Buscar

Direito comunitário e da Integração

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 81 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 81 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 81 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

DIREITO	
  COMUNITÁRIO	
  E	
  DA	
  
INTEGRAÇÃO	
  
1)	
  A	
  Integração	
  Cons/tucional	
  e	
  o	
  
Cons/tucionalismo	
  Parcial	
  
2)	
  A	
  ins/tuição	
  da	
  União	
  Europeia,	
  o	
  Direito	
  
Comunitário	
  e	
  a	
  Ordem	
  Econômica	
  Europeia.	
  
•  2.1	
  –	
  Origens	
  e	
  antecedentes	
  históricos	
  
•  2.2	
  –	
  A	
  natureza	
  jurídica	
  supranacional	
  
DIREITO	
  COMUNITÁRIO	
  E	
  DA	
  
INTEGRAÇÃO	
  
•  2.3	
  –	
  O	
  sistema	
  insKtucional	
  comunitário	
  
•  2.4	
  –	
  O	
  Direito	
  Comunitário	
  e	
  sua	
  relação	
  com	
  
as	
  ordens	
  jurídicas	
  nacionais.	
  
•  2.5	
  –	
  Jurisdição	
  Comunitária	
  
•  2.6	
  –	
  A	
  ordem	
  econômica	
  da	
  União	
  Europeia	
  
DIREITO	
  COMUNITÁRIO	
  E	
  DA	
  
INTEGRAÇÃO	
  
3)	
  A	
  América	
  e	
  o	
  Processo	
  de	
  Integração	
  
•  3.1	
  –	
  Associação	
  LaKno-­‐Americana	
  de	
  Livre	
  
Comércio	
  (ALALC)	
  e	
  Associação	
  LaKno-­‐
Americana	
  de	
  Integração	
  (ALADI)	
  	
  
•  3.2	
  –	
  Comunidade	
  Andina	
  das	
  Nações	
  (CAN)	
  
•  3.3	
  –	
  Tratado	
  Norte-­‐Americano	
  de	
  Livre	
  
Comércio	
  (NAFTA)	
  
DIREITO	
  COMUNITÁRIO	
  E	
  DA	
  
INTEGRAÇÃO	
  
•  3.4	
  -­‐	
  	
  Área	
  de	
  Livre	
  Comércio	
  das	
  Américas	
  
(ALCA)	
  
•  3.5	
  -­‐	
  	
  Comunidade	
  Sul-­‐Americana	
  das	
  Nações	
  
(CASA)	
  
DIREITO	
  COMUNITÁRIO	
  E	
  DA	
  
INTEGRAÇÃO	
  
4)	
  Mercado	
  Comum	
  do	
  Sul	
  (MERCOSUL)	
  
•  4.1	
  -­‐	
  	
  Estrutura	
  InsKtucional	
  
•  4.2	
  –	
  Processo	
  LegislaKvo	
  
•  4.3	
  –	
  Aplicação	
  judicial	
  das	
  normas	
  
•  4.4	
  –	
  Sistema	
  de	
  solução	
  de	
  controvérsias	
  
DIREITO	
  COMUNITÁRIO	
  E	
  DA	
  
INTEGRAÇÃO	
  
•  4.5	
  –	
  Acordos	
  de	
  cooperação	
  judicial	
  
•  4.6	
  –	
  As	
  relações	
  entre	
  o	
  MERCOSUL	
  e	
  a	
  União	
  
Europeia	
  
	
  
DIREITO	
  COMUNITÁRIO	
  E	
  DA	
  
INTEGRAÇÃO	
  
5)	
  Outros	
  processos	
  de	
  integração	
  econômica	
  
•  União	
  Africana	
  (UA)	
  
•  Associação	
  de	
  Nações	
  do	
  Sudeste	
  AsiáKco	
  	
  
Referências	
  Básicas	
  
•  1.	
  D’ARCY.	
  François.	
  União	
  Europeia:	
  insKtuições,	
  
políKcas	
  e	
  desafios.	
  Rio	
  de	
  Janeiro:	
  Fundação	
  
Konrad	
  Adenauer.	
  	
  
•  2.	
  PEREIRA,	
  Ana	
  CrisKna	
  Paulo.	
  Direito	
  
Ins/tucional	
  e	
  Material	
  do	
  MERCOUL.	
  Rio	
  de	
  
Janeiro:	
  Lumen	
  Juris	
  	
  
•  3.	
  VENTURA,	
  Deisy	
  de	
  Freitas	
  Lima.	
  As	
  
Assimetrias	
  Entre	
  o	
  Mercosul	
  e	
  a	
  União	
  
Europeia:	
  os	
  desafios	
  de	
  uma	
  associação	
  inter-­‐
regional.	
  Barueri:	
  Manole.	
  	
  	
  
	
  
Leituras	
  Complementares	
  
•  PANAGARIYA,	
  Arvind.	
  New	
  Dimensions	
  in	
  regional	
  
IntegraKon.	
  Cambridge:	
  University	
  Press,	
  1993.	
  
•  JUBILUT,	
  Liliana	
  Lyra.	
  Direito	
  Internacional	
  Atual.	
  São	
  Paulo:	
  
Elsevier,	
  2014.	
  
•  MACHADO,	
  Diego	
  Pereira.	
  Direito	
  da	
  União	
  Europeia.	
  São	
  
Paulo:	
  Saraiva,	
  2013.	
  
•  PANNUNZIO,	
  Eduardo.	
  Judicialização	
  das	
  Relações	
  
Internacionais:	
  a	
  força	
  do	
  princípio	
  cons=tucional	
  da	
  
prevalência	
  dos	
  direitos	
  humanos.	
  São	
  Paulo:	
  Saraiva,	
  2014.	
  
•  RANGEL,	
  Vicente	
  Maroma.	
  Direito	
  e	
  Relações	
  
Internacionais:	
  legislação	
  internacional	
  anotada.	
  São	
  Paulo:	
  
ABDR	
  2011.	
  
Leituras	
  Complementares	
  
•  RECHSTEINER,	
  Beat	
  Walter.	
  Direito	
  Internacional	
  
Privado:	
  teoria	
  e	
  práKca.	
  São	
  Paulo:	
  Saraiva,	
  2013.	
  
•  SEITENFUS,	
  Ricardo.	
  Relações	
  Internacionais.	
  Barueri:	
  
Manole,	
  2013.	
  
•  TEIXEIRA,	
  Nuno	
  Severino.	
  Portugal	
  e	
  a	
  Integração	
  
Europeia	
  1945-­‐1986:	
  a	
  perspecKva	
  dos	
  atores.	
  Lisboa:	
  
Editora	
  do	
  Minho	
  S.A.,	
  2007.	
  
•  TONRA,	
  Ben.	
  Rethinking	
  European	
  Union	
  foreign	
  policy.	
  
New	
  York:	
  Manchester	
  University	
  Press,	
  2004.	
  
•  VALÉRIO,	
  Nuno.	
  História	
  da	
  União	
  Europeia.	
  Lisboa;	
  
Editorial	
  Presença,	
  2010.	
  
União	
  Europeia	
  
•  Países-­‐membros:	
  Áustria	
  (1995);	
  Bélgica	
  (1952);	
  Bulgária	
  
(2007);	
  Croácia	
  (2013);	
  Ciprus	
  (2004);	
  República	
  Checa	
  
(2004);	
  Dinamarca	
  (1973);	
  Estonia	
  (2004);	
  Finlândia	
  (1995);	
  
França	
  (1952);	
  Alemanha	
  (1952),	
  Grécia	
  (1981);	
  Hungria	
  
(2004);	
  Irlanda	
  (1973);	
  Itália	
  (1952);	
  Latvia	
  (2004);	
  Lituânia	
  
(2004);	
  Luxemburgo	
  (1952);	
  Malta	
  (2004);	
  Países	
  Baixos	
  
(1952);	
  Polônia	
  (2004);	
  Portugal	
  (1986);	
  Romênia	
  (2007);	
  
Eslováquia	
  (2004);	
  Eslovénia	
  (2004);	
  Espanha	
  (1986);	
  Suécia	
  
(1995);	
  Reino	
  Unido	
  (1973).	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
•  Atualmente	
  possui	
  28	
  países	
  membros,	
  sendo	
  a	
  Croácia	
  o	
  
úlKmo	
  Estado	
  a	
  ingressar	
  na	
  UE	
  em	
  1o	
  	
  de	
  Julho	
  de	
  2013.	
  
