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DIREITO CIVIL VII (COISAS)

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DIREITO CIVIL VII (Coisas) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
DO DIREITO DAS COISAS 
- Complexo de normas jurídicas que estuda a relação do ser humano com os bens 
suscetíveis com propriedade. 
- Mais correto: Direito SOBRE as Coisas. 
Sempre uma obrigação envolve um bem!! 
 
- Direito das Obrigações: 
Vinculo de direito que se estabelece entre duas pessoas (Sujeito ativo e Sujeito 
passivo) e constrange uma pessoa a fazer, dar, ou não fazer; 
Porém nesta relação (obrigações) o bem é secundário. 
 
 Bem 
 
 
 
 Sujeito Ativo Sujeito Passivo 
 
 
 
- Direito das Coisas: 
 
Sujeito Passivo 
 
 
 Bem Sujeito Titular 
 
- Maior direito subjetivo = Propriedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL VII (Coisas) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
- CARACTERÍSTICAS DO DIREITO DAS COISAS: 
 
 
a) EFICÁCIA ERGA OMNES: 
A relação jurídica pode ser oposta contra todos; 
 
b) DIREITO DE SEQUELA: 
Direito que o titular detém de seguir a coisa aonde quer que ela vá; 
É enunciado por dois Princípios: 
 
- Princípio da Aderência: princípio positivo (legal); o bem está grudado ao seu 
titular; a sua disposição. 
 
- Princípio da Ambulatoriedade: tudo que recai sobre o bem (ônus e bônus), é 
responsabilidade do titular. (Ex.: pagar IPVA); 
 
Obrigações propter rem = próprias da coisa. 
 ∟Liga o Direito das Coisas com o Direito das Obrigações. 
Ex.: Ganhar um carro, porém não usá-lo por não possuir CNH. Mesmo assim 
deve pagar o IPVA. Pois é o titular (dono) da coisa. 
 
 
Qual é o princípio de direito das coisas que enuncia as obrigações propter rem? 
R: Princípio da Ambulatoriedade, decorrente do Direito de Sequela. 
 
 
EVICTOR = direito de sequela (Seguir o bem); erga omnes (exclui qualquer pessoa da 
relação); 
 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL VII (Coisas) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
C) TAXATIVIDADE: 
Numerus clausus; rol exaustivo, criado somente por Lei Federal! (Artigo 22, I CF). 
Existem somente 13 figuras: 
 
Art. 1.196. Posse;  Não é direito real; é uma coisa sui genere. 
 
Art. 1.225. São direitos reais: 
I – a propriedade; 
II – a superfície; 
III – as servidões; 
IV – o usufruto; 
V – o uso; 
VI – a habitação; 
VII – o direito do promitente comprador do imóvel; 
VIII – o penhor; 
IX – a hipoteca; 
X – a anticrese; 
XI – a concessão de uso especial para fins de moradia; 
XII – a concessão de direito real de uso. 
 
D) PRESCRIÇÃO AQUISITIVA: 
 
Prescrição Extintiva = perda da força da realização de um direito pelo decurso do tempo. 
 
 
DIREITO DAS COISAS = NÃO CONHECE A PRESCRIÇÃO EXTINTIVA!! 
 
Pois na propriedade não há obrigatoriedade do exercício do direito de propriedade. 
 
Art. 1.228. O proprietário tem a FACULDADE de usar, 
gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de 
quem quer que injustamente a possua ou detenha. 
 
 
No direito das coisas = decurso do tempo na posse = faz você ganhar direito 
(propriedade) e não perdê-lo. 
 
PRESCRIÇÃO AQUISITIVA = USUCAPIÃO. 
 
Não é somente aquisição de propriedade; Ex.: servidões. 
 
Uma pessoa que possui como seu um determinado bem de outra pessoa, por um 
determinado tempo, pode pedir ao juízo que declare adquirida a propriedade. 
 
 
 
DIREITO CIVIL VII (Coisas) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
E) ABANDONO: 
 
Perda dos direitos reais, e também da posse, que é única do direito das coisas. Pois 
nesta relação há somente uma vontade (do titular). 
 
Ato de vontade do titular do direito caracterizado unicamente pela disponibilização 
material do objeto. 
 
 Ex.: sofá colocado na rua, sem falar nada. 
 
Obs.: Direito das Obrigações não reconhece o Abandono, pois existem dois polos 
formados por pessoas, possuindo pelo menos duas vontades jurídicas relevantes, 
atuando na relação jurídica. 
 
- Fundamento Jurídico = Artigo 1.275, III CC: 
 
Art. 1.275. Além das causas consideradas neste Código, perde-se a 
propriedade: 
III – por abandono; 
 
 
Todos os bens devem possuir dono. Exceto: 
 
A) res nullius: coisa que nunca teve dono; ou que não se consegue definir quem é 
o dono. 
 
Ex.: meteoro que caiu na terra com diamantes. 
 
