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ANOTAÇÕES DE METODOLOGIA CIENTIFICA

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AULA 1 - METODOLOGIA CIENTIFICA.
Você já ouviu falar em Metodologia Científica? Sabe o seu significado? Aceita-se frequentemente como indiscutível a necessidade de organização de nossas tarefas diárias, não é mesmo? Ao refletirmos sobre isso, estamos nos interrogando sobre o significado de Metodologia Científica e a função da disciplina, bem como seu ponto de partida, recaindo sobre atitudes que não são espontâneas à existência humana. Esta disciplina destina-se a oferecer uma metodologia do trabalho científico, ensinando como pesquisar e sistematizar o conhecimento adquirido. Você verá em Metodologia Científica o estudo e o desenvolvimento das ferramentas necessárias à produção e apresentação de trabalhos acadêmicos e, nesse aspecto, observará tanto o processo lógico de construção do conhecimento, quanto o processo gráfico para a sua apresentação escrita.
INTRODUÇÃO.
A todo o momento nos interrogamos sobre o significado e a função da Metodologia Científica, bem como seu ponto de partida, que recai sobre atitudes que não são espontâneas à existência humana. Porém, dominar a linguagem não depende do desenvolvimento natural dos sujeitos, mas de habilidades e competências para uma postura reflexiva e crítica.
Veja agora como esta disciplina está dividida:
A disciplina está dividida em 4 blocos:
 AULA 1 e 2 AULA 3 e 4 AULA 5 a 8 AULA 9 e 10
Esta aula faz parte do primeiro bloco e visa uma maior aproximação da Metodologia Científica e do processo de desenvolvimento e aquisição do conhecimento. Bons Estudos!
Você já ouviu falar em Metodologia Científica, mas será que sabe de fato o que é? Após a leitura dos livros, podemos afirmar que:
I . Metodologia científica é o estudo dos métodos de conhecer e de buscar o conhecimento;
II. Metodologia científica é o estudo dos caminhos e dos instrumentos usados para se fazer ciência.
Das alternativas acima:
( ) Apenas a I é verdadeira;
( ) Apenas a II é verdadeira;
(X) Todas as alternativas são verdadeiras;
() Todas as alternativas são falsas.
A metodologia científica está dentro de duas grandes áreas... ... E essas duas áreas se completam!
Epistemologia: “A ciência sem a epistemologia – na medida em que tal seja imaginável – é primitiva e confusa”. Albert Einstein. Epistemologia vem de episteme = termo grego que designa ciência; logia/logos = estudo. Também conhecida como Filosofia da Ciência, a área se ocupa da fundamentação da ciência.
E por que tenho que estudar Metodologia Científica?
Se considerarmos o conhecimento e a verdade como algo dinâmico e histórico, encontraremos o ser humano como razão e fundamento desse saber. Assim, não será preciso mais fazer perguntas do tipo: por que tenho que estudar? Já que a resposta está na célebre frase de Descartes, “penso, logo existo”. Porque essa é a nossa essência. Aliás, muitos são os motivos para estudar Metodologia Científica. Vamos ver alguns deles:
Porque o conhecimento científico não existe sem método, sem uma linguagem específica, ou um rigor próprio.
Porque o maior desafio das Instituições de Ensino Superior está em desenvolver a postura de um pesquisador ao longo do processo educacional.
Porque é preciso desenvolver a autonomia do pensamento, muito presente no meio acadêmico. No exercício profissional, o sucesso está intimamente relacionado à capacidade de planejar e de organizar o pensamento, muitas vezes adquirida por meio da busca do conhecimento, através das práticas de leitura e da participação das atividades acadêmicas.
Ao ler as definições sugeridas para Metodologia Científica podemos perceber que todas mencionam a palavra conhecimento (capacidade de conhecer). E pra você...
O que significa conhecer? Significa incorporar um conceito novo, ou original, sobre um fato ou fenômeno qualquer.
Qual o valor do conhecimento para a vida humana? É o resultado das experiências que acumulamos em nossa vida cotidiana.
O conhecimento pode ser obtido de diversos modos, através do método científico, das hipóteses, das leis e teorias científicas, bem como por meio da pesquisa científica e da elaboração de trabalhos acadêmicos. Há muitas maneiras de estudar a realidade...
No mundo acadêmico os modos de conhecer são classificados em:
Senso comum ou conhecimento empírico;
Senso comum ou conhecimento empírico;
Conhecimento Filosófico;
Discurso Religioso ou Conhecimento teológico.
Trilha dos tipos de conhecimento.
Leia a reportagem e responda
A reportagem aborda dois tipos diferentes de conhecimento. Quais são eles?
( )Senso comum ou conhecimento empírico;
( )Conhecimento Científico;
(X) Conhecimento Filosófico;
( ) Discurso Religioso ou Conhecimento teológico.
Para reforçar...
O conhecimento pode ser:
Como podemos definir o senso comum?  
Aquilo que assimilamos por tradição. Ideias que nos ajudam a interpretar a vida e a julgar certas situações.  Na verdade, estamos mergulhados no senso comum, que geralmente se apresenta como um saber ingênuo, fragmentado e por vezes conservador.
Espontâneo: Primário, simples e elementar. Nasce da tentativa do homem resolver seus problemas no dia a dia.
Ametódico: Porque não possui um método, ou seja, um procedimento, uma técnica.
Empírico: Se baseia na experiência cotidiana comum.
Ingênuo e acrítico: Não é crítico, não se coloca como problema e não se questiona enquanto saber.
Subjetivo: É relativo ao sujeito do conhecimento. É formado por juízos pessoais a respeito das coisas, ocorrendo o envolvimento emocional e valorativo de quem observa.
Por que o gato é considerado mau agouro? 
O Conhecimento Científico está estritamente ligado a Ciência. Mas afinal, o que é Ciência?
Ciência é um saber racional e objetivo, que se atém aos fatos podendo transcendê-los. A Ciência depende da investigação metódica o que a torna analítica e requer exatidão e clareza na busca e aplicação de leis, podendo se usar de predições úteis, porém verificáveis.
Quais as características do conhecimento científico?
- Saber racional que obedece a regras, leis, princípios e se contrapõe ao saber ilusório, às emoções e às crenças; 
- Saber lógico e sistemático porque as ideias formam uma ordem coerente; 
- Saber verificável e metódico, pois é passível de exame para ter sua pretensão confirmada ou não. Para tanto segue uma técnica, um procedimento.
ATENÇÃO: No mundo acadêmico, fazer ciência é importante porque nos permite alterar a natureza e a nós mesmos. É da academia que saem o maior número de cientistas-pesquisadores.
O que podemos entender por Filosofia?
Segundo Maria Lúcia Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins dizem que: 
“A filosofia é um modo de pensar que acompanha o ser humano na tarefa de compreender o mundo e agir sobre ele. Mais que postura teórica, é uma atitude diante da vida, tanto nas condições corriqueiras como nas situações-limites que exigem decisões cruciais.” (ARANHA; MARTINS, 2003, p. 81). Agora veja como essas autoras caracterizam o conhecimento filosófico:
Radical: Originada do Latin radix, radicis significa raiz e, no sentido figurado, “fundamento”, “base”. A filosofia é considerada radical porque busca explicitar os conceitos que estão na base do pensar e do agir. Investiga as raízes, os princípios que orientam nossa existência.
Rigorosa: O conhecimento filosófico pode ser rigoroso, pois o filósofo deve dispor de um método a fim de proceder com rigor na investigação. São vários métodos para proceder a investigações e desenvolver um pensamento rigoroso, fundamentado, coerente e expresso numa linguagem também rigorosa. Os conceitos devem ser claramente definidos.
Saber de conjunto: Ter como característica o Saber em conjunto. Significa que a filosofia é globalizante porque, ao examinar, observa os diversos aspectos de um problema e por visar o todo, ela se torna interdisciplinar.
ATENÇÃO: Conclui-se então, que o conhecimento filosófico…
“...nos permite ter mais de uma dimensão(...). É a filosofia que dá o distanciamento para a avaliação dos fundamentos dos atos humanos e dos fins a que eles se destinam. (...) Portanto, a filosofia é a possibilidade de transcendência humana, ou seja, a capacidade de superar a situação dada e não escolhida. (...) A filosofia impede a estagnação.” (ARANHA; MARTINS, 2003, p. 91.)
Você sabe o que significa a palavra religião?
O vídeo traz a relação entre o conhecimento científico e teológico... 
Enquanto o conhecimento científico se fundamenta na evidência dos fatos observáveis e a Filosofia na lógica de seus enunciados, o conhecimento teológico se preocupa com a revelação divina. O conhecimento teológico ou religioso passa necessariamente por representações abstratas que influenciam as ações no mundo da vida, bem como conferem sentido às angústias e inquietações da consciência. Neste ponto não só representa uma explicação sobre a origem de todas as coisas como desvela o modo de determinada cultura entender e interpretar a sua própria existência.
1. Correlacione as colunas, identificando o nome de cada uma das características do senso comum, descritas abaixo: 
1. Espontâneo;
2. Ametódico;
3. Empírico;
4. Acrítico;
5. Subjetivo. 
 
(  ) Saber que se baseia na experiência cotidiana comum.
( ) Saber que não se coloca como problema e não se questiona enquanto sabedoria.
( ) Saber formado por juízos pessoais a respeito de coisas, ocorrendo o envolvimento emocional e valorativo de quem observa.
(  ) Saber primário, elementar e simples.
(  ) Saber que não apresenta um método ou técnica. 
 
