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LEISHMANIOSE TEGUMENTAR E VISCERAL

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LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA 
Tem por agente etiológico protozoários do gênero Leishmania, que acomete pele e mucosas; 
.	É primariamente uma infecção zoonótica, afetando outros animais que não o homem, o qual pode ser envolvido secundariamente.
. O modo de transmissão habitual é através da picada de insetos que pode pertencer a várias espécies de flebotomíneos, de diferentes gêneros (Lutzomya, Psychodopygus), dependendo da região geográfica.
. 	A Leishmania é um protozoário pertencente a família Trypanosomatidae com duas formas principais: uma flagelada (promastigota), encontrada no tubo digestório do inseto vetor e em alguns meios de cultura artificiais, e outra aflagelada (amastigota), como é vista nos tecidos dos hospedeiros vertebrados (homem e outros animais superiores).
. No Rio de Janeiro o agente etiológico da LTA é a Leishmania braziliensis. 
O período de incubação da doença no homem é, em média, de dois meses, podendo apresentar períodos mais curtos (duas semanas) e mais longo (dois anos). 
. A leishmaniose tegumentar americana inclui a leishmaniose cutânea (LC) e a leishmaniose mucosa (LM)   
. 	A leishmaniose cutânea também é conhecida como úlcera de Bauru, úlcera brava, nariz de tapir 
. A LTA distribui-se amplamente no continente americano, estendendo-se desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina.
No Brasil, a LTA tem sido assinalada em todos os estados, constituindo, portanto, uma das afecções dermatológicas que merece maior atenção, devido a magnitude da doença, a assim como pelo risco de ocorrência de deformidades que pode produzir no homem, como também o envolvimento psicológico do doente, com reflexos no campo social e econômico, uma vez que, na maioria dos casos, pode ser considerada doença ocupacional.
EPIDEMIOLOGIA DA LTA 
. Atualmente, pode-se dizer que, no Brasil, a doença apresenta dois padrões epidemiológicos característicos: 
surtos epidêmicos associados à derrubadas das matas para construção de estradas e instalação de povoados em regiões pioneiras, e a exploração desordenada da floresta (derrubada de matas para extração de madeira, agricultura, pecuária etc). Neste caso, a leishmaniose tegumentar é fundamentalmente uma zoonose de animais silvestres, que pode atingir o homem quando entra em contato com focos zoonóticos.
leishmaniose em regiões de colonização antiga, relacionada ao processo migratório, ocupação de encostas e aglomerados semiurbanizados na periferia de centros urbanos, não associada à derrubada das matas. Neste tipo, cães, equinos e roedores, parecem ter papel importante como novos reservatórios do parasita e tem-se discutido a possível adaptação de vetores e parasitas a ambientes modificados e a reservatórios.
LEISHMANIOSE VISCERAL AMERICANA 
. Leishmaniose visceral, ou calazar, é uma doença transmitida pelo mosquito-palha ou birigui (Lutzomyia longipalpis) que, ao picar, introduz na circulação do hospedeiro o protozoário Leishmania chagasi.
. 	A leishmaniose visceral é causada, em todo o mundo, por parasitos do complexo L. donovani que inclui três espécies de Leishmania: 
		Leishmania (Leishmania) donovani; 
		Leishmania (Leishmania) infantum; 
		Leishmania (Leishmania) chagas.
. 	Nas Américas, Leishmania (Leishmania) chagasi é a espécie responsável pelas formas clínicas da leishmaniose visceral.
. Embora alguns canídeos (raposas, cães), roedores, edentados (tamanduás, preguiças) e equídeos possam ser reservatório do protozoário e fonte de infecção para os vetores, nos centros urbanos a transmissão se torna potencialmente perigosa por causa do grande número de cachorros, que adquirem a infecção e desenvolvem um quadro clínico semelhante ao do homem.
. 	A leishmaniose visceral ou calazar é uma doença infecciosa sistêmica, de evolução crônica, caracterizada por febre irregular de intensidade média e de longa duração, esplenomegalia, hepatomegalia, acompanhada dos sinais biológicos de anemia, leucopenia, trombocitopenia, hipergamaglobulinemia e hipoalbuminemia. O emagrecimento, o edema e o estado de debilidade progressiva contribuem para a caquexia e o óbito, se o paciente não for submetido ao tratamento específico. 
. A transmissão do parasita ocorre apenas através da picada do mosquito fêmea infectado. 
.	Na maioria dos casos, o período de incubação é de 2 a 4 meses, mas pode variar de 10 dias a 24 meses. No cão, a média é de 3 a 7 meses. 
BIOLOGIA E CICLO BIOLÓGICO 
.	A morfologia das formas amastigotas, promastígota de Leishmania chagasi é semelhante as outras espécies do gênero Leishmania.
. 	No hospedeiro vertebrado, as formas amastígotas de L. chagasi são encontradas parasitando células do sistema mononuclear fagocitário (SMF), principalmente macrófagos.
No homem, localizam-se em órgãos linfóides, como medula óssea, baço, fígado e linfonodos, que podem ser encontrados densamente parasitados. O parasitismo pode envolver outros órgãos e tecidos, como os rins, placas de Peyer no intestino, pulmões e a pele. Raramente, as amastigotas podem ser encontradas no sangue, no interior de leucócitos, íris, placenta e timo.
No hospedeiro invertebrado, Lutzomyia longipalpis, são encontradas no intestino médio e anterior nas formas promastigota e promastigota.
.	A infecção de Lutzomvia longipalpis por Leishmania chagasi ocorre quando as fêmeas, hematófagas, cumprindo necessidade biológica se alimentam em hospedeiro vertebrado infectado, e ingerem com o sangue macrófagos e monócitos parasitados.
Sintomas
. 	Os principais sintomas da leishmaniose visceral são febre intermitente com semanas de duração, fraqueza, perda de apetite, emagrecimento, anemia, palidez, aumento do baço (esplenomegalia) e do fígado (hepatomegalia), comprometimento da medula óssea (densamente parasitada), problemas respiratórios, diarreia, sangramentos na boca e nos intestinos, alterações renais, alterações dos linfonodos, alterações pulmonares, alterações no aparelho digestivo, alterações cutâneas (Pode ocorrer descamação e queda de cabelos) 
Diagnóstico 
. 	O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações que podem pôr em risco a vida do paciente. Além dos sinais clínicos, existem exames laboratoriais para confirmar o diagnóstico. Entre eles destacam-se os testes sorológicos (Elisa e reação de imunofluorescência), e de punção da medula óssea para detectar a presença do parasita e de anticorpos.
. 	É de extrema importância estabelecer o diagnóstico diferencial, porque os sintomas da leishmaniose visceral são muito parecidos com os da malária, esquistossomose, doença de Chagas, febre tifóide, etc.
Tratamento 
. 	Ainda não foi desenvolvida uma vacina contra a leishmaniose visceral, que pode ser curada nos homens, mas não nos animais.
Os antimoniais pentavalentes, por via endovenosa, são as drogas mais indicadas para o tratamento da leishmaniose, apesar dos efeitos colaterais adversos. Em segundo lugar, está a anfotericina B, cujo inconveniente maior é o alto preço do medicamento. Uma nova droga, a miltefosina, por via oral, tem-se mostrado eficaz no tratamento dessa moléstia.
. 	A regressão dos sintomas é sinal de que a doença foi pelo menos controlada, uma vez que pode recidivar até seis meses depois de terminado o tratamento.

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