosto de 2012, passou a desempenhar as atividades de 
Manipulador de Farinha, sendo ainda responsável pela efetivação do procedimento de 
formulação e de secagem da farinha nas estufas, para que os Auxiliares de Produção 
encaminhassem a farinha para a UTI, para posteriormente, ser ensacada e 
direcionada para o estoque da Reclamada. Relata ainda, que a Reclamada remunerou 
VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS 
Dra. Maria José Vasconcelos Torres 
 4
de forma distinta o trabalho igual exercido pelos os colaboradores manipulantes de 
farinha, o Sr. Silvestre e o Sr. Diego e que estes paradigmas recebiam a título de 
remuneração cerca de R$ 220,00 (duzentos e vinte reais), a mais que o ele 
Reclamante. 
Por fim aduz que a Reclamada promovia desigualdade salarial, uma vez 
que exercia a mesma carga horária e as mesmas atividades, apesar de ter sido 
contratado para a função de Auxiliar de Produção, pleiteando o recebimento de 
suposta diferença salarial, com incidência no FGTS + multa de 40%, férias com 1/3, 
13º salários, DSR´s, horas-extras, bem como às diferenças nas verbas rescisórias. 
Não obstante às alegações do Reclamante CONTESTA a Reclamada a 
existência de diferença salarial, por equiparação em relação aos colaboradores/ 
paradigmas Sr. Silvestre e Sr. Diego, uma vez que o Reclamante foi contratado na 
função de Auxiliar de Produção, conforme Registro de Empregados e dos 
contracheques acostados, espelhos de pontos e demais documentos, exercendo às 
suas atividades no SETOR DE SECAGEM, executando às suas tarefas no auxílio e 
colaboração nos diversos processos do Setor, apoiando na preparação e secagem da 
fruta através de misturadores e estufas, podendo auxiliar os demais setores de forma 
esporádica. 
Vale informar ainda, que oReclamante NÃO executava às mesmas 
tarefas dos paradigmas, uma vez que a Reclamada tem profissionais capacitados para 
trabalhar no setor especifico, na função de Manipulador de Alimentos. O trabalho 
exercido pelo o Reclamante não era superior aos colaboradores que exercem as 
atividades especificas de manipuladores de alimentos. 
Nota-se ainda, que o Reclamante falta com a verdade, quando diz que 
“no quinto mês de sua contratação, passou a desempenhar as atribuições de 
Manipulador de Farinha” desempenhando às mesmas atividades dos paradigmas, isto 
porque a sua contratação se deu no dia 5/3/2012, enquanto que o Sr. Diego, foi 
admitido no dia 03/06/2013 e o Sr. Silvestre no dia 13/05/2013, ou seja, após o a 
contratação do Reclamante. 
No presente caso além de NÃO existir identidade funcional entre o 
Reclamante e os paradigmas apontados, os referidos colaboradores exercem e 
executam as tarefas de forma superior ao do Reclamante, com maior produtividade e 
qualidade técnica, ao contrário do Reclamante que sempre exerceu às suas atividades 
de Auxiliar de Produção. 
Portanto, NÃO restam demonstrados os requisitos para o deferimento 
de equiparação salarial, nos moldes do art. 461 da CLT e Súmula nº 6 do Colendo 
TST, nem tampouco os reflexos com incidência no FGTS + multa de 40%, férias com 
VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS 
Dra. Maria José Vasconcelos Torres 
 5
1/3, 13º salários, DSR´s, horas-extras, bem como às diferenças nas verbas 
rescisórias. 
Em face dos argumentos acima expendidos e dos documentos 
acostados, deverá este Novel Juízo julgar o pleito supra, ora combatido, 
TOTALMENTE IMPROCEDENTE. Pelo CONTESTA. 
4. DO LABOR EM JORNADA NOTURNA; HORAS-EXTRAS; FALTA DE 
RECEBIMENTO DO ADICIONAL DE 20% E SEUS REFLEXOS: 
Aduz o Reclamante que laborava de segunda a sábado, com 1 (uma) 
hora para descanso e alimentação, em regime de escala nos seguintes horários: 
das 6h00min às 14h20min/das 14h00min às 22h20min/ das 22h00min 
às 6h20min, horários de escala, que alternavam 2(dois) meses no período diurno e 
6(seis) meses no período noturno. 
Por fim, alega que NÃO recebia o adicional noturno em 20%, nem 
tampouco às horas-extras após a jornada noturna, pleiteando o seu recebimento, com 
reflexos nas férias com 1/3, 13º salários, depósitos do FGTS, DSR, e nas verbas 
rescisórias. 
CONTESTA a Reclamada a jornada de trabalho acima declinada pela o 
Reclamante, uma vez que a real jornada de trabalho poderia variar para atender a 
necessidade do setor de produção, já que o Reclamante exercia atividade de Auxiliar 
de Produção, laborando em horários mistos de acordo com os espelhos de ponto 
acostados. 
Os espelhos de ponto acostados retrata a real jornada de trabalho do 
Reclamante, constando ainda a variação nos horários de acordo com a entrada e 
saída do labor, bem como pagamento de horas-extraordinárias, com o respectivo 
adicional de 20% quando do labor em jornada noturna, inclusive com folgas. 
A jornada do Reclamante variava de acordo com a produção da 
Reclamada, visto que, a empresa tem uma atividade de produtiva sazonal, justificando 
as freqüentes mudanças na jornada de seus colaboradores. 
Destacamos que eventualmente, quando a jornada legal era 
extrapolada havia o pagamento das referidas horas extras de forma CORRETA, como 
se verifica nos espelhos de registros de ponto e dos contracheques em anexo. 
Vale informar ainda, que o Reclamante ao ser contratado firmou 
Acordo de Prorrogação de Horas com a Reclamada, o que poderia ser prorrogada 
em até 2 horas a sua jornada legal, com o devido pagamento das horas extras 
eventualmente laboradas, CONFORME ANEXO. 
Destaca-se, também, que conforme Acordo Coletivo de Trabalho, em 
anexo, firmado entre o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Extração de Óleos 
VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS 
Dra. Maria José Vasconcelos Torres 
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Vegetais e Animais do Estado de Alagoas, consolida a Compensação de Horas de 
Trabalho para fins de Manutenção de Banco de Horas, assinado e registrado pela 
Superintendência Regional do Trabalho de Alagoas (SRT-AL). 
Vejamos o que diz a jurisprudência acerca do tema: 
 
