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Aula 2 Economia brasileira

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Economia Brasileira
A era Lula: da crise de confiança à retomada do crescimento
Parte I
Prof. Ms. Evânio Mascarenhas Paulo
Iguatu (CE) em 18 de Julho de 2018
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A introdução de reformas estruturais da Economia Brasileira nos governos Itamar Franco e, especialmente, no governo FHC. Reafirmam da defesa da estabilidade e da austeridade como compromisso de Estado. No entanto, a continuidade desse compromisso passou a fortemente questionada com a eleição do Partido dos Trabalhadores a partir de 2002.
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Bandeiras históricas e figuras de destaque na política petista sempre defenderam posições como a renegociação da dívida pública e mudanças das prioridades da política econômica, centrada em regimes de inflação e superávit primário para pagamento de juros da dívida. Estas posições causavam desconfiança e preocupação em setores do mercado financeiro.
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Dentro das linhas de ações orientadas pelas consenso de Washington estavam as reformas e privatizações que visavam melhorar as finanças públicas e a eficiência do Estado. E, associado a isto, o plano real lançando em meados nos anos 90 para se fazer frentes ao processo inflacionário.
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No entanto, paulatinamente, o discurso oficial do partido dos trabalhadores foi sendo alterado para uma visão mais gradualista e moderada da situação. Giambiagi et al (2011 p. 203) apontam dois motivos para a essa mudança de postura das autoridades petistas.
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A dramaticidade da crise argentina de 2001-2002, que deixou claros os problemas que poderiam resultar de uma paralisia completa dos empréstimos ao Brasil.
 A própria seriedade da situação externa do país no final de 2002, indicando que, sem a recuperação do crédito externo e o acesso aos recursos do FMI, havia riscos de Lula ter de assumir em 2003 com uma situação gravíssima, dólar pressionado, inflação ascendente e o país correndo risco de insolvência.
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Três documentos importantes lançados pelo partido deixou clara a mudanças de postura e adoção de uma postura mais moderada: a Carta ao Povo Brasileiro, O plano de Governo e A Nota sobre o Acordo com o FMI.
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No lado fiscal, a previsão difusa de um superávit fiscal de 3.75% se mostrava incerta e insuficiente para o mercado que desejava um “overshooting” do superávit primário. Além do mais se projetava um aumento dos gastos públicos que alimentava ainda mais as incertezas e inseguranças. Ao mesmo tempo, do lado monetário exigia-se medidas igualmente urgentes. As elevações da taxa básica de juros, que em um prazo de 60 dias em outubro de 2002 passo de 18% para 25% ao ano, foram vistas como tardia pelo mercado e mesmo insuficiente face a intensidade da alta dos preços e, defendia novas rodadas de aperto da política monetária..
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1. Nomeou para cargo de presidente do banco central, o ex-presidente mundial do Bank Boston, Henrique Meireles, um nome que agradava e inspirava mais confiança ao mercado. Além disso, manteve toda a diretoria anterior do banco central, em um claro sinal de continuidade.
2.	Anunciou as metas de inflação de 2003 e 2004 de 8.5% e 5.5% respectivamente, que representavam uma forte reversão ao verificado efetivamente em 2002. Isso reafirmava o compromisso com a continuidade da política anti-inflacionária
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3.	Elevou a taxa básica de juros nas reuniões do conselho de política monetária, mostrando que isso não era mais um “tabu” para o partido dos trabalhadores;
4.	Definiu um aperto da política fiscal por meio da definição de um superávit primário mais robusto. Assim, o superávit previsto passou de 3.75% para 4.25% em relação ao produto interno bruto.
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5.	Ordenou cortes de gastos públicos para se conseguir atingir o objetivo fiscal, deixando de lado antigas políticas de aumento de gastos públicos;
6.	Adicionalmente, colocou na lei de diretrizes orçamentárias o objetivo de manter a meta de superávit fiscal de 4.25% para o período 2004-2006.
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Assim, um conjunto de medidas este conjunto de medidas iniciais e as propostas de continuidade das reformas estruturais foram aos poucos dando o tom de qual seria a política econômica na novo gestão Lula e, portanto, superando os temores em relação a esta
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O desempenho da economia brasileira a partir de 2002 foi extremamente influenciado pelo contexto internacional e, adicionalmente, pela continuidade do regime de metas de inflação, que passar a condicionar a taxa de juros, e a taxa de câmbio com fortes influências sobre os resultados da Economia Brasileira.
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A devido ao comportamento favorável da taxa de câmbio e da rígida política monetária do Banco Central, a inflação acabou cedendo e fechou o ano em 9,5% acima da meta de 8,5%, mas abaixo do nível psicologicamente crítico de dois dígitos. Para os demais anos do governos Lula ficou dentro das metas estabelecidas pelo Banco Central. 
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Em relação ao comportamento da taxa de juros, no primeiro mandato do governo Lula o patamar se mostrou bastante semelhante ao verificado no governo anterior, demostrando mais uma vez, os indícios de continuidade das diretrizes gerais da política econômica. O gráfico abaixo sintetiza as variações na taxa de juros SELIC.
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A política fiscal inicial do novo Governo revelou-se, também contrariamente à retórica de campanha eleitoral, mais contracionista que no Governo anterior. De fato, em 2003, especificamente, o gasto primário total, incluindo as transferências para Estados e Municípios caiu mais de 3% em termos reais, conforme os dados de Gianbiagi (2011).
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A política fiscal inicial do novo Governo revelou-se, também contrariamente à retórica de campanha eleitoral, mais contracionista que no Governo anterior. De fato, em 2003, especificamente, o gasto primário total, incluindo as transferências para Estados e Municípios caiu mais de 3% em termos reais, conforme os dados de Gianbiagi (2011).
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DESPENSADOS (AS)
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