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BIOQUIMICA 2

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FACULDADE SÃO FRANCISCO DE BARREIRAS- FASB
CURSO DE AGRONOMIA - 2° SEMESTRE
SABRINA MENDES GONÇALVES FIGUEIRÓ VITOR GABRIEL BRITO RIBEIRO
UTILIZAÇÃO DO REAGENTE DE BENEDICT NA ANÁLISE DE AÇÚCARES
BARREIRAS-BA
SETEMBRO/2018Relatório da aula prática, do dia 22 de maio de 2018, apresentado à Faculdade São Francisco de Barreiras, como pré-requisito do componente curricular da matéria de Citologia, sob orientação da Professora Silvana Santos Martins Lopes.
SABRINA MENDES GONÇALVES FIGUEIRÓ
VITOR GABRIEL BRITO RIBEIRO 
Utilização do Reagente de Benedict na Análise de Açúcares 
 
Relatório apresentado ao Curso de Agronomia da Faculdade São Francisco de Barreiras – FASB, como requisito parcial para obtenção de nota na disciplina de Bioquímica.
Barreiras-Ba
Setembro/2018
INTRODUÇÃO 
 Açúcares redutores são carboidratos que possuem seu grupo carbonílico livre , capazes de se oxidar na presença de agentes oxidantes em solução alcalina . Essa oxidação ocorre apenas com o monossacarídeo em sua forma linear que está em equilíbrio com sua estrutura cíclica. Assim, o carbono carbonílico, denominado anomérico quando na estrutura cíclica, é oxidado a um grupo carboxílico. Por outro lado, os carboidratos cujos carbonos anoméricos estão envolvidos em ligações glicosídicas, sendo incapazes de assumirem a sua forma linear e , portanto, de se oxidarem em solução alcalina, são denominados açúcares não redutores, como exemplo , a sacarose (S ILV A et al., 2003 ; NEL SON; C OX , 2014). Dentre os açúcares redutores, duas hexoses particularmente importantes para a indústria, especialmente a de alimentos, são a glicose e a frutose. Esses carboidratos são dois dos principais monossacarídeos presentes em processos fermentativos, dentre os quais se destacam a produção de vi nho, cac haça e e tano l. A gli cose e a frutose sã o monossa car ídeos d e sei s carbonos ( he xoses) que se di ferenci am pe la for ma c ícli ca e p ela po si ção do grup o carb oni la presente em suas est rut uras. A primei ra é classificad a como pi ranose , por apresenta r a nel co m se i s carbo nos em s ua fo rma c íclica , e como a l do se, por seu gr upo carbonila a prese ntar -se como a lde ído. A se gunda classi fi ca -se co mo fu ranose , poi s assume a forma c ícli ca em um a nel com ci nco ca rbo nos, e como cetose, poi s seu gr upo ca rbo ni la aprese nta -se como uma ce to na. Se g undo SILV A e t a l. (2003), o s métodos mai s com ume nte u ti li zados pa ra medi ção de açúcares sã o a re frato metri a e m e scala B rix ( método re frato métrico ) , S omogyi -Nelso n, fe no l-s ulf úri co (métodos espe ctro fotomé trico s) e Lane -E yno n 2 C omparação de Métodos para D etermi nação de A çúcares Red ut ores e Não-reduto res (mé todo ti t ulo mé tri co tamb ém co n heci do como re ação de Fehli ng). Estes métod os são uti lizados b asi ca me nte em i nd úst ri as ali me nt ícia s. A lé m di sso, S te i ner e t al. (2011 ) d estacam a uti li za ção de método s ó ti cos e se nsores ele troq uímicos, focados no â mbito da saúd e h uma na. O Reagente d e B enedi ct é uma so lução d e s ulfato de co bre, carbo nato de só di o e ci tra to de sódi o em á gua . É usado p ara d etectar a prese nça de certos ti p os de carboid ratos conhe ci do s como açúca res red utores. Estas substâ nci as po dem ser submeti das a reações q uímica s em que se d ão elétrons
[20:34, 12/9/2018] Vitor🚜🌱 Clarice♥😍: para outros co mp ostos, o q ue res ulta na prod ução de no vas s ubstâ nci as, e ele s reagi r desta ma ne i ra com reage nte de B enedi ct para prod uzi r um composto i nsol úve l, de co r a verme lhad a . A g li co se e a frutose prod uzem uma reação p osi tiva, mas a sa carose – aç úcar d e mesa – não. O reage nte é usado no teste de ali me ntos e p ara detectar a gli cose na uri na, q ue pode ser um si nal de di abetes. Os a çúcares redutores reage m com o s ul fato de cobre em reage nte d e Be nedi ct, red uzi ndo -o ao ó xi do de cobre, um co mposto i nso lúve l, de cor averme l hada que forma um precip i tado. O carbona to de sódi o é necessári o para torna r a sol ução alca li na, o que é e sse ncial para que alg uns