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1 
© 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, 
resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 
 
Como citar este material: 
MARTINS, Alan. Direito e Legislação: Introdução ao Estudo do Direito. Caderno de 
Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2015. 
 
 
Olá! 
Bem-vindo(a) à nossa primeira aula de Direito e Legislação! 
Fenômeno que permeia a existência humana, o Direito decorre do fato de que o homem é 
um ser essencialmente social, que precisa ser regido por normas. 
Ao se considerar que cada ser humano possui objetivos e interesses comuns a seus 
semelhantes, o que resulta em conflitos, agressões, guerras, enfim, em um ambiente nada 
propício ao convívio social, o Direito desempenha o papel fundamental de reger as 
relações sociais, mediante normas estabelecidas no sistema que se chama Legislação. 
Assim, o principal objetivo desta aula é propiciar uma contextualização sobre Direito e 
Legislação, que atuam, intensamente, com o objetivo de se obter uma ordem social 
equilibrada, pelo convívio pacífico, ético e respeitoso entre os seres humanos, em busca de 
neutralizar conflitos e animosidades entre os homens ou, até mesmo, em um cenário mais 
extremo, evitar a ruína, o caos social. 
Bons estudos! 
 
 
 
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resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 
 
 
Introdução ao Estudo do Direito 
Com o objetivo de propiciar o convívio do ser humano em sociedade, o Direito exerce o 
papel de reger os fatos sociais, por meio de normas estabelecidas segundo valores 
emanados da própria sociedade. 
Este tríplice aspecto do fenômeno jurídico foi muito bem apreendido pela chamada Teoria 
Tridimensional do Direito, cujo desenvolvimento no Brasil se deve aos estudos do jurista 
Miguel Reale. Para Reale, diferentemente do que pensam os juspositivistas, com destaque 
para o alemão Hans Kelsen, o Direito não é só norma, mas, sim, fato, norma e valor, 
como fica claro na seguinte passagem da vasta obra de Reale (1994, p. 118): 
Se se perguntasse a Kelsen o que é Direito, ele responderia: Direito é norma 
jurídica e não é nada mais do que norma. Muito bem, preferi dizer: não, a norma 
jurídica é a indicação de um caminho, porém, para percorrer um caminho, devo 
partir de determinado ponto e ser guiado por certa direção: o ponto de partida da 
norma é o fato, rumo a determinado valor. Desse modo, pela primeira vez, em meu 
livro Fundamentos do Direito eu comecei a elaborar a tridimensionalidade. Direito 
não é só norma, como quer Kelsen, Direito não é só fato como rezam os marxistas 
ou os economistas do Direito, porque Direito não é economia. Direito não é 
produção econômica, mas envolve a produção econômica e nela interfere; o Direito 
não é principalmente valor, como pensam os adeptos do Direito Natural tomista, por 
exemplo, porque o Direito ao mesmo tempo é norma, é fato e é valor. 
Para ficar mais claro, vamos pensar na norma do artigo 121 do Código Penal: “Matar 
alguém. Pena de reclusão de seis a vinte anos”. Esta norma fundamenta-se no valor que 
consagra a vida como o bem jurídico mais relevante para reger fatos repudiados pela 
sociedade, isto é, prescrever uma pena sempre quando alguém tirar a vida de outrem. 
Por essa e outras razões é que a palavra Direito pode ser vista sob diversas acepções. Só 
para citar um exemplo, quando nos referimos à faculdade de agir de uma pessoa perante o 
que estabelece a legislação, falamos em direito subjetivo. Por outro lado, quando 
pensamos no estudo científico do fenômeno jurídico, falamos em Ciência do Direito. 
Não resta dúvida, porém, que, em sua acepção mais imperativa, o Direito é visto como um 
conjunto de normas que rege as relações sociais em dado local em determinada 
época. Eis o conceito de Direito Positivo, sem dúvida a acepção mais imperativa do 
“direito como norma”, aliás, a única aceita pelo Juspositivismo, âmbito em que se destaca 
a Teoria Pura do Direito de Hans Kelsen. 
 
 
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Saiba Mais! 
 
KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. 8. ed. São Paulo: WMF Martins 
Fontes, 2009. 
Sinopse: nesta obra de referência do positivismo jurídico, Kelsen desenvolve 
um estudo do Direito concebendo-o como ciência pura, cujo único objeto são 
as normas jurídicas. Em comparação com a teoria tridimensional do direito, a 
teoria pura não considera fato e valor como objetos de estudo do Direito, a 
menos que se trate de normas e valores impregnados no conteúdo das 
normas jurídicas. 
 
REALE, Miguel. Lições Preliminares de Direito. 27. edição. São Paulo: 
Saraiva, 2012. 
Sinopse: a contribuição do jurista Miguel Reale para o Direito Brasileiro possui 
caráter ímpar de extrema relevância. Além de ter deixado vasta obra jurídica e 
filosófica, na década de 1970, Reale é autor do anteprojeto que, em 2002, já 
bastante alterado, resultou no Código Civil Brasileiro em vigor. Fundamental 
no campo da Introdução ao Estudo do Direito, o livro Lições Preliminares de 
Direito, além de constituir um excelente livro de teoria jurídica geral, apresenta 
a teoria tridimensional do direito, inclusive como pilastra mestra das estruturas 
da obra. 
 
 
 
 
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Divisão do Direito em Público e Privado 
Além de reger as relações entre os membros da sociedade, esfera do Direito Privado, o 
Direito também precisa estabelecer limites à atuação do Estado e de seus agentes, com o 
objetivo de evitar abusos, internamente e nas relações com a sociedade, campo do Direito 
Público. 
Essa divisão entre Direito Público e Direito Privado, consoante se extrai da obra de Palaia 
(2011), baseia-se nos critérios relacionados no seguinte quadro: 
Direito Privado Direito Público 
Tutela de relações e interesses de caráter 
privado. 
Tutela de interesses coletivos que envolvem o 
Estado. 
Normas admitem a autonomia e os pactos de 
vontade entre particulares (admite-se o que a lei 
não proíbe). 
Prevalece o princípio da legalidade (fazer 
apenas o que a lei determina ou expressamente 
permite). 
Sujeitos das relações jurídicas (particulares) em 
pé de igualdade. 
Supremacia do Estado nas relações jurídicas em 
relação aos particulares. 
 
E, obedecendo a esses critérios, os diversos ramos do Direito são classificados como 
sendo do Direito Público ou do Direito Privado: 
 Externo Direito Internacional Público 
 Direito Constitucional 
 Direito Administrativo 
Direito Público Interno Direito Tributário Civil 
 Direito Processual 
 Penal 
 Comum Direito Civil 
 Direito Empresarial 
Direito Privado Especial 
 Direito do Trabalho 
 
 
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É justamente regendo as relações públicas e privadas que o Direito propicia o convívio 
social pacífico e uma sociedade equilibrada, sem abusos do poder estatal e regida por 
normas que evitam o caos que seria uma sociedade e um Estado sem lei. 
Saiba Mais! 
 
MAD MAX. Austrália, 1979. 
Sinopse: filme de maior bilheteria da história do cinema australiano e que 
revelou o consagrado ator Mel Gibson, Mad Max retratou uma sociedade 
futurista caótica, arruinada pela desordem e pelo enfraquecimento das leis e 
das instituições. 
 
Norma Jurídica 
Unidades componentes do direito positivo, as normas jurídicas. Em sua teoria sobre 
ordenamento jurídico, o jusfilósofo italiano Norberto Bobbio (1994, p. 28) afirma que “norma 
jurídica é aquela que pertence a um ordenamento jurídico”. 
Entre as normas jurídicas, revelam-se de maior importância aquelas que possuem a 
natureza de normas de conduta, veiculando comandos obrigatórios, permitidos e proibidos, 
que possuem a seguinte estrutura lógica: 
 Descrição no antecedente normativo de uma hipótese, que corresponde a um fato 
ocorrido ou ato praticado. 
 Prescrição da consequência jurídica consubstanciada em uma obrigatoriedade, 
permissão ou vedação. 
É importante ressaltar que a norma jurídica não se confunde exatamente com o texto de lei, 
mas se refere ao juízo lógico que se faz a partir da leitura do texto de lei. 
 
