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Direito Civil 3 – Contratos
Prof. Roberto Solimene
Desembargador – Direito Privado e TRE
Sugestões de leitura: 
Heidegger Urgente – Egídio Jacob
Responsabilidade pré-contratual - Carlyle Popp. Ed. Juruá. (autonomia da vontade)
Boa-fé no Direito Civil - Cláudio Luiz Bueno Godoy (técnicas para provar que alguém não foi honesto nos contratos)
A vida de Norberto Bobbio
Hermenêutica e Aplicação do Direito – Carlos Maximiiano
Rizzato Nunes – Direito do consumidor – Saraiva 2004 pag. 574/575 (sugestão de TCC).
Sugestão de leitura Venda de ascendente para descendente – João Amourin de Vilhena Nunes
Filmes – Germinal, Os miseráveis.
05/08/13
	CONTRATOS
				Arras Confirmatórias
					V
Arras Penitenciais			
Fase de Formação			 Fase de Execução
Opção de compra/venda
Policitação		P				p	Pagamento
Contratos Civis – realizados entre pessoas naturais, entre pessoas jurídicas e PN x PJ
Contratos de consumo – realizados entre fornecedor x destinatário final
A regra é que os contratos seguem o seu curso naturalmente, o que se verifica nessa matéria é como evitar os problemas dos contratos já existentes.
Na Lei 9099, que institui os juizados especiais, onde o sistema recursal é diferenciado, (vai para o colégio recursal, se houver recurso sobre a decisão do colegiado o recurso vai direto para o STF), uma das principais funções é promover a celeridade processual para evitar o exercício arbitrário das próprias razões (violência). A visão é a manutenção da ordem pública e de proteção dos contratantes.
CONCEITO DE CONTRATO 
– é um fenômeno social, 
um negócio jurídico, 
caracterizado por um acordo de duas ou mais vontades
,
 em conformidade com a lei e que regula a relação interpessoal dos interessados. O conteúdo do contrato sempre vai conter prestações de fazer, não fazer ou de dar, criar, extinguir ou modificar direito, e sempre tem interesse patrimonial.
 Célula jurídica que se constitui para estabelecer obrigações recíprocas entre eles.
Os efeitos dos 
NEGÓCIO
S
 jurídicos são escolhidos pela parte, enquanto os efeitos dos 
ATOS
 jurídicos são definidos pela lei.
 Ex. Casamento é um Ato Jurídico, porque seus efeitos definidos pela lei. O casamento diz respeito à estrutura social.
Nos contratos nós determinamos qual a extensão dos efeitos do negócio. Contratos é o ramo de todo o direito onde a vontade é soberana
Cultura Ocidental tem 4 pilares (Logos – Grego (Lógica), Voluntas – Roma (Contrato – prestigia-se a vontade), Caritas – catolicismo (caridade), Ethos – Universal (ética))
A alavanca do mundo ocidental é o contrato (Os Gigantes da Indústria – History Channel), todo o movimento que criou a potência dos Estados Unidos é o contrato. A vontade é o fundamental.
Normas contratuais na esfera constitucional (art. 5º) Direito a vida – médico, laboratório, remédio, hospital – contratos; Direito à Educação – contratar escola (somente o direito fundamental é universal).
Ato jurídico é formado por 3 peças: pessoas, objeto, a forma (equilíbrio e a vontade)
O CONTRATO É FORMADO POR 5 PEÇAS OS SUJEITOS CONTRATANTES, O OBJETO DO CONTRATO, A FORMA, O EQUILÍBRIO ENTRE OS CONTRATANTES E O EXPRESSO CONSENTIMENTO.
Se eu quero um contrato saudável é necessário observar essas cinco peças, de forma contraria o contrato não tem sustentação, via de regra, não alcança o final da execução.
Se eu tenho uma relação com alguém e este me causou prejuízo, eu tenho que entrar com uma ação de conhecimento contra está pessoa e entre a promoção da ação de conhecimento e a sua extinção são 42 atos. O contrato é equivalente a um título executivo, se tudo fosse feito contrato diminuiria o número de ações de conhecimento, consequentemente teríamos uma justiça muito mais rápida.
Art. 550 – doação para amante é ilícito
	COMPONENTES DO CONTRATO
Contratantes – capacidade do contratante, em nome próprio, mandatário, ou representado/assistido.
Terceiros: Pode ser que terceiro seja obrigada a cumprir o contrato – compra de ingresso através do Ticket for fun, quem cumpre o contrato é o artista; Estipulação em favor de terceiro – Compra de carro para filha.
Objeto – deve ser lícito – a questão da licitude do objeto do contrato é muito delicada principalmente quanto à ciência e vida/partes humanas; - deve ser possível ou pelo menos relativamente possível.
Forma – extremamente importante. Contratos fantasmas (não tomaram forma escrita) não são fáceis de provar. A melhor forma é escrita (seguro – apólice; entrega de mercadorias – frete; compra e venda de imóveis – escritura). A questão da forma está em torno da prova.
05/08/13
Equilíbrio – não existe contrato sem equilíbrio, se o proveito para alguma das partes desaparecer (478, 479, 480) pode ser rescindido pela parte prejudicada, ou pelo menos sê-lo reescrito.
O equilíbrio tem por objeto evitar o vício social da lesão. Para não causar lesão é que se reequilibra o contrato. No novo sistema civil o Estado pode realizar alteração nos contratos no momento em que a relação se desequilibra.
O Estado edita leis determinando cláusulas contratuais (Cláusulas Gerais – General klause), funciona como uma regra geral em branco:
Ex; Art. 6º, V CDC (Lei 8.078)
Teoria da Imprevisão: (478-480)
Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação.
Art. 479. A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar eqüitativamente as condições do contrato.
Art. 480. Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes, poderá ela pleitear que a sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo de executá-la, a fim de evitar a onerosidade excessiva.
Expresso consentimento (Expressa manifestação da vontade) – diretamente vinculado a vícios da vontade (Erro, Dolo, Coação relativa, Simulação e Estado de Perigo)
Dois sistemas: CDC (mais favorável ao consumidor), sendo necessários dois requisitos, Arts. 2º e 3º do CDC – fornecedor de produto ou serviço profissional (que viva disso), pode ser empresário irregular; que a pessoa com quem ele interaja seja o destinatário final do produto ou serviço. Se não forem observados os dois requisitos entramos no CC, onde é verificado um equilíbrio entre as partes.
   Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
        Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.
        Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
        § 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.
        § 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
Consumo diferente de insumo – pessoa pede empréstimo no banco, se o dinheiro é para comprar um bem para si caracteriza-se uma relação de consumo e o que se aplica é o CDC, na hipótese de o empréstimo ser para aquisição de maquinário para a indústria (insumo) a relação é regulada pelo CC.
Ideologia do contrato moderno – função social.
Art. 335 CPC – utilizada para a interpretação dos fatos sociais.
Na fase de execução e de formação, as partes deveriam ser imbuídas de uma força centrípeta com o intuito de que o contrato seja fechado e executado. Lamentavelmente não é desta forma, na fase de formação temos uma força centrípeta, jána fase de execução temos uma força centrífuga, e é exatamente por conta desta segunda que temos o CDC.
Deve ser investido em contratos para evitar desperdício de dinheiro, mais uma vez, o contrato gera título executivo, sendo dispensada ação de conhecimento.
Deve ser observada a paridade entre o contrato e o fato que ele pretende regular. A preocupação não deve estar voltada para o título do contrato, a preocupação deve ser o fato.
REQUISITOS SUBJETIVOS
Existência de duas ou mais pessoas
As pessoas devem ter capacidade genérica para contratar
Consentimento das partes contratantes
REQUISITOS OBJETIVOS
Objeto lícito
Negócio deve ser possível
Deve ter caráter econômico
REQUISITOS FORMAIS
Forma prescrita ou não defesa em lei, a formação do contrato é regulada pela CF, CC
Capacidade do agente
Obj
. lícito, possível, determinado ou determinável
De ordem geral
Forma prescrita ou não defesa em lei
Requisitos de validade dos contratos
Consenti// recíproco
De ordem especial
Responsabilidade civil das celebridades na formação de contrato (Lineu Jorge Fava – PUC) CDC 30, 31 e 36 (acima).
12/08/13
Sugestão de Editora: Al. Lorena entre 9 de julho e a Pamplona – Ed. Almedina. Livros portugueses – Canotilho, Mario Frota,...
Policitação dos contratos é a exposição de que se está disposto ao contrato, disponível para contratar, OFERTA (PROPAGANDA É ELEITORAL E RELIGIOSA; PUBLICIDADE É COMERCIAL).
    	Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado.
O que está na mensagem incorpora o contrato, isso é uma conquista da sociedade, exigindo transparência por parte de quem faz a publicidade.
         	Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores.
Quando fala que o cigarro faz mal, é o atendimento ao art. 31, devendo ser exposto os riscos que o consumidor assume.