tip os d e carboi dratos reaja m , e nq ua nto o ci t rato d e sódi o evi ta q ue o sulfa to d e cob re reaja co m o álca li . A sol ução é d e cor a zu l, d e vi do ao sulfa to de cobre. O teste é essenci a lme nte q uali tati vo, o u seja , ele é usado si mplesme nte para veri fi car se um aç úcar red uto r está prese nte o u não para deter mi na r a qua nti da de. No enta nto, e le pod e ser usado como um tes te q uantitati vo br uto, na medi da e m que uma cor es ve rdeada i ndi ca a penas um po uco de aç úcar redutor; amare lo , um po uco mais; e verme l ho, m ui to. Um o ut ro reagente, co n heci do como solução q ua nti ta ti va d e B e nedi ct, pod e ser usado para determi nar, com m ui ta precisã o, a q uanti dade de a çúcar red uto r q ue está prese nte numa a mostra . É semelhante ao reagen te norma l, mas co nté m doi s p rodutos q uími cos adi ci onai s. Ne sta solução , um res ul tado posi ti vo é i ndi c ad o p or um preci pi tado branco e pe rda de alguma s d as co res azui s i ni ci a i s. A i ntensi dade d a co r i ndi ca a q uanti dad e d e açúcares red utores na amost ra e pod e ser medi d a usando um di spo si tivo chamado co lor ímet ro.
MATERIAIS E REAGENTES 
MATERIAIS REAGENTES
Béquer Solução de carboidrato:
Conta gotas Sacarose
Tubos de ensaio Glicose 
Estante para tubo de ensaio Frutose
Pipetas Lactose
Pinça de madeira Amido
Agitadores magnéticos. Regente de Benedict
 Lugol 
 Solução de açúcar.
PROCEDIMENTOS 
Testes de Redução de açúcares com o reagente de Benedict 
 Para cada amostra desconhecida, pipetou-se 1 mL da solução de carboidrato em um tubo de ensaio. Em seguida preparou-se um tubo controle (negativo) usando 1mL de água. Para o tubo controle (positivo) use 1mL da solução de açúcar. A cada tubo adicionou-se 1,5mL do reagente de Benedict. Aqueceu todos os tubos juntos em banho-maria fervente por 5 minutos. Observe se há presença de precipitado. Anotou-se os resultados do teste com (+) ou (-) para açúcares redutores ou não.
Teste de iodo para amido
 Para cada amostra desconhecida, pipetou-se 1mL da solução de carboidrato em um tubo de ensaio. Em seguida preparou um tubo controle (negativo) usando 1mL de água. Para o tubo controle (positivo) usou 1mL do
amido padrão. A cada tubo adicionou duas gotas de Lugol e observou o aparecimento da coloração. Anotou-se os resultados do teste com (+) ou (-) para os que contêm ou não amido.
RESULTADOSE DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
 De acordo com o teste do Benedict, verificou-se como uma ferramenta interessante para a identificação de açúcares redutores devido à capacidade destes açúcares de reduzir os íons de cobre advindos do Benedict e formar compostos com cores como vermelho e marrom que são bem distintas do azul claro inicial do reagente. 
 O amido sendo um açúcar deveria apresentar uma coloração avermelhada. No entanto não há alteração da cor ao adicionar o reagente de Benedict porque o amido é um homopolisacarídeo não-redutor, e enquanto não houver hidrólise não haverá reação por isso a cor permanecerá azul original a do reagente.
ANEXO
1)Explique a efervescência do sal de frutas ao ser colocado na água.
R: Isso porque o ácido carbônico (H2CO3) e instável e se decompõe em H2O e CO2 que se desprende. E' esse CO2 que causa as bolhas. Agora, em agua quente a velocidade de aborbulhamento, ou de efervescência, e' maior porque a solubilidade dos gases tende a diminuir com a temperatura. De forma que o CO2 se desprende mais rapidamente (massa / tempo).
2) Pesquise por que o teste com reagente de Benedict na urina é positivo para pessoas diabéticas? 
R: Os alimentos podem ser testados para reduzir os açúcares, por trituração ou moagem de uma pequena quantidade e adicionando-o ao reagente de Benedict em um tubo de ensaio, depois aquecendo por vários minutos. A cor da solução resultante indica se algum desses compostos está presente e dá uma ideia aproximada de quanto. Este teste irá detectar açúcares comumente presentes nos alimentos, como glicose, frutose, maltose e lactose. No entanto, não detectará sacarose, que é o tipo mais comumente adicionado aos alimentos processados. A sacarose em ebulição com ácido clorídrico diluído irá dividi-la em glicose e frutose, que pode ser detectada. 