HORAS EXTRAS. COMPENSAÇÃO. BANCO DE 
HORAS. A compensação das horas extras configura 
procedimento especial. Tanto que necessita ser ajustado 
como Sindicato representante da categoria dos 
trabalhadores, razão pela qual a prova da correta 
contabilização das horas levadas a débito e a crédito é 
ônus do empregador. De conseguinte, é imprescindível 
que venha aos autos o documento físico que retrate o 
banco de horas, registrando as horas trabalhadas e as 
compensadas. (TRT/SP – 01258200246202001 – RO – 
Ac. 2ª T. 20090636664 – Rel. Rosa Maria Zuccaro – DOE 
08/09/2009). 
 
Verifica-se que a aplicação do Banco de Horas está em conformidade 
com a Lei nº. 9.601/98. 
Portanto, observe MM Julgador que, de acordo com os espelhos de 
ponto e os comprovantes de pagamentos em anexo, nada deve a Reclamada ao 
Reclamante a título de adicional noturno e horas extras, nem tampouco reflexos das 
horas extras no DSR, férias + 1/3, FGTS + multa de 40%, 13º salário, e diferenças nas 
verbas rescisórias. 
Em face dos argumentos acima expendidos e dos documentos 
acostados, deverá este Novel Juízo julgar o pleito supra, ora combatido, 
TOTALMENTE IMPROCEDENTE. Pelo CONTESTA. 
5. DO INTERVALO INTRAJORNADA: HORAS-EXTRAS E SUAS REPERCUSSÕES. 
 