Disponível em: http://www.platanoeditora.pt/files/698/7419.jpg 
Antecedentes	
  Históricos:	
  
-­‐	
  Período	
  pós-­‐guerra,	
  vitória	
  dos	
  Aliados	
  	
  em	
  1945	
  (Reino	
  Unido,	
  Estados	
  Unidos	
  e	
  
União	
  SoviéKca);	
  
	
  
-­‐	
  colapso	
  do	
  sistema	
  políKco	
  dominante	
  na	
  Europa;	
  	
  	
  
-­‐	
  confrontação	
  bipolar	
  entre	
  Leste	
  e	
  Oeste;	
  
-­‐	
  surgimento	
  dos	
  novos	
  Estados	
  pós-­‐coloniais.	
  
	
  
-­‐	
  	
  Elementos	
  Fundamentais	
  no	
  pós-­‐guerra:	
  
-­‐  Estruturas	
  ins/tucionais	
  em	
  forma	
  de	
  organizações	
  
intergovernamentais;	
  
-­‐  -­‐	
  preocupação	
  em	
  evitar	
  a	
  eclosão	
  de	
  outra	
  guerra	
  na	
  Europa	
  
e	
  administrar	
  a	
  divisão	
  Leste	
  e	
  Oeste	
  ;	
  
-­‐	
  	
  Discussão	
  sobre	
  o	
  desenvolvimento	
  acerca	
  dos	
  países	
  
chamados	
  de	
  	
  “Terceiro	
  Mundo”;	
  
-­‐  -­‐	
  novas	
  teorias	
  para	
  compreender	
  temas	
  como	
  “segurança”	
  e	
  
“desenvolvimento”.	
  
DIREITO COMUNITÁRIO E DA INTEGRAÇÃO 
 
Contexto	
  pós-­‐guerra	
  
•  conter	
  a	
  Alemanha	
  que	
  nos	
  úlKmos	
  50	
  anos	
  anteriores	
  havia	
  
iniciado	
  por	
  duas	
  vezes	
  consecuKvas	
  conflitos	
  mundiais;	
  
•  conter	
  a	
  União	
  SoviéKca	
  que	
  havia	
  se	
  tornado	
  uma	
  potência	
  
nuclear	
  e	
  o	
  avanço	
  do	
  comunismo;	
  
•  a	
  Organização	
  das	
  Nações	
  Unidas	
  (ONU),	
  criada	
  em	
  24	
  de	
  outubro	
  
de	
  1945,	
  	
  surge	
  como	
  principal	
  fórum	
  de	
  debate	
  na	
  arena	
  
internacional;	
  
•  o	
  primeiro	
  bloco	
  de	
  países	
  não-­‐alinhados	
  a	
  exigir	
  uma	
  
representaçãp	
  perante	
  a	
  ONU	
  é	
  o	
  grupo	
  de	
  países	
  da	
  América	
  
LaKna	
  representado	
  pela	
  Comissão	
  Econômicapara	
  a	
  América	
  
LaKna	
  e	
  o	
  Caribe	
  (CEPAL),	
  criada	
  em	
  25	
  de	
  fevereiro	
  de	
  1948,	
  pelo	
  
Conselho	
  Econômico	
  e	
  Social	
  das	
  Nações	
  Unidas	
  (ECOSOC),	
  e	
  tem	
  
sua	
  sede	
  em	
  SanKago	
  do	
  Chile.	
  
Europa	
  e	
  Cooperação	
  Regional:	
  
•  Comunidade	
  Europeia	
  do	
  Carvão	
  e	
  do	
  Aço	
  (CECA),	
  
criada	
  pelo	
  Tratado	
  de	
  Paris	
  em	
  18	
  de	
  abril	
  de	
  1951,	
  
finalidade-­‐segurança;	
  
•  Comunidade	
  Econômica	
  Europeia	
  (CEE),	
  originada	
  do	
  
Tratado	
  de	
  Roma,	
  em	
  1957,	
  viés	
  econômico;	
  
•  Comunidade	
  Europeia	
  de	
  Energia	
  Atômica	
  (EURATOM),	
  
Tratado	
  de	
  Roma,	
  em	
  1957,	
  competência	
  no	
  domínio	
  
de	
  energia	
  nuclear	
  para	
  fins	
  civis	
  e	
  pacíficos;	
  
OBS-­‐	
  Tanto	
  a	
  CEE	
  como	
  a	
  EURATOM	
  se	
  juntaram	
  para	
  
formar	
  a	
  Comunidade	
  Europeia	
  (CE),	
  converKda	
  a	
  
posteriori	
  na	
  União	
  Europeia	
  (UE).	
  
Consequência	
  da	
  Cooperação	
  
Europeia:	
  
•  Influencia	
  o	
  processo	
  de	
  cooperação	
  regional	
  nos	
  
países	
  em	
  desenvolvimento;	
  
•  exemplo	
  de	
  vários	
  países	
  formando	
  parte	
  de	
  uma	
  
união	
  econômica	
  com	
  a	
  finalidade	
  de	
  esKmular	
  o	
  
crescimento	
  econômico;	
  
•  unificação	
  políKca	
  baseada	
  na	
  teoria	
  da	
  
segurança	
  (funcionalismo),	
  influencia	
  teorias	
  
desKnadas	
  a	
  compreender	
  o	
  processo	
  de	
  
integração	
  regional	
  na	
  América	
  LaKna,	
  África	
  e	
  
Ásia.	
  	
  
Regionalismo	
  
Fenômeno	
  Mul/facetado:	
  
•  engloba	
  diversos	
  perfis	
  dos	
  Estados-­‐nacionais;	
  
•  	
  fomenta	
  o	
  surgimento	
  das	
  Organizações	
  
Internacionais;	
  
•  mobiliza	
  a	
  sociedade	
  civil;	
  
•  apresenta	
  vários	
  níveis	
  de	
  mudanças	
  
insKtucionais;	
  
•  persegue	
  um	
  amplo	
  leque	
  de	
  objeKvos;	
  
•  fortalece	
  laços	
  idenKtários.	
  	
  
Direito	
  Comunitário	
  
•  Ascendência	
  de	
  dimensão	
  insKtucional	
  que	
  garante	
  a	
  
manutenção	
  de	
  interesses	
  comunitários;	
  
•  atribuição	
  de	
  competência	
  às	
  insKtuições	
  comunitárias	
  em	
  
nível	
  sem	
  paralelo	
  com	
  outras	
  organizações	
  internacionais;	
  
•  estabelecimento	
  de	
  ordenamento	
  jurídico	
  próprio	
  e	
  
autônomo	
  de	
  qualquer	
  ordem	
  normaKva	
  nacional;	
  
•  	
  aplicação	
  direta	
  do	
  Direito	
  Comunitário	
  Europeu,	
  tornando	
  
obrigatório	
  o	
  respeito	
  dos	
  mesmos	
  disposiKvos	
  por	
  
Estados-­‐membros	
  e	
  suas	
  respecKvas	
  populações;	
  
•  primado	
  do	
  Direito	
  Comunitário	
  que	
  garante	
  ao	
  
ordenamento	
  europeu	
  primazia	
  sobre	
  as	
  legislações	
  
nacionais	
  e	
  não	
  pode	
  ser	
  alterado	
  pelas	
  mesmas.	
  	
  
Direito	
  Comunitário	
  
•  Caracterís/cas:	
  
•  as	
  normas	
  comunitárias	
  possuem	
  aplicação	
  direta	
  em	
  
relação	
  aos	
  ordenamentos	
  nacionais;	
  
•  orgão	
  central	
  com	
  função	
  execuKva	
  e	
  de	
  natureza	
  
supranacional;	
  
•  sistema	
  jurisdicional	
  bem	
  definido	
  que	
  é	
  a	
  base	
  do	
  sistema	
  
de	
  solução	
  de	
  controvérsias;	
  
•  presença	
  do	
  Tribunal	
  de	
  JusKça	
  permanente	
  responsável	
  
pela	
  aplicação	
  do	
  Direito	
  Comunitário;	
  
•  parte	
  do	
  exercício	
  de	
  soberania	
  dos	
  Estados	
  é	
  delagado	
  ao	
  
órgão	
  com	
  poder	
  supranacional;	
  
•  os	
  Estados-­‐membros	
  ainda	
  são	
  soberanos,	
  não	
  obstante	
  
sua	
  soberania	
  esteja	
  limitada	
  pela	
  supranacionalidade.	
  	
  
Direito	
  da	
  Integração	
  ≠	
  
Direito	
  Comunitário	
  
Direito	
  da	
  Integração	
  
•  ObjeKvo:	
  integração	
  de	
  natureza	
  comercial	
  e	
  econômica,	
  incenKvar	
  
o	
  comércio	
  internacional	
  de	
  uma	
  região,	
  criar	
  zonas	
  econômicas	
  
privilegiadas	
  em	
  que	
  o	
  nível	
  de	
  aproximação	
  varia.	
  
