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Belo Horizonte – 10 semestre de 2015 Prof. Engo José Alípio dos Santos Filho, M.Sc. Centro Universitário Newton Paiva Curso de Engenharia Elétrica Disciplina de Instrumentação Industrial Unidade 2 – Terminologia (parte A) 2 Terminologia 2.1 Introdução à Instrumentação Planta - É uma parte de um equipamento, eventualmente um conjunto de itens de uma máquina, que funciona conjuntamente, cuja finalidade é desenvolver uma dada operação; Exemplo: Caldeiras geradoras de vapor em uma usina geradora de energia elétrica do tipo termoelétrica. 2 Terminologia 2.1 Introdução à Instrumentação Processo - Qualquer operação ou sequência de operações, envolvendo uma mudança de estado, de composição, de dimensão ou outras propriedades que possam ser definidas relativamente a um padrão. Pode ser contínuo ou descontínuo; Processo Contínuo - Nesse processo o produto final é obtido continuamente ao longo do tempo, sem interrupções; Exemplos Destilação de petróleo para a produção de combustíveis e lubrificantes; Geração de vapor em uma caldeira. 2 Terminologia 2.1 Introdução à Instrumentação Processo Descontínuo - É aquele em que o produto final é obtido em uma quantidade determinada após todo o ciclo. A entrada de novas matérias primas só se dará após o encerramento desse ciclo; Os processos descontínuos são também conhecidos como processos de batelada; Exemplos: Produção de massa para pão; Carregamento de minério em um vagão ferroviário. 2 Terminologia 2.1 Introdução à Instrumentação Variáveis de Controle São grandezas físicas ou químicas que podem alterar seu valor com o tempo, e que podem ser medidas; Geralmente, qualquer variável que venha a produzir um movimento ou uma força, poderá ser detectada por instrumentos; Exemplos: Pressão, temperatura, vazão, nível, umidade, ph, velocidade, tensão, etc.; 2 Terminologia 2.1 Introdução à Instrumentação Variáveis de Controle A partir do controle dessas variáveis se consegue o controle da composição do produto final; As variáveis de controle são classificadas em: Medida, controlada ou de processo (PV); Manipulada (MV); Aleatórias ou distúrbios. 2 Terminologia 2.1 Introdução à Instrumentação Variável de Processo - PV - É a variável de a saída que deve ser mantida dentro de um valor desejado ou entre valores pré-determinados pelo processo. Variável Manipulada - MV - É a variável de entrada do processo, que sofrerá modificações para manter a variável controlada no valor desejado. Variáveis Aleatórias ou Distúrbio - São todas as variáveis que o processo possui, que não são medidas, controladas e manipuladas, mas que afetam adversamente o valor da variável controlada. 2 Terminologia 2.1 Introdução à Instrumentação Set Point (SP) - É o valor desejado e previamente determinado para variável de processo, no qual ela deve permanecer. Erro - É o valor resultante da diferença entre o valor desejado e o valor da variável controlada. 2 Terminologia 2.1 Introdução à Instrumentação Variável de Processo - PV , Set Point - SP e Erro 2 Terminologia 2.1 Introdução à Instrumentação Controle - Atividade que tem como finalidade a manutenção de uma variável ou condição em um determinado valor; Controle Manual - Ação humana em um processo para manter uma variável controlada no valor determinado pelo set-point. Controle Automático - Técnica de que tem a finalidade de manter de modo autônomo (sem interferência humana) uma variável controlada no valor determinado pelo set-point. 2 Terminologia 2.1 Introdução à Instrumentação Controle em Malha Aberta - É o sistema no qual a ação de controle independe do resultado da saída do processo. Nesse sistema a saída não tem efeito sobre a ação de controle. 2 Terminologia 2.1 Introdução à Instrumentação Controle em Malha Fechada - É o sistema de controle no qual a ação de controle depende, de algum modo, do resultado da saída . 2 Terminologia 2.1 Introdução à Instrumentação Controle em Malha Aberta 2 Terminologia 2.1 Introdução à Instrumentação Controle em Malha Fechada Manual 2 Terminologia 2.1 Introdução à Instrumentação Controle em Malha Fechada Automática 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Medidor Ideal Valor da medição idêntico ao da variável media. 