Falta com a verdade o Reclamante quando afirma na exordial que a 
empresa não respeitava o horário de intervalo de duas horas para alimentação e 
repouso, numa clara tentativa de obter vantagens indevidas, pelo que desde já 
CONTESTA. 
Verifica-se nos espelhos de ponto eletrônico (anexo) que o período de 
alimentação e descanso SEMPRE FOI RESPEITADO pela Reclamada, sendo 
concedida 1 (uma) hora na intrajornada. 
Ademais, o pedido de duas horas acrescidas de 50% pela suposta não 
concessão do intervalo é IMPROCEDENTE, de acordo com o art. 71, caput, da CLT, 
in verbis: 
“Art. 71. Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração 
exceda de 6(seis) horas, é obrigatória a concessão de um 
VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS 
Dra. Maria José Vasconcelos Torres 
 7
intervalo para repouso e alimentação, o qual será, no 
mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou 
contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 
(duas) horas.” 
Do exposto, em conformidade com o preceituado no artigo acima 
descrito e de conformidade com os espelhos de ponto em anexo, constata-se que era 
concedido o intervalo de 01 (uma) hora para descanso e alimentação ao Reclamante, 
além da Reclamada fornecer ticket alimentação, conforme comprovado nos 
autos. 
Portanto, CONTESTA a Reclamada qualquer pedido relativo à diferença 
de pagamento de verbas rescisórias, quais sejam: saldo de salário, aviso prévio, férias 
integrais e proporcionais com 1/3, 13º salário, FGTS + multa de 40%, devendo ser 
aplicada a Súmula acima mencionada, em relação à intrajornada. 
Assim, totalmente IMPROCEDENTE qualquer pedido nesse sentido, 
pelo que CONTESTA. 
6. DAS HORAS FICTAS: REDUÇÃO DA HORA NOTURNA E SEUS REFLXOS. 
 