B) res derelictae: coisa abandonada; temporariamente sem dono; 
 
 
Coisa perdida x Coisa Abandonada 
 
Coisa perdida: deve devolver ao dono; 
 
Art. 1.233. Quem quer que ache coisa alheia perdida há de restitui‑la ao dono 
ou legítimo possuidor. 
Parágrafo único. Não o conhecendo, o descobridor fará por encontra‑lo, e, se 
não o encontrar, entregará a coisa achada à autoridade competente. 
 
Renúncia x Abandono: 
 
- Renúncia: ato formal e expresso de perda da propriedade; 
 
Art. 1.275. Além das causas consideradas neste Código, perde‑se a 
propriedade: 
II – pela renúncia; 
 
Pode ser forma de perda de todos os direitos (não somente os reais), pois é algo 
expresso; 
 
Ex.: sofá colocado na rua, com aviso do titular dizendo que não quer mais o bem. 
DIREITO CIVIL VII (Coisas) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
F) EXCLUSIVIDADE: 
 
Não existem dois ou mais direitos reais sobre a coisa incidente (sobre a coisa própria / 
alheia), sobre o mesmo bem, ao mesmo tempo. Porém se existir, não terão a mesma 
natureza jurídica ou a mesma extensão. 
 
 
 
NATUREZA JURÍDICA: 
Artigo 1.196. Posse; 
 
Art. 1.225. São direitos reais: 
 
I – a propriedade; 
-------------------------------------------------------------------- 
II – a superfície; 
III – as servidões; 
IV – o usufruto; 
V – o uso; 
VI – a habitação; 
VII – o direito do promitente comprador do imóvel; 
VIII – o penhor; 
IX – a hipoteca; 
X – a anticrese; 
XI – a concessão de uso especial para fins de moradia; 
XII – a concessão de direito real de uso. 
 
 
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de 
reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. 
 
 Usar e fruir: 
II – a superfície; 
III – as servidões; 
IV – o usufruto; 
V – o uso; 
VI – a habitação; 
XI – a concessão de uso especial para fins de moradia; 
XII – a concessão de direito real de uso. 
 
∟ Direito real do usufruto: 
Transfere para uma pessoa os poderes de usar ou fruir de um bem de outra pessoa; Tira do 
proprietário o que há de bom da propriedade (usar/fruir – domínio útil); 
 
Ex.: Morar em apartamento; 
 Usar/fruir = alugar; 
 Dispor: 
VIII – o penhor; 
IX – a hipoteca; 
X – a anticrese; 
 
Direitos reais, 
sobre coisa 
alheia. 
Direito real sobre coisa própria (ius in re) 
 
DIREITO CIVIL VII (Coisas) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 Reivindicar: 
VII – o direito do promitente comprador do imóvel; 
 
 
 
EXTENSÃO: 
 
 Condomínio: 
 
Domínio concomitante; 
Domínio = Propriedade. 
 
Caracteriza-se por a propriedade de mais de uma pessoa sobre o mesmo bem ao 
mesmo tempo; 
 
 
- Ex.: Mais de um proprietário: (2) 
100% de propriedade sobre 100% do bem. 
Porém os proprietários fracionam o total em tantos quanto forem (2 = 50% para cada 
um) – fração ideal. 
 
 
 
 
G) AÇÃO REAL: 
 
Real = res (coisa); 
 
Os direitos reais e a posse = procedimentos especiais do CPC; 
 
 
- Características das Ações Reais: 
 
i. Fungibilidade: 
 
Substituíveis por outro bem do mesmo gênero, qualidade, quantidade; 
 
Não importa muito o nome, ou a forma da ação, o que importa é o direito a ser 
tutelado. 
 
- Artigo 920 CPC: ações possessórias; 
 
Art. 920. A propositura de uma ação possessória em vez de outra não 
obstará a que o juiz conheça do pedido e outorgue a proteção legal 
correspondente àquela, cujos requisitosestejam provados. 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL VII (Coisas) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 
ii. Duplicidade: 
 
Autor ajuíza ação contra o réu. Se o réu tiver um pretensão contra o autor que tenha 
base nos mesmos fatos ele não precisa fazer a Reconvenção  ele pode na 
Contestação fazer um Pedido Contraposto. 
 
 
 
iii. Procedimento Próprio: 
 
Normalmente de jurisdição contenciosa do Livro IV do CPC (Procedimentos Especiais). 
 
 
 
iv. Cumulatividade Restrita: 
 
Decorrência de qualquer tipo de ação; 
 
A cumulatividade (introduzir varias pretensões dentro da mesma demanda) só ocorre 
se elas forem absolutamente conexas; 
 
- Artigo 921 CPC: 
 
Art. 921. É lícito ao autor cumular ao pedido possessório o de: 
I – condenação em perdas e danos; 
II – cominação de pena para caso de nova turbação ou esbulho; 
III – desfazimento de construção ou plantação feita em detrimento de sua 
posse. 
 
É possível cumular, pois foi à posse que foi tirada que ocasionou os danos pelos 
esbulhadores. 
 
 
 
 
 CAPACIDADE x PERSONALIDADE: 
 
 
***PARA SER TITULAR DOS DIREITOS DAS COISAS BASTA NASCER COM VIDA (ASSEGURADO 
OS DIREITOS AO NASCITURO)*** 
 
 
Porém, para exercer alguns atos dos direitos das coisas, quando for o caso, há necessidade de 
capacidade. 
 
