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MARINEZ MEDEIROS – CPD: 68431 RENAN SAMPAIO – CPD: 67342 TAYNÁ SOUSA – CPD: 66704 THALIA GOMES – CPD: 67827 A CRISE AMBIENTAL (resumo) Trabalho apresentado ao curso de Engenharia Mecânica da Universidade Ceuma, como parte das exigências para obtenção da primeira nota 2018.2. 13 de agosto de 2018. ________________________________________ Prof. (Dr. Flávio Moraes) São Luís-Ma 2018.2 1. A CRISE AMBIENTAL (resumo) Segundo Jacobi (2003, p. 190) “A reflexão sobre as práticas sociais, em um contexto marcado pela degradação permanente do meio ambiente e do seu ecossistema, envolve uma necessária articulação com a produção de sentidos sobre a educação ambiental.” Considerando a analogia do planeta terra com uma astronave autossustentável, que está se degradando com o aumento progressivo do número de passageiros, segundo Miller (1985, apud Braga et al., 2005, p. 2), faz-se necessário a busca por alternativas de reabastecimento desses elementos vitais para a manutenção de sua tripulação. Pela segunda lei da termodinâmica, o uso da energia implica degradação de sua qualidade. Como consequência da lei da conservação de massa, os resíduos energéticos (principalmente na forma de calor), somados aos resíduos de matéria, alteram a qualidade do meio ambiente no interior dessa astronave. A tendência natural de qualquer sistema, é de aumento de sua entropia (grau de desordem). Assim, a utilização desenfreada dos recursos naturais, causada pelo crescimento populacional, gera situações de deterioração ambiental (poluição) e precariedade dos sistemas naturais que sustentam a vida no planeta. 1.1 População A população mundial cresceu de 2,5 bilhões em 1950 para 6,2 bilhões no ano 2002 (U.S. Census Bureau, 2004a) e, atualmente, um estudo da ONU revela que a população global é de 7,6 bilhões de habitantes e deve subir para 8,6 bilhões em 2030. O relatório (Perspectivas da População Mundial: Revisão de 2017), revela que população aumenta em 83 milhões de pessoas por ano; população da Índia deve superar a da China em sete anos; Brasil entre os 10 países que registraram menor fertilidade; África continua registrando os mais altos níveis de fertilidade. O principal fator que precisamos entender a respeito da distribuição da população mundial é que o número de habitantes na Terra é muito desigual entre as regiões. Enquanto a Ásia, sozinha, concentra mais da metade das pessoas que vivem no planeta, existem áreas praticamente não habitadas, como os polos e as regiões desérticas, haja vista o clima pouco favorável. Novamente usando a analogia com a astronave, é como se os habitantes dos países desenvolvidos fossem passageiros de primeira classe, enquanto os demais viajam no porão. Porém, segundo análises da ONU (Organização das Nações Unidas), enquanto a população de países ricos cresce pouco (0,25% ao ano), a população de nações em desenvolvimento aumenta quase cinco vezes mais rápido. A evolução demográfica corresponde, portanto, a situações diferentes: nos países desenvolvidos há a tendência de que a população diminua ao passo em que nas nações em desenvolvimento a população deverá aumentar até 2050. Dentro dessa perspectiva de crescimento, cabe questionar até quando os recursos naturais serão suficientes para sustentar os passageiros da astronave Terra. Existem autores, como Lappe e Collins (1997), que contestam a tese de insuficiência de recursos naturais e responsabilizam a má distribuição de renda e a má orientação da produção agrícola pela fome no mundo hoje. Entretanto, devemos ter em mente que, mesmo que o problema atual da fome seja atribuído a interesses políticos e econômicos dos países desenvolvidos, e não a uma superpopulação, em longo prazo teremos de encontrar um modo consensual de reduzir a taxa de crescimento populacional. [...] em 1798, o pastor protestante Thomas Robert Malthus escreveu a mais famosa obra sobre questões demográficas: Ensaio sobre o princípio da população. Ele acreditava que a população tinha potencial de crescimento ilimitado, e a natureza, inversamente, recursos limitados para