Diz o Reclamante em sua exordial que durante todo o pacto laboral era 
submetido à jornada excessiva, sendo também no horário noturno e que a Reclamada 
não obedecia à jornada noturna reduzida de 52 minutos e 30 segundos, laborando em 
jornada de 60 minutos. Dessa forma requerer o deferimento de 1(uma) hora-extra, por 
dia de trabalho ao executar a jornada das 22:00hs às 06:20 do dia seguinte, bem 
como os reflexos no DSR, férias simples e proporcionais + 1/3, 13º salário integral e 
proporcional, FGTS. 
CONTESTA a Reclamada o pleito autoral, uma vez que o Reclamante, 
de acordo com osespelhos de ponto acostados, demonstram a real jornada de labor 
exercida e que de forma esporádica, quando ocorria essa situação o Reclamante 
recebia o adicional noturno na base de 20%, sobre o valor da hora normal, bem o 
excedente a título de horas-extras, conforme se vê dos contracheques acostados de 
todo o período laborado. 
Assim, totalmente IMPROCEDENTE qualquer pedido nesse sentido, 
pelo que CONTESTA. 
7. MULTA DE 40% SOBRE OS DEPÓSITOS DO FGTS. 
Outro pleito que deverá ser indeferido, uma vez que a Reclamada NADA 
deve ao Reclamante à título de reflexos de supostas horas-extras e adicional noturno, 
horas fictas nos recolhimentos fundiários referente ao 13º salário integral e 
VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS 
Dra. Maria José Vasconcelos Torres 
 8
proporcional, férias simples e proporcionais com 1/3, aviso prévio, DSR, uma vez que 
houve o devido pagamento, conforme se demonstram nos contracheques acostados. 
Assim, totalmente IMPROCEDENTE qualquer pedido nesse sentido, 
pelo que CONTESTA. 
8. DO SUPOSTO DANO MORAL: REVISTA INTIMA. 
A todo custo o Reclamante tenta tirar proveito financeiro da Reclamada 
com alegações totalmente infundadas e sem qualquer arrimo jurídico, ao alegar que 
diariamente no inicio e no término de sua jornada de trabalho era submetido à revista 
em sua bolsa pelo o funcionário da portaria da Reclamada. Diz ainda, que era 
obrigado a tirar todos os seus pertences pessoais da bolsa, na frente dos outros 
funcionários, tais como preservativos, roupas intimas, produtos de higiene pessoal, 
dentre outros. 
Por fim diz que sofreu abalo moral em decorrência das revistas, 
requerendo a condenação da Reclamada na indenização por danos morais. 
Esclarece a Reclamada que NUNCA procedeu revistas em seus 
colaboradores, sendo uma empresa séria e que sempre se preocupa com o bem estar 
dos seus colaboradores, inclusive do Reclamante. 
Portanto NÃO restam dúvidas que mais uma vez o Reclamante tenta 
tirar proveito financeiro da Reclamada, com alegação totalmente inverídicas e 
desprovidas de qualquer arrimo jurídico que embase a sua frágil tese. 
Destarte o instituto do dano moral não visa privilegiar o enriquecimento 
sem causa e não fica ao puro arbítrio da parte que se diz vítima. 
O dano moral para ser relevante a ponto de ensejar reparação 
pecuniária há de ser concretamente provado, não bastando meras alegações vagas 
como faz o Reclamante. 
A indenização decorre da obrigação de reparar um dano concreto e que 
possa ser provado. Outrossim, para que a vítima possa fazer jus em ser indenizada, 
deve provar o nexo de causalidade entre a conduta do ofensor e o dano sofrido em 
sua esfera moral, o que não resta demonstrado na presente demanda. 
No caso presente o Reclamante pleiteia indenização por danos morais, 
sob alegação de que era submetido à revista intima em sua bolsa pela a Reclamada, 
sem demonstrar de forma clara os sofrimentos vividos que alicerçariam sua pretensão. 
O que pretende o Reclamante é enriquecer-se ilicitamente banalizando 
o instituto do dano moral, fato que vem sendo repelido por nossos tribunais: 
VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS 
Dra. Maria José Vasconcelos Torres 
 9
DANO MORAL – BANALIZAÇÃO. O instituto não pode 
ser banalizado com alegações sem conteúdo e que 
desmereceriam a sua seriedade. (TRT 2ª R. – Proc. 
02990195836 RO – (Ac. 20000137760) – 5ª T. – Rel. Juiz 
Francisco Antônio de Oliveira – DOESP 14.04.2000). 
“DANO MORAL – PRESSUPOSTOS – RISCO DE 
BANALIZAÇÃO. O direito à indenização por danos 
morais requer a presença simultânea do ato ilícito, do 
implemento do dano, do nexo causal e da culpa do réu. 
Sem a comprovação da ocorrência desses pressupostos, não 
pode prosperar a pretensão. Se, por um enfoque, o 
reconhecimento do dano moral e sua reparação pecuniária 
representa progresso extraordinário da ciência jurídica, para 
melhorar a convivência respeitosa e valorizar a dignidade 
humana, por outro lado, não se pode levar a extremo sua 
aplicação, com o risco de banalizar a conquista ou levá-la ao 
descrédito. Não cabe o deferimento de dano moral pelas 
ocorrências rotineiras das atividades profissionais, pelo 
simples melindre, contrariedades ou pequenas mágoas. 
Como assevera o Desembargador Sérgio Cavalieri Filho, da 
2ª Câmara Cível do TJRJ, no julgamento da Ap. 7.928/95, 
"mero dissabor, aborrecimento, mágoa, irritação ou 
sensibilidade exacerbada estão fora da órbita do dano moral, 
porquanto, além de fazerem parte da normalidade do nosso 
dia-a-dia, no trabalho, no trânsito, entre os amigos e até no 
ambiente familiar, tais situações não são intensas e 
duradouras, a ponto de romper o equilíbrio psicológico do 
indivíduo. Se assim não se entender, acabaremos por 
banalizar o dano moral, ensejando ações judiciais em busca 
de indenizações pelos mais triviais aborrecimentos". (TRT 3ª 
R. – RO 9.727/00 – 2ª T. – Rel. Juiz Sebastião G. Oliveira – 
DJMG 29.11.2000 – p. 20)”. 
Toda forma de banalização do instituto do dano moral não deve ser 
tolerada, o que enseja a total improcedência dos pedidos do Reclamante. 
No caso em tela NÃO estão presentes os requisitos da 
responsabilidade civil, previstos nos artigos 186, 187 e 927 do Código Civil, nem 
tampouco a existência culpa, dano e nexo e causalidade a serem atribuídos a 
Reclamada. 
Não há nenhuma culpa a ser atribuída a Reclamada, nem tampouco 
existência de dano, pelo simples fato da Reclamada respeitar os seus colaboradores, 
não procedendo qualquer revista intima. 
No que diz respeito ao nexo causal, este também NÃO está 
configurado, pois jamais a Reclamada submeteu o Reclamante a revista intima em sua 
bolsa, como já cristalinamente comprovados nos autos. 
Portanto, ante toda fundamentação exposta, CONTESTA a Reclamada 
todas às alegações do Reclamante, por NÃO ter nenhuma responsabilidade, nem a 
VASCONCELOS ADVOGADOS ASSOCIADOS 
Dra. Maria José Vasconcelos Torres 
 10
existência de dano e nexo de causalidade a ser atribuída, para a caracterização de 
danos morais em favor do Reclamante. 
O pedido deverá ser JULGADO TOTALMENTE IMPROCEDENTE. 
9. FALTA DE PROVAS. 
 