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Erros em instrumentação Erro absoluto - Diferença entre o valor medido e um valor suposto isento de erro obtido por instrumento padrão; Pode ser positivo ou negativo, dependendo da indicação do instrumento. Exemplos: Valor real = 80 0C ; Valor medido = 83 0C Erro absoluto = 83 0C – 80 0C = 30C Valor real = 200 0C; Valor medido = 205 0C Erro absoluto = 195 0C – 200 0C = -50C 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Erros em instrumentação Erro relativo - Definido como o erro absoluto normalizado, ou seja, o erro absoluto dividido pelo valor da medida, geralmente expresso em percentual; Exemplos: Valor real = 80 0C ; Valor medido = 83 0C Erro absoluto = 30 C Erro relativo = (3 0C/80 0C)x100% = 3,75% Valor real = 200 0C; Valor medido = 205 0C Erro absoluto = -5 0C Erro relativo = (-5 0C /200 0C)x100% = -2,5% 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Erros em instrumentação Erro sistemático - Erro que não varia de uma leitura para outra; Erro randômico - É o erro que se manifesta de forma aleatória em medidas sucessivas da mesma quantidade; Erro randômico de operação - Erro causado principalmente pelo operador como erro de paralaxe ou incerteza na leitura; 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Erros em instrumentação Incerteza na leitura Correção do erro de paralaxe Incerteza na leitura 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Erros em instrumentação Erro randômico ambiental - Ocasionado por fatores como mudança de temperatura, interferência eletromagnética, e etc.; Erro randômico por ruídos – Resultado de ocorrência de ruídos em materiais e componentes do instrumento; 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Erros em instrumentação Erro de medição dinâmico Erro que modifica a resposta temporal do instrumento devido a vários fatores como inércia, atrito etc. Inércia - Quando o valor da variável altera- se, geralmente ocorre um atraso na transferência de energia do meio para o medidor o que faz com que o valor medido fique geralmente atrasado em relação ao valor real da variável. 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Erros em instrumentação Erro de medição dinâmico 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Características dos Instrumentos de Medição Escala Conjunto ordenado de marcas, associado a qualquer numeração, que faz parte de umdispositivo mostrador de um instrumento de medição; 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Características dos Instrumentos de Medição Fundo de Escala É o maior valor que o mostrador do instrumento apresenta na indicação direta; Fundo de escala: 1 mA 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Características dos Instrumentos de Medição Faixa de indicação Intervalo entre o menor valor e o maior valor que o mostrador do instrumento apresenta na indicação direta; Para medidores de indicação analógica a faixa de indicação é o intervalo entre os valores extremos da escala. Exemplos de faixas de indicação: Termômetro: 700 a 1200°C Contador: 5 dígitos (isto é, 99999 pulsos) Voltímetro: ± 1,999 V (isto é, ± 3 ½ dígitos) 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Características dos Instrumentos de Medição Faixa de indicação Faixa de indicação: 100 a 500 Vca 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Características dos Instrumentos de Medição Faixa de medição ou Range É o conjunto de valores medidos para os quais admite-se que o erro do instrumento de medição mantém-se dentro de limites especificados; A faixa de medição é menor ou, no máximo, igual a faixa de indicação. Exemplos de faixas de medição: Termômetro: -50 a 280 °C Medidor de deslocamento: ± 50 mm (ou seja faixa de medição de - 50 a + 50 mm) 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Características dos Instrumentos de Medição Faixa de medição ou Range Faixa de medição: 150 a 400 Vca 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Características dos Instrumentos de Medição Amplitude da faixa nominal ou Span Diferença, em módulo, entre os dois limites de uma faixa de medição; Exemplo: para uma faixa de medição de -10V a +10V a amplitude da faixa de medição é 20V. 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Características dos Instrumentos de Medição Amplitude da Faixa Nominal ou Span Span: 10 mV 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Características dos Instrumentos de Medição Precisão de medição Representa a dispersão do resultado de repetidas medições da mesma variável em torno do valor médio; 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Características dos Instrumentos de Medição Exatidão de medição Grau de concordância entre o resultado de uma medição e o valor real da grandeza medida, considerando o resultado médio de repetidas medições. 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Características dos Instrumentos de Medição Exatidão de medição A exatidão pode ser determinda de três modos: Percentual do Fundo de Escala; O mais utilizado; Percentual do Span; Percentual do Valor Lido; 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Características dos Instrumentos de Medição Exatidão de medição Exemplo: Um sensor de temperatura com range de 50 a 250 °C indica um valor medido de 100 °C. Determinar o intervalo provável do valor real da variável medida para as seguintes condições: Exatidão de 1% do Fundo de Escala Valor real = 100,0°C ± (0,01 x 250) → Valor real = 100,0°C ± 2,5 °C 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Características dos Instrumentos