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PRÁTICA V AULA 1 INICIAL

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PRÁTICA SIMULADA V – Professora RACHEL BRAMBILLA – 2018.1 
 
CASO 1 
 
Trata-se de AÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL. 
 
Competência: EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL 
DA COMARCA DE ARAÇATUBA/ SP 
 
 
 A Autora, declara que seu esposo Marcos caminhava por uma 
de Recife/PE, quando foi atingido por um aparelho de ar condicionado manejado 
de forma imprudente pelo Réu. 
 
 Marcos foi encaminhado para um hospital particular, sendo 
faleceu após estar internado por um dia. 
 
 Sua esposa (Autora), profundamente abalada pela perda 
trágica do seu esposo (Marcos), desloca-se até Recife/PE, e transporta o corpo do 
seu esposo para Araçatuba/SP. Onde o sepultará. O falecido não deixou filhos, 
sabe-se ainda que Marcos tinha 50 anos de idade, era responsável pelo seu 
sustento e de sua esposa e conseguia renda média mensal de 1 salário mínimo 
como pedreiro, sabe-se também que os gastos hospitalares e gastos com translado 
e sepultamento somam equivalência 6,000,00 (seis mil reais). 
 
 No inquérito policial após o laudo da perícia técnica apontar 
como causa morte o traumatismo craniano decorrente da queda do aparelho de ar 
condicionado, manuseado pelo Réu. Sendo que o Réu foi denunciado e condenado 
em primeira instância como autor do homicídio culposo. 
 
 Muito embora, em princípio, tenhamos as regras do Código de 
Processo Civil em que se leva em consideração o domicílio do réu (ação pessoal) e 
lugar do ato ou fato; artigos 46 do NCPC, em virtude da precária condição econômica 
dos autores, principalmente após a morte trágica do único responsável pelo sustento 
da família, estes ficariam impossibilitados de comparecer às audiências e demais atos 
processuais numa das Varas Cíveis da Comarca de Recife – PE, considerando-se que o 
acesso à justiça é um direito expresso na Constituição Federal de 1988, em seu art. 
5º, XXXV. 
 Desta forma, a competência daquele juízo não deve prevalecer, 
devendo haver, portanto, a modificação da competência, para apreciar e julgar a 
presente ação, para uma das Varas Cíveis da Comarca de Araçatuba – SP, sob pena de 
impedir o acesso à justiça pelos autores. 
 
Legitimação Ativa: Maria . 
 
Legitimação Passiva: Roberto . 
 
Rito: comum – 318 NCPC. 
PRÁTICA SIMULADA V – Professora RACHEL BRAMBILLA – 2018.1 
 
LEMBRAR DE INSERIR PARÁGRAFOS EM TODOS OS TEXTOS, INCLUSIVE NA 
INTRODUÇÃO 
PULAR LINHAS APÓS A EXPLANAÇÃO DE CADA ATO; NÃO FAZER TEXTOS EXTENSOS 
E DIVIDIR OS ASSUNTOS 
PETIÇÃO DIGITADA – PODEM DAR ESPAÇO 1,15 ou 1,5 entre as linhas. 
PULAR LINHAS entre os TEXTOS 
 
SE QUISEREM NÃO PRECISA COLOCAR TERMOS COMO: DS PEDIDOS e 
DAS PROVAS, POR QUE ESTES SÃO OS LOCAIS DE CADA UM E O JUIZ 
JÁ SABE DISSO. QUEM VEIO A AULA DA PRIMEIRA SEMANA PODE 
EXPLICAR PARA OS COLEGAS QUE NÃO VIERAM. 
 
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA – art. 98 e art. 99 do NCPC. 
 
 
DA MEDIAÇÃO – OPTA OU NÃO – ART. 319 VII - CPC 
 
DOS FATOS E DOS FUNDAMENTOS 
SE QUISEREM NÃO PRECISA SEPARAR OS FATOS DA 
FUNDAMENTAÇÃO, CONFORME EXPLANEI NA PRIMEIRA AULA. PODE 
FAZER NO MESMO LOCAL O QUE FACILITARIA MAIS, POIS VOCÊS 
NARRARIAM OS FATOS E JÁ APRESENTARIAM A FUNDAMENTAÇÃO 
DE CADA FATO NO MESMO LOCAL. 
 
DOS FATOS: 
 
 
DOS FUNDAMENTOS: 
 
 O Código Civil de 2002, no seu art. 186, é peremptório em 
afirmar que aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, 
viola direitos e causa danos a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato 
ilícito, o que, por sua vez, gera o dever de reparar o dano causado, a teor do art. 927 
do mesmo Código. Ou seja, a conseqüência jurídica do ato ilícito que causa dano a 
outrem consiste na obrigação de indenizar. 
 