alimentá-la. (LUCCI et al., 2005, p. 316, apud Fontana et al., 2015, p. 115). Exposta em 1798, foi à primeira teoria demográfica de grande repercussão nos meios acadêmicos, políticos e econômicos e até hoje é a mais popular de todas, apesar das falhas que apresenta. Preocupado com os problemas socioeconômicos (desemprego, fome, êxodo rural, rápido aumento populacional) decorrentes da Revolução Industrial e que afetavam seriamente a Inglaterra, Malthus expôs sua famosa teoria a respeito do crescimento demográfico. Afirmava que as populações humanas, se não ocorrerem guerras, epidemias, desastres naturais etc., tenderia a duplicar a cada 25 anos. Ela cresceria, portanto, em progressão geométrica (2, 4, 8, 16, 32...). Já o crescimento da produção de alimentos ocorreria apenas em progressão aritmética (2, 4, 6, 8, 10...). Ao considerar esses dois postulados, Malthus concluiu que o ritmo de crescimento populacional (progressão geométrica) seria mais acelerado que o ritmo de crescimento da produção de alimentos (progressão aritmética). Previa, também, que um dia as possibilidades de aumento da área cultivada estariam esgotadas, pois todos os continentes estariam plenamente ocupados pela agropecuária e, no entanto, a população mundial ainda continuaria crescendo. 1.2 Recursos naturais Recurso natural é qualquer insumo de que os organismos, as populações e os ecossistemas necessitam para sua manutenção. Portanto, recurso natural é algo útil. Há a necessidade da utilização de alguns processos tecnológicos para a utilização de um recurso. Por exemplo, o magnésio, que é utilizado na produção de ligas metálicas, e o processo de produção do álcool, que é considerado um importante combustível para automóveis e um recurso natural estratégico de alta significância, por causa de sua possibilidade de renovação e consequente disponibilidade. Finalmente, algo se torna recurso natural caso sua exploração, processamento e utilização não causem danos ao meio ambiente. Assim, na definição de recurso natural, encontramos três tópicos relacionados: tecnologia, economia e meio ambiente. Os recursos naturais podem ser classificados em dois grandes grupos: os renováveis e os não-renováveis. Os recursos renováveis são aqueles que, depois de serem utilizados, ficam disponíveis novamente graças aos ciclos naturais. A água, em seu ciclo hidrológico, é um exemplo de um recurso renovável. Um recurso não-renovável é aquele que, uma vez utilizado, não pode ser reaproveitado. Um exemplo característico é o combustível fóssil que, depois de ser utilizado para mover um automóvel, está perdido para sempre. Se existe exploração de recurso natural, então claramente necessita-se de desenvolvimento sustentável! Mas qual a finalidade? O que é desenvolvimento sustentável? A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. Jacobi considera que: O desenvolvimento sustentável somente pode ser entendido como um processo no qual, de um lado, as restrições mais relevantes estão relacionadas com a exploração dos recursos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e o marco institucional. De outro, o crescimento deve enfatizar os aspectos qualitativos, notadamente os relacionados com a equidade, o uso de recursos – em particular da energia – e a geração de resíduos e contaminantes. Além disso, a ênfaseno desenvolvimento deve fixar-se na superação dos déficits sociais, nas necessidades básicas e na alteração de padrões de consumo, principalmente nos países desenvolvidos, para poder manter e aumentar os recursos-base, sobretudo os agrícolas, energéticos, bióticos, minerais, ar e água (2003, p. 195). 