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RESENHA A responsabilidade civil pela perda de uma chance no direito brasileiro

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FACULDADE ESTÁCIO
Curso Pós-Graduação: Direito Civil e Processo Civil
Disciplina: RESPONSABILIDADE CIVIL: NOVAS TENDÊNCIAS (NPG1189/2849461) 9001
Acadêmico: Charles Alves Ferreira 
Data: 16/03/2018
Tema: “A RESPONSABILIDADE CIVIL PELA PERDA DE UMA CHANCE NO DIREITO BRASILEIRO”.
Autor: GILBERTO ANDREASSA JUNIOR
Resenha
1 – Introdução
O presente trabalho visa o estudo do instituto da responsabilidade civil pela perda de uma chance, uma espécie de dano passível de indenização, que na essência reconhece que a chance em si considerada e perdida por culpa de outrem e devidamente comprovada por seu nexo causal, gera o direito do lesado receber indenização de quem deu causa a perda de sua chance, sendo que, esse tipo de responsabilização não se confunde com danos emergentes e nem lucros cessantes por que neste caso se observa e analisa a probabilidade e não a certeza do dano causado.
2 – Resumo
[...] Durante séculos o instituto da responsabilidade civil foi analisado de uma forma equivocada, haja vista que o instituto da força prevalecia sobre os demais ideais. [...] Atualmente, com o vasto número de demandas judiciais envolvendo o instituto da responsabilidade civil, notou-se que em determinados casos, ainda que presentes os elementos essenciais da culpa e do dano, se torna inviável a efetiva demonstração de existência do nexo etiológico entre ambos, restando a vítima sem o devido ressarcimento. [...] Os princípios da responsabilidade civil buscam restaurar um equilíbrio patrimonial e moral violado. Um dano não reparado é um fator de inquietação social, e por isso os ordenamentos contemporâneos buscam alargar cada vez mais o dever de indenizar, alcançando novos horizontes, a fim de que cada vez menos restem danos irressarcidos. [...] O instituto da responsabilidade civil, assim como a própria ciência do direito, evoluiu concomitantemente com a sociedade. Os seus ideais, suas teorias e requisitos surgiram por uma questão única de necessidade humana. [...] Hodiernamente, mesmo com grande aplicação da teoria objetiva, ainda se torna inviável a reparação em diversas situações. Por isso, surge com grande impulsão a chamada responsabilidade pela perda de uma chance, a qual possibilita o ressarcimento da vítima por uma perda real, mesmo que o nexo causal entre ato e dano seja de difícil comprovação. [...] O ordenamento jurídico brasileiro trabalha como regra geral com a responsabilidade civil subjetiva, devendo ser comprovada a existência de culpa para que possa surgir a necessidade de qualquer ressarcimento, sendo que tal preceito surge expresso nos arts. 186 e 927 do CC/2002. [...] A doutrina objetiva originou-se da obra de doutrinadores franceses e atualmente obtém destaque através do art. 927, parágrafo único, do CC/2002. Dentro desta nova concepção, os doutrinadores passaram a admitir a responsabilidade do ofensor mesmo sem a comprovação de uma culpa, o que certamente foi um grande avanço no ordenamento jurídico brasileiro. [...] Portanto, resta explícito que a teoria objetiva despreza a intenção do agente, pois aquele que obtém vantagens pelos riscos criados, deve responder pelas conseqüências da atividade exercida, cuja periculosidade é a ela inerente ou fixada em lei. [...] Conforme letra dos arts. 389 e 395 do CC/2002, tem-se a responsabilidade civil contratual, como o próprio nome já diz, uma situação oriunda de algum descumprimento de cláusula contratual. [...] No que tange a responsabilidade civil extracontratual, também denominada como aquiliana, insta destacar que esta espécie trata dos casos em que não há um envolvimento contratual entre as partes litigantes. [...] A responsabilidade civil, conforme é cediço, funda-se em três elementos básicos, quais sejam: a conduta omissiva/comissiva, o dano e o nexo de causalidade. [...] Aprioristicamente, importante dar destaque à ação/omissão do indivíduo causador do dano. Isto porque, para que exista uma situação indenizável, deverá obrigatoriamente ter havido um ato culposo ou contrário às normas estabelecidas no meio jurídico brasileiro.[...] Além do ato ilícito/culposo, outro elemento de suma importância para a responsabilização civil é a relação de causalidade, que se define como um liame que deve existir entre o fato ilícito e o dano por ele produzido. Sem essa relação não existe obrigação indenizatória. [...] Conforme é cediço, o ato volitivo da responsabilidade civil pode decorrer de dolo ou culpa do agente. Dolo é a vontade deliberada de cometer a ilicitude, enquanto a culpa será cometida por imprudência, negligência ou imperícia do agente infrator. Tais fundamentos são extraídos do art. 186 do CC/2002. [...] A respeito do dano, este se mostra como pressuposto central na responsabilidade civil, uma vez que em função de sua existência é que se desdobram todos os outros pressupostos da responsabilidade civil.[...] A vantagem esperada seria o benefício que a vítima poderia auferir se o processo aleatório fosse até o seu final e resultasse em algo positivo. Destarte, pode-se concluir que a teoria da perda de uma chance originou-se exatamente da dificuldade de configuração do nexo causal entre a conduta do agente e o dano sofrido pela vítima, em determinados casos.
3 – Conclusão
O presente estudo teve como principal objetivo demonstrar a importância da responsabilidade civil para as pessoas, e o quanto a sua evolução influencia a sociedade em geral, o cerne do estudo se voltou à teoria da perda de uma chance e como é recebida, debatida e decidida no ordenamento jurídico pátrio.
Assim, a responsabilidade civil por perda de chance reconhece a possibilidade de indenização nos casos em que alguém se vê privado da oportunidade de obter um lucro ou de evitar um prejuízo que é causado por outrem.

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