 No caso presente, a queda do aparelho de ar-condicionado, 
quando era manejado, repita-se, de forma imprudente pelo réu, provocou a morte de 
Mauro, por traumatismo craniano, o que configura a responsabilidade contida no 
artigo 938 do Código Civil, já que aquele que habita prédio ou parte dele, responde 
pelo dano causado pelas coisas que dele caiam ou que sejam lançadas em lugar 
indevido. 
PRÁTICA SIMULADA V – Professora RACHEL BRAMBILLA – 2018.1 
 
 Observa-se a incidência da responsabilidade subjetiva, que 
ocorre quando o agente, por sua conduta culposa, viola um dever jurídico e causa 
dano a outrem, ficando, por conseqüência, obrigado a reparar o dano. 
 
 Nesse contexto, importa trazer à colação a lição de Sérgio 
Cavalieri Filho, na sua obra Programa de Responsabilidade Civil, 8ª ed., São Paulo: 
Atlas, 2008, p. 46, sobre o nexo de causalidade entre a conduta do autor do ato ilícito 
e o dano sofrido pela vítima, que se encaixa como uma luva no caso em questão: 
 
“Não basta, portanto, que o agente tenha praticado uma conduta 
ilícita; tampouco que a vítima tenha sofrido um dano. É preciso que 
esse dano tenha sido causado pela conduta ilícita do agente, que 
exista entre ambos uma necessária relação de causa e efeito. Em 
síntese, é necessário que o ato ilícito seja a causa do dano, que o 
prejuízo sofrido pela vítima seja resultado desse ato, sem o que a 
responsabilidade não correrá a cargo do autor material do fato. Daí 
a relevância do nexo causal. Cuida-se, então, de saber quando um 
determinado resultado é imputável ao agente; que relação deve 
existir entre o dano e o fato para que este, sob a ótica do Direito, 
possa ser considerado causa daquele.” 
 
 Nos termos do art. 948, I, do Código Civil, se a ofensa resultar de 
homicídio, como demonstra o inquérito policial no presente caso, a indenização 
abrangerá, além de outras reparações, o pagamento das despesas com o tratamento 
da vítima, seu funeral e o luto da família. 
 
 Com efeito, o ato ilícito praticado pelo réu resultou, primeiro, 
nos gastos hospitalares e, depois, com a morte de Mauro, nas despesas com o 
translado do corpo e com o sepultamento do falecido. 
 Dessa forma, configurado o nexo de causalidade entre a conduta 
ilícita praticada pelo réu e o dano sofrido pelo falecido Mauro, cabível é a 
indenização aqui pleiteada a título de danos materiais, com base nos arts. 186, 927 e 
948, I, todos do Código Civil. 
 
 No entanto, o dano provocado pela prática lesiva do réu não se 
resume ao dano material, que se mede pelos respectivos comprovantes anexos, mas 
se estende também ao dano moral, como previsto nos artigos 186 e 944 do Código 
Civil, em razão do profundo sofrimento e dor provocados pela morte trágica de 
Mauro, causando aos autores, desde então, aflições, angústias e desequilíbrios no seu 
bem-estar. 
 Por outro lado, a teor do art. 948, II, do Código Civil, a 
indenização abrangerá ainda a prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os 
devia, levando-se em conta a duração provável da vida da vítima. 
 
 
PRÁTICA SIMULADA V – Professora RACHEL BRAMBILLA – 2018.1 
 
 Este entendimento está em sintonia com a jurisprudência do 
Superior Tribunal de Justiça e peloTribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro em 
reconhecer a responsabilidade civil subjetiva e o conseqüente dever de indenizar à 
prestação de alimentos em caso de homicídio, conforme demonstra a seguinte 
ementa: 
 
STJ - RECURSO ESPECIAL REsp 595789 MG 2003/0172004-5 (STJ) 
Data de publicação: 06/03/2006 
Ementa: Direito civil e processual civil. Recurso especial. Ação de 
indenização por danos materiais e morais. Morte de empregado 
vítima de latrocínio enquanto laborava. Embargos de declaração. 
Ausência de omissão. Responsabilidade civil da empregadora. Valor 
arbitrado a título de reparação por danos morais. Indenização por 
danos materiais. Constituição de capital. Necessidade. Honorários 
advocatícios. Alteração. Reexame de prova. - A prestação 
jurisdicional deve corresponder àquela pleiteada pelas partes, 
devidamente fundamentada, sem omissões, obscuridades ou 
contradições. - O transportede valores por parte de empregado da 
empresa recorrente, em região de país estrangeiro de reconhecida 
periculosidade, exige adoção de medidas acautelatórias por parte 
da empregadora. - Ocorrendo latrocínio que vitimou o empregado, 
pai e cônjuge dos recorridos, e verificado que, embora tenha a 
empregadora contratado empresa de segurança, não tomou 
providências no sentido de evitar que a vítima continuasse a 
realizar o transporte de valores expressivos em território perigoso, 
caracterizada está sua imprudência, o que faz emergir a culpa. - Se 
o Tribunal de origem fundamentou sua decisão na responsabilidade 
subjetiva, tomando como parâmetro de suas conclusões a 
demonstração da conduta culposa da empregadora aliada a 
existência de dano e nexo causal dela decorrentes, revisar tal 
conclusão adentraria na senda da análise dos fatos e das provas, 
vedada no especial. - Só é dado ao STJ revisar o arbitramento da 
compensação por danos morais quando o valor fixado destoa 
daqueles estipulados em outros julgados recentes deste Tribunal, 
observadas as peculiaridades de cada litígio. - A indenização por 
danos materiais fixada em percentual incidente sobre a média dos 
rendimentos do falecido (salário acrescido de adicionais) auferidos 
no último ano em que laborou para a empresa antes do evento 
danoso, coaduna-se com a jurisprudência do STJ. - "Em ação de 
indenização, procedente o pedido, é necessária... 
Encontrado em: , E, DANO MORAL, CÔNJUGE, E, FILHO, PELA, 
MORTE, PAI, EX-EMPREGADO, EMPRESA, MOTIVO, LATROCÍNIO... 
VINCENDA, PENSÃOINDENIZATÓRIA, CÔNJUGE, E, FILHO, DE CUJUS 
/ INDEPENDÊNCIA, EMPRESA, ALEGAÇÃO... SÚMULA DO SUPERIOR 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - FIXAÇÃO 
STJ - RESP 208795 -MG... 
PRÁTICA SIMULADA V – Professora RACHEL BRAMBILLA – 2018.1 
 