        	Art. 36. A publicidade deve ser veiculada de tal forma que o consumidor, fácil e imediatamente, a identifique como tal.
        	Parágrafo único. O fornecedor, na publicidade de seus produtos ou serviços, manterá, em seu poder, para informação dos legítimos interessados, os dados fáticos, técnicos e científicos que dão sustentação à mensagem.
Oferta (CDC) e proposta (CC) são sinônimos, devem ser sérias e exatas, não há possibilidade de proposta ou ofertas que não o sejam. Todo contrato deve ser permeado pela Boa-fé, as pessoas devem agir com lisura.
Art. 422 e 423 (coração dos contratos)
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.
Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente.
Somado com o art. 30 do CDC chega-se a conclusão de que se foi publicado que o preço é tal, mesmo que esteja errado, deve ser cumprido. Contudo muitos sustentam que quando o erro for crasso não obriga o fornecedor, mas não é isso que diz a lei. A prova da existência da oferta cabe a quem alega o prejuízo.
Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso.
A oferta vincula, feita a proposta o contrato não pode ser alterado.
O que regula a oferta é o texto da lei, se a relação é de consumo pelo CDC 30, 31, 36, 9 e 10; quando não é consumidor, nem consumidor por equiparação, vai para o CC. O texto de lei, via de regra, não é suficiente e devem ser aplicados os costumes, a analogia e os PGD.
	PRINCÍPIOS
CONCEITO - São enunciados com alta carga valorativa, nem sempre tem caráter vinculante, orientam o aplicador do direito na sua atividade, são mais abrangentes que os textos dos códigos porque estes só regulam atividades específicas. Contém fundamento ético, uma decisão política relevante e indicam determinada decisão a ser seguida.
Princípios são gerais e normas são específicas.
PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DAS VONTADES
Significa ampla liberdade de contratar. Têm as partes a faculdade de celebrar ou não contratos, sem qualquer interferência do Estado
Só contratamos com quem queremos contatar, é uma prerrogativa conferida aos indivíduos de criarem suas relações na órbita do direito.
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
I - soberania nacional;
II - propriedade privada;
III - função social da propriedade;
IV - livre concorrência;
V - defesa do consumidor;
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII - busca do pleno emprego;
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 6, de 1995)
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.
Se desdobra em 2 subprincípios
Liberdade de contratar ou não contratar – se em jogo apenas um valor mercantil, contudo há limites.
Contratar aquilo sobre o que quer contratar.
O que limita esses princípios é a ordem pública, bons costumes, direitos fundamentais envolvidos nos contratos.
Não se pode recusar contratação para direitos fundamentais, contratação de escola enquanto há vagas.
PRINCÍPIO DA RELATIVIDADE DAS CONVENÇÕES (CONTRATOS)
Funda-se na ideia de que os efeitos dos contratos só se produzem em relação às partes, não afetando terceiros, salvo algumas exceções consignadas na lei (estipulação em favor de terceiros).
A princípio os contratos só vinculam aqueles que dele querem participar, aderiram ao contrato. Existem apenas duas exceções – estipulação em favor de terceiro, para isso é necessário aceitação dele; promessa de fato de terceiro – contratei, mas quem vai cumprir é terceiro, o terceiro não é obrigado a cumprir, se o terceiro assumir publicamente o compromisso ele está vinculado.
Hipótese de rua em que os moradores se reúnem para fechá-la nos termos da legislação municipal, e um dos moradores se recusa a participar e não contribui com as despesas geradas. No Tribunal de São Paulo o entendimento é de que este que se recusa pode não participar do contrato, contudo deve pagar as despesas para não ocorrer o enriquecimento sem causa, o entendimento é contrário nos Tribunais Superiores.
14/08/13
PRINCÍPIO DA BOA-FÉ OBJETIVA
Exige que as partes se comportem de forma correta não só durante as tratativas como também durante a formação e o cumprimento do contrato (art. 422). Guarda relação com o princípio segundo o qual ninguém pode beneficiar-se da própria torpeza. A boa-fé se biparte em subjetiva (psicológica) e objetiva (cláusula geral que impõe norma de conduta)
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.
Talvez o princípio mais importante dos contratos, tal princípio vem em contraposição ao passado do contrato, que dizia que o que valia era o que estava escrito, pensamento da Escola Consensualista. Este pensamento gerainsegurança, principalmente quando levamos em conta o grau de instrução da nossa sociedade. 
Todos têm direito de contratar, tanto os instruídos quanto os não instruídos, face esta preocupação são elaboradas cláusulas gerais determinadas em lei que permeiam todos os contratos.
Nós vivemos num regime de cláusulas gerais, se não está no contrato não tem problema, desde que a lei preveja.
Ex. de cláusulas gerais: Art. 47; Art, 6, V; art. 51 CDC
        V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas;
       Art. 47. As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor.
       Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:
        I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor por vícios de qualquer natureza dos produtos e serviços ou impliquem renúncia ou disposição de direitos. Nas relações de consumo entre o fornecedor e o consumidor pessoa jurídica, a indenização poderá ser limitada, em situações justificáveis;
        II - subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da quantia já paga, nos casos previstos neste código;
        III - transfiram responsabilidades a terceiros;
        IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade;
        V - (Vetado);
        VI - estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do consumidor;
        VII - determinem a utilização compulsória de arbitragem;
        VIII - imponham representante para concluir ou realizar outro negócio jurídico pelo consumidor;
        IX - deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o contrato, embora obrigando o consumidor;
        X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, variação do preço de maneira unilateral;
        XI - autorizem o fornecedor a cancelar o contrato unilateralmente, sem que igual direito seja conferido ao consumidor;
        XII - obriguem o consumidor a ressarcir os custos de cobrança de sua obrigação, sem que igual direito lhe seja conferido contra o fornecedor;
        XIII - autorizem o fornecedor a modificar unilateralmente o conteúdo ou a qualidade do contrato, após sua celebração;
        XIV - infrinjam ou possibilitem a violação de normas ambientais;
        XV - estejam em desacordo com o sistema de proteção ao consumidor;
        XVI - possibilitem a renúncia do direito de indenização por benfeitorias necessárias.
Essas cláusulas levam a uma sensação de segurança. O que rege o contrato é a função social, é ele que protege a economia doméstica.
BOA-FÉ OBJETIVA VEM DE DIREITO OBJETIVO, DIREITO POSITIVO, BOA FÉ COMO UM PRINCÍPIO CONTRATUAL ESCRITO – QUEM CONTRATA TEM DEVER DE LEALDADE, PROBIDADE, TRANSPARÊNCIA, HONESTIDADE, NÃO É UM FAVOR É UMA REGRA, E A NÃO SUBMISSÃO À REGRA GERA UMA SANÇÃO. É UMA NORMA DE CUNHO ÉTICO PARA EVITAR CONFLITOS
Princípio sobre o qual giram todos os demais.
O problema do artigo é como provar que a pessoa é ímproba. Existem 4 técnicas para provar a improbidade do contratante, muito bem tratadas por Cláudio Luiz Bueno de Godoy.
Tu quoque – não faça para os outros, o que não se quer façam para si. Inversão das obrigações é aceito? Proíbe que uma pessoa faça contra outra o que não faria contra si mesma, consistindo em aplicação do mesmo princípio inspirador da exceptio non adimplenti contractus
Venire contra factum proprium – não aceito dois pesos e duas medidas. Protege uma parte contra aquela que pretende exercer uma posição jurídica em contradição com o comportamento assumido anteriormente.
Supretio – supressão – está no texto, mas a parte ignora que esteja – suprimiu um dado verdadeiro e é utilizado outro no lugar. A questão não é muito clara. Estão deixando de praticar algo que consta do contrato. Um direito não exercido durante determinado lapso de tempo não poderá mais sê-lo, por contrariar a boa-fé.
Surretio – surreal – não é real – dizem que está, mas não está. Estão praticando algo que não está no contrato. É a outra face da supretio. Acarreta o nascimento de um direito em razão da continuada prática de certos atos.
Art. 244 – interpretação – se o contrario não resultar o título da obrigação - pelo título da obrigação quem escolhe é o credor.
Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor.
PRINCÍPIO DA FORÇA OBRIGATÓRIA DOS CONTRATOS
Decorre da convicção de que o acordo de vontades faz lei entre as partes (pact sunt servanda), não podendo ser alterado nem pelo juiz.
O cumprimento é garantido pelo Estado, se a norma contratual é regular e eleita pelas parte com consciência e não viola normas legais, o cumprimento pode ser coercitivo pelo estado – Ação de obrigação fazer e não fazer.
É dever da ordem jurídica garantir o cumprimento dos contratos. FORÇA OBRIGATÓRIA DOS CONTRATOS (PACTA SUNT SERVANDA) – os contratos têm garantia estatal de cumprimento, se não houver o cumprimento da obrigação o estado pode compelir o seu cumprimento.