 
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Exemplificando, veja o que dispõe o artigo 1.521 do Código Civil: 
Art. 1.521 Não podem casar: 
[...] 
VI - as pessoas casadas; 
Neste caso, tem-se uma norma jurídica que veicula uma proibição, com a seguinte 
estrutura lógica: 
Hipótese (ser pessoa casada) Consequência (proibição de casar) 
 
Relações Jurídicas 
Mas, seguindo a teoria de Miguel Reale, sabe-se que o Direito, na acepção de ciência, não 
se preocupa apenas com o plano normativo, relativo à legislação, às normas jurídicas. Em 
verdade, Direito é fato, norma e valor, razão pela qual se faz muito importante o estudo da 
aplicação das normas jurídicas a casos concretos, ou seja, a incidência do Direito Positivo 
sobre os fatos, que se consubstanciam nas chamadas relações jurídicas públicas e 
privadas. 
Uma relação jurídica pode ser definida como o vínculo direto ou indireto entre duas ou 
mais pessoas decorrente da aplicação da norma jurídica a um ato ou fato. É 
importante frisar que esse vínculo envolve pessoas que possuem direitos, chamadas de 
sujeitos ativos, e pessoas que possuem obrigações, denominadas sujeitos passivos, e 
se referem a um objeto, que é o cumprimento da obrigação pelo sujeito passivo. 
 
Um importante exemplo de relação jurídica na esfera privada é aquela que se estabelece 
entre as partes de um contrato, tal como acontece em um contrato de compra e venda, 
regido pelo artigo 481 do Código Civil, segundo o qual: 
Art. 481. Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a 
transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro. 
 
 
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Vale notar que os contratos são relações jurídicas de caráter bilateral que estabelecem 
obrigações recíprocas. 
Assim, de um lado, o vendedor é sujeito ativo (credor) e o adquirente é sujeito passivo 
(devedor) da obrigação de pagar o preço em dinheiro. E, do outro lado, os papéis se 
invertem, sendo o adquirente sujeito ativo (credor) da obrigação que o vendedor possui (na 
condição de sujeito passivo) de transferir o domínio da coisa. Veja a representação a 
seguir: 
 
Têm-se, também, as relações jurídicas na esfera do direito público, como são as relações 
jurídicas tributárias entre o sujeito ativo (Fisco) e o sujeito passivo (contribuinte ou 
responsável), em que o primeiro é credor do segundo em relação ao objeto pagamento do 
tributo. 
 