Qual a sequência encontrada? 
Parte superior do formulário
1) 4-3-5-2-1 
2) 3-4-5-1-2 
3) 1-2-4-5-3 
4) 4-5-3-2-1 
Parte inferior do formulário
2.  Coloque F para falso e V para verdadeiro, nas afirmativas abaixo:
( ) O conhecimento do senso comum será sempre um saber que se afasta da verdade.
( ) O saber racional é aquele que obedece regras e se afasta das emoções e crendices.
( ) A ciência que desenvolvemos hoje, de forma sistemática e racional já estava presente nas civilizações da antiguidade.
(  ) O conhecimento científico é racional, metódico e infalível.
Parte superior do formulário
1) F-V-F-F 
2) V-V-F-F 
3) V-F-V-F 
4) F-V-V-F 
Parte inferior do formulário
3.  Observe a letra da música de Ivan Lins e Vitor Martins, “Daquilo que eu sei”, e assinale a opção correta:
 
Daquilo que eu sei
Nem tudo me deu clareza
Nem tudo foi permitido
Nem tudo me deu certeza...
 
Daquilo que eu sei
Nem tudo foi proibido
Nem tudo me foi possível
Nem tudo foi concebido...
 
Não fechei os olhos
Não tapei os ouvidos
Cheirei, toquei, provei
Ah Eu!
Usei todos os sentidos
Só não lavei as mãos
E é por isso que eu me sinto
Cada vez mais limpo!
Cada vez mais limpo!
Cada vez mais limpo!
Parte superior do formulário
1) A música nos lembra do sentido do uso da razão típico do conhecimento científico. 
2) A música nos remete ao método como procedimento para o conhecimento racional. 
3) A música apresenta o elemento subjetivo característico do senso comum permeado pelas certezas cotidianas. 
4) A música desvela o conhecimento não sistemático típico do conhecimento científico. 
Parte inferior do formulário
4. Coloque a letra C para Ciência e a letra S para senso comum:
( ) O camponês sabe como tratar o solo, utilizar adubos e providenciar as defesas para sua plantação, porque adquiriu o conhecimento necessário na sua vida cotidiana.
( ) O pneumologista Irwin Ziment demonstrou que o frango durante o cozimento libera cisteína, um aminoácido, similar ao fármaco receitado para os casos de bronquite.
(  ) “No inverno, faz frio porque a Terra está muito longe do Sol. No verão, ao contrário, a Terra se encontra mais próxima.”
(  ) “A física demonstra que as cores não existem em si mesmas, mas são ondas luminosas de cumprimentos diferentes, obtidas pela refração e reflexão.”
(  ) “Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.”
Parte superior do formulário
1) S-C-S-C-S 
2) C-S-S-C-S 
3) S-S-C-C-S 
4) C-S-C-C-C 
AULA 2 – O CONHECIMENTO.
Quem está com a razão? 
- Vamos lá, tenho certeza de que vocês sabem como é o Universo. 
 - Bom, a Terra fica aqui no centro, seguida pela Lua, depois vem Mercúrio, depois vem Vênus e depois o Sol é claro! Depois disso vem Marte, Júpter e depois Saturno… eu acho.
- Então a Terra é o centro do Universo e os planetas giram ao redor dela.
- É claro! Aristóteles disse isso.
- Aristóteles era um homem brilhante, mas nem sempre estava certo, por exemplo… … ele também dizia que um objeto pesado caía mais rápido do que um mais leve. Você acredita nisso?
- Acredito, a menos que prove o contrário.
- Não, não é assim… Aristóteles era apenas um homem!
- Professor Galileu, o que está fazendo é muito perigoso! É perigoso dizer que Aristóteles errou… ...é como dizer que a Igreja e a Bíblia estão erradas!
- São apenas ideias de um homem, e algumas dessas ideias estão erradas…
- Mas muitos dos seus ensinamentos foram absorvidos pela Bíblia…Parte inferior do formulárioSão doutrinas
sagradas!
- Atenção! Se Aristóteles estava certo, esta bola de 10kg deverá cair mais rápido e chegar primeiro ao chão, muito antes desta bola de 1kg. Cuidado! Vou jogá-la e não quero acertá-los.
O livro final de Galileu foi publicado e lido mundialmente.
Cinquenta anos depois, Issac Newton inspirou-se nele para desenvolver a teoria da gravitação, que mais tarde deu origem à teoria da relatividade de Einstein.
Galileu foi realmente o Pai da Física e da Astronomia moderna,. Porém, mais do que isso, ele se atreveu a pensar o impensável e a defender o indefensável. Galileu atreveu-se a dizer a verdade.
“É certamente prejudicial para as almas tornar uma heresia acreditar no que é provado”. Galileu Galilei.
Identifica-se na história de Galileu Galilei:
A Razão: O que podemos entender pelo termo razão? O termo racional vem da palavra razão e pode ter várias acepções como: razão humana, razão particular, razão universal, razão divina etc. Cada adjetivo adicionado ao termo altera o sentido do conceito razão. Pressupondo que razão e intelecto se equiparam e considerando a ideia de razão como uma faculdade humana, podemos nos questionar: E racionalidade? O que é? Racionalidade liga-se à ideia de racional, compreendendo dessa maneira que o ser humano é um ser racional, que os meios que utilizam são racionais, que o mundo é racional, ou seja, acreditamos que o ser humano e o mundo são inteligíveis, suscetíveis de serem entendidos. Galileu, por exemplo, acredita que o homem e o mundo são inteligíveis e suscetíveis de entendimento ao tentar refutar uma das ideias de Aristóteles.
O Sistemático: O que significa Sistemático? O termo sistemático liga-se à ideia de sistema, que denota o sentido de um todo organizado, interconectado em suas partes. Uma pesquisa, por exemplo, segue um método sistemático porque é um processo de construção do conhecimento a partir de objetivos gerais e específicos que visam alcançar algum fim. Cada etapa da pesquisa dever estar interconectada formando um sistema coerente de procedimentos e ideias, constituindo, assim, um todo organizado. Pode-se notar que a intenção de Galileu era remontar um cenário, dentro de um sistema, que desmistificasse os feitos de Aristóteles baseado nos fatos. É interessante observar que, ao falarmos em termos como racional e sistema, nos vinculamos ao sentido de método.
O Método: E o que seria Método? A palavra método vem do grego μέθοδος (méthodos) ― caminho para chegar a um fim. Nossos dicionários definem método como o conjunto de procedimentos para atingir um objetivo, ou seja, uma maneira ordenada e sistemática de agir. Assim fez Galileu, de maneira ordenada, provando que Aristóteles estava errado através da queda das esferas.” Portanto, Metodologia é um conjunto de métodos. Por isso, nos acostumamos a dizerque uma pessoa é metódica quando segue um método de trabalho ou quando se preocupa com os detalhes.
O que é o Método Científico?
“Trata-se de um conjunto de procedimentos por intermédio dos quais se propõe problemas científicos e colocam-se à prova as hipóteses científicas.” (BUNGE apud LAKATOS, 2000, p. 44).
Você considera o experimento ao lado uma transposição do método científico? Por quê?
O método científico é um conjunto de regras básicas para desenvolver uma experiência a fim de produzir novo conhecimento, corrigir e integrar conhecimentos pré-existentes. Na maioria das disciplinas científicas, o método científico consiste em juntar evidências observáveis, empíricas (baseadas apenas na experiência) e mensuráveis e analisá-las com o uso da lógica. Isso aconteceu no experimento que acabamos de ver. Nele se tornou observável a mudança do estado da água de sólido para líquido e depois para gasoso por meio do calor do fogo. Usou-se, então, a lógica aplicada à ciência, como defendem muitos autores.
No sentido literal, a Metodologia representa o estudo dos métodos e, especialmente, do método da ciência, que se supõe universal. 
Mas você já analisou por que o método é tão importante?  
Veja, então, a sua utilidade:
• Ajuda a compreender o processo de investigação;
• Possibilita a demonstração;
• Disciplina suas ações;
• Ajuda a perceber erros;
• Auxilia as decisões do cientista.
O método é, então, um plano de ação, em que a técnica utilizada é o modo ou a maneira de realizar a atividade pretendida, permitindo que o procedimento escolhido ocorra de maneira hábil e, se possível, perfeita.
CURIOSIDADE: Você sabia que o método científico pode ser visto como a ISO 9000 da ciência? “Não diz se o produto serve, não diz se o achado científico é importante, apenas diz que o processo de busca seguiu as regras do jogo. A evidência foi corretamente coletada, os procedimentos estatísticos e o tratamento dos dados são apropriados.” (CASTRO, 2006, p.59).
O método científico pode se sustentar em dois procedimentos:
Método Dedutivo: O cão estava desolado, o seu sofrimento por amor estava lhe consumindo. Não havia reciprocidade de sentimentos. A cadela nem sabia da sua existência e vivia no seu mundo paralelo. Tudo era triste até o momento em que o cão escutou algo que mudou a sua vida... Pesquisas comprovam a existência  de coração em todos os mamíferos. Todo mamífero tem um coração; Todos os cães são mamíferos; Logo, todos os cães têm um coração. Você observou que todas as premissas e a conclusão – segundo a lógica ― são verdadeiras? Concluir que todos os cães têm coração, ideia presente nas premissas, significa dizer que o argumento dedutivo enuncia uma informação ou ideia já conhecida, ou seja, o método dedutivo tem o propósito de explicar o conteúdo dos enunciados, apresentando uma conclusão inevitável, a partir de dados gerais para dados particulares.
Método Indutivo: Durante a manutenção de um poste de energia, o eletricista, ainda novo no ramo, notou que existia uma instalação irregular, feita com cobre, zinco e cobalto e pensou... O cobre conduz energia. O zinco conduz energia. O cobalto conduz energia... ...Logo, todo metal conduz energia. 
Características que distinguem os argumentos:
Até aqui estudamos duas abordagens importantes para o método científico: a abordagem dedutiva (dependente da lógica) e a indutiva (dependente da experiência empírica). Se por um lado podemos criticar o método dedutivo por não ampliar o conhecimento, por outro podemos apontar que ele nos traz um conhecimento provável, pois somente um exame de todos os elementos garantiria uma indução perfeita. Neste caso, se algumas induções não se confirmam, deve-se buscar os elementos que resultaram em erro, não abandonando a investigação.
Assim, encontramos duas características que distinguem os argumentos:
Vamos a um clássico do cinema... Sherlock Holmes.
Qual o tipo de utilizado por Sherlock Holmes para descrevera senhorita Mary Morstan? 
O método dedutivo, partimos de uma ideia geral para uma especifica. Já no método indutivo, partimos de experiências específicas para alcançarmos uma regra geral. Não se pode considerar que Sherlock Holmes partiu de experiências específicas, pois ele não estudou a senhorita Mary Morstan. Ele apenas observou os aspectos gerais e perceptíveis na moça.
Na passagem da marca da aliança, por exemplo, podemos considerar que a sua dedução foi baseada apenas em premissas verdadeiras:
•Noivos usam aliança na mão direita;
•A aliança deixa marcar no dedo;
•A moça tem uma marca de aliança na mão direita;
•Logo, a moça é noiva... ou, pelo menos, foi, conforme visto no vídeo.
Vejamos um caso interessante:
Um pesquisador decide estudar determinada planta. Ele parte de conhecimentos prévios sobre o objeto escolhido.  Em certo momento ele percebe que as folhas cobertas por pelos (tricomas) não foram atacadas por lagartas de borboletas. Fato que ocorre frequentemente com as folhas sem pelos.  O pesquisador, então, faz o seguinte questionamento: é possível afirmar que a presença de pelos nas folhas da planta dificulta a predação?  Em seguida, apresenta a hipótese: a presença de pelos em folhas de plantas dificulta a predação por lagartas de borboletas.  Neste ponto, o cientista realiza a testagem de sua hipótese. Separa algumas folhas com pelos e outras sem pelos e verifica a predação para observar a hipótese formulada.
 