19/08/13
PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DA ORDEM
Limita o princípio da autonomia da vontade, dando prevalência ao interesse público.
Existem contratos que têm profunda vocação social (ex.: contratos trabalhistas), o tratamento deve ser isonômico, o contrato de trabalho é tratado por uma profunda vocação social. No direito civil o exemplo pela identidade de tratamento é para garantir a estabilidade social. Quando existe este princípio há redução da liberdade dos contratantes.
Ex. Seguros – quase não existe liberdade de contratar. Se detiver tratamento em detrimento de outros eu estou discriminando, o que é vedado; Contrato de locação (questão de segurança pública), se o locatário não tiver certa proteção o locador faria o que bem entendesse, então nesse ponto a vontade contratantes e mitigada.
PRINCÍPIO DO CONSENSUALISMO
Basta o acordo de vontades, independentemente da entrega da coisa, para o aperfeiçoamento do contrato. Os contratos são, em regra, consensuais. Alguns poucos, no entanto, são reais, porque somente se aperfeiçoam com a entrega do objeto, subsequente ao acordo de vontades (ex. empréstimo e comodato)
PRINCÍPIO DA REVISÃO DOS CONTRATOS
Também denominado “princípio da onerosidade excessiva”, opõe-se ao da obrigatoriedade, pois permite aos contratantes recorrerem ao judiciário para obter alteração da convenção e condições mais humanas caso a prestação se torne excessivamente onerosa em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis (art. 478 e 480). Constitui aplicação da antiga cláusula rebus sic stantibus e da teoria da imprevisão.
	CLASSIFICAÇÃO DO CONTRATO
Quanto aos efeitos
Unilaterais
Bilaterais
Plurilaterais
Gratuitos
Onerosos
Comutativos
Aleatórios
Aleatórios por natureza
Acidentalmente aleatórios 
Quanto a formação
Paritários
De Adesão
Contratos-tipo
Quanto ao momento de sua execução
Instantânea
Diferida
De trato sucessivo ou em prestações
Quanto ao agente
Personalíssimos – intuitu personae
Impessoais
Individuais
Coletivos
Quanto ao modo porque existem
Principais
Acessórios ou adjetivos
Derivados ou subcontratos
Quanto à forma
Solenes ou formais
Não solenes ou de forma livre
Consensuais
Reias
Quanto ao objeto
Preliminares (pacto em contrahendo)
Definitivos
Quanto à designação
Nominados
Inominados
Típicos
Atípicos
Mistos
Coligados
União de contratos
Preempção.
	QUANTO AOS EFEITOS
	UNILATERAIS E BILATERAIS
Unilaterais – só há obrigação para um dos lados, Ex. Comodato - empréstimo gratuito de coisa infungível, todas as obrigações são do comandatário. São os contratos que criam obrigações unicamente para uma das partes. Ex. Doação puraDoação – todas as obrigações são do doador
Mandato – procuração para fazer matrícula
Recompensa
Bilaterais (sinalagmáticos) – obrigação para as duas partes. São os que geram obrigação para ambos os contratantes. Ex. Compra e venda
Prestação de serviço – uma parte paga e a outra presta o serviço
Troca – entrego uma coisa a outra parte entrega outra para uso.
Plurilaterais – são os que contêm mais de duas partes
	GRATUITOS E ONEROSOS
Gratuitos ou benéfico – são os contratos em que apenas uma das partes aufere benefícios ou vantagem (doação pura)
Onerosos – são aqueles em que ambos os contraentes obtêm proveito ao qual corresponde um sacrifício (compra e venda)
Quando o contrato é oneroso ocorre desgaste em ambos os patrimônios,
se é gratuito o patrimônio não vai sentir.
A questão é a intenção do contrato, o exame é feito pelo receptor da prestação. As consequências é que contratos gratuitos não tem vício redibitório, diferentemente os contratos onerosos (é oneroso para os dois)
	COMUTATIVOS E ALEATÓRIOS
Comutativo tudo é claro, não havendo qualquer surpresa, eu sei quais são os meus créditos e as minhas obrigações. São os de prestações certas e determinadas, porque não envolvem nenhum risco.
Aleatórios – a característica é o risco, não são contrato em que sabemos o que vai acontecer Alea – sorte e azar (sentidos antônimos). Contrato realizado entre empresários e não entre particulares. Não existe de consumo aleatório (exceção é a compra de ingresso para a Copa do Mundo-BR), somente existe entre os iguais. Um dos elementos do contrato é mitigado, o equilíbrio. São os que se caracterizam pela incerteza. Os contratos de jogo, aposta e seguros são aleatórios por natureza, porque a álea, o risco, lhes é peculiar. Os tipicamente comutativos, que se tornam aleatórios em razão de certas circunstâncias denominam-se acidentalmente aleatórios (venda de coisas futuras e de coisas existentes, mas expostas a risco).
Emptio spei (sem nada – empty emptio vazio) – versa sobre coisa futura – pode não dar nada – compra antes de plantar onde não se sabe o que vai dar, se der uma praga pode perder tudo
Art. 458. Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas ou fatos futuros, cujo risco de não virem a existir um dos contratantes assuma, terá o outro direito de receber integralmente o que lhe foi prometido, desde que de sua parte não tenha havido dolo ou culpa, ainda que nada do avençado venha a existir.
Emptio rei speratae – versa sobre coisa futura – tem que dar o mínimo – ninhada de cachorros.
Art. 459. Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente a si o risco de virem a existir em qualquer quantidade, terá também direito o alienante a todo o preço, desde que de sua parte não tiver concorrido culpa, ainda que a coisa venha a existir em quantidade inferior à esperada.
Parágrafo único. Mas, se da coisa nada vier a existir, alienação não haverá, e o alienante restituirá o preço recebido.
Coisas que existem e correm risco de perecer – versa sobre coisa existente, existe o risco de perecimento dos bens, alguns contratualistas dizem que caberia seguro seria um exemplo do art. 460.
Art. 460. Se for aleatório o contrato, por se referir a coisas existentes, mas expostas a risco, assumido pelo adquirente, terá igualmente direito o alienante a todo o preço, posto que a coisa já não existisse, em parte, ou de todo, no dia do contrato. 
	QUANTO À FORMAÇÃO
	PARITÁRIOS E POR ADESÃO
Paritários – os contratantes estão em igualdade de condições, o pronunciamento do consenso é mais evidente, o risco de vício de consentimento é menor. São os contratos do tipo tradicional, em que as partes discutem livremente as condições, porque se encontram em pé de igualdade (par a par)
Por adesão – na compra de telefone celular é quase que uma imposição, tudo vem pronto, não existe igualdade de força na formação de contrato, aumentando a possibilidade de vício de consentimento. Não existe margem para negociar, somente se houver dissenso, antinomia de norma contratual, entre normas é que se interpreta no favor daquele que aderiu. São os que não permitem essa liberdade, devido à preponderância da vontade de um dos contratantes, que embora todas as cláusulas. O outro adere ao modelo previamente confeccionado, não podendo modificá-las (consórcio, seguro, transporte).
Contrato-tipo (de massa, em série, ou por formulários): aproxima-se do contrato de adesão porque é apresentado em fórmula impressa e datilografada, mas dele difere porque admite discussão sobre o seu conteúdo. Em geral, são deixados claros, a serem preenchidos pelo concurso de vontades.
	QUANTO AO MOMENTO DE SUA EXECUÇÃO
De execução instantânea – são os que se consumam num só ato, sendo cumpridos imediatamente após a sua celebração.
De execução diferida – são os que devem ser cumpridos também em um só ato, mas em momento futuro.
De execução continuada ou de trato sucessivo – são os que se cumprem por meio de atos reiterados.
	QUANTO AO AGENTE
Personalíssimos ou intuitu personae – são os celebrados em atenção às qualidades pessoais de um dos contraentes.
Impessoais – são aqueles cuja prestação pode ser cumprida, indiferentemente, pelo obrigado ou por terceiro.
Individuais – são aqueles em que as vontades são individualmente consideradas, ainda que envolvam várias pessoas.
Coletivos – são os que se perfazem pelo acordo de vontades entre duas pessoas jurídicas de direito privado, representativas de categorias profissionais.
	QUANDO AO MODO PORQUE EXISTEM
Principais – são os que têm existência própria e não dependem, pois, de qualquer outro.
Acessórios – são os que têm existência subordinada à do contrato principal (fiança, cláusula penal,...)
Derivados ou subcontratos – são os que têm por objetos direitos estabelecidos em outro contrato denominado básico ou principal (sublocação e subempreitada,...)
	QUANTO À FORMA
Solenes – tem uma solenidade – escritura da compra e venda de imóveis, a solenidade é que prova a validade do contrato. Se não for cumprida a solenidade o contrato é nulo. São os que devem obedecer à forma prescrita em lei para se aperfeiçoarem. Quando esta é da substância do ato, diz-se que é ad solemnitatem. 