Fontes do Direito 
De suma importância para a compreensão do fenômeno jurídico é o estudo das fontes do 
direito. 
A principal fonte é a lei, definida por Palaia (2011) como a “norma jurídica geral e abstrata, 
com criação de direito novo”. São as leis que veiculam as normas que vão reger as 
relações jurídicas públicas e privadas, quando aplicadas a casos concretos. Daí o caráter 
geral e abstrato que possuem, sendo aplicáveis às relações jurídicas em geral. 
A lei fundamental é a Constituição Federal, tendo sido a brasileira promulgada em 1988. 
Abaixo da Constituição estão as leis infraconstitucionais, elaboradas pelo Poder Legislativo. 
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Saiba Mais! 
Senado Federal – Portal e-Cidadania – seção e-Legislação 
No site do Senado, dentro do Portal e-Cidadania, é possível acessar a seção 
e-Legislação, em que é possível saber notícias sobre as principais leis
aprovadas pelo Senado Federal. Disponível em:
<http://www25.senado.leg.br/web/atividade>. Acesso em: 19 dez. 2016
Mas o direito não se restringe às fontes primárias, sendo importante também citar as fontes 
secundárias, com destaque para a doutrina, os costumes, a jurisprudência e os 
princípios gerais do direito, que são muito importantes no que se refere à interpretação e 
aplicação das leis. 
Lei: Validade, Eficácia e Vigência 
Da obra de Martins e Scardoelli (2014), é possível extrair três características essenciais 
para que uma lei seja aplicada e produza efeitos jurídicos. São elas: validade, vigência e 
eficácia. 
Vigência é a força de uma norma jurídica para regular condutas dentro de limites de tempo 
e espaço estabelecidos na ordem de direito positivo. É propriedade das regras jurídicas 
que estão prontas para propagar efeitos tão logo aconteçam no mundo fático os eventos 
que elas descrevem. Quando se fala que uma lei entrou em vigor ou começou a vigorar, a 
referência é à sua vigência. Por exemplo, o Código Civil de 2002, depois de aprovado no 
Congresso Nacional, foi publicado em janeiro de 2002, para entrar em vigor um ano após 
sua publicação. Portanto, a vigência do Código Civil, embora publicado em 2002, só teve 
início em 2003. 
A vigência não se confunde com a validade. Esta consiste na relação de pertinência de 
uma norma jurídica com o sistema de direito positivo em que foi introduzida. Uma lei deve 
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estar de acordo com a Constituição para ser considerada válida. Se uma lei está em 
desacordo com a Constituição, essa lei será inconstitucional, ou seja, não será válida 
perante o sistema de direito positivo, por contrariar norma de hierarquia superior. 
Outro conceito importante que se relaciona à vigência é o de eficácia, ou seja, a efetiva 
produção de efeitos pela norma jurídica. Vale citar o exemplo das normas tributárias, que 
se submetem ao chamado princípio da anterioridade. De acordo com o artigo 150, inciso III, 
alínea “b” da Constituição, salvo algumas exceções, uma lei que cria ou aumenta um 
imposto, uma taxa ou qualquer outro tributo só pode ser aplicada no exercício seguinte da 
sua publicação. Então, se uma lei aumentando um imposto for publicada em abril de2020 
para entrar em vigor no dia de sua publicação e estiver de acordo com a Constituição, essa 
lei será vigente e válida. Porém, não será eficaz, pois sua eficácia dá-se com a efetiva 
produção de efeitos apenas no exercício seguinte, em razão do princípio da anterioridade, 
que determina que se aguarde o próximo exercício para exigir o tributo com majoração. 
Costumes: consistem em práticas públicas, gerais e reiteradas de condutas entendidas 
como juridicamente obrigatórias ou aceitas. No sistema jurídico brasileiro, consoante artigo 
4º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, os costumes são aplicados nos 
casos omissos da lei. Um bom exemplo de costume é o cheque pré-datado, que não tem 
previsão legal, mas é amplamente aceito no comércio. 
Doutrina: é o estudo, a sistematização e a definição das normas e dos conceitos jurídicos, 
desenvolvidos pelos juristas. Um livro de Direito Civil é um livro de doutrina. 
Fontes do direito: é qualquer base de conhecimento de onde provenha o direito. A 
principal fonte do direito é a lei, mas há também outras, chamadas de subsidiárias, 
secundárias ou indiretas, tais como doutrina, jurisprudência e princípios gerais de direito. 
Jurisprudência: corresponde ao conjunto de decisões reiteradas dos juízes e tribunais 
sobre determinada matéria jurídica. Quando há várias decisões no mesmo sentido sobre 
determinada controvérsia jurídica, diz-se ter formado jurisprudência no assunto. 
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Juspositivismo: também chamado de positivismo jurídico, corresponde ao estudo do 
direito com enfoque no fenômeno normativo, ou seja, nas normas jurídicas vigentes no 
sistema jurídico. 
Princípios gerais do direito: são regras que não foram editadas, mas estão implícitas no 
texto da Constituição e no sistema jurídico. Um exemplo interessante seria o princípio da 
segurança jurídica, que decorre de inúmeros preceitos expressos na Constituição Federal, 
tais como proteção do direito adquirido, legalidade, irretroatividade das leis, entre outros. 
Instruções 
Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará algumas 
questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-
se para o que está sendo pedido. 
Questão 1 
Leia o texto, a seguir, e assinale a alternativa correta:
[...] ela se propõe a garantir um conhecimento apenas dirigido ao Direito e excluir 
desse conhecimento tudo quanto não pertença ao seu objeto, tudo quanto não 
possa, rigorosamente, determinar como Direito. Quer isto dizer que ela pretende 
libertar a ciência jurídica de todos os elementos que lhe são estranhos. Esse é o 
seu princípio metodológico fundamental. 
Pelo conteúdo do texto, pode-se concluir que exprime o pensamento jurídico de: 
a) Miguel Reale sobre a teoria pura do direito.
b) Miguel Reale sobre a teoria tridimensional do direito.
c) Hans Kelsen sobre a teoria pura do direito.
d) Hans Kelsen sobre a teoria tridimensional do direito.
e) Joaquim Barbosa sobre o jusnaturalismo no STF.
Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. 
 