 
DIREITO CIVIL VII (Coisas) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
Propriedade significa a faculdade do exercício dos poderes de usar, fruir, dispor e 
reivindicar. Uma criança ainda não capaz pode exercer basicamente o poder de usar. 
Todos os demais dependem de contrato ou atos jurídicos mais complexos. 
 
 
Ex.: Apartamento: 
Usar = morar; criança pode morar; 
Fruir = alugar; criança não pode; 
Dispor = vender; criança não pode; 
Reivindicar = pegar de volta; criança não pode; 
 
Ex.: Brinquedo: 
Usar = morar; criança pode; 
Fruir = alugar; criança pode; 
Dispor = destruir; criança pode; 
Reivindicar = pegar de volta; criança pode; 
 
 
 
 
 
 BENS: 
Se não tem valor econômico não pode ser objeto de nenhum direito sobre as coisas; 
 
Para ser objeto do direito das coisas = deve ter VALOR ECONÔMICO! 
 
 
DIREITO CIVIL VII (Coisas) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
DA POSSE: 
 
- Artigo 1.196 CC; 
 
Artigo 1196: “Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o 
exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade”. 
 
- Aparência de propriedade. 
 
Pois há alguém exercitando poderes que são do proprietário; 
 
 
- É um fato e não um direito. Só precisa existir. 
 
- Caracteriza-se pelo exercício dos poderes inerentes a propriedade. 
 
 POSSE = É o poder fático de ingerência socioeconômica, absoluto 
ou relativo, direto ou indireto, sobre determinado bem da vida, que se 
manifesta através do exercício ou possibilidade de exercício inerente à 
propriedade ou outro direito real suscetível de posse. 
 
Poder fático = fato; 
 
Ingerência socioeconômica = controle social e econômico; 
 
Em nome próprio; 
 
 
“FATO de CONTROLE SOCIAL E ECONÔMICO de uma PESSOA SOBRE UM BEM”. 
 
 
 
 DETENÇÃO: 
Artigo 1.198 CC. 
Art. 1.198. Considera‑se detentor aquele que, achando‑se em relação de dependência 
para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou 
instruções suas. 
 
Ex.: professor em relação à sala de aula; pois atua em nome da Faculdade; 
- FÂMULO DA POSSE: é o detentor; 
 
Fâmulo = empregado. 
 
 
Ex.1: 
Caseiro que mora e cuida de uma chácara = não é possuidor. É o detentor da posse 
(empregado - fâmulo da posse). Pois não faz em nome dele, faz em nome do dono da chácara. 
DIREITO CIVIL VII (Coisas) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
Ex.2: 
Deixar o carro para lavar no posto; Dono do posto = possuidor; quem leva o carro (frentista) 
para a pessoa = detentor da posse; 
Porém se o frentista desviar seu trajeto (em nome próprio) = vira possuidor; 
 
 
 
 
 
 ESPÉCIES DE POSSE: 
 
 
 
1. POSSE DIRETA: 
 
- É a da pessoa que tem a coisa nas mãos não é o proprietário. 
 
- Possuidor não proprietário. 
 
Art. 1.197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, 
em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, 
podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto. 
 
 
 
 
2. POSSE INDIRETA: 
 
- É a do proprietário que não tem a coisa nas mãos. 
 
***Quando o proprietário está com a coisa nas mãos = propriedade!*** 
 
 
 
 
- jus possidendi = direito a posse de fato, por ser proprietário; 
 
- jus possessionis = direito a posse, pela posse; 
 
- commoda possessionis = conjunto de direitos e poderes que a posse, só pela posse, 
dá ao possuidor. 
 
 
 
 
 
3. POSSE NOVA: 
 
Até: 1 ano + 1 dia 
 
Ex.: 11/03/2015  12/03/2016 
DIREITO CIVIL VII (Coisas) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 
4. POSSE VELHA: 
 
Mais: 1 ano + 1 dia 
 
Ex.: 11/03/2015  13/03/2016 
 
 
Artigo 924 CPC: 
 
Art. 924. Regem o procedimento de manutenção e de reintegração de posse as normas 
da seção seguinte, quando intentado dentro de ano e dia da turbação ou do esbulho; 
passado esse prazo, será ordinário, não perdendo, contudo, o caráter possessório. 
 
 
Ajuizar ação contra posse nova = prerrogativas do artigo 928 do CPC; 
 
 
Ex.: 
 
Arrendatário  sem terra tirar ele da fazenda  Prazo de um ano e um dia para ajuizar ação 
de reintegração de posse para obter uma liminar de reintegração (juiz deferirá [...] – 
obrigatória) – procedimento especial; 
 
Se esperar a posse se tornar velha (mais de um ano e um dia) o juiz pode conceder ou não a 
liminar (juiz poderá conceder [...] – faculdade) – procedimento ordinário; (artigo 273 CPC); 
 
 
 
 
 
5. POSSE NATURAL: 
 
Posse efetivamente exercida e adquirida sobre o objeto. 
 