O Reclamante não acostou – posto que não as têm – provas de suas 
alegações. 
Trata-se de obrigação imposta pelo art. 787 da CLT, o qual 
reproduzimosin verbis: 
 
 “Art.787. A reclamação escrita deverá ser formulada em 2 
(duas) vias e desde logo acompanhada dos documentos 
em que se fundar”1. 
 
Observe-se que a norma supra, corporificada no art.787 da CLT, não é 
só um artigo inserto na CLT, mas também um princípio – o princípio da concentração 
dos atos -, onde fica vedado às partes deixar de apresentar as provas em que fundam 
suas alegações, sob pena de serem admitidas como verdadeiras as alegações da 
parte adversa. 
Acerca da falta de provas, vejamos a lição de Mascardus: 
 
“Quem não pode provar é como quem nada tem; aquilo que 
não é provado é como se não existisse; não pode ser 
provado, ou não ser é a mesma coisa”2. 
 
Destarte, ante a hialina inexistência de provas que sustentem as 
alegações do Reclamante, requer a Reclamada seja julgado o presente processo 
TOTALMENTE IMPROCEDENTE em TODOS os seus pleitos. 
 
10. DA LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ 
 
É obrigação de todos que exporem os fatos conforme a verdade em 
juízo; não formular pretensões, nem alegar defesa, sabendo de sua ausência de 
fundamento; não produzir provas nem praticar qualquer outro ato inútil ou 
desnecessário para a declaração ou defesa do direito; não agir senão de forma a obter 
do Estado a solução justa para a sua divergência com a parte contrária, sem 
subterfúgios, sem golpes de surpresa, sem táticas protelatórias, sem artimanhas. 
 
 
 
VASCONCELOSADVOGADOS ASSOCIADOS 
Dra. Maria José Vasconcelos Torres 
 11
Deve vencer quem tenha razão, não o mais esperto, não o de 
advogado mais habilidoso. Provocar uma atuação do Estado fora dos lindes de 
composição da lide é agir deslealmente e de má-fé. 
A conduta do Reclamante é reprovável durante toda a exordial, posto 
que é contrário aos conceitos de lealdade, probidade, honestidade, ínsitos no direito 
como princípios que devem nortear todos aqueles que tomam parte no processo. 
Neste passo, o mestre uruguaio Eduardo Couture assim definiu má-fé: 
“(...) qualificação jurídica da conduta, legalmente 
sancionada, daquele que atua em juízo convencido de não 
ter razão, com o ânimo de prejudicar o adversário ou 
terceiro, ou criar obstáculos ao exercício do seu direito”3. 
 
Trata-se de aventura processual, para tirar proveito financeiro da 
Reclamada, agindo com deslealdade. 
Resta, pois, caracterizada a litigância de má-fé, na forma do art.80, II, 
III, do CPC. O citado artigo assim preceitua: 
 
“Art.80. Reputa-se litigante de má-fé aquele que: 
 
II – alterar a verdade dos fatos; 
III – usar do processo para conseguir objetivo ilegal;. 
 