 
 
Método hipotético-dedutivo.
Karl Popper (1922-1996) criticou o método indutivo e lançou as bases do método chamado hipotético-dedutivo que consiste na construção de hipóteses, cujas predições devem se submeter ao critério da falseabilidade. Popper dizia que qualquer enunciado que só tenha termos observacionais poderia dizer mais do que se pode ver.
Como assim? Quando dizemos que algo é água, estamos assumindo:
• Que congela a 0 grau;
• Que ferve a 98 graus;
• Que não tem cor, nem cheiro, nem gosto; e
• Que essas características não mudam com o tempo.
Método hipotético-dedutivo.
O que esse exemplo quer dizer? 
Quer dizer que, se o cientista seguir rigorosamente cada fase desse método e, ao final, constatar que sua hipótese deve ser refutada, como no caso do líquido do copo que deixa de ser água, poderá encontrar argumentos científicos suficientes para formular críticas às teorias existentes e seus paradigmas. Essas teorias foram consideradas como ponto de partida para novas pesquisas. Toda hipótese contém uma predição, ou seja, uma suposição e precisa passar pelo falseamento. O cientista testará sua hipótese, analisará os resultados para alcançar a confirmação de sua suposição ou refutá-la. Se a hipótese não for corroborada, poderá, a partir dos dados obtidos, construir nova hipótese. Atenção: as hipóteses científicas não podem ser vistas como verdades absolutas, mas, sim, como explicações plausíveis.
Para encerrarmos esta aula, veja um esquema de como se dá o processo de conhecimento:
“Todos os metais conduzem eletricidade.
A prata é um metal.
Logo, a prata conduz eletricidade.” 
 
Neste silogismo encontramos o argumento:
Parte superior do formulário
1) ( ) Indutivo ― do particular para o geral. 
2) ( ) Dedutivo ― do particular para o geral 
3) ( ) Indutivo ― do geral para o particular. 
4) ( ) Dedutivo ― do geral para o particular. 
Parte inferior do formulário
2. “Terra, Marte, Vênus e Júpiter são desprovidos de luz própria.
Terra, Marte, Vênus e Júpiter são planetas. 
Logo, todos os planetas são desprovidos de luz própria.”
 
Neste silogismo encontramos o argumento:
Parte superior do formulário
1) Dedutivo ― do particular para o geral. 
2) Indutivo ― do geral para o particular. 
3) Indutivo ― do particular para o geral. 
4) Dedutivo ― do geral para o particular. 
Parte inferior do formulário
3. Karl Popper, filósofo da ciência, afirmou que uma teoria só poderá ser considerada científica se puder ser falseávelou refutável.
Ser falseável significa, exceto:
 