2008.001.06747 - APELACAO - DES. EDSON VASCONCELOS - 
Julgamento: 26/03/2008 - DECIMA SETIMA CAMARA CIVEL 
RESPONSABILIDADE CIVIL - ATROPELAMENTO VÍTIMA FATAL - FALHA 
MECÂNICA - DEVER DE INDENIZAR - DANO MORAL - PENSIONAMENTO 
- Insustentável tese defensiva de ausência de nexo de causalidade 
em razão da ocorrência de fortuito externo, consubstanciada na 
quebra de peça do veículo que não precisaria de manutenção, uma 
vez que todos seus componentes necessitam de revisões constantes, 
ainda mais em razão das características do automóvel causador do 
dano. O defeito mecânico em veículo automotor constitui fortuito 
interno, já que inerente aos riscos da atividade desenvolvida pelo 
causador do dano, sendo essa a jurisprudência deste Tribunal de 
Justiça. No que tange ao dano moral, sua conceituação tem 
natureza empírica, pelo que só diante do caso concreto um ato 
pode revelar-se ofensivo à moral objetiva ou subjetiva de 
determinada pessoa, mas em intensidade tal que justifique 
reparação pecuniária, a título punitivo e pedagógico, a fim de 
impedir a reprodução social daquela determinada conduta 
reprovável. Em relação à limitação temporal dos alimentos 
decorrentes do ato ilícito praticado, o art. 948, II, do Código Civil 
estabelece que, no caso de homicídio, a indenização consiste, sem 
excluir outras reparações, prestação de alimentos às pessoas a 
quem o morto os devia, levando-se em conta a duração provável da 
vida da vítima, alcançando o limite de 70 (setenta) anos, em razão 
da atual expectativa de sobrevida estabelecida. Improvimento ao 
recurso 
 Por consequência, além da indenização aqui pleiteada a título de 
danos materiais cumulada com dano moral, diante da conduta reprovável do réu, 
decorrente de homicídio, cabível é a prestação de alimentos aos autores, que 
dependiam economicamente do falecido para seu sustento, com base no art. 948, II, 
do Código Civil. 
 
DO PEDIDO 
 
Diante do exposto, requer a V. Exa.: 
 
1. a gratuidade de justiça; 
 
2. Designação da audiência de conciliação ou mediação e intimação do réu para seu 
comparecimento; NESTE CASO SE OPTOU LÁ EM CIMA art. 319, VII, CPC 
 
3. Citação do réu para integrar a relação processual 
4. seja julgado procedente o pedido do autor para condenar o réu a pagar a 
importância de um salário mínimo nacional, em caráter vitalício, imediatamente, 
 
PRÁTICA SIMULADA V – Professora RACHEL BRAMBILLA – 2018.1 
 
5. seja julgado procedente o pedido, confirmando a tutela antecipada deferida, bem 
como a condenação do réu ao pagamento de indenização por danos materiais, no 
valor de R$ 6.000,00; 
 
6. seja julgado procedente o pedido para condenar o réu apagar a importância de 
R$...... a título de reparação por danos morais, 
 
7. seja o réu condenado aos ônus sucumbência, 
 
DAS PROVAS 
 
 Requer a produção de provas documental, pericial, testemunha e 
depoimento pessoal do réu na amplitude do art. 369 do Código de Processo Civil. 
OU 
 Protesta por todos os meios de provas em direito admitidas, 
inclusive pericial, testemunhal, documental, depoimentos pessoais. 
 
DO VALOR DA CAUSA 
 
 Atribui-se à causa o valor de R$ .......(art 292, inciso VI CPC.) 
para efeitos fiscais 
 
 Nestes termos, pede deferimento 
 
 Assinatura do adv OAB

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