Ex:	
  Mercado	
  Comum	
  do	
  Sul	
  (Mercosul),	
  regido	
  pelo	
  Direito	
  de	
  
Integração	
  em	
  que	
  os	
  tratados	
  e	
  atos	
  unilaterais	
  dos	
  órgãos	
  regionais	
  
precisam	
  ser	
  “expressamente	
  recepcionados”,	
  modelo	
  
intergovernamental,	
  regra	
  consenso.	
  
OBS:	
  O	
  modelo	
  comunitário	
  europeu	
  já	
  começou	
  a	
  influenciar	
  outros	
  
blocos,	
  como	
  a	
  Comunidade	
  Andina	
  das	
  Nações	
  (CAN)	
  que	
  optou	
  por	
  
modelo	
  semelhante	
  ao	
  europeu	
  em	
  seu	
  documento	
  consKtuKvo,	
  
ainda	
  que	
  muito	
  precise	
  ser	
  feito	
  para	
  possa	
  ser	
  considerada	
  
comunidade	
  inteiramente	
  regulada	
  pelo	
  Direito	
  Comunitário.	
  	
  
	
  
Modelos	
  de	
  Integração	
  Econômica	
  
•  Área	
  de	
  Livre	
  Comércio:	
  as	
  tarifas	
  comerciais	
  entre	
  
seus	
  membros	
  são	
  eliminadas,	
  mas	
  cada	
  um	
  possui	
  
tarifas	
  comerciais	
  diferenciadas	
  com	
  terceiros;	
  
•  União	
  Aduaneira:	
  é	
  uma	
  área	
  de	
  livre	
  comércio	
  com	
  
uma	
  tarifa	
  externa	
  comum;	
  
•  Mercado	
  Comum:	
  além	
  da	
  tarifa	
  externa	
  comum,	
  
promove	
  também	
  a	
  harmonização	
  da	
  políKca	
  
comercial	
  e	
  livre	
  circulação	
  de	
  serviços,	
  capitais	
  e	
  
pessoas;	
  
•  	
  União	
  Monetária:	
  Mercado	
  Comum,	
  e	
  acrescentando-­‐
se	
  uma	
  moeda	
  comum	
  para	
  a	
  harmonização	
  da	
  políKca	
  
monetária.	
  
Regionalismo	
  Econômico	
  Aberto	
  e	
  
Fechado	
  
•  O	
  regionalismo	
  econômico	
  aberto	
  é	
  visto	
  como	
  uma	
  etapa	
  
intermediária	
  para	
  a	
  liberalização	
  econômica	
  mulKlateral	
  e	
  
não	
  como	
  um	
  fim	
  em	
  si	
  mesmo.	
  Portanto,	
  é	
  complementar	
  ao	
  
regime	
  de	
  comércio	
  promovido	
  pelo	
  GATT/OMC;	
  
•  o	
  regionalismo	
  econômico	
  fechado	
  promove	
  o	
  protecionismo	
  
no	
  nível	
  regional,	
  confrontando	
  o	
  regime	
  de	
  comércio	
  
promovido	
  pelo	
  GATT/OMC.	
  
Cronologia	
  da	
  União	
  Europeia	
  (UE)	
  
•  1968	
  –	
  início	
  da	
  livre	
  circulação	
  de	
  pessoas,	
  por	
  meio	
  do	
  
Regulamento	
  1.612,	
  de	
  1968.	
  Encerra-­‐se	
  a	
  fase	
  transitória	
  do	
  
mercado	
  comum	
  europeu;	
  
•  1985	
  –	
  o	
  Acordo	
  de	
  Schengen,	
  complementado	
  por	
  uma	
  
Convenção	
  de	
  Aplicação	
  facilitou	
  o	
  exercício	
  da	
  liberdade	
  de	
  
circulação	
  dos	
  cidadãos	
  europeus,	
  de	
  forma	
  a	
  abolir	
  o	
  
controle	
  nas	
  fronteiras	
  internas	
  da	
  UE	
  e	
  reforçar	
  o	
  controle	
  
nas	
  fronteiras	
  externas	
  para	
  a	
  entrada	
  de	
  imigrantes,	
  
unificando	
  a	
  políKca	
  de	
  concesão	
  de	
  vistos;	
  
Cronologia	
  da	
  União	
  Europeia	
  (UE)	
  
•  1986	
  –	
  ocorre	
  a	
  primeira	
  revisãodo	
  Tratado	
  de	
  Roma	
  por	
  
meio	
  do	
  Ato	
  Único	
  Europeu,	
  assinado	
  em	
  Luxemburgo,	
  com	
  
entrada	
  em	
  vigor	
  no	
  ano	
  de	
  1987.	
  Consolida-­‐se	
  a	
  abolição	
  das	
  
fronteiras	
  internas	
  pela	
  implementação	
  das	
  cinco	
  liberdades:	
  
de	
  bens,	
  de	
  trabalhadores,	
  de	
  serviços,	
  de	
  capitais	
  e	
  de	
  
concorrência;	
  
•  1992	
  –	
  assinado	
  o	
  Tratado	
  de	
  Maastricht,	
  entrou	
  em	
  vigor	
  em	
  
1993,	
  cria	
  a	
  UE	
  nos	
  moldes	
  hoje	
  conhecidos	
  como	
  união	
  
econômica	
  e	
  monetária;	
  
Cronologia	
  da	
  União	
  Europeia	
  (UE)	
  
•  1997	
  –	
  Tratado	
  de	
  Amsterdã,	
  modifica	
  o	
  Tratado	
  de	
  Roma	
  e	
  
define	
  as	
  insKtuições	
  que	
  hoje	
  compõem	
  a	
  UE;	
  
•  1999	
  –	
  entrou	
  em	
  vigor	
  a	
  moeda	
  comum,	
  o	
  “euro”,	
  sendo	
  o	
  
Banco	
  Central	
  Europeu,	
  com	
  sede	
  em	
  Frankfurt,	
  Alemanha,	
  
responsável	
  pela	
  moeda	
  única.	
  O	
  euro	
  começou	
  a	
  circular	
  a	
  
parKr	
  de	
  01/01/2002;	
  
•  2001	
  –	
  Tratado	
  de	
  Nice,	
  adaptou	
  os	
  Tratados	
  de	
  Roma	
  e	
  de	
  
Maastricht;	
  
Cronologia	
  da	
  União	
  Europeia	
  (UE)	
  
•  2005	
  –	
  a	
  UE	
  tenta	
  adotar	
  uma	
  ConsKtuição	
  para	
  o	
  bloco	
  
(Tratado	
  ConsKtucional).	
  Entretanto,	
  países	
  como	
  França	
  e	
  
Holanda	
  votaram	
  “não”	
  ao	
  projeto	
  de	
  uma	
  consKtuição	
  
europeia;	
  
•  2007	
  –	
  a	
  UE	
  celebra	
  o	
  Tratado	
  de	
  Lisboa,	
  em	
  vigor	
  desde	
  
dezembro	
  de	
  2009.	
  O	
  documento	
  de	
  Lisboa	
  é	
  um	
  tratado	
  
reformador	
  e	
  modificador	
  dos	
  tratados	
  consKtuKvos	
  da	
  UE.	
  	
  
Tratado	
  de	
  Roma	
  (1957)	
  
•  Entrou	
  em	
  vigor	
  em	
  janeiro	
  de	
  1958;	
  já	
  exisKam	
  a	
  
Comunidade	
  Europeia	
  do	
  Carvão	
  e	
  do	
  Aço	
  (CECA),	
  a	
  
EURATOM	
  e	
  a	
  Comunidade	
  Econômica	
  Europeia	
  
(CEE);	
  
•  Criou	
  uma	
  comunidade	
  econômica	
  que	
  abrangia	
  
muitos	
  setores	
  diferente	
  da	
  indústria	
  pesada	
  ou	
  
atômica;	
  
•  Liberalizou	
  a	
  maior	
  parte	
  do	
  comércio	
  
intracomunitário	
  e	
  constriu	
  uma	
  barreira	
  
alfandegária	
  com	
  o	
  resto	
  do	
  mundo;	
  	
  
Fase	
  de	
  Consolidação	
  e	
  Crise	
  (1958-­‐1969)	
  
Criação	
  dos	
  seguintes	
  organismos	
  comunitários:	
  	
  
Parlamento	
  Europeu	
  
Conselho	
  
Comissão	
  Europeia	
  
	
  Tribunal	
  Europeu	
  de	
  JusKça	
  
Comissão	
  Econômica	
  e	
  Social	
  
Tribunal	
  de	
  Contas	
  Europeu	
  
Ampliação	
  gradual	
  da	
  Comunidade	
  Europeia	
  
Reino	
  Unido	
  
•  Primeira	
  vaga	
  de	
  ampliação	
  em	
  1973,	
  o	
  Reino	
  Unido	
  
como	
  país	
  de	
  maior	
  importância	
  a	
  aderir;	
  
•  Livro	
  Branco	
  sobre	
  adesão	
  à	
  Comunidade	
  Europeia,	
  
em	
  1971,	
  divergências	
  sobre	
  a	
  políKca	
  exterior	
  
comunitária.	
  
