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Odontogênese Kamila Kosinski – Odontologia UFMS 2018 ESTRUTURA DO DENTE - Porção que se projeta acima da gengiva: coroa - Uma ou mais raízes abaixo da gengiva (une o dente aos alvéolos do osso) - Coroa coberta por tecido mineralizado (esmalte) e raiz coberta por um tecido mineralizado (cemento) – encontro no colo do dente. - Dentina (tecido mineralizado) se localiza abaixo do esmalte e cemento e compõe a maior parte do dente. CAVIDADE PULPAR - Circundada pela dentina e é formada por TCF muito vascularizado e inervado (polpa dental) - Cavidade pulpar: Porção coronária – câmara pulpar Porção na raiz – canal radicular que se estende até o ápice do dente (forame apical) - Forame apical: orifício de entrada e saída de vasos sanguíneos, linfáticos e nervos da polpa. - Ligamento periodontal: tecido conjuntivo com feixes grossos de fibras colágenas inseridos no cemento e osso alveolar. COMO SE FORMA? DENTE - Origem embrionária: epidermica (1o arco faríngeo ) e do ectomesênquima subjacente. - Localização: implantados na borda livre da mandíbula e da maxila (epitélio odontogênico) ESTÁGIOS CELULARES DO DESENVOLVIMENTO DO DENTE 1. Iniciação (indução): estimulados pelos tecidos adjacentes para formar o dente 2. Proliferação: quando as células recebem o estimulo e começam a se condensar/proliferar 3. Morfodiferenciação: significa que uma célula que tinha aspecto pavimentoso, fica mais cuboide/cilíndrica. 4. Citodiferenciação: não é mais uma célula cilíndrica, já possui uma determinada função. 5. Aposição e maturação: é onde a célula se determina como odontoblasto, formando a dentina. Odontogênese Kamila Kosinski – Odontologia UFMS 2018 O ESPESSAMENTO DO EPITÉLIO INICIA NA 6a SVIU - Lâmina epitelial primária: espessamento do epitélio de revestimento da cavidade bucal primaria - Lâmina vestibular: forma o sulco vestibular (suas células mais centrais ficam sem suprimentos, degeneram-se dão lugar a uma fenda que constitui o fórnix do vestíbulo da boca.) - Lâmina dentária: forma os dentes - lâmina dentária acessória: molares permanentes - lâmina dentária sucessória: dentes permanentes sucessores. - O dente, bem como qualquer tecido a ser formado durante o desenvolvimento, é controlado por uma complexa cascata de expressões de genes que direcionam as células para o correto local e trajeto apropriado de diferenciação, influenciado por componentes de matriz e fatores de crescimento locais. - A lâmina dental da onde vai dar origem ao dente ela produz alguns fatores que já vão começar a influenciar o ectomesênquima, em seguida, esse começa a condensar (células proliferam). Depois de condensado começa produzir outros fatores que estimula novamente o epitélio subjacente da própria lamina dental. FASE DO BOTÃO ou ESTÁGIO DO BROTO - inicio da odontogênese - intensa atividade mitótica das células da lâmina dentária - epitélio invade o ectomesênquima (botão dental) - células do ectomesênquima começam a se condensar ao redor da proliferação epitelial - Germe dental: (iniciação e proliferação) Células periféricas colunares Células centrais poligonais Odontogênese Kamila Kosinski – Odontologia UFMS 2018 FASE DO CAPUZ - o botão dental assume a forma de um capuz - fase que podemos identificar elementos formadores do dente e formadores dos tecidos de suporte - A parte epitelial do germe é o órgão do esmalte 1. Epitélio externo (constituído por células entre estes dois epitélios) FORMA O ÓRGÃO DO ESMALTE 2. Epitélio interno (pela porção côncava do capuz) – da origem à célula que forma o esmalte, chamada de ameloblasto. 3. Reticulo estrelado (formado por células entre estes dois epitélios) - Região de convergência entre a união do epitélio interno e externo do órgão do esmalte, forma a alça cervical - O epitélio interno do órgão do esmalte dará origem aos ameloblastos que secretarão a matriz do esmalte. 4. O ectomesênquima condensado abaixo do órgão do esmalte constitui a papila dental que dará origem aos odontoblastos (que secretarão a matriz de dentina) e a polpa. 5. O ectomesênquima condensado ao redor do órgão do esmalte constitui o folículo dental que dará origem aos tecidos de suporte e suas células (cemento – cementoblastos e cementócitos, osso alveolar – osteoblastos e osteócitos, e ligamento periodontal – fibroblastos). 