Ex.: posse sobre o meu vade mecum. 
 
 
 
 
 
6. POSSE CIVIL: 
 
Posse de ficção jurídica; que a lei diz; porem não há no momento da aquisição uma 
relação direta da pessoa com o bem possuído. 
 
Ex.: entregar a chave do carro para outra pessoa  transmite a posse do carro e não da chave. 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL VII (Coisas) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 
- Formas de posse civil: 
 
 
 Constituto Possessório: 
 
- Proprietário (ius possededi)  possuidor direto (ius possessionis). 
 
Ex.: Venda da casa  proprietário antigo pede ao novo proprietário para continuar na casa por 
mais um tempo  possuidor proprietário que vendeu a casa (ius possedendi)  quando ele 
vendeu e o novo proprietário permitiu sua permanência no imóvel, ele passa a possuir o bem 
como locatário. 
 
 
 
 Traditio brevi manu: 
 
- Possuidor direto (ius possessionis)  proprietário (ius possedendi). 
 
Ex.: proprietário empresta carro a outra pessoa  o possuidor gosta do carro e compra o bem. 
Tornando-se proprietário. 
 
 
 
 Traditio longa manu: 
 
Apesar de não ter tido disponibilidade material plena, passa a tê-la. 
 
Ex.: posse de uma fazenda 
 para ter uma posse efetiva (natural) deveria percorrer todos os limites; bens 
móveis; etc. 
 toma posse de toda a fazenda sem percorrer toda ela; 
 
 
 
 
 
7. AD INTERDICTA: 
 
Posse que reúne os requisitos para ser defendida (proteção). 
 
As AÇÕES POSSESSÓRIAS típicas são chamadas de INTERDITOS POSSESSÓRIOS. 
 
 
 
8. AD USUCAPIONE: 
 
Posse que reúne os requisitos para a usucapião (domínio da propriedade). 
DIREITO CIVIL VII (Coisas) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 
 
9. POSSE JUSTA: 
 
Art. 1.200 CC. É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária. 
 
∟ Momento da aquisição da posse. 
 
 
 
10. POSSE INJUSTA: 
 
É adquirida de forma: violenta; clandestina ou precária. 
 
Art. 1.203. Salvo prova emcontrário, entende-se manter a posse o mesmo caráter com 
que foi adquirida. 
 
Se foi adquirida com violência e de má-fé  transmite a 
outra pessoa de boa-fé, porém continua sendo injusta. 
 
- VÍCIOS OBJETIVOS: 
 
Violenta = força física ou psicológica; (roubo). 
Clandestina = às escondidas; (furto). 
Precária = Obtida com o abuso de confiança; (apropriação indébita). 
 
 
Violenta e Clandestina = podem se convalidar (torna-se posse justa) após 1 ano e 1 dia. 
 
Precária = Só se convalida (deixa de ser injusta) com a interversio possessionis 
 
(circunstâncias externas permitem que o possuidor entenda 
que sua posse é totalmente legitima, e que o proprietário / 
possuidor anterior reconhece essa legitimidade, não tendo 
mais nenhum interesse). 
 
 
CONHECIMENTO OU NÃO DE VÍCIOS DE AQUISIÇÃO DA POSSE: 
 
- VÍCIOS SUBJETIVOS: 
 
Boa-fé 
Má-fé 
 
 
Art. 1.201. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que 
impede a aquisição da coisa. 
DIREITO CIVIL VII (Coisas) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 
 
 
11. POSSE DE BOA-FÉ 
 
O titular desconhece qualquer vício que macule a posse. Presume-se a boa-fé. 
 
Art. 1.202. A posse de boa-fé só perde este caráter no caso e desde o momento em que 
as circunstâncias façam presumir que o possuidor não ignora que possui 
indevidamente. 
 
 
 
12. POSSE DE MÁ-FÉ 
 
 
 
 
Direito = existe independentemente de ser exercitado ou não. / existe no mundo 
incorpóreo. 
 
Fato = só existe se é exercitado. 
 
Propriedade = faculdade de usar, gozar, dispor e reivindicar. 
 
Posse = efetivamente usa, goza, dispõe ou reivindica. / exercício de fato sobre um 
bem. 
Exercício de fato sobre um bem por mais de uma pessoa ao mesmo tempo = 
Composse. 
 
 
 
 COMPOSSE: 
 
Art. 1.199. Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada uma 
exercer sobre ela atos possessórios, contanto que não excluam os dos outros 
compossuidores. 
 
Duas ou mais pessoas são possuidoras do mesmo bem ao mesmo tempo; 
 
Exige o surgimento de frações ideais; que sempre tem que ser exatamente iguais a 
100%. 
 
 
- “Pro indiviso”: 
 
Não ha limites de fato; é exercida sobre parte ideal; 
 
Ex.: Um imóvel  Uma matrícula  duas ou mais pessoas possuem o terreno. 
DIREITO CIVIL VII (Coisas) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 
 
- “Pro diviso”: 
 
Possuidores respeitam limites de fato; é exercida sobre parte específica; baseado na 
vontade / respeito; 
 
Ex.: Um imóvel  Uma matrícula  duas ou mais pessoas dividem o terreno para usá-lo. 
 