3) Em que princípio baseiam-se os testes de Benedict?
R: teste de Benedict ou gayder consiste na redução de íons cobre presentes no reagente, o qual é reduzido na presença de açúcares redutores, formando um precipitado de coloração amarela ou vermelha (Cu2O). O açúcar, por sua vez, é oxidado e polimerizado na solução alcalina. Os carboidratos redutores possuem grupos aldeídos ou cetonas livres ou potencialmente livres, sofrendo oxidação em solução alcalina de íons metálicos como o cobre. 
4) Porque o cobre ao ser aquecido muda a sua coloração?
R: Quando um composto metálico é aquecido numa chama, arde, dando a esta uma cor particular e específica para cada substância. Isto acontece porque o calor da chama excita os electrões dos átomos originando transições electrónicas em que há libertação de energia sob a forma de radiação (por outros palavras, há emissão de radiação), quando os electrões dos átomos regressam ao estado fundamental. Metais diferentes originam cores de radiações diferentes na chama e estas cores identificam o metal. 
5) Indique se há presença de açúcares redutores e não redutores.
R: Um açúcar redutor é qualquer açúcar que, em solução básica, apresenta um grupo carbonílico livre aldeído (derivado de uma aldose).Sua capacidade de redução se dá pela presença de um grupo aldeído ou cetona livre. Todo monossacarídeo, alguns dissacarídeos e oligossacarídeos. As cetonas precisam entrar em equilíbrio dinâmico e se tornarem aldeídos antes de poderem atuar como açucares redutores.Os açucares mais comuns que consumimos, galactose, glicose e frutose são açucares redutores. Dissacarídeos são formados por dois monossacarídeos e podem ser classificados como redutores ou não redutores, os não redutores, como a sacarose, tem ligações glicosídicas entre seus carbonos anoméricos e portanto não podem se converter para sua forma aberta com o grupo aldeído; ficando presos na sua forma cíclica. Dissacarídeos redutores como a lactose e a maltose tem apenas um de seus carbonos anoméricos envolvidos na ligação glicosídica, podendo se converter para sua forma aberta com o grupo aldeído. 
6) Explique o comportamento do reagente de Benedict nas soluções utilizadas.
R: A presença de certos tipos de carboidratos conhecidos como açúcares redutores. Estas substâncias podem ser submetidos a reações químicas em que se dão electrões para outros compostos, o que resulta na produção de novas substâncias, e eles reagir desta maneira com reagente de Benedict para produzir um composto insolúvel, de cor avermelhada. A glicose e a frutose produzem uma reação positiva, mas a sacarose – açúcar de mesa – não. O reagente é usado no teste de alimentos e para detectar a glicose na urina, que pode ser um sinal de diabetes.
7) Foi observado alguma diferença no resultado do teste de Benedict para a lactose e a sacarose? Explique detalhadamente a sua resposta.
R: Eles foi com a coloração azuis pois foi por quase 5 minutos isso ocorreu por conta das Benedict que é um cobre. 
8) Mostre a reação do hidróxido de cobre na presença e na ausência de agentes redutores em meio alcalino e a quente.
R: Essa reação é utilizada pra identificação de carboidrato redutores, ou seja, íons de metais como, cobre, prata, ferro, mercúrio, etc. São reduzidos por grupos aleídicos ou cetônico livres de vários carboidratos. 
A reação a quente em meio alcalino na ausência de reagentes redutores é dado por: Cu(OH)2→CuO+H2OCu(OH)2→CuO+H2O
A cor do hidróxido de cobre é azul, a reação a quente em meio alcalino na presença de reagentes redutores é dado por: Cu(OH)2→Cu2O+H2OCu(OH)2→Cu2O+H2O
A cor do hidróxido de cobre é azul
REFERENCIA
Lehninger, Albert L. Princípios de bioquímica. São Paulo: Sarvier, 1990. 725 p. 
 Ordoñez, A. J. P. Tecnologia de alimentos. Vol. 1. Porto Alegre: Artmed, 2005.
 Pinto, Pedro. ‘Identificação de Açúcares’. Técnicas laboratoriais de química, nº 14, 2004.
 Junior, W. E. F. ‘Carboidratos: estrutura, propriedades e funções’. Química nova na escola, nº 29, 2008.
 Bera, A.; Almeida-Muridian, L. B. ‘Propriedades físico-químicas de amostras comerciais de mel com própolis do estado de São Paulo’. Ciênc. Tecnol. Aliment. Campinas, 27(1): 49-52, jan.-mar. 2007
Campos, A. L. S. ‘Os alimentos e o ensino de química’. Monografia de especialização, 2007.

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