Não solenes – dispensa a solenidade formal – contratos mais baratos, dispensa qualquer forma. São só de forma livre. Basta o consentimento para a sua formação, independentemente da entrega da coisa e da observância de determinada forma. Daí serem também chamados consensuais. Em regra, a forma dos contratos é livre, podendo ser celebrados verbalmente se a lei não exigir forma especial.
Reais – opõem-se aos consensuais ou não solenes. São os que exigem, para se aperfeiçoarem, além do consentimento, a entrega da coisa que lhe serve de objeto (depósito, comodato, mútuo,...)
	QUANTO AO OBJETO
Preliminar, pactum de contrahendo ou pré-contrato – é o que tem por objeto a celebração de um contrato definitivo. Tem, portanto, um único objeto. Quando este é um imóvel, é denominado promessa de compra e venda, ou compromisso de compra e venda, se irretratável e irrevogável. Quando fera obrigações para apenas uma das partes (promessa unilateral) chama-se opção.
Definitivo – tem objetos diversos, de acordo com a natureza de cada um.
	QUANTO À DENOMINAÇÃO
Nominados – são os que tem designação própria.
Inominados – são os que não as tem.
Típicos – são os regulados pela lei, os que têm o seu perfil nela traçado.
Atípicos – são os que resultam de um acordo de vontades, não tendo, porém, as suas características e requisitos definidos e regulados na lei.
Mistos – é o que resulta da combinação de um contrato típico com cláusulas criadas pela vontade dos contratantes. Constitui contrato unitário.
Coligado – constitui uma pluralidade, em que vários contratos celebrados pelas partes se apresentam interligados.
26/08/13
	MODELOS DE FORMAÇÃO DOS CONTRATOS
A grande questão que corriqueiramentese forma é se as partes contrataram ou não, se as partes não fizeram apenas uma menção, uma intenção de realização de contrato.
O contrato precisa existir incontroversamente. Até 10 salários mínimos pode ser provado por testemunha, de maiores valores a norma exige forma escrita. É recomendável sempre haver prova da existência do contrato, não pode ter nulidades ou anulabilidades, nem vícios, e deve ser eficaz.
A importância da fase de formação é que nesta fase montamos o contrato, então deve ser observada a forma, as anulabilidades, anulabilidades, vícios e eficácia.
Art. 166 (nulidade) e 171 (anulabilidade)
	
	Entre presentes
	Entre ausentes
	As partes expõem ao vivo às condições, e isto permite aos contratantes dirimirem as dúvidas.
Vínculo realizado em um único ato = aceitação
	Entre ausentes (significa não se está interagindo entre as partes e a coisa), quando se tem contato com máquina, na realidade ela é um preposto do vendedor. Contrato epistolar (através de cartas), a aceitação é encaminhada por carta. Compra via internet.
Nos contratos entre ausente existe possibilidade de reconsideração até o recebimento da aceitação. Subteoria da recepção – se ele conseguir comunicar da desistência antes ou junto da aceitação prevalece a reconsideração.
Em regra não são paritários.
Nos contratos realizados entre ausentes o vínculo não acontece em um único ato = aceitação do aderente mais o recebimento da aceitação pelo vendedor. Então o vínculo é estendido.
Art. 433. Considera-se inexistente a aceitação, se antes dela ou com ela chegar ao proponente a retratação do aceitante.
A intenção da norma é proteger o vendedor de propostas temerárias.
	Paridade de forças
	De adesão
	Minoria dos contratos. Subentende-se que as partes estão de acordo com o assinado. As partes tem possibilidade de pensar nas cláusulas do contrato, então se assinaram é porque concordam.
	Contratos de cláusulas dirigidas (de adesão é um dos contratos). Ex. fornecimento de energia elétrica, gás, regidos pelo CDC, o contrato é feito por apenas de uma das partes a outra apenas adere ao contrato. 
Art. 368 CPC
Art. 368. As declarações constantes do documento particular, escrito e assinado, ou somente assinado, presumem-se verdadeiras em relação ao signatário.
Para a formação de um contrato de haver no mínimo OFERTA e ACEITAÇÃO
Oferta
		 - Opção de Compra
Contra oferta	 - Opção de venda
		 - Arras penitenciais
Aceitação			
Vínculo		- 	Arras confirmatórias
É um equívoco dizer que a oferta está sempre de um lado ou do outro do contrato.
A oferta não precisa ser verbalizada o exemplo característico é o leilão.
A oferta de ser proba, ela vincula e faz parte do contrato.
O receptor da oferta manifesta no sentido de aceita a oferta. O que estabiliza, cria um contrato é a aceitação.
Os elementos mínimos do contrato de compra e vendas dão: Objeto, preço e rito de passagem.
Nos contratos de adesão a proteção é dirigida ao aderente. No contrato paritário não há proteção a aderente vez que não há adesão.
Se a oferta for feita com prazo determinado, esse prazo vincula. Se não é dado prazo para a oferta, a oferta é para aquele momento. Se for com prazo, o prazo deve ser respeitado, se não for respeitado e causar prejuízo cabe indenização.
Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso.
Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta:
I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante;
II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente;
III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado;
IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente.
Art. 429. A oferta ao público equivale a proposta quando encerra os requisitos essenciais ao contrato, salvo se o contrário resultar das circunstâncias ou dos usos.
Parágrafo único. Pode revogar-se a oferta pela mesma via de sua divulgação, desde que ressalvada esta faculdade na oferta realizada.
Art. 430. Se a aceitação, por circunstância imprevista, chegar tarde ao conhecimento do proponente, este comunicá-lo-á imediatamente ao aceitante, sob pena de responder por perdas e danos.
Art. 431. A aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, importará nova proposta.
431 = contra oferta. Se eu digo que aceito e coloco óbices significa que eu não aceitei, e sim que ele está realizando uma contra proposta.
Opção de compra – “reserve para mim, mas me dê um tempo”. O vendedor se propôs a reservar o bem, se ele vender antes não tem como anular a venda, mas se eventualmente causou dano cabe indenização.
Ainda não há contrato. Se iniciamos a tratativa e ao final, havendo consenso, criar-se-á o vínculo.
28/08/13
O contrato pode ter fases iniciais curtas (compra de jornal) ou longas (grandes empreendimentos). A fase de formação em dois polos – policitação e aceitação. Se o contratante faz a aceitação, mas coloca questões não ocorreu aceitação e sim uma contra oferta.
Opção de compra – é a reserva
Opção de venda – corretor de imóveis
O titular do direito de opção não tem garantido que vai ter essa pretensão atendida, pode ser que o vendedor ou o corretor não realizem o negócio. Se houver opção, não há garantia da realização do negócio, contudo é passível de indenização art. 186 CC. 
ELEMENTOS
O contrato resulta de duas manifestações de vontade: a proposta (oferta, policitação ou oblação) e a aceitação.
Não dependem de forma especial
A PROPOSTA NO CC
É antecedida de uma fase de negociações preliminares (fase de puntuação), e que não há vinculação ao negócio.
A proposta, desde que séria e consciente, vincula o proponente. A sua retirada sujeita o proponente ao pagamento das perdas e danos. O CC abre exceções a essa regra no art. 427
Se o contrario resultar dos termos dela
Da natureza do negócio
Das circunstâncias do caso.
Tais circunstâncias são elencadas no art. 428
A OFERTA NO CDC
É mais ampla do que o CC, pois normalmente dirige-se a pessoas indeterminadas (contratação em massa). A recusa indevida de dar cumprimento à proposta dá ensejo à execução específica (cdc, 35), podendo o consumidor optar, em seu lugar, por aceitar outro produto, rescindir o contrato e pedir perdas e danos.
A ACEITAÇÃO
Definição – é a concordância com os termos da proposta, a manifestação da vontade imprescindível pra que se repute concluído o contrato.
Requisitos – deve ser pura e simples. Se apresentada fora do prazo, com adições, restrições ou modificações, importará numa proposta, denominada contraproposta. Pode ser expressa ou tácita.
Hipóteses em que não tem força vinculante:
Quando chegar tarde ao conhecimento do proponente – caso em que este deverá avisar o aceitante, sob pena de pagar perdas e danos.
Se antes dela ou com ela chegar ao proponente a retratação do aceitante.
Contratos entre ausentes – entre presentes, os contratos reputam-se concluídos no momento da aceitação. Já entre ausentes, por correspondência ou intermediário, a resposta passa por três fases. Divergem os autores a respeito da conclusão do negócio. Há duas teorias:
Da informação ou cognição – aperfeiçoa-se o negócio quando o policitante se inteira da resposta
Da declaração ou agnição – dividida em três fases:
Da declaração propriamente dita (considera o momento da redação)
Da expedição
Da recepção (entrega ao destinatário)
Embora o art. 434 aponte o momento em que a resposta é expedida, o aludido diploma, ao permitir a retratação da aceitação, na verdade, filiou-se à teoria da recepção.