Parte superior do formulário
1) Que a ciência não oferece verdades, mas probabilidades. 
2) Se há alguma verdade na ciência, esta será sempre provisória, enquanto não for testada e negada. 
3) Há na ciência a absoluta convergência entre o pensamento científico e a realidade. 
4) Que o objetivo da ciência não é a busca de certezas inabaláveis. 
Aula 3 - Metodologia aplicada à pesquisa.
Introdução.
Nesta aula, conheceremos as técnicas de metodologia da pesquisa. Trabalharemos o conceito de pesquisa e suas classificações, que são as principais ferramentas para o processo de iniciação da escrita científica.
Você sabia...
...que brasileiros adoram reality shows?
Ficou comprovado que 2687 brasileiros adoram reality shows. E a maioria dos telespectadores dos chamados “shows da vida” são mulheres entre 18 e 35 anos.
O texto acima nos dá margem para alguns questionamentos:
• De onde ou de quem parte a motivação para saber a relação entre brasileiros e reality shows?
• Como é feito esse levantamento?
Como vimos nas aulas passadas, tudo surge do conhecimento que se tem e do desejo e/ou necessidade de desvendar e provar coisas novas. E é da sede de conhecimento que nascem as pesquisas.
Essas pesquisas começam com ideias, ou seja, experiências individuais, teorias, observações de fatos, leitura de artigos etc. Na tela anterior, por exemplo, dissemos que brasileiros adoram reality shows e indagamos:
De onde ou de quem parte a motivação para saber a relação entre brasileiros e reality show? Já pensou que a motivação para essa pesquisa pode partir das próprias emissoras interessadas no tipo de programa que atrai mais os telespectadores ou mesmo da área de humanas interessada em saber a influência desses programas na vida das pessoas? São muitos os tipos de interesse nesses dados.
Como é feito esse levantamento? Como mostra o site Web2engagebrasil, ele é feito através de um painel online, em que os telespectadores preenchem suas considerações. Assim, o levantamento desses dados serve para comprovar a adoração dos brasileiros pelo estilo de programa em questão.
Então, dizemos que pesquisa é .... ... uma atividade voltada para a solução de problemas por meio dos processos do método científico.
Segundo Eva Maria Lakatos (1992, p. 43), a pesquisa pode ser considerada um procedimento formal com método de pensamento reflexivo que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para se conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais. Significa muito mais do que apenas procurar a verdade: é encontrar respostas para questões propostas, utilizando métodos científicos.
Podemos, assim, indicar três elementos que caracterizam a pesquisa:
• o levantamento de algum problema;
• a solução à qual se chega; 
• os meios escolhidos para chegar a essa solução, como os instrumentos científicos e os procedimentos adequados.
Exemplo: Pesquisa revela que custo para cultivar morango orgânico é menor do que o do convencional.
Dados foram coletados em duas propriedades, localizadas nos municípios de Atibaia e de Monte Alegre do Sul, no Estado de São Paulo.
Um estudo realizado por pesquisadores da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) e da Embrapa apontou que o custo de produção do morango orgânico (R$ 18.967,04) é inferior ao custo do cultivo convencional (R$ 22.010,76), quando comparados em uma escala de 10 mil plantas. (levantamento de problema: Porque o custo do cultivo convencional é maior do que o do orgânico?).
Os pesquisadores coletaram dados em duas propriedades, localizadas nos municípios de Atibaia e de Monte Alegre do Sul, no Estado de São Paulo. O morango orgânico tem uma produção média de 787 gramas por planta, com o custo de R$1,90 e índice de lucratividade de 60,74%. Já no cultivo convencional, a produção média foi de 871 gramas por planta e custo médio de R$1,93, com índice de lucratividade de 49,46%. (Meios escolhidos para chegar a essa conclusão: Coleta de dados em duas propriedades do município de Atibaia).
Nos cálculos do custo de produção foram incluídos mão de obra de duas pessoas, colheita, embalagem e limpeza do cultivo, além de gastos com os insumos próprios para o cultivo. Segundo os pesquisadores, uma das soluções para diminuir os custos em ambos os sistemas é a produção de embalagens mais econômicas, ou ainda a aquisição de mudas de empresas certificadas, que ofereçam um preço melhor. (solução a que se chega: Diminuir os custos com a produção de embalagens mais econômicas).
E quanto ao termo pesquisa científica, do que se trata?
Se trata do tipo de pesquisa que objetiva contribuir para o desenvolvimento do conhecimento humano em todas as áreas, sendo sistematicamente planejada e executada segundo critérios rigorosos de processamento das informações.  
Uma pesquisa será considerada científica, se for objeto de investigação planejada, desenvolvida e redigida conforme as normas metodológicas consagradas pela ciência. Tem por base procedimentos racionais e sistemáticos, ou seja, é a atividade cientifica pela qual se descobre a realidade.
Pense rápido.
Cite as razões da pesquisa até seus respectivos exemplos.
Razões de ordem prática, que vem do desejo de conhecer com vistas a fazer algo. Esta pesquisa objetiva estudar as novas configurações das instituições contemporâneas e seus processos subjetivo, a partir da analise de politicas públicas inclusivas Analisa os fundamentos teóricos e empíricos implicados na formulação, implementação e avaliação das políticas públicas inclusivas na área da educação, com ênfase especial ao chamado novo paradigma-inclusão.
Razões de ordem intelectual, que decorrem do desejo de conhecer. Este presente trabalho desenvolve um estudo sobre os benefícios da linhaça na redução do colesterol. O objetivo é provar as potencialidades das sementes que são capazes de melhorar a função do intestino, da pressão arterial e diminuir os riscos de doença no coração.
De acordo com Antônio Carlos Gil, duas são as razões para se fazer uma pesquisa:
As razões de ordem intelectual, que decorrem do desejo de conhecer, são comuns nas dissertações de mestrado, nas monografias, nos artigos e nos trabalhos de conclusão de curso, em que a pesquisa é voltada para fins de conhecimento. 
Já as razões de ordem prática, como próprio título diz, vêm do desejo de conhecer com vistas a fazer algo, que muitas vezes pode vir a ser útil e beneficiar a própria sociedade.
Antônio Carlos Gil é autor do livro Como Elaborar Projetos de Pesquisa, que indica caminhos aos iniciantes na elaboração desse tipo de projeto. 
Não se trata de uma “receita”, mas a obra enfatiza a prática e mostra o funcionamento de pesquisas participantes. 
Sua leitura garante ao profissional da área e aos estudantes de níveis mais avançados condições para a organização de conhecimentos dispersos ao longo da vida acadêmica.
Quanto ao Pesquisador...
É importante destacar que a possibilidade de êxito na tarefa de pesquisa depende das razões e motivações do pesquisador.
Curiosidade, criatividade, integridade intelectual, atitude autocorretiva, sensibilidade social, imaginação disciplinada, perseverança, paciência e confiança na experiência são ações e atitudes que devem ser incorporadas à pessoa que for ou estiver no papel de pesquisador. Como é o caso dos estudantes que estão escrevendo trabalhos apenas para fins acadêmicos.
Fazer pesquisa não é uma tarefa fácil.
É preciso ter planejamento e considerar aspectos como classificação, abordagem, objetivo e procedimentos, pois estes delimitam a busca do que se pretende pesquisar.
Classificação da pesquisa: A classificação da pesquisa está relacionada à sua natureza, ou seja, àquilo que compõe a essência da pesquisa:
Pesquisa pura- Conhecida também por básica ou teórica, a Pesquisa Pura objetiva gerar novos conhecimentos úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interessesuniversais. É motivada basicamente pela curiosidade intelectual do pesquisador. Exemplo: A origem do universo.
Pesquisa aplicada- É aquela que objetiva gerar conhecimentos para a aplicação prática, dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais. Exemplo:  A busca de uma vacina contra a AIDS.
Abordagem da pesquisa: Quanto à abordagem, a pesquisa pode ser dividida em:
Qualitativa- Neste enfoque não há medição numérica, como nas descrições. Seu propósito está em reconsiderar ou reconstruir a realidade observada. Assim, considera a existência de uma relação dinâmica entre mundo real e o sujeito. É descritiva e utiliza o método indutivo. O processo é o foco principal.
Quantitativa- Neste tipo de pesquisa temos a coleta e a análise de dados para dar conta das questões que envolvem a pesquisa. Ela utiliza métodos estatísticos e traduz em números opiniões e informações para classificá-los e organizá-los.
Objetivo da pesquisa: Quanto aos objetivos, a pesquisa pode ser:
Descritiva- A pesquisa descritiva tem como objetivo principal descrever as características de algum fenômeno observado, descobrir a frequência com que ocorre, sua relação e sua conexão com outros fenômenos. Esta modalidade é típica das ciências humanas e sociais. Neste tipo de pesquisa, o estudante deve observar registrar, analisar e correlacionar fatos ou fenômenos variáveis, sem manipulá-los. Veja alguns exemplos:
• características de um grupo social; 
• nível de atendimento de determinada empresa prestadora de serviço;
• levantamento de opiniões, atitudes e crenças de um segmento da sociedade; 
• pesquisas eleitorais que apontam a preferência político-partidária de determinados grupos etc.
