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Nome Aline Daiana Campos Costa Santos RA 8067385 Projeto de Prática Educação de Crianças, Jovens e Adultos e Psicologia do Desenvolvimento. Titulo do Projeto: O currículo na Educação Infantil e o cuidar e educar como aspectos indissociáveis. Batatais (polo) 2018 Em uma entrevista na Creche Lar Escola Aprendizes do Evangelho *Como devemos pensar o currículo na Educação Infantil? O currículo na Educação Infantil deve primeiramente ser planejado, alterado e adequado durante o ano letivo, através das experiências vividas em sala de aula e da mediação do professor/aluno. Deve contemplar aprendizagens e ensinamentos significativos, que estejam de acordo com a realidade da criança. Abrangendo aspectos sociais, culturais, políticos, artísticos, entre outros. O currículo nos permite traçar objetivos e avaliar se durante o processo conseguimos alcançá-los. Não podemos transformar (principalmente na Educação Infantil) o currículo, em conteúdos que devem ser transmitidos para os alunos. *Em qual concepção de criança o currículo da escola está embasado? Na concepção de criança que tem o direito de aprender, que faz parte da sociedade, que traz seu valor histórico e cultural independente de classe, cor, religião, etc. *A senhora ou o senhor poderia me mostrar à proposta pedagógica da escola? (se possível fornecer uma cópia) Estamos adequando nosso Projeto Pedagógico de acordo com a BNCC, sendo assim não poderei disponibilizar uma cópia nesse momento. *Como o desenvolvimento da criança é trabalhado, estimulado? E como as áreas do conhecimento (linguagem, matemática, artes) são trabalhadas de acordo com o currículo proposto? Através do lúdico, do faz de conta, dos jogos e brincadeiras. Com músicas, desenhos, texturas, contação de histórias. As rodas de conversa são de extrema importância. Todas as atividades estão de acordo com a faixa etária de cada criança, e do contexto ao qual a mesma está inserida. * Como é visto o cuidar e o educar no currículo da escola? O que significa o cuidar e o educar? São processos indissociáveis, principalmente nessa faixa etária. * Como deve ser pensada a organização do tempo e do espaço na educação infantil? A rotina na educação infantil é de grande importância no desenvolvimento e autonomia das crianças. Devemos pensar em atividades de curta duração, pois nessa faixa etária, é normal que as crianças não se concentrem por muito tempo, desviando a atenção facilmente. Devemos ter os momentos de higiene, de atividades pedagógicas, de sono e alimentação. * Qual o papel do professor (pedagogo) na organização do tempo e espaço oferecido às crianças na educação infantil? O professor é o mediador do processo de ensino e aprendizagem, sendo assim o mesmo tem autonomia e responsabilidade de organizar da melhor forma possível, respeitando o tempo de cada criança o tempo e os espaços utilizados. Quando o aluno vive frequentemente o espaço de aprendizagem de forma dinâmica ele passa a ser sujeito da sua aprendizagem, participa das decisões que dizem respeito ao projeto da escola por que diz respeito ao que vive, ao que conhece e que é também parte do projeto da vida deste aluno, de suas necessidades, da comunidade onde vive. Ao integra-se na dinâmica educacional do saber o aluno desenvolve suas habilidades inatas de gerir, de afirmar, de compartilhar e aprende, aos poucos, a ouvir a opinião do outro companheiro, a fazer e a trabalhar em equipe; aprende a observar e a fazer relação com o meio tornando-se um sujeito transformador que convive em sociedade. Consideramos, portanto que a educação é ao mesmo tempo um processo individual e um processo social facilitado através das inter-relações, pois assim, a criança desenvolve sua própria inteligência adaptativa na elaboração do conhecimento. O papel educativo proposto será o de estimular a capacidade de descobrir, produzir e criar, e não apenas de repetir. O lúdico e o prazeroso são determinantes no fazer pedagógico, pois é possível elaborar atividades para crianças pequenas, de maneira que elas