FORMAÇÃO DE CONTRATOS PELA INTERNET
À falta de lei especial, aplica-se o CDC às obrigações do empresário que se vale do comércio eletrônicopara vender os seus produtos ou serviços para com os consumidores. O contrato de consumo eletrônico internacional obedece ao disposto no art. 9º, §2º LINDB, que determina a aplicação, à hipótese, da lei do domicílio do proponente.
	TEMPO E LOCAL DO CONTRATO
A DATA marca a lei que vai incidir sobre o contrato (DIREITO MATERIAL).
O contrato também tem um LOCAL, e dependendo do local tem uma norma que incide sobre ele, O direito civil é único, mas o tributário não, então os reflexos tributários são diversos.
Os contratos têm peças – sujeitos – vão escolher a modalidade de formação, o contrato é consenso, e todas as minúcias do contrato localizam-se no vínculo.
O contrato para valer ele precisa existir, provo a existência por escrito, a exceção é para coisas móveis para valor inferior a 10 salários mínimos. O contrato não pode ter vícios (nulidade e anulabilidades), e por fim ele deve ser eficaz.
LUGAR DA CELEBRAÇÃO
Segundo dispõe o art. 435 “reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto”. A LINDB, a art. 9º, §2º, também estatui que a obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o proponente.
	FORMAÇÃO DE CONTRATOS NA SOCIEDADE UNIVERSAL DE CONSUMO DE MASSAS
Inicialmente foram inseridos os trabalhadores, não dotados de direitos sociais, que sugiram somente após a revolução industrial na Inglaterra. Nossa sociedade é de inclusão, incluídos os trabalhadores, depois as mulheres, posteriormente as minorias étnicas e hoje as minorias sexuais.
Essa sociedade precisa de consumidores, e para tal entra uma personagem nova para atrair o consumidor – a publicidade. Os contratos de adesão são os introdutores da publicidade.
Publicidade é qualquer forma de oferta comercial e massificada, tendo um patrocinador identificado e objetivando, direta ou indiretamente, a promoção de produtos ou serviços, com utilização de informação e persuasão. A publicidade faz parte da formação dos contratos de adesão. É marketing não pessoal e veiculado com auxilio da mídia, portanto ajuda a fazer a oferta.
A mensagem publicitária obriga, e se aquele que dela se utilizar causar dano é obrigado a indenizar.
Tudo o que produz consumo produz responsabilidade.
Marketing teve a seguinte evolução: de produto, serviço, ideias e programas sociais
Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado.
Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores.
Art. 36. A publicidade deve ser veiculada de tal forma que o consumidor, fácil e imediatamente, a identifique como tal.
Parágrafo único. O fornecedor, na publicidade de seus produtos ou serviços, manterá, em seu poder, para informação dos legítimos interessados, os dados fáticos, técnicos e científicos que dão sustentação à mensagem.
O fundamento para o art. 220 da CF é a vedação à censura.
DA COMUNICAÇÃO SOCIAL
Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.
	PRINCÍPIOS QUE REGULAM A PUBLICIDADE
Art. 9º e 10º CDC
21/08/2013
- O contrato para obrigar precisa existir
- A 1ª dimensão para a existência é a sua prova.
- Os contratos cujo valor exceda 10 salários não podem ser provados senão por escrito. 
- Quando a prova documental não é suficiente, completar com recibo de pagamento, etc. Precisamos sempre de um início de prova.
- Se a primeira é existência a segunda é validade (art. 166 e 171)
- Art. 497 → Certas pessoas não podem fazer certos contratos. Juiz de uma Vara quer comprar apartamento que estava em inventário na mesma vara que ele atua, não pode, porque geraria nulidade.
- Existir, não conter defeitos e ser eficaz.
- A Fase de Formação nos livros clássicos é conhecido como Fase de Puntuação. É a fase pré-contratual, fase de “xavecação”. É nessa fase que corre o risco do vício de consentimento. 1º momento → Proposta ou Oferta. Alguém propõe uma relação negocial. Não representa contratos, não cria obrigação. A proposta vincula, mas vale por um período. Passado esse período, posso alterar a proposta.
- A oferta vale pelo período em que ela é proposta. Se não der prazo, só vale imediatamente. Se não respeitar a oferta, indeniza. 
- A oferta deve ser incontroversa, clara, proba e transparente.
02/09/13
Os contratos de compra de ingressos para a copa do mundo quebraram o paradigma do professor, o contrato seria aleatório realiado diretamente com o consumidor.
Da vinculação contratual da mensagem publicitária
O “leasing case” que aconteceu com a “Time Life”, art. 30 final e 36, o que está na peça publicitária vincula e incorpora o contrato. Em 1969, aparece uma mensagem publicitária em que a Chevrolet ofereceu um Camaro com a mensagem “este veículo é vendido por tantas pencas de banana”, alguém vai até a revendedora com as pencas de banana, 14 anos depois a corte americana decide pelo consumidor.
Art. 509. A venda feita a contento do comprador entende-se realizada sob condição suspensiva, ainda que a coisa lhe tenha sido entregue; e não se reputará perfeita, enquanto o adquirente não manifestar seu agrado.
Art. 510. Também a venda sujeita a prova presume-se feita sob a condição suspensiva de que a coisa tenha as qualidades asseguradas pelo vendedor e seja idônea para o fim a que se destina.
Art. 511. Em ambos os casos, as obrigações do comprador, que recebeu, sob condição suspensiva, a coisa comprada, são as de mero comodatário, enquanto não manifeste aceitá-la.
Reparabilidade objetiva dos danos publicitários
Coca-Cola light, antes era diet, e isso trouxe malefícios à saúde dos diabéticos. Não pode constar da publicidade qualquer coisa que traga prejuízo a saúde do consumidor.
Art. 9° O fornecedor de produtos e serviços potencialmente nocivos ou perigosos à saúde ou segurança deverá informar, de maneira ostensiva e adequada, a respeito da sua nocividade ou periculosidade, sem prejuízo da adoção de outras medidas cabíveis em cada caso concreto.
Art. 10. O fornecedor não poderá colocar no mercado de consumo produto ou serviço que sabe ou deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade à saúde ou segurança.
§ 1° O fornecedor de produtos e serviços que, posteriormente à sua introdução no mercado de consumo, tiver conhecimento da periculosidade que apresentem, deverá comunicar o fato imediatamente às autoridades competentes e aos consumidores, mediante anúncios publicitários.
§ 2° Os anúncios publicitários a que se refere o parágrafo anterior serão veiculados na imprensa, rádio e televisão, às expensas do fornecedor do produto ou serviço.
§ 3° Sempre que tiverem conhecimento de periculosidade de produtos ou serviços à saúde ou segurança dos consumidores, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão informá-los a respeito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamenteos limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Caveat vendicton - veracidade da publicidade (cuidado vendedor)
Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.
§ 1° É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.
§ 2° É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança.
Da não abusividade na publicidade
Caso das cláusulas puramente potestativas.
O rol das cláusulas abusivas estão no art. 51 CDC
Transparência da fundamentação publicitária
Deve ser advertido sobre nocividade, periculosidade,... Se não houver nocividade, com base em estudos científicos, estes devem ser mantidos para comprovar que o produto/serviço é seguro. (Livro por que eu não emagreço? E dentro do livro tem uma dieta e não porque o sujeito não emagrece).
Toda vez que tiver algo que faz mal deve ser comunicado.
Rotulagem, transmissão de informação para o consumidor do que está contido na embalagem. O exemplo a ser citado é a exigência de indicação no rótulo se o produto tiver mais de 1% de produtos transgênicos.
Da inversão do ônus da prova.
Se não faz mal, quem tem que provar é quem pagou para que a peça fosse veiculada.
Da correção do desvio publicitário
Conhecido como recall - Corretive adversin
O papel da publicidade é informar e persuadir sempre com a verdade, temos o marketing de produtos, de serviços de ideias e de programas sociais.
Hoje o grande problema está na fase de puntuação, existe um consumismo exacerbado, dando mais importância a emoção que a racionalidade. Através da mídia procura-se influir no íntimo das pessoas das pessoas mais vulneráveis (crianças, idosos)
Hoje existe uma danosidade generalizada, difusa e o CDC procura tratar desse assunto.
Ação pública coletiva - O direito coletivo é a proteção a uma coletividade de pessoas que eu consigo identificar. A questão dos remédios é um exemplo, antes era um direito difuso onde não se sabia quem era o destinatário, quando se começou a exigir receita passou a ser coletivo.
É possível nulificar ou anular um contrato com base no vício de consentimento, o único que nulificaria seria a simulação, o que vai contra a determinação do art. 51 do CDC.
Puffering - vício por má informação - é a hipótese do abshaper. Também existe apenas com o silêncio. Por isso precisamos do poder estatal trabalhando junto ao consumidor. Existe um abismo informativo.