OBS:	
  Não	
  obstante	
  o	
  Tribunal	
  Europeu	
  de	
  JusKça,	
  o	
  
Reino	
  Unido	
  preconizava	
  o	
  common	
  law.	
  A	
  adesão	
  às	
  
cáusulas	
  do	
  Tratado	
  de	
  Roma	
  também	
  seriam	
  
voluntárias.	
  	
  	
  
Dinamarca,	
  Irlanda,	
  Inglaterra	
  e	
  Noruega	
  
•  1o	
  jan	
  de	
  1973:	
  Dinamarca,	
  Irlanda	
  e	
  Inglaterra	
  
(Europa	
  dos	
  seis	
  passa	
  a	
  ser	
  a	
  Europa	
  dos	
  
nove).	
  
•  Noruega:	
  contra	
  o	
  ingresso	
  na	
  Comunidade	
  
Europeia,	
  plebiscito	
  em	
  set	
  de	
  1972.	
  	
  
Grécia	
  	
  
•  1979	
  –	
  Tratado	
  de	
  adesão	
  da	
  Grécia	
  à	
  
Comunidade,	
  quando	
  as	
  negociações	
  para	
  
admissão	
  de	
  Portugal	
  e	
  Espanha	
  já	
  se	
  
encontravam	
  em	
  curso;	
  
•  postura	
  mais	
  oKmista	
  do	
  que	
  a	
  inglesa.	
  A	
  Grécia	
  
estava	
  disposta	
  a	
  empreender	
  inovações	
  
estruturais	
  e	
  mudanças	
  insKtucionais.	
  A	
  Grécia	
  
disposta	
  a	
  contribuir	
  com	
  sua	
  marinha	
  mercante	
  
para	
  promover	
  a	
  “ideia	
  de	
  Europa”.	
  
PolíKca	
  Monetária	
  
•  Plano	
  Werner:	
  PolíKca	
  Econômica	
  integrada,	
  
pressuposto	
  de	
  uma	
  políKca	
  monetária	
  comum,	
  após	
  
um	
  período	
  de	
  transição,	
  o	
  cerne	
  da	
  união	
  políKca.	
  
•  “Teoria	
  do	
  Coroamento”:	
  Alemanha	
  e	
  Holanda,	
  
previa	
  uma	
  aproximação	
  gradaKva	
  das	
  políKcas	
  
econômicas	
  nacionais	
  como	
  pressuposto	
  de	
  uma	
  
políKca	
  monetária	
  comum.	
  	
  	
  
•  “Teoria	
  da	
  LocomoKva”:	
  França	
  e	
  Bélgica,	
  taxas	
  de	
  
câmbio	
  deveriam	
  fazer	
  pressão	
  sobre	
  a	
  economia.	
  	
  
Marcos	
  Históricos	
  
•  O	
  Ato	
  Único	
  Europeu	
  foi	
  o	
  primeiro	
  de	
  uma	
  série	
  de	
  
muitos	
  passos	
  concretos	
  na	
  via	
  de	
  integração;	
  
•  Em	
  19	
  de	
  junho	
  foi	
  assinado	
  em	
  Luxemburgo	
  o	
  
segundo	
  Acordo	
  Schengen	
  –	
  o	
  primeiro	
  datava	
  de	
  
1985	
  –	
  pelo	
  qual	
  se	
  concreKzou	
  a	
  livre	
  circulação	
  de	
  
pessoas	
  mediante	
  a	
  supressão	
  dos	
  controles	
  de	
  
idenKdades	
  e	
  das	
  alfândegas	
  nas	
  fronteiras	
  internas.	
  
A	
  Alemanha,	
  a	
  França	
  e	
  os	
  países	
  do	
  Benelux	
  foram	
  
os	
  primeiros	
  signatários.	
  Mais	
  aderiram	
  a	
  Itália,	
  
Espanha,	
  Portugal,	
  Suécia,	
  Dinamarca	
  e	
  Finlândia.	
  
Acordo	
  de	
  Schengen	
  
•  Definiu	
  as	
  medidas	
  que	
  os	
  Estados	
  signatários	
  
Knham	
  que	
  adotar	
  para	
  a	
  entrada	
  em	
  vigor	
  das	
  
esKpulações	
  dos	
  tratados	
  que	
  se	
  deu	
  em	
  26	
  de	
  
março	
  de	
  1995;	
  
•  Além	
  da	
  supressão	
  de	
  controles	
  fronteiriços,	
  o	
  
acordo	
  previa	
  maior	
  integração	
  no	
  campo	
  da	
  
segurança	
  interna	
  (políKcas	
  de	
  migração	
  e	
  asilo),	
  luta	
  
contra	
  o	
  crime	
  e	
  as	
  drogas,	
  cooperação	
  em	
  matéria	
  
de	
  direito	
  penal,	
  nas	
  invesKgações	
  policiais	
  e	
  na	
  
colaboração	
  aduaneira.	
  
Tratado	
  de	
  Maastricht	
  
•  Assinado	
  em	
  7	
  de	
  fevereiro	
  de	
  1992,	
  raKficação	
  
cheia	
  de	
  obstáculos.	
  Na	
  Dinamarca	
  o	
  povo	
  recusou	
  a	
  
forma	
  original	
  dos	
  Tratados	
  de	
  Maastricht	
  em	
  2	
  de	
  
junho	
  de	
  1992;	
  
•  o	
  povo	
  dinamarquês	
  o	
  aprovou	
  em	
  um	
  segundo	
  
referendo	
  em	
  maio	
  de	
  1993;	
  
•  também	
  ocorreram	
  problemas	
  no	
  referendo	
  francês	
  
e	
  no	
  processo	
  de	
  raKficação	
  na	
  Câmara	
  dos	
  Comuns	
  
Britânicas,	
  	
  
Tratado	
  de	
  Maastricht	
  
•  A	
  Alemanha	
  foi	
  o	
  “úlKmo”	
  país	
  a	
  raKficar	
  o	
  tratado,	
  pois	
  
teve	
  de	
  esperar	
  o	
  acórdãodo	
  Tribunal	
  Federal	
  
ConsKtucional,	
  publicado	
  apenas	
  em	
  12	
  de	
  outubro	
  de	
  
1993;	
  
•  o	
  acórdão	
  enfaKzou	
  sobretudo	
  a	
  manutenção	
  da	
  
autoridade	
  do	
  Parlamento	
  Federal	
  nos	
  procedimentos	
  de	
  
transferência	
  compulsória	
  de	
  soberania	
  para	
  os	
  
organismos	
  comunitários,	
  previstos	
  pelo	
  Tratado	
  de	
  
Maastricht.	
  O	
  Tratado	
  de	
  Maastricht	
  foi	
  definKvamente	
  
raKficado	
  pelo	
  Parlamento	
  Federal	
  alemão	
  em	
  1o	
  	
  de	
  
novembro	
  de	
  1993.	
  
Integração	
  da	
  Europa	
  
•  O	
  setor	
  econômico	
  com	
  a	
  CECA	
  e	
  a	
  CEE	
  
consKtuía	
  o	
  cerne	
  dos	
  esforços	
  de	
  integração	
  
da	
  Europa,	
  setor	
  mais	
  evoluído	
  para	
  a	
  
transição	
  ao	
  supranacinalismo;	
  
•  campos	
  da	
  políKca	
  interna,	
  externa	
  e	
  de	
  
segurança	
  são	
  controversos.	
  
Tratado	
  de	
  Lisboa	
  -­‐	
  2007	
  
•  Na	
  mesma	
  linha	
  dos	
  Tratados	
  de	
  Nice	
  e	
  de	
  Amsterdã,	
  o	
  
de	
  Lisboa	
  também	
  altera	
  outros	
  tratados,	
  sendo	
  que	
  os	
  
documentos	
  modificados	
  conKnuam	
  em	
  vigor.	
  A	
  
caracterísKca	
  essencial	
  é	
  de	
  que	
  os	
  textos	
  reformados	
  
passam	
  a	
  ter	
  nova	
  redação	
  em	
  consonância	
  com	
  os	
  
objeKvos	
  dos	
  países	
  membros	
  da	
  UE.	
  