 
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Questão 2 
Lei o texto, a seguir, e assinale a alternativa correta: 
[...] onde quer que haja um fenômeno jurídico, há, sempre e necessariamente, um 
fato subjacente; um valor, que confere determinada significação a esse fato, 
inclinada ou determinando a ação dos homens no sentido de atingir ou preservar 
certa finalidade ou objetivo; e finalmente, uma regra ou norma, que representa a 
relação ou medida que integra um daqueles elementos ao outro, o fato ao valor. 
 
Pelo conteúdo do texto, pode-se concluir que exprime o pensamento jurídico de: 
a) Miguel Reale sobre a teoria pura do direito. 
b) Miguel Reale sobre a teoria tridimensional do direito. 
c) Hans Kelsen sobre a teoria pura do direito. 
d) Hans Kelsen sobre a teoria tridimensional do direito. 
e) Joaquim Barbosa sobre o jusnaturalismo no STF. 
Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. 
 
Questão 3 
Leia o excerto de uma notícia publicada no site do Supremo Tribunal Federal em 
17/09/2014: 
Por unanimidade, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) declarou a 
inconstitucionalidade do Protocolo ICMS 21/2011, do Conselho Nacional de Política 
Fazendária (Confaz), nesta quarta-feira (17), que exigia, nas operações 
interestaduais por meios eletrônicos ou telemáticos, o recolhimento de parte do 
ICMS em favor dos estados onde se encontram consumidores finais dos produtos 
comprados. Para os ministros, a norma viola disposto no artigo 155 (parágrafo 2º, 
inciso VII, alínea b) da Constituição Federal (Fonte: 
<http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=275382>. 
Acesso em: 6/10/2014). 
De acordo com o noticiado, pode-se afirmar que o Supremo Tribunal Federal considerou 
que a norma jurídica declarada inconstitucional não possui: 
a) Vigência. 
b) Validade. 
 
 
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c) Eficácia. 
d) Eficiência. 
e) Regência. 
Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. 
 
Questão 4 
Em uma relação jurídica, João compromete-se a pagar a José uma quantia de R$ 
10.000,00 (dez mil reais) em cinco parcelas iguais. Identifique nessa relação jurídica sujeito 
ativo, sujeito passivo e objeto. 
Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. 
 
Questão 5 
Com base em inúmeras decisões anteriores sobre nepotismo, isto é, a nomeação sem 
concurso de parentes para cargos públicos, o Supremo Tribunal Federal editou a Súmula 
Vinculante nº 13. Apenas com base no exposto, pergunta-se: essa súmula vinculante 
fundamenta-se em doutrina ou jurisprudência? 
Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. 
 
 
Sempre com o objetivo de propiciar uma contextualização sobre Direito e Legislação, esta 
aula utilizou duas importantes teorias jurídicas, a teoria tridimensional e a teoria pura do 
direito. Conhecidas essas duas linhas de pensamento jurídico, foi possível desenvolver-se 
o estudo de temas fundamentais relacionados à teoria geral do direito. 
Destaque para a divisão do Direito em público e privado, com uma visão sobre os ramos 
que pertencem a cada uma dessas duas classificações, para o estudo da norma jurídica e 
de sua estrutura, das relações jurídicas e das fontes do direito, bem como da vigência, 
validade e eficácia das leis. 
 