Consumeirismo - estudo científico do consumo nos termos do CDC.
Esse modelo passa pela criação dos Juizados, que veio para proteger o consumidor. Art. 170, V CF.
A fase 
de formação deve ser analisada 
em quatro pontos
Contratos entre presentes 
Contrato entre ausentes
Contrato de paridade de força
Contrato de adesão (uma parte predomina sobre a outra para manter o equilíbrio)
Vínculo importa na aceitação, 
Lei 9.294/96 alterada pela lei 10167/00 - art. 2º, §2º Art. 9º, §4º - Vigilância sanitária
	ARRAS
Sinal - essa matéria está na fronteira entre obrigações e contratual, porque realmente esta tem características de obrigações e de contrato.
Eu ainda não cheguei ao contrato, mas quero reservar a coisa para posteriormente a fazer contrato. Se é admitido o arrependimento dos contratantes estamos falando de arras penitenciais, ou seja, antes da realização do vínculo, e nesse caso a pessoa perde o sinal. Na formação do contrato é entregue o sinal, é escrito que é possível o arrependimento, com a reconsideração perde-se as arras e parte que vende devolve o que recebeu mais o valor equivalente, é uma questão de responsabilidade civil.
Quando são arras confirmatórias significa que já existe vínculo, haverá ação para os dois para que se conclua o negócio. Não se trata de entrada e sim de início de pagamento.
Art. 462. O contrato preliminar, exceto quanto à forma, deve conter todos os requisitos essenciais ao contrato a ser celebrado.
O contrato preliminar já é definitivo faltando apenas a forma, é aplicado em regra aos contratos de compra e venda. Arras confirmatórias.
Art. 1267 e 1245 - realizado o contrato tem uma norma que obriga....
04/09/13
Pontos de aulas anteriores
Autocontratos - contrato consigo mesmo - não são proibidos, logo é possível. Mas certos contratos são ilegais porque não existe consenso entre as partes (como há consenso consigo mesmo?), é necessário uma dualidade. Hipótese de venda de imóvel de pessoa jurídica vendendo para particular, esse particular poderá ser um sócio desde que não configurando fraude. A proibição com relação ao autocontrato ocorre quando realizado em fraude, se não há fraude e existem duas pessoas diferentes (representado pelo seu representante e o representante em nome próprio) é legal.
Procuração documento escrito, representação poderes escritos no documento e mandato é a relação que se estabelece entre o mandante e o mandatário.
In rem suam - em causa própria art. 685. Este mandato não se revoga nem mesmo com a morte, não existe prestação de contas como nos mandatos convencionais.
Art. 685. Conferido o mandato com a cláusula "em causa própria", a sua revogação não terá eficácia, nem se extinguirá pela morte de qualquer das partes, ficando o mandatário dispensado de prestar contas, e podendo transferir para si os bens móveis ou imóveis objeto do mandato, obedecidas as formalidades legais.
Manifestação da vontade - o contrato gira ao redor do pronunciamento dos contratantes, deve ficar claro que existe conhecimento sobre o objeto do contrato, as pessoas que estão contratando, deve tudo ser permeado por transparência.
Quando há um descompasso entre vontade e consentimento, temos um vício de consentimento: Erro (essencial (o cerne é o objeto do erro - cabe anulação) e acidental (não anula contratos - no máximo indenização) (ignorância - inclusa no erro)); Dolo; Simulação (hipótese de nulidade e não anulação, que era o antigo entendimento no CC16); Lesão; Estado de perigo (o cheque emitido no hospital quando do momento da internação não tem qualquer valia).
Existem contratos em que o consentimento deve ser expresso e outros onde o consentimento é tácito. Se não houver determinação de consentimento expresso, ele pode ser tácito.
O silêncio como manifestação de vontade - Serpa Lopes. Exemplo do professor Serpa Lopes - Proprietária de Buffet, que tem seus clientes fixos, habituais, em que todas as sextas fazem determinada encomenda, em dado momento param de fazer a encomenda e o hábito perdura, nesse caso é razoável entender que o silêncio é manifestação da vontade, se for diverso deve ser comunicado que naquela sexta não terá entrega.
	PUBLICIDADE DOS CONTRATOS
Em regra os contratos são de interesse exclusivo dos subscritores, não diz respeito aos demais, portanto, as pessoas teriam direito à privacidade dos contratos. A privacidade é a regra geral.
Motivos para o sigilo:
a. Segurança (salários, tecnologia - ligado a concorrência)
b. Preservar a Intimidade (adstrita ao princípio da liberdade de contratar, de tornar o contrato público ou não) se o contrato atingir direito de terceiro este terá direito de conhecer do contrato.
Contratos de gaveta - as pessoas subscrevem o contrato e guardam na gaveta porque este contrato só vincula aqueles dois, eventualmente terceiro tem direito de saber e os contratantes querem esconder, (hipótese de contrato de gaveta de compra e venda de imóveis onde o imóvel está financiado, e o vendedor não quer que o banco saibada realização do negócio).
Art. 883. Não terá direito à repetição aquele que deu alguma coisa para obter fim ilícito, imoral, ou proibido por lei.
Parágrafo único. No caso deste artigo, o que se deu reverterá em favor de estabelecimento local de beneficência, a critério do juiz.
Havendo dois documentos que não conferem deve prevalecer o mais recente.
	FASE PRÉ CONTRATUAL
Se eventualmente temos um contrato preliminar nós já estamos no vínculo, já estamos em um contrato ainda que preliminar. O mais importante é o contrato de compra e venda de imóveis Art. 1225, VII. O contrato preliminar anotado no registro inviabiliza a venda do imóvel para terceiro, e não há que se falar em pagamento em duplicidade de pagamento, será pago parte na prenotação e o restante no momento do registro da escritura Lei 6015.
Art. 462. O contrato preliminar, exceto quanto à forma, deve conter todos os requisitos essenciais ao contrato a ser celebrado.
Art. 463. Concluído o contrato preliminar (ARRAS CONFIRMATÓRIAS), com observância do disposto no artigo antecedente, e desde que dele não conste cláusula de arrependimento, qualquer das partes terá o direito de exigir a celebração do definitivo (ESCRITURA), assinando prazo à outra para que o efetive.
Parágrafo único. O contrato preliminar deverá ser levado ao registro competente.
Art. 465. Se o estipulante não der execução ao contrato preliminar, poderá a outra parte considerá-lo desfeito, e pedir perdas e danos.
	DESCUMPRIMENTO DO CONTRATO
Inexecução voluntária
Se o contratante não cumpre o outro tem a possibilidade de:
	1. Exigir o que o contrato garante
	2. Indenização por perdas e danos
Toda obrigação tem que ter um caráter pecuniário porque daqui parte a indenização.
09/09/13
		Inexecução voluntária
Cumprimento forçado		prestação subsidiária
Art. 585. III e V
Como transformar a pretensão contratual em direito material.
Há contrato. A possibilidade maior é de cumprimento, se cumprido satisfatoriamente extingue-se o contrato, se o contrato não é cumprido temos a inexecução, da mesma forma mau cumprimento ou fora do prazo é igual a descumprimento, inadimplemento.
Não havendo cumprimento o caminho é a justiça, o juizado arbitral é utilizado para conhecimento, e não para execução.
Para o credor do contrato existem 2 possibilidades em caso de inadimplemento:
Por sentença reclamar aquilo que o devedor deveria ter prestado
O credor não quer mais a prestação ou a prestação é impossível, pede-se uma prestação subsidiária, uma indenização.
Art. 474. A cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito; a tácita depende de interpelação judicial.
Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos.
Inexecução culposa
		Inexecução culposa
Força maior		Caso fortuito
No direito civil a preocupação é somente com o dano, dolo ou culpa é indiferente.
Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado.
Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou impedir.
Para a aplicação do disposto no art. 393, toda a responsabilidade da frustração do contrato deve ser por força maior ou caso fortuito, cabendo apenas a devolução do valor pago.
A responsabilidade contratual tem por base o art. 186 e 927, que será examinado sob duas óticas, responsabilidade subjetiva (requer a comprovação de culpa – ônus da prova do prejudicado) e responsabilidade objetiva (requer a comprovação de que não agiu com culpa – ônus da prova do fornecedor)
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Responsabilidade contratual preliminar - arras
Art. 462. O contrato preliminar, exceto quanto à forma, deve conter todos os requisitos essenciais ao contrato a ser celebrado.
Exceptio no adimpleti contractus – defesa do contrato não cumprido, defesa para justificar porque não está cumprido o contrato.
Art. 467. No momento da conclusão do contrato, pode uma das partes reservar-se a faculdade de indicar a pessoa que deve adquirir os direitos e assumir as obrigações dele decorrentes.
Parâmetros
Apurar o que aconteceu até aquele momento para que se cumpra o contrato
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Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro.