Exploratória- A pesquisa exploratória é considerada o passo inicial de qualquer pesquisa. Trata-se de uma observação, ou seja, consiste em recolher e registrar os fatos da realidade, com o objetivo de proporcionar maior familiaridade com o problema para torná-lo mais explícito ou viabilizar a construção de uma hipótese. Neste modelo temos a possibilidade do aprimoramento de ideias. Geralmente, neste tipo de pesquisa, há o levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que experimentaram situações que estejam sendo pesquisadas e análise de exemplos. A pesquisa bibliográfica e o estudo de caso são exemplos de pesquisas exploratórias.
Explicativa- Aqui o objeto é identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Neste modelo temos um efetivo aprofundamento de conhecimentos, porque se busca entender ou explicar as razões das coisas ― fato que amplia o entendimento. Nada impede que uma pesquisa explicativa seja a continuação de uma pesquisa descritiva ou exploratória. Nas ciências naturais, por exemplo, utiliza-se o método experimental. Nas ciências sociais utilizam-se outros métodos, tais como o fenomenológico e dialético, além de exigir elevado grau de controle.
Procedimentos da pesquisa: Os procedimentos estão relacionados à maneira de agir, ao modo de fazer a pesquisa.
Pesquisa bibliográfica- É uma etapa fundamental em todo trabalho científico que influenciará toda pesquisa, na medida em que dá o alicerce teórico que servirá de base ao trabalho.  Consistem no levantamento, seleção, fichamento e arquivamento de informações relacionadas à pesquisa. Levando em consideração que bibliografia é o conjunto dos livros escritos sobre determinado assunto, por autores conhecidos e identificados ou anônimos, a pesquisa bibliográfica é o exame de uma bibliografia para levantamento e análise do que já se produziu sobre o assunto que assumimos como tema da pesquisa científica. Há dois tipos de fontes: Primárias- Quando o investigador foi o observador direto dos eventos ou utiliza materiais de primeira mão. Seundárias- Quando os eventos foram observados e reportados por outras pessoas e não diretamente pelo investigador. Neste caso, os dados exigem cuidadosa e objetiva análise a fim de avaliar sua autenticidade e relevância.
Pesquisa documental- Trata-se de uma pesquisa realizada através de certos documentos como: documentos pessoais, cartas, diários, jornais, balancetes, microfilmes, fotografias, memorandos, ofícios, vídeos, documentos estatísticos etc. Para Antônio Carlos Gil (1991), a pesquisa documental assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica, mas possui uma diferença: “A diferença está no fato de a bibliográfica utilizar fundamentalmente as contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto. A documental utiliza materiais que não receberam o tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados.”.
Pesquisa de campo- É a investigação empírica, isto é baseada na experiência, realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno. Pode incluir entrevistas, aplicação de questionamentos, testes e observações. Segundo Antônio Joaquim Severino, na pesquisa de campo “o objeto é abordado em seu próprio meio. A coleta de dados é feita nas condições naturais em que os fenômenos ocorrem, sendo assim diretamente observados.” (2007, p. 123).
Pesquisa histórica- Você já reparou que os filmes de época exigem um estudo histórico prévio? Assista ao trailer do filme 300 de Esparta e perceba os detalhes que foram levantados através da pesquisa histórica. Detalhes como vestuário, comportamento, linguajar, arquitetura, papel de cada personagem etc. são detalhes levantados por meio da pesquisa histórica, pois é ela que descreve o que já aconteceu, sob a forma de investigação, registro, análise e interpretação de fatos ocorridos no passado, para poder compreender o presente. Os dados podem ser coletados por meio das: Fontes primárias- Quando o investigador foi o observador direto dos eventos ou utiliza materiais de primeira mão. Fontes secundárias- Quando os eventos foram observados e reportados por outras pessoas e não diretamente pelo investigador. Neste caso, os dados exigem cuidadosa e objetiva análise a fim de avaliar sua autenticidade e relevância.
Estudo de caso- É o estudo restrito a uma ou poucas unidades entendidas, como uma pessoa, uma família, um produto, uma empresa, um órgão, uma comunidade ou um país. O Estudo de Caso constitui-se em uma metodologia de ensino participativa, voltada para o envolvimento do aluno. Há Estudos de Casos, por exemplo, que apresentam situações em que empresas e pessoas reais precisam tomar decisões sobre um determinado dilema. A condução do método envolve um processo de discussão, em que alunos devem se colocar no lugar do tomador de decisão, gerar e avaliar alternativas para o problema, e propor um curso de ação.
Conecte-se com moderação.
Com a globalização, a internet se tornou uma grande fonte de pesquisa. Nela encontramos muitas informações através dos sites de busca.
Por isso, ao se fazer a opção de utilizar a internet como fonte de pesquisa é importante se preocupar em buscar informações apenas em sites confiáveis.
As informações extraídas da internet podem ajudar muito na elaboração da pesquisa. Contudo, é preciso ter atenção quanto à propriedade intelectual do material que se está utilizando.
Em qualquer situação é importante respeitar as regras de utilização das informações disponíveis. Nunca utilize informações de outros sem fazer referência à fonte.
Além disso, observe se as informações postadas na Web são verdadeiras e revise o texto, adaptando o conteúdo para o público do seu trabalho.
Você sabia que propriedade intelectual e direitos autorais são coisas diferentes?
Agora, vamos testar o seu conhecimento, no quiz Metodologia é Show!
A regra é clara: serão 4 perguntas sobre as classificações da pesquisa e cada uma vale 25 moedas que correspondem à sua pontuação. Ao final do quiz, você terá a sua pontuação revelada.
Leia com atenção lembre-se do que estudamos nesta aula e boa sorte!
A pesquisa explora o nexo entre urbanização de risco e violência urbana, utilizando a experiência concreta de diferentes cidades no Estado de São Paulo. A base empírica do estudo é uma pesquisa estruturada para avaliar oimpacto de regulação urbanística no funcionamento de mercados residenciais nas cidades investigadas com mais de 20 mil habitantes. ROLNIK, R. Exclusão territorial e violência.
O trecho ao lado faz parte de uma pesquisa desenvolvida por Raquel Rolnik. Quanto a sua abordagem, podemos dizer que se trata de uma pesquisa: Qualitativa. Nota-se no trecho da pesquisa apresentada que o processo envolve os fatos e sua interpretação. A  ênfase está em compreender o fenômeno e não em medi-lo.
Segundo Oliveira (2007), o elemento diferenciador está na natureza das fontes. A pesquisa ___________ remete para as contribuições de diferentes autores sobre o tema, atentando para as fontes secundárias, enquanto a pesquisa ________________ recorre a materiais que ainda não receberam tratamento analítico, ou seja, as fontes primárias.
Oliveira (2007), no seu texto, fala sobre dois  tipos de procedimentos  da pesquisa.  Marque  a opção que preenche as  lacunas do texto, respectivamente. Bibliográfica; documental. A pesquisa bibliográfica é uma fundamental em todo trabalho científico que influenciará todas as etapas de uma pesquisa, na medida em que dá o alicerce teórico que servirá de base ao trabalho.  A pesquisa documental, como próprio nome já diz, se utiliza de documentos, que podem ser documentos pessoais, cartas, diários, jornais, balancetes, microfilmes, fotografias, memorandos, ofícios, vídeos, documentos estatísticos etc.
Segundo a pesquisa, o chá verde é a segunda bebida mais consumida no mundo e contém grande quantidade de compostos que proporcionam uma série de benefícios à saúde. Dentre eles, a redução do risco de doenças cardiovasculares e de alguns tipos de câncer, melhoria das funções fisiológicas, efeito anti-hipertensivo, proteção ultravioleta, aumento da densidade mineral óssea, entre outras.
A pesquisa ainda reforça que a ingestão do extrato também suprime a utilização de carboidrato, que gera aumento na quantidade de glicogênio no músculo, auxiliando o aumento da resistência na corrida, e por se ter menos lactato, há uma maior disposição física para continuar o exercício físico. O trecho da reportagem representa uma pesquisa de classificação: Aplicada. Os benefícios do chá verde, descritos na pesquisa, podem ser de grande serventia no futuro, para tratamentos da saúde.
Vimos, então, um exemplo de pesquisa que objetiva gerar conhecimentos, para a aplicação prática, dirigidos à solução de problemas específicos.
O objetivo da pesquisa é encontrar hipóteses de investigação. A principal característica dos métodos utilizados é a flexibilidade. 
Conforme a investigação avança, o pesquisador deve ficar alerta no sentido de reconhecer as inter-relações entre as informações que são levantadas, buscando novas ideias. 
Segundo a literatura consultada, os principais métodos empregados em estudos exploratórios, dentro da ótica objetivista, são: levantamentos em fontes secundárias, levantamentos de experiências (consultas a especialistas), observação e estudos de caso.  O trecho representa o objetivo de uma pesquisa: Exploratória. Como vimos, a pesquisa exploratória é considerada o passo inicial de qualquer pesquisa. Trata-se de uma observação, ou seja, consiste em recolher e registrar os fatos da realidade, com o objetivo de proporcionar maior familiaridade com o problema para torná-lo mais explícito ou viabilizar a construção de uma hipótese.
Do ponto de vista de sua natureza, podemos entender por pesquisa pura:
A Pesquisa Pura objetiva gerar conhecimentos novos úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais. Motivada basicamente pela curiosidade intelectual do pesquisador.
A busca por conhecimentos novos e úteis, sem aplicação prática prevista.
Quanto aos procedimentos, observe os tipos de pesquisas e correlacione as colunas:
 