Alterar a verdade dos fatos segundo Hélio Tornaghi é “alegação de 
fatos inexistentes, negar fatos existentes e dar falsa versão para fatos verdadeiros”. 
Usar do processo para conseguir objetivo ilegal é atentar diretamente 
contra a administração da Justiça; simular para alcançar fim proibido pela lei. 
Evidencia-se, pois, o ânimo do Reclamante em prejudicar a parte 
adversa para, assim, obter vantagens ilícitas. A Justiça do Trabalho não se compra 
com uma atitude dessas. 
Assim, este MM Juízo deverá aplicar a pena inserta no art. 81 do CPC, 
bem como o INDEFERIMENTO de todos os pedidos do Reclamante, posto que não se 
alicerçam em bases fáticas, mas em alegações não condizentes com a verdade. 
 
11. DOS DESCONTOS INERENTES AO INSS E IMPOSTO DE RENDA. 
 
Requer, ad cautelam, que no caso de uma eventual condenação, o que 
se admite apenas ad argumentandum tantum, que seja o Reclamado autorizado a 
proceder aos descontos inerentes ao INSS e ao Imposto de Renda, na forma da lei. 
 
 
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Referente a retenção do Imposto de Renda na Fonte, o que preceitua a 
Lei n° 8.212, de 29.08.1991, no seu art.27, seja determinado por V. Exª, que seja 
abatido de qualquer crédito do Reclamante. 
Deverá ser procedida a retenção relativa à contribuição previdenciária 
nos termos dos arts. 20, 43, 44, da Lei n° 8.212/91, hoje com nova redação dada pela 
Lei n° 8.620/93. 
 
12. DA DEDUÇÃO 
 
Caso a Reclamada seja condenada nas verbas pleiteadas pelo 
Reclamante, o que se admite apenas ad argumentandum tantum, que seja procedida 
à dedução de todos os valores já pagos pela Reclamada, de acordo com todos os 
comprovantes de pagamentos em anexo. 
13. DO VALOR DA CAUSA 
 
Além de receber todos os seus direitos trabalhistas da Reclamada, o 
Reclamante pleiteia um valor altíssimo além de ser totalmente FANTASIOSO E 
ABSURDO, ou seja, atribuindo o valor da causa de forma hipotética no importe de R$ 
60.000,00 (sessenta mil reais). Resta, portanto, mais que evidenciada a litigância de 
má-fé, pois a todo custo a Reclamante almeja obter vantagens financeiras na presente 
demanda. 
Assim, este Novel Juízo, além de julgar IMPROCEDENTE in totum a 
exordial, deverá aplicar a pena prevista no art. 81 do CPC, uma vez que resta 
caracterizada a litigância de má-fé. 
Em face dos argumentos acima expendidos e dos documentos 
acostados, deverá este Novel Juízo julgar o valor supra, ora combatido, 
TOTALMENTE IMPROCEDENTE. 
 
Pelo que CONTESTA. 
 
14. DAS PROVAS 
 
Protesta provar o alegado por todos os meios de provas admitidas em 
direito, especialmente: documentos, testemunhas, e demais provas que se fizerem 
necessárias ao bom andamento do presente processo. 
15. DA CONCLUSÃO. 
 
Ex positis, requer a Reclamada que no mérito seja julgada a 
Reclamação Trabalhista ora combatida TOTALMENTE IMPROCEDENTE, nos termos 
desta contestação, impugnando nesta oportunidade todos os documentos acostados 
na exordial, aplicando-se, também, a penalidade prevista no art. 81 do CPC pelo fato 
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da Reclamante estar litigando de má-fé. Deverá ainda ser condenado o Reclamante 
nas custas processuais e honorários advocatícios, estes no importe de 20% (vinte por 
cento) sobre a condenação, por ser este um ato da mais lídima JUSTIÇA! 
 
Nestes Termos, 
Pede Deferimento. 
Maceió, 29 de novembro de 2016. 
 
 
MARIA JOSÉ VASCONCELOS TORRES 
ADVOGADA- OAB/AL 5.543. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Av. Deputado Humberto Mendes, 796, Empresarial Wall Street, sala 32, Poço, CEP 57.025-580, 
Maceió-AL. E-mail:mariajtorres.adv@gmail.com – Fones(82) 3326-1328. Cel. 99301-1149.

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