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CIRURGIA ONCOLÓGICA – Tumor de Mama Procedimento de rotina Procedimento comumente paliativo geralmente os animais já apresentam metástase Classificada em: Mastectomia bilateral (em gatas é sempre retirado as duas cadeias) Mastectomia unilateral Mastectomia: Realizada a retirada dos linfonodos axilar e inguinal é utilizado o corante azul patente intradérmico para identificação dos linfonodos Síndrome paraneoplásica: Animais que possuem metástase e caquexia Neste caso, é realizada apenas a retirada da mama acometida Complicações neoplásicas: CID (coagulação intravascular disseminada): comum em carcinomas e hemangiossarcomas A CID pode causar hemorragia e diminuir os níveis sanguíneos plaquetários Neste caso, é recomendado tratamento pré-cirúrgico com PRP (plasma rico em plaquetas fluidoterapia) Tumores ulcerados: Retirada total unilateral ou bilateral Estes casos requerem cirurgia reconstrutiva e em alguns casos pode ser considerado um tumor inoperável Neste caso podem ter miíase Diagnóstico: Citologia aspirativa Radiografia importante para avaliar metástase em fígado e pulmão Metástase em cães geralmente são grandes massas, e em felinos massas muito pequenas geralmente ocorre quando há linfonodos acometidos, pois as células neoplásicas se encontram na via linfática Histopatologia realizada após a excisão de toda a cadeia mamária para avaliar a necessidade de quimioterapia. É obrigatório enviar todas as excisões para exame histopatológico. Hiperplasia mamária: Diagnóstico diferencial Causada pelo excesso de E2 e P4 Progesterona exógena fornecida por proprietários como método contraceptivo Neste caso, a indicação é a realização de OSH através do flanco Tratamento com medicamento chamado AGLEPRISTONE (utilizado para aborto em cadelas) 5 injeções para diminuir a hiperplasia mamária Considerações cirúrgicas: Vasos a serem ligados: artérias e veias epigástricas (superficial caudal e cranial) do tronco pudendo, artéria torácica lateral e artéria torácica interna Em gatas: retirada total e bilateral das cadeias devido à conexão vascular entre as duas cadeias mamárias. 90% das neoplasias em gatas são malignas. Ligadura realizada para acesso a mama inguinal no tronco pudendoepigástrico Lavagem pós-cirúrgica: realizada para diminuir carga microbiana e coágulos de sangue. Após a lavagem, aplicação de lidocaína com vasoconstritor no local a ser excisado para diminuir o sangramento e evitar seromas Se acometer a mama caudal e cranial, é necessário realizar unilateral para a cadeia acometida Técnica cirúrgica: Incisão cutânea em região axilar para ressecção de linfonodos axilares com bisturi Divulsão de tecido subcutâneo em região ventral ao músculo peitoral superficial com tesoura de metzenbaun. *Divulsão por afastamento* Pinçamento dos vasos do tronco pudendoepigástrico e artéria pudendo externa. Ligadura dos vasos com vycril 3-0. Incisão cutânea elíptica em cadeia proximal até mamas torácicas craniais. Pinçamento dos vasos epigástricos superficial cranial e ramos da artéria torácica interna. Ligadura com fio poligalactina 910. Ressecção de cadeias mamárias. Divulsão da pele lateral Aplicação de sutura de walking (sutura de avanço) com fio poligalactina 910 3-0 (carprofyl) (sutura aplicada para aproximação de tecidos) Aproximação da pele com backaus Aproximação intradérmica com sultan com fio poligalactina 25 3-0 Pontos em pele com ponto isolado simples, utilizando fio nylon 3-0 Pós-operatório: Bandagem ajuda a diminuir o espaço morte, ajudando na absorção dos fluidos e evitando formação de seroma. Retirada dos pontos: cães em 14 dias, gatos em 21 dias
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