1.       Bibliográfica;
2.       Documental;
3.       Pesquisa de Campo;
4.       Histórica;
5.       Comparada;
6.       Estudo de Caso;
 
 
(  ) Procura estabelecer semelhanças e diferenças entre situações, fenômenos e coisas, por meio de relações entre os elementos que são comparados.
( ) Descreve o que era, o que já aconteceu, sob a forma de investigação, registro, análise e interpretação de fatos ocorridos no passado, para poder compreender o presente.
( ) É uma etapa fundamental em todo trabalho científico que influenciará todas as etapas de uma pesquisa, na medida em que der o embasamento teórico para o trabalho.
( ) Trata-se de uma pesquisa realizada através de documentos que podem ser: documentos pessoais, cartas, diários, jornais, balancetes, microfilmes, fotografias, memorandos, ofícios, vídeos, documentos estatísticos e outros.
( ) É a investigação empírica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno. Pode incluir entrevistas, aplicação de questionamentos, testes e observações.
(  ) É o estudo circunscrito a uma ou poucas unidades, entendidas essas como uma pessoa, uma família, um produto, uma empresa, um órgão, uma comunidade ou um país.
 
 
Parte superior do formulário
1) 1-2-4-5-6-3 
2) 5-4-1-2-3-6 
3) 4-1-2-3-5-6 
4) 3-2-1-4-5-1 
 Parte inferior do formulário
3. Do ponto de vista de sua abordagem, a pesquisa poderá ser:
Do ponto de vista de sua abordagem: Pesquisa Quantitativa ― traduz em números opiniões e informações para classificá-las e organizá-las. Utiliza métodos estatísticos; Pesquisa Qualitativa ― considera a existência de uma relação dinâmica entre mundo real e sujeito. É descritiva e utiliza o método indutivo. O processo é o foco principal. 
Parte superior do formulário
1) Pesquisa Quantitativa, quando traduz em números opiniões e informações para classificá-las e organizá-las. Pesquisa Qualitativa, quando considera uma análise valorativa do fenômeno investigado. 
2) Pesquisa Qualitativa, quando motivada apenas pela curiosidade intelectual do pesquisador, sem aplicação prática. Pesquisa Quantitativa, quando considera uma análise valorativa do fenômeno investigado. 
3) Pesquisa Quantitativa, quando não traduz em números opiniões e informações para classificá-las e organizá-las. Pesquisa Qualitativa, quando considera a investigação empírica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno. 
4) Pesquisa Quantitativa, quando procura estabelecer semelhanças e diferenças entre situações, fenômenos e coisas, por meio de relações entre os elementos que são comparados. Pesquisa Qualitativa, quando considera uma análise valorativa do fenômeno investigado. 
AULA 4- Diferentes Técnicas de Estudo.
Introdução.
Nessa aula, você aprenderá sobre as técnicas de estudo.
Para isso, é importante reconhecer a leitura como principal fonte de matéria-prima para o desenvolvimento do conhecimento.
A leitura e as atividades acadêmicas.
Acostumamo-nos a ouvir que as tecnologias invadiram nossa experiência cotidiana, não é mesmo? 
Muitos acreditam que os jovens se afastaram da leitura em razão de um suposto excesso de tecnologias. Esse afastamento, consequentemente, teria provocado um empobrecimento da linguagem. 
Há quem diga também que não tem paciência para ler um livro, que ver um filme é muito melhor. Ou, ainda, saem com frases do tipo: “o que não tenho é tempo!”.
Será que isso é verdade? Ou estamos diante de alguém que não criou o hábito de ler? 
É natural não termos tempo para certas coisas. Ninguém tem tempo, no final das contas, mas todos querem saber tudo, não é?
Vamos descobrir nesta aula que a leitura não foi deixada de lado e que ela é o primeiro passo para colocar em prática as técnicas de estudo e desenvolver as atividades acadêmicas.
Segundo a galera que entende....
“A leitura é uma fonte inesgotável de prazer, mas, por incrível que pareça, a quase totalidade não sente esta sede”. Carlos Drummond de Andrade.
“A leitura após certa idade distrai excessivamente o espírito humano das suas reflexões criadoras. Todo o homem que lê demais e usa o cérebro de menos adquirea preguiça de pensar”. Albert Einstein.
“A leitura de todos os bons livros é uma conversação com as mais honestas pessoas dos séculos passados”. René Descartes.
“(...) que a importância de uma coisa [leitura] não se mede com fita métrica nem com balanças nem barômetros etc. Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós”. Manoel de Barros.
“Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever ― inclusive a sua própria história”. Bill Gates.
“A leitura traz ao homem plenitude, ao discurso segurança e à escrita exatidão”. Francis Bacon.
Durante a leitura, experimentamos um mundo totalmente novo ou melhoramos o nosso.
E isso é muito gratificante, não é mesmo? 
Saber ler de maneira eficiente nos ajuda a descobrir novos caminhos, fertiliza a inteligência, nos ajuda a compreender a vida e a viver melhor ao lado do outro. 
Uma mente fertilizada tem mais chance diante da crise.
Tudo bem que agora não é necessário adquirir um livro para ler um bom texto, já que as mídias eletrônicas possibilitam a leitura em telas. 
Porém, mesmo com essa tecnologia, as principais fontes de pesquisa e conhecimento ainda são os bons e velhos livros, principalmente no meio acadêmico.
Por isso, vamos começar com a escolha deles.
Para enriquecer seu conhecimento leia o texto extraído da obra Como e porque ler os clássicos universais desde cedo, em que Ana Maria Machado apresenta a importância da leitura.
O que você faz quando chega numa livraria?
Vamos ver um passo a passo de como escolher um livro...
1. Título.
Observe o título e o subtítulo, se houver. Na maioria das vezes, ele indica o assunto e, às vezes, até a intenção do autor.
2. Orelha.
Se o livro apresentar “orelhas”, faça a leitura da informação trazida nelas. 
Na que acompanha a capa,  geralmente encontramos uma apreciação da obra feita por alguém de prestígio.
3. Ficha Catalográfica.
Em seguida, leia a ficha catalográfica e verifique as qualificações da obra e do autor. Atente-se para a data da publicação e certifique-se de que é a versão mais atualizada.
A ficha de catalogação para publicação, ou Ficha Catalográfica, tem suas origens nas fichas de papel dos catálogos de consulta de acervo de bibliotecas. As fichas eram criadas em cópias para serem colocadas nos livros e nos catálogos em gavetas. 
Havia tantas fichas quanto houvesse catálogos de busca: por título, por autor, por assunto. Convenções de padronização determinaram regras diversas, tal como qual entrada deve ser a primária ou como referir-se às informações da obra na ficha.
A Biblioteconomia é a área responsável por esse tipo de informação. No Brasil, a entidade mais frequentemente associada à catalogação é a Câmara Brasileira do Livro, CBL, em um serviço totalmente online.
4. Sumário.
Verifique o sumário. Nesta parte você encontrará uma divisão em tópicos de como o livro foi organizado.
Muitas vezes é ele que nos dá a dica de que o livro traz exatamente o assunto que estamos pesquisando.
5. Prefácio.
Se possível, leia a introdução ou o prefácio, se houver. Neste, o autor apresenta a metodologia usada e os objetivos do trabalho realizado ou até mesmo um resumo do livro.
6. Orelha.
Na “orelha” que acompanha a contracapa é comum encontramos informações sobre o autor do livro e suas obras publicadas.
7. Contracapa.
A contracapa ajuda muito na nossa escolha. Ela costuma conter um texto de apresentação, a sinopse, ou mesmo um trecho do livro, dando uma espécie de amostra do que vamos encontrar nele.
Agora a leitura nos levará às técnicas de estudo.
Bem, já sabemos a importância da leitura, já sabemos identificar as partes do livro que nos ajudam a escolhê-lo, agora vamos aprender algumas técnicas de estudo, baseadas obviamente na leitura, que nos ajudarão a organizar as ideias encontradas nos textos e, melhor ainda, nos ajudarão a recuperar essas ideias quando mais precisarmos delas.
Você lembra que na aula 3 vimos que a pesquisa bibliográfica é a etapa fundamental do trabalho científico? É ela que influenciará toda pesquisa, na medida em que dá o alicerce teórico que servirá de base ao trabalho. 
Pois bem, essa é a fase que consiste no levantamento, seleção, fichamento e arquivamento de informações relacionadas ao que se pretende estudar. 
O fichamento, por exemplo, configura um aperfeiçoamento da pesquisa bibliográfica, porque contém comentários pessoais sobre a leitura e algumas citações-chave. Ou seja, trata-se de uma técnica de estudo que ajuda na organização do conhecimento. 
Agora, você terá a oportunidade de conhecer, através do Banco Internacional de objetos educacionais do MEC, tudo sobre fichamento. 
Vamos lá?
Fichamento: quando utilizar e como elaborar.
Apresenta sobre como e quando se devem utilizar os fichamentos. Mostra como elaborar os fichamentos de forma adequada para cada tipo de documento ou trabalho a ser representado. Aborda de forma simples como confeccionar os textos em fichamentos. Para prosseguir selecione por onde deseja começar:
Quando utilizar os fichamentos - O fichamento é uma prática de redação que ajuda organizar estudos e pesquisas de forma mais efetiva. Agrega em suas características o resumo do documento ou texto consultado, sua referência, sua localização física e metodologia de arquivamento para posterior recuperação de todas estas informações. O fichamento é um meio de desenvolver as técnicas de redação como resumo e resenha dependendo de sua finalidade. Auxilia a treinar a elaboração de referências, redação científica (resumo e resenha), identificação de assuntos, pesquisa em centros de informação e bibliotecas e práticas de arquivamento. 
Os fichamentos feitos em meio acadêmico e em sala de aula, não necessitam da metodologia para armazenamento, sendo assim não precisam conter o local da obra (a não ser que seja pedido) e o espaço para identificação da ficha. 
As técnicas empregadas para o fichamento científico utilizado em meio acadêmico é muito semelhante à redação de resumos e resenhas científicas.
Já os fichamentos para fins de pesquisa e estudo levam mais em consideração identificar o assunto do que foi fichado logo no início da ficha, assim como seu código de armazenamento que pode ser numérico, alfabético ou alfanumérico e a localização física da obra original.
O meio mais utilizado para armazenagem das fichas é em papel, porém existem programas que auxiliam na confecção e armazenagem eletrônica de fichamentos. Neste módulo não vamos focar no meio físico utilizado para a armazenagem do fichamento e sim nas suas técnicas e regras de elaboração.
Para diferenciar as regras de um fichamento científico e o utilizado para estudo e pesquisas veremos como elaborar a redação de cada um e como estruturar a apresentação e disposição das informações em um fichamento.
É importante na prática de fichamentos seguir os conselhos de Medeiros (2000) que diz:
"... a prática eficaz do fichamento assusta o estudante que depara pela primeira vez com a metodologia; a prática contínua, no entanto, poderá levá-lo a alterar ponto de vista e julgamento, fazendo-o perceber que o pequeno trabalho inicial reverte-se em ganho de tempo futuro, quando precisar escrever sobre determinado assunto. Não se recomenda, porém o armazenamento de assuntos pelos quais não se tem nenhum interesse." (MEDEIROS, 2000, p. 97).
Como elaborar fichamentos – 
Elaboração do texto - A montagem e elaboração do texto de um fichamento dependerão do seu tipo. Para cada tipo de fichamento é necessário empregar diferentes regras devido a suas características.
O fichamento inicia com a escolha do seu tipo que pode ser: de transcrição ou citação, de resumo ou conteúdo e de comentário ou crítico.
Após escolher o tipo de fichamento deve-se inserir o assunto geral do fichamento e caso deseje o assunto mais específico também de forma quefacilite o aprendizado e a localização posterior do livro ou documento.