 
 
 
 
 NATUREZA JURÍDICA: 
 
Duas teorias históricas: 
 
1. TEORIA OBJETIVA: 
- Ihering; 
Posse = possuir a disponibilidade física da coisa (corpus); 
Direito pessoal; 
 
2. TEORIA SUBJETIVA: 
- Savigny; 
Além da disponibilidade física da coisa, deve possuir o ânimo (animus rem sibi 
habendi); 
Direito real; 
 
 DIREITO BRASILEIRO: 3º entendimento: posse = não é um direito = FATO jurídico. 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL VII (Coisas) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 
 EFEITOS DA POSSE: 
Ius possessionis; commoda possessionis. 
Possuidor só tem a posse. 
 
A. SOBRE OS ACESSÓRIOS: 
Acessório = segue o principal; 
Coisas / bens que existem de forma dependente de um bem que se considera 
principal. 
- Dois tipos: 
i. Frutos: 
Objetos que emanam da coisa e cuja coisa separação (percepção) 
não causa prejuízo à essência do objeto principal. 
Materiais: naturais (da natureza); 
 
 
Industriais: processado; passa pela mão humana. 
Ex.: chimia. 
 
 
Legais: 
Ex.: Alugueis e rendas. 
 
Ex.: 
Soja (frutos) plantados no solo (principal)  quando retirados não alteram o solo. 
≠ 
Produtos = quando retirados diminuem o objeto principal (pedra de pedreira). 
 
 
 
 TIPOS: 
I. Pendentes = ainda não tem condição de ser colhidos. 
Ex.: Aluguel não vencido. 
 
1.1 - Pendente2 
Uva verde; não pode ser colhido, pois não valeria nada. 
 
DIREITO CIVIL VII (Coisas) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
1.2 - Percipiendo: 
Tem condição de ser colhido, mas ainda não foi colhido. 
 
II. Percebidos = já foram colhidos; separados do objeto principal. 
Ex.: Aluguel vencido e recebido. 
 
2.1 - Estantes 
Já foram colhidos e estão armazenados. 
 
2.2 - Consumidos 
Já foram colhidos e consumidos. 
 
 
- Possuidor de boa-fé: 
Recebe todos os frutos percebidos; percipientes e serão pagos os frutos pendentes 
(despesas para produzir). 
 
 
 
- Possuidor de má-fé: 
Todos os frutos devem ser devolvidos para o proprietário, deduzidas as despesas de 
produção e custeio (Pois há vedação ao enriquecimento ilícito). 
 
 
ii. Benfeitorias: 
Obras e serviços realizados em um bem. 
Necessárias: manutenção e conservação; (mantém o valor 
econômico da coisa). 
Úteis: aumentam a utilidade; (aumentam o valor econômico 
do bem); 
Voluptuárias: aumentar ou embelezar o bem; (aumentam 
substancialmente o valor econômico do bem). 
 
 
 
DIREITO CIVIL VII (Coisas) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 
Quando feitas por quem não é proprietário: 
 
 
- Posse de boa-fé: 
 
Possuidor terá direito a indenização por todas as benfeitorias feitas. 
 
Direito de Retenção: reter o bem até receber a indenização. 
 
Voluptuárias = se o proprietário não quiser indenizar, o possuidor pode levantar 
as benfeitorias, quando passíveis de ser retiradas. Porém se for impossível de 
retirar, o proprietário deve indenizar. 
 
Artigo 1.219 CC 
 
 
 
- Posse de má-fé: 
 
Somente as benfeitorias necessárias serão indenizadas; 
 
Pois não aumentam o valor econômico do bem (Principio da vedação ao 
enriquecimento ilícito). 
 
Não tem Direito de Retenção; 
 
 
 
 
 
O QUE CARACTERIZA A POSSIBILIDADE DE INDENIZAÇÃO? 
 
R.: A posse ser de boa ou de má-fé. 
 
 
 Boa-fé Má-fé 
|----------------------------------------|---------------------------------------| 
Comodato proprietário pede ação de retomada 
 E não entrega o bem 
 
 
Só serão indenizadas as benfeitorias realizadas no período de boa-fé. 
 
 
 
DIREITO CIVIL VII (Coisas) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 
B. SOBRE A DETERIORAÇÃO DA COISA: 
Deterioração = estrago; ou perda total do bem. 
Responsabilidade do possuidor: 
 
 
- Possuidor de boa-fé: 
 
Em tese não é responsável pela deterioração natural. Mas tem para com o bem 
possuído apenas a responsabilidade civil natural, igual para todas as pessoas. 
 
 
Art. 1.217. O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa, a 
que não der causa. 
 
 
 
 
- Possuidor de má-fé: 
 
Possui responsabilidade objetiva. 
A única coisa que isenta o possuidor de má-fé indenizar o proprietário em caso de 
perda ou deterioração é provar que a perda ou deterioração ocorreria mesmo nas 
mãos do proprietário. 
 