6. Alça Cervical é a ponta do capuz, onde tem o encontro do epitélio interno e externo. FASE DO CAMPÂNULA ou ESTÁGIO DE SINO - assume o formato do futuro dente - Diferenciação Ameloblastos (a partir do epitélio interno) Odontoblastos (a partir das células da papila dental adjacentes ao epitélio interno) - a diferenciação progredi da ponta de cúspides e bordas incisais para a alça cervical. Eventos Importantes: Desintegração da lamina dentária e determinação da forma da coroa. Odontogênese Kamila Kosinski – Odontologia UFMS 2018 ASPECTO DO EPITÉLIO INTERNO E EXTERNO DO ORGÃO DO ESMALTE (dentário) 1. Células do epitélio externo: tornam-se pavimentosas 2. Células do epitélio interno: alongam-se e passam a ser cilíndricas baixas com núcleo central e seu 3. Células do reticulo estrelado: separadas umas das outras, sem perder o contato entre si por desmossomos (glicosaminoglicanas e água) 4. Estrato intermediário: acima das células cilíndricas do epitélio interno (duas a três camadas de células pavimentosas) – produzirão fosfatase alcalina. - Papila dental já podem ser vistos vasos sanguíneos que vão constituir a vascularização da pulpar. Forma dentina, cavidade pulpar, elementos da cavidade pulpar. FASE DO CAMPÂNULA ou ESTÁGIO DE SINO 1. Epitélio externo: pavimentosas, sendo uma camada única de células 2. Epitélio interno: camada única de células de cubicas a achatadas 6. Região da alça cervical 7. O epitélio externo esta em contato com o folículo dentário, enquanto que o epitélio interno esta em contato com a papila dentária. Odontogênese Kamila Kosinski – Odontologia UFMS 2018 - Epitélio interno inverte polaridade: núcleo fica voltado para o estrato intermédio e passa a ser chamado de pré- ameloblastos, estes prolongamentos curtos e espessos no pólo voltado para a papila dental - Células superficiais da papila se diferenciam em odontoblastos (arranjo epitelióide) com prolongamentos finos e longos - ESTÁGIO DE SINO – COROA - Ameloblastos: (forma esmalte) células colunares altas, muitas mitocôndrias abaixo do núcleo, extensão apical – Processo de Tomes - Odontoblastos: (forma dentina)células polarizadas, secretoras, com grânulos apicais e núcleo basal, extensão apical ramificada que penetra perpendicular a dentina – prolongamentos odontoblásticos (Fibras de Tomes) formando os túbulos dentinários. Pré-ameloblastos induzem a diferenciaçao dos odontoblastos que apos secretarem a 1a camada de dentina induzem a diferenciação dos ameloblastos. Epitélio interno Células da papilla dentária Movem-se em sentido opostos Odontogênese Kamila Kosinski – Odontologia UFMS 2018 FASE DA COROA - dois principais fenômenos: Dentinogênese (formação da dentina) Amelogênese (formação de esmalte) - Visualizaçao da forma da coroa do futuro dente com as projeçoes das cuspides e/ou borda incisal bem definidas - O esmalte não mineralizado encontra-se em vermelho (2) e a dentina em azul (4). Retículo estrelado passa a nutris os ameloblastos FASE DA RAIZ – raiz é formada por dentina. - Rizogênese (formação radicular ): A raiz é formada por dentina. Inicia-se a partir da baínha Epitelial radicular de Hertwig (na região cervical da coroa) e progride em direção apical. É esta baínha epitelial que comandará a formação radicular. Nutriçao direcionada pela papilla dentária ao órgão do esmalte ou dentário é extinta devido a formação de dentina e esmalte Bainha epitelial de Hertwig: união dos epitélios interno e externo do órgão do esmalte ou dentário; Odontogênese Kamila Kosinski – Odontologia UFMS 2018 COMPONESTES DESSA FASE: - Bainha epitelial de Hertwig: união dos epitélios interno e externo do esmalte. - Borda livre da bainha, voltada para a polpa (delimita o forame apical primário). - Restos epiteliais de Malassez: fragmentos da bainha que permanecem até a vida adulta. - O esmalte é produzido pelo ameloblasto até a intersecção da coroa com a raiz, abaixo, o cementoblasto produzirá o cemento NESTA FASE OCORRERÁ A DIFERENCIAÇÃO DO FOLÍCULO DENTÁRIO: - cementoblastos (que produzirão o cemento) - fibroblastos (que produzirão ligamento periodontal – caracterizadas pelas fibras colágenas) - osteoblastos (que produzirão osso alveolar) FORMAÇÃO DA DENTIÇÃO PERMANENTE - 32 semanas de desenvolvimento dentina e ameloblastos funcionais dos primeiros molares permanentes. Nessa fase ainda não erupcionou. - Os molares da dentição permanente não possuem os decíduos antecessores - A lâmina dentária cresce posteriormente e abaixo do revestimento da mucosa bucal. Dessa extensão surgem os germes dentários 1o, 2o e 3o molares. - inicia-se a formação dos germes dos dentes permanentes a partir do broto do permanente por volta do quinto mes de vida intra-uterina - broto do permanente é uma proliferação epitelial posicionada palatina ou lingualmente ao germe do dente decíduo e fica latente até o estimulo de proliferação. - molares permanentes surgem diretamente da lâmina dentária original, que se estende posteriormente.
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