•  OBS:	
  Na	
  UE	
  há	
  a	
  necessidade	
  de	
  acordo	
  unânime	
  entre	
  
todos	
  os	
  Estados-­‐membros,	
  sendo	
  que	
  antes	
  da	
  
entrada	
  em	
  vigor	
  de	
  um	
  tratado	
  como	
  o	
  de	
  Lisboa,	
  faz-­‐
se	
  imprescindível	
  que	
  todos	
  os	
  Estados	
  procedam	
  à	
  
raKficação	
  de	
  acordo	
  com	
  suas	
  normas	
  consKtucionais.	
  	
  
Tratado	
  de	
  Lisboa	
  -­‐	
  2007	
  
•  UE	
  –	
  enKdade	
  única,	
  dotada	
  de	
  personalidade	
  
jurídica,	
  capacidade	
  para	
  celebrar	
  acordos	
  ou	
  
parKcipar	
  de	
  outras	
  organizações	
  internacionais.	
  
Aplicação	
  do	
  termo	
  “União	
  Europeia”	
  em	
  lugar	
  de	
  
Comunidade	
  Europeia.	
  
	
  
Modificação	
  InsKtucional	
  da	
  UE	
  
Implementaçãi	
  de	
  Reformas:	
  
-­‐  Presidente;	
  
-­‐  Alto	
  Representante	
  para	
  os	
  Negócios	
  Estrangeiros	
  e	
  a	
  PolíKca	
  
de	
  Segurança	
  (encarregado	
  da	
  políKca	
  externa);	
  
-­‐  -­‐maior	
  parKcipação	
  dp	
  Parlamento	
  Europeu	
  e	
  dos	
  
parlamentares	
  nacionais.	
  
Parlamento	
  Europeu	
  -­‐	
  reformas	
  
•  Novos	
  poderes	
  com	
  relação	
  à	
  legislação	
  e	
  ao	
  orçamento	
  da	
  
UE,	
  também	
  com	
  os	
  acordos	
  internacionais;	
  
	
  
•  maior	
  parKcipação	
  popular,	
  além	
  de	
  conKnuar	
  elegendo	
  
diretamente	
  os	
  membros	
  do	
  Parlamento	
  Europeu,	
  os	
  
cidadãos	
  podem	
  solicitar	
  à	
  Comissão	
  que	
  apresente	
  novas	
  
propostas	
  políKcas	
  para	
  a	
  UE,	
  desde	
  que	
  esta	
  solicitação	
  
esteja	
  assinada	
  por	
  um	
  mínimo	
  de	
  “um	
  milhão	
  de	
  cidadãos	
  de	
  
um	
  número	
  significaKvo	
  de	
  Estados-­‐membros”.	
  
Tratado	
  de	
  Lisboa	
  -­‐	
  reformas	
  
•  Reconhece	
  expressamente	
  o	
  direito	
  de	
  saída	
  ou	
  reKrada	
  do	
  
bloco;	
  
•  o	
  principal	
  processo	
  de	
  decisão	
  da	
  UE	
  passa	
  a	
  se	
  chamar	
  de	
  
processo	
  legislaKvo	
  ordinário,	
  no	
  qual	
  parKcipam	
  o	
  Conselho	
  
e	
  o	
  Parlamento	
  Europeu	
  (codecisão);	
  
•  esse	
  sistema	
  é	
  aplicável	
  para	
  a	
  maioria	
  das	
  matérias	
  e	
  reduz	
  
as	
  votações	
  por	
  unanimidade;	
  
•  a	
  UE	
  ganha	
  personalidade	
  jurídica	
  única.	
  
RelaKvização	
  da	
  Soberania	
  
•  Conforme	
  disposto	
  no	
  art.	
  2º,	
  §	
  7º,	
  da	
  Carta	
  da	
  Organização	
  
das	
  Nações	
  Unidas	
  (ONU),	
  nenhum	
  disposiKvo	
  da	
  mesma	
  
autoriza	
  a	
  ONU	
  a	
  intervir	
  em	
  assuntos	
  de	
  jurisdição	
  exclusiva	
  
de	
  qualquer	
  Estado,	
  no	
  entanto	
  quem	
  define	
  se	
  o	
  assunto	
  é	
  
de	
  interesse	
  interno	
  ou	
  de	
  interesse	
  internacional	
  são	
  os	
  
próprios	
  órgãos	
  da	
  ONU;	
  
•  Como	
  raKficado	
  na	
  Carta	
  de	
  1945,	
  a	
  práKca	
  das	
  Organizações	
  
Internacionais	
  “Não"	
  tem	
  permiKdo	
  que	
  os	
  Estados	
  
determinem	
  por	
  si	
  mesmos	
  os	
  temas	
  referentes	
  ao	
  seu	
  
domínio	
  reservado.	
  
Ordem	
  Jurídica	
  Europeia	
  
•  Os	
  tratados	
  europeus	
  não	
  mencionam	
  
expressamente	
  o	
  termo	
  “supranacionalidade”.	
  A	
  
ordem	
  jurídica	
  europeia	
  é	
  concebida	
  como	
  uma	
  
ordem	
  autorreferente,	
  muito	
  baseada	
  na	
  
jurisprudência	
  do	
  Tribunal	
  de	
  JusKça	
  da	
  União	
  
Europeia	
  (	
  o	
  Tratado	
  do	
  CECA,	
  de	
  Paris,	
  de	
  1951,	
  em	
  
seu	
  art.	
  9º,	
  implicitamente	
  já	
  havia	
  introduzido	
  essa	
  
noção).	
  
UE	
  –	
  “Soberania	
  ComparKlhada”	
  
•  Seu	
  sistema	
  políKco	
  apresenta	
  diferentes	
  níveis	
  de	
  
governança,	
  também	
  denominada	
  de	
  “governança	
  
mulKnível”;	
  
•  a	
  opção	
  por	
  órgãos	
  e	
  direitos	
  supranacionais	
  é	
  por	
  razões	
  
de	
  finalidades	
  e	
  possibilidades	
  sociais;	
  
•  a	
  essência	
  do	
  insKtuto	
  encontra-­‐se	
  na	
  transferência	
  de	
  
parcelas	
  soberana	
  por	
  parte	
  dos	
  Estados	
  em	
  beneƒcio	
  de	
  
um	
  “organismo	
  que,	
  ao	
  fusionar	
  as	
  partes	
  recebidas,	
  
opera	
  por	
  cima	
  das	
  unidades	
  que	
  o	
  compõem,	
  na	
  
qualidade	
  de	
  Ktular	
  absoluto”.	
  
UE	
  –	
  Estrutura	
  Orgânica	
  
•  Parlamento	
  Europeu;	
  
•  Conselho	
  Europeu;	
  
•  Conselho;	
  	
  
•  Comissão	
  Europeia;	
  
•  Tribunal	
  de	
  JusKça	
  da	
  União	
  Europeia;	
  
•  Banco	
  Central	
  Europeu;	
  
•  Tribunal	
  de	
  Contas.	
  
Parlamento	
  
•  Tem	
  sede	
  em	
  Estrasburgo,	
  na	
  França,	
  mas	
  seu	
  
Secretariado-­‐Geral	
  se	
  encontra	
  em	
  Luxemburgo	
  e	
  as	
  
suas	
  comissões	
  se	
  reúnem	
  em	
  Bruxelas;	
  
•  insKtuição	
  supranacional,	
  de	
  caráter	
  essencialmente	
  
políKco,	
  que	
  exerce,	
  juntamente	
  com	
  o	
  Conselho,	
  a	
  
função	
  legislaKva	
  e	
  a	
  função	
  orçamentäria.	
  
Parlamento	
  
•  OBS:	
  A	
  definição	
  do	
  orçamento	
  da	
  UE	
  e	
  a	
  produção	
  
legislaKva	
  não	
  são	
  exercidas	
  em	
  sua	
  plenitude,	
  tendo	
  
em	
  vista	
  que	
  o	
  Parlamento,	
  só	
  em	
  determinados	
  
casos,	
  parKcipa	
  no	
  exercício	
  do	
  poder	
  normaKvo	
  e	
  
tem	
  uma	
  intervenção	
  limitada	
  na	
  aprovação	
  do	
  
orçamento	
  comunitário.	
  Diferencia-­‐se	
  do	
  perfil	
  de	
  
muitos	
  parlamentos	
  nacionais,	
  pois	
  nestes	
  as	
  
aKvidades	
  legislaKvas	
  e	
  orçamentárias	
  são,normalmente	
  atribuídas	
  sem	
  restrições	
  aos	
  
respecKvos	
  LegislaKvos.	
  