Identificado o tipo de fichamento e os assuntos da ficha é inserida a referência bibliográfica. As regras para elaboração de referências se encontram na norma NBR/ABNT 6023 (2002). Basicamente os itens que compõem a referência bibliográfica são: 
• Autor
• Título
• Local da edição
• Editora
• Data e número de páginas.
O fichamento de resumos ou conteúdo utiliza as mesmas regras para início de uma ficha: tipo, assunto geral, assunto específico e referência. Seu texto utiliza as mesmas regras e normas de um resumo que podem ser revisadas no módulo Resumo: quando utilizar e como elaborar.
O fichamento de comentário ou crítico utiliza as mesmas regras para início de uma ficha: tipo, assunto geral, assunto específico e referência. Seu texto utiliza as mesmas regras e normas de um resumo que podem ser revisadas no módulo Resenha: quando utilizar e como elaborar.
Terminado o texto do fichamento, caso a finalidade deste seja para estudo ou pesquisa utiliza a idenficação da ficha que pode ser alfabético, numérico ou alfanumérico, conforme facilitar a busca posterior pelas fichas.
Geralmente os fichamentos acadêmicos não necessitam da identificação de tipo, assunto geral e assunto específico. O tipo de fichamento mais utilizado em sala de aula é o de comentário ou crítico.
Para averiguar o modo correto em que estes elementos são dispostos na referencia e possíveis informações adicionais, deve ser consultada a norma NBR/ABNT 6023 (2002).
Para o fichamento de transcrição ou citação utilizam-se no início e no final do texto as aspas, pois o fichamento de transcrição é a passagem do texto original diretamente para a ficha.
Segundo Medeiros (2000) de três formas é realizado o fichamento de transcrição que são os seguintes:
• Fichamento de transcrição sem cortes
• Fichamento de transcrição com corte intermediário de algumas palavras (utiliza reticências "..." para indicar a omissão das palavras);
• Fichamento de transcrição com corte de parágrafo intermediário (utiliza um traço contínuo, ou pontilhados para indicar a omissão dos parágrafos).
Estrutura do documento - Modelo de estrutura para fichas de arquivamento pessoal (fichamento para estudos e pesquisas).
Etapas de elaboração de um fichamento: revisão - Verifique no quadro a seguir os itens que fazem parte do fichamento de estudos e pesquisas ou do fichamento científico ou acadêmico.
Tipos de fichamentos: diferenças - Avalie no quadro interativo o quanto sabe sobre os tipos de resenha. Para rever o conteúdo sobre os tipos de fichamento veja no módulo introdutório Resumo, Resenha e Fichamento: definição e diferenças.
Exercícios de Fixação.
Além dos exercícios aqui propostos realize também os exercícios dos módulos anteriores Resumo: quando utilizar e como elaborar e Resenha: quando utilizar e como elaborar para fixação dos conceitos e elaboração de todos tipos de texto científico.
Das práticas de redação científica, que permite uma compilação de vários trechos de obras além de uma organização sistemática para posterior busca é o(a):
Resumo
Resenha
Fichamento.
2) Dentre as diversas características que um fichamento pode agregar estão:
Possuir questionários práticos e demais tarefas de fixação do conteúdo
Ter características semelhantes a de resumos e resenhas
Trazer após o texto principal, palavras chave que indiquem o seu tema.
3) Os tipos de fichamento podem ser:
Transcrição ou citação, de resumo ou conteúdo e de comentário ou crítico.
Resumo, crítico, temático
Crítico, indicativo e informativo
4) Os diversos campos para preenchimento de informações na ficha dos fichamentos são essencialmente para:
Destacar os pontos positivos e negativos do livro ou documento original
Auxiliar na identificação do assunto e localização tanto da ficha quanto do texto original fichado
Determinar a opinião de quem está elaborando o fichamento
5) Um item essencial no fichamento científico e acadêmico é:
Palavras chave
Identificação da ficha
Referência bibliográfica
6) No fichamento de comentário ou crítico é necessário:
A opinião pessoal sobre o texto do fichamento.
Uso de aspas no começo e no fim do texto
A metodologia utilizada pelo autor original
7) O tipo de fichamento que necessariamente utiliza aspas no inicio e no fim de seu texto é o:
Fichamento de resumo ou conteúdo
B) Fichamento de comentário ou crítico
Fichamento de transcrição ou citação
8) A prática de fichamento que utiliza a técnica de extrair o texto original com corte de parágrafo intermediário é o fichamento:
De transcrição ou citação
De resumo ou conteúdo
De comentário ou crítico
9) O fichamento de transcrição utiliza a técnica transcrição sem cortes. As outras duas técnicas utilizadas pelo fichamento de transcrição são:
Retirada das citações do texto original e exprimir opinião pessoal
Em meio científico e acadêmico
Para arquivamento de pesquisa pessoal
Todo mundo sabe o que é um resumo (ou pelo menos acha que sabe).
Mas e a resenha? Você sabe o que é? 
Responda no quadro abaixo o que você entende por resenha.
Toda resenha deverá conter um resumo da obra e um juízo crítico a respeito dos argumentos do autor. 
Nesse sentido, a diferença entre resumo e resenha está justamente nesta parte do texto em que se elabora uma crítica.
Mas fique tranquilo, nesta aula estudaremos com detalhes a resenha e você ficará craque no assunto.
O fichamento de leitura ajuda na construção de análises textuais como os resumos e resenhas. 
Vamos agora conhecer um pouco mais sobre essas análises que diversificam a atividade de estudo e propiciam informações e novos conhecimentos.
Resenha: Segundo apontam Lakatos e Marconi (1996, p. 211), a resenha apresenta um conteúdo crítico sobre determinada obra. Sua importância está em desenvolver a capacidade de proferir juízos críticos sobre a leitura: Resenha (...) é a apresentação do conteúdo de uma obra. Consiste na leitura, no resumo e na crítica, formulando, o resenhista, um conceito sobre o valor do livro. (...) a resenha em geral é feita por cientistas que, além do conhecimento sobre o assunto, têm capacidade de juízo crítico. Também pode ser feita por estudantes; neste caso, como um exercício de compreensão e crítica. Para iniciar-se nesse tipo de trabalho, a maneira mais prática seria começar por resenhas de capítulos.
Etapas para elaborar uma resenha. 
•Situar as ideias do autor no contexto geral de seu próprio pensamento;
•Situar o autor em um contexto mais amplo, mostrando o sentido de sua perspectiva e destacando os pontos importantes ou originais de seu pensamento;
•Desvelar os pressupostos  que aparecem e que justificam a posição assumida pelo autor;
•Comparar as ideias do texto com ideias afins;
•Crítica: formular um juízo crítico, uma avaliação, uma tomada de posição.
O que uma resenha deve conter?  
• Referência da obra; 
• Informações sobre o autor; 
• Nome do resenhista e titulação; 
• Perspectiva teórica da obra;
• Breve síntese e principais argumentos do autor;
• Reflexão crítica da obra.
No caso da técnica de estudo da resenha, elaboramos uma análise interpretativa.
Como você já percebeu, o resenhista precisa ter conhecimentos na área. Você deve iniciar-se na prática, começando pela elaboração de resumos para, pouco a pouco, adquirir habilidades para vir a elaborar uma resenha. 
Resumo: Mas, afinal, o que significa resumir? Seria copiar frases do texto? Resumo é uma síntese sob forma de redação do fichamento de leitura, buscando compreender o sentido do texto. Uma apresentação sucinta e ordenada das ideias centrais do texto lido, sem a utilização de citação (SANTOS; MOLINA; DIAS, 2007, p. 105). Dentro do campo científico, a técnica de resumo pode ser: Parte de um trabalho técnico-cientifico: Produção seguida de palavras-chaves, que fazparte dos elementos pré-textuais de trabalho técnico científico e que deve estar em língua vernácula e língua estrangeira. Um trabalho acadêmico: Não tem número definido de palavras, deve apresentar um cabeçalho (nome da IES, curso, período, turma, disciplina, professor, aluno) e constar a referência completa da obra estudada.
Quando elaboramos um resumo, produzimos uma análise temática do texto lido. É o momento da compreensão do texto, entendendo as ideias do autor. 
Segundo Severino (2007), ao elaborar um resumo, o leitor deve fazer as seguintes perguntas:
 • Qual é o tema?  
• Qual a perspectiva da abordagem? 
• Como o assunto foi problematizado?
• Como o autor responde ao problema? 
• Que posição assume? 
• Que ideia defende? 
• O que quer demonstrar? 
• Como o autor comprova sua tese?
Na análise temática percebemos o raciocínio do autor e sua argumentação. O resumo de um texto é a síntese do raciocínio do autor e não a mera redução de parágrafos.
Leia o texto a seguir e responda:
Valsa Para Bruno Stein é um filme poético sobre relacionamentos de três gerações vivendo na mesma casa e a redescoberta do amor por duas pessoas que julgavam isto parte do passado.
Bruno Stein sente-se no fim da vida. O tempo passou e ele já não consegue mais se integrar à família. As netas o ignoram, a mulher não representa muito para ele, o filho está sempre viajando e a presença perturbadora da nora Valéria.
Ele tenta se envolver com o trabalho na olaria, com as esculturas, mas nada mais o motiva. Até que um súbito encontro lhe desperta novamente a vontade de viver. Mas junto para um protestante fervoroso como ele, existe o peso de padrões morais e religiosos.
Bruno e Valéria se apaixonam. Ao mesmo tempo que descobrem esta paixão, lutam com todas as forças para sufocá-la. Valsa Para Bruno Stein é a história do drama de um homem que tem que decidir entre o redescobrir da vida e a rigidez moral de toda sua existência.
O texto que você acabou de ler é:
Uma resenha
Um resumo
O texto conta a história de um personagem de filme. Observe que não existe nenhuma opinião no sentido crítico, somente a transcrição do que acontece durante a trajetória cinematográfica.
É uma apresentação sucinta e ordenada das ideias centrais. Por isso, temos neste caso um resumo.
Como vimos lá no início da aula, muitos acreditam que os jovens não leem mais por causa dos avanços tecnológicos e isso teria causando um empobrecimento da linguagem.
Acreditam também que essa preguiça esteja afetando a qualidade dos trabalhos acadêmicos devido ao uso excessivo de obras de terceiros sem as devidas referências, já que é muito mais fácil “copiar e colar” do que criar. E, convenhamos, quem não lê não escreve bem e prefere “roubar” as palavras dos outros.
É óbvio que a tecnologia ajuda na busca de informações. Porém, quando encontramos o que queremos, o nosso problema está apenas parcialmente resolvido, pois é preciso saber apresentar suas descobertas.
Será por meio das técnicas de estudo vistas nesta aula — fichamento, resumo e resenha — que você terá meios para desenvolver um texto que apresente as ideias pesquisadas para seus possíveis leitores.
Observe as afirmativas e depois marque a única opção possível.
I. A análise textual é o momento da compreensão do texto, refazendo as ideias do autor, sua ideia central, raciocínio e argumentos;
II.  Na análise interpretativa há a possibilidade de um juízo crítico, uma tomada de posição, uma avaliação; 
III. O fichamento é um trabalho que permite sistematizar a leitura e elaborar um material sintético para consulta permanente e, nesse sentido, aproxima-se da ideia de uma análise textual; 
IV. Uma das vantagens da análise interpretativa é que propicia informações e conhecimentos, tornando o texto mais claro.
Interpretar significa tomar uma posição própria a respeito das ideias enunciadas. O fichamento é importante quando se está fazendo um levantamento bibliográfico sobre determinado tema. Tem a finalidade de registrar o conteúdo e desenvolver habilidades de leitura. No fichamento de leitura devemos observar os termos empregados pelo autor, buscar no dicionário* o sentido mais aproximado para o texto.