possam crescer em ambiente estimulador, seguro, educativo e feliz. Tendo em vista que o professor, além de levar em conta os conhecimentos prévios dos alunos, propõe desafios, em que a criança possa confrontar suas hipóteses espontâneas com hipóteses e conceitos científicos, apropriando- se, gradativamente, desses. Significa, ainda, que não se pode limitar suas oportunidades de descoberta, e que é necessário conhecê-las verdadeiramente para proporcionar-lhes experiências de vida ricas e desafiadoras. Do ponto de vista construtivista, o professor não deve realizar as atividades pelos alunos, mas auxiliá-los a encontrar meios de fazer as coisas a seu modo. Enfim, é deixá-los serem crianças. As atividades pedagógicas são organizadas de modo a seguir uma rotina que vai desde a chegada das crianças na Creche até o momento de saída. O cotidiano da Creche é composto de atividades que envolvem: Recepção e saída das crianças; Cuidado de higiene e repouso; e adequada às diferentes faixas etárias e às necessidades da clientela; Atividades de recreação livre nas salas e no espaço externo; Atividades educativas dirigidas e parcialmente dirigidas, tanto nos espaços internos como externos utilizando materiais e locais apropriados para tal fim. Toda e qualquer atividade vivenciada na Creche tem sua importância para a criança. Do ponto de vista didático destacamos: a) Roda inicial: Trabalham com os Maternais II, a contagem de quantas meninas, meninos e quantas crianças estão presentes no dia. Desenvolvendo assim conceitos matemáticos. Nesta atividade a criança intitulada “ajudante do dia” deve registrar em painel específico os números obtidos auxiliados pelo professor. Com o Maternal I são utilizadas musicas da chamadinha e cartão de identificação do nome. Para o berçário também tem musica de bom dia e são ditos os nomes para as crianças identificarem quem veio e quem faltou. No dia a dia da sala de aula trabalham com musicas e crachás para identificação dos nomes. Também fazem a contagem coletiva dos alunos que estão presente e identificam os nomes das crianças que faltaram. Estes registram nos cartazes expostos na sala de aula através de fichas. O calendário também é preenchido por eles, mas, os números são dados prontos, eles precisam encontrar o número que corresponde à aquele dia. Estas turmas também utilizam os cartões que identificam a rotina diária e com a ajuda do educador montam-a no varalzinho. b) Atividades Livres. É o momento de permitir e possibilitar que a criança manifeste seu simbolismo, seu imaginário, entrando no seu mundo do faz de conta, de descobertas e imitações. É o momento de interação direta com os outros colegas de diferentes idades, e de descobrirem afinidades e diferenças promovendo assim seu aprendizado individual e social. c) Hora do Conto. Este momento é propício para despertar nas crianças o gosto pela leitura, o prazer de folhear um livro e admirar as figuras que nele contém. Ouvir uma narração, incentivando assim o uso da linguagem e a imaginação das crianças para as lendas e histórias infantis, trazendo fascínio e deixando fluir seu imaginário e o simbólico. d) Almoço: os pratos são servidos com toda a refeição preparada no dia, cabe ao professor e auxiliares conversarem sobre a importância de provar os alimentos incentivando-os a comer de tudo. A estrutura o campo das brincadeiras, por meio da seleção da oferta deobjetos, fantasias, brinquedos, dos arranjos dos espaços e do tempo para brincar, dormir e alimentar-se, a fim de que as crianças alcancem objetivos de aprendizagens predeterminados sem limitar sua espontaneidade e imaginação. Neste trabalho faz-se uma reflexão baseada na observação sobre o que consiste o cuidar e o educar, bem como, discute-se as bases do significado de cuidar e educar, ressaltando seu caráter de unicidade, ao invés de dupla tNa educação infantil o “cuidar” é parte integrante da educação, embora possa exigir conhecimentos, habilidades e instrumentos que exploram a dimensão pedagógica. Cuidar de uma criança em um contexto educativo demanda a integração de