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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA 10ª VARA DO FÓRUM DA CAPITAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO 
ANTONIO AUGUSTO, cidadão em pleno gozo dos direitos políticos, brasileiro, profissão, inscrito no CPF sob o nº 33645821, RG sob o nº 12547869 SSP/PE, Título de Eleitor nº 23152484125, residente e domiciliado na rua ouricuri nº 23, vem, respeitosamente, perante V. Excelência ajuizar a presente
 AÇÃO POPULAR 
em desfavor de ato praticado pelo Exmo. Sr. GOVERNADOR DO ESTADO DE PERNAMBUCO, pelo qual editou o Decreto X nomeando para cargo de Presidente do BANCO DO ESTADO DE PERNAMBUCO o Sr. MARTINIANO SANTOS, o qual responde a uma ação de execução fiscal pelo não pagamento de tributos federais relativos ao recolhimento do seu imposto de renda, situação incompatível com o cargo para o qual foi nomeado, pelo que a posse e exercício da função pelo mesmo se configura como ato lesivo à moralidade administrativa, consoante os fatos e fundamentos de direito que se passa a expor: 
I - DA CONDIÇÃO DE AUTOR POPULAR – LEGITIMIDADE ATIVA O Autor Popular, Antonio Augusto, é brasileiro, estado civil, profissão, com Título de Eleitor nº 12514125, e preenche todos os requisitos necessários para propor a presente ação (art. 1º, Lei nº 4.717/65), haja vista que se encontra em pleno gozo de seus direitos políticos. Desta forma, em cumprimento ao disposto no § 3º do artigo 1º da Lei nº 4.717/1965, junta aos autos cópia de seu título de eleitor e do comprovante de quitação eleitoral, fazendo prova de sua cidadania que o autoriza a propor a presente demanda judicial.
 II - DA LEGITIMIDADE PASSIVA Já no que diz respeito à condição de legitimado passivo para responder à presente ação, a Lei nº 4.717/65 dispõe em seu artigo 6º o seguinte:
 “Art. 6º A ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as entidades referidas no art. 1º, contra as autoridades, funcionários ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que, por omissas, tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários diretos do mesmo.
 § 1º Se não houver benefício direto do ato lesivo, ou se for ele indeterminado ou desconhecido, a ação será proposta somente contra as outras pessoas indicadas neste artigo”. (grifo nosso) (BRASIL, 1965) O que pretende o autor popular com o manejo da presente ação é suspender e/ou anular o ato de nomeação (Decreto X) e exercício do cargo de Presidente do Banco do Estado de Pernambuco do Sr. Martiniano Santos, o qual responde à ação de execução fiscal pela sonegação de tributos federais relativos ao recolhimento do seu imposto de renda, e por isso não poderia exercer a presidência de uma Instituição Financeira, eis que tal situação afronta brutalmente o princípio da moralidade administrativa.
 Portanto, o Exmo. GOVERNADOR DO ESTADO DE PERNAMBUCO é parte legítima para figurar no polo passivo da demanda, juntamente com o BANCO DO ESTADO DE PERNAMBUCO, sociedade de economia mista, pessoa jurídica inscrita no CNPJ nº20121010001, integrante da Administração Pública Indireta, a qual é diretamente lesada pelo ato praticado, e o Sr. MARTINIANO SANTOS, brasileiro, profissão, estado civil, portador do RG254584714526. e CPF021457845125, residente e domiciliado a rua de carlos, beneficiário do ato lesivo impugnado. Portanto, no polo passivo tem-se um litisconsórcio necessário, devendo as três pessoas indicadas ser citadas para responder a presente ação na forma da Lei nº 4.717/65 que regulamenta o procedimento da Ação Popular. 