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1) II e IV estão corretas. 
2) III e I estão corretas. 
3) II e III estão corretas. 
4) III e IV estão corretas. 
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2.  Ao elaborarmos um trabalho científico como artigo, monografia, dissertação ou tese temos que apresentar em poucas linhas a síntese de nosso trabalho.
Definimos este item como:
Existem dois tipos de resumo: 1. Resumo como parte de um trabalho técnico-científico; 2. Resumo como trabalho acadêmico.
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1) Resumo 
2) Fichamento 
3) Epígrafe 
4) Resenha 
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3. Identifique e relacione corretamente as partes de uma resenha:
1. Identificação
2. Resumo
3. Apreciação crítica
4. Conclusão
( ) Apresentação de informações acerca da leitura do documento, tais como: foi válida a leitura do livro? Por quê? Quais as principais contribuições? Quais as principais falhas?
( ) Referência bibliográfica completa do texto (conforme ABNT – NBR 6023/02) e o perfil básico.
( ) Vínculo teórico com os autores discutidos ou estudados nas disciplinas, a experiência profissional, a visão de mundo e a noção histórica do país e/ou região que possui o autor que está elaborando a resenha.
( ) Apresentação das ideias principais e das secundárias que sustentam o pensamento de quem escreveu a obra.
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1) 4/1/3/2 
2) 2/1/4/3 
3) 4/2/1/3 
4) 3/4/1/2 
AULA 5- Planejamento e trabalho científico.
Você sabe por onde começar um trabalho acadêmico?
A primeira fase de qualquer trabalho de pesquisa é a definição do que será estudado.  
Se o tema da pesquisa não for estabelecido pelo professor, você terá liberdade para fazê-lo. Porém, você deve ter cautela ao escolher o assunto que pretende investigar, porque essa flexibilidade pode te colocar em uma enrascada. 
Pensamos logo em escolher um tema de nosso interesse pelo nosso gosto, não é mesmo? Algo sobre o qual queremos saber mais e achamos atraente. Mas isso pode não ser nada produtivo.
Ao escolher um tema, devemos levar em consideração, por exemplo, se há uma bibliografia considerável sobre o assunto, se esta é fácil de ser encontrada, se estamos seguros para desenvolver os argumentos etc.
Não podemos escolher algo sobre o qual não conseguiremos falar, não é verdade? Isso, sem dúvida, comprometerá o desenvolvimento do trabalho.
Antes de iniciar uma pesquisa você deverá seguir os seguintes passos:
Escolha do tema: O que vou pesquisar? A inspiração para o tema pode vir de um aspecto ou uma área de interesse de um assunto que se deseja provar ou desenvolver. A vivência diária, as questões polêmicas, reflexão, leituras, debates, discussões também nos servem como fontes de assuntos.
2. Originalidade: Precisa ser original? Originalidade não é pré-requisito. Você pode pesquisar um tema mesmo que este não seja inédito.
3. Revisão de Literatura: Se o tema não é inédito, quem já pesquisou algo semelhante? É importante saber quem já pesquisou o assunto escolhido e que contribuição deu para o seu desenvolvimento/conclusão. Para isso, procure trabalhos semelhantes ou idênticos e pesquise publicações na área. Depois liste os argumentos e veja quais textos você poderá utilizar para apoiar suas ideias. Essa revisão da literatura o ajudará até mesmo a organizar a estrutura do trabalho.
4. Justificativa: 
• Por que estudar esse tema? 
• Que vantagens e benefícios a pesquisa proporcionará? 
 • Qual a importância profissional e cultural da pesquisa? As respostas dessas questões são as razões que o levarão a estudar o tema escolhido.
Formulação do problema: levantamento das questões norteadoras: Que questões estou disposto a responder? Deve-se definir claramente o problema, apresentá-lo noformato de perguntas e delimitá-lo em termos de tempo e espaço.
6. Determinação de objetivos: O que pretendo alcançar com a pesquisa? É importante formular um único objetivo geral que apresente o propósito da pesquisa. Os objetivos específicos representam a divisão do objetivo geral em outros menores.
Tema: Liderança autoritária e a motivação. 
Problematização: Como a liderança autoritária pode comprometer a motivação dos funcionários da Empresa XYZ? 
Objetivo Geral: Investigar como o estilo de liderança autoritária compromete a motivação dos funcionários na Empresa XYZ. 
Objetivos específicos: 
Definir o conceito de liderança autoritária;
Descrever alguns exemplos de liderança autoritária na Empresa XYZ;
Definir o conceito de motivação;
Analisar a relação entre liderança e motivação nas organizações. 
 Você percebeu que os objetivos específicos desdobram o objetivo geral da pesquisa? Que estão inseridos nesse contexto maior? 
Você observou também que o objetivo geral expressa exatamente o que se pretende provar a partir da problematização do tema? 
Por meio da pesquisa e da dedicação você delimitará facilmente tanto o objetivo geral quanto os específicos.
Planejar e pesquisar são o lema. 
Seguindo os passos que acabamos de analisar fica fácil perceber como é importante fazer um planejamento do trabalho, não é mesmo?
Então, antes de iniciar qualquer trabalho acadêmico, dedique-se ao planejamento, procure traçar o caminho mais eficiente para ficar claro o que se pretende com ele. 
Esse planejamento o ajudará a encontrar um tema interessante e sem obstáculos que comprometam a sua pesquisa. Assim, você caminhará com mais segurança ao realizar o trabalho, aumentando inclusive as chances de terminá-lo no prazo sem passar apertos, já que tem uma boa ideia de quanto tempo precisará dedicar a cada fase da pesquisa. Vale o esforço! 
O planejamento ainda contribui para a escolha de um tema que pode levar seu trabalho a ter uma aplicação prática. O que é uma bela recompensa, não é mesmo?  
Prepare-se bem e você economizará tempo mais tarde e não terá a chance de escolher um tema improdutivo. Tenha certeza! Parte inferior do formulário
Problematizar, eis a questão!
Depois de escolhido o tema, deve-se pensar no problema a ser estudado. 
Sabemos que o mais comum ao ouvirmos a palavra problema é pensarmos em obstáculo, contratempo, situação difícil, conflito, não é? 
Mas, no nosso caso, o problema é científico e significa assunto controverso, isto é, refletir sobre um assunto que ainda não foi satisfatoriamente respondido, em qualquer campo de conhecimento. 
Este problema, então, faz de um tema um objeto de pesquisas científicas ou discussões acadêmicas, em qualquer domínio do conhecimento. 
A clareza na formulação do problema científico refletirá na formulação dos objetivos e, consequentemente, no sucesso de sua pesquisa.
Por que elaborar problemas científicos?
Problematizar consiste em formular questões sobre o tema, ou seja, apresentar um questionamento que envolve o tema da pesquisa.  
É preciso esclarecer, portanto, que não se trata de uma simples pergunta, mas de um enunciado construído pela observação e investigação a partir de leituras aprofundadas sobre o tema escolhido. 
Essa tarefa envolve habilidades do pesquisador, o domínio do assunto, bem como a bibliografia disponível. 
Veja estes três exemplos:
Problema de engenharia: Como fazer algo de maneira eficiente. Veja dois exemplos:
“Como fazer para melhorar os transportes urbanos?”
“Como aumentar a produtividade no trabalho?”
Problema de valor: Aqueles que indagam se algo é bom ou mau, desejável ou indesejável, certo ou errado, melhor ou pior, se algo deve ou não ser feito. Veja dois exemplos:
“Os pais devem dar palmadas nos filhos?”
“Qual a melhor técnica para a propaganda?”
Problema científico: Um problema é considerado de natureza científica quando envolve variáveis que podem ser tidas como testáveis, podem ser observadas e manipuladas.
O termo variável é o dos mais empregados na linguagem dos pesquisadores. Seu objetivo é o de conferir maior precisão aos enunciados científicos, sejam hipóteses, teorias, leis, princípios ou generalizações. O conceito de variável refere-se a tudo aquilo que pode assumir diferentes valores ou diferentes aspectos, segundo os casos particulares ou as circunstâncias (GIL, 2002, p.36). Veja um exemplo:
“Em que medida a escolaridade determina a preferência político-partidária?” 
Aqui temos duas variáveis relacionando-se: 
Variável 1: escolaridade 
Variável 2: preferência político-partidária  
As variáveis podem ser de três tipos: 
• Independente
Variável que influencia, determina ou afeta outra variável, dando a condição ou a causa para certo resultado, efeito ou consequência. 
Exemplo: “Se dermos uma pancada no joelho dobrado de um indivíduo, sua perna esticará”. 
• Dependente
Consiste nos valores a serem explicados ou descobertos, em virtude de serem influenciados, determinados ou afetados pela variável independente. 
Exemplo: “Se dermos uma pancada no joelho dobrado de um indivíduo, sua perna esticará”. 
• Interveniente
É aquela que em uma sequência causal se coloca entre a variável independente e a dependente, tendo como função ampliar, diminuir ou anular a influência de uma sobre a outra.  
Exemplo: “A liderança autoritária influencia na motivação dos colaboradores.”.
Cada problema científico formulado conta com duas variáveis.
Então, em ordem de importância, arraste os botões com o motivo das variáveis para as áreas correspondentes em branco:
A variável relacionada ao Curso é independente em relação à variável relacionada ao Conservadorismo. Por isso, é mais importante. 
Conservadorismo, por sua vez, é uma variável dependente da primeira (Curso). Sendo, assim, menos importante.
A variável relacionada à Classe social é independente em relação à variável relacionada ao Tempo de amamentação. Por isso, é mais importante. 
Tempo de amamentação, por sua vez, é uma variável dependente da primeira (Classe social). Sendo, assim, menos importante.
Marque um X  nas respectivas colunas para classificar os problemas abaixo como problemas de engenharia, de valor ou científico:
Dos problemas às hipóteses.
Ao seguirmos a ordem das razões, podemos afirmar que a formulação de uma hipótese de pesquisa decorre da problematização.  
As hipóteses são as possíveis respostas encontradas para o problema formulado.  
A problematização requer possibilidades de respostas, que compõem alternativas que devem ser consideradas e examinadas.
Exemplo de hipótese.
Tema: mortalidade infantil.
Problematização: em que medida o fenômeno da mortalidade infantil está relacionado à desnutrição da criança?
Você percebeu que o pesquisador ao constatar a relação entre as variáveis (mortalidade infantil e desnutrição) formulou uma hipótese?
Relatório.
O Relatório é a parte final de uma pesquisa. Seu objetivo consiste em dar ao leitor o resultado completo do estudo, apresentando fatos, dados, procedimentos utilizados, resultados obtidos, chegando a certas conclusões e recomendações (RAMPAZZO, 2005).
O Relatório está estruturado em:
Comunicação Científica ou Paper.
Segundo  a ABNT (1989), paper é um pequeno artigo científico elaborado sobre determinado tema ou resultados de um projeto de pesquisa. É utilizado nas comunicações em congressos e reuniões científicas, sujeitos à sua aceitação por julgamento.
A finalidade de um paper é formar um problema, estudá-lo, adequar hipóteses, cotejar dados, prover uma metodologia própria e, finalmente, concluir ou eventualmente recomendar.
Por ser bastante técnico, o paper pode conter fórmulas, gráficos, citações e pés de página, anexos, adendos e referências.
A última coisa que se destaca neste tipo de trabalho é a opinião do autor. Por isso, em um paper, o julgamento de quem o escreveu é velado e tem a

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