Art. 1.218. O possuidor de má-fé responde pela perda, ou deterioração da coisa, ainda 
que acidentais, salvo se provar que de igual modo se teriam dado, estando ela na posse 
do reivindicante. 
 
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 7º PERÍODO NOTURNO 
 
C. PROTEÇÃO POSSESSÓRIA: 
 
Art. 1.210 CC. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, 
restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser 
molestado. 
 
 
AÇÕES POSSESSÓRIAS ou INTERDITOS POSSESSÓRIOS: 
 
TÍPICAS: 
 
 
Turbação = Perturbação. 
 
 Ação de Manutenção de Posse: 
 
Manter a tranquilidadeda relação jurídica que se caracteriza pela dominação 
da pessoa na propriedade. 
 
Sentença Mandamental (juiz determina uma obrigação ao réu – fazer ou não 
fazer). 
 
Ex.: Grupo sem-terra não invade fazenda. Somente ficam cobrando pedágio do lado de fora. 
 
 
 
Esbulho = ato injusto / ilegal que faz perder a posse. 
 
 Ação de Reintegração de Posse: 
 
Sentença Executiva (próprio juiz determina – se procedente – a reintegração). 
 
Ex.: Grupo sem-terra invade fazenda. 
 
 
 
Violência iminente = qualquer ato que ataque a posse do autor. Não precisa ser ato 
violento. “Ameaça” iminente. 
 
 Ação de Interdito Proibitório: 
 
Sentença Mandamental. 
 
Ex.: Grupo sem-terra próximo à fazenda “observando”. Não fazem nada. 
 
 
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 7º PERÍODO NOTURNO 
 FUNGIBILIDADE entre as ações é TOTAL, previsto no Artigo 920 CPC: 
 
Art. 920 CPC. A propositura de uma ação possessória em vez de outra não 
obstará a que o juiz conheça do pedido e outorgue a proteção legal 
correspondente àquela, cujos requisitos estejam provados. 
 
 PROCEDIMENTO: 
 
Art. 928 CPC. Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz 
deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do mandado liminar de manutenção 
ou de reintegração; no caso contrário, determinará que o autor justifique 
previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência que for 
designada. 
 
Art. 924 CPC. Regem o procedimento de manutenção e de reintegração de 
posse as normas da seção seguinte, quando intentado dentro de ano e dia da 
turbação ou do esbulho; passado esse prazo, será ordinário, não perdendo, 
contudo, o caráter possessório. 
 
 
 
Art. 282 CPC. A petição inicial indicará: 
 
I – o juiz ou tribunal, a que é dirigida; 
 
Quer seja sobre bens moveis quer seja sobre bens imóveis, as ações serão 
propostas no local onde o bem está localizado e não no domicílio do réu. Devido à 
celeridade e economia processual. 
 
II – os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do 
autor e do réu; 
 
III – o fato e os fundamentos jurídicos do pedido: 
 
Art. 927 CPC. Incumbe ao autor provar: 
I – a sua posse; 
II – a turbação ou o esbulho praticado pelo réu; 
III – a data da turbação ou do esbulho; 
IV – a continuação da posse, embora turbada, na ação de 
manutenção; a perda da posse, na ação de reintegração. 
 
IV – o pedido, com as suas especificações: 
 
Art. 921 CPC. É lícito ao autor cumular ao pedido 
possessório o de: 
I – condenação em perdas e danos; 
II – cominação de pena para caso de nova turbação ou 
esbulho; 
III – desfazimento de construção ou plantação feita em 
detrimento de sua posse. 
 
 
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 7º PERÍODO NOTURNO 
V – o valor da causa; 
 
VI – as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos 
alegados; 
 
VII – o requerimento para a citação do réu. 
 
 
- Ação Possessória de Força Nova = é contra uma posse nova (até um ano e um dia da 
“ameaça”); aplica-se o artigo 928 CPC. 
 
 
- Ação Possessória de Força Velha = Se o esbulho possessório ocorreu a mais de um 
ano e um dia não terá procedimento especial do artigo 928 e ss do CPC. (ação 
possessória pelo rito ordinário). Aplica-se o Artigo 273 CPC. 
 
 
 As ações possessórias não outorgam somente discussão de propriedade!!! 
 
 
Artigo 1.210, § 2º CC. Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a 
alegação de propriedade, ou de outro direito sobre a coisa. 
 
Porem atualmente a jurisprudência está mitigando essa posição. No sentido de que 
pode haver a discussão de propriedade, pois haveria posse (indireta) pelo proprietário 
(ius possidendi). 
 
 
 INTERDITO PROIBITÓRIO: 
Art. 932. O possuidor direto ou indireto, que tenha justo receio de ser 
molestado na posse, poderá impetrar ao juiz que o segure da turbação ou 
esbulho iminente, mediante mandado proibitório, em que se comine ao réu 
determinada pena pecuniária, caso transgrida o preceito. 
 