A parte que está cumprindo a sua parte tem o direito de exigir o cumprimento da outra parte, eu não posso exigir que o outro cumpra a parte dele se eu não estou cumprindo a minha.
Com base neste artigo é possível que aqueles que comprarem imóvel na planta de terminada incorporadora que está inadimplente (não cumpriu a sua parte no contrato ex. Encol) troquem de construtora.
Art. 477. Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes contratantes diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à prestação que lhe incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou dê garantia bastante de satisfazê-la.
Não existe mais a prevalência de que deve ser totalmente cumprido para depois reclamar, solve et repete
Não existe mais a possibilidade a parte inocente cumprir para depois reclamar, hoje ela pode parar de cumprir a parte dela, desde que autorizada pela justiça (questão de prudência – é mais fácil de provar quem é inocente)
Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação.
Art. 479. A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar eqüitativamente as condições do contrato.
Art. 480. Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes, poderá ela pleitear que a sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo de executá-la, a fim de evitar a onerosidade excessiva.
Eventualmente podem ter outro incidente, onde ocorre o desequilíbrio, nesta hipótese é aplicada a cláusula rebus sic stantibus. Contratos que dependem de fatos futuros devem ser interpretados de acordo com as circunstâncias, mudou a circunstância eventualmente o contrato pode sofrer alteração.
Cláusula rebus sic stantibus - clausula geral que incorpora todos os contratos. Mudou a realidade no momento da contratação a gente vai adaptar o contrato a uma nova realidade. Mudou a circunstância, mudou a prestação. Essa questão é no âmbito judicial, se as parte tivessem tomado a atitude antes de adequar o contrato ela estaria obervando o princípio da Boa-fé Objetiva. Remete a idade média, e entrou no nosso direito positivo o novo CC.
Art. 51, §1º, 2º CDC
A cláusula do art. 478 só vale para contratos feitos a prazo, para contrato a vista não se aplica.
Eventualmente um contrato pode ser de entregar algo para alguém e esse alguém não pagou o preço, tem-se um direito que é o jus retentiones – um exemplo a ser citado é o mecânico que retém o carro até o pagamento.
Não vale mais a escolado consensualismo onde o que vale é o que está escrito. Hoje a intenção é que o contrato seja cumprido, mesmo que isto acarrete perda a uma das partes, o que deve ser verificado é a função social do contrato, vez que o contrato não cumprido gera um efeito cascata, onde um deixa de pagar cumprir com suas obrigações em relação ao outro.
TEORIA DA IMPREVISÃO – rebus sic stantibus
A primeira ideia é que ela vai funcionar quando houver um DESEQUILÍBRIO não previsto na fase de formação, quando dá formação era proveitoso para ambas as partes e deixou de sê-lo.
Essa teoria só pode ser aplicada quando o desequilíbrio é proveniente de forças externas ao contrato, (crise econômica, guerra, epidemias)
O reequilíbrio pode ser conseguido por decisão judicial. Devem estar presentes os 4 requesitos para o reequilíbrio do contrato
Reequilíbrio por consenso – as partes aplicando o princípio da Boa-fé objetiva reequilibram o contrato por si prórpias
Reequilíbrio unilateral por imposição judicial – o juiz aplicando a cláusula rebus sic stantibus
O que se observa na teoria da imprevisão é a onerosidade excessiva para um dos contratantes. 
11/09/13
Inadimplemento
Voluntário – o credor pode adotar uma ação para fazer cumprir o contrato, cabe astreintes, lucros cessantes, danos emergente até dano moral.
Força maior, caso fortuito ou fortuito interno (doença que impede o cumprimento do contrato) – tem que demonstrar que o que aconteceu era impensável. Desfaz-se o cvínculo, devolve o dinheiro (90% +/-) não tem indenização.
Num contrato em que existem obrigações dos dois lados em que não sabemos quem é o inadimplente (construtora x comprador do imóvel) para essas hipóteses adota-se a teoria do expetio non adimpleti contractus eu não posso cobrar se eu também estou inadimplente, o caminho é a consignação em pagamento.
Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro.
NÃO EXISTE MAIS A CLÁUSULA SOLVETI REPETI, não existe mais pague primeiro e reclame depois, a reclamação judicial pode ser imediata devendo ser comprovado o motivo justo.
Existem 2 leading cases para a cláusula rebus sic stantibus.
Revolução francesa - caso da ponte onde o Barão de Caprone cobrava pedágio para atravessá-la, com o tempo esse valor ficou irrisório não viabilizando a sua manutenção. A ponte começou a ruir e o estado determinou que o barão desse a manutenção necessária, e o barão disse não não iria fazer porque aquilo seria obrigação do estado. O Estado se recusou a reformar a ponte e disse que era obrigação do Barão. O barão insurge-se contra a decisão e vai até a Corte de Cassação (última instância da França, e lá é determinado que ele dê manutenção à ponte, contudo para retomar o equilíbrio original autoriza que o barão aumente o preço do pedágio.
Segunda guerra – taxa de luz, a luz era gerada a carvão, com a queda do preço do carvão este sumiu do mercado, evocando o caso do barão de Caprone, o judiciário altera o preço do carvão, o qual volta ao mercado e traz de volta o equilíbrio ao contrato.
Requisitos (a técnica é aplicada àquilo que era impensável, DIREITAMENTE LIGADA À FUNÇÃO SÓCIAL DO CONTRATO):
Fundamentos para a teoria da imprevisão:
Utilização da equidade (equidade adequação e equidade adaptação). Para acabar com a onerosidade excessiva eu vou distribuir os prejuízos
Impedir lesões, preço justo.
Coibir o abuso de direito (contratos em dólar de financiamento de automóvel)
Coibir enriquecimento sem causa (contratos em dólar de financiamento de automóvel)
Deve haver um desequilíbrio na equação matemática do contrato
Essa alteração se deu por forças EXTERNAS AO CONTRATO. (oscilações do mercado, guerras greve, epidemias,...) (uma coisa é mau negócio, outra são condições externas)
Requisitos da teoria da imprevisão
Quem a requer deve estar em dia com as obrigações do contrato. Se já está devendo não pode invocar
O contrato precisa ser de longa duração, de trato sucessivo ou diferido no tempo. Contrato de compra de imóvel (longa duração de trato sucessivo). Diferido no tempo eu só vou pagar a prestação no final (compra de imóvel na planta onde a maior prestação é dada ao final na entrega das chaves)
o que desequilibra o contrato é um evento imprevisível. No CDC pode ser previsível (doença, desemprego,...) a questão é constitucional Art. 6º, V, CDC
Surge depois do contrato ter sido feito.
DL 58/37, art 11
    Art. 46. Nas locações ajustadas por escrito e por prazo igual ou superior a trinta meses, a resolução do contrato ocorrerá findo o prazo estipulado, independentemente de notificação ou aviso. 
        § 1º Findo o prazo ajustado, se o locatário continuar na posse do imóvel alugado por mais de trinta dias sem oposição do locador, presumir - se - á prorrogada a locação por prazo indeterminado, mantidas as demais cláusulas e condições do contrato. 
        § 2º Ocorrendo a prorrogação, o locador poderá denunciar o contrato a qualquer tempo, concedido o prazo de trinta dias para desocupação. 
        Art. 47. Quando ajustada verbalmente ou por escrito e como prazo inferior a trinta meses, findo o prazo estabelecido, a locação prorroga - se automaticamente, por prazo indeterminado, somente podendo ser retomado o imóvel: 
        I - Nos casos do art. 9º; 
        II - em decorrência de extinção do contrato de trabalho, se a ocupação do imóvel pelo locatário relacionada com o seu     emprego; 
        III - se for pedido para uso próprio, de seu cônjuge ou companheiro, ou para uso residencial de ascendente ou descendente que não disponha, assim como seu cônjuge ou companheiro, de imóvel residencial próprio; 
        IV - se for pedido para demolição e edificação licenciada ou para a realização de obras aprovadas pelo Poder Público, que aumentem a área construída, em, no mínimo, vinte por cento ou, se o imóvel for destinado a exploração de hotel ou pensão, em cinqüenta por cento; 
        V - se a vigência ininterrupta da locação ultrapassar cinco anos. 
        § 1º Na hipótese do inciso III, a necessidade deverá ser judicialmente demonstrada, se: 
        a) O retomante, alegando necessidade de usar o imóvel, estiver ocupando, com a mesma finalidade, outro de sua propriedade situado nas mesma localidade ou, residindo ou utilizando imóvel alheio, já tiver retomado o imóvel anteriormente; 
        b) o ascendente ou descendente, beneficiário da retomada, residir em imóvel próprio. 
        § 2º Nas hipóteses dos incisos III e IV, o retomante deverá comprovar ser proprietário, promissário comprador ou promissário cessionário, em caráter irrevogável, com imissão na posse do imóvel e título registrado junto à matrícula do mesmo. 
