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FMU – Curso de Ciências Econômicas Projeto Integrado – 4º semestre Professor: Roberson de Oliveira Alunos: Francisco Jesus da Paz, 65; Mariana da Matta,57; Renata Fernandes, 41; Vanessa Carneiro, 51; Wendel Melo (Dispensado da matéria) Turma 4204A16 Pesquisa e análise de séries econômicas recentes: Juros (Período de 1991 a 2010) Taxa Referencial de Juros e Taxa Selic A Taxa Referencial de Juros foi criada em fevereiro de 1991, no Plano Collor II para cumprir o papel de principal índice brasileiro. Esta taxa serviu como uma referência para o juro praticado no mercado financeiro, a serem praticados no mês vigente e que não refletisse a inflação do mês anterior, sendo divulgada diariamente, no final da tarde, mas com um dia de defasagem.. A TR é uma taxa de juros básica calculada a partir do rendimento mensal médio dos CDBs e RDBs. A TR também corrige os saldos mensais da caderneta de poupança. Embora seja usada como indexador dos contratos, a TR é uma taxa de juro e não pode ser confundida com inflação. Todas as operações contratadas com base na TR, anteriores a 01/07/1994 deverão ser convertidas para o Real a partir desta data, de acordo com a paridade fixada. Já a Taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) é a taxa básica de juros da economia brasileira. De acordo com o Banco Central do Brasil, o conceito é: “Define-se Taxa Selic como a taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais. Para fins de cálculo da taxa, são considerados os financiamentos diários relativos às operações registradas e liquidadas no próprio Selic e em sistemas operados por câmaras ou prestadores de serviços de compensação e de liquidação (art. 1° da Circular n° 2.900, de 24 de junho de 1999, com a alteração introduzida pelo art. 1° da Circular n° 3.119, de 18 de abril de 2002).” Inflação e Plano Real A economia brasileira entrou em um processo de hiperinflação na década de 80 e sofreu com inflação alta até 1994. Esse processo só foi interrompido com a criação do Plano Real e a mudança da moeda para o Real (R$), atual moeda do país, assim o Brasil conseguiu efetivamente controlar sua inflação. Mas para manter esta inflação controlada, um rigoroso controle sobre o consumo e os preços, vem sendo efetuado desde então pelo Banco Central, que aquece ou desaquece a economia, através da Taxa Selic. O Copom (Comitê de Política Monetária), criado em 1996, é o órgão do Banco Central responsável pela definição das diretrizes da política monetária e da taxa básica de juros. Entre 1990 e 1994 a média anual de inflação foi de 764% e entre 1995 e 2000 essa mesma média foi de 8,6%. Comportamento no período de 1991 a 1995 Neste período a taxa de juros utilizada era a Taxa Referencial (usamos como referência o mês de dezembro – Tabela 1.1). Observam-se grandes oscilações neste período, as quais podem ser explicadas pelo momento que o Brasil vivia, onde a inflação era altíssima e a economia desestabilizada. Outros fatores influenciaram a taxa de juros no período, como o congelamento dos preços, as estatais, a descrença no Brasil quanto aos investidores estrangeiros e as várias tentativas de controle da economia brasileira, que afetariam e reduziriam tanto o juros quanto a inflação. Comportamento no período de 1996 a 2000 Foi utilizada como referência para este período a Taxa Selic, os dados são do Banco Central do Brasil (Tabela 1.1). A estabilização da economia e a consequente queda da inflação explicam a queda da taxa SELIC neste período, esta queda também ocorreu devido à criação do Copom. Além disso, há outros fatores que também afetam, tanto direta como indiretamente, a variação da taxa, como o volume de reservas, a independência do Banco Central, as expectativas dos agentes econômicos em relação a cenários futuros, a integração entre as diversas esferas do Governo bem como a comunicação entre elas. Comportamento no período de 2001 a 2010 Ainda assim em um alto patamar, para este período podemos notar uma queda gradativa na Selic. Sabemos que para controlar a inflação, foi adotado um regime de meta de inflação, onde aumentando a Taxa Selic, a inflação diminui, mas neste período, a Taxa foi reduzida para estimular o crescimento no país, aumentando o volume de moeda em circulação, de crédito e aumentando também os investimentos, fazendo com que os brasileiros consumissem mais. Em 2002 e 2003, como resultado das turbulências e incertezas da crise tivemos uma fase com alta dos juros, um aumento da cotação do dólar e uma queda generalizada das ações da bolsa, por isso em maio de 2002 apresentamos um aumento da taxa selic de 18,5% e em dezembro subiu para 25% ao ano. Em 2009, a grande redução da taxa foi devido à crise econômica em 2008, estimulando o crédito e o investimento, mantendo a economia do país aquecida diante a crise externa, mas aumentando em 2010 com a retomada do crescimento. Nesse período de 9 anos, mesmo com algumas altas, a taxa de juros cumpriu seu papel no regime da meta de inflação, mantendo a inflação sob controle, e ao mesmo tempo seguiu com uma tendência de queda. Bibliografia BANCO CENTRAL DO BRASIL. Disponível em: <http://www.bcb.gov.br/>. Acesso em 05 de mar de 2014 e 18 de mar de 2014. COELHO, LUDMAR RODRIGUES. A relação entre os juros, a taxa Selic e a inflação. Disponível em: <http://www.logisticadescomplicada.com/a-relacao-entre-os-juros-a-taxa-selic-e-a-inflacao/>. Acesso em: 18 de mar de 2014. GARCIA, E. H.; MENDES, A. Os impasses da política econômica brasileira nos anos 90. Disponível em: <http://www.faap.br/revista_faap/rel_internacionais/rel_04/garcia.htm>. Acesso em: 18 de mar de 2014. NUNES, JOSÉ RICARDO DA SILVA. Os juros no Brasil. Economia Brasileira. E-papers, 2005. PORTAL BRASIL. Taxa Referencial de Juros Mensal. Disponível em: <http://www.portalbrasil.net/tr_mensal.html>. Acesso em: 05 de mar de 2014. SOCIEDADE DE NEGÓCIOS. TR - taxa referencial de juros. Disponível em: <http://www.sociedadedenegocios.com.br/RelacionamentoPJ/home/dicionario/t/tr-taxa-referencial-de-juros>. Acesso em: 18 de mar de 2014. � Anexos Tabela 1.1. Série temporal cobrindo o período 1991/2010 � Ano Índice TAXA DE REFERÊNCIA (TR) 1991 28,42 1992 23,95 1993 36,8 1994 2,87 1995 1,34 1996 21,73 T A X A S E L I C 1997 37,47 1998 29,21 1999 19,00 2000 15,76 2001 19,05 2002 24,9 2003 16,32 2004 17,74 2005 18 2006 13,19 2007 11,18 2008 13,66 2009 8,65 2010 10,66 � Gráfico 1.1. Série temporal cobrindo o período 1991/2010 Fontes: Base de dados do portal Brasil® e Banco Central do Brasil. � PAGE \* MERGEFORMAT �4�
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