1.3 Poluição Como resultado da utilização dos recursos naturais pela população surge a poluição. A poluição é uma alteração indesejável nas características físicas, químicas ou biológicas da atmosfera, litosfera ou hidrosfera que cause ou possa causar prejuízo á saúde, à sobrevivência ou às atividades dos seres humanos e outras espécies ou ainda deteriorar materiais. Para fins práticos, acrescentamos que o conceito de poluição deve ser associado às alterações indesejáveis provocadas pelas atividades e intervenções humanas no ambiente. Porém, alguns fenômenos naturais são considerados como fontes poluidoras, como vulcões, incêndios florestais, grandes secas e inundações. Quanto a origem dos resíduos poluentes gerados pelo homem, as fontes poluidoras podem ser classificadas em pontuais ou localizadas (lançamento de esgoto doméstico ou industrial, efluentes gasosos industriais, aterro sanitário de lixo urbano etc.) e difusas ou dispersas (agrotóxicos aplicados na agricultura e dispersos no ar, carregados pelas chuvas para os rios ou para o lençol freático, gases expelidos do escapamento de veículos automotores etc.). As fontes pontuais podem ser identificadas e controladas mais facilmente que as difusas, cujo controle eficiente ainda é um desafio. Os efeitos da poluição podem ter caráter localizado, regional ou global. Os mais conhecidos e perceptíveis são os efeitos locais ou regionais, os quais em geral, ocorrem em áreas de grande densidade populacional ou atividade industrial, correspondendo as aglomerações urbanas em todo o planeta, que floresceram com a Revolução Industrial. Nessas áreas há problemas de poluição do ar, água e solo. Os efeitos globais detectados mais recentemente, como o efeito estufa e a redução da camada de ozônio, ainda não são bem conhecidos, mas podem trazer consequências que afetarão o clima e o equilíbrio global do planeta. É importante um esforço conjunto e sem precedentes para que se possa conhecer esses efeitos e controla-los de modo eficaz. A poluição ambiental deve-se a presença, ao lançamento ou a liberação nas águas, no ar ou no solo de toda e qualquer forma de matéria ou energia (poluentes), com intensidade, quantidade, concentração ou características em desacordo com os padrões de qualidade ambiental estabelecidos por legislação, ocasionando, assim, interferência prejudicial aos usos preponderantes das águas, do ar e do solo. Conforme o tipo de poluente, podem ser distinguidas diversas formas de poluição: física, química, físico- química, bioquímica, biológica e radiativa. As diversas formas de poluição se interligam de modo que o controle da poluição deverá ser feito em conjunto. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRAGA, B. et al. Introdução à Engenharia Ambiental: O desafio do desenvolvimento sustentável. 2 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. DERISIO, J. C. Introdução ao controle de poluição ambiental. 4 ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2012. POPULAÇÃO MUNDIAL: RITMO DE CRESCIMENTO POPULACIONAL DESACELERA. UOL Educação. Disponível em: <https://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/populacao-mundial-ritmo-de- crescimento-populacional-desacelera.htm>. Acesso em: 12 ago. 2018. Peixoto Rodrigues, Leo, Braz, Rafael, Prates, Camila. Repensando a “aposta pela vida”: para uma sociologia ambiental no século XXI. História, Ciências, Saúde - Manguinhos 2017, 24 (outubro - dezembro). Disponível em:<http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=386154596019> ISSN 0104-5970 Carvalho, José Alberto Magno de. Crescimento populacional e estrutura demográfica no Brasil - Belo Horizonte: UFMG/Cedeplar, 2004. FONTANA, R. L. M, COSTA, S. S, SILVA, J. A. B. da, RODRIGUES, A. de J. TEORIAS DEMOGRÁFICAS E O CRESCIMENTO POPULACIONAL NO MUNDO. Ciências Humanas e Sociais Unit. Aracaju. v. 2. n.3. p. 113-124. Março 2015. Disponível em: <https://periodicos.set.edu.br/index.php/cadernohumanas/article/view/1951/1209> Acesso em: 11 ago. 2018. POPULAÇÃO MUNDIAL. ONU News. Disponível em: <https://news.un.org/pt/tags/populacao-mundial>. Acesso em: 11 ago. 2018. DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO MUNDIAL. UOL. Disponível em: <https://escolakids.uol.com.br/distribuicao-da-populacao-mundial.htm>. Acesso em: 10 ago. 2018. JACOBI, Pedro. EDUCAÇÃO AMBIENTAL, CIDADANIA E SUSTENTABILIDADE. Cadernos de Pesquisa, n. 118, março/ 2003 p. 189-205, março/ 2003. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/cp/n118/16834.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2018.
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