 
 
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 7º PERÍODO NOTURNO 
AÇÕES POSSESSÓRIAS ou INTERDITOS POSSESSÓRIOS: 
 
ATÍPICAS: 
 
 
 Nunciação ou Embargo de Obra Nova: 
 
Nunciação = embargo; paralisar; 
Ação com caráter possessório e reivindicatório com o fim de impedir que uma 
construção já começada e não terminada em imóvel vizinho prejudique o imóvel do 
proprietário ou possuidor. 
 
Art. 934 CPC. Compete esta ação: 
I – ao proprietário ou possuidor, a fim de impedir que a edificação de obra 
nova em imóvel vizinho lhe prejudique o prédio, suas servidões ou fins a que 
é destinado; 
II – ao condômino, para impedir que o coproprietário execute alguma obra 
com prejuízo ou alteração da coisa comum; 
III – ao Município, a fim de impedir que o particular construa em 
contravenção da lei, do regulamento ou de postura. 
 
Quando a lei diz prédio = imóvel; Apartamento = edificação. 
 
 
 
 Usucapião: 
 
Posse de ius possesisonis (posse com ânimo de domino). 
Art. 941 CPC. Compete a ação de usucapião ao possuidor para que se lhe 
declare, nos termos da lei, o domínio do imóvel ou a servidão predial. 
 
 
 
 Ação de Embargos de Terceiro: 
 
Art. 1.046 CPC. Quem, não sendo parte no processo, sofrer turbação ou 
esbulho na posse de seus bens por ato de apreensão judicial, em casos como o 
de penhora, depósito, arresto, sequestro, alienação judicial, arrecadação, 
arrolamento, inventário, partilha, poderá requerer lhes sejam manutenidos 
ou restituídos por meio de embargos. 
§ 1º Os embargos podem ser de terceiro senhor e possuidor, ou apenas 
possuidor. 
 
Para quem não é parte no processo, e que está sendo perturbado em sua relação com 
o bem. 
 
Terceiro senhor = proprietário; 
 
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 7º PERÍODO NOTURNO 
Processo de Execução: 
 
Credor ----------------------------- Devedor 
 
 Juiz: 
 
Penhora um bem, que está sendo utilizado por um 3º. 
 
3º entra com embargos de terceiro para defender seus direitos. 
 
 
 
 Ação Cautelar de Posse em Nome de Nascituro: 
 
Art. 887 CPC. Havendo contestação do crédito, o depósito das importâncias 
referido no artigo precedente não será levantado antes de passada em julgado 
a sentença. 
 
 
 Ação Cautelar de Atentado: 
 
 
Art. 879 CPC. Comete atentado a parte que no curso do processo: 
I – viola penhora, arresto, sequestro ou imissão na posse; 
II – prossegue em obra embargada; 
III – pratica outra qualquer inovação ilegal no estado de fato. 
 
 Ação Cominatória - actio damni infecti: 
 
Art. 1.280 CC. O proprietário ou o possuidor tem direito a exigir do dono do 
prédio vizinho a demolição, ou a reparação deste, quando ameace ruína, bem 
como que lhe preste caução pelo dano iminente. 
 
 
 Ação de Imissão da Posse: 
 
Querer entrar na posse; começar a posse. 
Era prevista no CC de 1916. 
Doutrina = não existe mais imissão da posse. Pois houve a revogação do antigo CC. 
 
Ex.: Compra o bem  paga o bem  porém não houve a entrega do bem. 
Pode optar pela Ação Reivindicatória, pois o pedido é o mesmo. O nome não irá 
prejudicar a ação. 
Art. 923 CPC. Na pendência do processo possessório é defeso, assim ao autor 
como ao réu, intentar ação de reconhecimento do domínio. 
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 7º PERÍODO NOTURNO 
 
 FORMAS DE AQUISIÇÃO DA POSSE: 
 
Art. 1.204. Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o 
exercício, em nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à 
propriedade. 
 
Como a posse é um fato, adquire-se desde o momento em que se exercem os poderes 
da propriedade sobre um bem (posse), sendo legítimo ou não.I. Quanto ao modo de aquisição: 
 
 
a. UNILATERAIS: 
 
a.1 Apreensão; 
 
Pegar e usar o celular; 
 
 
a.2 Disposição; 
 
Dar uma marretada no celular  comete um ato de proprietário, não sendo 
proprietário  naquele momento a pessoa adquire posse. 
 
Fato de destruição = poder do proprietário (dispor); 
 
 
 
Como um ato de disposição ou destruição de um objeto pode se 
caracterizar como aquisição de posse? 
 
R: pois o ato de destruição caracteriza-se como um poder da 
propriedade. O poder de dispor (ius disponendi). 
 
 
 
Logo se a posse é o exercício dos poderes da propriedade o ato de alguém não sendo 
proprietário em destruir um determinado bem, se caracteriza com um fato dos 
poderes da propriedade. 
 
 
 
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 7º PERÍODO NOTURNO 
a.3 Exercício de Direito; 
 
Contrato de locação  direito de morar  proprietário ceder  cede direito de usar 
 porem quando alguém loca  possui o direito de usar, mas não é obrigada a usar. 
 
Assinar o contrato = passa a ter direito de ser possuidor. (cria o direito); 
 
Porém para ser possuidor = deve exercer os direitos da propriedade. (cria a posse); 
 
É originária. 
 