Parlamento	
  
•  Exerce	
  funções	
  de	
  controle	
  políKco,	
  ou	
  de	
  supervisão	
  
e	
  de	
  consulta.	
  Cabe-­‐lhe	
  também	
  eleger	
  o	
  presidente	
  
da	
  Comissão	
  Europeia;	
  
•  sua	
  composição	
  é	
  o	
  mais	
  democráKca	
  possível,	
  é	
  
composto	
  por	
  representantes	
  dos	
  cidadãos	
  
europeus,	
  eleitos	
  por	
  sufrágio	
  universal,	
  direto,	
  livre	
  
e	
  secreto,	
  para	
  exercerem	
  mandato	
  de	
  cinco	
  anos	
  e	
  
gozam	
  de	
  imunidade	
  parlamentar;	
  
Parlamento	
  
•  é	
  a	
  única	
  insKtuição	
  que	
  possui	
  o	
  sistema	
  de	
  
eleições	
  diretas;	
  
•  Antes	
  do	
  Tratado	
  de	
  Lisboa	
  de	
  2007,	
  possuía	
  
732	
  eurodeputados,	
  com	
  sua	
  entrada	
  em	
  
vigor	
  passa	
  a	
  ter	
  no	
  máximo	
  750.	
  
Parlamento	
  
•  Os	
  cidadãos	
  escolhem	
  os	
  eurodeputados	
  que	
  
terão	
  assento,	
  NÃO	
  em	
  delegações	
  nacionais,	
  
MAS	
  em	
  “Grupos	
  Parlamentares	
  
Transnacionais”	
  (representantes	
  das	
  grandes	
  
correntes	
  de	
  pensamentos	
  políKcos	
  existentes	
  
no	
  conKnente);	
  
	
  
Disponível em: http://www.jornalacores9.net/wp-content/uploads/2013/02/Parlamento-
Europeu.jpg 
Disponível em: http://www.cienciahoje.pt/files/23/23676.jpg 
Conselho	
  Europeu	
  ou	
  Conselho	
  da	
  UE	
  
•  Órgão	
  Supremo	
  da	
  União	
  Europeia,	
  consKtuído	
  pela	
  
reunião	
  dos	
  Chefes	
  de	
  Governo	
  ou	
  Chefes	
  de	
  Estado	
  
dos	
  membros,	
  assisKdos	
  pelos	
  Ministros	
  das	
  
Relações	
  Exteriores;	
  
•  define	
  as	
  orientações	
  e	
  prioridades	
  políKcas	
  gerais;	
  
•  não	
  exerce	
  função	
  legislaKva	
  e	
  se	
  reúne	
  duas	
  vezes	
  
por	
  semestre,	
  por	
  convocação	
  de	
  seu	
  presidente	
  	
  
Conselho	
  Europeu	
  ou	
  Conselho	
  da	
  UE	
  
•  O	
  Conselho	
  é	
  o	
  principal	
  órgão	
  legisla/vo	
  e	
  execu/vo	
  da	
  UE;	
  
•  exerce,	
  juntamente	
  com	
  o	
  Parlamento	
  Europeu,	
  a	
  função	
  
legislaKva	
  e	
  a	
  função	
  orçamentária;	
  
•  define	
  as	
  políKcas	
  da	
  UE	
  e	
  desenvolve	
  aKvidades	
  de	
  
coordenação	
  do	
  bloco,	
  deliberando,	
  via	
  de	
  regra,	
  por	
  maioria	
  
qualificada;	
  
•  composto	
  por	
  um	
  representante	
  de	
  cada	
  Estado-­‐membro	
  em	
  
nível	
  ministerial,	
  com	
  poderes	
  para	
  vincular	
  o	
  governo	
  do	
  
respecKvo	
  Estado	
  e	
  exercer	
  o	
  direito	
  de	
  voto.	
  
https://maiseuropaalargamento.files.wordpress.com/2013/02/conselho-europeu-mesa1.jpg 
http://www.europarl.europa.eu/aboutparliament/img/photo/supervisorypowers/
sp_councilofeu_pt.jpg 
Conselho	
  da	
  Europa	
  (diferente)	
  
•  O	
  Conselho	
  da	
  Europa	
  é	
  uma	
  organização	
  internacional,	
  
com	
  personalidade	
  jurídica	
  própria,	
  que	
  foi	
  criado	
  em	
  5	
  de	
  
maio	
  de	
  1949.	
  É	
  a	
  mais	
  anKga	
  insKtuição	
  europeia	
  em	
  
funcionamento.	
  Não	
  é	
  um	
  órgão	
  da	
  UE,	
  não	
  obstante	
  suas	
  
aKvidades	
  abarquem	
  47	
  Estados	
  da	
  Europa,	
  inclusive	
  os	
  27	
  
integrantes	
  da	
  União.	
  Seus	
  principais	
  objeKvos	
  são	
  a	
  defesa	
  
dos	
  direitos	
  humanos,	
  o	
  desenvolvimento	
  democráKco	
  e	
  a	
  
estabilidade	
  políKco-­‐social	
  no	
  conKnente	
  europeu.	
  No	
  
âmbito	
  do	
  Conselho	
  da	
  Europa	
  encontram-­‐se	
  a	
  Convenção	
  
Europeia	
  dos	
  Direitos	
  Humanos	
  e	
  o	
  Tribunal	
  Europeu	
  dos	
  
Direitos	
  Humanos.	
  A	
  sede	
  do	
  Conselho	
  é	
  em	
  Estrasburgo	
  na	
  
França.	
  
	
  
DisponíVel em: http://www.computerworld.com.pt/media/2011/09/conselho_europeu.jpg 
Disponível em: http://www.computerworld.com.pt/media/2011/12/Conselho-da-europa.jpg 
Comissão	
  Europeia	
  
•  Tem	
  como	
  função	
  promover	
  o	
  interesse	
  geral	
  da	
  UE,	
  
deve	
  velar	
  pela	
  aplicação	
  dos	
  tratados,	
  bem	
  como	
  das	
  
medidas	
  adotadas	
  pelas	
  demais	
  insKtuições;	
  
•  espécie	
  de	
  governo	
  da	
  UE;	
  
•  executa	
  o	
  orçamento	
  e	
  gere	
  os	
  programas	
  definidos	
  pelo	
  
bloco,	
  exerce	
  funções	
  de	
  coordenação,	
  de	
  execução	
  e	
  de	
  
gestão;	
  
•  iniciaKva	
  da	
  programação	
  anual	
  e	
  plurianual	
  da	
  UE	
  com	
  o	
  
intuito	
  de	
  obter	
  acordos	
  interinsKtucionais;	
  
Comissão	
  Europeia	
  
•  Com	
  exceção	
  da	
  políKca	
  externa	
  e	
  de	
  segurança	
  comum	
  e	
  dos	
  
demais	
  casos	
  previstos	
  nos	
  tratados,	
  a	
  Comissão	
  assegura	
  a	
  
representação	
  externa	
  da	
  União;	
  
•  semelhante	
  ao	
  papel	
  desempenhado	
  pelo	
  Parlamento	
  
Europeu,	
  a	
  Comissão	
  exerce	
  aKvidade	
  “consulKva”,	
  pois	
  pode	
  
formular	
  recomendações	
  ou	
  pareceres	
  sobre	
  a	
  matéria	
  objeto	
  
dos	
  tratados;	
  
•  exerce	
  suas	
  reponsabilidades	
  com	
  total	
  independência,	
  não	
  
podendo	
  seus	
  membros	
  solicitar	
  e,	
  muito	
  menos,	
  aceitar	
  
instruções	
  de	
  nenhum	
  governo,	
  insKtuição,	
  órgão	
  ou	
  
organismo.	
  
Disponível em: http://www.portugues.rfi.fr/sites/portugues.filesrfi/imagecache/rfi_43_la 
rge/sites/images.rfi.fr/files/aef_image/2068701270_04bfa39cfa_b.jpg 
Tribunal	
  de	
  JusKça	
  da	
  União	
  Europeia	
  
•  Competência	
  jurisdicional	
  para	
  as	
  questões	
  de	
  
Direito	
  Comunitário.	
  Cabe	
  ao	
  mesmo	
  garanKr	
  o	
  
respeito	
  ao	
  direito	
  de	
  interpretação	
  e	
  aplicação	
  dos	
  
tratados	
  europeus,	
  tratando-­‐se	
  do	
  órgão	
  
jurisdicional	
  supranacional	
  do	
  sistema	
  judicial	
  de	
  	
  
solução	
  de	
  controvérsias	
  da	
  UE;	
  
•  o	
  TJUE	
  é	
  composto	
  por	
  um	
  juiz	
  de	
  cada	
  Estado-­‐
membro,	
  bem	
  como	
  os	
  advogados-­‐gerais	
  que	
  dão	
  
assistência	
  ao	
  Tribunal,	
  são	
  escolhidos	
  de	
  comum	
  
acordo	
  pelos	
  governos	
  dos	
  Estados;	
  