 
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Percorrido este caminho, o que se espera é que tenham sido fincadas as pilastras mestras 
para a sustentação da base teórica necessária ao acompanhamento das demais aulas do 
curso, que terão por objeto ramos importantes do Direito, a saber: Direito Constitucional, 
Direito Tributário, Direito Civil, Direito do Consumidor, Direito Empresarial e Direito do 
Trabalho. 
 
 
BOBBIO, Norberto. Teoria do ordenamento jurídico. Apresentação de Tércio Sampaio 
Ferraz Júnior. Tradução Maria Celeste C. J. Santos. 8. ed. Brasília: Editora Universidade deBrasília, 1994. 
MARTINS, Alan; SCARDOELLI, Dimas Yamada. Direito Tributário. Salvador: Juspodivm, 
2014. (Coleção Concursos Públicos) 
PALAIA, Nelson. Noções Essenciais de Direito. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. 
REALE, Miguel. Teoria Tridimensional do Direito - situação atual. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 
1994. 
 
 
Questão 1 
Resposta: Alternativa “C”. Hans Kelsen sobre a teoria pura do direito. 
O pensamento exposto no texto é coerente com o juspositivismo e a teoria pura do direito 
de Hans Kelsen, pois concebe o Direito como ciência pura, cujo único objeto são as 
normas jurídicas. Referência do texto utilizado na questão: KELSEN, Hans. Teoria Pura do 
Direito. Tradução de João Batista Machado. São Paulo: Martins Fontes, 1997, p.119. 
 
Questão 2 
Resposta: Alternativa “B”. Miguel Reale sobre a teoria tridimensional do direito. 
 
 
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Com o objetivo de propiciar o convívio do ser humano em sociedade, o Direito exerce o 
papel de reger os fatos sociais, por meio de normas estabelecidas segundo valores 
emanados da própria sociedade. Esse tríplice aspecto do fenômeno jurídico foi muito bem 
apreendido pela chamada Teoria Tridimensional do Direito, cujo desenvolvimento no 
Brasil ocorreu em razão dos estudos do jurista Miguel Reale. Para Reale, diferentemente 
do que pensam os juspositivistas, com destaque para o alemão Hans Kelsen, o Direito não 
é só norma, mas é, sim, fato, norma e valor. Eis o pensamento exposto no texto 
apresentado na questão, extraído de: REALE, Miguel. Teoria Tridimensional do Direito - 
situação atual. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 1994. 
 
Questão 3 
Resposta: Alternativa “B”. Validade. 
Validade consiste na relação de pertinência de uma norma jurídica com o sistema de direito 
positivo em que foi introduzida. Uma lei deve estar de acordo com a Constituição para ser 
considerada válida. Se uma lei está em desacordo com a Constituição, essa lei será 
inconstitucional, ou seja, não será válida perante o sistema de direito positivo, por contrariar 
norma de hierarquia superior. Portanto, ao declarar o Protocolo 21/2011 inconstitucional, o 
STF considerou que essa norma não possui validade jurídica. 
 
Questão 4 
Resposta esperada: Uma relação jurídica pode ser definida como o vínculo direto ou 
indireto entre duas ou mais pessoas decorrente da aplicação da norma jurídica a um ato ou 
fato. É importante frisar que esse vínculo envolve pessoas que possuem direitos, 
chamadas de sujeitos ativos, e pessoas que possuem obrigações, denominadas sujeitos 
passivos, e se referem a um objeto, que é o cumprimento da obrigação pelo sujeito 
passivo. No caso apresentado, o sujeito passivo é João, pois ele é quem tem a obrigação 
de pagar José. Este último, por sua vez, é o sujeito ativo, pois tem o direito de credor, isto 
é, de receber a dívida de João para com ele. Por fim, o objeto da relação jurídica é o 
pagamento em cinco parcelas iguais da quantia em dinheiro pactuada. 
 
 
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Questão 5 
Resposta esperada: Em jurisprudência, pois está fundamentada em inúmeras decisões 
anteriores do Supremo Tribunal Federal, e jurisprudência consiste no conjunto de decisões 
reiteradas dos juízes e tribunais sobre determinada matéria jurídica.

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