 
 
b. BILATERAIS: 
 
Decorrente do Negócio Jurídico. Posse é passada para a outra pessoa. 
 
a. Efetiva; 
b. Simbólica; 
c. Constituto possessório; 
 
 
 
II. Quanto aos efeitos: 
 
a. ORIGINÁRIA: 
 
Não há nenhuma relação de causalidade com posse anterior. 
 
Possuidor adquire posse por força de sua própria vontade. 
 
Equivale-se a unilateral; 
 
Posse vem limpa e pura. 
 
 
 
b. DERIVADA: 
 
Há relação de causalidade com posse anterior. 
 
Há duas vontades operando. 
 
Equivale-se a bilateral; 
 
Posse vem com os vícios existentes. (Ex.: injusta  continua injusta). 
 
DIREITO CIVIL VII (Coisas) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
 
III. Aquisição: 
 
a. UNIVERSAL: 
 
Dá-se no momento da sucessão por morte. 
 
Quando a pessoa morre  cessam todos suas relações com seus bens  porém os 
bens não ficam sem proprietários / possuidores  a herança se transmite desde o 
momento da morte  mesmo que não se saiba quais os bens. 
 
Pois não se sabe quais os bens do de cujus, ou quais os sucessores. 
 
 
Torna-se Singular a partir do momento da partilha dos bens. 
 
 
 
b. SINGULAR: 
 
Dá-se sobre bens determinados / identificados (se sabe quais são os bens). 
 
 
 
 
 PROTEÇÃO POSSESSÓRIA: 
 
I. LEGÍTIMA DEFESA DA POSSE / DESFORÇO IMEDIATO / DESFORÇO 
INCONTINENTI: 
 
Art. 1.210. CC. 
§ 1º O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter‑se ou restituir‑se por 
sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de 
desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição 
da posse. 
 
 
- Autotutela; Proteção; 
 
- Pessoa por si só faz valer seus direitos contra uma agressão; 
 
- Só há tutela da posse, pois a posse é uma aparência da propriedade; 
 
- Os requisitos são os mesmos da legítima defesa do direito penal (vida): 
 
a. Meios moderados (necessários); 
b. Injusta agressão atual ou iminente; 
c. Posse; 
 
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 7º PERÍODO NOTURNO 
Art. 1.224. Só se considera perdida a posse para quem não presenciou o 
esbulho, quando, tendo notícia dele, se abstém de retornar a coisa, ou, 
tentando recupera-la, é violentamente repelido. 
 
∟Principio da Simetria do Direito (dar efeitos 
parecidos a institutos semelhantes). 
 
Perde a posse se não houver a reação no momento. 
 
Aplicável tanto ao ius possidendi (proprietário) quanto à posse do ius possessionis. 
 
 
 
 PERDA DA POSSE: 
 
Art. 1.223. Perde-se a posse quando cessa, embora contra a vontade do 
possuidor, o poder sobre o bem, ao qual se refere o art. 1.196. 
 
Dá-se em três níveis: 
 
I. Perda do corpus: 
 
Parte física; disponibilidade física da coisa. É quando o bem não é mais passível de ter 
o domínio econômico; se torna intangível; 
 
Ex.: estátua de gelo. Derretimento. Apesar do ânimo de continuar possuidor não há mais a 
parte física da coisa; Giz. Torna-se ilícito. Não há mais como possuir o objeto, mesmo com o 
ânimo/vontade de usá-lo. 
 
 
 
II. Perda do animus: 
 
A forma como você possui; vontade; característica da posse para o possuidor. Dá-se 
no: 
 
- Constituto possessório: 
 
Ex.: Venda da casa. Novo proprietário recebe e quer entrar na posse. Porém o vendedor 
pede para continuar usando a coisa por um tempo. 
 
- Traditio brevi manus; 
 
 
 
III. Perda do corpus e do animus: 
 
Dá-se pelo Abandono ou pela Venda (não tem mais o animus e disponibiliza o corpus 
da coisa). 
 
DIREITO CIVIL VII (Coisas) 
 
 
 7º PERÍODO NOTURNO 
Art. 1.206. A posse transmite‑se aos herdeiros ou legatários do possuidor com 
os mesmos caracteres. 
 
Art. 1.207. O sucessor universal continua de direito a posse do seu antecessor; 
e ao sucessor singular é facultado unir sua posse à do antecessor, para os 
efeitos legais. 
 
Sucessio possesisonis: o possuidor que sucede de forma universal tem a mesma 
posse do antecessor. E por ser a mesma posse, se esta for viciada (má-fé; 
injusta) ela irá se transmitir. 
 
Acessio possessionis = Sucessor singular = pode unir sua posse com a do 
antecessor. 
 
 
 
Art. 1.209. A posse do imóvel faz presumir, até prova contrária, a das coisas 
móveis que nele estiverem. 
Posse de um imóvel presume a posse das coisas móveis que estão nele. 
 
 
Posse: 
Injusta = pode ser de boa-fé ou de má-fé; 
Justa = somente boa-fé;

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