Tribunal	
  de	
  JusKça	
  da	
  União	
  Europeia	
  
Competência:	
  
•  fiscalizar	
  a	
  legalidade	
  dos	
  atos	
  adotados	
  em	
  conjunto	
  
pelo	
  Parlamento	
  Europeu	
  e	
  pelo	
  Conselho,	
  dos	
  atos	
  
do	
  Conselho,	
  da	
  Comissão	
  e	
  do	
  Banco	
  Central	
  
Europeu,	
  que	
  não	
  sejam	
  recomendações	
  ou	
  
pareceres,	
  e	
  dos	
  atos	
  do	
  Parlamento	
  Europeu	
  
desKnados	
  a	
  produzir	
  efeitos	
  jurídicos	
  em	
  relação	
  a	
  
terceiros;	
  
Tribunal	
  de	
  JusKça	
  da	
  União	
  Europeia	
  
Competência:	
  
•  conhecer	
  dos	
  recursos	
  com	
  fundamento	
  em	
  incompetência,	
  
violação	
  de	
  formalidades	
  essenciais,	
  violação	
  do	
  Tratado	
  da	
  
UE	
  ou	
  de	
  qualquer	
  norma	
  jurídica	
  relaKva	
  à	
  sua	
  aplicação,	
  ou	
  
em	
  desvio	
  do	
  poder,interposto	
  por	
  um	
  Estado-­‐membro,	
  pelo	
  
Conselho	
  ou	
  pela	
  Comissão;	
  
•  o	
  TJUE	
  tem	
  ainda	
  competência	
  nas	
  mesmas	
  condições,	
  para	
  
conhecer	
  dos	
  recursos	
  interpostos	
  pelo	
  Parlamento	
  Europeu,	
  
pelo	
  Tribunal	
  de	
  Contas	
  e	
  pelo	
  Banco	
  Central	
  Europeu	
  com	
  o	
  
escopo	
  de	
  salvaguardar	
  as	
  respecKvas	
  prerrogaKvas.	
  
Tribunal	
  de	
  JusKça	
  da	
  União	
  Europeia	
  
(não	
  possui	
  competência)	
  
•  Embora	
  com	
  vasto	
  campo	
  para	
  decidir,	
  o	
  TJUE	
  não	
  tem	
  
competência	
  para	
  exarar	
  decisões	
  em	
  algumas	
  áreas,	
  
sendo	
  que	
  “não”	
  possui	
  competência	
  no	
  referente	
  às	
  
disposições	
  relaKvas	
  à	
  políKca	
  externa	
  e	
  de	
  segurança	
  
comum,	
  tampouco	
  no	
  que	
  tange	
  aos	
  atos	
  adotados	
  com	
  
base	
  nessas	
  disposições;	
  
•  não	
  ostenta	
  competência	
  para	
  fiscalizar	
  a	
  validade	
  ou	
  a	
  
proporcionalidade	
  de	
  operações	
  efetuadas	
  pelos	
  serviços	
  
de	
  polícia	
  ou	
  outros	
  serviços	
  responsáveis	
  pela	
  aplicação	
  
da	
  lei	
  num	
  Estado-­‐membro,	
  nem	
  para	
  decidir	
  sobre	
  os	
  
exercícios	
  de	
  responsabilidades	
  que	
  incumbem	
  aos	
  
Estados-­‐parte	
  em	
  matéria	
  de	
  ordem	
  pública	
  e	
  de	
  
garanKa	
  de	
  segurança	
  interna.	
  
Tribunal	
  de	
  JusKça	
  da	
  União	
  Europeia	
  
•  O	
  TJUE	
  Não	
  pode	
  ser	
  considerado	
  uma	
  instância	
  
recursal	
  para	
  os	
  tribunais	
  nacionais	
  dos	
  Estados-­‐
membros,	
  não	
  lhe	
  cabe	
  reformar	
  decisões	
  desses	
  
tribunais,	
  MESMO	
  EM	
  MATÉRIA	
  DE	
  DIREITO	
  
COMUNITÁRIO!	
  Entretanto,	
  o	
  TJUE	
  pode	
  ser	
  
acionado	
  pelos	
  órgãos	
  jurisdicionais	
  nacionais,	
  a	
  
†tulo	
  prejudicial	
  (REENVIO	
  PREJUDICIAL),	
  para	
  que	
  
se	
  manifeste	
  sobre	
  a	
  interpretação	
  do	
  Direito	
  da	
  UE	
  
ou	
  sobre	
  a	
  validade	
  dos	
  atos	
  adotados	
  pelas	
  
insKtuições.	
  
Tribunal	
  de	
  JusKça	
  da	
  União	
  Europeia	
  
•  Os	
  acordãos	
  do	
  TJUE	
  são	
  vinculantes	
  e	
  devem	
  ser	
  
cumpridos	
  pelos	
  Estados-­‐membros.	
  Se	
  verificado	
  que	
  um	
  
Estado	
  não	
  cumpriu	
  qualquer	
  das	
  obrigações	
  que	
  lhe	
  
incumbem	
  por	
  força	
  dos	
  tratados,	
  ele	
  deve	
  tomar	
  as	
  
medidas	
  necessárias	
  à	
  execução.	
  Se	
  a	
  Comissão	
  considerar	
  
que	
  o	
  Estado	
  em	
  causa	
  não	
  tomou	
  as	
  medidas	
  tendentes	
  à	
  
execução	
  da	
  decisão,	
  pode	
  submeter	
  o	
  caso	
  novamente	
  ao	
  
tribunal,	
  após	
  ter	
  dado	
  ao	
  Estado	
  a	
  possibilidade	
  de	
  
apresentar	
  as	
  suas	
  observações	
  (uma	
  espécie	
  de	
  defesa).	
  
Se	
  o	
  Tribunal	
  declarar	
  verificado	
  que	
  o	
  ente	
  em	
  causa	
  não	
  
deu	
  cumprimento	
  ao	
  seu	
  acórdão,	
  pode	
  condená-­‐lo	
  ao	
  
pagamento	
  de	
  uma	
  quanKa	
  fixa	
  ou	
  progressiva	
  
correspondente	
  a	
  uma	
  sanção	
  pecuniária.	
  
Disponível em: http://adbr001cdn.archdaily.net/wp-content/uploads/
2012/06/1339391468_1333923197_cje_0902_int_gf_12.jpg 
Disponível em http://www.jornaldamadeira.pt/sites/default/files/imagecache/400xY/
tribunal_europeu_justica_1_0.jpg 
Tribunal	
  Geral	
  
•  O	
  Tribunal	
  Geral	
  também	
  conhecido	
  como	
  Tribunal	
  de	
  
Primeira	
  Instância	
  (	
  a	
  ser	
  chamado	
  somente	
  de	
  
“Tribunal”	
  com	
  a	
  entrada	
  em	
  vigor	
  do	
  Tratado	
  de	
  
Lisboa	
  é	
  competente	
  para	
  conhecer	
  em	
  primeira	
  
instância,	
  de	
  recursos	
  que	
  especifica;	
  
•  as	
  decisões	
  proferidas	
  pelo	
  Tribunal	
  Geral	
  podem	
  ser	
  
objeto	
  de	
  recurso	
  para	
  o	
  Tribunal	
  de	
  JusKça	
  da	
  UE,	
  
limitado	
  aos	
  temas	
  do	
  direito;	
  
•  o	
  Tribunal	
  de	
  1o	
  instância	
  é	
  competente	
  para	
  conhecer	
  
dos	
  recursos	
  interpostos	
  contra	
  as	
  decisões	
  dos	
  
tribunais	
  especializados.	
  
Tribunal	
  especializado	
  
•  O	
  Parlamento	
  Europeu	
  e	
  o	
  Conselho,	
  deliberando	
  em	
  
conjunto,	
  podem	
  criar	
  tribunais	
  especializados,	
  
adstritos	
  ao	
  Tribunal	
  Geral;	
  
•  cabe	
  a	
  tais	
  cortes	
  conhecer	
  em	
  primeira	
  instância,	
  de	
  
certas	
  categorias	
  de	
  recursos	
  em	
  matérias	
  específicas,	
  
por	
  isso	
  são	
  chamados	
  de	
  “especializados”;	
  
•  as	
  decisões	
  dos	
  tribunais	
  especializados	
  podem	
  ser	
  
objeto	
  de	
  recurso	
  para	
  o	
  Tribunal	
  Geral,	
  limitados	
  às	
  
questões	
  de	
  direito	
  ou,	
  quando	
  esKver	
  previsto	
  no	
  
regulamento	
  que	
  cria	
  o	
  tribunal	
  especializado,	
  que	
  
incida	
  também	
  sobre	
  algumas	
  questões	
  de	
  fato.	
  	