de Medição Exatidão de medição Exemplo: Um sensor de temperatura com range de 50 a 250 °C indica um valor medido de 100 °C. Determinar o intervalo provável do valor real da variável medida para as seguintes condições: Exatidão de 1% do Span Valor real = 100,0°C ± (0,01 x 200) → Valor real = 100,0°C ± 2,0 °C 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Características dos Instrumentos de Medição Exatidão de medição Exemplo: Um sensor de temperatura com range de 50 a 250 °C indica um valor medido de 100 °C. Determinar o intervalo provável do valor real da variável medida para as seguintes condições: Exatidão 1% do Valor Lido Valor real = 100,0°C ± (0,01 x 100) → Valor real = 100,0°C ± 1,0 °C 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Características dos Instrumentos de Medição Comparação entre Exatidão Precisão Boa Exatidão Boa Precisão 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Características dos Instrumentos de Medição Comparação entre Exatidão Precisão Boa Precisão Pouca Exatidão 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Características dos Instrumentos de Medição Comparação entre Exatidão Precisão Pouca Precisão Pouca Exatidão 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Características dos Instrumentos de Medição Linearidade Indica o grau de aproximação entre a função de entrada/saída do instrumento e uma reta; A curva ideal relacionando o sinal de entrada e a resposta na saída seria uma reto; A não linearidade (NL) é geralmente expressada como um percentual do fundo de escala: %NL = ∆xmáximo Fundo de escala x 100; 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Características dos Instrumentos de Medição Linearidade 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Características dos Instrumentos de Medição Linearidade Exemplo: O levantamento da curva de resposta de um instrumento de medida de temperatura com range de 50 a 200 °C indicou um afastamento máximo da reta ideal de 6 °C. Determinar o percentual de não linearidade do instrumento. %N.L. = 6 °C 200 °C x 100 → N.L = 3% 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Características dos Instrumentos de Medição Offset Define o desvio da indicação de zero na saída quando o sinal de entrada é zero. 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Características dos Instrumentos de Medição Offset 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Características dos Instrumentos de Medição Repetibilidade É a capacidade do instrumento de reproduzir as mesmas saídas quando as mesmas entradas são aplicadas, na mesma sequencia e nas mesmas condições ambientais; É expresso percentualmente como sendo o valor de pico da diferença entre as saídas com relação ao fundo de escala: %Repetibilidade = Máximo(y2−y1) Fundo de escala x 100; 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Características dos Instrumentos de Medição Repetibilidade 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Características dos Instrumentos de Medição Repetibilidade Exemplo: Determinar a repetibilidade percentual de um instrumento em que a maior diferença encontrada após uma série de 5 medições com 3 variáveis diferentes foi de 9 unidades. O instrumento possui span de 100 unidades e o valor inicial da faixa de medição é de 25 unidades. 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Características dos Instrumentos de Medição Repetibilidade Exemplo: %Repetibilidade = 9 125 x 100 → % Repet. = 7,2%. 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Características dos Instrumentos de Medição Histerese É o fenômeno de, para um mesmo valor de entrada, observarem-se diferentesvalores de saída, em função do valor de entrada ter aumentado ou diminuído; É expresso percentualmente como sendo o valor de pico da diferença entre as saídas com relação ao fundo de escala: %Repetibilidade = Máximo(y2−y1) Fundo de escala x 100; 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Características dos Instrumentos de Medição Histerese 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Características dos Instrumentos de Medição Histerese Exemplo: Determinar a histerese percentual de um instrumento de medida de temperatura com range de 50 a 200 °C, sendo que, com a temperatura ascendendo e após, decrescendo a maior diferença foi encontrada para a marca de 100 °C, com registro de 102 °C e 99 °C respectivamente. : Histerese = (102−99) 200 x 100 → % Hist.= 1,5%; 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Características dos Instrumentos de Medição Banda Morta Faixa de valores na entrada capaz de produzir variação detectável na saída; Deficiências mecânicas como folgas de engrenagens em instrumentos mecânicos impedem que pequenos estímulos provoquem variação na saída. 2 Terminologia 2.2 Terminologia e Simbologia Características dos Instrumentos de Medição Banda Morta
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