III – DO CABIMENTO DA AÇÃO POPULAR – ATO LESIVO À MORALIDADE ADMINISTRATIVA
 A Ação Popular encontra amparo na Constituição, em seu artigo 5º LXXIII, onde se lê: 
“Art. 5º (...) LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência”. (BRASIL, 1988) Portanto, a moralidade administrativa é fundamento suficiente para a propositura da Ação Popular. No presente caso, o objeto desta ação é o Decreto X editado pelo Exmo. Governador do Estado, o qual atenta brutalmente contra a moralidade administrativa, uma vez que nomeia para o cargo de Presidente do Banco do Estado pessoa que responde à ação judicial POR SONEGAÇÃO DE IMPOSTOS. Sobre o princípio da moralidade, a doutrina admite que a conceituação do conteúdo jurídico do mesmo é muito ampla e de pouca precisão. Entretanto, o professor Gilmar Ferreira Mendes, objetivamente preleciona que “a Administração Pública deve pautar‐se pela obediência aos princípios constitucionais a ela dirigidos expressamente, mas também aos demais princípios fundamentais, tem‐se que, em sua atuação, deve ser capaz de distinguir o justo do injusto, o conveniente do inconveniente, o oportuno do inoportuno, além do legal do ilegal” (MENDES, 2016, p. 886). Portanto, o princípio da moralidade administrativa deve ser interpretado de forma aliada a outros princípios fundamentais, como o da proporcionalidade, razoabilidade, isonomia e outros. Ora, a violação ao princípio no presente caso é evidente, eis que a situação fática que se pretende combater depõe contra a probidade do agente nomeado para o cargo, bem como totalmente incompatível com as funções que lhes serão exigidas enquanto Presidente de uma Instituição Financeira. Não pode, dessa forma, o Decreto X ser considerado razoável, justo, oportuno e conveniente. Dessa forma, cabível a presente ação, eis que tem por finalidade a preservação da moralidade administrativa.
 IV - DOS FATOS E DO DIREITO O Exmo. Governador do Estado de Pernambuco, cumprido as suas atribuições legais, editou o Decreto X nomeando o Sr. MARTINIANO SANTOS para o exercício do cargo de Presidente do Banco do Estado de Pernambuco. Ocorre que, é fato público e notório que o Sr. Martiniano responde à ação judicial movida pela Fazenda Nacional relativa ao não pagamento de impostos federais, mais precisamente ao seu imposto de renda. Ora, como pode uma pessoa que responde por tal fato ser nomeada para exercer um cargo público de alta responsabilidade, e mais, em uma Instituição Financeira? Permitir que a referida situação fática se concretizasse atentaria contra a moralidade administrativa, conforme se demonstrou no tópico acima. Esses são os fatos que embasam a presente demanda. 
V – DOS REQUERIMENTOS E DOS PEDIDOS: 
A) Requer a citação do Excelentíssimo GOVERNADOR DO ESTADO DE PERNAMBUCO, DO BANCO DO ESTADO DE PERNAMBUCO E DO SR. MARTINIANO SANTOS para que, no prazo legal, contestem a presente ação;
 B) A intimação do Ministério Público para acompanhar a presente ação, conforme o art. 7º, I, ‘a’ da Lei nº 4.717/65; 
C) A produção de provas através de todos os meios admitidos em direito;
 D) Pede que seja declarado nulo o Decreto 21458 que nomeou o Sr. MARTINIANO SANTOS para o cargo de Presidente do Banco do Estado de Pernambuco. Dá-se a causa, apesar do valor inestimável do bem tutelado, o valor de R$ 1.000,00 (um mil reais) para fins fiscais.
 Recife – PE, 23, outubro 2018. 
ADVOGADO Evandro Clayton 
OAB 23081987
Resolução comentada.
1ª
R:São 5 princípios elencados na Cf que são; 
A legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência .
Esses princípios devem servir como base para administração publica estando submetidas a outros princípios na legislação esparças.
2ª
R: a administração publica se submete ao principio da legalidade, na discricionariedade os princípios constitucionais são levados em consideração.
3ª
R:toda a atividade administrativa esta submetida aos princípios constitucionais.
4ª
R: significa dizer, que toda vez que analisar a atividade administrativa tem que se analisar de acordo com um conjunto de princípios, não adianta atender a um princípio e violar o outro.
5ª
R: O principio da impessoalidade tem um laço com o princípio da igualdade não deixando o administrador privilegiaroutros por questões afetivas, observado os concursos públicos para o ingresso na administração publica, licitação e etc.

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