SEÇÃO II
Das locação para temporada
        Art. 48. Considera - se locação para temporada aquela destinada à residência temporária do locatário, para prática de lazer, realização de cursos, tratamento de saúde, feitura de obras em seu imóvel, e outros fatos que decorrem tão-somente de determinado tempo, e contratada por prazo não superior a noventa dias, esteja ou não mobiliado o imóvel. 
        Parágrafo único. No caso de a locação envolver imóvel mobiliado, constará do contrato, obrigatoriamente, a descrição dos móveis e utensílios que o guarnecem, bem como o estado em que se encontram. 
Estes artigos mostram que o juiz pode interferir nos contratos, se o contrato de locação para fins residenciais não obedecer a esses três tipos de contratos o judiciário poderá interferir. O foco principal é o interesse social, no sentido de que o hipossuficiente deve ser protegido. Logo o princípio da força obrigatória do contrato não é absoluto.
Venda adgustum – venda a contento – possibilidade de postergar a fase de formação após o vínculo (uma espécie de prorrogação), pelo prazo de 07 dias, tal possibilidade existe para a venda de produtos onde quem compra não interage com o produto.
30/09/13
	OS CONTRATANTES E OS SEUS INTERESSES
Direitos principais – o que distingueos contratos são os seus direitos principais (receber algo em ordem e na contraposição eu pago) (efetuar o pagamento x ser transportado – contrato de viagem)
Direitos acessórios – direitos que existem para permitir o acesso aos direitos principais, (no caso do contrato de viagem - chegar no horário do check-in, não levar bagagem não permitida)
DEVERES INSTRUMENTAIS (Nesse ponto TODOS OS CONTRATOS TÊM IGUAL)
Fase de Formação – INFORMAR – há que se lembrar, que existe um desequilíbrio entre os contratantes, e aí a questão que fica é ATÉ ONDE TEMOS A OBRIGAÇÃO DE INFORMAR, sob o risco de incorrer em vício de consentimento. Aqui o defeito está na expressa manifestação da vontade. Art. 422 e 423 CC; 30 CDC – não se pode transmitir só o que é favorável à realização do contrato, também deve ser exposto o que é desfavorável.
Sempre que se contratar colocando a vida em risco deverá ser informado, nos termos do art. 9º e 10º, 30 do CDC e 422, 423 CC. É dever de quem coloca o outro em risco comprovar que a culpa foi EXCLUSIVA do consumidor.
A BOA-FÉ OBJETIVA NA FASE DE INFORMAÇÃO ESTÁ BALIZADA PELO ESTADO DE NECESSIDADE OU PELA LEGÍTIMA DEFESA DO SEU PATRIMÔNIO. NINGUÉM ESTÁ OBRIGADO A COLOCAR O SEU INTERESSE EM RISCO SE O SEU RISCO NÃO É MAIOR QUE O RISCO ESPERIMENTADO POR AQUELE COM QUEM VOCÊ CONTRATOU.
Cada contrato terá a avaliação de forma proporcional
SE A INFORMAÇÃO SONEGADA ERA ESSENCIAL PARA A CONCLUSÃO DO NEGÓCIO E HOUVE OMISSÃO OU INSINCERIDADE ANULA-SE O CONTRATO POR VÍCIO DE CONSENTIMENTO. Ex.: Contrato de plano de saúde em que somente depois de muito tempo se tem ciência de que é oferecido apenas 05 dias de UTI; se a patologia estiver coberta pelo plano de saúde, todos os tratamentos necessários também estão cobertos. Se o plano de saúde diz que não realiza tal tratamento, no tempo do consensualismo valia; hoje, no tempo da função social do contrato, não vale mais.
Fase de Execução – COLABORAR: 
Colaboração interessante – quanto interessa manter o vínculo contratual, porque o proveito ainda existe. Ex. Compra de imóvel – cancelar a compra, desfazer o registro, considerando tudo o que vai despender vai ser muito mais caro do que manter o negócio
Colaboração inexigível – ajuda que eu pretendo, mas não se pode exigir do outro essa ajuda, porque essa ajuda vai diminuir o proveito que o contrato dá. (exemplo: compra de carro em que a montadora pede mais tempo para entregar o bem)
O LIMITE DO DEVER DE COLABORAÇÃO É DITADO PELO PROVEITO QUE SE ESPERA TER DO CONTRATO. SE A AJUDA PODE REDUZIR ESTE PROVEITO ELA NÃO É EXIGÍVEL. Toda colaboração pode trazer prejuízo, mas eventualmente o prejuízo de desfazer é muito maior.
Por vezes se procura o judiciário para concluir o contrato e não para rescindir o contrato.
Até onde somos obrigados a informar?
Até onde somos obrigados a colaborar?
Só poderemos nos conciliar se soubemos sobre o que podemos conciliar.
Se não for possível devemos saber sobre o que devemos demandar.
Em uma crise contratual devemos utilizar estas ferramentas para ver onde não estamos nos entendendo – 90% dos problemas estão na fase de execução COLABORAÇÃO.
Caveat vendictor- cuidado vendedor – o que vale hoje
Caveat emptor – cuidado comprador
Teoria do risco – se o produto ou serviço que eu ofereço apresenta risco eu assumo para mim o risco, inverte-se o ônus da prova (Ex. Parque de diversões).
	VÍCIO REDIBITÓRIO
Conceito – São defeitos ocultos em coisa recebida em virtude de contrato comutativo que a tornam imprópria ao uso a que se destina ou lhe diminuem o valor. A coisa defeituosa pode ser enjeitada pelo adquirente (art. 441). Este tem, contudo, a opção de ficar com ela e reclamar abatimento no preço (art. 442)
Fundamento Jurídico – Encontra-se no princípio da garantia, segundo o qual todo alienante deve assegurar ao adquirente, a título oneroso, o uso da coisa para ele adquirida e para os fins a que é destinada
Ações Edilícias – O art. 442 do CC deixa duas alternativas ao adquirente:
Refeitar a coisa, rescindindo o contrato, mediante a ação redibitória; ou
Conservá-la, malgrado o defeito, reclamando abatimento no preço pela ação quanti minoris ou estimatória
Prazo decadencial para o ajuizamento: trinta dias, se relativas a bem móvel, e um ano, se relativas a imóvel, contados da tradição.
Hipóteses de descabimento das ações edilícias – Não caben tais ações:
Nas hipóteses de coisas vendidas conjuntamente. O defeito coulto de uma delas não autoriza a rejeição de todas (CC, art. 503), salvo se formarem um todo inseparável (uma coleção de livros raros);
Nas de inadimplemento contratual (entrega de uma coisa por outroa)
Nas de erro quanto às qualidades esenciais do objeto, que é de natureza subjetiva
Efeitos
a ignorância dos vícios pelo alienante não o exime da responsabilidade. Se os conhecia, além de restituir o que recebeu, responderá por perdas e danos;
A responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa peeça em poder do alinenatário se esta perecer por vício oculto já existente ao tempo da tradição
Requisitos
Que a coisa tenha sido recebida em virtude de contrato comutativo ou de doação onerosa ou remuneratória;
Que os defeitos sejam ocultos;
Que existam ao tempo da alienação;
Que sejam desconhecidos do adquirente;
Que sejam graves a ponto de prejudicar o uso da coisa ou diminuir-lhe o valor.
O fundamento ético é que cada vez que contratamos temos o direito de receber o produto em condições normais de uso e com preço adequado. Se eu recebi danificado (DANO OCULTO), não vale o que foi cobrado e o dano, eventualmente, não é razoável para se suportar (não há proporção entre dano e preço) é possível a alegação de vício redibitório. É dever de transparência do vendedor entregar em ordem o que está vendendo, ocorrendo de forma diversa, o comprador tem a possibilidade de enjeitar a coisa, trocar ou exigir o conserto.
Redibitório – redibição – rescindir o contrato em razão de defeito, tal instituto aumenta a garantia do adquirente, eventualmente o vendedor vendeu algo com defeito, o vício é uma garantia.
Duas teorias diferentes:
CC – manifesta em negócios em que as personagens estão afetas ao direito civil – dois particulares, realizando contrato entre eles. Móveis (90 dias) e imóveis (1 ano)
CDC – alguém que vive da atividade profissional para vender para o destinatário final; a garantia é mais extensa que no CC, coisas duráveis (90 dias) e não duráveis (30 dias), além disso tem a garantia processual. A questão não é tempo de garantia e sim o que é garantido.
A identificação de qual sistema aplicação é realizado por exclusão. Tudo o que não cair no CDC cairá no CC, a verificação será pelas personagens, se for um fornecedor profissional face um destinatário final cai no CDC, se não for esta relação será necessariamente será regrado pelo CC.
Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.
Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas.
Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento no preço.
Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato.
Art. 444. A responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa pereça em poder do alienatário, se perecer por vício oculto, já existente ao tempo da tradição.
Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade.
§ 1o Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando

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