vários campos de conhecimento e a cooperação de profissionais de diferentes áreas. O cuidado preciso considerar, principalmente, as necessidades das crianças, que quando observadas, ouvidas e respeitadas, podem dar pistas importantes sobre a qualidade do que estão recebendo. Os procedimentos de cuidado também precisam seguir os princípios de promoção da saúde. Para se atingir os objetivos dos cuidados com a preservação da vida e com o desenvolvimento das capacidades humanas, é necessário que as atitudes e procedimentos estejam baseados em conhecimentos específicos sobre desenvolvimento biológico, emocional, e intelectual das crianças, levando em conta diferentes realidades socioculturais. A instituição de educação infantil deve tornar acessível a todas as crianças que a frequentam, indiscriminadamente, elementos da cultura que enriquecem o seu desenvolvimento e inserção social. Cumpre um papel socializador, propiciando o desenvolvimento da identidade das crianças, por meio de aprendizagens diversificadas, realizadas em situações de interação. Nesse processo, a educação infantil poderá auxiliar o desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis. Sendo assim, o processo educativo é realizado de várias formas: na família, na rua, nos grupos sociais e, também, na instituição. Educar, nessa primeira etapa da vida, não pode ser confundido com cuidar, ainda que crianças (especialmente as de zero a 18meses) necessitem de cuidados elementares para garantia da própria sobrevivência. O que deve permear a discussão não são os cuidados que as crianças devem receber, mas o modo como elas devem recebê-los, já que se alimentar assear-se, brincar, dormir, interagir são direitos inalienáveis à infância. O agir pedagógico deve atender às reais necessidades das crianças, deve ser criativo, flexível, atendendo à individualidade e ao coletivo. Será o eixo organizador da aquisição e da construção do conhecimento, a fim de que a criança passe de um patamar a outro na construção de sua aprendizagem. Pensar sobre isto implica reinventar o espaço de salas para que neles se deem as interações do sujeito com o mundo físico e social, oportunizando lhe vivências e situações de troca de ponto de vista, tomadas de decisões, sendo promovido, assim, sua autonomia e cooperação, tão importantes para a formação de um novo cidadão. Portanto, podemos concluir dizendo que as instituições infantis são um dos contextos de desenvolvimento da criança. Além de prestar cuidados físicos, ela cria condições para o seu desenvolvimento cognitivo, simbólico, social e emocional. O importante é que a instituição seja pensada não como instituição substituta da família, mas como ambiente de socialização diferente do familiar. Nela se dá o cuidado e a educação de crianças, que aí vivem, convivem, exploram, conhecem, construindo uma visão de mundo e de si mesmas, constituindo-se como sujeito. Determinando assim o cuidar e o educar como fatores indissociáveis a todo instante em que se relaciona com outras pessoas, se é educador e educando, pois se ensina e aprende-se trocando experiências e pratica-se o cuidar e o educar nas mais diversas atividades rotineiras. As crianças pequenas ainda estão desvendando o mundo, tudo é novo, deve ser trabalhado e aprendido, não são independentes e autônomas para os próprios cuidados pessoais, precisam ser ajudadas e orientadas a construir hábitos e atitudes corretas, estimuladas na fala e aprimoradas em seu vocabulário. Bibiografia : OLIVEIRA, Z. de M. R. Educação infantil: muitos olhares. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1995. OSTETTO, Luciana Esmeralda. Encontros e encantamentos na educação infantil. Campinas: Papirus, 2000. WAJSKOP, Gisela. Creches: atividades para crianças de zero a seis anos. São Paulo: Moderna,1995. Apostilha Claretiano de Batatais Educação de Crianças, Jovens e Adultos e Psicologia do Desenvolvimento. BRAGA, Aucy Bernini. Estrutura e Funcionamento da Instituição de Educação Infantil. Florianópolis:UDESC/Cead, 2003.
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