  
Banco	
  Central	
  Europeu	
  (BCE)	
  
•  Criado	
  em	
  30	
  de	
  junho	
  de	
  1998,	
  entrou	
  em	
  
funcionamento	
  em	
  1o	
  de	
  janeiro	
  de	
  1999,	
  com	
  sede	
  em	
  
Frankfurt,	
  na	
  Alemanha;	
  
•  trata-­‐se	
  de	
  órgão	
  supranacional,	
  dotado	
  de	
  
personalidade	
  jurídica	
  própria	
  e	
  com	
  atribuições	
  para	
  a	
  
execução	
  das	
  políKcas	
  econômica	
  e	
  monetária	
  da	
  
União,	
  compete-­‐lhe	
  gerir	
  o	
  “euro”	
  emiKndo	
  as	
  notas	
  
para	
  circulação;	
  
•  a	
  insKtuição	
  é	
  governada	
  por	
  um	
  Conselho,	
  por	
  uma	
  
Comissão	
  ExecuKva	
  e	
  por	
  um	
  Conselho	
  Geral,	
  
adotando,	
  no	
  exercício	
  de	
  suas	
  atribuições,	
  
regulamentos	
  e	
  decisões.	
  
Tribunal	
  de	
  Contas	
  
•  Composto	
  por	
  um	
  representante	
  de	
  cada	
  Estado-­‐
membro,	
  sendo	
  nomeado	
  por	
  um	
  período	
  de	
  seis	
  
anos;	
  
•  criado	
  pelo	
  Tratado	
  de	
  Bruxelas	
  em	
  22	
  de	
  julho	
  de	
  
1975,	
  desempenha	
  controle	
  eficiente	
  sobre	
  a	
  gestão	
  
financeira	
  e	
  orçamentária;	
  
•  suas	
  funções	
  são	
  verificar	
  a	
  legalidade	
  e	
  a	
  regularidade	
  
das	
  receitas	
  e	
  despesas	
  da	
  UE	
  e	
  garanKr	
  uma	
  boa	
  
gestão	
  financeira.	
  A	
  fiscalização	
  é	
  feita	
  com	
  base	
  em	
  
documentos	
  e	
  in	
  loco	
  nas	
  instalações	
  de	
  outras	
  
insKtuições	
  da	
  União;	
  
•  tem	
  sua	
  sede	
  em	
  Luxemburgo.	
  	
  	
  
Órgãos	
  da	
  UE	
  	
  
•  OBS:	
  
Os	
  Tratados	
  de	
  Paris	
  e	
  de	
  Roma	
  insKtuíram	
  no	
  
quadro	
  comunitário	
  sistemas	
  de	
  controle.	
  Ao	
  
Parlamento	
  Europeu	
  coube	
  o	
  sistema	
  de	
  controle	
  
políKco,	
  ao	
  Tribunal	
  de	
  JusKça	
  da	
  UE	
  ficou	
  
desKnado	
  o	
  controle	
  judicial,	
  já	
  o	
  sistema	
  de	
  
controle	
  financeiro	
  ficou	
  assentado	
  nas	
  
competências	
  do	
  presente	
  Tribunal	
  de	
  Contas.	
  
Órgãos	
  denatureza	
  consulKva:	
  
•  1)	
  Comitê	
  Econômico	
  e	
  Social	
  (CES)	
  –	
  sediado	
  em	
  Bruxelas,	
  
cabe	
  a	
  ele	
  assisKr	
  ao	
  Parlamento	
  Europeu,	
  o	
  Conselho	
  e	
  a	
  
Comissão.	
  O	
  Comitê	
  será	
  consultado	
  pelo	
  Parlamento	
  
Europeu,	
  pelo	
  Conselho	
  ou	
  pela	
  Comissão,	
  nos	
  casos	
  
previstos	
  nos	
  tratados,	
  podendo	
  igualmente	
  ser	
  consultado	
  
por	
  essas	
  insKtuições	
  sempre	
  que	
  o	
  considerem	
  oportuno	
  
(juízo	
  de	
  conveniência	
  e	
  oportunidade),	
  os	
  membros	
  do	
  CES	
  
não	
  estão	
  vinculados	
  a	
  quaisquer	
  instruções	
  e	
  exercem	
  suas	
  
funções	
  com	
  total	
  independência,	
  em	
  conformidade	
  com	
  o	
  
interesse	
  geral	
  da	
  UE;	
  	
  	
  
Órgãos	
  de	
  natureza	
  consulKva	
  (cont.)	
  
•  2)	
  Comitê	
  das	
  Regiões	
  –	
  instalado	
  em	
  1994,	
  permite	
  a	
  
expressão	
  do	
  poder	
  local	
  e	
  regional	
  da	
  UE.	
  Os	
  tratados	
  
europeus	
  obrigam	
  a	
  Comissão	
  e	
  o	
  Conselho	
  a	
  consultarem	
  
o	
  Comitê	
  das	
  Regiões	
  sempre	
  que	
  são	
  feitas	
  novas	
  
propostas	
  em	
  domínios	
  com	
  repercussões	
  no	
  plano	
  
regional	
  ou	
  local.	
  O	
  mecanismo	
  instala	
  uma	
  forma	
  de	
  
consulta	
  obrigatória.	
  
OBS	
  -­‐	
  Outros	
  Órgãos:	
  Agência	
  Europeia	
  de	
  Medicamentos;	
  
Agência	
  Europeia	
  de	
  Produtos	
  Químicos;	
  Agência	
  Comunitária	
  
de	
  Controle	
  das	
  Pescas;	
  Agência	
  Europeia	
  de	
  Segurança	
  
MaríKma;	
  Serviço	
  Europeu	
  de	
  Polícia;	
  entre	
  outros…	
  
Banco	
  Europeu	
  de	
  InvesKmentos	
  
•  InsKtuição	
  com	
  personalidade	
  jurídica,	
  sediada	
  
em	
  Luxemburgo,	
  “sem	
  fins	
  lucraKvos”,	
  desKnada	
  
a	
  favorecer	
  os	
  objeKvos	
  da	
  União	
  Europeia,	
  
fornece	
  invesKmento	
  a	
  longo	
  prazo	
  em	
  favor	
  de	
  
invesKmentos	
  viáveis;	
  	
  
•  seus	
  membros	
  são	
  os	
  países	
  que	
  compõem	
  o	
  
bloco	
  europeu;	
  
•  atua	
  recorrendo	
  ao	
  mercado	
  de	
  capitais	
  e	
  
uKlizando	
  seus	
  próprios	
  recursos	
  para	
  o	
  
desenvolvimento	
  harmonioso	
  do	
  mercado	
  
interno	
  da	
  União.	
  	
  
Provedor	
  de	
  JusKça	
  Europeu	
  
•  O	
  Provedor	
  de	
  JusKça	
  Europeu	
  é	
  eleito	
  pelo	
  Parlamento,	
  
sendo	
  competente	
  para	
  receber	
  queixas	
  de	
  qualquer	
  
cidadão	
  da	
  União,	
  ou	
  qualquer	
  pessoa	
  singular	
  ou	
  coleKva	
  
com	
  residência	
  ou	
  sede	
  estatutária	
  em	
  um	
  Estado-­‐
membro;	
  
•  recebe	
  queixas	
  sobre	
  a	
  	
  má	
  administração	
  na	
  atuação	
  das	
  
insKtuições,	
  órgãos	
  ou	
  organismos	
  da	
  UE.	
  Exceção:	
  Tribunal	
  
de	
  JusKça	
  da	
  União	
  Europeia	
  no	
  exercício	
  de	
  suas	
  funções	
  
jurisdicionais;	
  
•  sua	
  aKvidade	
  não	
  é	
  jurisdicional,	
  mas	
  sim	
  administraKva	
  e	
  
invesKgaKva,	
  atuando	
  como	
  um	
  gardião	
  da	
  boa	
  
administração	
  e	
  integridade	
  do	
  quadro	
  insKtucional	
  da	
  UE.	
  	
  	
  
	
  
Alto	
  Representante	
  da	
  União	
  para	
  os	
  Negócios	
  
Estrangeiros	
  e	
  a	
  PolíKca	
  de	
  Segurança	
  
•  Espécie	
  de	
  Ministro	
  das	
  Relações	
  Exteriores	
  (ou	
  
Chanceler),	
  tratando-­‐se	
  de	
  um	
  cargo;	
  
•  ao	
  Alto	
  Representante	
  cabe	
  a	
  condução	
  da	
  políKca	
  
externa	
  e	
  de	
  segurança	
  comum	
  da	
  UE;	
  
•  assegura	
  a	
  coerência	
  da	
  ação	
  externa	
  da	
  UE,	
  dando	
  
maior	
  unidade	
  ao	
  bloco.

Outros materiais